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1ª Edição

Câmara Brasileira de Jovens Escritores

Daian Corrêa

Sete LagoasBiografias

Volume I

Copyright©Daian Corrêa

Câmara Brasileira de Jovens EscritoresRua Marquês de Muritiba 865, sala 201 - Cep 21910-280

Rio de Janeiro - RJTel.: (21) 3393-2163

[email protected]

Dezembro de 2010

Primeira Edição

Coordenação editorial: Gláucia HelenaEditor: Georges Martins

Produção gráfica: Fernando DutraRevisão: do Autor

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, porqualquer meio e para qualquer fim, sem a autorização

prévia, por escrito, do autor.Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais

Rio de Janeiro - Brasil

Dezembro de 2010

Daian Corrêa

Sete LagoasBiografias

Volume I

COLABORAÇÃO:

- Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais- em nome do Professor Herbert Sardinha Pinto.

- Professor Derbe de Oliveira Corrêa

DEDICATÓRIA:

AOS MEUS PAIS,MINHA ESPOSA EMINHAS FILHAS

HOMENAGENS:

- Ao Januário Corrêa – in memorian, grande líder.- Ao Professor Syllas Agostinho Ferreira – in memorian,

- I.H.G.M.G., a sua dedicação e competência.

Sumário

DR. AFONSO ............................................................................................ 13

AFRÂNIO PADRÃO ................................................................................... 15

PADRE AGENOR DE ASSIS ALVES PINTO .............................................. 16

ALBERTO MOURA ................................................................................... 19

ANDRADE FERNANDINO .......................................................................... 23

PROFESSOR CÂNDIDO AZEREDO .......................................................... 24

DONA CHIQUINHA AVELAR ..................................................................... 27

PROFESSOR EDIMAR .............................................................................. 30

DONA EDITH ............................................................................................ 33

ELIAS JOSÉ ELIAN .................................................................................. 35

EURO DE ANDRADE ................................................................................. 38

PROFESSOR FERNANDINO JÚNIOR ....................................................... 40

VÓ FINA .................................................................................................... 42

PROFESSOR GALVÃO ............................................................................. 44

DONA GENI RAPOSO ............................................................................... 48

JANUÁRIO CORRÊA DA SILVA OLIVEIRA ............................................... 50

JOVELINO LANZA ................................................................................... 52

PROFESSORA LÍGIA ELIAN ..................................................................... 56

DR. MÁRCIO PAULINO ............................................................................. 58

MARIANO GONÇALVES ........................................................................... 60

PROFESSOR MAURILO PEIXOTO ........................................................... 62

MONSENHOR MESSIAS .......................................................................... 63

MONSENHOR D’AMATO .......................................................................... 65

MÚCIO ALVES COSTA ............................................................................. 68

MÚCIO JOSÉ REIS ................................................................................... 69

PROF. ORLANDO RODRIGUES ................................................................ 71

RENATO AZEREDO .................................................................................. 73

D. STELLA FIGUEIREDO ........................................................................... 76

PADRE TEODORO .................................................................................... 78

WILSON TANURE ..................................................................................... 80

ZACARIAS ................................................................................................ 83

VEREADOR ZICO PAIVA .......................................................................... 86

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Sete Lagoas - Biografias

DR. AFONSO

José Afonso Viana nasceu no dia 24 de agosto de 1889na cidade de Matozinhos, MG. Filho do Sr. Francisco daFonseca Viana (visconde do Rio das Velhas) e de D. Ana daFonseca Viana (viscondessa do Rio das Velhas). Casou-se comdona Raquel Teixeira Viana, com a qual teve 3 filhos: CarlosAfonso, Marcelo e Rubens.

Cursou o primário em sua terra. A seguir, foi estudarno ginásio Mineiro, em Belo Horizonte. Concluiu seu cursosuperior na Faculdade de Medicina, da Universidade do Brasil,no Rio de Janeiro.

Começou sua carreira médica em sua própria cidade,Matozinhos. Depois foi clinicar na cidade de Sertãozinho,no Estado de São Paulo. Nesse meio tempo, foi nomeadopelo ministro da Justiça para assumir as funções de médicoda Central do Brasil em Sete Lagoas, passando assim a morarna cidade.

Sete Lagoas, trabalhou na Santa Casa, na área deginecologia e obstetrícia e clínica geral. Possuía também seupróprio consultório em casa; e atendia as turmas da central,de Nova Granja até a cidade de Curvelo.

Realizou mais de 7.000 partos em Sete Lagoas e região.Possuidor de espírito filantrópico, atendia com dedicação deum sacerdote; tinha um carinho muito especial pelos seusclientes. Pessoa possuidora de grande sentimento, a ponto dechorar quando os filhos iam para o colégio interno. Criou os3 filhos praticamente sozinho, contando apenas com a ajudade sua irmã, D. Mariquinhas. Gostava muito de Sete Lagoas eseus serviços como médico eram quase todos de graça.

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Daian Corrêa

Fez defesa de tese pelo Título de Doutor em medicina(Hidrocefalia na Gravidez).

Por ocasião da gripo espanhola, trabalhou quase 24horas por dia, dedicando-se durante os quase 03 meses dagripo em prol dos doentes.

Criou o posto de atendimento da Caixa daAposentadoria e Pensões da Central do Brasil, que, com otempo, uniu-se ao INPS.

Foi um dos fundadores do Automóvel Clube deSete Lagoas.

Membro honorário do Rotary Clube.Na política, foi membro do Diretório do PRN em

Matozinhos, na época de Arthur Bernardes e Washington Luis.Recebeu o título de cidadão sete-lagoano.Foi condecorado pela Ordem dos Médicos do Estado

de Minas Gerais.Seu nome foi lembrado para uma rua de Sete Lagoas.Dentro da Medicina completou bodas de ouro, 50 anos

de árdua atividade.Veio a falecer com 84 anos de idade em Sete Lagoas,

no mês de fevereiro de 1974.

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AFRÂNIO PADRÃO

Afrânio de Vasconcelos Padrão. Nasceu em SeteLagoas, no dia 25 de agosto de 1913. Seus pais eram AdralinoPadrão e Maria do Carmo Vasconcelos Padrão.

Casou-se com a senhorita Elza Paiva e dessa uniãonasceram os filhos Andréa Lúcia e José Sérgio.

Em Sete Lagoas, fez o primário, e depois o segundograu na Escola Estadual Maurilo de Jesus Peixoto, então EscolaTécnica de Comércio.

Durante seis anos, residiu em Belo Horizonte, pormotivo de trabalho. Em Sete Lagoas, exerceu as funções deprofessor, contador, sócio da Casa Paiva e corretor de imóveis.

Na política, exerceu o cargo de secretário naPrefeitura Municipal de Sete Lagoas, administração EmílioVasconcelos Costa. Na área filantrópica, foi vicentino e sóciodo Lions Clube.

Ajudou na fundação do Clube Náutico e no términodas obras do Democrata Futebol Clube, sendo posteriormenteseu diretor e presidente.

Afrânio foi uma pessoa maravilhosa, muito amado portodos. Tinha um círculo de amizades muito grande. Paiexemplar, trabalhador, honesto, metódico e organizado.

Morreu de problemas circulatórios, aos 29 dejaneiro de 1967, faltando alguns meses para se aposentarcomo professor.

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PADRE AGENOR DE ASSISALVES PINTO

(Herbert Sardinha Pinto do InstitutoHistórico e Geográfico de Minas Gerais)

Padre Agenor foi um sacerdote de real destaque domaior conceito, pela inteligência, probidade e amor aotrabalho, notadamente às obras literárias.

Sua missão neste mundo foi a de atender e esclareceros homens, de acordo com a sua formação religiosa e com ospreceitos emanados da Igreja de Cristo.

Filho do professor Ricardo de Assis Alves Pinto, naturalde Senhora do Porto, e da professora Augusta Carolina deMoraes Pinto, natural de Caeté/MG, nasceu o Padre Agenorem São Miguel do Anta, a 30 de novembro de 1890.

Ainda bem jovem, juntamente com seus pais, foi residirem Ilertioga, Município de Barbacena, onde nasceram seusirmãos: Orlinda Augusta Alves Pinto Machado, Tolicena AlvesPinto, Maria das Mercês Alves Pinto de Lucena, Orlando AlvesPinto, Álvaro Alves Pinto, orlando Alves Pinto (o segundocom esse nome), Georgina Alves Pinto Moreira Melo, RicardoAlves Pinto Filho, Augusto Alves Pinto.

Tendo iniciado seus estudos com seus próprios pais,em Ilertioga, lá pelos idos de 1896, matriculou-se em 1900,no Asilo Arquiepiscopal “Nossa Senhora do Patrocínio”, emSão José das Três Ilhas, município de Juiz de Fora. Daí, seguiupara Mariana onde recebeu do grande Arcebispo Dom SilvérioGomes Pimenta as seguintes ordens: subdiaconato, a 08 deabril de 1916, Diaconato, a 25 do mesmo mês e ano e, porúltimo, o Presbiterato, a 17 de abril de 1917. Foram seus

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colegas de ordenação: Padre Agostinho de Assunção Moreira,Padre Francisco de Assimim, Padre Braz Croffe Marrone ePadre José Bernardino Siqueira. Esse último é atualmente,vigário da Paróquia do vizinho município de José de Melo,neste Estado.

Em Mariana, Padre Agenor revelou-se um aluno dignode aplicação e comportamento, merecendo de seus colegas esuperiores grande estima e confiança, conforme se vê em seusboletins e correspondências ainda existentes nos arquivos doInstituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.

Grande é a sua atividade, como sacerdote, nasArquidioceses de Mariana, Belo Horizonte e Sete Lagoas, ondeexerceu, com dedicação e competência, os seguintes cargos:vigário de Santos Drumont; Coadjutor em ConselheiroLafaiete; Coadjutor na Paróquia de Nossa Senhora do Lilás,em Nova Lima; Vigário da Paróquia de Nossa Senhora daConceição, em Jaboticatubas; Delegado Paroquial e depoisVigário da Paróquia de Nossa Senhora da Saúde, em LagoaSanta; Vigário da Paróquia de São Gonçalo, em Contagem;Vigário da Paróquia do Santíssimo Sacramento, em Jequitibá;Vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Abadia, emMartinho Campos; Capelão do Proventário São Tarcísio, emBelo Horizonte; Capelão do Asilo São Luiz da Serra daPiedade, em Caeté; Vigário da Paróquia de São José do Calafate,em Belo Horizonte; Capelão da Escola Normal “ReginaPacis”, em Sete Lagoas, e, finalmente, Capelão do HospitalNossa Senhora das Graças, também em Sete Lagoas.

Espírito rigorosamente cristão e cheio de ternurahumana, era freqüentemente procurado por pessoasnecessitadas de orientação, conselhos ou mesmo de umapalavra de ânimo, as quais dava conforto, o que fez, compaciência, até às vésperas de sua morte.

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Isso lhe valeu a simpatia, a confiança e a amizade detodos que dele se aproximaram, notadamente dos humildes.Escritor inspirado e competente, deixou vários livros sobrediversos assuntos a maioria deles ainda não publicados.

De sua grandiosa bagagem literária, deste com mais de50 obras, destacamos algumas:

Curso Elementar de Moral e Direito Natural;Repertorio Remissero Cônico – Teológico;A sorte;A Revolução;Genealogia;A Restituição;Teologia Moral;Padre Agenor de Assis Alves Pinto, faleceu em Belo

Horizonte, a 12 de fevereiro de 1968, aos 77 anos de idade.Seu corpo se acha inumado no Mausoléu da Família noCemitério de Bomfim, da Capital mineira, tendo recebido,nos últimos dias de sua vida, o composto dos sacramentos daIgreja, que ele tanto amou.

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ALBERTO MOURA

Alberto Moura, nasceu no dia 26 de abril de 1909 emCachoeira do Macacos, MG, sendo seus pais o Sr. José VictorMoura e Belozina Alves Moreira. Em 28 de abril de 1934,casou-se com dona Angelina Lanza Moura com a qual teve osseguintes filhos: Daura, José Alberto, Maria Auxiliadora, Aulus,Maria Helena, Márcia, Regina, Maria das Graças e Breno.

Quando tinha apenas dois anos de idade, seus paistransferiram residência para Belo Horizonte. Devido aofalecimento prematuro do pai, veio com a mãe para Fortunade Minas, onde fez o curso primário.

Aos 10 anos de idade, iniciava-se no comércio comoempregado na casa de secos e molhados de Agenor deOliveira. Nesse tempo, chegou a ensinar as primeiras letras àspessoas idosas do lugar, durante a noite. No final da aula, eralevado embora para casa pelos seus alunos, pois tinha medode andar sozinho pelas ruas de Fortuna.

Posteriormente ele foi para Inhaúma, continuando atrabalhar no comércio, vocação que descobriu bem cedo.Entrou para o Armazém de secos e molhados do JoséZacarias Abreu.

Em sua primeira vinda para Sete Lagoas, foi trabalharno Hotel Romano, como garçom. Não gostou da profissão evoltou para Fortuna, mas ficou pouco tempo. Retornou a SeteLagoas, para trabalhar no comércio. Entrou para a firmaPontes, Cassimiro e Barros, comerciantes de secos e molhadosna rua São José. Seus patrões eram João da Ponte, ClarindoCassimiro e Leonídio de Barros Filho, o Nidinho. Como ofalecimento de João da Ponte, a firma se dissolveu.

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A chamado de Guilherme Gonçalves Cotta, trabalhouem seu armazém, na mesma rua São José. Essa firma encerrousuas atividades e Alberto foi trabalhar no Estado do Rio, naconstrução de uma estrada ligando Valença e Conservatória.Sua função era de encarregado do armazém de fornecimentoaos operários da estrada. Isto em 1929.

A revolução de 30 paralisou a serviço da estrada,Alberto voltou a Sete Lagoas., já com a idade de 21 anos. Ficoualgum tempo sem ocupação certa, por falta de oportunidade.

Na época, Agapito Silva Melo tinha uma casa deartefatos de Couro e fora convidado para entrara para o BancoAgrícola, como contador, precisando de uma pessoa para ficarna loja. Alberto foi indicado por Guilherme Cotta. Seu ex-patrão. ganhava então o ordenado de 150 mil réis, com 3% decomissão sobre as vendas que fazia.

Em 1933, a mãe e o irmão vieram para Sete Lagoas.No mesmo ano Agapito teve que ir embora para BeloHorizonte, propondo a Alberto Moura que ficasse com oponto e o estoque. Seu sogro Anibal, ofereceu oempréstimo dos oito contos de entrada, com os quais feznegócio. Dessa forma, passou de empregado para donode uma casa de comércio. Ampliou seus negócios e, a partirdaí, formou sociedade com Francisco Alberto MeloFigueiredo, com o nome de Alberto Moura e Cia. Ltda. Afirma dissolveu-se e sofreu várias modificações no capital,abrindo novas seções de ferragens e materiais de construção,passando a sociedade anônima.

Em 1925, época em que trabalhava como balconista,Alberto jogava como zagueiro do time do Ideal. Jogoutambém no time do Sete de Setembro, criado por LucinhoBarbeiro, na antiga Gamela, hoje Bairro São José.

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Foi também em 1925 que o comerciante ingressou navida política, sendo nomeado secretário da Liga EleitoralCatólica. Durante o governo de Magalhães Pinto, foipresidente da ex-UDN, e trabalhou co Stela FigueiredoChassim e demais membros do diretório para conseguir quefossem construídas na cidade as escolas estaduais “QuincasNogueira”, “Modestino Andrade”, “Juscelino Kubitscheck”,“Monsenhor Messias”, o Ginásio Industrial “ProfessorFernandino Júnior” e a escola da CEMIG. E também quefossem reconstruídos os grupos escolares Emílio deVasconcelos, Cândido Azeredo, Doutor Avelar, o posto desaúde e a cadeia pública.

Em 1970, foi eleito prefeito de Sete Lagoas,permanecendo no cargo no biênio 71/73. na suaadministração, deu prosseguimento (e concluiu) às obras deimplantação da Companhia de Distritos Industriais – CDI – ede construção do Cemitério de Santa Helena, iniciado peloprefeito que o precedeu, Afrânio Avelar. Por intermédio deEliseu Resende, conseguiu que fosse liberada uma verbadestinada à construção da via de acesso ligando Sete Lagoas àBR 040, obra que iniciou e concluiu.

Também foram iniciados e concluídos, em seu mandato,os trabalhos de construção da Escola Estadual ProfessorRousset, da Casa do Estudante “José Sílvio de Moraes”,calçamento poliédrico da estrada da serra de Santa Helena, apavimentação de 55.380 m2 (cinqüenta e cinco mil trezentos eoitenta metros quadrados) de ruas e praças da cidade, aconstrução do Ginásio Márcio Paulino.

Além disso, recuperou e eletrificou várias escolas ruraisdo município, instituído a quarta série em várias dessasunidades. Fez a ligação de água, esgotos e luz em diversas ruas,deu prosseguimento à construção do Ginásio Poliesportivo

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Dr. Márcio Paulino, fez a perfuração dos dois poços artesianosque hoje abastecem os bairros Santos Antônio, Santa Rosa e oParque Universitário.

A administração ainda cumpriu uma pauta de 28 itensde obras no setor urbano e rural, construindo pontes, patrolandoe encascalhando ruas e estradas, construindo bueiros,reconstruindo e reformando prédios ou fazendo acréscimos.

Várias outras obras de melhoria para a cidade foramconstruídas em sua gestão.

Vicentino, membro da Conferência Santo Antônio, doConselho da Irmandade Nossa Senhora das Graças, membroda Associação Comercial à época da construção de sua sedeprópria, membro da comissão de construção do Iporanga,fundador e ex-presidente da Arena, fundador do Rotary e doLions, membro das obras sociais Pe. D’Amato, do SERPAF,da comissão de construção do Campus Universitário, sãooutros cargos e funções já exercidos pelo comerciante, quemesmo depois de aposentado continuou em constanteatividade, sempre pronto a atender à comunidade todas asvezes que era solicitado.

Alberto Moura Melo veio a falecer, no dia 01 deoutubro de 1986.

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ANDRADE FERNANDINO

Andrade Fernandino nasceu no dia 05 de janeiro de1889 em Sete Lagoas. Morava na beira da Lagoa Paulino, ondeé hoje o Grupo Escolar “Dr. Arthur Bernardes”.

Filho de João Fernandino de Andrade e Ana MendesLinhares. Casado com D. Maria José Raposo Fernandino.Chegou a fazer bodas de diamante (60 anos de casado). Teve8 filhos, sendo: Yolanda, Maria da Conceição, Gilberto, JoãoBatista, Ronald, José, Andrade e Martha.

Fez o curso primário em Sete Lagoas. Trabalhou naextinta Casa Larena, como torneiro mecânico; fez estágio emBelo Horizonte como eletricista e foi um dos que instalou aluz elétrica em Sete Lagoas. Era perito também em funilaria,montando engenhos em diversas fazendas do Estado.Trabalhava também com conserto em máquinas de costura,de escrever e calcular. Era perito também em abertura de cofrese em consertos dos mesmos, sem deixar vestígios de danos.Tinha uma garagem de bicicletas, juntamente com seu irmãoFernandino Andrade, no local onde é a Churrascaria TrêsMarias, na Rua Dr. Avelar.

Inventou nesta época uma bicicleta aquática que foi umaatração na Lagoa Paulino. Teve também nesta época um ringuede patinação com patins de aluguel, bicicletas e motocicletasde aluguel, e também um Ford e um Chevrolet que alugava àrapaziada e às moças da cidade.

Foi número um do Registro Civil de Sete Lagoas (1o

registro de nascimento da cidade).Pertencia à Liga Operária Setelagoana, era membro da

banda de Música dos Irmãos Fernandino. Faleceu em 07 dejunho de 1977.

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PROFESSOR CÂNDIDO AZEREDO

No arraial Velho Santo Antônio, ou Mourariamunicípio de Sabará, a 15 de setembro de 1861, nasceuCândido Maria de Azevedo Coutinho. Seus pais eram o MajorAntônio Caetano de Azevedo Coutinho e dona Mariana ClaraAraújo Viana de Azeredo. De famílias tradicionais, ligadas aosmais altos conceitos de educação, com muita dedicaçãosouberam conduzir os filhos aos estudos em bonsestabelecimentos, sendo alguns desses educandáriospertencentes aos parentes de Cândido Maria AzeredoCoutinho. Seu primeiro mestre foi seu próprio irmão, oprofessor Caetano de Azeredo Coutinho. No Externato deSabará ele fez o Curso de Humanidades. Este Externato eradirigido por seu primo, o professor Paulo Rocha. FezPreparatórios em Ouro Preto.

Ainda bem jovem, ocupou o lugar de Vereador àCâmara Municipal de sua terra natal, ingressando nas fileirasdo Partido liberal, do qual seu pai fora um dos líderes.

Contudo, o magistério era o que mais lhe importava.Antes de sua vinda para Sete Lagoas, era membro da Orquestrade Sabará. Quando participava da Orquestra, acompanhoupelo Rio das Velhas, na época navegável, o Imperador D.Pedro II, em sua ida a Macaúbas.

Com seu temperamento comunicativo, Cândidogostava de participar de todos os eventos sociais da época etrazia consigo a tendência às artes, sendo bom intérprete depeças musicais para flauta.

Mestre Candinho casou-se aos 26 anos com JosefinaAltina Ribeiro Wanderley, em 1887.

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No ano seguinte, ele, sua esposa, sua mãe e um irmãomenor, vieram de mudança para Sete Lagoas. Viajaram duranteseis dias, passando por Curral Del Rei, hoje Belo Horizonte.

Chegando a esta cidade, foram morar na Várzea JoãoCorrea, numa casinha de duas janelas, com piso de terá batidae sem forro. Pouco depois, mudaram-se para uma casa melhorsituada, na rua Direita, hoje Paulo Frontin. Depois de algumtempo, foram residir na Praça Santo Antônio; e por último,instalaram-se em casa própria na Praça Melo Viana, 47.

Mestre Candinho possuía grandes virtudes e eraexcelente pai de família. Do seu enlace matrimonial com D.Josefina Altina Ribeiro Wanderley Azeredo vieram dozefilhos: José dos Santos, João Batista, Francisco de Paula,Antônio Amaro, Cândido, Maria das Mercês, EduardoSebastião, Norbertino, Maria da Conceição, Geraldo, MariaEfigênia e Paulo.

Mestre Candinho teve uma existência feliz ao lado dasua extraordinária esposa e de seus filhos. Sempre imperavaem seu lar a ordem, a disciplina e todos os meios de umaeducação refinada.

O professor Cândido Maria de Azeredo Coutinho foiprofessor nesta cidade, no Colégio Coração de Jesus, dirigidopelos cônegos belgas, até esse educandário ser transferido paraMontes Claros.

Manteve um curso de português e francês para adultos eum pensionato em sua residência para alunos de outras cidades.

No magistério, entregou-se de corpo e alma àsdelicadas funções de preceptor da infância sete-lagoana,acompanhando com carinho e espero paternal todo odesenvolvimento da época.

Em 1910, foi nomeado diretor do Grupo Escolar “Dr.Arthur Bernardes” e o dirigiu com muita garra e entusiasmo.

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Permaneceu à frente deste estabelecimento até o ano de 1919,quando se aposentou.

O ensino no referido grupo escolar era tão eficaz, queos alunos ali diplomados saíam em condições favoráveis paraenfrentar a vida no comércio e seguir outros cursos.

Mestre Candinho, além de bom professor, dedicava-se também ao incentivo dos alunos pelas artes teatrais,preparava-os para apresentações no Teatro Redenção,escolhia as peças que mostravam um trabalho e desempenhoartístico de alto gabarito.

O seu trabalho no ensino foi importantíssimo. Tantoque seu nome foi dado a um educandário de grande destaquenesta terra, a Escola Estadual “Cândido Azeredo”. Tambémpara uma rua do centro foi escolhido seu nome.

Mestre Candinho participava sempre das organizaçõesda paróquia a que pertencia, tendo sido um dos fundadoresda Sociedade São Vicente de Paulo. Em 29 de outubro de1928, faleceu Mestre Candinho.

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DONA CHIQUINHA AVELAR

Francisca Ferreira Avelar nasceu na fazenda da Lapa,em 21 de março de 1868. Era filha dos fazendeiros José Ferreirada Silva Pinto e Ana Joaquina de Avellar. Não conheceu seupai, pois ele falecera 02 meses e 21 dias antes de seu nascimento.

Aos 7 anos, separou-se de sua mãe, a quemcarinhosamente chamava de “Aninha”. Sendo viúva e jovem,Aninha aceitara casar-se com o Sr. Virgílio Pacheco Lessa;deixara a Lapa para residir na fazenda da Gineta. (Desse 2o

casamento nasceram Camilo e Francisco de Avellar Lesa).Os avós da menina Chiquinha (ou Nena) – os

fazendeiros Francisco José de Avelar (papai Chico) e FranciscaAlves de Freitas Avellar (vovó Sinhá) continuaram a criá-ladesvelando-se pela sua educação.

Conduziram-na ao Colégio Imaculada Conceição, deMacaúbas, para completar seus estudos. Concluídos os estudos,a jovem Chiquinha regressou, feliz, à querida fazenda. Foirecepcionada por um grupo de cavaleiros, parentes e amigos,à entrada de Sete Lagoas.

Casou-se na dona Chiquinha Avellar com o Dr. JoãoAntônio de Avellar, no dia 21 de março de 1887. o novo larse alicerçava sobre nobres sentimentos. O Dr. João AntônioAvellar, que seria deputado à primeira Constituinte, Senadorpor Minas, Atente Executivo e Presidente da Câmara de SeteLagoas, por mais de uma vez; que seria jornalista, político degrande civismo e benfeitor de sua terra; seria especialmentehumanitário, médico caridoso e dedicado à sua profissão.Tanto que, por mais de 28 anos, prestaria serviços clínicos,assíduos e gratuitos ao Hospital Nossa Senhora das Graças,enquanto a saúde lhe permitisse.

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Enquanto Dr. Avellar se dedicava às múltiplas facetasda sua missão, dona Chiquinha se desdobrava, criando eeducando os 12 filhos, cuidando dos afazeres domésticos. Sabiatornar o lar acolhedor e amigo. Acompanhava a vida cívica epolítica do marido com vaidade e admiração.

Em qualquer situação e ambiente conservava-se a mesma.Não se dedicava levar pela vaidade e nunca se julgava ilustre.

Veio um dia a viuvez, no dia 21 de agosto de 1914, ecom ela muitas lutas e sofrimentos. Dona Chiquinha foi para aLapa. O auxílio do céu não lhe faltou e aos poucos foiconseguindo organiza-la. Em breve, a horta e a chácaracomeçaram a proporcionar fartura e a fazenda ia sendorecuperada. Para melhor administra-la, algumas vezes montavaa cavalo, e ao lado de um acompanhante, supervisionando astarefas dos “camaradas”.

Houve uma época em sua vida em que, para facilitar acontinuação dos 4 últimos filhos e de 3 netos nos estudos,mudou-se para Belo Horizonte, contando com o auxílio dosfilhos mais velhos, que já ganhavam um pouco.

Sentia-se feliz com a felicidade alheia, principalmentedos seus familiares e dos que com ela conviviam. Não seopunha às diversões sadias de seus netos e filhos. Nunca criouobstáculos para os campeonatos de ping-pong em sua casa,para os jogos de volley-ball em terrenos de sua propriedadepara os passeios e boas distrações.

Terminada a estrada em Belo Horizonte, concluídosos estudos dos filhos e netos, regressou a Sete Lagoas.

Era tão sociável que, quando não podia mais sair, iapara a janela que dava a rua fim de ver conhecidos e amigosque passassem e com alguns dar o seu dedinho de prosa.

Chiquinha, que nascera 4 meses depois do município,sabia como o progresso fora lento e difícil nos seus primeiros

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tempos e compreendia o que representava o primeirocentenários da cidade de Sete Lagoas, no dia 24 de novembrode 1967. durante o mesmo, dona Chiquinha foi denominada“Mãe de Sete Lagoas”, “Vovó Centenária” e foi homenageadacom carinho. E no dia 21 de março de 1968, dona Chiquinhacompletou seus 100 anos de idade. A relação dos seusdescendentes (contando vivos e falecidos) era então de 14filhos, 39 netos, 123 bisnetos e 2 trinetos.

Mercês de Deus, estava lúcida, embora enfraquecida.Continuava a se interessar por todos e por tudo que a cercava.Viveu ainda mais 8 meses e 7 dias. E na manhã de 28 de junhode 1968, Deus a quis levar.

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PROFESSOR EDIMAR

Edimar Evanir Brandão nasceu no dia 06 de setembrode 1950, em monjolos, Minas Gerais. Sendo seus pais o Sr.Cleuber Cândido Brandão e dona Ana Maria Brandão.

Casou-se com Monique Dutra Brandão, com a qual teveos filhos Fernanda e Tiago. Edimar fez o curso primário emsua própria terra, entre os anos de 1958 e 1961, seguindo logodepois para a cidade de Diamantina onde fez o 1o e 2o ano noSeminário Sagrado Coração de Jesus. Ao sair desseestabelecimento de ensino, não foi possível a liberação dosdocumentos (transferência) e para não ficar sem estudar, eleprestou exames supletivos, antigo “Madureza”.

Iniciou o 2o grau científico no Colégio Cristo Rei, emSete Lagoas. Paralelo a este curso, prestava provas de supletivoem Belo Horizonte. Mais uma vez, concluiu o 2o grau pelosupletivo em 1 ano e meio. Para testar a conclusão do 2o graupelo supletivo, fez provas em Belo Horizonte no ColégioLoyola, onde foi bem sucedido; e, como se não bastasse,prestou exames em Montes Claros, onde mais uma vez foibem sucedido.

Logo após a conclusão do 1o grau (ginasial), jádemonstrava grande interesse e facilidade em matemática.Nessa época iniciou sua carreira como professor deMatemática para curso de Admissão. Cursou a UniversidadeCatólica (Matemática em 1970, fazendo um curso deaprimoramento em Formiga – Licenciatura Plena)

Foi convidado várias vezes para entrar para a política,como vereador, mas sempre recusava. Trabalho no colégioIndustrial “Professor João Fernandino Júnior”, no colégio

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estadual “Maurílio de Jesus Peixoto”, Colégio “Dom Silvério”,colégio “Regina Pacis; Colégio Setelagoano Cristo Rei, semorecomo professor de Matemática. Criou o curso pré-vestibular“Fórmula V” e curso “WEB”.

Recebeu o título como destaque na área de melhorprofessor do ano.

Escreveu um livro de matemática, que ficou na fasefinal de publicação. Estudando sempre e unicamente aMatemática. Não fazia questão de nenhum cargo; pelocontrário, sempre recusava, para que pudesse ficar mais livrecom sua matemática. Nas horas de folga dava aulasparticulares quase sempre de graça.

O último curso estava fazendo em Formiga. No mêsde outubro, a faculdade já tinha recolhido seus documentospara confecção do diploma, mas, a pedido de colegas,continuou fazendo essa viagem para que pudesse ajudá-los emsuas dificuldades.

Sua meta era estudar, aprimorar-se cada vez mais. Eraapaixonado pela matemática, que estudava diariamente de22:30 (horas que chegava dos colégios) até 02:00 horas damadrugada para que pudesse ficar sempre atualizado. Mantinhasempre contados pessoais com o professor Mário de Oliveirae o deputado Hugo Gontijo, que também são professores emBelo Horizonte.

Uma vez ele disse a seu colega Alfredo Valadares queainda não conhecia o Rio de Janeiro; e estes fez questão delevá-lo em uma de suas viagens. Só que, segundo Alfredo,Edimar nada viu da “cidade maravilhosa”, pois passava o diainteiro visitando livrarias especializadas e adquirindo livrosde matemática, inclusive importados.

Ajudou alunos dando-lhes apostilas, livros econseguindo vagas em colégios estaduais; e ajudando também

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na manutenção de despesas na faculdade de Sete Lagoas. Essesatos ele realizava desinteressadamente.

Em um dia, na saída de Divinópolis, a caminho deFormiga, na data de 18 de outubro de 1985, ele foi vítima deum acidente automobilístico, que o levou desta vida.

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DONA EDITH

Edith Tanus Lopes nasceu no dia 24 de novembro de1922 em Curvelo, Minas Gerais, filha de Tanus Ibraím Jorge eJosefina Pedro , cursou o primário em Curvelo, no ano de1933 e concluiu o curso secundário na Escola Normal doOrfanato Santo Antônio, de Curvelo, no ano de 1939.

Formou-se em desenho pela Universidade Federal deJuiz de Fora no ano de 1969.

Em Sete Lagoas lecionou na Estadual ProfessorCândido Azeredo. Foi coordenadora no Movimento Brasileirode Alfabetização, Fundação Mobral, ano de 1972.

Foi homenageada por sua colaboração ao movimentoBrasileiro de Alfabetização-Mobral, como coordenadora e pelaerradiação do analfabetismo, em 1971 a 1972.

Recebeu medalha de Honra ao Mérito como lídervoluntária pela Associação de Crédito e Assistência Rural, noano de 1975. Fez estudos nas ares: Trabalhos manuaispromovidos pelo SESI, no ano de 1970; curso intensivo sobreEducação integrada; promovido pela Secretária da Educaçãode Minas Gerais no ano de 1972; Teatro, música, artes plásticas,atividades criadores, no 7o Festival de Inverno realizado em julhode 1973, na cidade de Ouro Preto; Curso de Volante de Artes(Teatro) ministrado pelo professor Francisco Pontes de PaulaLima, coordenado pela conselho de extensão da UniversidadeFederal de Minas Gerais, no ano de 1974; Solda de manutenção,organizado e dirigido pelo Instituto Emtectic; Curso Volantede Artes Plásticas ministrado pelo professor Pierre Santos.

Participou como professora de Educação Artística noII Encontro de professores do ensino de 1o grau, administrado

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pela 23a Delegacia Regional de Sete Lagoas, no ano de 1974.A atualização para professores do ensino pré-primário,administrado pela 23o Delegacia Regional de Ensino de SeteLagoas, no ano de 1975.

Participou do I Salão de Arte Jovem de Sete Lagoas,no ano de 1976. Promoveu exposições de Artes Plásticas ePintura de seus alunos.

Edith Tanos Lopes foi casada com Francisco FerreiraLopes e teve os filhos: Fredy, Afonso e Maria Elizabeth.

Faleceu em 1988.

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ELIAS JOSÉ ELIAN

Elias José Eliana nasceu em Zaidal, distrito de Homs,naSíria, de uma família árabe cristã, em abril de 188. Filho deJosé Elian e Sarah Abu-Dalul Elian.

Com mutos jovens naquela região, não tinhaoportunidade de conseguir uma situação econômica estável,embora sua família tivesse algumas propriedades agrícolas. ASíria estava ocupada pela França, depois de um longo domínioturco. Jovens, em busca de uma vida melhor, emigravam parao Novo Mundo, principalmente para os Estados Unidos e oBrasil. Para aqui vieram os 3 irmãos mais velhos de Elias; e eleos seguiu em 1905, co apenas 16 anos. Ao contrário da maioriade seus compatriotas, ele dava grande valor à educação.

Em São Vicente, distrito de “Pau Grosso” (atual Badim),onde seus irmãos tinham um armazém, ele aprendeu sozinho aler e escrever árabe e português, pis não tivera tempo de estudar.

No Brasil também não freqüentou escolar, mas lia muitoem árabe e em português. Com isso adquiriu uma cultura geralbastante elevada para os níveis da época.

Sua primeira atividade foi de mascote. Percorria osertão mineiro com um grande baú no lombo de um burro,levando tecidos, aviamentos e vasilhas diversas aos locaispouco acessíveis da região entre Buenópolis, Curvelo,Pirapama, Haldim e Sete Lagoas.

Casou-se em 1915 com sua prima HenriquetaSalomão Elian, que veio da Síria com essa finalidade já queo casamento estava decidido deste o seu nascimento, comoé costume dos árabes.

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Aos trabalhar com os irmãos em São Vicente, asociedade foi desfeita e ele se transferiu para Sete Lagoas, coma esposa e 3 filhos, (mais 4 nasceriam aqui).

Em Sete Lagoas trabalhou vários anos como caixeiroviajante da Companhia Cedro Cachoeira. No final dos anos20, juntamente com um “patrício” de elo Horizonte, inaugurouuma linha de ônibus entre Sete Lagoas e a capital. A empresadispunha de um só veículo. Na cidade de Matozinhos haviaum ponto de parada para almoço; e a viagem durava cerca de6 horas, quando não havia problemas com o ônibus. A iniciativateve curta duração, pois era mais seguro ir de trem.

Elias era grande admirador de Monsenhor Messias, dequem foi compadre, contribuindo com suas campanhas.

Apesar de não ser um homem muito rico, ele procuroudar a melhor educação aos filhos; e chegou a sustentar emRoma um seu irmão, George Elian, que se ordenou e veiopara Belo Horizonte, onde foi pároco da Igreja SagradoCoração de Jesus e grande especialista em línguas antigasorientais, como o aramaico.

Já no final dos anos 30, Elias adquirindo industrialFrederico Álvares da Silva a empresa Ôrguinha”, fabricantede chinelos de liga muito usados na época. Eram chinelos depano com sola de couro. Os fios eram produzidos na fábricae o couro comprado de produtores da região. A indústriaprosperou até surgirem no mercado as “alpargatas Roda”, deuma multinacional norte-americana. Embora fossem umproduto muito inferior com solas de corda que poucoduravam eram apresentadas em diversas cores vistosas, quecontrastavam com as cores escuras e pouco varias dos chinelosde liga. Assim, no início dos anos 50, quando o governo Vargasdecretou um novo aumento do salário mínimo. Elias resolveu

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fechar a fábrica, embora os operários se dispusessem atrabalhar sem aumento de salário.

Na época, ele disse que não poderia de maneira algumatransgredir as leis de um país que tão bem o havia acolhido.

Elias José Elian faleceu em novembro de 1971. Suahistória é a mesma de milhares de imigrantes que para aquivieram e, com seu trabalho, contribuíram para o progressoeconômico do Brasil.

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EURO DE ANDRADE

Nascido em Sete Lagoas, Minas Gerais, aos 11 de abrilde 1902. Falecido em Sete Lagoas/MG, aos 04 de abril de1981. Era filho de José Cândido de Andrade (Juca Cândido) eEulina Mascarenhas de Lima Andrade.

Iniciou seus trabalhos profissionais desde os 8 (oito)anos de idade, tendo começado como jornaleiro, passandoposteriormente a balconista da filial do Bazar Andrade,situado à Rua Dr. Avelar, galgando logo a posição de gerente.Aos 18 de idade assumiu o controle da firma J.C. Andrade eRamos, situada em Sete Lagoas. Posteriormente, foitransformada a sua razão social para Casa Euro de Andrade,sucedida por Irmãos Andrade e Cia., e, finalmente, paraIrmãos Andrade Comércio S/A., extinta em 1974.

Exerceu os seguintes cargos a atividades: membro daIrmandade Nossa Senhora das Graças; doou terreno econtribuiu o albergue para os pobres ao lado da Igreja Matrizde Santana, em Sete Lagoas, tendo colaborado ativamente naconstrução dessa Matriz e da casa paroquial; acionista fundadordo Banco Agrícola de Sete Lagoas S/A. (Algrimisa S/A.);continuador e iniciador da instalação da Vila Vicentina de SeteLagoas, tendo doado e conseguido inúmeras casas de moradiapara os pobres, exercendo a presidência desta Vila por váriosaos; colaborador da instalação da Telefônica Sete Lagoas S/A.; colaborador da instalação do Bispado de Sete Lagoas;colaborador da construção e instalação do Centro EspíritaBitencourt Sampaio em Sete Lagoas, MG; fundador etesoureiro por várias gestões do Rotary Clube de Sete Lagoas,sendo o seu sócio honorário; vice-prefeito eleito de Sete

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Lagoas, tendo exercido o cargo de prefeito pelo período de 2anos e meio; fundador e presidente da Associação Comercialde Sete Lagoas.

Foi casado com Althair Tolentino de Andrade, deixouos filhos Elma, Aline, Jane, Enda Mariza, Alba Maria, Arnon,Edme Tolentino de Andrade.

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PROFESSOR FERNANDINO JÚNIOR

Nasceu o professor Fernandino Júnior, em Sete Lagoas,a 27 de maio de 1871. Morreu em 1o de maio de 1948. Filhodo Sr. João Fernandino de Andrade e dona Ana MendesLinhares, foi casado com dona Maria Mendes de Andrade.Iniciou os estudos primários em 1877, na escola particularSagrado Coração de Jesus, da professora dona Maria daConceição Pereira. em 1881, matriculou-se no Colégio deEnsino da Língua Latina, especializando-se em latim e francês.Em 1887 seguiu para o Rio de Janeiro, onde, em 24 de março,matriculou-se na antiga Academia Imperial de Belas Artes. Em22 de dezembro de 1888, foi laureado com medalha de prata,tendo recebido Diploma com título de aprovação das mãosdo Imperador D. Pedro II. Terminados seus estudos, por suaaplicação e classificação, foi agraciado com um prêmio deviagem à Europa.

Em 1894, fundou o primeiro jornal da cidade, sob otítulo “O Sete-lagoano”, do qual era proprietário, mantendoposteriormente, outros periódicos, “O Comércio”, “AVerdade”, e o “Minas Central”.

Em 1895 tomou parte ativa na fundação de nossaprimeira Escola Normal, tendo sido um dos elementos doseu primeiro corpo docente. Lecionou no Ginásio Municipal“D. Silvério”, deste a sua fundação, em 1923 e, na EscolaProfissional “Frederico Álvares”, da E.F.C.B., desde o iníciode suas atividades.

Como pintor, realizou diversas exposições, em BeloHorizonte, Juiz de Fora, São Paulo e Rio de Janeiro, tomandoparte em outras, como concorrentes, tendo conquistado várias

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medalhas e outros prêmios. Na sua especialidade, naturezamorta, não se encontrou até hoje um substituto.

Deixou várias produções, como compositor, tendoparticipado de um concurso, de músicas regionais, instituídopela Associação Nacional de Editores de Músicas de SãoPaulo, classificando-se em primeiro lugar. São de sua autoriasos hinos de Democrata F.C., do Grupo de Escoteiros “Plácidode Castro” e o da Escola Profissional “Frederico Álvares”,as outras escolas profissionais congêneres.

Musicou para piano o hino do Ginásio Municipal “D.Silvério”, letra do poeta Agripa Vasconcelos, da AcademiaMineira de letras. Neste setor de sua arte, a nota mais curiosafoi a organização da Banda de Música “Irmãos Fernandino”,constituída de 9 elementos, mais tarde reforçada com aparticipação de 2 filhos do consagrado maestro: João Neto eJosé Fernandino.

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VÓ FINA

Josefina Altina Wanderley Azeredo, nasceu no dia 15de fevereiro de 1869, na fazenda de Matozinhos, em Sabará.Filha de José Francisco Ribeiro Wanderley e de dona QuintilianaJardim Wanderley, dona Josefina veio predestinada para a maisdifícil e santa das missões: ensinar crianças.

Fez seus primeiros estudos em Sabará, com a famosaprofessora dona Emília Bernhanss de Lima, indo depois paraOuro Preto, onde em 1886 recebeu o seu diploma de normalista.

Em 1887, casou-se com o professor Cândido Maria deAzevedo Coutinho, o querido e saudoso Mestre Candinho,que por dezenas de anos, tanto contribuiu para a educação damocidade brasileira.

Na data do dia 12 de setembro de 1888, em SeteLagoas, dona Josefina começou sua missão de professora dosexo feminino, em substituição a dona Mariana Pena, primeiraprofessora da cidade de Sete Lagoas. portanto, dona Josefinaé a segunda. A primeira escola em que lecionou foi no bairroda Várzea, sendo sucessivamente removida para o bairro daestação e Grupo Escolar Arthur Bernardes, no qual, ao fimde 30 anos, recebeu sua aposentadoria.

Posteriormente, dona Josefina fundou a Escola SagradoCoração de Jesus, que funcionava na Praça, hoje conhecidacomo Vó Fina, em um prédio que pertencia à Liga OperáriaSetelagoana. Com o passar dos anos, a direção da Escola,recebeu como diretora a sua filha dona Maria da ConceiçãoAzeredo Dias, mas sempre com a orientação e dedicação dedona Josefina, ajudando a filha na direção do educandário,que funcionou até 1963; terminando a escola em prédio

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próprio, à Rua Professor Teixeira da Costa, 67, com turmasna parte da manhã e à tarde.

Segundo sua filha dona Conceição, que nos orientounesta biografia, dona Josefina era católica praticante e durantevários anos foi diretora da Pia União das Filhas de Maria etambém foi membro da diretoria das Damas de Caridade doSagrado Coração de Jesus.

Recebeu diversos títulos e condecorações; dentre elespodemos destacar: em 1955, Taça Sá Fina, que foi oferecidaem Sabará, depois de 2 jogos de futebol entre o Democratade Sete Lagoas e o time de Sabará, onde deu o chute inicial.Essa homenagem foi idealizada por Pedro Lúcio, professordos Ferroviários; em 07 de setembro de 1955, recebeu oDiploma da Medalha de Honra da Inconfidência; aos 22 desetembro de 1958, recebeu uma taça, oferecida pelos alunosda sua escola pelos extraordinários 70 anos de Magistério.Na mesma data a Câmara Municipal de Sete Lagoas ahomenageou com o título de Cidadã Sete-lagoana. Foihomenageada também como Cidadã Belorizontina; recebeuuma bênção especial do Papa Pio XII, por ocasião dos seus50 anos de magistério; foi homenageada com a Praça VóFina e com a Rua Professora Josefina de Azeredo no bairroBoa Vista.

É para homenagear a 2a mestra em nossa terra, LyraFernandino Henriques, hoje ocupa a cadeira no 22 de JosefinaAzeredo, na Academia Setelagoana de Letras.

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PROFESSOR GALVÃO

Professor Galvão Alcy Coelho da Silva Galvão foi umincansável batalhador pela melhoria do ensino em Sete Lagoas,cidade que ele adotou como sua em 1953 e que, 18 anos maistarde, lhe reconheceu os méritos, concedendo-lhe o título deCidadão Honorário, por inciativa da Câmara Municipal eproposta do Vereador Olympio Fernandes.

Durante 30 anos ele dedicou a Sete Lagoas o melhordos seus esforços. Nos dez primeiros, ele ainda conseguia dar12 aulas por dia (das 07:00 às 22:00 horas), preparar as aulasdo dia seguinte, corrigir centenas de provas e dedicar-se àconcretização de um grande sonho: a construção de um colégioque, pela excelência de seu corpo docente e de suas instalações,pudesse se considerado um modelo para todo o Brasil.

O sonho tornou-se realidade, com a primeira turmado Colégio Cristo-Rei (Educandário Setelagoano Cristo-Rei)em 1962. mas, por uma série de fatores contrários à suavontade, o colégio teve que fechar suas portas em 1985.

O Cristo-Rei, durante os 23 anos de sua existência,somou vitórias e conquistas. Três gerações de médicos,professores, advogados, engenheiros e sem-números deprofissionais famosos passaram pelo Cristo-Rei ou foramalunos do Professor Galvão no Colégio D. Silvério ou noGinásio Getúlio Vargas.

Acometido de parkinsonismo, ele parou de lecionarem 1982, passando a se dedicar apenas às questõesadministrativas do Cristo-Rei. Alquebrando pela doença,manteve lúcido o seu espírito e sua fabulosa capacidade de

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raciocínio. Vitima de parada cardíaca, veio a falecer em 03 deoutubro de 1987. aos 77 anos de idade. Deixou viúva donaCeleste Corrêa Galvão, seus filhos: Cecy (professora), Vera(professora), Sérgio (jornalista), Alexandre (engenheiro civil),Antônio Cláudio (economista) e Dulcilene.

O professor Galvão nasceu em 28 de fevereiro de 1910,em São Paulo. Seu pai, Belmiro Coelho da Silva Galvão, erafarmacêutico e viajava constantemente à procura de ervasmedicinais. Foi numa dessas andanças que Alcy nasceu. Devolta ao Rio de Janeiro, Belmiro fundou a PharmáciaHumanitária e ali se instalou definitivamente.

O mundo vivia tempos difíceis. A Primeira GuerraMundial deixava um rastro de sangue e destruição por toda aEuropa. Com o fim da guerra, veio a depressão econômica ea doença. A gripe “espanhola”, que tantas mortes causou emtodo o mundo, deixou marcas profundas no menino Alcy, quetinha apenas oito anos de idade. A “peste”, ao se abate sobreo Rio de Janeiro, em fins de 1918, luvou-lhe o pai, dois tios eum irmão, além de minar os últimos recursos da família.

Aos dez anos, Alcy era “menino impossível”: fugiaconstantemente de casa, para engraxar sapados na rua, numatentativa de aumentar o pequeno orçamento familiar. Só quedona Julieta não se conformava com as escapulidas do garotoe, com certo alívio, aceitou o oferecimento de amigos parainternar o moleque em um patronato em Florianópolis, ondeele ficou até os 18 anos.

No trato com at erra, construção de galões paraanimais e pequenas edificações, Alcy iria revelar uma incrívelcapacidade de raciocínio e uma surpreendente vocação pra asCiências Exatas. Lia tudo que lhe caía nas mãos e sua maiordistração era resolver intrincados problemas de trigonometria

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Daian Corrêa

Sem meios para estudar e tendo que prestar o ServiçoMilitar, Alcy retornou ao Rio de Janeiro e sentou praça naPolicia Militar do Distrito Federal, em 1928.

Em 1936, já como terceiro sargento e aos 26 anos deidade, ele casou-se com dona Celeste, uma jovem de 17 anos,natural da cidade de Fluminense de três Irmãos e recém-chegada ao Rio.

Embora fosse um excelente técnico de rádio, ele eraum mau comerciante. Teve duas lojas de eletrodomésticos noRio, mas os princípios matemáticos não se ajustavam àrealidade do cotidiano.

Em julho de 1953, ele hospedou no rio o seu cunhado,o sargento Oswaldo Villas-Boas, que morava em Sete Lagoas,onde comandava o Tiro de Guerra 157. Villas-Boas, fez a Alcyuma proposta de, juntos, formarem uma sociedade para ainstalação em Sete Lagoas de uma grande oficina de consertosde radio. O argumento era o de que a cidade se ressentia dafalta desses serviços. Além disso, Alcy como militarreformado, poderia dar aulas de Educação Física no ColégioD. Silvério que ele, Villas Boas, não poderia continuar dando.

Alcy deixou a família no Rio e feio para Sete Lagoas,hospedando-se na casa do cunhado. Juntos, dos dois foramao Colégio D. Silvério acertar com o diretor, GhilhermeHallais França, as aulas de Educação Física. Na conversaHallais falou da sua dificuldade em encontrar um professorde Matemática. Resultado: Alcy nunca chegou a dar aulas deEducação Física e, muito menos, chegou a montar a oficinade rádio. Começou a dar aulas de Matemática no segundosemestre de 1953. em setembro daquele mesmo ano, passou aministrar aulas de Física. Pouco afeto aos currículos escolarese aos programas de cada série, passou por um verdadeiro

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sufoco dava aulas durante o dia e rompia as madrugas, fazendoplanos de aulas para o dia seguintes.

No dia 06 de janeiro de 1954, ele conseguiu trazer amulher e os filhos para Sete Lagoas. com a família instalada,partiu às pressas, para São Paulo, para obter o registro deProfessor de Matemática.

A semente estava plantada. A partir de 1954, e nos quase30 anos que se seguiram, raras foram as vezes em que ele nãorecebeu homenagens de seus alunos, como paraninfo oupadrinho de turmas, chefe de delegações estudantis, medalhase placas alusivas e eventos, etc.

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Daian Corrêa

DONA GENI RAPOSO

Geni Barbosa nasceu no dia 22 de janeiro de 1927 emPrudente de Morais, filha de Américo Rodrigues Barbosa eMaria das Dores Rodrigues Barbosa.

Casou-se com Francisco Raposo no dia 06 de setembrode 1949 em Prudente de Morais e fixou residência em SeteLagoas. teve 8 filhos estando todos casados. São eles:Franscislene Maria, Fábio José, Iole Maria, Cléia Miriam,Tereza Cristina, Luiz Antônio, Francisco Eugênio e Ana Luiza.

Cursou o 1o grau (1a a 4a) em Prudente de Morais edepois se transferiu para o Colégio Regina Pacis, em SeteLagoas, onde diplomou-se em Magistério. Trabalhou comoprofessora primária em algumas escolas de Sete Lagoas, como:Escola Estadual Maria Amâncio e escola estadual Emílio deVasconcelos Costa, onde ocupava o cargo de AssistenteEscolar. Nesta função, já assistia a todas as crianças carentesda escola e do bairro, providenciando-lhes médico, dentista eassistência quando necessários. Seu trabalho estendeu-se a todaa paróquia de Santa Luzia. Fazia um trabalho intenso e diáriode assistência aos pobres, doentes e necessitados. Fundou einiciou movimentos na paróquia, não só levando assistênciacomo também levando os assistidos até a Igreja. Criou na Igrejade Santa Luzia, o Boletim Litúrgico com a ajuda decolaboradores. A partida dá, este Boletim estendeu-se a todaregião. Criou, na região do bairro, o Centro Social, hojedenominado Centro Social Geni Raposo.

Neste local eram dadas aulas de corte e costura,bordados, tricô, noções de higiene e alimentação. Lá funcionaaté hoje um Jardim de Infância, com atendimento gratuito às

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crianças da região. Nos momentos difíceis da paróquia elasempre estava à frente, auxiliando e promovendo movimentosde melhoria. Participava dos grupos promotores de Encontrosde casais, Cursos de noivos e Batismo da Paróquia Santa Luzia.

Viveu uma vida intensa em função do próximodeixando para sua família um exemplo vivo de trabalho ededicação. Na dor de sua enfermidade, soube suportar comoninguém o sofrimento, dando mostras de sua fé em Deus eaceitação. Na tarde do dia 06 de novembro de 1974, em SeteLagoas, um breve temporal caiu; quando terminou,calmamente ela também se foi.

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JANUÁRIO CORRÊA DASILVA OLIVEIRA

Januário Corrêa da Silva Oliveira, nascido em 18/10/1904, natural de Matozinhos, filho de João Corrêa da Silva eCândida de Oliveira Paula. Casado com Maria Alves deOliveira Corrêa.

Mudou-se para Sete Lagoas, em 1931. Aqui trabalhoucomo Seleiro. Depois tornou-se empregado da antiga Estradade Ferro Central do Brasil, onde se aposentou em 1972.

Pertenceu à Banda de Música União dos Artistas pormais de 40 anos.

Ferroviário esportista, atuando primeiramente noFluminense Futebol Clube da Boa Vista , sócioproprietário do Democrata Social Clube por onde era umtorcedor sem limite e esperava o retorno do citado clubeao profissionalismo.

Vicentino, tendo como gosto visitar os maisnecessitados tendo participado de várias agremiaçõesVicentinas.

Católico convicto não perdendo missas mesmo quandojá com sua saúde bem abalada.

Foi também por várias vezes um elemento quesempre gostava de disputar partidas de Douradão inclusivevários campeonatos.

Delirava com as pescarias junto aos filhos, genros enetos, onde sempre tinha uma estória para contar.

Sempre lutou politicamente ao lado dos companheirosque aqui em Sete Lagoas apoiavam o PTB e mais tarde o MDB.

Deixou 9 filhos:

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Derbe Corrêa de Oliveira, professor, casado com SílviaGomes Corrêa; Sebastião de Oliveira Corrêa, vereador efuncionário do INPS, casado com Eliza Maria França Corrêa;Aloísio de Oliveira Corrêa, funcionário da R.F.F.S.A., casadocom Geralda Dias Corrêa; Dalva de Jesus Corrêa do Altíssimo,casada com o Sr. Acácio Pires do Altíssimo, proprietário daVidraçaria Nossa Senhora Aparecida; Celma Maria CorrêaPontelo, casada com o Sr. Sebastião Antônio Pontelo,funcionário do Fórum de Sete Lagoas; Flávio Antônio deOliveira Corrêa, comerciante da Casa Horta Corrêa, casadocom Márcia Pires Horta Corrêa; Ana Maria Corrêa Diniz,casada com o Sr. Geraldo Diniz Lima, comerciante doSupermercado Santa Catarina; Fabíula das Graças CorrêaFrança, casada com o Sr. Gilberto Guimarães França,funcionário da Itambé e Vicente de Paula de Oliveira Corrêa,solteiro, comerciante.

Januário Corrêa de Oliveira deixou saudades e muitasagradáveis lembranças. Faleceu em 28/11/81.

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Daian Corrêa

JOVELINO LANZA

Jovelino Lanza nasceu aos 26 de novembro de 1902,em São Pedro de Pequery, Comarca de Mar da Espanha, MinasGerais; filho de Nicola Lanza e Ana Castelleta, imigrantes quevieram para cuidar da lavoura de café. Em companhia dospais, e com a idade de 5 anos, transferiu-se para Sete Lagoas,indo residir no Riacho.

Fez o curso primário no Grupo Escolar “ArthurBernardes”. Freqüentou as aulas até o 2o ano e não podeprosseguir, pois sua família era muito pobre e seu painecessitava de seus serviços.

Mais tarde, com a ajuda do amigo Inácio Lopes eatravés de leituras, principalmente dos clássicos e líricos,desenvolveu seus conhecimentos e se aprimorou nos estudosda língua portuguesa.

Começou a trabalhar desde cedo. Seu primeiro trabalhofoi vender verduras de casa em casa. Com a idade de 10 anos,Jovelino ajudava a carregar e descarregar os tijolos da olariaem que seu pai trabalhava. Transferida sua residência para estacidade, passou a vender laranjas, jabuti e outra frutas. O melhornegocio que encontrou quando criança foi a venda de esterco,apanhado nas ruas da cidade. Maiorzinho, foi auxiliar o pai afazer tijolos. As primeiras construções ele as ajudou com seusuor, tornando-se assim pioneiro do progresso urbanoimobiliário de Sete Lagoas. Foi servente de pedreiro na épocaem que o reboco era feito com esterco de boi. Trabalhou,também vendendo pães pelas ruas da várzea.

Depois, empregou-se no Grande Hotel e foi auxiliarde copa e quarteiro. Em seguida foi caixeiro em uma pequena

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casa comercial na Fazenda da Prata. Foi comerciante, mas teveque encerrar suas atividades por causa da desordemrevolucionária de 1930.

Amigos ofereceram a Jovelino Lanza o lugar deavaliador judicial; e ele, com dignidade, desempenhou oserviço público estadual. Durante quatro anos foi secretárioda prefeitura local, como chefe do Departamento deEducação, Saúde e Assistência.durante a sua atuação, todosos benefícios possíveis foram prestados à criança em idadeescolar ou não da zona rural, pois tinha desvelado amor àcausa infanto-juvenil. As escolas municipais eram assistidaspelo seu vigilante espírito de fé.

Fez o curso para Escrivão Criminal e foi nomeado, emagosto de 1933, pelo presidente Olegário Maciel, tendodesempenho o cargo durante 34 anos. Suplente de delegadode policia, teve sob sua guarda os Correios e Telégrafos naRevolução de 1930.

Exerceu por duas vezes o cargo de Escrivão Eleitoral,orientando o serviço na ausência do Juiz de Direito.

Exerceu ainda o cargo de vereador na primeiralegislatura, após a Revolução, realizando admirável trabalhopara os menos favorecidos.

Jovelino Lanza foi o primeiro presidente da Liga deFutebol Setelagoana, durante 8 anos, presidente do “SeteLagoas Tênis Clube” durante 4 anos, presidente do “IdealEsporte Clube” e membro da diretoria do “AméricaFutebol Clube”.

Jogou futebol no “Democrata Futebol Clube”. O maiorfeito, neste setor, foi a conquista do bronze “Vapabuço”, aoderrotar o “Democrata Futebol Clube”, entoa o favorito.

Escritor ilustre, escreveu crônicas que eram lidos naRádio Cultura de Sete Lagoas, onde criava e apresentava o

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Daian Corrêa

programa “Juri Simulado” e “Música bem brasileira” (este comWilson Tanure e, mais tarde, com Alfredo Valadares). Finalizavasuas crônicas sempre com a expressão que criou e que lheengrandeceu o nome: “O que passou não passou – ficou!”.

Colaborou nos jornais “Alvorada”, “Gazeta deParaopeba”, “Revista Acaica” (de Belo Horizonte),“Mensagem” e “Jornal Centro de Minas”.

Publicou, em 1958, um livro intitulado “Mina SeteLagoas (crônicas evocando o passado). Além de cronista,manifestou-se como historiador, narrando fatos sobre SeteLagoas antiga com emocionante beleza.

Jovelino Lanza foi, também, auto da letra da marcha“Podem falar de mim”, música de Clarindo Fagundes.

Quando do 1o Centenário do município, participou doconcurso de monografias e ganhou o 1o lugar com a “Históriade Sete Lagoas”, editado pela prefeitura lançado no “Clubede Letra” da cidade. Conquistou merecidamente por essetrabalho, uma cadeira na “Academia Municipalista de Letrasde Minas Gerais”.

Foi sócio fundador da União Brasileira de Trovadores(UBT) de Sete Lagoas e sócio do “Clube de Letras”. Recebeuo diploma do Mérito cultural, instituído pela PrefeituraMunicipal. Pela União Colegial recebeu o título deSecundarista. Escolhido “Personalidade do ano”, em 1967,setor literário.

Casou-se a 14 de janeiro de 1926 com dona MariaUbaldina de Andrade Lanza e teve o casal três filhos: MariaJosé, Dr. Murilo e Lúcia.

Faleceu aos 05 de fevereiro de 1971, em Sete Lagoas,recebendo as mais belas e significativas homenagenspóstumas, especialmente dos desprotegidos da sorte, queajudava, incógnito.

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Jovelino Lana foi uma pessoa simples, bondosa, quecativava pelo seu talento e bondade de coração, deixandosaudades nos corações de todos que lhe quiseram bem.

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Daian Corrêa

PROFESSORA LÍGIA ELIAN

Nasceu em Sete Lagoas, no dia 16 de janeiro de 1921,na residência de seus pais, os imigrantes sírios Henriqueta eElias José Elian. Foi registrada como Carima José Elian, naausência de sue pai, que era caixeiro viajante e estavaconstantemente visitando as cidades da região. Ao regressar,seu pai, que acabara de ter o romance “Quo Vadis” (onde aheroína se chama Lígia), levou-a à pia batismal com esse nome.Assim, ela ficou sendo conhecida por Lígia, quando seu nomelegal era Carima. O equívoco só foi desfeito quando ela seformou no segundo grau.

Cursou o primário na escola de Vó Fina. Após doisanos na Escola Normal “Regina Pacis”, em Sete Lagoas,ingressou no Colégio Providência, em Mariana, como interna,lá ficando até 1938, quando terminou o curso normal.

Embora manifestasse vocação para o magistério, seupai, homem abastado para os padrões da época, não permitiuque ela lecionasse. Podia, quando muito, fazer algumasubstituição de vez em quando, mas sem receber.

Casou-se em 1943 com Arinos Valadares Silva,fazendeiro, que então explorava cristal na região. Dessa união,nasceram seis filhos: Marta, Alfredo, Francis, Elias, Nádima eMaria Vitória. A primeira e o terceiro morreram ainda pequenos.

Em 1945, começou a lecionar no Grupo Escolar“Maria Amâncio”, onde ingressou por intermédio dodeputado Emílio de Vasconcelos Costa, primo de seumarido. Em 1947, transferiu-se para o Grupo Escolar“Prof. Cândido Azeredo”, onde mais tarde passou aexercer o cargo de vice-diretora.

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Em 1965, ela foi indicada para a direção do recém-inaugurado grupo escolar “Monsenhor Messias”, no bairrode Fátima. É interessante notar que a indicação partiu do Sr.Alberto Moura, então chefe político que dava as cartas naregião, ligado ao partido da Revolução. E Lígia sempre foraligada ao partido contrário ao de Alberto Moura, o qual, aoindicá-la, fez questão de frisar que o fazia em virtude de suacomprovada eficiência na área pedagógica. Assim, Albertocolocava-se acima das questões políticas para fazer justiça auma mestra que sempre deu o melhor de si à causa do ensino.

No grupo “Monsenhor Messias”, sua primeirapreocupação foi dotar a escola de uma infra-estrutura idealpara sue bom funcionamento, e isso ela conseguiu graças aoauxilio dos moradores do bairro, principalmente osferroviários, que nunca lhe negaram apoio. Desde os móveisao telefone, tudo foi conseguido através de promoçõesdiversas. Mas o que mais a orgulhava era o fato de ter tidocondições de fornecer uma merenda substancial a todos osalunos da escola, graças a campanhas e a doações de pessoasamigas. Permaneceu na direção daquela escola até suaaposentadoria, em maio de 1973. Em outubro de 1969, foiprocurada pelo Professor Derbe de Oliveira Corrêa, a quemcedeu quatro salas, no turno da noite, dando início ao CentroEducacional Minas Gerais, onde foi secretária até sua morte,em 1108/87, Dia do Estudante

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

DR. MÁRCIO PAULINO

Nasceu Márcio Prates Ferreira Paulino em TeófiloOtoni, no dia 26 de maio de 1905, filho do Juiz de DireitoVicente Paulino e de dona Carlota Prates Paulino. Cursou ocolégio São José de Ubá, matriculou-se depois na Faculdadede Medicina de Belo Horizonte, hoje interante daUniversidade Federal de Minas Gerais, em cujo curso médicodiplomou-se em 1929.

Casou-se com a Sra. Zilda Paiva Paulino, filha do Sr.José Duarte de Piava, comerciante, e dona Amélia Abreu Paiva.Sua esposa deu-lhes os seguintes filhos: Beatriz, diplomadapelo Conservatório Mineiro de Música, Vera Maria,professora, Afonso Henrique, Engenheiro Civil e Industrial eBreno Augusto, Engenheiro Civil e Industrial.

Dr. Márcio teve variadas atividades ligadas ao progressode Sete Lagoas: Foi fundador e presidente da “Telefônica deSete Lagoas; Presidente da Associação Rural de Sete Lagoas;Presidente da Cia. Melhoramentos de Sete lagoas, que elepróprio fundara; Presidiu por vários anos o DemocrataFutebol Clube; Trabalhou, na qualidade de Provedor, pelaconstrução do Hospital “Nossa Senhora das Graças”; eMaternidade “Odete Valadares” da nossa cidade.

Ingressando na política, elegeu-se deputado estadualpelo antigo PRM e, mais tarde, pela UDN (então nogoverno Mito Campos), conseguindo grandes benefíciospara Sete Lagoas.

Toda essa atividade não impediu Dr. Márcio de exercersua profissão de médico, quer na clínica, quer na cirurgia geral,com especial desvelo pelos pobres.

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Pela sua atuação como Deputado, conseguiu emmemorável luta, na Assembléia Legislativa, estabelecer osatuais limites do município o qual, devido a esse seu trabalho,tornou-se consideravelmente maior em área.

Muitas homenagens lhe foram prestadas na sua terrade adoção. Ainda em vida, fora-lhe concedido o título de“Cidadão Setelagoano”.

As honras póstumas foram variadas: um logradouropúblico de Sete Lagoas passou a se chamar “Praça Dr. MárcioPaulino”; um estabelecimento de ensino teve seu nome; isto é,o Colégio Comercial “Dr. Márcio Paulino”; igualmenteescolheram essa denominação para o um “Grupo Escolar”,um “Ginásio Esportivo”, um “Pavilhão Pediátrico” doHospital Nossa Senhora das Graças e um “Pavilhão daAssociação Rural”.

Em várias entidades sociais e desportivas e na CâmaraMunicipal seu retrato foi inaugurado. Ainda com o seu nomeficou a sede social do “Democrata Futebol Clube”, bem comoo maior prédio comercial da cidade.

Tanta homenagens comprovam a alta estima e oreconhecimento pelo seu trabalho por parte do povo de SeteLagoa, sua terra adotiva.

Faleceu Dr. Márcio no dia 13 de janeiro de 1961.

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

MARIANO GONÇALVES

No dia 08 de julho de 1910, nascia Mariano R.Gonçalves, filho do casal José Gonçalves da Silva e donaFlorinda Gonçalves do Nascimento. Ainda jovem, mudou-secom a família para Capim Branco. Permanecendo lá até os 13anos, trabalhando na lavoura. Residiu em Arco Verde, Araçáse Peri-Peri. Em Belo Horizonte, trabalhou no comércio por 2anos. Em 1925, de volta a Capim Branco, fundou uma pequenacasa de secos e molhados na Rua Direita. Tempos depois,transferiu sua loja para o Bairro Papavento, onde pode ampliarseus negócios e vender tecidos e armarinhos.

No dia 02 de abril de 1932, casou-se com Virginia Faccio,com que teve 11 filhos: Mauro, Vera, Márcio, Wilma, Neuza,José Caetano, Marly, Norma, Murilo, Armando e Marcelo.

Por essa época, passou a gerência da loja para o irmãoGeraldo e abriu um bar na Rua Lassance Cunha, vendendo-omais tarde para Henrique Nery.

Em 1939, montou com seu cunhado uma torrefaçãode café. O Café Único, que mais tarde ampliou, mudando onome para “Café Cordial”.

Em 1941, mudou-se para a Rua Doutor Pedro Luiz,abrindo uma casa de tintas.

No campo social teve uma vida intensa e construtiva.Participou de vários empreendimentos, ajudou em diversossetores. Foi tesoureiro do Hospital Nossa Senhora das Graças,Presidente da Associação Comercial e maçom, ocupando altospostos na Loja Maçônica “General Nascimento Vargas”.

Foi também, um dos fundadores do C.D.L. (Clube deDiretores Lojistas). Ligou, ainda, seu nome a vários

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movimentos políticos e sociais, contribuindo de maneirapermanente e efetiva para o próprio desenvolvimento de SeteLagoas. A “Casa das Tintas”, é hoje a “Casa Mariano”.

Faleceu em Sete Lagoas, no dia 07/04/81. Seu filhoMauro era o famoso Zacarias, dos Trapalhões.

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

PROFESSOR MAURILO PEIXOTO

Murilo de Jesus Peixoto nasceu a 14 de setembro de1890, em Ouro Preto, filho de Firmino Brígido Peixoto eEugenia Velasco.

Casou-se com Gabriela Campolina Diniz Peixoto comquem teve 10 filhos: Maria da Graça, Berenice, Maria José,Lídia, Hélio, Aloísio, Carlos Alberto, Fernando Tito, CláudiaMarilia e Elizabeth Maria.

Cursou até o 3o ano de medicina, depois se transferiu parao curso de farmácia em Ouro Preto, onde formou em 1910.

Exerceu a profissão no estado de São Paulo, no inicio;e depois em Esmeraldas, antiga santa Quitéria onde se casouposteriormente, teve farmácia em Betim e, finalmente, emSete Lagoas.

Começou, então, a se dedicar ao ensino, tendo lecionadoFrancês e Português, no colégio Dom Silvério e na EscolaTécnica de Comércio, hoje com seu nome, onde ocupou adireção até o seu falecimento, em 1955.

Foi fundador e membro da Conferência Vicentina,redator do jornal “alvorada”, membro da Ação Católica eparticipante de vários movimentos Cívicos e políticos.

Trabalhou, também, na antiga Estação Experimental deAlgodão, em Wenceslau Braz, onde hoje se encontra a Febem.

Faleceu no dia 25 de julho de 1955. Além da escola, hátambém uma rua com seu nome. Deixou várias poesias, em suamaioria inéditas. Foi orador eloqüente, constantemente solicitadopara os acontecimentos marcantes da vida social, literária e políticada cidade, sendo paraninfo de várias turmas acontecimentosconcluintes de nossos colégios. Um dos seus poemas, “Garças deSete Lagoas”, foi musicado pelo saudoso Mozart Bicalho.

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MONSENHOR MESSIAS

Monsenhor de Sena Batista, nasceu na cidade dePiranga, em Minas Gerais, no dia 10 de junho de 1888.Filho de Lucas evangelista de sena e de dona Francisca desena Vargas concluiu seu curso primário em sua terra natal,e matriculou-se no seminário de Mariana, onde soborientação do reitor, padre Afonso Maria germe, fez ocurso secundário e teológico prosseguiu seus estudos, coma mesma vocação de um predestinado. Em 09 de abriu de1912, viu concretizado o seu grande ideal, ao receber deD. Silvério a sua ordenação sacerdotal.

Logo após sua ordenação, iniciou sua jornada triunfalpelo interior de minas, como vigário das cidades de perdões.Alto rio doce e Resende da costa, chegando a sete lagoas ondena paróquia de santo Antônio, plantou a sua messe.

Foi o pioneiro do ensino secundário em sete lagoas,onde fundou e dirigiu o ginásio municipal “D. Silvério” e aescola normal “Regina Pacis”.

Em 1931 fundou e dirigiu, auxiliado pelo padreArmando Guerazzi, o periódico “A Voz de Sete Lagoas”.

Em 1934, fundou e foi mentor espiritual do mensárioginasial “o D. Silvério”, órgão da Escola de igual nome, coma colaboração de alunos.

Em 1938, transferiu-se para Belo Horizonte, ondeassumiu o honroso cargo de diretor Espiritual do semináriodo Coração Eucarístico. Simultaneamente, trabalhou para afundação do mosteiro do Carmelo “N. S. Aparecida”, paraonde, logo após o ato de inauguração, foi designado capelão.

Monsenhor messias, durante 9 anos, exerceuabnegadamente seu apostolado, mo bairro progresso em belo

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

Horizonte, ate que, em 1950 foi acometido de paralisia e viu-se recolhido ao leito, onde demonstrando sua crençainabalável, soube compreender aquele imprevisto apenascomo uma provação a mais que Deus lhe reservara, purificandoem vida a sua alma.

Embora impossibilitado de locomover-se, continuouacalmando os corações aflitos e, em nome de Deus,distribuindo bênçãos a todos os corações sofredores.

Monsenhor messias faleceu no dia 06 de outubro de1963, em Belo Horizonte, e foi enterrado em Sete lagoas nocemitério Santa Luzia.

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MONSENHOR D’AMATO

Flávio Antonini D’Amato, nasceu em Passagem deMariana/MG no dia 24/03/1909, fiIho de Aniello D’Amatoe Lorena Rubino D’Amato, imigrantes italianos.

Aos cinco anos de idade, seguiu com os pais para aItália, lá ingressando no Seminário Menor de Vello DellaLucanio, em Salerno.

Permaneceu na Itália quando seus pais voltaram aoBrasil, completando seus estudos no Almo Collegio Capranica,em Roma. Durante sete anos, freqüentou a Pontificie UniverdadeGregariana, onde bacharelou-se em Filosofia e Direito Canônico.Celebrou sua primeira missa no dia 08/12/33.

Um ano depois, voltou ao Brasil, fixando-seinicialmente em Belo Horizonte, onde celebrou sua primeiramissa, em nosso país, na Igreja de São José, no natal de 1934.

Na capital mineira, entre outras atividades, lecionouFilosofia, Direito Canônico e Apologética.

Em 31 de janeiro de 1938, foi nomeado cura daCatedral de Santo Antônio em Sete Lagoas. Em nossa cidade,deu início a uma série de obras no campo da Assistência Social,sendo mais tarde fundador do Colégio Padre D’Amato e dojornal semanário “Alvorada”. Sua atuação na área assistencialassumiu tal vulto, que ele teve que renunciar a outra atividade,deixando a função de cura da Catedral em 1956. Nomeadoinspetor federal de ensino atuou em diversas escolas da cidadee da região. Preocupado com a situação das criançasabandonadas, fundou várias entidades visando sua proteção.

A cidade lhe tributou em vida inúmeras honrarias ehomenagens para sua meritória e laboriosa campanha em proldos necessitados.

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

Tinha excelentes relações com a maçonaria. Faziaconstantemente palestras em lojas maçônicas, as quais nuncalhe negaram apoio para suas obras sociais.

Alfredo Valadares recorda que, por ocasião da prisãode Monsenhor D’Amato, durante a ditadura militar, os maçonscerraram fileira em sua defesa, até que ele foi posto emliberdade. Sabe-se que, vítima de absurdas acusações, ele foitorturado, mas a tudo suportou com dignidade e resignação,como convinha a um homem que só tinha amor pelo próximo.

Faleceu esse batalhador no dia 03 de fevereiro de 1993,prestes a completar 84 anos e ainda em plena atividade.

DENTRE SUAS BENEMÉRITAS REALIZAÇÕES,DESTACAMOS:

• Preparação de novas Paróquias (Santana, São Geraldo,Santa Luzia e Imaculada Conceição) de Sete Lagoas;

• Organização e instalação da Diocese de Sete Lagoas(14/07/55):

• Construção do Palácio Episcopal;• Reforma da Igreja Matriz de Santo Antônio de

Sete Lagoas;• Oficinas gráficas e Jornal Alvorada (21/01/39);• Arborização e Nova estrada para a Serra da

Santa Helena.• Escola Rural Pio XII em Pedras – Sete Lagoas.

FUNDOU AS SEGUINTES OBRAS DE ASSISTÊNCIAE FORMAÇÃO DO MENOR E FORMAÇÂO PROFISSIONALDA JUVENTUDE.

• Associação Protetora cia Infância e Adolescência -ÁPIA (24/10/1940);

• Beneficência Vicentina (Sopa de Menino Pobre) em 1938;

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• Lactário Populat (1950);• Creche ‘Regina Apostolorum’ e “Casa da Criança”

(25/08/45)• Jardim de Infância “Menino Jesus” (anexo à Creche)

em 1950;• Escola Doméstica “João Chassim e Senhora” - Lar

das meninas (14/01/45)”;• Lar dos Meninos “Dona Loreta” (21/04/61);• Colégio “Padre D’Amato” – 1o e 2o graus -

Magistério e Contabilidade - 25/08/55;• Instituto Setelagoano de Menores - SM - (24/03/45)

e Aprendizado Beneficência Vicentina;• Fundação “Padre D. Amato” (25/08/63);• Banda de Música das Crianças (14/07/65);• Granja-Escola Aniello D’Amato (29/12/85);• Associação dos Beneméritos e Ordem dos

Caminheiros do Bem (22/10/63);• Casa dos Verânistas, em Guarapari/ES (28/08/68);• Instituto Infantil Irmã Flávia (anexo ao lar D. Loreta,

03/03/86);• CEXAS - Conselho Executivo e de Assessoramento

do ICA (26/03/83);• Instituto Comunitário Assistencial “Voluntárias da

Caridade” ICA-Entidade Mantenedora de suas obras,em substituição às Irmãs Palotinas (30/12/60).

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

MÚCIO ALVES COSTA

Múlcio Alves Costa, nasceu em Sete Lagoas em 29/03/1919, filho de Bernardo Alves Costa e Gabriela deVasconcelos. Concluiu o 2o grau no Instituto Grambery, emJuiz de Fora.

Morou por toda vida em Sete Lagoas e na fazendaVitrine. Foi presidente da Cooperativa dos Produtores Ruraisde Sete Lagoas. Foi fundador e presidente do Lions Clube deSete Lagoas, foi vice--presidente do Banco Agrimisa e erafazendeiro. Também teve liderança no Lions Tiradentes deBelo Horizonte e no Lions de Matozinhos e Pedro Leopoldo.Trabalhou em prol da cidade, contribuindo com o HospitalNossa Senhora das Graças e o Colégio Dr. Márcio Paulino.

Foi um líder humano, realizador, extremamente sensívelàs causas do próximo e sempre atuante.

Foi casado com dona Dulce França Costa, com quemteve seis filhos: Afonso Celso, Eliana, Ivan, Valéria, Ângela eMarco Antônio.

Era uma pessoa alegre e carinhosa com os amigos efamiliares. Gostava de colocar apelidos carinhosos nos amigose sobrinhos.

Sempre se ocupou das atividades rurais e bancárias.Faleceu em 12/05/81, vítima de um acidente no trevo

da BR 040, quando saia para o trabalho, indo de uma fazendapara outra.

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MÚCIO JOSÉ REIS

Nasceu em Papagaios/MG, aos vinte e nove dias domês de abril de 1924, filho de Cândido Gonçalves dos Reis eMaria do Carmo Valadares Bahia. Cursou o primário na Escola“Diogo de Castro” em Papagaios. Estudou no colégio DomSilvério, em Sete Lagoas e posteriormente foi para BeloHorizonte fazer o curso Madureza. Lá serviu o exército.Voltando trabalhou ao lado de seu pai na Farmácia Gonçalvese logo depois passou a funcionário do Banco Agrícola de SeteLagoas (Agrimisa), na Agência de Papagaios.

Aos vinte e seis dias do mês de fevereiro de 1949, casou-se com Terezinha Ribeiro Reis, tendo 8 filhos: Miriam, MúcioJosé, Maurício, Maria do Carmo, Marcílio, Maxmiliano, MarcoAurélio e Miguel Ângelo.

Em 1950, fundou a “CASA REIS”. Comprou aPosto Santo Antônio, passando a lidar também com oramo de combustíveis.

Múcio era relações publicas de seu pai, grandepolítico regional. Sua casa estava sempre aberta para todosque o procuravam.

Em 1962, transferiu-se para Sete Lagoas, comprandoo Posto Arizona, na Rua Olavo Bilac. E passou a ser tambémsócio da Mila Sete, revendedora de carros.

Fundou mais tarde a Recapagem Arizona, anexa aoPosto Arizona e construiu o Posto Gauchão, BR-040. Tornou-se também fazendeiro, atividade que lhe agradava muito. Foisempre dedicado à fazenda, lidando com gado leiteiro e, maistarde, com gado de corte. Gostava de cultivar variadas culturas.

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

Foi um pai carinhoso e participativo, um avô especial.Por ser um homem honesto, dinâmico e trabalhador, recebeuvárias homenagens, dentre elas: Medalha de Mérito Cidade SeteLagoas, Diploma e Homenagem Especial de Papagaios. Foisócio fundador do Rotary Clube Mucury, recebendo Diplomade Mérito Rotárico. Fundador da Marialva Construtora.

Aos 68 anos, adoeceu, vindo a falecer em 16/05/92.

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PROF. ORLANDO RODRIGUES

Orlando Rodrigues nasceu no dia 17 de março de 1923,na cidade do Rio de Janeiro. Filho de Benedito Rodrigues eCarminda Araújo Rodrigues.

Casou-se com Maria Gonçalves Rodrigues, com quemteve 05 filhos: Alci, Odir, Euler, Ivson e Urbano Rodrigues.

Fez os seguintes cursos: 1930 Adaptação ao 1o ano, na“Escola Cardeal Arcoverde” (RJ); 1931 – 1o ano, na mesmaescola; 1932 a 1936 – Diploma primário na 30o Escola Mixta;1937 a 1938 – Curso vestibular 9 anexo) à “Escola IndustrialSilva Freire”; 1939 a 1942 – Curso Industrial da Escola SilvaFreire; 1942 a 1945 – Curso de instrutor de Educação Físicahigiene com professores da Educação Nacional de EducaçãoFísica e desportos na Escola de Educação Física do Exército.Curso de formação profissional na E.F.C.B. Instrutor deEducação Física e professor adjunto da Escola Profissional“Frederico Álvares” – Sete Lagoas.

1946 a 1948 – Exames de suficiência na Escola Nacionalde Educação Física com o catedrático Alfredo Colombo (RJ);1953 a 1957 – Curso de extensão universitária, metodologia etreinamento Desportivo. Curso de informações do MEC (1o

e 2o estágio). Curso Internacional de Educação Física; 1959 a1971 – Jornada de Educação Física – MG, 3o Reencontro deaperfeiçoamento e difusão da Educação Física e Desportos.Curso de técnica de ensino com o professor Luiz Alves deMatos, curso de técnica de ensino da R.F.F.S.A., pelo professorcomandante Ruy Santos (RJ). Instrutor de Primeiros Socorros.

Fez também curso de Relações Públicas e Humanas –Relação no trabalho e ensino do trabalho. Foi sócio-fundador

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

do Huracan Atlético Clube. Venerável (Grau 33) da LojaMaçônica “General Nascimento Vargas”.

Desportista do ano 1975, “clube Palas”. Técnico devoleibol, basquetebol e futebol dos clubes: Sete Lagoas TênisClube, Democrata Futebol Clube, Bela Vista Futebol Clube ePedro Leopoldo Futebol Clube (profissionais).

Professor de Educação Física no colégio “EstadualMaurílio de Jesus Peixoto” – Sete Lagoas. E diretor da EscolaProfissional “Frederico Álvares” em Sete Lagoas.

Seu registro no MEC como professor de EducaçãoFísica, tinha o no 3178. estava radicado em Sete Lagoas desde1943, aqui falecendo no dia 07 de fevereiro de 1932.

Orlando, segundo seu amigo e ex-aluno AlfredoValadares, era homem extrovertido e sincero, que fazia amigose inimigos com facilidade.

“A gente se reunia regularmente, com mais algunsamigos, para jantar no bar do finado Manoel Procópio. EOrlando logo monopolizava a conversa, pois tinha sempreum caso interessante para contar”, recorda Alfredo, quelembra também ter sido ele um professor enérgico, queincentivava os alunos à prática de esportes e dava todo apoioàqueles que manifestavam talento e vontade de se dedicar àprática esportiva.

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RENATO AZEREDO

Político e advogado de admirável cultura. Fez-seconhecido através de seus vários cargos públicos, exercidoscom dinamismo e integridade.

Renato Mário de Avelar Azeredo nasceu em SeteLagoas em 09/10/1919. Era filho de José Santos de AzeredoCoutinho e de Dona Eponina de Avelar Azeredo, e casadocom Dona Ruth Brandão de Azeredo, sendo seus filhos: Ligia,Yane, Maria Inês, Álvaro, Maria Luiza e Eduardo.

Além de político, tinha outras admirações: as artes e aboemia das noites sete-lagoanas. Defendia e participavaativamente das manifestações artísticas e culturais.

Durante sua vida pública, ocupou diversos cargos.Integrou a diretoria da União Universitária Mineira no

período de 1939 a 1941, tendo sido seu presidente no biênio1941/1943.

Prefeito de Santo Ant6nio do Monte.Foi funcionário da Secretaria da Fazenda de Minas

Gerais, onde exerceu as funções de Fiscal de Rendas, advogadodo Estado no período de 1946/1948, advogado da AssistênciaJurídica no período 1948/1951, auxiliar de gabinete daSecretaria da Fazenda, oficial de gabinete do GovernadorJuscelino Kubitscheck, líder do extinto PSD (1958/1959),presidente da comissão de Revisão Administrativa e Judiciáriada Assembléia Legislativa de Minas Gerais-1962, primeiro sub-chefe da Casa Civil da Presidência da República 1959/1961.

Membro do diretório regional de Minas Gerais doextinto PSD (1958/1965), membro da comissão de Justiça daCâmara dos Deputados (1963/1967), presidente da Comissão

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

de Inquérito para apurar contrabando de pedras preciosas(1965), secretário-geral do diretório do MDB de Minas Gerais(1966/1975), membro do diretório Nacional do MDB,membro da comissão de Orçamento da Câmara dosDeputados, vice-presidente da Associação Interparlamentarde Turismo (1971/1975), membro da comissão mista de0rçamento do Congresso Nacional (1971/1982), presidentedo diretório dos Deputados (1979/1980), integrante de váriascomissões de Inquérito e Comissões Mistas do CongressoNacional, secretário geral do PMDB, secretário de Estado deGoverno e Coordenação Política (1983).

Exerceu as seguintes mandatos: deputado estadual (2legislaturas – 1955 a 1963); deputado federal (6 legislaturas –1963 a 1983).

No exterior, exerceu as seguintes missões: membro daDelegação Brasileira à posse do Presidente da República doPanamá; Representante do Brasil na reunião da FAQ emRoma, Itália. Integrante da Representação Brasileira daAssociação Interparlamentar na reunião realizada em Paris.Franca (1971); Presidente da Delegação Brasileira do Grupoda Associação Interparlamentar no Congresso Internacionalpromovido pela COTAL, no Panamá (1972); Integrante daMissão de Intercâmbio Parlamentar da Câmara dos Deputados(1972); Integrante da Missão de Intercâmbio Parlamentar daCâmara dos Deputados junto a Paises do Oriente: Paquistão,Índia, Singapura, Filipinas, China Nacionalista e Japão (1974);Representante da Câmara dos Deputados no Congresso daASTA em Madri (1977); Membro da Comissão de Intercâmbiodo Parlamento Franco-Brasileiro (1977):

Membro do Grupo Brasileiro da AssociaçãoInterparlamentar no Congresso Internacional da COTAL, nasFilipinas (1979).

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No ano de 1983 seu estado clinico piorousensivelmente, Ievando-o à morte. Renato sofria de câncer enos seus últimos três meses de vida esse mal esteve agravadode modo a deixá-lo hospitalizado, mas não foi suficiente fortepara fazê-lo abandonar sua vida de homem público, pois sóterminou seu mandato no dia de sua morte.

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

D. STELLA FIGUEIREDO

Stella Figueiredo Chassim Drummond nasceu em SeteLagoas, na Fazenda Santa Cecília, propriedade de seus pais,no dia 02 de agosto de 1916. Era filha de Bernardino MeloFigueiredo e Ana Luiza Drumond Figueiredo.

Ela possuía grau superior, exercia funções de professorae advogada. Casou-se na Fazenda Santa Cecília, em SeteLagoas, aos 28 dias do mês de setembro de 1943, com ManoelChassim Drummond, de tradicional família sete-lagoana. Nãoteve filhos; mas adotou Inês Maria Figueiredo Drummond,educando-a convenientemente. Acolheu ainda como filhosadotivos, alguns menores, dando-lhes o estudo necessário, paravencerem na vida com mais facilidade.

Stella Figueiredo desempenhou papel muitoimportante na sociedade sete-lagoana, para a qual dedicoutodo o seu tempo disponível. Jamais alguém bateu à sua portasem ser atendido. Dedicou toda a sua atenção aos pobres emenos favorecidos da sorte, ajudando-os moral ematerialmente no que podia. Como professora e educadora,foi das mais dedicadas e eficientes. E como advogada, atendiaa todos e jamais cobrou um centavo de seus clientes, que eramquase sempre pessoas humildes e necessitadas.

Sendo membro de família conceituada e abastada, Stellavivia humildemente e sem ostentação, em razão de distribuirsempre quase todos os seus pertences para quem os pedia oudeles necessitava. Convivia muito bem com sua família e como seu enorme circulo de amizades, angariando também asimpatia de toda população. Adorava a política, mas só a usavapara tirar proveito que podia para um beneficio, para as pobres

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e necessitados da cidade. Jamais ocupou um cargo público denomeação. Foi vereadora, em 2 legislaturas e como tal muitosbenefícios pôde trazer para a cidade. Sempre militou naoposição, porém, sem radicalismo, podendo, assim, obterresultados até surpreendentes e o apoio de todos os seuscolegas de Câmara, para os seus projetos. Era enérgica, leal eamiga sincera de todos e completamente despojada de qualquerambição pessoal.

Gostava de escrever bastante, principalmente poesias,mas não deixou nenhuma obra ou ensaios. Gostava muito deler bons livros, possuía urna boa biblioteca, mas não deixoutransparecer predileção por autores. Professava a religiãocatólica e o magistério era a sua maior vocação. 0 ensino paraas crianças constituía sua principal meta. Tanto assim, que ojardim de infância Dr. Milton Campos, teve o seu tempodisponível à família e a fazer o bem sem olhar a quem.

Stella Figueiredo Chassim Drummond morreu no dia25 de maio de 1978, depois de uma insidiosa e rápida moléstia.Nesse mês de maio, no “Dia das Mães”, recebeu o título deMãe Símbolo, numa promoção municipal, escolhida pelapopulação sete-lagoana. Seu falecimento trouxe muitaconsternação na cidade.

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

PADRE TEODORO

Theodorus Grond nasceu no dia 28 de dezembro 1918,na Holanda, na cidade de Amsterdan. Filho de Josef KonradGrond e Anna Maria Agnes Grond.

Muito jovem, tomou hábito como membro dacongregação do Espírito Santo, em 1939, na Holanda.

Foi ordenado sacerdote em julho de 1946 e consagradoao apostolado em julho do ano seguinte.

Chegou ao Brasil no dia 14 de novembro do mesmo ano.Trabalhou algum tempo em Teresópolis, Curvelo e Matozinhos.Em agosto de 1959 foi nomeado vigário da paróquia de Santana,no Bairro Boa Vista, em Sete lagoas. E empossado pelo entãobispo diocesano Dom José de Almeida Batista.

Caridoso e virtuoso, não media esforços para dar tudode si aos mais necessitados. Criou o Clube de Mães da Paróquia.

Desenvolveu e ampliou a SPIA (Sociedade de Proteçãoa Infância e à Adolescência).

Fundou as capelas dos bairros Emilia, Esperança eMontreal e, nesse último, também, um centro social com clubede mães, Jardim de Infância e Cantinha.

Ampliou o Jardim de Infância “Luzia Barbosa’ e a IgrejaMatriz de Santana.

A catequese e os grupos de jovens mereceram muitode seu zelo apostólico e de seu carinho.

Padre Teodoro era também poeta.O Clube de Letras de Sete Lagoas, do qual era clubista

honorário, recebeu dele a maior apoio, durante muito tempo,como não tivesse um lugar adequado, a biblioteca do clubeesteve em sua própria residência paroquial.

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Foi eleito cidadão honorário sete-lagoano por ocasiãodo seu vigésimo sexto aniversário sacerdotal, em 21 de julhode 1972.

Pe. Teodoro Grond, C.S.S.P., membro do Clube deLetras de Sete lagoas, sob a titulo estatutário de ClubistaBenemérito, faleceu em Sete lagoas, em 05 de abril de 1982.

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Daian Corrêa

WILSON TANURE

Wilson Luiz Tanure nasceu em Sete Lagoas no dia 30de agosto de 1925. Tinha como pais o Sr. Salomão FranciscoTanure e dona Maria Tanure (imigrantes árabes). Casou-se nodia 10 de novembro de 1951 com dona Beatriz Teixeira CostaTanure, com a qual teve 3 filhos: Juarez, Liliane e Simon.

Fez seus primeiros estudos no grupo Escolar “Dr.Arthur Bernardes”. Posteriormente, estudou na cidade deOuro Preto. Depois se matriculou no Colégio Dom Silvério,transferindo-se em seguida para a Colégio Anchieta,terminando o curso secundário.

Com 18 anos de idade montou uma vendinha demantimentos que não deu certo. Dai o apelido de “Caixeirita”.Era um rapaz apreciador das artes, gostava de cantar e tocarviolão, sempre muito rodeado pelos amigos. Seresteiro nato,compôs várias canções.

Foi diretor artístico da Rádio Cultura de Sete Lagoas.Era filiado ao antigo PSD e era amigo pessoal de

Juscelino Kubitschek e muitos outros políticos, tanto do PSDcomo da UDN.

Em 1958, apresentou-se corno candidato e prefeito.Assumiu a prefeitura de Sete Lagoas no dia 31 de janeiro de1959. Wilson traçou o seu programa começando pelaestruturação do serviço burocrático da prefeitura. Diversasfrentes de serviço foram abertas. O novo edifício da prefeiturafoi terminado em tempo recorde. 0 fornecimento de água paraa população recebeu de Wilson os maiores cuidados. Furoumais poços artesianos e aumentou o número de reservatóriosem torno da cidade. Retificou trecho da Avenida Getúlio

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Vargas. Alargou em 3 metros a pista de rolamento da avenidaCoronel Altino França, levantando em toda a sua extensãoum grande muro de arrimo para a Lagoa Paulino. Conseguiumanter a lagoa Paulino sempre cheia, alimentando-a com aságuas do Ribeirão Matadouro, por meio de tubos trazidosaté suas margens.

Enfeitou a sede da Prefeitura, construindo a Praça RioBranca, arborizando-a com muito gosto. Aterrou o antigo“Jardim do Pecado”, transformando-o num belo logradouro.Aumentou em alguns milhares de metros, as redes de água eesgoto dos bairros. Deu início ao afastamento da cidade.

Equipou a prefeitura com unidades novas decaminhões, tratores e carretas.

Construiu 03 pontes, sendo uma próxima à CerâmicaMatadouro, para permitir o tráfego de caminhões de cargapesada sem passar pelo centro. Construiu mais uma pontesobre o Córrego Matadouro, próximo à Fazenda EstadualSanta Rita.

Levou a iluminação elétrica ao Barreiro. Construiu ereformou diversas escolas. Iniciou em diversas ruas ailuminação a vapor de mercúrio. Restabeleceu a assistênciafarmacêutica aos operários e seus dependentes.

No final de sua gestão, conseguiu entregar à cidade umdos melhores serviços de abastecimento de água. Construiu02 reservatórios com capacidade de 500.000 litros cada um.Casa de máquinas do poço do Santo Antônio, inclusivebombas e acessórios, idem, para o poço da Boa Vista. Redesde recalques para os poços Mucuri, Boa Vista e Santo Antônio.

Wilson Tanure ia continuar servindo a sua Sete Lagoas,como deputado na Assembléia Legislativa do Estado deMinas Gerais.

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Daian Corrêa

Como deputado estadual foram grandes as benfeitoriasque Wilson conseguiu para Sete lagoas, Araçaí, Cordisburgo,Paraopeba, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Prudente de Morais,Papagaios, Pompeu, lnhaúma, Cachoeira de Prata, Fortuna.Jequitibá e Pirapama.

Esta é, portanto uma pequena e pálida síntese daexaustiva e árdua vida de um homem em prol de sua cidade ede seu povo.

Wilson faleceu no dia 10 de marco de 1978.

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ZACARIAS

Mauro Faccio Gonçalves nasceu no dia 18 de janeirode 1934, em Sete Lagoas, sendo seus pais Mariano R.Gonçalves e Virgínia Faccio Gonçalves. Mauro foi o primeirode 11 filhos. Iniciou seus estudos na Escola Sagrado Coraçãode Jesus (Vó Fina), em Sete Lagoas no ano de 1941, concluindoseus estudos secundários em 1951 na Escola Técnica deComércio. Aos 23 anos, foi estudar arquitetura em BeloHorizonte, mas o espírito artístico, existente desde criança emseu intimo, falou mais alto. Um ano depois, largou tudo paratrabalhar nos programas de humor da Rádio Inconfidência.

Desde pequeno, fazia teatrinho no quintal, cobravaingresso do Teatro e doava o dinheiro para a SociedadeSão Vicente de Paulo. Primeiramente ingressou na RádioCultura de Sete Lagoas. Depois foi para Belo Horizonte etrabalhou no Banco do Comércio e Industria. Foi convidadopara trabalhar na TV Itacolomi. Com menos de um ano deTV, o ator humorista se destacou de maneira brilhante novídeo belorizontino, onde teve oportunidade de demonstrarsua capacidade de interpretação ao lado de PauloGrancindo, Mário Lago e Mário Tupinambá, ganhando asimpatia do público.

Casou-se com Selma Lopes e tiveram uma filha de nomeLaura Maria. Anos mais tarde, veio a divorciar-se.

Na Rádio lnconfidência de Belo Horizonte, manteve-se como o melhor do Rádio de 1958 a 1963. Nesse últimoano, convidado pelo falecido Manoel de Nóbrega foi para aTV Exelsior, de São Paulo. Mais tarde, transferiu-se para aTV Record e, em 1965, estava no Rio de Janeiro, trabalhando

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

na TV Tupi. Cinco anos depois, atuou na peça “Dama doCamarote”, com a qual ganhou o prêmio de ator revelação,no Rio. Chegou a se apresentar com a peça em Sete Lagoas.

Mas o Zacarias só nasceu mesmo no programa “Cafésem Concerto” da Tupi, inspirado em um tipo folclórico deSete Lagoas, que fazia a festa da garotada da cidade. Aquelegarçom gozado, que aprontava mil confusões para atender osfregueses, chamou a atenção de Renato Aragão; e Zacariaspassou a integrar Os Trapalhões, a partir de 1974.

Para Mauro, fazer um tipo era bem mais fácil do queencarar o público de cara lavada, e foi “escondido atrás deZacarias, caipira e brejeiro, que ele conseguiu disfarçar atimidez e inibição que sempre forma suas marcas registradas,para alegria das muitas crianças que se identificaram comaqueles dentinhos de coelho, peruca e aquela carinha que nãotinha idade.

Com Os Trapalh6es, Mauro Gonçalves chegou aosucesso em nível nacional, participando de muitos shows emdiversas cidades, filmes e programas de TV. Extremamentepreocupado com seus semelhantes, nos últimos anos Zacariasvivia em Jacarepaguá, onde era patrono do Centro Espírita“Casa de Oxalá” e dono de uma farmácia homeopática, locaisonde ajudava a todos aqueles que precisavam de confortoespiritual ou de remédios.

Fez diversos filmes com Os Trapalhões, desde 1978até 1989.

Ainda em vida, recebeu as seguintes homenagens etítulos, acompanhadas de várias condecorações: homenagemdos garimpeiros de Serra Pelada, em agosto de 1982; medalhade “Vitória”, troféu da Globo, Placa de Mérito MonsenhorMessias, da Prefeitura de Sete Lagoas, em novembro de 1983;homenagem da Embrafilme, em janeiro de 1984, pelo 5o

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Festival Internacional de Cinema para a Infância e Juventudede Tomar, em Portugal; recebeu um agradecimento pelaprojeção da cidade de Sete lagoas em 1988; em 1983 foidestaque principal como “sete-lagoano ausente”.

Recebeu também a grande Medalha de Mérito “cidadede Sete Lagoas”. Em 1975, recebeu homenagem em “Melhoresda TV”. Em julho de 1988, a Câmara Municipal do Rio deJaneiro ofereceu-lhe uma homenagem; também lhe ofereceuum diploma de “Personalidade Ilustre”, uma homenagem 15o

Festival de Cinema Brasileiro de Gramado, em 1987. Ganhouum disco de ouro – cem mil cópias – pelo “Os trapalhões”.Recebeu um troféu por um show em Macapá.

Veio a falecer no dia 18 de março de 1990, no Rio deJaneiro e seu corpo se encontra sepultado no Cemitério ParqueSanta Helena, em Sete Lagoas.

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Prova 01CBJE

Daian Corrêa

VEREADOR ZICO PAIVA

José Abreu Paiva nasceu no dia 03 de outubro de 1905,em Sete Lagoas; filho de José Duarte de Paiva e Amélia AbreuPaiva. Casou-se com Dona Geralda França Paiva, com o qualteve 03 filhos: Sérgio Augusto, Frederico Augusto eGuilherme Augusto.

Fez curso primário no Grupo Escolar ArthurBernardes; (hoje grupo Ulysses Vasconcelos). Logo emseguida foi para Ouro Preto tentar o ginasial na época; masdesistiu e retornou a Sete Lagoas, indo trabalhar na Casa Paiva- comércio de variedades - de seu pai, onde trabalhou até aidade de 20 anos.

Desta cidade, ele foi para Juiz de Fora onde esteve poralgum tempo (menos de um ano) cuidando do comércio decal virgem. Também jogava futebol no Esporte Clube Juiz deFora. Não dando certo nessa profissão, retornou a Sete Lagoas,onde se estabeleceu com urna fábrica de macarrão emsociedade com Ulisses Campolina, localizada no princípio darua Coronel Randolfo Simões. Ele e o s6cio pouco ligarampara a fábrica, a qual teve de ser fechada.

Em 1928 foi-lhe dada a concessão dos veículos da“Ford”. Esteve como agente da “Ford” em sociedade porcom José Ferreira.

Em 1945 venceu a concessão. Logo ap6s, conseguiunova concessão da “Ford”, estabelecen-do-se em Curvelo,tendo como sócios: Carlos Drummond e Danilo Lanza.

Resolveu deixar a concessão da “Ford”, conseguindoser nomeado revendedor da “Chevrolet”, em companhiados mesmos sócios e estabelecidos no mesmo local. Pouco

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se ocupava pessoalmente com os trabalhos da firma deCurvelo a qual era gerenciada pelos outros sócios. Emvirtude da crise financeira que passava o país, vendeu ocontrole acionário da firma.

Em 1945 (ainda na ditadura Vargas), foi nomeadoprefeito de Sete Lagoas com uma gestão bastante curta, tendose mostrado bastante eficiente na administração da cidade.Isso constituiu urna surpresa agradável, porque até entãojamais soubera conduzir a administração de seus bens comoadministrou o município.

Posteriormente foi eleito vereador, ocupando o cargode presidente da Câmara, durante o período em que JoséHerculino foi prefeito.

Fundou em Sete Lagoas a Motorsete S.A. Veículos ePeças, hoje com a mesma razão social, estabelecida à RuaPalicena Mascarenhas. Ele administrou esta firma durante 05anos, vendendo depois suas ações aos atuais sócios da firma.

Antes mesmo de ter constituído a firma acima citada,fundou a Cerâmica Setelagoana Ltda., que passou depois aser sociedade anônima. Hoje essa empresa é uma das melhoresdo gênero em Minas Gerais.

Foi presidente da Associação Comercial, hojeAssociação Comercial e Industrial de Sete Lagoas. Foi tambémpresidente do Democrata F.C., clube que ele sempre amou,tendo sido também jogador do mesmo time.

Perpetuando seu nome, este foi dado a uma rua da cidade.Faleceu a vereador Zico Paiva no dia 07 de julho de 1978.

Livro produzido pelaCâmara Brasileira de Jovens Escritores

Rio de Janeiro - RJ - Brasilhttp://www.camarabrasileira.com

E-mail: [email protected]

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