SÃO PAULO - XXII AGOSTO DE 2020 - EDIÇÃO 264 · 2020. 10. 6. · o motivo da presença do Credo...

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O SANTUÁRIO DA PENHAAGOSTO DE 20202

“Entrai por suas portas com hinos de graças, pelos seus átrios com cantos de louvor, louvai-o, bendizei seu nome; pois o Senhor é bom, eterno é seu amor e sua fidelidade se estende a todas as gerações.” (Sl 100,4-5)

Queridos irmãos e irmãs, a paz de Cristo esteja com todos, e que a ternura materna de Nossa Senhora da Penha seja consolação e força para nós!

Após um período de tempo tão longo em que, por conta da pandemia de Co-vid-19, nossas Eucaristias não puderam ser celebradas com a participação do povo, chegamos ao momento no qual iremos retomando progressivamente as celebrações presenciais. Isto é, sem dúvida, motivo de alegria e esperança.

Iniciamos, em 25 de julho, com a Missa no Santuário Eucarístico, a retomada de nossas celebrações na Paróquia e, em 26 de julho, nossas primeiras Missas na Basílica de Nossa Senhora da Penha.

Em todas estas celebrações lembra-mos, de modo especial, as vítimas do novo coronavírus: pessoas que faleceram em decorrência da Covid-19, pessoas

EDITORIAL / IGREJA

que sofrem a perda e o luto dos seus entes queridos, pessoas afetadas também economi-camente e que se encontram em dificuldades para manter suas famílias, pessoas que estão enfermas, sobretudo os doentes graves. Mas rezamos também implorando a Deus que conduza, com sua sabedoria, as decisões das autoridades públicas e governantes, bem como as pesquisas de tratamentos e vacinas contra este mal que assolou a humanidade inteira. Suplicamos igualmente a bênção de Deus para todos os que, durante estes tempos difíceis, têm se dedicado ao próximo com generosidade de coração: profissionais da saúde, pessoas que atuam nos hospitais, profissionais da área da segurança pública, pessoas que atuam nos mais diversos ser-viços essenciais em nossa cidade e tantos outros que, no anonimato, demonstraram sua solidariedade para com o próximo.

A retomada das celebrações, contudo, obedecerão aos critérios de segurança e higiene exigidos pelas autoridades da saúde: distanciamento físico, higienização constante das mãos, uso de máscara protetora, comu-nhão somente na mão, limite de número de assentos nas igrejas e recomendação aos ido-

sos e pessoas com doenças crônicas (grupos de risco) para que continuem acompanhando as celebrações pelos meios de comunicação em suas casas. Isto tudo porque ainda não superamos a pandemia, mas estamos bus-cando controlá-la. Não devemos “baixar a guarda”, pois como diz o livro dos Provérbios: “O homem prudente percebe o mal e se põe a salvo; os imprudentes passam adiante e aguentam o peso” (Pv 27,12). Portanto, devemos sempre ter em conta os cuidados necessários tanto para proteger-nos a nós mesmos, quanto para proteger a vida dos outros. A nossa fé firme em Deus e no seu poder não nos dispensa de fazer o que é nosso dever, pois não devemos tentar o Senhor nosso Deus (cf. Mt 4,7).

Conscientes disto tudo, rendemos gra-ças a Deus por podermos, ao menos em parte, estar juntos novamente de modo presencial, ainda que, espiritualmente, jamais tenhamos nos apartado uns dos outros. Com prudência, alegria e muita esperança em Deus, vamos caminhando com fé no aguardo de que tudo isto passe e que tiremos destes acontecimentos as lições necessárias para crescermos mais no

seguimento de Jesus, na vivência do Evan-gelho e na obediência ao mandamento do amor. O sentimento de fragilidade que experimentamos nestes tempos deve nos levar a colocar nossa esperança n’Aquele que é o único que permanece para sempre, e o quanto dependemos de Sua graça. Que Maria santíssima, modelo de esperança e saúde dos enfermos, aqui invocada sob o título de Nossa Senhora da Penha, assunta ao céu em corpo e alma, sinal da vitória final e definitiva da vida sobre a morte alcançada por seu Filho Jesus, nos ajude a construir nossa vida sempre sobre a rocha (penha) que é Cristo Senhor!

Com afeto fraterno, em Cristo,

Pe. EDILSON DE SOUZA SILVAPároco da Basílica de Nossa

Senhora da Penha

TUA MISSA DO DOMINGO, TEU TRABALHO DA SEMANA – 13 - A LITURGIA DA PALAVRA – VI

“Conservemos a nossa fé firme!” (Hb 4, 14b). Muitas vezes, em conversas de família ou entre amigos, é comum as pessoas contarem com orgulho sobre suas origens e sua família. Partilham casos e valores nos quais acreditam que receberam dos pais e dos avós. Proferem, expressam aquilo que trazem como he-rança pessoal, cultural, familiar. A família cristã também tem valores e verdades acontecidas na História da Salvação que, mais ainda que numa família humana, exprime a realidade sobrenatural da nossa salvação e destinação. É o que denominamos de Credo.

Desde os inícios do cristianismo, as comunidades já proclamavam a sua fé numa composição denominada poste-riormente de Símbolo dos Apóstolos, ou o Credo, pois seu texto começa com esta palavra. Até hoje, são doze versículos que resumem os principais pontos da fé cristã. Tão densos de conteúdo são eles, que em geral os catecismos são prepara-dos tendo os artigos do Credo como eixo. Reza a lenda que cada um dos doze ar-tigos do Credo teriam sido pronunciados por um Apóstolo. Lendas à parte, o fato é que este se tornou o símbolo batismal por excelência. Chama-se símbolo (do grego symbolon), porque sua recitação evidencia a identidade de quem o diz e o revela aos demais. Um símbolo é algo que, ao vermos ou ouvirmos, identifica-mos a realidade significada.

O outro texto usado pela Igreja como profissão de fé é o Credo niceno-constan-tinopolitano. Mais longo, este credo foi o resultado de dois importantes concílios ecumênicos: o de Nicéia (325) e o de Constantinopla (382). Estes concílios definiram as questões relativas à divin-dade de Jesus, que era negada por Ario e define sobre o Espírito Santo, como sendo Deus com o Pai e o Filho (qui a Patre Filioque procedit). Não reproduzimos aqui os textos dos dois símbolos, pois o espaço não o permite e, espera-se, todos já saibam de cor...

Mas o Credo nem sempre foi cantado ou recitado na Santa Missa ao longo da história. Em Roma, por exemplo, não se recitava o Credo, pois acreditavam que a Cidade Eterna teria se mantido sempre dentro da verdadeira fé... Hoje este ar-gumento seria risível, porque este não é o motivo da presença do Credo na Missa. Portanto, ao longo da história, o uso do Credo nas celebrações variou muito. Vale lembrar que esta profissão de fé era um dos ingredientes da Liturgia Batismal e, como tal, é um dos liames entre o Batis-mo e a Liturgia Eucarística, juntamente com o Sinal da Cruz e a aspersão.

O Credo é muito mais do que uma simples profissão de fé, muito mais do que uma renovação batismal, puramente de fundo intelectual. Ele quer celebrar a fé. A fé não é apenas um processo, não é apenas um assentimento laborioso, bem

ponderado, da inteligência às verdades reveladas. É todo um mundo de conte-údos e de verdades que se exprime no Credo. E essas verdades deveriam, as mais das vezes, ser cantadas. Pois o canto acentua o aspecto celebrativo da profis-são de fé. O que se canta é a alegria de possuirmos as verdades que professamos como seguidores de Cristo, por ocasião do Batismo e de elas terem conferido riqueza, plenitude e transcendentalida-de às nossas vidas. Assim, o Credo não é apenas uma resposta, mas, mais que isso, é a expressão da nossa união ao Deus revelador. Ao ser proferido, deve significar a alegria pela posse da fé de suas verdades. Quando cantado, ele nos mostra os esplendores das verdades de fé nas quais e com as quais nos sentimos em casa. Tomando o auxílio da filosofia hege-liana, podemos considerar a presença do Credo na Santa Missa como as três fases sucessivas do ser: tese, antítese, síntese. É a síntese entre a Palavra de Deus e a resposta do homem. Une o conteúdo da fé ao ato de fé na celebração da fé.

Entre inúmeras passagens da Sagrada Escritura que fundamentam as verdades da fé, tomemos a citação de Paulo a Timóteo: “Sei em quem pus a minha confiança (fé)... toma por modelo os ensinamentos salutares que recebeste de mim sobre a fé e o amor a Jesus Cris-to. Guarda o precioso depósito, pela virtude do Espírito Santo que habita em nós” (2Tm 1, 12-13). As verdades nas quais cremos e celebramos na Eucaristia e nos sacramentos não foram inventadas por fundadores humanos de seitas várias, mas nos foram transmitidas pelos Após-tolos, os quais receberam por sua vez do próprio Senhor. Destas verdades, o Credo é a síntese por excelência. Por isso, a

Consonância entre a Palavra Divina e a resposta humana – o Credo: Profissão de fé.

nossa fé é apostólica, o que caracteriza a verdadeira Igreja de Cristo.

Procuremos, pois, a cada Eucaristia, quando houver o Credo, recitá-lo não mecanicamente, mas conscientes do que significam para nós as verdades que proclamamos para vivermos na vida. De modo que o que pensamos e sentimos, concorde com a nossa voz, que ora.

Que Maria, a Mãe da Divina Graça, Senhora da Penha nos ajude a acolher a verdade do Amor feito carne, morto e ressuscitado por nós e o testemunhemos no dia-a-dia pela nossa vida.

ATÍLIO MONTEIRO JÚNIORMinistro da Palavra e do Batismo

EDITORIAL

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O SANTUÁRIO DA PENHA AGOSTO DE 2020 3PUBLICIDADES

“SE ESTIVERMOS UNIDOS À VONTADE DIVINA EM TODAS AS TRIBULAÇÕES, É CERTO, VAMOS NOS TORNAR SANTOS E SEREMOS OS MAIS FELIZES DO MUNDO”. - Santo Afonso de Ligório

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O SANTUÁRIO DA PENHAAGOSTO DE 20204PUBLICIDADES

“AMIGO DA CRUZ É O HOMEM SANTO E DESAPEGADO DOS BENS TERRENOS, QUE ELEVA O SEU CORAÇÃO ACIMA DE TUDO QUANTO É PASSAGEIRO E PERECÍVEL”. - São Luís de Montfort

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O SANTUÁRIO DA PENHA AGOSTO DE 2020 5FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

NOS CAMINHOS DE MARIA

Neste difícil ano de 2020, um tempo intenso se aproxima: a NOVENA E FESTA DE NOSSA SENHORA DA PENHA, nossa Pa-droeira e da cidade de São Paulo. Já são 353 anos! Este ano, a Sole-nidade traz como tema central: “MARIA, EXEMPLO DE ESPERAN-ÇA”. Providencialmente, o Papa Francisco inseriu o título “Mãe da Esperança” à Ladainha de Nossa Senhora – invocação muito oportuna para a realidade dura que vivemos.

No episódio da Visitação, narrado por Lucas (cf. Lc 1,39-56), Isabel, ao perceber que João estremeceu em seu ventre a partir da saudação de Maria, ficou cheia do Espírito Santo e entrou na presença do Senhor: Isabel viu e sentiu em Maria a presença do Altíssimo! Maria é, pois, a nova Arca da Aliança, que contém a Palavra de Deus que irrompe na História. Ela é o “novo e verdadeiro lugar” onde devemos procurar Cristo. Assim, a Igreja, ao longo dos séculos, com piedade e amor filial à Mãe do Senhor, reconheceu n’Ela um modelo e um refúgio. Nesse sentido, Ambrósio de Milão cha-ma Maria o Tipo e a Figura da Igreja: representação viva do povo de Deus, nos seus traços de esposa virginal e maternidade fecunda. Assim, os fiéis de todas as nações não cessam de recorrer a Maria, encontrando, em seus braços maternais, misericórdia, esperança e conforto – invoca-ções recentemente acrescidas à Ladainha de Nossa Senhora, com inspiração profética, pelo Papa Francisco, conforme comunicado

pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramen-tos em junho passado.

As ladainhas ou preces litâ-nicas expressam a oração supli-cante, confiante e laudatória da comunidade eclesial ao Senhor que é honrado na Virgem Maria, nos mártires, nos apóstolos, nos santos e nos anjos. As muitas ladainhas foram se desenvol-vendo pelas veredas da História litúrgica e devocional da Igreja surgida das experiências vividas pelos discípulos de Jesus em comunhão com Ele e os irmãos. A tradicional Ladainha Lauretana da bem-aventurada Virgem Maria (normalmente recitada ao final da oração do Rosário ou do Ter-ço) e outras ladainhas marianas derivadas dela são constituídas por petições a Nossa Senhora que exprimem o quanto o povo de Deus, em suas necessidades, confia na potente e amorosa intercessão de sua Mãe, a quem canta os louvores e de quem proclama as verdades da fé (os dogmas marianos). Caminho certeiro para o encontro com Cristo, Maria passa a ser invoca-da, então, na Ladainha, também como: “MÃE DA MISERICÓRDIA” (invocação inserida após “Mãe da Igreja”), “MÃE DA ESPERANÇA” (inserida após “Mãe da Divina Graça”.) e “CONFORTO/AJUDA DOS MIGRANTES” (inserida após “Refúgio dos Pecadores”). Conforme explicado pelas autori-dades vaticanas, são invocações ligadas à atualidade, à realidade da vida.

A sensibilidade do Papa Fran-cisco, sempre pulsante em seu

pontificado, mais uma vez, torna-se evidente. Sinal do Bom Pastor, o Bispo de Roma está atento às necessidades e aos prantos da humanidade e de nossa Casa Comum. Tal qual o fizeram outros papas, Francisco nos recorda, com esses acrésci-mos à Ladainha, que, oferecida por Cristo aos pés da Cruz como Mãe da Humanidade (cf. Jo 19,25-27), Maria acolhe os que a Ela invocam com confiança. À medida que nos ama e nos acolhe sem julgamentos, Maria concretiza para nós o amor mi-sericordioso do Pai, que é bom, clemente, fiel, amor, paciência e perdão (cf. Sl 86/85). Eis a MÃE DA MISERICÓRDIA, que acolhe, abraça, afaga, ampara, integra. Essa invocação nos remete, na verdade, a outros tantos títulos marianos já conhecidos e que revelam a mesma realidade amorosa: Nossa Senhora da Mi-sericórdia, Nossa Senhora das Mercês e a própria oração da “Salve-Rainha”. Também atua-liza e recorda à Igreja o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, celebrado de 2015 a 2016.

Invocar Maria como MÃE DA ESPERANÇA é reavivar em nós uma das virtudes teologais, a esperança. Embora, num pri-meiro momento, “esperança” advenha do verbo “esperar” (aguardar), a melhor interpreta-ção, neste caso, seria “confiar”: “Quanto a nós, nós esperamos no Senhor: ele é nosso auxílio e nosso escudo” (Sl 33/32). Maria, Mãe da Esperança, des-sa forma, nos aponta os céus. Diante da enfermidade, do caos, do desemprego, da injustiça, da fome, da violência, confiantes no amor providente do Pai, es-peramos tempos melhores e, por fim, a eternidade junto de Deus.

na terra. Guiados pelas mãos so-lidárias de Maria – Nossa Senhora dos Migrantes, Nossa Senhora do Desterro, Nossa Senhora do Caminho, Nossa Senhora da Es-trada – que experimentou nossas dores, somos ajudados e encora-jados a prosseguir a caminhada, resistentes ao pecado e lutando contra a opressão, na busca da-quilo “que Deus tem preparado àquele que em vida o amar” (Ir. Míria T. Kolling).

Na companhia de Maria, Mãe da Misericórdia, Mãe da Espe-rança e Conforto dos Migrantes, enfrentamos a noite escura (cf. Is 60,2-4). Em meio às trevas do sofrimento e do pecado, Ela, repleta de luz, dá-nos um norte: tem a lua sob os pés, estrelas so-bre a cabeça e está vestida de sol (cf. Ap 12,1)! E chegando o novo dia, o deserto irá florir, a alegria irá voltar, a pandemia irá cessar... Por isso, com o coração unido ao de Maria, Mãe de tantos nomes que nos servem como verdadeiro bálsamo, a Ela cantamos: “Ma-ria, Mãe de Deus e nossa Mãe, caminhaste rumo ao teu Senhor! Vem olhar nosso caminho para que ninguém ande sozinho!” (Ir. Isabel / Frei Fabreti, ofm).

LEONARDO CAETANO de ALMEIDA

Pastoral da Comunicação e Associado da Academia Marial

de Aparecida

Auxiliados por Nossa Senhora, esperamos porque cremos! E o título “Mãe da Esperança” já era a muito rezado na vida eclesial em outras invocações marianas, como Nossa Senhora da (Boa) Esperança e Nossa Senhora da Expectação (do Ó). Em espe-cial, nós, devotos da Padroeira da cidade de São Paulo, refle-tiremos, na Novena e Festa de Nossa Senhora da Penha deste ano, o tema “Maria, exemplo de esperança”, como apresentado no início destes escritos.

Somos todos migrantes nesta vida! Peregrinamos, no mundo, rumo à vida que não passa. Ma-ria, caminheira e peregrina, é nosso consolo perene: “CONFOR-TO/AJUDA DOS MIGRANTES”. Não é de hoje que o fenômeno da (i)migração acontece. A própria Virgem Santíssima, além de tan-tas caminhadas e peregrinações que realizou (como na Visitação a Isabel ou nas idas a Jerusalém com sua família), teve de fugir às pressas com Jesus e José para o Egito (cf. Mt 2,13-23). No presente século, especial-mente, o cenário econômico, político e social tem forçado muitos irmãos, sobretudo os mais pobres, a realizarem o processo (i)migratório como alternativa urgente para a garantia (mínima) da vida. A opressão que os obriga a sair de sua terra varia muito: fome, seca, miséria, guerra, pre-conceito, desastres ambientais e descuidos com o meio ambiente, fenômenos naturais, perseguição política, ideológica ou religiosa etc. Sabemos como é dura sua viagem e, mais ainda, sua che-gada numa terra desconhecida e, por vezes, não acolhedora. Hoje, particularmente, a vida perece e é ameaçada pela pandemia gerada pelo novo Coronavírus. Essa (i)migração nossa e de tan-tos irmãos nos recorda, conforme dissemos, que somos peregrinos

Maria: Mãe da Misericórdia e da Esperança, Conforto dos Migrantes

Queridos irmãos da comuni-dade, paroquianos e frequenta-dores da Basílica Nossa Senhora da Penha, temos como todos sabem no mês de agosto um mês todo de orações, reflexões e peregrinação de nossa Mãe pelas ruas de nosso bairro. Esta ação é uma oportunidade das famílias serem abençoadas e se prepararem para a festa máxima do dia 08 de setembro. Devido a situação que estamos enfren-tando este ano não ocorrerá a peregrinação, isto não nos desobriga de estarmos juntos a ela e sim nos alerta para que devemos mais e muito mais recorrermos à sua intercessão

junto ao seu Filho Jesus. Sabemos que mesmo não estando presente em sua casa, todos devemos su-plicar ao Senhor da Vida, nosso Salvador Jesus Cristo, que estenda sua mão cheia de ternura sobre todos, fazendo que se curem os doentes e cesse esta pandemia. Seguindo em frente com nosso testemunho de fé, não devemos vacilar e perder as esperanças. Temos que ter em mente que tudo o que acontece de ruim em nossa vida é para crescimento espiritual e para melhorar. Portanto mais uma vez devemos agradecer a cada dia à nossa querida mãe e tirar o melhor de nossos desafios e provações.

Em homenagem ao aniversário de 92 anos de minha mãe, coloco para vocês lerem um pouco do santo do dia de seu aniversário, dia 10/08, dia de São Lourenço:

Lourenço foi um dos sete pri-meiros diáconos da Igreja romana ordenado pelo papa Sisto II, era o Arce-diácono da comunidade dos diáconos romanos. Quando da perseguição de Valeriano, o próprio pontífice, preso e condu-zido ao martírio, deu ao diácono o encargo de distribuir tudo o que tinha aos pobres. Mas quando o imperador impôs a Lourenço en-tregar-lhe os tesouros dos quais ouviu falar, ele reuniu diante de Valeriano um grupo de indigentes exclamando: “eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem,

e podem ser encontrados em toda a parte”. indignado, o governador condenou-o a um su-plício especialmente cruel.

São Lourenço sofreu o martírio a 10 de agosto do ano 258, tendo sido amarrado e colocado sobre um braseiro ardente, foi assado vivo e lentamente, tendo ainda encontrado coragem de fazer uma piada: “vira-me, dizia ao car-rasco, que já estou bem assado deste lado... agora está bom, podes comer!...” e este heroico testemunho de fé prestado pelo mártir, foi relembrado pelo papa Dâmaso que admirava as virtudes do mártir glorioso, e edificou lhe a segunda Igreja, sobre as ruínas do teatro de Pompeu. A cidade de Roma por gratidão ao mártir São

Lourenço dedicou-lhe trinta e quatro Igrejas, sendo a primeira no lugar do martírio. São Lou-renço rogai por nós! ”

MARILENA ALFANO TEIXEIRA LIMA

Grupos de Rua da Basílica de Nossa Senhora da Penha

GRUPOS DE RUA

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O SANTUÁRIO DA PENHAAGOSTO DE 20206FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

FESTA DE NOSSA SENHORA DA PENHA – 2020

AGOSTO: O MÊS DAS VOCAÇÕES

“Padroeira da Cidade de São Paulo – 353 anos - 1667 – 2020

NOVENA PREPARATÓRIA – ANO 2020TEMA: “MARIA, EXEMPLO DE ESPERANÇA”

LEMA: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra. (cf. Lc 1,38)

Rua Santo Afonso, 199 – Penha – Tel.: 2295 4462 / 2941 0586Site: www.basilicadapenha.com.br / e-mail: [email protected]

O mês de agosto, na Igreja, é dedicado às VOCAÇÕES. A palavra vocação é a união de duas palavras: provém, antes, do verbo latino vocare, que se traduz por chamar; acrescida, porém, da palavra ação. Vocação é, portanto, a ação de chamar. Para cada ação, naturalmente, há quem a realize, caso contrário ela permanece apenas uma ação. Note-se: uma coisa é dizer chamar; outra, Ele chama. No caso da palavra vocação, se estamos falando de uma ação de chamar, é óbvio que a iniciativa é do próprio Deus. Aliás, este é o sentido do texto de Lc 9,57-62: É SEMPRE O SENHOR QUEM CHAMA. Aqueles que se oferecem, quase sempre, impõem condições: Permite-me ir primeiro enterrar meu pai (v.59) ou Eu te seguirei, Senhor, mas permite-me primeiro despedir-me dos de minha casa (v.61). É claro que, aqui, as passagens são ilustrativas: não que Jesus não se importasse com o filho que perdera o pai ou com aquele que queria se despedir dos seus. Antes, Ele ensinava que, quando chama, nos quer por inteiro.

Fato é que a ação de chamar, do Senhor, é perene. Ele está sempre convidando e chamando muitos irmãos e irmãs para si. Aqui, é claro, não se trata apenas de vocações à vida religiosa e ao sacerdócio. Aliás, resumir o mês de agosto a essas duas vocações é até cometer reducionismo! A cada domingo se faz memória e se reza por uma vocação específica:

- o primeiro domingo é o dia das vocações aos ministérios ordenados. Essa comemoração está diretamente atrelada ao fato de celebrarmos, no dia 4 de agosto, a memória litúrgica de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, patrono dos padres; e, no dia 10 de agosto, o mártir São Lourenço, patrono dos diáconos. Neste dia, lembre-se de rezar por todos os padres - sem se esquecer de nós, padres Edilson, Diego e eu - para que sejamos fiéis e perseverantes ao chamado que o Senhor nos fez. Ore, também, por Dom Manuel, nosso bispo diocesano, e pelo bispo de Roma, Francisco, para que não percam o ânimo e o vigor, apesar das dificuldades.

- o segundo domingo é dedicado à vocação matrimonial (=fa-mílias), por ocasião do dia dos pais. Reze pelo seu papai, estando ele vivo ou falecido, mas também se lembre de todos aqueles que sofrem com seus filhos ou que, devido a esta pandemia, estão de-sempregados e sem condições de sustentar suas famílias.

- o terceiro domingo recorda a vocação à vida consagrada: religiosos e religiosas, consagrados e consagradas nos vários ins-titutos e comunidades de vida apostólica, e também das novas comunidades. Esta data tem relação com a celebração da Assunção de Nossa Senhora, na qual a Igreja celebra o que ela mesma será um dia. Aqui podemos rezar pelos irmãos e irmãs da Comunidade Católica Eucaristós, de modo especial, que tem sua residência no território de nossa paróquia, para que sejam sempre essa presença alegre e jovem em nosso bairro.

- o quarto domingo comemora o dia do catequista que, em nossas comunidades, se consomem para ajudar as crianças, jovens e adultos a se aprofundarem nos mistérios de nossa fé e, sobretudo, a terem uma profunda experiência com Jesus Cristo. Lembremo-nos, neste dia, dos catequistas de nossa Basílica e da Comunidade N. Sra. de Fátima: Matilde (nossa decana!), Marta, Cecília, Priscila, Ailton e Lúcia, Cida Altemari e Val.

REZEMOS PELAS VOCAÇÕES NA IGREJA, lembrando-nos sempre que somos TODOS CHAMADOS, antes, À SANTIDADE, caminho para todo cristão. Sintamo-nos todos abraçados pelo Senhor e deixemo-nos envolver pelo Seu amor, para assim também espalharmos a caridade que emana de Seu coração manso e humilde.

Pe. TIAGO COSMO da SILVA DIAS

Vigário Paroquial na Basílica de Nossa Senhora da PenhaCoordenador Diocesano da Pastoral da Comunicação

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O SANTUÁRIO DA PENHA AGOSTO DE 2020 7PUBLICIDADES

“DEVEMOS SUPLICAR AO SENHOR QUE AUMENTE O ESPÍRITO DE SANTIDADE NA IGREJA E NOS ENVIE NOVOS SANTOS PARA EVANGELIZAR O MUNDO DE HOJE”. - São João Paulo II

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O SANTUÁRIO DA PENHAAGOSTO DE 20208FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

COMUNICADO PASTORAL DO BISPO DIOCESANO PARA A RETOMADA GRADUAL DAS MISSAS E CELEBRAÇÕES COM

A PARTICIPAÇãO PRESENCIAL DE FIéIS

Caros Padres, Diáconos, Re-ligiosos/as, Agentes de Pastoral e fiéis leigos e leigas:

Paz e Bem!

“Ouve a minha súplica e sê propício à tua herança: transforma o nosso pranto em alegria, para que, vivendo, louvemos o teu nome, Senhor. Sim, não feches a boca dos que cantam o teu louvor!” (Est 4,17)

Todos estamos conscientes do quanto a Pandemia do novo coronavírus tem afetado nossa cidade, o Brasil e o mundo. A Igreja, presente nele, não está alheia a esta realidade. Ela mes-ma se vê também afetada de muitos modos, afinal “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos dis-cípulos de Cristo; e não há rea-lidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração” (GS 01).

O compromisso com a vida de nossos irmãos e irmãs levou-nos a assumir atitudes que, embora dolorosas, fizeram-se e ainda se fazem necessárias para o enfren-tamento da Covid-19, que tanto sofrimento já causou e ainda cau-sa em nosso povo. Em vista disso, lançamos diversos comunicados, notas e mensagens, a saber: no dia 14/03, para orientar sobre os cuidados a serem tomados nas celebrações, de modo a prevenir o contágio do novo coronavírus; no dia 18/03, suspendendo, em decorrência da pandemia, nossa Assembleia Diocesana de Pasto-ral para o 7º Plano Diocesano de Pastoral e também a Caminhada da Ressurreição, na Páscoa; no dia 20/03, a circular suspendendo todas as celebrações litúrgicas com participação dos fiéis nas paróquias e comunidades da Dio-cese no período de 23/03 a 13/04;

no dia 21/03, a nota reiterando a suspensão, agora por tempo indeterminado, das celebrações litúrgicas presenciais, reuniões e encontros pastorais, com base numa Liminar expedida pelo Tri-bunal de Justiça de São Paulo em 20/03; no dia 27/03, a mensagem pastoral sobre a Indulgência Plená-ria concedida pelo Papa Francisco em razão da pandemia; no dia 02/06, a divulgação, no site da nossa Diocese, das orientações litúrgico-pastorais da CNBB para as celebrações dos sacramentos no contexto da pandemia; no dia 12/06, a divulgação da aprovação do protocolo que as dioceses da cidade de São Paulo enviaram à Prefeitura para a reabertura das Cúrias diocesanas, secretarias e escritórios da Igreja na cidade; no dia 29/06, a mensagem pastoral na qual, com base na escuta dos padres coordenadores dos setores pastorais da Diocese, prorrogamos, por mais um período, a reabertura das igrejas para missas e celebra-ções com participação dos fiéis e pedimos para que se iniciassem as adequações necessárias em nossas paróquias e comunidades para uma futura retomada das mesmas.

Tendo em vista as necessida-des espirituais de nossas comuni-dades e também a grande impor-tância das celebrações presenciais para o nosso sentido de pertença e para saciar a fome da Palavra e da Eucaristia, tão sentidas pelo nosso povo, julgamos oportuno iniciar gradualmente o processo de retomada das missas com a participação dos fiéis. Contudo, quero frisar que tal decisão não significa, de modo algum, que estamos livres dos riscos que a propagação da Covid-19 causa e ainda poderá causar. Portanto, a retomada gradual das missas aqui mencionada deverá ser acompa-nhada pela observância dos cri-térios e orientações dadas pelas autoridades sanitárias para evitar o contágio da nova doença. Além

disso, onde, por razões sérias, baseadas na observação de uma determinada realidade paroquial em que o risco é muito grande, hou-ver dúvidas quanto à oportunidade para o início deste processo de reto-mada, o discernimento dos párocos e de seus agentes pastorais poderá adiar ainda um pouco mais o reco-meço das celebrações presenciais, evitando qualquer temeridade.

Enfim, com base no que acima foi exposto e tomando em consi-deração as Orientações da CNBB e o que colocam as autoridades da área da Saúde, determinamos, a partir da data da publicação deste comunicado (20/07), no contexto de nossa Diocese, a ob-servância, sobretudo, dos seguin-tes critérios:

PARA AS MISSAS E CELEBRAÇÕES DA PALAVRA:

1) As pessoas que pertencem ao grupo de risco para a Covid-19, tais como idosos, doentes crônicos ou imunossuprimidos são exorta-dos a acompanharem as celebra-ções eucarísticas pelos meios de comunicação, tais como as TVs católicas ou transmissões online via internet.

2) O uso de máscaras é obri-gatório dentro e fora da igreja; antes, durante e depois das cele-brações. A máscara será retirada somente quando o fiel for levar a Santa Comunhão à boca.

3) Quanto possível, faça-se a verificação da temperatura corporal dos que chegam para as celebrações, através de ter-mômetros a laser. Aqueles que apresentarem quadros febris, ou febre propriamente dita, sejam exortados a retornarem para casa.

4) Evite-se qualquer tipo de aglomeração nas entradas e tam-bém saídas das igrejas, antes e após o término das celebrações e organizem-se marcações para que os fiéis mantenham o distancia-mento ao chegarem e ao saírem.

5) Não haja distribuição de pa-péis ou folhetos litúrgicos e nem compartilhamento de objetos entre os fiéis.

6) Tanto antes, quanto du-rante ou depois das celebrações,

evite-se contato físico, tais como abraços, apertos de mão etc. O tradicional abraço da paz será omitido na celebração.

7) Antes e após as celebrações cuide-se de fazer a higienização e desinfecção de todos os objetos litúrgicos, livros, microfones e do próprio espaço celebrativo e, para tanto, haja um espaço de tempo de duas horas entre as celebrações, de modo também a evitar o cruza-mento entre as pessoas que saem e as que chegam para as missas ou celebrações da Palavra. As igrejas estejam abertas e ventiladas.

8) Mantenha-se o distancia-mento de, no mínimo, um metro e meio entre os fiéis e, para tanto, sinalizem-se os bancos e/ou cadeiras.

9) As celebrações não devem ultrapassar 1h (uma hora) de duração.

10) Haja cartazes ou banners com orientações visíveis para todos a respeito das normas higi-ênicas e de distanciamento a se-rem observadas nas igrejas. Haja também álcool em gel 70% nas entradas e saídas da igreja para a higienização das mãos dos fiéis.

11) Os donativos e ofertas sejam feitos ao final das celebrações com os devidos cuidados com a higiene.

12) Na fila para a Santa Comu-nhão os fiéis sejam orientados a manterem distâncias uns dos outros.

13) A Santa Comunhão seja dada numa só espécie e exclu-sivamente na mão, orientando os fiéis a estender o braço para recebê-la e não tocar a mão do celebrante ou dos ministros que fazem a distribuição, comungando imediatamente.

14) Ao término das celebra-ções, exortem-se os fiéis a saírem da igreja começando pelos que estão ao fundo e assim sucessi-vamente.

15) Conforme prevê o Termo de Compromisso de Cooperação da Bancada Cristã da Câmara Municipal de São Paulo com a Prefeitura de São Paulo, será permitida a ocupação de 40% da capacidade da igreja e o número de assentos disponíveis deve ser afixado na entrada.

16) Manter os recipientes de

água benta da igreja vazios.

PARA OS DEMAIS SACRAMENTOS (Batismo, Reconciliação, Crisma,

Matrimônio e Unção dos Enfermos):

1) Vale tudo quanto foi expos-to acima no que diz respeito ao distanciamento e higiene, uso de máscara e demais cuidados.

2) Quando houver Batismos, observar o quanto foi disposto pelas Orientações da CNBB.

3) Para a Unção dos enfermos também vale o quanto dispõe as Orientações da CNBB.

4) Para o atendimento de Confissões: mantenha-se o devido distanciamento entre o padre e o penitente, o uso de máscaras por ambos e cuide-se da preservação do sigilo.

Como já mencionado em meu Comunicado de 06 de julho de 2020, em princípio, estão suspen-sas até o fim deste ano, as Cele-brações de Crisma. Ficam ainda suspensos os encontros presenciais de Catequese infantil, de Crisma e de Adultos até segunda ordem.

Reuniões que sejam de ex-trema necessidade sejam feitas, se possível, por meios digitais e, onde isto não for possível, procu-re-se reduzir ao máximo o número de participantes, escolher um local amplo e arejado e manter o distanciamento de um metro e meio entre as pessoas, uso obri-gatório de máscaras de proteção e disponibilizar álcool em gel 7 0% no local, para higienização.

Suplicando ao Senhor da Vida, nosso Salvador Jesus Cristo, que estenda sua mão cheia de ternu-ra sobre todos, especialmente os doentes, e que faça cessar esta pandemia, e invocando a intercessão de Nossa Senhora da Penha, saúde dos enfermos, e de São Miguel Arcanjo, padroeiro de nossa Diocese, reitero minha proximidade a todos os filhos e filhas desta nossa Igreja Particular e dou-lhes a minha bênção.

São Paulo, 20 de julho de 2020.

Dom Manuel Parrado CarralBispo Diocesano de São Mi-

guel Paulista

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O SANTUÁRIO DA PENHA AGOSTO DE 2020 9PUBLICIDADES

“É INCRÍVEL COMO PARECE GRANDE O MEU CORAÇÃO QUANDO CONSIDERO OS TESOUROS DA TERRA, POIS, TODOS JUNTOS NÃO O PODERIAM CONTENTAR”. - Santa Teresinha do Menino Jesus

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O SANTUÁRIO DA PENHAAGOSTO DE 202010PUBLICIDADES

“PEÇAMOS AO SENHOR QUE NOS FAÇA ENTENDER A LEI DO AMOR. QUE BOM É TER ESTA LEI! QUANTO BEM NOS FAZ AMARMO-NOS UNS AOS OUTROS CONTRA TUDO!” - Papa Francisco

“E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colhere-mos, se não desanimar-mos” ( Gálatas 6:9 )

Caros leitores, fi-lhos e filhas amados de Deus. Continuamos em isolamento. A pergunta de cada ser humano é: quando isso vai acabar? Só Deus sabe! Ele é nosso criador e está no comando de tudo. Por isso temos que ser perseverantes em nossas ora-ções, em nossa fé, em nossa esperança, em nossa espera por dias melhores. Precisamos levar uma vida firme com Je-sus. Ter perseverança é seguir Jesus, mesmo enfrentando muitas dificuldades. Perseve-rar é também não desistir, é seguir Jesus, mesmo que não seja fácil, mas sempre recebe-remos a recompensa de Deus. Persista em fazer o bem, há

tantos irmãos necessitados, desvie-se das tentações, Deus nos dá a força para conseguir isso, independentemente das circunstâncias, tudo por AMOR A DEUS! O SASP continua pas-sando por dificuldades por causa dessa pandemia, mas está proporcionando algumas coisas, com a ajuda de pesso-as generosas que doam o que podem. Quanto a isto, o SASP agradece aos condôminos do edifício Ernestina, que se reu-niram para doação de cestas básicas. Agradece também aos moradores do condomínio

Felícia M. Jacob que, por iniciativa da se-nhora Dalva Castro, também arrecadou fundos para cestas básicas. O SASP agra-dece também aos doadores anônimos, que nunca deixam de ajudar o próximo

mais carente. Lembramos que o SASP está fechado parcial-mente, porém continua entre-gando todo mês, cestas básicas às famílias cadastradas, além de atendimento na farmácia. QUE DEUS CUBRA DE BENÇÃOS E PROTEÇÃO A TODOS ESTES CORAÇÕES GENEROSOS.

“Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e per-manecem fiéis a Jesus.

(Ap 14,12)

SOLEIMAR MARIA ROSSIEquipe do SASP

SASP | Serviço Social da Penha

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O SANTUÁRIO DA PENHA AGOSTO DE 2020 11PUBLICIDADES

“NÃO ENCONTRAREMOS MELHOR MANEIRA DE SERVIR A NOSSO SENHOR JESUS CRISTO DO QUE ABRAÇANDO ALEGREMENTE SUA SANTA E AMÁVEL VONTADE”. - Santo Afonso de Ligório

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O SANTUÁRIO DA PENHAAGOSTO DE 202012FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

CONFISSÕES INDIVIDUAIS

PARA VOCÊ LEMBRAR!MISSAS NA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA:2ª feira às 15h004ª feira às 15h006ª feira às 15h00DOMINGO às 7h30, 10h30 h e 19h00.

MISSA DO DIA 08: Missa de Nossa Senhora da Penha na Basílica às 7h30; 15h00 e 19h30.

MISSAS NA COMUNIDADE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA:Todos os Domingos às 9h00.Todos os dias 13 do mês às 20h00 (exceto no domingo)

MISSAS NO SANTUÁRIO EUCARÍSTICO:3ª a 6ª feira às 7h15 e 17h00.Sábado às 7h15 h e 16h00.DOMINGO às 9h30

BATIZADOS e CASAMENTOS: Marcar de 2ª à 6ª feira das 8h30 às 11h30 e das 14h00 h às 17h00 e Sábado das 8h30 às 11h30 e das 14h00 às 15h30 na secretaria da Basílica.

SANTUÁRIO EUCARÍSTICO DIOCESANO:Terça à Sexta: das 09:00 h às 11:00 h e das 15:00 h às 16:00 h

Sábado: das 09:00 h às 11:00 h.BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA:

Sexta: das 16:00 h às 17:30 h. - Sábado: das 9:00 às 11:00 e das 14:00 h às 15:00 h.

NOTAS!O SANTÍSSIMO SACRAMENTOFica exposto durante o dia (exceto às 2ª feiras) no Santuário Eucarístico Diocesano (Igreja Velha da Penha).

VISITA AOS DOENTES:Para receber a visita do Padre ou de Ministros (as) para comunhão, necessário agendar na livraria ou na secretaria (deixando: en-dereço, telefone e horários mais

convenientes).

CAMPANHA DOS ALIMENTOS PARA AS

FAMÍLIAS CARENTES:Trazer como ofertório

nas missas do dia 08 de cada mês, na Basílica.

SECRETARIA DA BASÍLICASegunda à Sexta-Feira das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 17:30 h

Sábado das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 16:00h. A secretaria está fechada aos Domingos e Feriados

ÓRGÃO INFORMATIVO E FORMATIVO DA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA PADROEIRA DA CIDADE DE SÃO PAULO DIOCESE DE SÃO MIGUEL PAULISTA | RUA SANTO AFONSO, 199 – FONES: 2295-4462 – SÃO PAULO.

Site: www.basilicadapenha.com.br / e-mail: [email protected]://facebook.com/basilicansradapenhasp

• DIRETOR:Pe. Edilson de Souza Silva •EDITOR:Pe. Tiago Cosmo da Silva Dias• JORNALISTARESPONSÁVEL: Ricardo Bigi - Mtb 39.450 •DIGITAÇÃOeMONTAGEM: Roberto A. de Oliveira •REVISÃO:Eduardo Mazzocatto •RELAÇÕESPÚBLICAS/COMERCIAIS:Elvis R. Bertola e Roberto A. de Oliveira •ASSINATURAS:José Pinfildi Filho •COLABORADORES:Pe. Edilson de Souza Silva, Pe. Tiago Cosmo da Silva Dias, Pe. Diego Nascimento Silva, Atílio Monteiro Junior, Ideo-valdo Ribeiro de Almeida, Leonardo C. de Almeida, Marilena A. T. Lima, Neylana Cândido de Oliveira, Ralph Rosário Solimeo, Roberto A. de Oliveira, Soleimar M. Rossi •ILUSTRAÇÕESeFOTOS:Pascom, Inventy Soluções Criativas.•MURAL:Juliana A. Pinfildi •SITEeFACEBOOK:Emerson Pinfildi, Lécia Braz Bittencourt •TIRAGEM:2.000 exemplares• EDITORAÇÃOELETRÔNICA:José Hildegardo – Fone: (88) 99974-9086• FOTOLITOeIMPRESSÃO: Atlântica Gráfica e Editora Ltda. – Fone: (11) 4615-4680Asmatériasassinadassãodetotalresponsabilidadedeseusautores.

A Historia de vida de Santa Rosa de Lima não é muito conhe-cida do povo brasileiro, mas ela tem uma grande importância uma vez que é a padroeira da América Latina e foi a primeira santa deste continente. Nasceu no Peru, mais exatamente em Lima, capital, e por isso é conhecida como Santa Rosa de Lima. Mas é bom que se diga que é muito querida e tem seus devotos em vários locais. Em nossa diocese de São Miguel Paulista há uma paróquia a ela dedicada e no município de São Paulo várias são as paróquias. Uma das mais conhecidas talvez seja a do bairro das Perdizes, elevada a Santuário. Vários municípios bra-sileiros levam o seu nome. Além disso, lembremo-nos do grande número de pessoas que têm o seu nome.

Corria o ano de 1536, mês de abril, quando nasceu Isabel, nome de batismo de Rosa, juntando-se a outros nove irmãos que, no total, somaram treze filhos. A família, cristã, não era rica e viveram momentos de grande dificuldade financeira. Não muito distante da residência havia o convento de São Domingos, que teve grande influência na vida de nossa Santa.

Rosa, desde a infância, evi-denciava ser muito inteligente, aprendendo com facilidade, além de ser muito bonita, viva e es-perta. Demonstrava dom para a música e canto além do gosto pela poesia. Mas sempre com muita humildade e respeito à sua mãe, a quem obedecia fielmente. Seu gosto pelas coisas espirituais sempre foi visível, e aí entra a im-portância do convento dominicano que gostava de frequentar e onde aprendeu a ser devota de Santa Catarina de Sena, da “Ordem Lei-ga Terceira Dominicana” a quem procurou imitar. Mas, desde logo, devemos advertir que Santa Rosa não foi freira conventual como pa-rece demonstrar o hábito de que

SANTA ROSA DE LIMA, PADROEIRA DA AMéRICA

se reveste. Ao contrário, sempre viveu como leiga e tornou-se santa no meio do povo a quem sempre procurou servir e evangelizar, dedicando-se a ajudar os mais pobres especialmente indígenas. Muitas foram as vezes em que foi aconselhada a ir para o convento, mas este não era o seu desejo e nem a vontade de Deus. Decidiu, pois, entrar para a Ordem Terceira de São Domingos e passou, assim a apresentar-se com o hábito domi-nicano. Como muito frequentava o convento, ficou conhecendo, e o teve como grande amigo, o frade Martinho, que, em 1962, foi canonizado pelo Papa João XXIII.

Ao longo de sua vida, Rosa foi se notabilizando pela bondade e dedicação ao próximo, ainda que muito se esforçasse para não ser exaltada. Contam-se vários mila-gres ocorridos ainda durante sua vida, inclusive atribui-se a ela a não invasão de Lima por piratas, em 1615.

No ano de sua morte, 1.617, jovem ainda, com 31 anos, estava muito fragilizada sendo portadora de uma doença não esclarecida e que trouxe a ela muitos sofrimen-tos. Assim, prevendo o término de sua vida, avisou as pessoas que lhe eram próximas. Na noite de 24 de agosto faleceu. A notícia da morte espalha-se logo e começa, então, um enorme afluxo de pessoas de todas as classes sociais. Há quem denomine seu funeral de verda-deiramente apoteótico...

A canonização da primeira mu-lher do novo mundo não demorou. O Papa Clemente X a canonizou em 1671, para grande alegria de todos os devotos do Peru e de muitos outros países.

Lembremo-nos, finalmente, que a festa litúrgica de Santa Rosa de Lima é celebrada no dia 23 de agosto.

IDEOVALDO R. de ALMEIDAPastoral da Comunicação