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Showrnalismo: a notícia como espetáculo José Arbex Junior

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Showrnalismo:a notícia como

espetáculoJosé Arbex Junior

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Conhecendo a obra Lançado em 2001 pela editora Casa Amarela.

294 páginas divididas em 5 capítulos.

Apêndice- Não recomendado à mídia grande

2 prefácios: Um do autor e outro feito por João PedroStedile ( Em boa hora)- Membro da coordenaçãonacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra (MST).

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Showrnalismo

I- Memórias e histórias

Telenovela ou a domesticação do imaginário O império das corporações Auschwitz cultural

O indivíduo na era do clichê Ricupero, amoroso Frankenstein Linguagem e mundo Um show de amnésia e memória

II- Fatos e notícias

De como a televisão contamina a cultura “ O fato como ele conheceu”  Guerra do Golfo: o “ bem” contra o “ mal”  O estrangeiro, a “peste” da globalização  Limite da construção dos fatos

III- Folha de São Paulo

IV-Nuestra América

 Nicarágua: teologias em crise Haiti: barreiras do preconceito Paraguai: ameaças e o show

União Soviética

Crônica de um ilustre desconhecido

1917, marco estrutural da nossa época Gorbatchov e a mídia: falsa

“familiaridade”  Congresso do povo: ares de liberdade Cai o império Estado de direito versus razão de Estado Uma conversa com Gorbatchov

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Conhecendo o autor

José Arbex Júnior é jornalista. Foi correspondente do Jornal Folha de São Paulo em

 Nova York (87) e em Moscou (88-91).

Doutor em História Social pela USP, Professor doCurso de Pós-Graduação de Jornalismo Internacionalda PUC-SP, editor da Revista Caros Amigos, PrêmioWladimir Herzog de Direitos Humanos (99) e autor

de 30 livros entre os quais: Narcotráfico - um jogo de poder nas Américas; Islã - um enigma de nossa épocae Cinco Séculos de Brasil - Imagens e Visões.

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Introdução

Tempo histórico X Tempo

subjetivo. Memória coletiva X

Memória individual.

Espetacularização da notíciatendo as mesmas regras deum show.

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3 questionamentos? Qual a diferença, do ponto de vista do meu conhecimento sobre um

acontecimento qualquer, entre tê-lo presenciado “em  carne e osso”,  tertomado conhecimento por meio da leitura do jornal ou tê-lo visto por meioda tela de televisão?

Como a televisão e a imprensa escrita criam metáforas que “explicam”o mundo, transformando-as em convicções individuais? Até que ponto amídia tem o poder de sedimentar como “a”  realidade ( isto é, como “fatos que realmente aconteceram”), na memória coletiva, as imagens que fabricados eventos( isto é, as imagens por ela selecionadas e editadas)?

E, finalmente, quais as implicações políticas, econômicas e sociais do poderadquirido pela mídia na sociedade contemporânea? Ou: até que ponto osmeios de comunicação de massa são uma força determinante nos rumos dosfatos históricos ( isto é, da história pública, do evento político)? 

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Telenovela ou a domesticação doimaginário

Ficção X Realidade

Ilusão da participação interativa (opinião pública)

Informação X Entretenimento

Telejornalismo X Mensagens publicitárias Guerra do golfo: lembrança das cenas

“espetaculares” e da guerra limpa 

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O império das corporações 

Investimento em novas tecnologias X Dependênciados anunciantes e dos sistemas de crédito.

Mídia antes: instituição de pessoas privadasenquanto público

Mídia agora: instituição de determinados membrosdo público enquanto pessoas privadas

Publicidade: suporte e alavanca de valoresideológicos.

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“A televisão é um pólo ativo do processo de

seleção e divulgação das notícias e tambémdos comentários e interpretações que delassão feitas. Ela não é mera „observadora‟ ou

„repórter‟: tem o poder de inferir nosacontecimentos. O tele-noticiário diárioadquiriu o estatuto de uma peça política , cuja

lógica é determinada pelas relações de cadaveículo da mídia com o sistema político,financeiro e econômico do país ou região em

que ele se encontra.” 

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De como a televisão contamina a

cultura Notícia: resultado de um pacto de cumplicidade

( Mídia X Mercado) A notícia, como produto final, é o resultado de um pacto de

cumplicidade: o mercado se vê refletido por uma mídia que, porsua vez, dá visibilidade aos eventos que reforçam a estrutura demercado.

Transformação de um fato em notícia Um efeito imediatamente visível é a adoção de cores,

diagramação “leve”, a ampla utilização de mapas e boxesdidáticos, o aumento no tamanho do corpo dos caracteres, arecomendação aos colaboradores no sentido de escreverem parágrafos mais curtos etc. Em outros termos, a transformação de“fato” em “notícia” passa pela sanção do mercado. 

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De como a televisão contamina acultura

Mídia: criação de um estado hipnótico

A mídia cria diariamente a sua própria narrativa e a apresenta aos

telespectadores- ou aos leitores- como se essa narrativa fosse a própriahistória do mundo. Os telespectadores, embalados pelo “estadohipnótico”diante da tela de televisão, acreditam que aquilo que vêem éo mundo em estado “natural”, é “o ” próprio mundo. 

Ícones da mídia: grandes marcas de consumo

Essas marcas e símbolos atingem os mais distintos pontos do planeta,excitando o desejo, educando percepções, alterando os ritmos e asrotinas do cotidiano construídos por tradições locais e regionais.

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“O imaginário construído pela mídia

é composto por uma vasta rede desímbolos e signos, de referênciasculturais, sociais, políticas eartísticas que prefiguram a

constituição de uma espécie de

memória coletiva „globalizada‟ emum mundo cada vez mais

desterritorializado”

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“ „Fatos‟ e „notícias‟ não existem por sisó, como entidades „naturais‟. Ao

contrário, são assim designados poralguém ( por exemplo, por um editor),

 por motivos ( culturais, sociais,econômicos, políticos) que nem sempresão óbvios. Mas essa operação ficaoculta sob o manto mistificador dasuposta „objetividade jornalística‟ ” 

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“A convivência da amnésia com a

memória coletiva é o mecanismo parao jogo praticado pela mídia - a qual,

basicamente, constitui um imenso

banco de dados que , aparente

paradoxo, aposta permanentemente no

esquecimento como condição básicapara apresentar o „velho‟, o „já

visto‟como o „sempre novo‟ ” 

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Interpretação X Objetividade

Observador X Fatos ( resultado de eventos) ....se é verdade que a escolha de um evento e de um

determinado ponto de vista para analisar o evento dependeintegralmente do observador, isso não significa que ele tem o

 poder de alterar livremente os fatos.

Verdade da notícia- entendida de duas formas:ela é um texto(um discurso sobre determinado

evento) e também uma tessitura expressiva queremete a um dimensão extratextual, ao fato propriamente dito) ...apreender uma notícia significa , em primeiro lugar, entender a

notícia ou entender-se ao seu respeito e, apenas em segundo

lugar, apreender aquilo que é noticiado.

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A imprensa escrita X A televisão

A influência da televisão na imprensa escritaA imprensa escrita adotou uma série de

 procedimentos destinados a “competir com a

televisão”( textos curtos, parágrafos pequenos,letras em corpos garrafais, fotos coloridas) de talforma que o leitor não se sinta “cansado” e possaler de maneira mais rápida e mais cômoda

 possível. Assim, o leitor de jornal está exposto aoimpacto da televisão, mesmo que não seja umtelespectador.

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“A mídia conquistou, de fato, acapacidade política e tecnológica

de ocultar até genocídios degrandes proporções. Esse dado

coloca, com urgência, asindagações sobre o futuro dessa

 perigosa articulação de interessesentre as grandes corporações da

mídia e o estado”

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Adjetivações X Jogos de interesses

O preconceito contra os sérvios .... Os sérvios são maus por serem culpados de uma “herança

maldita”: são aliados históricos dos russos ; seu alfabeto é cirílico,e portanto seus caracteres não são reconhecíveis no Ocidente;

geograficamente , a Sérvia está no extremo oriente da Europa; suareligião, ortodoxa, carrega o peso da dissidência da Igreja CatólicaApostólica Romana, ao passo que os muçulmanos são apenas“infiéis” e os croatas são cristãos ocidentalizados.

Os sérvios são em geral descritos nas reportagens como“resquícios do Império Romano”, os oficiais sérvios como“generais ex- comunistas ortodoxos”. Os sérvios são “orientais”,“bizantinos” e “ortodoxos”, ao passo que os croatas são“ocidentais”, “nacionalistas”, “ocidentalizados”, “ricos”e os que

mais desenvolveram um estilo de estado democrático ocidental.

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“Todos os preconceitos construídos pela

mídia contra os sérvios durante a cobertura daGuerra da Bósnia foram novamentemobilizados na cobertura da Guerra do

Kosovo. Por meio da propagação midiática,os fatos inscritos na memória coletiva(nesse caso, a constatação de que os sérvios

representavam o mal) tornam-se visíveis pelatelevisão e analisados pelos jornais

impressos.” 

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Folha de São Paulo

O Projeto Folha

Implantado na década de 80 porém já

existia desde a década de 70. Sintaticamente significou a adoção do

discurso-para-o-mercado.

Caracterizava a notícia como

mercadoria, destinada a gerar lucros. Saneamento ideológico da redação.

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Folha de São Paulo

Democracia X Autoritarismo

A Folha de São Paulo aparecia, aos olhos dasociedade, como porta-voz da democracia, ao

mesmo tempo em que, internamente, praticava uma política autoritária de rígidocontrole industrial e ideológico. O“paradoxo”, apenas aparente, resolve-se coma constatação de que a FSP apenas adotou aestratégia de transformar a democracia emmarketing.

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A sedução feita pela Folha

Aposentou a máquina de escrever e adotou o terminal decomputador na redação ( abril de 1983).

Produção efeitos visuais na forma de apresentação do jornal

e reformas gráficas introduzidas ao longo dos anos 80. Transformação da redação em uma linha industrial de

 produção em série. Controle maior sobre a produção de um texto- adoção de

um manual de redação. Conseqüências: demissões em massa para aqueles que não

conseguiam o “bom desempenho”.

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“A FSP é reflexo impresso de umaorganização centralizada, dotada deum programa ideológico,formulador

de um práxis que impõe aos seusfuncionários (de quem exige

„fidelidade‟) e com objetivosestratégicos claramente delimitados.” 

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“Liberdade de imprensa é

confundida com liberdade

de empresa,mas aliberdade é pública, assim

como o seu exercício e nãopode ser privatizada.” 

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Haiti: barreiras do preconceito

Queda do governo do presidente Jean Claude.

Era de incertezas Jogos de poder políticos comandados por

Washington

As advertências recebidas por Arbex Desprezo pela América Latina

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“O maior problema, para o pensamento

crítico, é tornar visível não apenas ooculto, censurado ou ausente como texto

ou imagem, mas o que as tecnologias dainformação tornam aparente visível porum processo de exposição extrema que,

fingindo tudo mostrar, de fato nadarevela.” 

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Paraguai: ameaças e o show

Sintomas da decomposição da ditadura de Alfredo Stroessner. Começava a aparecer os primeiros sintomas de decomposição da

ditadura de Alfredo Stroessner( entre os quais, os constantes atritos dogoverno paraguaio com a embaixada dos Estados Unidos), até comoresultado do impacto do fim regime militar no Brasil.

Cobertura caracterizada por um aspecto “sensacional”.  Pirotecnia: superficialidade

Se a ditadura foi denunciada, os milhares de indígenas que estavamsendo exterminados ganharam pouca ou nenhuma visibilidade; a vidacotidiana dos paraguaios- sobre o que conversavam, seus problemas

diários, que imagem tinham de si mesmos e do Brasil, que projeçãofaziam do seu próprio passado e futuro etc.- permanecia tãodesconhecida dos leitores como sempre fora.

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“De uma forma ainda bastante incipiente,

difusa e confusa, eu começava a perceberque a mídia, mesmo quando relatasseacontecimentos reais, criava meras

fabulações simplificadas, com o objetivode oferecer aos leitores\ telespectadores

alguma sensação de ordem em relação aum mundo, de fato, complexo emdemasia.” 

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União Soviética Mikhail Gorbatchov- a percepção simplista e unilateral divulgada

 pela mídia.

É impossível compreender a “era Gorbatchov” e o seu significado para omundo mediante a utilização de rótulos tão grosseiros. Para entender o querealmente se passou na União Soviética, nos anos 80, é preciso indagar

com seriedade a própria história soviética, e não tratá-lá como mero“acidente de percurso”. Gorbatchov foi, ele próprio, um resultado da história soviética e não um

dirigente a ela estrangeiro, “ocidentalizado”, portador de uma perspectiva“liberal”ou hostil ao regime implantado em 1917.

Capitalistas X Socialistas ( O Bem X O Mal) ... o surgimento da União Soviética criou uma polarização ideológica e

moral ( entre “capitalistas”e “socialistas”, entre o “Bem “e o “Mal”) quefez do século XX um século de “lutas religiosas”

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1917, marco estrutural de nossa época

Revolução Russa  Nenhum macroevento cultural, político e social do mundo

contemporâneo pode ser adequadamente analisado sem

levar em conta a história e os destinos da Revolução de1917- Todos os setores da vida, da arte e da cultura foramimediatamente afetados pela revolução de criatividade.

A explosão da arte abordada pelo advento do

Stalinismo Em 1924 ( morte de Vladimir Ilitch Lênin) e 1938 ( Fimdoa Processos de Moscou), Josef Stalin eliminoucompletamente qualquer possibilidade de oposição ao seu

 poder político, que passou a ser absoluto.

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“Stalin, em síntese, governou aUnião Soviética com os mesmos

 poderes absolutos e a mesmasanha terrorista com que os antigos

czares governavam a Rússia” 

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Guerra Fria

A permanente sombra do “holocausto nuclear”( o botãovermelho )

O Bem X O Mal

... A Guerra Fria elevou ao máximo de tensão a simbologiareligiosa do “Bem”contra o “Mal”, pólos que mudavam ossinais conforme a propensão ideológica do narrador dafábula.

Destruição da credibilidade do discurso político ( os

líderes falavam em “Paz”, mas engordavam os estoquesnucleares)

 Esvaziamento do diálogo entre pensamentos distintos Desenvolvimento da tecnologia 

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Gorbatchov e a mídia: falsa“familiaridade” 

Explorado pela mídia devido a sua aparência ocidental. Falsa impressão de que ele era um líder bem conhecido,

interpretado e compreendido.

Perestroika e Glasnost Formação e eleição do Congresso de Deputados do povo

(CDP). A declaração da “moratória nuclear -”a suspensão imediata e

total dos testes nucleares subterrâneos, para fins civis emilitares.

Estimulou debates, liberdade de imprensa, as manifestações políticas, a liberdade de criação, libertou presos políticos.

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“Em muitos aspectos,Gorbatchov foi tão mal

compreendido e falsamenteconhecido quanto a própria

Guerra fria” 

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“ Gorbatchov acreditava que poderia construir um

Estado de direito na União Soviética - e esta era oobjetivo central de sua estratégia. Não viaantagonismo entra „socialismo‟e „liberdade‟.Acreditava na possibilidade de um „mercado

regulado‟, compatível com a justiça social. Coerentecom suas convicções, Gorbatchov nunca reprimiu osopositores ( ao contrário, liberou os presos políticos);

nunca enviou tropas para sufocar manifestações;nunca invocou a razão de Estado para sufocar o Estado

de direito.” 

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Conclusões do autor

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A era do showrnalismo

Manipulação do imaginário coletivo

Interesses da empresa no que podem ou não

ser divulgados Mídia: o megainvestimento

Mídia X Cultura ( Preconceitos)

Golfo: entrada da tecnologia na era do show

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Brasil

Desigualdade social: enquanto as principaisredes de tv tem um público de 60 milhões ostrês principais jornais apresentam um público

leitor de apenas 7 milhões. O Estado exerce um grande poder de

uniformizar e impor a informação.

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“Na mídia contemporânea, a

imagem fabricada não selimita a „embelezar‟ a dura

realidade da vida, mas asubstitui pela relação entre

homem e a vida encenada pelamídia.” 

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“A mídia produz a

abolição da memóriamediante a substituição

 pelo show da memória” 

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Iraque, a guerra permanente: a

 posição do Regime

IraquianoPatrick Denaud

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Conhecendo a obra

256 páginas.

9 capítulos mais 5 anexos (Cronologia sumária das

crises, O Conselho de Segurança da ONU,Resoluções do Conselho de Segurança, Resolução661 e Resolução 687).

A Guerra interna no Iraque. Entrevistas com Tarek Aziz mostrando a posição

do regime iraquiano.

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Conhecendo o autor

Ex-correspondente de guerra da cadeiaamericana CBS News.

Jornalista e escritor, Patrick foi durante vários

anos correspondente de guerra para a cadeiaamericana CBS News. Especializado no mundo muçulmano e nas

zonas de conflito, ele colabora na realizaçãode documentários para a televisão.

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Quem é Tarek Aziz?

Cristão em um país árabe. Viveu os primeiros anos de sua vida em um povoado curdo,

Batofa, perto de Mossoul.

Diplomata de uma nação constantemente em guerra.  Negociador com uma inspiração brutal. Ministro das Relações Exteriores do Iraque em 1983. Atual membro do Conselho da Revolução. Último representante dos jovens revolucionários baasistas

que chegaram ao poder em 1968. Serve de ligação entre o Iraque e a Comunidade

Internacional.

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Bagdá, verão 1999.

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Bagdá antes do embargo

Sistema de assistência social.

Ensino gratuito.

Serviços de saúde gratuito.

Ajuda de custo a todo cidadão que estivesse namiséria ( 40 dinares- 120 dólares)

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“O embargo que devia, segundo osamericanos, visar o regime de

Saddam Hussein, atinge, narealidade, todo um povo e não

muda a realidade política do país.” 

b d

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O Iraque após o embargo da ONU

Bagdá não está mais acessível por avião. Várias horas por dia a energia elétrica é interrom-

 pida e não há água nas torneiras.

Hoje em dia não se fala mais em Dinares mas em papéis. O povo vive de combinações, pequenos tráficos,

 para conseguir se alimentar corretamente. Nas ruas de Bagdá encontra-se crianças

abandonadas, mendigos e prostitutas. A situação sanitária piora a cada dia.

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O Iraque após o embargo da ONU

 Nos hospitais existe um andar reservado para osdoentes contagiosos atingidos por cólera.

Milhares de bebês morrem por falta de cuidados. Crescimento no analfabetismo.

Aumento na criminalidade e agressões.

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“Em nenhuma parte da Carta daONU está escrito que a

organização tem o direito de tornarum povo faminto e de ter o poder

de polícia impondo sanções.” 

Algumas questões abordadas por Tarek

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Algumas questões abordadas por TarekAziz

Março de 1998- Mídia acusa Iraque de ter usadogás contra curdos.

Segundo Teerã, os bombardeios na região de Halabja, no Kurdistãoiraquiano, fizeram cinco mil mortos e um igual número de feridos

em um único dia , sexta-feira passada. [...] O Iraque reconheceuimplicitamente no sábado, 26 de março, ter utilizado armasquímicas [...] Le Monde, 29 de março de 1986

 Tarek rebate a acusação da mídia afirmando que

não foi usado contra civis em Halabja.  Halabja foi bombardeado por bombas clássicas, enquanto sede

militar e não enquanto povoado. Os que os iraquianos mataram,morreram em bombardeios clássicos, não por causa do gás.

B

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Baas

Partido político oriundo do movimento fundado naSíria aproximadamente em 1940.

Fundado por Michel Aflak e Salah al- Din Bitar

1963: pela primeira vez chega ao poder no Iraque.governando apenas 9 meses.

Ala “militar”e ala “civil”. 

Em 1963, o Baas chegou pela primeira vez ao poder no Iraque,através de uma revolução que havia sido planejada e dirigida porcivis. Os militares foram os braços e as pernas da mesma, mas oscivis eram a sua cabeça.

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 Baas

A influência do Baas

O partido Baas está igualmente próximo às escolhas políticas, sociais e ideológicas dos países que insistem na

identidade islâmica. Efetivamente, uma vez que que essaidentidade seja aprofundada entre os povos desses países,seus esforços unem-se aqueles dos árabes no seu combatecontra o sionismo.

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1958-1966

Hafez el- Assad e outros cinco jovens oficiais vemdo Egito para o Iraque.

Organizam um comitê militar secreto e baasista.

Contrario aos seus fundadores esses jovens temorigem rural e modesta ligado as reformassocialistas.

1966, tomam o poder expulsando a velha guarda do partido.

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“O regime iraquiano é um regime

nacionalista socialista que acredita nosprincípios do partido Baas [...]. Por outro

lado, visto que o regime iraquiano érevolucionário e socialista, ele se mostramais satisfeito quando os países vizinhos

são governados por regimes próximosquanto a princípios e tendências.” 

I X K it

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Iraque X Kuwait

Início: complô kuwaitiano organizado pelos americanos. Iraque invade o Kuwait em uma ação defensiva.

Endividamento iraquiano por causa da guerra contra o Irã.

Superprodução de petróleo causando uma queda no seuvalor piorando a situação iraquiana.

Iraque após a guerra contra o Irã conseguiu criar umequilíbrio militar diante do Irã e Israel.

Objetivos: empobrecer o Iraque e colocar um freio nos seus programas de desenvolvimento.

Criar uma preocupação com a segurança alimentar.

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Saddam Hussein

 Não é militar, ele tem o título de marechal enquantochefe de estado mas é de origem civil.

 Na revolução de 1968, ele era estudante de direito.

Sempre foi muito desconfiado com relação às forçasarmadas que fizeram muitos golpes de estado noIraque.

Dá aos iraquianos a impressão de estarem protegidos.

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“Os iraquianos amam

Saddam Hussein porque ele é um líder

 justo e corajoso.” 

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Reflexões sobre a ordem mundial

Intervenção da OTAN na Iugoslávia.

O regime sérvio era o único poder independente na Europa, com relação a política americana.[...]Um país apaziguado pelo Ocidente que lhe davacréditos, toda espécie de ajuda e recebia com grande pompa seus

dirigentes. Porque ela era um dos únicos países comunistas independentescom relação a Moscou.[...] Quando o regime soviético afundou, aIugoslávia manteve a sua independência , ficando fora do sistema atlântico.De repente ela se tornou insuportável para os Estados Unidos.

A Iugoslávia cometeu erros certamente,mas estes foram aumentadosdesmensuradamente, sempre por causa das câmeras de televisão que se

deslocam pelo mundo seguindo as trilhas do fronte que provêm de decisõesestratégicas. As câmeras empunhadas sobre a Iugoslávia eram câmeras políticas, para

aplicar uma estratégia. Um albanês morto na Iugoslávia era umainformação que dava volta ao mundo. Mas de dez mil pessoas massacradasem Serra Leoa, isso não era uma informação.

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“Em 1991, elas (as câmeras de televisão) estavam na

Somália. Todos os dias, mostravam imagens de criançascom o ventre inchado, coberto de moscas, agonizando oudormindo. Após a retirada das tropas americanas, as

câmeras partiram também. Faz agora sete ou oito anos que

não sabemos mais nada da situação da Somália, quemmatou, quem é morto ou violentado.[...] O mesmo para oHaiti, onde os americanos parecem ter encontrado uma

solução para sua conveniência, pois não sabemos mais nadado que acontece nesta ilha: democracia, direitos humanos,matanças, assassinatos?” 

Guerra na Croácia na Bósnia e em

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Guerra na Croácia, na Bósnia e emKosovo

Guerras étnicas e culturais O Kosovo é sérvio desde os tempos mais antigos que viram

a criação do primeiro Estado sérvio. Com o tempo, os

albaneses tornaram-se majoritários, o que não significa queeles não tenham o direito a fazer secessão. Emcontrapartida, eles têm o direito de ser iguais aos sérvios ede não sofrer tratamento discriminatório.

A afabilidade comunista, que permitia às populações da ex-

Iugoslávia viverem juntas, não existem mais. Os conflitossão étnicos e mostram o confronto de três civilizações queentram em confluência nesta região do mundo: os ortodoxos,os muçulmanos e os católicos.

As guerras de hoje parecem não ser ideológicas, mas étnicas

e culturais.

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“Quando um país caminha para osinteresses americanos, estes fazem de

tudo para dividi-lo internamente,jogando em cima divergências étnicasou religiosas. Eis o que fazem com o

Iraque principalmente.” 

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“É preciso dizer que,

historicamente, nuncahouve conflito entre

xiitas e sunitas.” 

 

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“No Iraque, com um regime

moderado e sem intervençãoestrangeira, o país conservará suas

estruturas sociais que fazem a sua particularidade e sua riqueza. Pois oIraque é uma entidade sólida muito

antiga.” 

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As relações do Iraque com os EUA

Tentativa de dominação do Iraque pelos EUA após oenfraquecimento da região soviética.

Objetivo: controlar uma zona geográfica que obtém

sua importância nas enormes reservas de petróleoem seu subsolo.

...após o enfraquecimento da região soviética, eles decidiramdominar a região. Essa é a razão de sua agressão em 1991. Sua

estratégia é controlar totalmente uma zona geográfica que obtémsua importância das enormes reservas de petróleo que seencontram no seu subsolo. O Iraque é o único país do OrienteMédio a ser independente com relação aos EUA.

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Os iraquianos que deixam o Iraque

Dificuldades por causa do embargo. Não deixam em razão de discriminação ou um

 problema social.Melhores condições de vida.

Solidariedade ao Iraque atual.

Apoio a Saddam Hussein.

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Talibãs no poder

Destruição de tudo.

Obscurantismo.

 Não tem um futuro certo.

 Não podem servir de exemplo.

Retorno a idade média. O que ocorre atualmente nesse país é um absurdo, tanto em nível

ideológico, quanto político e militar. Todo movimento político, qualquer

que seja sua ideologia, deve ter como objetivo melhorar o destino de seu povo e desenvolver seu país.Os talibãs destroem tudo: os hospitais, asescolas, as usinas etc... Eles levam seu país ao obscurantismo, fazendo-odar um pulo para trás, que o faz voltar a idade média. Eu acho que taismovimentos políticos não podem ter um futuro certo. Eles, em todo caso,não podem servir como exemplo.

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Iraque, agosto de 2002.

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O que mudou?

Fornecimento de energia funciona melhor.

Lojas bem abastecidas.

A moeda iraquiana afundou. Reino do “se vira”: professor de manhã e a tarde

taxista.

Prostituição nos campi universitários para melhorarde vida.

Hospitais: faltam alimentos e estruturas adaptadas

para cuidar das crianças

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2002: O Iraque e o embargo

O povo iraquiano está habituado agora aviver sob o embargo.

O estado de choque foi atenuado.Crescimento na agricultura, industria,

comércio e dos serviços.

Iraquianos vivem melhor que há seteanos.

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11 de Setembro

Acontecimento interno. Iraque não tem ligações com Osama Bin Laden.

Bin Laden tentou prejudicar a América por próprios

meios, por seu próprio método. Divergências de idéias e ideologias.

 Nós não cremos no fanatismo religioso, nem no uso da religião para realizar objetivos políticos, é porquê, essencialmente , nãohá aproximação de idéias, de ideologias entre nós e Bin Laden.

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“Os Estados Unidos são um país

imperialista de natureza agressiva.[...]. AAmérica é governada por um

establishment 

 capitalista ávido, queaproveita todas as ocasiões para imporsua hegemonia em todo lugar, na Europa,

na Ásia, na pátria árabe, na América doSul.” 

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“Hoje, o governo americano gasta menos para o

ensino, a saúde, os serviços sociais do que para oPentágono. Todo esse dinheiro é dado a sociedades próximas ao governo que produzem armamentos e

munições. Depende então do interesse dessesestabelecimentos, de seu interesse financeiro particular, criar um sentimento de perigo, de angústianos americanos para que eles aceitem esses gastos emvez de reclamar contra a diminuição dos orçamentos

 para o ensino e para a saúde.” 

Porquê tomar como alvo o Iraque?

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Porquê tomar como alvo o Iraque?

Estabelecer uma ligação entre o Iraque e aqueles que eram

apontados como terroristas. Os americanos não acharam nada que incriminasse o Iraque. Intervir no Afeganistão tem uma certa lógica porque Bin

Laden vive lá protegido pelos talibãs.  Não há provas nem elemento - algo fictício. Interesse em se apossar do petróleo do Iraque. Derrubar Saddam Hussein.

O regime iraquiano não tem nada a ver com os atentados de 11 desetembro. Porque eles querem mudar nosso governo? Para implantar umregime às suas ordens, um regime servil, satélite, que lhes dará aoportunidade de impor seu domínio econômico e político sobre o Iraque.

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“Como querem se apossar do

petróleo do Iraque, eles se utilizamdos acontecimentos de 11 de

setembro para fazer adesinformação, alimentada por

mídias possuídas por sociedadesde armamento. Eis a verdade...” 

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“Esta questão das armas dedestruição em massa é

utilizada como um pretexto para enganar o opinião

 pública mundial.” 

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“Mintam, mintam, até

que todos acreditem

em vocês”Goebbels