SÃO PAULO, 31 DE JULHO DE 2015. · Combustíveis Renováveis da Gol Linhas Aéreas; Guillaume...
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SÃO PAULO, 31 DE JULHO DE 2015.
Parque do Carmo faz festa para comemorar a florada das cerejeiras
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Hoje SP: festa das cerejeiras em flor
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SPTrans cria linha para o Festival das Cerejeiras, que começa nesta sexta
Evento PE no Clima discute práticas sustentáveis e mudanças climáticas
Evento acontece a partir de segunda (3), com seminário e exposição.
Gestores e empreendedores de vários países discutem economia verde.
Um evento que acontece a partir de segunda-feira (3) vai reunir especialistas para
discutir práticas e soluções sustentáveis para conter o aquecimento global e reduzir
riscos das mudanças climáticas. Na sua 4ª edição, o Pernambuco no Clima terá como
destaque entre os temas em debate a economia verde, a mobilidade e cidades
inteligentes.
O encontro reúne gestores e empreendedores do Brasil e de vários países. A ideia é
que o encontro sirva para desenvolver políticas e negócios capazes de viabilizar uma
economia verde, de baixo carbono. Um seminário acontece na terça (4) e quarta (5), e
uma exposição fica aberta entre os dias 3 e 9 de agosto, no Shopping RioMar. Todo o
evento tem acesso gratuito.
Entre os participantes dos debates, estão Tasso Azevedo, coordenador do
Observatório do Clima; Alfredo Sirkis, diretor do Centro Brasil Clima; Mike Lu,
coordenador da Plataforma Nacional de Bioquerosene; Pedro Scorza, diretor de
Combustíveis Renováveis da Gol Linhas Aéreas; Guillaume Ernst, representante do
governo francês (Projeto Autolib – compartilhamento de carros elétricos de Paris);
Angelo Leite, presidente da Serttel (compartilhamento de bicicletas e carros elétricos);
Marco Laje, diretor de Comunicação e Sustentabilidade da FCA América Latina;
Adriano Oliveira, diretor de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente;
Sérgio Xavier, secretario de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco; e Cida
Pedrosa, secretária de Meio Ambiente da Cidade do Recife.
Durante a abertura oficial, na terça-feira (4), será lançada a revista Clima Business,
integrada com site, redes sociais e aplicativos. A rede de comunicação pretende
articular instituições, empresas, pessoas e movimentos motivados a conter o
aquecimento global e desenvolver uma economia de baixo carbono. Cinco canais de
comunicação integrarão o sistema: portal multimídia, revista digital, revista-link
(síntese impressa), aplicativo e redes sociais.
Exposição
A exposição "Inovação Tecnológica para uma Economia Verde" reunirá alguns
exemplos de novas tecnologias que já estão em uso. Os visitantes poderão conferir
carros e bikes elétricas, maquete do sistema inteligente de tratamento de água da
Compesa e placas solares utilizadas pela Celpe, além do espaço da Prefeitura do Recife
que contará com jogos em tablets e óculos de realidade virtual.
Charlie Hebdo publica reportagem em quadrinhos sobre crise hídrica em
SP
História foi assinada pelo cartunista Riss, que também é diretor do jornal.
Ele esteve na capital este mês para participar de um congresso da Abraji.
O jornal satírico francês "Charlie Hebdo" publicou uma reportagem em quadrinhos
sobre a crise hídrica em São Paulo, assinada pelo cartunista Laurent Sourisseau,
conhecido como Riss. Na edição de 22 de julho, o jornalista relata a seca nas represas e
alternativas encontradas pela população na estiagem. Ele também critica medidas
adotadas pelo governo.
O cartunista está entre os feridos durante um ataque terrorista à redação do "Charlie
Hebdo" em Paris, no dia 7 de janeiro deste ano. O jornalista foi ferido no ombro por
um tiro, mas sobreviveu. Doze pessoas morreram, entre elas colegas de trabalho de
Riss.
Riss, que também é diretor do jornal, esteve na capital paulista no começo do mês de
julho para participar do 10º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo
Investigativo(Abraji) e pediu para os organizadores do evento que o ajudassem a cobrir
a seca na região e entender como a população enfrentava o problema.
Durante a visita à cidade de São Paulo, o jornalista visitou uma represa do Sistema
Cantareira, a Atibainha. Segundo a Abraji, a viagem foi feita em viaturas blindadas da
Polícia Federal e em companhia do grafiteiro Thiago Mundano, que tem acompanhado
e retratado a crise. Mundano fez um grafite que "dá as boas-vindas ao 'deserto da
Cantareira'".
A história em quadrinhos foi publicada na edição nº 1.200 do jornal, de 22 de julho,
com chamada de capa. Ela retrata a vida de uma síndica de um prédio na Vila
Madalena, na Zona Oeste. Riss cita as medidas adotadas pela Sabesp para estimular a
redução do consumo com um programa de bônus e também a redução da pressão na
rede durante o dia.
O cartunista faz uma crítica em relação à diferente situação enfrentada pelos bairros
de classe média e das favelas. Segundo a reportagem, as favelas ficam sem
abastecimento por dias, enquanto em outras regiões da cidade os cortes ocorrem
apenas durante algumas horas.
Riss também relata as técnicas usadas pelo comércio para passar pelos dias de
torneiras secas, como trocar copos de vidro por copos de plástico. Em alguns
momentos da reportagem, ele faz observações sobre a situação hídrica de São Paulo,
que mesmo com torneiras secas, é cortada por grandes rios transformados em esgoto
a céu aberto.
O jornalista também relatou que durante a visita à represa do Cantareira, o grupo foi
vigiado por guardas e retratou o baixo nível dos reservatórios que abastecem a Região
Metropolitana de São Paulo. Já no fim da reportagem, Riss também menciona o fato
de a Sabesp ter ações negociados na bolsa de Nova York.
Ferido em ataque
O cartunista Riss foi ferido durante o ataque à redação do jornal Charlie Hebdo em
Paris no dia 7 de janeiro deste ano. Ele foi atingido no ombro. Doze pessoas morreram,
entre eles os cartunistas Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, e o lendário
Georges Wolinski. Após a morte do diretor Charb, Riss assumiu o posto de diretor do
jornal.
Também morreram dois policiais, um deles alvejado na rua durante a fuga dos
atiradores, mais tarde identificados como os irmãos franceses filhos de argelinos Chérif
e Said Kouachi, que disseram "vingar o profeta Maomé".
O escritório de "Charlie" já havia sido alvo de um ataque a bomba em novembro de
2011 após colocar uma imagem satírica do profeta Maomé em sua capa. Coincidência
ou não, a publicação fez a divulgação em sua edição do dia do último ataque do novo
romance do controvertido escritor Michel Houellebecq, um dos mais famosos autores
franceses no exterior.
A obra de ficção política fala de uma França islamizada em 2022, depois da eleição de
um presidente da República muçulmano. "As previsões do mago Houellebecq: em
2015, perco meus dentes... Em 2022, faço o Ramadã!", ironiza a publicação junto a
uma charge de Houellebecq.
Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 sob fogo
Nações Unidas, 31/7/2015 – Já começaram a chover críticas à ambiciosa Agenda de
Desenvolvimento Pós-2015 da Organização das Nações Unidas (ONU), inclusive antes
mesmo de ter sido acordada, o que deverá acontecer em uma cúpula mundial no mês
de setembro. Uma rede mundial de organizações da sociedade civil, conhecida como
Grupos Principais das Nações Unidas (UNMG), alertou que a agenda, que inclui os 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), “carece de urgência, estratégia de
implantação clara e prestação de contas”.
Savio Carvalho, da Anistia Internacional, organização que integra o UNMG, disse à IPS
que a Agenda Pós-2015 se transformou em um texto de desejo sem claros mecanismos
independentes para que as pessoas possam obrigar seus governos a prestarem contas
com relação à sua aplicação e ao seu acompanhamento.
“Sob o manto da propriedade nacional, realidades e capacidades, os Estados membros
podem se livrar sem fazer absolutamente nada. Gostaríamos que garantissem que as
prioridades nacionais serão fixadas segundo os princípios e as normas de direitos
humanos, para que não continuemos no mesmo lugar em 2030”, destacou.
O prazo para cumprir os 17 ODS, que serão aprovados por mais de 150 governantes
em uma reunião de cúpula da ONU em setembro, é 2030. Os ODS incluem uma
diversidade de questões socioeconômicas, como pobreza, fome, igualdade de gênero,
desenvolvimento sustentável, pleno emprego, educação de qualidade, governança
mundial, direitos humanos, mudança climática e energia sustentável para todos.
O acompanhamento e o exame posterior dos ODS, como estão enunciados, carecem
de um mecanismo de prestação de contas forte, “com várias referências à soberania
nacional, às circunstâncias e às prioridades que arriscam em minar o compromisso
universal do cumprimento” dos objetivos, segundo o UNMG.
A rede pergunta que compromisso “os Estados membros têm para garantir uma
verdadeira participação pública, em particular dos mais marginalizados de cada
sociedade, nas decisões que repercutirão em suas vidas. Isso também se aplica às
questões relacionadas com as aplicações orçamentárias na implantação da agenda,
segundo comunicado do UNMG intitulado Não Descumpra sua Promessa Antes de
Fazê-la.
O UNMG é integrado por organizações defensoras de mulheres, crianças e jovens,
direitos humanos, sindicatos, autoridades locais, voluntários e pessoas com alguma
deficiência, entre outras. Jaimie Grant, que representa a Secretaria para as Pessoas
Deficientes, disse à IPS que o UNMG é o canal oficial para que as pessoas entrem em
contato com a ONU em matéria de desenvolvimento sustentável.
Os Grupos Principais de Mulheres, que representam aproximadamente 600
organizações de mais de cem países, também criticaram as deficiências da agenda de
desenvolvimento.
Shannon Kowalski, da Coalizão Internacional para a Saúde da Mulher, apontou à IPS
que os ODS poderiam ser um marco importante para as mulheres e as meninas, já que
têm muito a ganhar, como melhores oportunidades econômicas, atenção à saúde
sexual e reprodutiva, informação e proteção em relação aos direitos reprodutivos e
acesso à educação. “Mas, para que essa visão seja uma realidade, temos que garantir
que a igualdade de gênero esteja no centro de nossos esforços, e reconhecer que é um
requisito prévio para o desenvolvimento sustentável”, apontou.
A Coalizão inclui Mulheres na Europa Por Um Futuro Comum, Igualdade de Gênero
(México), Coalizão Mundial pelas Florestas, Programa Ambiental da Mulher, Fórum
Ásia Pacífico sobre Mulheres, Direito e Desenvolvimento, Wedo (Mulheres pelo Meio
Ambiente e o Desenvolvimento) e o Fórum de ONGs da Mulher (Quirguistão).
Kowalski também expressou sua decepção pelo resultado da conferência sobre
Financiamento para o Desenvolvimento, concluída no dia 16 deste mês em Adis
Abeba, na Etiópia. “Tínhamos a esperança de que houvesse um acordo de
financiamento progressista e justo, que abordasse as causas profundas da
desigualdade econômica mundial e seu impacto nas vidas das mulheres e das meninas.
Mas não é o que conseguimos”, lamentou.
“Esperávamos fortes compromissos sobre o financiamento para a igualdade de gênero
e o reconhecimento do valor do trabalho de cuidado que fazem as mulheres e que não
é remunerado”, acrescentou Kowalski. “Também esperávamos que os governos
abordassem os condutores sistêmicos das desigualdades existentes dentro e entre os
países, fixassem políticas fiscais justas, cessassem as transferências financeiras ilícitas e
abordassem as injustiças nas estruturas do comércio internacional. Ficamos
decepcionados pelo fato de não haver novos compromissos para aumentar o
financiamento público a fim de cumprir os ODS”, ressaltou.
Carvalho assegurou que “será impossível conseguir um desenvolvimento sustentável
verdadeiramente transformador e não deixar ninguém para trás se não houver
revisões periódicas, transparentes, integrais e participativas dos avanços e retrocessos
em todos os níveis”. E acrescentou que “a agenda reconhece a necessidade de as
instituições financeiras internacionais respeitarem a política nacional, mas não avança
o suficiente para garantir que suas atividades não contribuam para as violações de
direitos humanos”.
Segundo Carvalho, “temos que reforçar o argumento para que a agenda seja universal,
e que todos os países tenham que cumprir seus compromissos e suas obrigações”.
Entre eles estão ajuda oficial ao desenvolvimento e justiça fiscal, pontuou.
Em comunicado facilitado à IPS, a organização Beyond 2015 (Além de 2015) afirma
que, “para os ODS terem um impacto real na vida das pessoas, as próprias pessoas
devem participar da aplicação dos objetivos e revisar seu progresso e serem agentes
ativos nas decisões que as afetam”.
A organização vê com satisfação o enfoque de inclusão e participação no projeto atual
da agenda que está sendo negociado na ONU. “Esperamos que os governos expressem
seus compromissos em medidas de ação tão logo sejam adotados os ODS”, afirma.
Para a Beyond 2015, ao aplicar os ODS, é essencial que os Estados cumpram o
compromisso de não “deixar ninguém para trás”.
Segundo o comunicado, “isso significa seguir o processo de todos os grupos sociais e
econômicos, especialmente dos mais vulneráveis e marginalizados, baseando-se em
informação procedente de uma variedade mais ampla de fontes, e no escrutínio
periódico com a participação das pessoas. Acreditamos que o rascunho atual pode ser
melhorado mediante a inclusão de compromissos com prazos específicos e o apoio ao
papel da sociedade civil na geração de dados para revisar os compromissos”.
Abertas as inscrições para o “VI Prêmio Hugo Werneck de
Sustentabilidade”
Premiação nacional também irá homenagear Carlos Drummond de Andrade, o maior
poeta do Brasil.
As inscrições e indicações para o “VI Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade &
Amor à Natureza” foram abertas oficialmente em 05 de junho, “Dia Mundial do Meio
Ambiente”. O tema deste ano, na versão contrária da crise hídrica, é “Pelas Águas do
Planeta – da Caixa D´Água do Brasil à Terra das Cataratas”, onde os rios Paraná, Iguaçu
e Uruguay se juntam para formar o estuário do Prata, o maior desemboque de água
doce no mar do planeta.
A proposta é reconhecer e incentivar iniciativas e boas práticas socioambientais
sustentáveis de indivíduos, empresas privadas e públicas, instituições de ensino e do
terceiro setor nacionais.
O grande homenageado e a inspiração artística da maior premiação ambiental do
Brasil em 2015 será a obra poética de Carlos Drummond de Andrade. Nascido em
Itabira, no coração férreo de Minas, ele não poupou versos de denúncia ambiental
nem de exaltação à natureza que todos deveríamos amar e preservar.
Como participar
As inscrições e indicações terminarão às 23h59 de 05 de setembro próximo. Elas são
gratuitas e podem ser feitas pela internet, por meio do preenchimento de formulário
disponível no sitewww.premiohugowerneck.com.br, e com pleno atendimento das
exigências dispostas no regulamento.
Os participantes não precisam, necessariamente, indicar as categorias no ato de
inscrição ou indicação. Caberá à Comissão Julgadora direcionar os projetos, ações e
indicações para as categorias específicas da premiação.
As categorias do PHW 2015 assim se dividem: por inscrição ou indicação (Melhores
Exemplos em “Água, Ar, Flora e Fauna”, “Comércio de Bens e Serviços”, “Terceiro
Setor”, “TI”, “Educação Ambiental”, “Mobilização Social”, “Anúncio ou Campanha
Publicitária”, “Melhor Empresa”, “Melhor Empresário”, “Melhor Político”, “Destaque
Municipal”, “Destaque Estadual”, “Destaque Nacional” e “Personalidade do Ano”);
e específicas para patrocinadores (“Melhor Parceiro Sustentável” e “Melhor Projeto de
Parceiro Sustentável”).
O prêmio
Criado em 2010, o “Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza” é
uma iniciativa da Revista Ecológico. Tem apoio institucional do Ministério do Meio
Ambiente e do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável (Semad)/Feam-IEF-IGAM; da Fiemg/Sesi; Fecomércio-
MG/Sesc-Senac; Prefeitura de Belo Horizonte; Fundação Dom Cabral; Associação
Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) e da Fundação SOS Mata Atlântica.
Hugo Werneck
Foi fundador, há mais de 30 anos, do Centro para a Conservação da Natureza, uma das
primeiras ONGs na América Latina a empunhar a bandeira do que hoje chamamos de
sustentabilidade.