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SHS Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda.-EPP 46 www.shs.com.br acordo com a disponibilidade nos viveiros. Entre as espécies identificadas nos fragmentos florestais nativos e nos reflorestamentos, pode-se citar: Sangra dÁgua (Croton urucurana), Ingazeiro (Inga vera), Peito de Pomba (Tapirira guianensis), Fruta de Pomba (Erythroxylum ambiguum), Jenipapo (Genipa americana), Urucum (Bixa ollerana), Canafístula (Peltophorum dubium), Amendoim Bravo (Pterogyne nitens), Pitangueira (Eugenia uniflora), Pata de Vaca (Bauhinia forficata), Goiabeira (Psidium guajava), Aroeira Salsa (Schinus molle), Aroeira Pimenteira (Schinus terebinthifolius), Monguba (Pachira aquatica), Leiteiro (Sapium glandulosum), Capixingui (Croton floribundus), Guapuruvu (Schizolobium parahyba), Saco de Adão (Dillenia indica), Acácia Australiana (Acacia mangium), Castanha do Maranhão (Bombacopsis Glabra), Calabura (Muntingia calabura), Ingazeiro (Inga edulis), Guaçatonga Branca ou Cafezeiro do Mato (Casearia decandra), Farinha Seca (Albizia edwallii), Aroeira Preta (Myracrodruon urundeuva), Pau Formiga (Triplaris americana), Pimenta de Macaco (Xylopia aromatica), Babosa (Cordia superba), Guajuvira (Cordia americana), Mamica de Porca (Zanthoxylum rhoifolium), Cajueiro (Anacardium occidentale) , Tamanqueira (Aegiphila integriflia), Tapiá (Alchornea triplinervia), Angico do Cerrado (Anadenanthera peregrina), Embaúba (Cecropia pachystachya), Angico Branco (Albizia polycephala), Angico Vermelho (Parapiptadenia rigida), entre outras. Como fora mencionado, as APPs que foram reflorestadas passaram anteriormente por um processo de degradação e atualmente apresentam vegetações secundárias em diferentes estágios de regeneração, que são determinados de acordo com suas características fitofisionômicas. A maioria dessas áreas está se recuperando satisfatoriamente e apresenta cobertura vegetal nos estágios inicial ou médio de regeneração, já que poucas delas atingiram o estágio avançado devido ao curto período de tempo após realização dos plantios. A descrição de cada estágio sucessional é apresentada a seguir: Vegetação secundária em estágio inicial de regeneração: apresenta cobertura vegetal pouco densa, sem estratificação definida, cobertura de copa ausente, predomínio de espécies pioneiras de pequeno porte, com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) máximo de 10 centímetros e altura média de até 3 metros, ausência de regeneração natural e de serrapilheira.

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acordo com a disponibilidade nos viveiros. Entre as espécies identificadas nos fragmentos

florestais nativos e nos reflorestamentos, pode-se citar: Sangra d’Água (Croton

urucurana), Ingazeiro (Inga vera), Peito de Pomba (Tapirira guianensis), Fruta de Pomba

(Erythroxylum ambiguum), Jenipapo (Genipa americana), Urucum (Bixa ollerana),

Canafístula (Peltophorum dubium), Amendoim Bravo (Pterogyne nitens), Pitangueira

(Eugenia uniflora), Pata de Vaca (Bauhinia forficata), Goiabeira (Psidium guajava), Aroeira

Salsa (Schinus molle), Aroeira Pimenteira (Schinus terebinthifolius), Monguba (Pachira

aquatica), Leiteiro (Sapium glandulosum), Capixingui (Croton floribundus), Guapuruvu

(Schizolobium parahyba), Saco de Adão (Dillenia indica), Acácia Australiana (Acacia

mangium), Castanha do Maranhão (Bombacopsis Glabra), Calabura (Muntingia calabura),

Ingazeiro (Inga edulis), Guaçatonga Branca ou Cafezeiro do Mato (Casearia decandra),

Farinha Seca (Albizia edwallii), Aroeira Preta (Myracrodruon urundeuva), Pau Formiga

(Triplaris americana), Pimenta de Macaco (Xylopia aromatica), Babosa (Cordia superba),

Guajuvira (Cordia americana), Mamica de Porca (Zanthoxylum rhoifolium), Cajueiro

(Anacardium occidentale), Tamanqueira (Aegiphila integriflia), Tapiá (Alchornea

triplinervia), Angico do Cerrado (Anadenanthera peregrina), Embaúba (Cecropia

pachystachya), Angico Branco (Albizia polycephala), Angico Vermelho (Parapiptadenia

rigida), entre outras.

Como fora mencionado, as APPs que foram reflorestadas passaram anteriormente

por um processo de degradação e atualmente apresentam vegetações secundárias em

diferentes estágios de regeneração, que são determinados de acordo com suas

características fitofisionômicas. A maioria dessas áreas está se recuperando

satisfatoriamente e apresenta cobertura vegetal nos estágios inicial ou médio de

regeneração, já que poucas delas atingiram o estágio avançado devido ao curto período

de tempo após realização dos plantios. A descrição de cada estágio sucessional é

apresentada a seguir:

Vegetação secundária em estágio inicial de regeneração: apresenta

cobertura vegetal pouco densa, sem estratificação definida, cobertura de

copa ausente, predomínio de espécies pioneiras de pequeno porte, com

Diâmetro à Altura do Peito (DAP) máximo de 10 centímetros e altura média

de até 3 metros, ausência de regeneração natural e de serrapilheira.

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Vegetação secundária em estágio médio de regeneração: apresenta 2

estratos definidos (dossel e o sub-bosque), cobertura de copa baixa a

intermediária, DAP médio variando de 8 a 15 centímetros, altura média do

dossel de 3 a 6 metros, diversidade razoável de espécies, regeneração

natural baixa e estreita camada de serrapilheira.

Vegetação secundária em estágio avançado de regeneração: presença de

estratos muito bem definidos, dossel superior a 6 metros de altura, DAP

médio maior do que 15 centímetros, maior abundância de espécies, alta taxa

de regeneração natural, camada mais espessa de serrapilheira.

De maneira geral, em comparação com o que foi descrito nos diagnósticos

anteriores, pôde-se observar que a cobertura vegetal do município de Penápolis

aumentou consideravelmente, propiciando, em alguns trechos, a interligação de

fragmentos florestais remanescentes. Entretanto, um fator preocupante é que muitas

APPs, tanto das nascentes como de trechos, ainda estão completamente degradadas,

desprovidas de cobertura vegetal. As áreas degradadas a serem recuperadas na bacia do

ribeirão Lajeado foram quantificadas e totalizam em 7,02 km2, conforme apresenta o

Quadro 4. Desse total, é necessário utilizar a técnica de plantio direto de mudas,

adensamento ou enriquecimento em 6,22 km2, e o restante pode ser recuperado apenas

pela condução da regeneração natural. Em uma área com essa dimensão, considerando

os diferentes espaçamentos entre as mudas, dependendo da técnica de recuperação,

devem ser introduzidas 916.564 mudas nativas de ocorrência regional a fim de preencher

todos os espaços desprovidos de vegetação arbórea. A divisão das áreas degradadas por

bacia e por curso d’água é apresentada no quadro abaixo.

Quadro 4 – Áreas degradadas por bacia e por curso d’água

Bacia Curso d’água Áreas degradadas a serem

recuperadas (ha) Número estimado de

mudas

1

Araponga 34,33 43.748

Dois Córregos 20,72 29.763

Lajeado 1,25 1.980

Santana 7,16 11.941

Sete de Setembro 36,12 56.536

Total B1 = 99,58 ha ou 1,00 km2 Total = 143.968

2 Galinari 19,09 26.847

Lajeado 26,92 22.396

Total B2 = 46,01 ha ou 0,46 km2 Total = 49.242

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Bacia Curso d’água Áreas degradadas a serem

recuperadas (ha) Número estimado de

mudas

3

Baixada 17,12 18.095

Invernada 10,75 6.086

Papagaio 36,24 47.818

Grande 53,17 86.478

Lajeado 29,64 47.540

Total B3 = 146,92 ha ou 1,47 km2 Total = 206.017

4

B. Morada 17,70 12.960

Seco 5,05 5.525

Lajeado 33,52 31.534

Urutagua 4,42 1.768

Maria Chica 35,63 22.794

Curtume 22,14 36.020

Total B4 = 118,47 ha ou 1,18 km2 Total = 110.601

5

Moia 30,72 29.969

Lajeadinho 60,64 77.885

Lajeado 7,97 0

Total B5 = 99,33 ha ou 0,99 km2 Total = 107.854

6

Pintos 17,20 10.692

Sem nome 45,62 73.485

Lajeado 128,82 214.704

Total B6 = 191,64 ha ou 1,92 km2 Total = 298.882

Total de áreas degradadas = 701,95 ha ou 7,02 km2 Total de mudas = 916.564

Apesar da Bacia 6 apresentar a maior área degradada, igual a 1,92 km2,

consideram-se como prioritárias para recuperação ou conservação as áreas a montante

da captação, já que o ribeirão Lajeado constitui a única fonte de abastecimento de água

de Penápolis. Dessa maneira, é necessário destinar esforços para melhoria das

condições ambientais das Bacias 1, 2 e 3.

A partir do diagnóstico elaborado é possível classificar as 6 bacias (Bacias 1, 2, 3,

4, 5 e 6) em ordem de criticidade.

No caso da Bacia 1, verificou-se que as atividades realizadas pelo CIRL nas APPs

do ribeirão Lajeado e do ribeirão Dois Córregos melhoraram consideravelmente suas

condições ambientais. Entretanto, existem muitas nascentes degradadas, que precisam

ser recuperadas, principalmente dos córregos Sete de Setembro, da Araponga e Santana.

A Bacia 2 é composta por apenas 2 cursos d’água principais, o ribeirão Lajeado e o

córrego Saltinho do Galinari, os quais possuem cerca de 70 % de suas nascentes

degradadas.

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A Bacia 3 apresenta-se em situação muito crítica, principalmente os córregos

Grande, Papagaio e Invernada, pois mais de 80 % de suas nascentes encontram-se

degradadas, desprovidas de vegetação e sem potencial para recuperação natural. Além

disso, esses cursos d’água sofrem intensos processos erosivos em praticamente toda sua

extensão, consequência da falta de cobertura vegetal arbórea nas suas margens.

As Bacias 4, 5 e 6 também apresentam nascentes e trechos degradados, mas a

prioridade de conservação concentra-se nas microbacias localizadas a montante da

captação de água.

Observou-se, também, que em alguns locais as matas ciliares não recobrem toda a

extensão da APP, restringindo-se apenas a alguns metros da borda do curso d’água ou

da nascente. Além disso, outro problema identificado em alguns reflorestamentos foi a

baixa diversidade de espécies, o que não é indicado. Isso pode ser resolvido com a

técnica de enriquecimento, que tem como proposta preencher espaços com falhas da

regeneração natural e aumentar a biodiversidade aos níveis naturalmente encontrados no

ecossistema de referência.

Ao longo do curso do ribeirão Lajeado e de seus principais afluentes,

principalmente o córrego do Moia, foram identificados alguns fragmentos de

remanescentes florestais primários, onde não houve interferência antrópica. Nesses locais

observa-se alta taxa de regeneração natural das espécies arbóreas e presença de uma

espessa camada de serrapilheira, muito importante ciclagem dos nutrientes e retenção de

água em uma floresta. Em alguns casos, esses fragmentos são descontínuos,

desconectados, impedindo a formação de um corredor ecológico para a fauna. A

realização de plantios heterogêneos nas clareiras adjacentes torna-se importante

ferramenta para interligação desses fragmentos e constituição de um ecossistema bem

consolidado.

A principal atividade econômica realizada na bacia do Lajeado é o cultivo de cana-

de-açúcar, a qual exige cuidados como a sistematização do terreno e abertura de

carreadores para possibilitar a movimentação do maquinário utilizado nas operações para

preparação do solo, plantio e colheita. Para que a produção obtenha sucesso, o solo

precisa estar fértil e livre de pragas e plantas daninhas. De acordo com as informações

levantadas em campo, relatou-se que produtores locais utilizam produtos químicos

fertilizantes, herbicidas e pesticidas para preparação do solo e controle das pragas. Essas

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substâncias podem ser carregadas para os corpos d’água contaminando-os, o que pode

interferir na qualidade da água.

Além dos usos e ocupações do solo já mencionados, foram identificadas outras

atividades realizadas na bacia, como a pecuária bovina extensiva, a extração de argila, o

cultivo de eucaliptos, o funcionamento de indústrias (por exemplo, uma fábrica de doces

localizada em Alto Alegre e uma olaria localizada próxima ao município de Barbosa),

operações de processamento do couro (curtumes), pesqueiros e condomínios de lazer.

A pesca é muito praticada, tanto no ribeirão Lajeado como em seus afluentes,

principalmente nos córregos Lajeadinho e Maria Chica. De acordo com relatos dos

pescadores, as espécies mais predadas são Acarás (Geophagus brasiliensis), Lambaris

(Astyanax bimaculatus), Mandi (Pimelodus maculatus), Bagre (Rhandia sp.), Curimba

(Prochilodus lineatus), Tucunaré (Cichla monoculus), Traíra (Hoplias malabaricus),

Piapara (Leporinus obtusidens), Piau três pintas (Leporinus freiderici), Piau (Leporinus

lacustris), Bagre africano (Clarias gariepinus), Corvina (Plagioscium squamosissimus),

Timboré (Schizodon nasutus), entre outros. Vale ressaltar que não foi identificado nenhum

indício de pesca predatória, com utilização de redes, tarrafas, espinhéis, etc. Tanto as

atividades de pesca, como o turismo e recreação, são mais intensas no trecho final do

Lajeado, a jusante do ponto de coleta da rodovia Assis Chateaubriand, onde esse curso

d’água torna-se represado, possibilitando a navegação.

Nas áreas urbanizadas foram observados vários pontos de descarte irregular de

resíduos sólidos, tanto nas margens como no leito dos cursos d’água, principalmente nos

córregos Maria Chica, Santa Terezinha e do Curtume, onde existe maior concentração

populacional. Nesses cursos d’água também foram constatados sinais de contaminação

da água.

A identificação de alguns indivíduos da fauna foi realizada com base em registros

diretos, como visualização e vocalização; e indiretos, a partir de vestígios, como pegadas,

fezes, ninhos e tocas. Foram identificadas espécies de roedores, serpentes, sapos,

tucanos, lagartos, tatus, garças, sabiás, rolinhas, gaviões, pica-paus, sanhaços, pombos,

bem-te-vis, entre outros.

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Quadro 5 – Resumo do diagnóstico da bacia hidrográfica do ribeirão Lajeado

*Contabilizado em relação às nascentes visitadas

Córrego da Araponga 83,33 69,62 30,38 5.675,12 3.741,34 34,00

Ribeirão Dois Córregos 57,14 68,46 31,54 2.897,51 2.825,86 12,00

Ribeirão Lajeado 50,00 7,63 92,36 6.166,88 5.927,76 -

Córrego Santana 100,00 45,98 54,02 6.722,70 6.387,76 7,00

Córrego Sete de Setembro 66,67 78,20 21,80 7.194,61 1.628,24 17,00

Total 66,67 63,08 36,92 28.656,82 20.510,96 -

Córrego Galinari 66,67 66,43 33,57 3.792,48 3.346,09 33,00

Ribeirão Lajeado 75,00 45,49 54,51 4.012,40 1.524,40 -

Total 71,43 52,33 47,67 7.804,88 4.870,49 -

Córrego da Baixada 66,67 74,06 25,94 632,54 0,00 17,00

Córrego Invernada 100,00 31,57 68,43 2.552,68 2.552,68 11,00

Córrego do Papagaio 100,00 59,56 40,44 9.577,63 146,55 20,00

Córrego Grande 81,82 74,09 25,91 4.789,90 1.627,12 53,00

Ribeirão do Lajeado 50,00 40,78 59,22 4.866,29 3.252,66 -

Total 80,00 55,98 44,02 22.419,04 7.579,01 -

Córrego B. Morada 0,00 58,82 41,18 1.911,42 1.911,42 11,00

Córrego Seco 100,00 46,04 53,96 0,00 0,00 6,00

Ribeirão Lajeado 100,00 32,43 67,57 1.191,39 3.306,60 -

Córrego Urutágua 0,00 47,79 52,19 0,00 0,00 23,00

Córrego Maria Chica 100,00 62,10 37,90 2.367,57 898,74 40,00

Córrego do Curtume 0,00 66,59 33,41 2.246,77 971,82 14,00

Total 55,56 48,49 51,51 7.717,15 7.088,58 -

Córrego do Móia 28,57 47,63 52,37 937,90 986,57 44,00

Córrego Lajeadinho 50,00 62,37 37,63 2.080,06 0,00 62,00

Ribeirão Lajeado - 24,50 75,50 5.245,30 0,00 -

Total 38,46 51,13 48,87 8.263,26 986,57 -

Córrego dos Pintos 60,00 57,36 42,64 907,98 1.481,20 30,00

Córrego sem nome 100,00 62,66 37,34 0,00 0,00 52,00

Ribeirão Lajeado 50,00 74,13 25,87 0,00 0,00 -

Total 60,00 69,29 30,71 907,98 1.481,20 -

75.769,13 85.033,62 708,00

6

Total - Bacia do Lajeado

2

1

3

4

5

Leitos

assoreados

(m)

Q 7,10

(L/s)

*Índice de

degradação das

nascentes (%)

Bacia Curso d'água

Índice de

degradação

das APPs (%)

Índice de

conservação

das APPs (%)

Margens

erodidas

(m)

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A ordem de prioridade para recuperação de áreas degradadas é: Bacias 1 e 3,

Bacia 2, Bacia 4, Bacia 6 e Bacia 5. O Quadro 6 apresenta a classificação dos cursos

d’água com relação à prioridade para a tomada de medidas de recuperação das áreas

degradadas em ordem crescente de prioridade. A ordem foi definida de acordo com o

percentual de nascentes e trechos degradados e também de acordo com a vazão do

curso d’água (Q7,10) e sua contribuição para a bacia hidrográfica do ribeirão Lajeado.

Quadro 6 – Ordem de prioridade para tomada de medidas de recuperação das áreas degradadas

Ordem de prioridade Cursos d'água Bacias

1 Córrego Grande 3

2 Córrego da Araponga 1

3 Córrego do Papagaio 3

4 Córrego Invernada 3

5 Córrego Santana 1

6 Córrego Sete de Setembro 1

7 Córrego Saltinho do Galinari 2

8 Ribeirão Lajeado 2 e 3

9 Ribeirão Dois Córregos 1

10 Ribeirão Lajeado 1

11 Córrego Maria Chica 4

12 Ribeirão Lajeado 4

13 Córrego Lajeadinho 5

14 Ribeirão Lajeado 6

15 Córrego da Baixada 3

16 Córrego do Curtume 4

17 Córrego Seco 4

18 Córrego B. Morada 4

19 Córrego do Moia 5

20 Córrego Urutagua 3

21 Córrego dos Pintos 6

22 Córrego Sem Nome 6

23 Ribeirão Lajeado 5

A seguir, apresenta-se o diagnóstico da situação ambiental das principais APPs

das nascentes e de trechos dos cursos d’água de cada uma das 6 Bacias.

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8.1 Bacia 1 – Das nascentes até o ponto 1 de coleta

As principais nascentes dos afluentes que contribuem para o ribeirão Lajeado estão

localizadas na Bacia 1, incluindo as principais nascentes do Lajeado. Entre os cursos

d’água afluentes que formam essa bacia, pode-se citar o ribeirão Dois Córregos e os

córregos Santana, da Araponga e Sete de Setembro.

8.1.1 Diagnóstico das nascentes e trechos da Bacia 1 do ribeirão Lajeado

O Anexo 7 apresenta o diagnóstico dos trechos e nascentes da Bacia 1 por curso

d’água, quanto à situação ambiental da APP, cobertura vegetal, fitofisionomia (bioma),

principais espécies arbóreas identificadas, usos do solo no entorno, usos diretos no corpo

hídrico, aspecto visual da água, medidas de recuperação realizadas anteriormente e cita

medidas de recuperação/conservação propostas para cada nascente ou trecho. Além

disso, há fotografias dos locais e a identificação de pontos críticos como: erosão,

assoreamento, disposição inadequada de resíduos sólidos, etc. No item 9 desse relatório,

as medidas de recuperação ou conservação são apresentadas com mais detalhes.

8.1.2 Diagnóstico geral da Bacia 1 do ribeirão Lajeado

A maioria das nascentes localizadas na Bacia 1 do ribeirão Lajeado e de seus

afluentes apresenta algum estágio de perturbação, ou seja, já sofreram interferência

antrópica e estão alteradas com relação às condições naturais. Algumas APPs dessas

nascentes, principalmente do ribeirão Dois Córregos e do Lajeado, vêm sendo

recuperadas satisfatoriamente devido às atividades desenvolvidas pelo CIRL desde 1991.

Entretanto, cerca de 65 % das APPs das nascentes dessa bacia encontra-se degradada,

como apresenta a Tabela 1.

Tabela 1 – Situação ambiental das APPs das principais nascentes da Bacia 1

Curso d'água Nascente Situação ambiental

da APP Observação

Córrego da Araponga

A1a Degradada

A1b Degradada

A4 Degradada

A8 Degradada

A9 Degradada

A18 Perturbada Em recuperação

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Curso d'água Nascente Situação ambiental

da APP Observação

Ribeirão Dois Córregos

DC1 Perturbada Em recuperação

DC2 Perturbada Em recuperação

DC3 Degradada

DC5 Perturbada Em recuperação

DC10 Degradada

DC12 Degradada

DC15 Degradada

DC19 Perturbada Em recuperação

Ribeirão Lajeado

L1 Perturbada Em recuperação

L2 Conservada Em recuperação

L3 Degradada

L4 Degradada

Córrego Santana S1 Degradada

S2 Degradada

Córrego Sete de Setembro

SS1a Degradada

SS1b Degradada

SS3 Perturbada Em recuperação

O aspecto visual da água das nascentes é translúcido e não há indícios de

contaminação. Entretanto, verificou-se que algumas delas apresentam baixa vazão devido

ao processo de assoreamento, presença de macrófitas aquáticas e pisoteio de animais

domésticos, principalmente bovinos. As macrófitas aquáticas, como a Taboa (Typha

domingensis), e outras herbáceas, como o Rabo de Burro (Andropogon bicornis), são

espécies que se reproduzem rapidamente e podem interferir no regime hidrológico dos

cursos d’água. Dessa maneira, sugere-se fazer uma limpeza periódica para desobstrução

dos canais de fluxo da água. Foi constatado também que, em vários casos, as nascentes

foram canalizadas para alimentar piscinas e açudes destinados à piscicultura,

principalmente para a criação de tilápias e tambaquis.

Após receber as águas do ribeirão Dois Córregos, em seu trecho inicial, a margem

esquerda do ribeirão Lajeado possui cobertura vegetal satisfatória, ao contrário da

margem direita que, em alguns locais, encontra-se desprovida de vegetação ou a mesma

não recobre os 30 metros de APP. Além disso, foram identificados trechos completamente

degradados, que precisam ser recuperados. Os fragmentos de vegetação primária, mais

densos e com excelente diversidade de espécies arbóreas, foram observados como maior

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frequência próximo da confluência com os córregos Santana, da Araponga e Sete de

Setembro. Na foz do córrego da Araponga com o ribeirão Lajeado observou-se que a

margem esquerda apresenta vegetação nativa em estágio médio de regeneração e a

margem direita está coberta por gramíneas e herbáceas e, portanto, precisa ser

reflorestada.

Alguns trechos das APPs dos cursos d’água foram reflorestados e estão se

recuperando satisfatoriamente. A vegetação encontra-se diferentes estágios sucessionais

dependendo da localização. Predominam os estágios inicial e médio, mas foram

observadas áreas em estágio avançado de regeneração, principalmente na margem

esquerda do ribeirão Lajeado, onde se observou a ocorrência de regeneração natural das

espécies ali presentes, principalmente devido ao processo de dispersão de sementes

anemocórica e/ou pela avifauna. Uma característica importante de florestas em

regeneração é a presença da serrapilheira, constituída por folhas, galhos, sementes e

frutos, restos de vegetações, resíduos e até dejetos de animal, que recobre o solo e

possui importante função nos ecossistemas devido à ciclagem de nutrientes e retenção

hídrica. Vale ressaltar que foram observados diversos fragmentos de vegetação

descontínuos, e eles precisam ser conectados a fim de formarem corredores ecológicos

para abrigar a fauna local.

Verificou-se, também, que algumas áreas reflorestadas apresentam baixa

diversidade de espécies vegetais, provavelmente devido à indisponibilidade de mudas

diversas nos viveiros. Isso pode ser resolvido com a aplicação da técnica de

enriquecimento. Em outros locais o reflorestamento não obteve o sucesso esperado,

principalmente por serem áreas alagadas. As espécies arbóreas a serem utilizadas

nessas áreas devem ser higrófilas, tolerantes ao regime hídrico intenso.

Em alguns casos observou-se que, apesar das áreas estarem cercadas, o gado

está presente no local, podendo interferir na qualidade e quantidade de água devido ao

pisoteio e também no desenvolvimento das mudas em regeneração natural, processo

imprescindível para que haja total recuperação ambiental da área.

A Tabela 2 mostra a situação ambiental das APPs dos principais trechos da Bacia 1

e o Quadro 7 apresenta uma análise geral dos principais cursos d’água e o número

estimado de mudas a serem plantadas para recuperação das áreas degradadas.

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Tabela 2 – Situação ambiental das APPs dos principais trechos da Bacia 1

Curso d'água Trecho Situação ambiental da APP

Observação

Margem esquerda Margem direita

Córrego da Araponga

A1 - A2 e A3 Degradada Degradada

A4 - A5 Degradada Degradada

A5 - A6 Perturbada Perturbada

A6 - A7 Perturbada Perturbada

A10 - A11 Perturbada Perturbada Em recuperação

A12 - A13 Degradada Degradada

A13 - A14 Perturbada Perturbada Em recuperação

A14 - A16 Perturbada Perturbada Em recuperação

A16 - A17 Perturbada Degradada

A17 - A18 Degradada Degradada

A18 - A19 Perturbada Degradada Em recuperação

Ribeirão Dois Córregos

DC3 - DC4 Degradada Perturbada Em recuperação

DC5 - DC6 Perturbada Perturbada Em recuperação

DC6 - DC7 Perturbada Perturbada Em recuperação

DC7 - DC8 Perturbada Perturbada Em recuperação

DC8 - DC9 Perturbada Perturbada Em recuperação

DC10 - DC11 Degradada Degradada

DC11- DC13 Degradada Degradada

DC13 - DC14 Perturbada Perturbada Em recuperação

DC13 - DC14 Perturbada Perturbada Em recuperação

DC14 - DC16 Perturbada Perturbada Em recuperação

DC16 - DC17 Perturbada Perturbada Em recuperação

DC17 - DC18 Perturbada Perturbada Em recuperação

DC18 - DC21 Degradada Degradada

DC19 - DC20 Perturbada Perturbada

DC20 - DC21 Perturbada Perturbada

DC21 - DC22 Perturbada Perturbada

Ribeirão Lajeado

L1 - jusante Perturbada Degradada Em recuperação

L2 - jusante Conservada Conservada

L5 e L6 - jusante Conservada Perturbada Em recuperação

Córrego Santana S3 e S4 - foz no córrego Sete de

Setembro Degradada Degradada

Córrego Sete de Setembro

SS1 - SS2 Degradada Degradada

SS2 - SS6 Degradada Degradada

SS3 - SS5 Degradada Degradada

SS6 - SS7 Perturbada Perturbada Em recuperação

SS7 até o ponto de coordenadas

UTM (m) 594203, 7616319

Perturbada Perturbada Em recuperação

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Curso d'água Trecho Situação ambiental da APP

Observação

Margem esquerda Margem direita

Do ponto de coordenadas

UTM (m) 594203, 7616319 até a

confluência

Perturbada Perturbada Em recuperação

Com relação aos usos do solo nessa microbacia, predominam a cultura de cana-

de-açúcar e a pecuária bovina. Além disso, uma indústria de doces caseiros está

instalada próxima das nascentes, no município de Alto Alegre. Constatou-se, também,

que algumas propriedades rurais captam água para irrigação de culturas de agricultura

familiar, como os plantios de milho, mandioca, hortaliças e frutas.

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Quadro 7 – Situação dos cursos d’água da Bacia 1 e quantidade de mudas a serem plantadas

Bacia Curso d'água

Índice de degradação

das nascentes (%)*

Índice de degradação das APPs

(%)

Índice de conservação

das APPs (%)

Quantidade de mudas a serem plantadas (un.)

Margens erodidas

(m)

Leitos assoreados

(m)

Q 7,10

(m³/s)

1

Córrego da Araponga

83,33 69,62 30,38 43.748 5.675,12 3.741,34 0,034

Ribeirão Dois Córregos

57,14 68,46 31,54 29.763 2.897,51 2.825,86 0,012

Ribeirão Lajeado 50,00 7,63 92,36 1.980 6.166,88 5.927,76 -

Córrego Santana 100,00 45,98 54,02 11.941 6.722,70 6.387,76 0,007

Córrego Sete de Setembro

66,67 78,20 21,80 56.536 7.194,61 1.628,24 0,017

Total 66,67 63,08 36,92 143.968 28.656,82 20.510,96 -

*Calculado com base na situação das nascentes que foram visitadas.

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A partir de uma análise das informações do quadro acima, que leva em

consideração o estado de degradação das APPs e a vazão dos cursos d’água, conclui-se

que a Bacia 1 possui afluentes do ribeirão lajeado em situação muito crítica. Vale ressaltar

que o córrego Santana possui uma nascente e a mesma encontra-se degradada, por isso

obteve-se o índice de degradação igual a 100 %. Além disso, observa-se que o índice

total de degradação das APPs nessa bacia passa de 65 % e pôde-se notar que o

processo erosivo nas margens e de assoreamento do leito é intenso, principalmente onde

não há cobertura vegetal, e nas estradas rurais. Por isso, a Bacia 1 foi considerada a

primeira em ordem de criticidade, juntamente com a Bacia 3, e necessita de urgente

intervenção para recuperação da sua qualidade e dinâmica ambiental.

Próximo às cabeceiras há algumas cachoeiras e corredeiras de pequeno porte, que

constituem belezas cênicas e devem ser preservadas e conservadas como patrimônio

natural.

8.1.3 Identificação de potenciais fontes de contaminação pontuais na Bacia 1

Para a identificação de potenciais fontes de poluição ou contaminação dos cursos

d’água da Bacia 1, foram consideradas as análises de qualidade da água do Ponto 1 de

coleta de amostras, os pontos críticos levantados durante as visitas de campo e os usos

dos recursos hídricos outorgados pelo DAEE.

O ponto de coleta de amostras 1 localiza-se no final da Bacia 1, ou seja, a jusante

dos cursos d’água em análise. Como já mencionado, nenhum parâmetro analisado nesse

ponto de coleta apresentou-se acima do limite estabelecido na legislação, considerando o

ribeirão Lajeado como Classe 2 nesse ponto.

Durante as visitas de campo não foram observados lançamentos de esgotos ou

efluentes diretamente nos cursos d’água. Entretanto, foram identificadas erosões, trechos

assoreados, disposição inadequada de resíduos sólidos, etc. O Quadro 8 apresenta os

pontos críticos levantados que se apresentam como potenciais fontes de contaminação

dos cursos d’água.

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Quadro 8 – Pontos críticos – Potenciais fontes de contaminação dos cursos d’água – Bacia 1

Figura 21 – Solo exposto e erosão - Ponto A1

Curso d’água: córrego da Araponga.

Localização:

Ponto A1;

Coordenadas UTM (m): 596806,

7613802.

Ponto crítico: área com solo exposto, o que acelera os processos erosivos.

Figura 22 – Solo exposto e erosão - Ponto A3

Curso d’água: córrego da Araponga.

Localização:

Ponto A3;

Coordenadas UTM (m) do ponto

A3: 596784, 7613792.

Ponto crítico: área com solo exposto, o que acelera os processos erosivos.

Figura 23 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto A10 ao ponto A11

Curso d’água: córrego da Araponga.

Localização:

Trecho do ponto A10 ao ponto

A11;

Coordenadas UTM (m): 595788,

7615714.

Ponto crítico: erosão das margens e assoreamento do leito do curso d'água.

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Figura 24 – Erosão, assoreamento e resíduos sólidos - Trecho do ponto A14 ao ponto A16

Curso d’água: córrego da Araponga.

Localização:

Trecho do ponto A14 ao ponto

A16;

Coordenadas UTM (m) do ponto

A14: 595472, 7616084.

Ponto crítico: erosão das margens, assoreamento e disposição inadequada de resíduos sólidos no leito do curso d'água, ao longo de todo o trecho. Trata-se de um dos pontos mais críticos, que necessita de urgente intervenção.

Figura 25 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto A16 ao ponto A17

Curso d’água: córrego da Araponga.

Localização:

Trecho do ponto A16 ao ponto

A17;

Coordenadas UTM (m): 594861,

7616398.

Ponto crítico: erosão das margens do córrego em alguns pontos do trecho e assoreamento do leito.

Figura 26 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto A17 ao ponto A19

Curso d’água: córrego da Araponga.

Localização:

Trecho do ponto A17 ao ponto

A19;

Coordenadas UTM (m): 593867,

7617046.

Ponto crítico: erosão das margens do córrego e assoreamento do leito em alguns pontos do trecho.

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Figura 27 – Erosão - Ponto DC10

Curso d’água: ribeirão dos Dois Córregos.

Localização:

Ponto DC10;

Coordenadas UTM (m): 591292,

7614229.

Ponto crítico: erosão causada pelo caminhamento do gado que tem acesso aos açudes para dessedentação.

Figura 28 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto DC16 ao ponto DC17

Curso d’água: ribeirão dos Dois Córregos.

Localização:

Trecho do ponto DC16 ao ponto

DC17;

Entre as coordenadas UTM (m)

592205, 7614089 e 592283,

7614165.

Ponto crítico: erosão das margens e assoreamento do leito do curso d'água ao longo de todo o trecho.

Figura 29 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto DC18 ao ponto DC21

Curso d’água: ribeirão dos Dois Córregos.

Localização:

Trecho do ponto DC18 ao ponto

DC21;

Entre as coordenadas UTM (m):

592205, 7614089 e 592283,

7614165.

Ponto crítico: erosão das margens e assoreamento do leito do curso d'água ao longo do trecho.

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Figura 30 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto DC19 ao ponto DC22

Curso d’água: ribeirão dos Dois Córregos.

Localização:

Trecho do ponto DC19 ao ponto

DC22;

Coordenadas UTM (m): 592579,

7615153.

Ponto crítico: erosão das margens e assoreamento do leito do curso d'água ao longo de todo o trecho.

Figura 31 – Resíduos sólidos - Trecho do ponto L1 até a confluência

Curso d’água: ribeirão Lajeado.

Localização:

Trecho do ponto L1 até a

confluência;

Coordenadas UTM (m) do ponto

L1: 591488, 7615681.

Ponto crítico: disposição inadequada de resíduos sólidos. Um dos pontos mais críticos, que necessita de urgente intervenção.

Figura 32 – Erosão - Trecho do ponto SS1 ao ponto SS2

Curso d’água: córrego Sete de Setembro.

Localização:

Trecho do ponto SS1 ao ponto

SS2;

Coordenadas UTM (m): 595212,

7613077 e 595210, 7614009.

Ponto crítico: erosão das margens do curso d'água ao longo de todo o trecho.

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Figura 33 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto SS3 ao ponto SS5

Curso d’água: córrego Sete de Setembro.

Localização:

Trecho do ponto SS3 ao ponto

SS5;

Coordenadas UTM (m): 594729,

7614936.

Ponto crítico: erosão das margens e assoreamento do leito do curso d'água ao longo de todo o trecho.

Figura 34 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto SS6 ao ponto SS7

Curso d’água: córrego Sete de Setembro.

Localização:

Trecho do ponto SS6 ao ponto

SS7;

Coordenadas UTM (m): 594901,

7615172.

Ponto crítico: erosão das margens e assoreamento do leito do curso d'água ao longo de todo o trecho.

Os usos diretos dos recursos hídricos outorgados localizados na Bacia 1 são

apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 – Usos diretos dos recursos hídricos outorgados localizados na Bacia 1

Uso outorgado Localização Coordenadas UTM (m)

Barramento Entre os pontos A12 e

A13 595900, 7616000

Travessia aérea No ponto DC21 592560, 7615120

Fonte: DAEE, 2017

Tendo em vista que não há lançamentos de esgotos ou efluentes industriais

outorgados na Bacia 1 e que todos os parâmetros analisados estão dentro dos limites

estabelecidos pela legislação, conclui-se que não há fontes de contaminação ou poluição

pontuais significativas na Bacia 1. Porém, há fontes de poluição difusa como: erosão, que

consequentemente causa assoreamento do leito a jusante, descarte irregular de resíduos

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sólidos nas margens e no leito dos cursos d’água, uso de defensivos agrícolas e de

fertilizantes nas atividades agrícolas, entre outras, que devem ser controlados em toda

bacia.

8.2 Bacia 2 – Do ponto de coleta 1 até o ponto de coleta 2, próximo à rodovia

Marechal Rondon

Os cursos d’água que formam a Bacia 2 são o córrego Saltinho do Galinari, alguns

afluentes sem nome e o próprio ribeirão Lajeado.

8.2.1 Diagnóstico das nascentes e trechos da Bacia 2 do ribeirão Lajeado

O Anexo 8 apresenta o diagnóstico dos trechos e nascentes da Bacia 2 por curso

d’água, quanto à situação ambiental da APP, cobertura vegetal, fitofisionomia (bioma),

principais espécies arbóreas identificadas, usos do solo no entorno, usos diretos no corpo

hídrico, aspecto visual da água, medidas de recuperação realizadas anteriormente e cita

medidas de recuperação/conservação propostas para cada nascente ou trecho. Além

disso, há fotografias dos locais e a identificação de pontos críticos como: erosão,

assoreamento, disposição inadequada de resíduos sólidos, etc. No item 9 desse relatório,

as medidas de recuperação ou conservação são apresentadas com mais detalhes.

8.2.2 Diagnóstico geral da Bacia 2 do ribeirão Lajeado

Na Bacia 2, cerca de 70 % das APPs das nascentes do ribeirão Lajeado e do

córrego Saltinho do Galinari está degradada, sem cobertura vegetal adequada e com

baixa possibilidade de se recuperar naturalmente. Foi verificada a presença de macrófitas

aquáticas em algumas delas. Essas áreas precisam de intervenção urgente para que

possam se recuperar, pois se trata da terceira microbacia mais crítica.

Foram identificadas algumas APPs de nascentes do Lajeado reflorestadas, que

estão se recuperando satisfatoriamente, e apresentam cobertura vegetal em estágio

avançado de regeneração, com alta taxa de regeneração natural e presença de uma

camada de serrapilheira considerável, fatores essenciais para a total recuperação da

área. Outras APPs das nascentes possuem uma vegetação mais esparsa, pouco densa,

mas percebe-se que foram reflorestadas mais recentemente e estão evoluindo com o

passar do tempo.

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O principal afluente do ribeirão Lajeado nesse trecho é o córrego Saltinho do

Galinari, um dos cursos d’água em estado mais crítico. Verificou-se que em uma de suas

ramificações principais, as APPs foram reflorestadas e estão se recuperando

satisfatoriamente, apesar da baixa densidade arbórea. Entretanto, de maneira geral, as

nascentes estão degradadas, algumas delas encontram-se assoreadas e precisam ser

recuperadas. Nas APPs dos trechos foi constatado processo erosivo intenso nas suas

margens e, com relação à cobertura vegetal, as características são bastante

contrastantes dependendo da localização. Alguns trechos estão completamente

degradados, outros estão perturbados, com cobertura vegetal em estágio inicial ou médio

de regeneração e poucos possuem fragmentos de vegetação nativa primária ou em

estágio avançado de regeneração. Na maioria dos casos, a cobertura vegetal não

abrange toda a APP.

A Tabela 4 mostra a situação das APPs das principais nascentes da Bacia 2, a

Tabela 5 apresenta a situação das APPs dos trechos dos cursos d’água e o Quadro 9

expõe uma análise geral dos principais cursos d’água da bacia e o número estimado de

mudas a serem plantadas para recuperação das áreas degradadas.

Tabela 4 – Situação ambiental das APPs das principais nascentes da Bacia 2

Curso d'água Nascente Situação ambiental da APP Observação

Saltinho do Galinari

G1 Degradada

G2 Degradada

G3 Degradada

G5 Degradada

G6 Degradada

G11 Conservada

G14 Perturbada Em recuperação

G16 Degradada

Ribeirão Lajeado

L13 Degradada

L16 Perturbada

L18 Degradada

L19 Degradada Em recuperação

L20 Perturbada Em recuperação

L21 Degradada

L22 Degradada

L30 Degradada

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Tabela 5 – Situação ambiental das APPs dos principais trechos da Bacia 2

Curso d'água Trecho Situação ambiental da APP

Observação

Margem esquerda Margem direita

Saltinho do Galinari

G2 - G4 Degradada Degradada

G7 - G8 Degradada Degradada

G9 - G10 Perturbada Perturbada Em recuperação

G11 - G12 Degradada Degradada

G13 e jusante Perturbada Perturbada Em recuperação

G14 - G15 Perturbada Perturbada Em recuperação

G16 - G17 Perturbada Perturbada Em recuperação

Ribeirão Lajeado

L7 - L12 Perturbada Perturbada Em recuperação

L13 - L14 e L15

Degradada Degradada

L16 - L17 Perturbada Perturbada

L17 ao Lajeado

Perturbada Perturbada Em recuperação

L18 e jusante Degradada Degradada

L19 e jusante Perturbada Perturbada Em recuperação

L20 e jusante Perturbada Perturbada Em recuperação

L21 - L22 Degradada Degradada

L22 - L23 Degradada Degradada

L24 - L25 Perturbada Perturbada Em recuperação

L25 - L26 Perturbada Perturbada Em recuperação

L26 - L27 Perturbada Perturbada Em recuperação

L27 - L28 e L29

Perturbada Perturbada Em recuperação

L29 - L38 Perturbada Perturbada Em recuperação

L30 - L32 Degradada Degradada Em recuperação

L32 - L34 Perturbada Perturbada Em recuperação

L34 - L35 Degradada Degradada

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Quadro 9 – Situação dos cursos d’água da Bacia 2 e quantidade de mudas a serem plantadas

Bacia Curso d'água

Índice de degradação

das nascentes (%)*

Índice de degradação das APPs

(%)

Índice de conservação

das APPs (%)

Quantidade de mudas a

serem plantadas

(un.)

Margens erodidas

(m)

Leitos assoreados

(m)

Q 7,10

(m³/s)

2

Córrego Saltinho do Galinari

66,67 66,43 33,57 26.847 3.792,48 3.346,09 0,033

Ribeirão Lajeado 75,00 45,49 54,51 22.396 4.012,40 1.524,40 -

Total 71,43 52,33 47,67 49.242 7.804,88 4.870,49 -

*Calculado com base na situação das nascentes que foram visitadas

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Na Bacia 2, assim como foi observado na Bacia 1, as principais atividades

desenvolvidas nas APPs e nas áreas do entorno são as culturas de cana-de-açúcar e a

pecuária bovina, que são as maiores responsáveis pela degradação ambiental dessas

áreas.

Apesar das atividades realizadas pelo CIRL, a partir da análise do quadro acima,

verificou-se que a cobertura vegetal das APPs das nascentes e margens, tanto do ribeirão

Lajeado como do córrego Saltinho do Galinari, principal afluente localizado nesse trecho,

ainda é muito baixa. Alguns reflorestamentos não obtiveram sucesso devido à falta de

proteção, conservação e manutenção das mudas. Nota-se que 75 % das nascentes do

ribeirão Lajeado e aproximadamente 67 % das nascentes do córrego Saltinho do Galinari

estão degradadas.

Em alguns trechos, observaram-se margens totalmente desprovidas de mata ciliar,

com solo exposto. Os principais pontos críticos identificados foram o alto grau de erosão

provocado pelas fortes chuvas devido à falta de cobertura vegetal e o assoreamento dos

cursos d’água. Em alguns locais existem bancos de areia no leito, que interferem no

regime hidrológico natural. Além disso, em vários pontos constatou-se a presença do

gado nas APPs, os quais impedem o desenvolvimento das mudas devido ao herbivorismo

e pisoteio. A presença da mato-competição também é outro fator que interfere

negativamente no crescimento das mudas, já que os capins invasores competem

diretamente com as mudas por nutrientes do solo.

Pelas características apresentadas acima, considerando a menor vazão dos cursos

d’água dessa bacia se comparada às Bacias 1 e 3, a Bacia 2 foi classificada como

segunda em ordem de criticidade, e necessita de atenção especial para que haja

recuperação das áreas degradadas.

8.2.3 Identificação de potenciais fontes de contaminação pontuais na Bacia 2

Para a identificação de potenciais fontes de poluição ou contaminação dos cursos

d’água da Bacia 2, foram consideradas as análises de qualidade da água do Ponto 2 de

coleta de amostras, os pontos críticos levantados durante as visitas de campo e os usos

dos recursos hídricos outorgados pelo DAEE.

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O ponto de coleta de amostras 2 localiza-se no final da Bacia 2, ou seja, a jusante

dos cursos d’água em análise. Como já mencionado, o parâmetro Demanda Bioquímica

de Oxigênio (DBO) apresentou valores elevados, considerando o ribeirão Lajeado como

Classe 2 nesse ponto.

A definição de DBO está relacionada à quantidade de oxigênio necessária para a

decomposição da fração biodegradável de compostos orgânicos presentes na água,

realizada por microrganismos aeróbios durante cinco dias a uma temperatura de 20°C

(VON SPERLING, 1998). Quanto maior a quantidade de matéria orgânica biodegradável,

maior será o consumo de oxigênio e, consequentemente, maior o valor da DBO. Trata-se

de um parâmetro fundamental para o monitoramento e controle da poluição das águas por

matéria orgânica, e constitui ferramenta imprescindível nos estudos de autodepuração

dos cursos d’água. Valores elevados de DBO no curso d’água podem indicar a existência

de lançamentos de cargas orgânicas, principalmente efluentes domésticos (ANA, 2014).

Outras fontes que contribuem para o aumento da DBO são efluentes industriais, por

exemplo, provenientes de indústrias de celulose branqueada, têxtil, laticínios, abatedouros

de animais, curtumes, cervejarias, açúcar e álcool, entre outras (CETESB, 2017).

Nas visitas realizadas em campo não foram identificados pontos de lançamentos

de esgotos domésticos e industriais nos cursos d’água que pertencem à Bacia 2.

Entretanto, como o valor de DBO apresentado nos resultados está acima do padrão,

infere-se que existam pontos de lançamentos clandestinos diretos e fontes de poluição

difusa, que podem ter origem na aplicação de fertilizantes e pesticidas durante as

atividades agrícolas.

O Quadro 10 apresenta os pontos críticos levantados nessa bacia, que podem ser

considerados como potenciais fontes de contaminação dos cursos d’água. Foram

observados erosões, assoreamentos e locais de disposição inadequada de resíduos

sólidos.

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Quadro 10 – Pontos críticos – Potenciais fontes de contaminação dos cursos d’água – Bacia 2

Figura 35 – Erosão e assoreamento - Ponto G1

Curso d’água: córrego Saltinho do Galinari.

Localização:

Ponto G1;

Coordenadas UTM (m) do ponto G1:

599049, 7617136.

Ponto crítico: processo erosivo que está provocando o assoreamento da nascente e diminuindo a vazão da mesma.

Figura 36 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto G14 ao ponto G15

Curso d’água: córrego Saltinho do Galinari.

Localização:

Trecho do ponto G14 ao ponto G15;

Coordenadas UTM (m): 596487,

7619741.

Ponto crítico: processo erosivo acentuado pela falta de vegetação, o que está ocasionando o assoreamento do leito.

Figura 37 – Erosão - Trecho do ponto G16 ao ponto G17

Curso d’água: córrego Saltinho do Galinari.

Localização:

Trecho do ponto G16 ao ponto G17;

Coordenadas UTM (m): 596266,

7619301.

Ponto crítico: erosão próxima à ponte que deslocou a tubulação e está impedindo o fluxo da água no leito do córrego.

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Figura 38 – Erosão - Trecho do ponto G5 ao ponto G6

Curso d’água: córrego Saltinho do Galinari.

Localização:

Trecho do ponto G5 ao ponto G6;

Coordenadas UTM (m) do ponto G6:

598509, 7616572.

Ponto crítico: processos erosivos na área da nascente e consequente assoreamento dessa.

Figura 39 – Voçoroca - Trecho do ponto G7 ao ponto G8

Curso d’água: córrego Saltinho do Galinari.

Localização:

Trecho do ponto G7 ao ponto G8;

Coordenadas UTM (m): 597986,

7616953.

Ponto crítico: voçoroca localizada próxima às margens do curso d’água.

Dimensões da voçoroca: 8 m de comprimento x 5,5 m de largura e 2,5 m de profundidade.

Figura 40 – Resíduos - Trecho do ponto G7 ao ponto G8

Curso d’água: córrego Saltinho do Galinari.

Localização:

Trecho do ponto G7 ao ponto G8;

Coordenadas UTM (m) do ponto G7:

597948, 7616998.

Ponto crítico: disposição inadequada de

resíduos sólidos na APP do córrego.

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Figura 41 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto G7 ao ponto G8

Curso d’água: córrego Saltinho do Galinari.

Localização:

Trecho do ponto G7 ao ponto G8;

Coordenadas UTM (m) do ponto G7:

598113, 7616895.

Ponto crítico: erosão das margens e assoreamento do leito do curso d’água, ao longo de todo o trecho.

Figura 42 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto G9 ao ponto G10

Curso d’água: córrego Saltinho do Galinari.

Localização:

Trecho do ponto G9 ao ponto G10;

Coordenadas UTM (m) do ponto G9:

597648, 7617455.

Ponto crítico: erosão das margens do córrego, causando assoreamento do leito, principalmente onde a vegetação não está presente

Figura 43 – Erosão - Trecho do ponto G11 ao ponto G12

Curso d’água: córrego Saltinho do Galinari.

Localização:

Trecho do ponto G11 ao ponto G12;

Coordenadas UTM (m) do ponto G11:

598224, 7619583.

Ponto crítico: intensificação dos processos erosivos na APP degradada do córrego, devido ao caminhamento do gado.

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Figura 44 – Erosão - Trecho do ponto L7 ao ponto L12

Curso d’água: ribeirão Lajeado.

Localização:

Trecho do ponto L7 ao ponto L12;

Coordenadas UTM (m): 593995,

7617409.

Ponto crítico: erosão das margens do córrego, causando assoreamento do leito, principalmente onde a vegetação não está presente.

Figura 45 – Erosão - Ponto L15

Curso d’água: ribeirão Lajeado.

Localização:

Ponto L15;

Coordenadas UTM (m) do ponto L15:

595578, 7618008.

Ponto crítico: processo erosivo acentuado nas margens do córrego devido ao solo exposto.

Figura 46 – Erosão e assoreamento - Ponto L17

Curso d’água: ribeirão Lajeado.

Localização:

Ponto L17;

Coordenadas UTM (m): 592919,

7618196.

Ponto crítico: erosão das margens do córrego, causando assoreamento do leito, principalmente onde a vegetação não está presente.

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Figura 47 – Erosão e assoreamento - Ponto L18

Curso d’água: ribeirão Lajeado.

Localização:

Ponto L18;

Coordenadas UTM (m) do ponto L18:

592723, 7618420.

Ponto crítico: processo erosivo acentuado nas margens do córrego, causando assoreamento do leito, principalmente onde a vegetação não está presente.

Figura 48 – Erosão - Ponto L23

Curso d’água: ribeirão Lajeado.

Localização:

Ponto L23;

Coordenadas UTM (m) do ponto L23:

593158, 7620527.

Ponto crítico: erosão das margens do córrego.

Figura 49 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto L30 ao ponto L32

Curso d’água: ribeirão Lajeado.

Localização:

Trecho do ponto L30 ao ponto L32;

Coordenadas UTM (m) do ponto L32:

594722, 7623662.

Ponto crítico: processo erosivo que está provocando o assoreamento do leito do corpo d’água.

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Figura 50 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto L29 ao ponto L38

Curso d’água: ribeirão Lajeado.

Localização:

Trecho do ponto L29 ao ponto L38;

Coordenadas UTM (m): 596062,

7623651.

Ponto crítico: processo erosivo é acentuado nas margens do córrego, causando assoreamento do leito ao longo de todo o trecho.

Os usos diretos dos recursos hídricos outorgados localizados na Bacia 2 são

apresentados na Tabela 6.

Tabela 6 – Usos diretos dos recursos hídricos outorgados localizados na Bacia 2

Uso outorgado Localização Coordenadas UTM

(m)

Travessia aérea Entre os pontos G13 e G15 596940, 7619170

Travessia subterrânea Próximo ao ponto L26 594930, 7621730

Fonte: DAEE, 2017

8.3 Bacia 3 – Do ponto de coleta 2 até o ponto de coleta 3, próximo da captação de

água

Os cursos d’água que formam a Bacia 3 são os córregos Papagaio, Grande, da

Baixada e da Invernada, alguns afluentes sem nome e o próprio ribeirão Lajeado.

8.3.1 Diagnóstico das nascentes e trechos da Bacia 3 do ribeirão Lajeado

O Anexo 9 apresenta o diagnóstico dos trechos e nascentes da Bacia 3 por curso

d’água, quanto à situação ambiental da APP, cobertura vegetal, fitofisionomia (bioma),

principais espécies arbóreas identificadas, usos do solo no entorno, usos diretos no corpo

hídrico, aspecto visual da água, medidas de recuperação realizadas anteriormente e cita

medidas de recuperação/conservação propostas para cada nascente ou trecho. Além

disso, há fotografias dos locais e a identificação de pontos críticos como: erosão,

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assoreamento, disposição inadequada de resíduos sólidos, etc. No item 9 desse relatório,

as medidas de recuperação ou conservação são apresentadas com mais detalhes.

8.3.2 Diagnóstico geral da Bacia 3 do ribeirão Lajeado

As margens dos cursos d’água na Bacia 3 apresentam índice de degradação de

aproximadamente 55 %. A vegetação apresenta-se como secundária em estágio inicial,

médio ou avançado de regeneração, e existem alguns fragmentos cuja cobertura vegetal

é primária, ou seja, que não sofreu perturbações antrópicas. As áreas de nascentes

merecem atenção especial, pois muitas ainda estão degradadas (80 %) ou perturbadas, e

o processo de regeneração natural, sem a tomada de medidas de recuperação, é muito

lento.

Na porção inicial desse trecho predominam atividades agropecuárias,

principalmente a criação extensiva de gado. Observou-se que na margem esquerda do

ribeirão Lajeado, onde existem áreas de pastagens, a APP encontra-se completamente

degradada, desprovida de cobertura vegetal. Além disso, verificou-se que em um trecho

de aproximadamente 600 metros a montante da captação de água, o solo está

descoberto, degradado com relação à cobertura vegetal. Por se tratar de uma área úmida,

deve-se realizar o plantio de mudas de espécies nativas higrófilas para que haja a

recuperação total da área.

O processo erosivo é frequente nas margens desprotegidas, onde não há

vegetação, tanto do ribeirão Lajeado como dos afluentes localizados nesse trecho, que

são os córregos Grande, do Papagaio, da Baixada e Invernada. Isso favorece a

ocorrência de assoreamento do leito, fator que interfere no regime hidrológico do curso

d’água.

A Tabela 7 mostra a situação das APPs das principais nascentes da Bacia 3, a

Tabela 8 apresenta a situação das APPs dos principais trechos dos cursos d’água e o

Quadro 11 expõe uma análise geral dos principais cursos d’água da bacia e o número

estimado de mudas a serem plantadas para recuperação das áreas degradadas.

Tabela 7 – Situação ambiental das APPs das principais nascentes da Bacia 3

Curso d'água Nascente Situação ambiental da APP Observação

Córrego da Baixada

B1 Conservada Em recuperação

B4 Degradada

B5 Degradada

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Curso d'água Nascente Situação ambiental da APP Observação

Córrego Invernada I1 Degradada Em recuperação

Córrego do Papagaio

P1 e P2 Degradada

P5 Degradada

P9 Degradada

Córrego Grande

GR1a Degradada

GR1b Perturbada Em recuperação

GR2 Degradada

GR3 Degradada

GR4 Degradada

GR6 e GR7 Degradada Em recuperação

GR8 Degradada Em recuperação

GR9 Degradada Em recuperação

GR10 Degradada

GR11 Perturbada Em recuperação

GR14 Degradada

Ribeirão Lajeado L40 Perturbada Em recuperação

L43 Degradada Em recuperação

Tabela 8 – Situação ambiental das APPs dos principais trechos da Bacia 3

Curso d'água

Trecho

Situação ambiental da APP

Observação Margem esquerda

Margem direita

Córrego da Baixada

B1-B2 Perturbada Perturbada Em recuperação

B2-B3 Perturbada Perturbada Em recuperação

B3-B7 Degradada Degradada

B5-B6 Perturbada Perturbada Em recuperação

Córrego Invernada

I2-I3 Perturbada Perturbada Em recuperação

I3-Confluência Perturbada Perturbada Em recuperação

Córrego do Papagaio

P2-P3 Degradada Degradada

P3-P4 Degradada Degradada

P5-P6 Degradada Degradada

P6-P7 Degradada Degradada

P7-P8 Degradada Degradada

P8-Confluência Perturbada Perturbada Em recuperação

P9-P10 Degradada Degradada

P10-P11 Degradada Degradada

P11-P17 Perturbada Perturbada Em recuperação

P17-Confluência Perturbada Perturbada Em recuperação

Córrego Grande

GR2 - GR5 Degradada Degradada

GR6, GR7 e jusante

Perturbada Perturbada Em recuperação

GR10 e jusante Degradada Degradada

GR11 - GR12 Degradada Degradada

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Curso d'água

Trecho

Situação ambiental da APP

Observação Margem esquerda

Margem direita

GR12 - GR13 Perturbada Perturbada Em recuperação

GR14 - GR15 Degradada Degradada

GR16 até a confluência com

o Papagaio Perturbada Perturbada Em recuperação

confluência com o Papagaio até

GR17 Perturbada Perturbada Em recuperação

GR17 - GR18 Degradada Degradada

GR18, GR19 até confluência

Perturbada Perturbada Em recuperação

Ribeirão Lajeado

L39 - L45 Perturbada Perturbada Em recuperação

L40 - L41 Degradada Conservada Em recuperação

L41 - L42 Degradada Degradada Em recuperação

L43 - L42 Perturbada Perturbada Em recuperação

L42 - L44 Degradada Degradada Em recuperação

L44 - L45 Degradada Perturbada Em recuperação

L45 - L46 Perturbada Perturbada Em recuperação

L46 - L47 Perturbada Perturbada Em recuperação

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Quadro 11 – Situação dos cursos d’água da Bacia 3 e quantidade de mudas a serem plantadas

Bacia Curso d'água

Índice de degradação

das nascentes (%)*

Índice de degradação das APPs

(%)

Índice de conservação

das APPs (%)

Quantidade de mudas a

serem plantadas

(un.)

Margens erodidas

(m)

Leitos assoreados

(m)

Q 7,10

(m³/s)

3

Córrego da Baixada 66,67 74,06 25,94 18.095 632,54 0,00 0,017

Córrego Invernada 100,00 31,57 68,43 6.086 2.552,68 2.552,68 0,011

Córrego do Papagaio 100,00 59,56 40,44 47.818 9.577,63 146,55 0,020

Córrego Grande 81,82 74,09 25,91 86.478 4.789,90 1.627,12 0,053

Ribeirão do Lajeado 50,00 40,78 59,22 47.540 4.866,29 3.252,66 -

Total 80,00 55,98 44,02 206.017 22.419,04 7.579,01 -

*Calculado com base na situação das nascentes que foram visitadas.

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Com base na análise das informações apresentadas no quadro acima, pode-se

tirar importantes conclusões a respeito da Bacia 3. O córrego Grande possui

aproximadamente 82 % das APPs de suas nascentes degradadas, desprovidas de

cobertura vegetal arbórea, onde o solo está coberto por gramíneas, herbáceas e poucas

árvores isoladas. Em alguns trechos das margens desse curso d’água onde foram

realizados reflorestamentos, as mudas estão se desenvolvendo muito bem e constituem

uma vegetação secundária em estágio médio de regeneração. Entretanto, a maior parte

das APPs do córrego Grande (aproximadamente 75 %) está degradada, coberta por

vegetação pioneira, de baixa densidade e diversidade, ou ocupadas por gramíneas,

herbáceas e poucas árvores isoladas. Próximo ao local onde deságua no Lajeado

identificou-se um trecho de aproximadamente 1 km onde a APP do córrego Grande está

ocupada apenas por vegetação pioneira, a qual não possui capacidade de se recuperar

naturalmente. Além disso, constatou-se em campo que alguns reflorestamentos não

obtiveram o sucesso esperado, pois as mudas morreram após serem atingidas pelo fogo.

Verificou-se, também, que em vários pontos visitados os animais tinham acesso às APPs

e foram responsáveis por provocar sulcos erosivos no solo nos locais de passagem do

gado, que utiliza o curso d’água para dessedentação. O córrego Grande possui vazão

excelente e, a fim de manter a qualidade e disponibilidade hídrica, devem-se recuperar

suas nascentes urgentemente. Esse curso d’água foi considerado o mais crítico entre os

afluentes do ribeirão Lajeado, e pela sua excelente vazão e contribuição para a bacia, é o

prioritário para a tomada de medidas de conservação e recuperação.

As nascentes do córrego do Papagaio, assim como o córrego Grande, encontram-

se degradadas, desprovidas de vegetação. Notam-se apenas gramíneas e herbáceas

intercaladas com exemplares arbóreos isolados. Com relação às APPs das 2 ramificações

desse curso d’água, do trecho inicial até as travessias na rodovia Marechal Rondon,

verificou-se que as mesmas estão completamente degradadas e precisam ser

recuperadas. Após a travessia, foram observados alguns trechos cobertos por árvores

isoladas e vegetação nos estágios pioneiro, inicial e médio de regeneração. Próximo ao

local onde esse curso d’água deságua no córrego Grande, o processo erosivo é muito

acentuado e, recentemente, as fortes chuvas provocaram a formação de uma voçoroca

no local, inclusive várias árvores foram arrancadas pela enxurrada. Em outro trecho existe

uma tubulação para lançamento de águas pluviais da rodovia, cuja enxurrada provoca

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forte processo erosivo no local. Além disso, a água que fica acumulada favorece a

proliferação de mosquitos transmissores de doenças. Esse curso d’água também se

encontra em estado muito crítico e necessita de urgente intervenção para recuperação de

suas APPs degradadas.

A maioria das APPs das nascentes do córrego da Baixada está degradada,

desprovidas de cobertura vegetal. Algumas delas estão localizadas dentro de açudes em

um pesqueiro e estas estão degradadas. Há uma nascente conservada, com vegetação

nativa primária e secundária nos estágios médio e avançado de regeneração. Em seu

trecho final, próximo ao local onde deságua no Lajeado, as APPs estão cobertas apenas

por vegetação pioneira, principalmente gramíneas, arbustos e herbáceas.

A nascente do córrego Invernada está degradada, com solo desprovido de

cobertura vegetal ou cobertos por vegetação pioneira, com poucos exemplares arbóreos

isolados. Na APP do curso d’água foram identificados alguns fragmentos descontínuos de

vegetação nativa, que não recobrem os 30 metros da APP. Além disso, identificou-se um

fragmento bem consolidado de vegetação primária com aproximadamente 40 hectares.

Pelas características apresentadas, principalmente o alto índice de áreas

degradadas e a elevada vazão, a Bacia 3 foi considerada a mais crítica, juntamente com a

Bacia 1, entre as 6 bacias utilizadas para realização desse estudo. Dessa maneira, as

ações a serem tomadas para recuperação de áreas degradadas devem priorizá-la. Com

relação aos cursos d’água, foram considerados mais críticos o córrego Grande, do

Papagaio e Invernada, que necessitam de atenção especial.

8.3.3 Identificação de potenciais fontes de contaminação pontuais na Bacia 3

Para a identificação de potenciais fontes de poluição ou contaminação dos cursos

d’água da Bacia 3, foram consideradas as análises de qualidade da água do Ponto 3 de

coleta de amostras, os pontos críticos levantados durante as visitas de campo e os usos

dos recursos hídricos outorgados pelo DAEE.

O ponto de coleta de amostras 3 localiza-se no final da Bacia 3, próximo à

captação de água para abastecimento, a jusante dos cursos d’água em análise. Como já

mencionado, esse ponto apresentou o valor de 0,695 mg/L para surfactantes e de 0,149

mg/L para fósforo total, considerados acima do estabelecido pela legislação,

considerando o ribeirão Lajeado como Classe 2 nesse ponto.

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Os surfactantes estão presentes nos detergentes e são substâncias anfifílicas, ou

seja, suas moléculas possuem propriedade hidrofílica (solúvel em água) e também

lipofílicas (solúvel em lipídios) e, dessa maneira, podem se acumular em interfaces de

dois líquidos imiscíveis (GARDINGO, 2010). As principais fontes que lançam surfactantes

(detergentes) nos corpos d’água são os esgotos domésticos (3 a 6 mg/L), as indústrias de

detergentes (2000 mg/L), além de oficinas mecânicas e indústrias que processam peças

metálicas, que utilizam detergentes especiais com a função de desengraxantes.

Águas e efluentes contaminados com detergentes são de difícil tratamento, pois

esse tipo de contaminante, apesar de comumente ser biodegradável, necessita de tempos

de reação de dezenas de horas para tratamento por oxidação química ou biológica. No

entanto, usualmente as estações de tratamento de esgotos operam com tempos médios

de 2 h (GARDINGO, 2010).

A alta concentração de fósforo nos corpos d’água pode estar relacionada ao

lançamento de esgotos domésticos sem tratamento, uma vez que esse elemento químico

está presente na matéria fecal e nos detergentes em pó. Além disso, o excesso de fósforo

também pode estar relacionado aos efluentes de indústrias de fertilizantes, pesticidas,

químicas em geral, conservas alimentícias, abatedouros, frigoríficos e laticínios (CETESB,

2017).

Como os resultados das análises de água apontaram que as concentrações de

surfactantes e fósforo total estavam acima do ideal, infere-se que haja lançamentos

clandestinos de esgotos domésticos e efluentes industriais nos cursos d’água dessa

bacia. Entretanto, essas fontes de poluição não foram observadas nas visitas de campo.

Os pontos críticos identificados foram erosões, trechos assoreados e lançamentos de

águas pluviais, conforme apresenta o Quadro 12.

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Quadro 12 – Pontos críticos – Potenciais fontes de contaminação dos cursos d’água – Bacia 3

Figura 51 – Erosão - Trecho do ponto GR11 ao ponto GR12

Curso d’água: córrego Grande.

Localização:

Trecho do ponto GR11 ao ponto

GR12;

Coordenadas UTM (m): 601013,

7624077.

Ponto crítico: erosão das margens do córrego.

Figura 52 – Erosão e assoreamento - Ponto GR14

Curso d’água: córrego Grande.

Localização:

Ponto GR14;

Coordenadas UTM (m): 601065,

7621680.

Ponto crítico: erosão das margens do curso d’água e assoreamento do leito.

Figura 53 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto GR14 ao ponto GR15 Curso d’água: córrego Grande.

Localização:

Trecho do ponto GR14 ao ponto

GR15;

Coordenadas UTM (m): 600451,

7622972; 600424, 7623062; 600403,

7623157; 600384, 7623251; 600383,

7623447 e 600297, 7623530.

Ponto crítico: erosão das margens do curso d’água e assoreamento do leito.

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Figura 54 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto GR16 à confluência

Curso d’água: córrego Grande.

Localização:

Trecho do ponto GR16 à

confluência;

Coordenadas UTM (m): 599987,

7623634; 599668, 7623667 e

599414, 7623598.

Ponto crítico: erosão das margens do curso d’água e assoreamento do leito.

Figura 55 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto GR17 ao ponto GR18

Curso d’água: córrego Grande.

Localização:

Trecho do ponto GR17 ao ponto

GR18;

Coordenadas UTM (m) do ponto

GR17: 598495, 7623809.

Ponto crítico: erosão das margens do curso d’água e assoreamento do leito.

Figura 56 – Erosão e assoreamento - Trecho do ponto I2 ao ponto I3

Curso d’água: córrego Invernada.

Localização:

Trecho do ponto I2 ao ponto I3;

Coordenadas UTM (m): 602361,

7626376.

Ponto crítico: erosão da área da nascente, e assoreamento do corpo d’água.

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Figura 57 – Lançamento de águas pluviais - Trecho do ponto L39 ao ponto L45

Curso d’água: ribeirão Lajeado.

Localização:

Trecho do ponto L39 ao ponto L45;

Coordenadas UTM (m) do ponto

L39: 596392, 7624084.

Ponto crítico: lançamento de águas pluviais

da rodovia Marechal Rondon, que é uma

potencial fonte de poluição.

Figura 58 – Erosão - Ponto L42

Curso d’água: ribeirão Lajeado.

Localização:

Ponto L42;

Coordenadas UTM (m) do ponto

L42: 594668, 7625731.

Ponto crítico: erosão das margens do curso d’água e assoreamento do leito.

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Figura 59 – Lançamento de águas pluviais - Ponto P1

Curso d’água: córrego do Papagaio

Localização:

Ponto P1;

Coordenadas UTM (m) do ponto P1:

601847, 7620773.

Ponto crítico: o lançamento de águas pluviais a montante da nascente do córrego está ocasionando intenso processo erosivo na área e assoreamento da nascente.

Figura 60 – Voçoroca - Ponto P17

Curso d’água: córrego do Papagaio

Localização:

Ponto P17;

Coordenadas UTM (m): 598246,

7623550.

Ponto crítico: grau de erosão e assoreamento extremamente elevado. Recentemente, a água da chuva gerou uma grande voçoroca e arrancou árvores. Trata-se de um dos pontos mais críticos, que necessita de intervenção urgente.

Dimensões da voçoroca: 23 m de comprimento x 10 m de largura x 3 m de profundidade.

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Os usos diretos dos recursos hídricos outorgados localizados na Bacia 3 são

apresentados na Tabela 9.

Tabela 9 – Usos diretos dos recursos hídricos outorgados localizados na Bacia 3

Uso outorgado Localização Coordenadas UTM (m)

Barramento Entre os pontos B5 e B6 598650, 7627100

Barramento Entre os pontos B5 e B6 598750, 7627050

Lançamento superficial Entre os pontos B5 e B6 598650, 7627100

Lançamento superficial Entre os pontos B5 e B6 598750, 7627050

Barramento Montante do ponto B5 598900, 7627000

Barramento Montante do ponto B5 599050, 7626950

Barramento Montante do ponto B5 599400, 7626950

Captação superficial Montante do ponto B5 598900, 7627050

Captação superficial Montante do ponto B5 598900, 7627000

Captação superficial Montante do ponto B5 599050, 7626950

Barramento Jusante do ponto B6 598400, 7627150

Barramento Jusante do ponto B6 598450, 7627150

Captação superficial Jusante do ponto B6 598450, 7627150

Lançamento superficial Jusante do ponto B6 598400, 7627150

Barramento Montante do ponto L42 594450, 7626100

Captação superficial Montante do ponto L42 594450, 7626100

Lançamento superficial Jusante do Ponto L42 594500, 7626050

Barramento Jusante do Ponto L47 597800, 7629250

Captação superficial Jusante do Ponto L47 597800, 7629250

Desassoreamento Jusante do Ponto L47 597800, 7629230

Lançamento em rede Próximo ao ponto L40 595040, 7624720

Captação superficial Montante do ponto L46 597910, 7628110

Travessia Montante do ponto L46 596550, 7629000

Fonte: DAEE, 2017

Entre os parâmetros analisados no ponto 3, a concentração de surfactantes

apresentou-se acima do estabelecido na legislação. A origem desse problema podem ser

os lançamentos superficiais outorgados existentes na Bacia 3 ou lançamentos

clandestinos que não foram identificados nas visitas de campo. Assim, conclui-se que há

fontes de contaminação ou poluição pontuais significativas na Bacia 3, porém a exata

localização dessas não foi identificada.

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8.4 Bacia 4 – Do ponto 3 de coleta ao ponto 4 de coleta no Colégio Agrícola

Os cursos d’água que formam a Bacia 4 são os córregos B. Morada, Urutágua,

Maria Chica, do Curtume, Seco, outros dois afluentes do ribeirão Lajeado, conhecidos

como córrego Santa Terezinha e Santa Leonor, além do próprio ribeirão Lajeado.

8.4.1 Diagnóstico das nascentes e trechos da Bacia 4 do ribeirão Lajeado

O Anexo 10 apresenta o diagnóstico dos trechos e nascentes da Bacia 4 por curso

d’água, quanto à situação ambiental da APP, cobertura vegetal, fitofisionomia (bioma),

principais espécies arbóreas identificadas, usos do solo no entorno, usos diretos no corpo

hídrico, aspecto visual da água, medidas de recuperação realizadas anteriormente e cita

medidas de recuperação/conservação propostas para cada nascente ou trecho. Além

disso, há fotografias dos locais e a identificação de pontos críticos como: erosão,

assoreamento, disposição inadequada de resíduos sólidos, etc. No item 9 desse relatório,

as medidas de recuperação ou conservação são apresentadas com mais detalhes.

8.4.2 Diagnóstico geral da Bacia 4 do ribeirão Lajeado

A Bacia 4 foi dividida em 4 sub-bacias, que serão apresentadas a seguir.

8.4.2.1 Sub-bacia 1 - Da Captação de água até a ponte da rodovia vicinal que liga Penápolis ao

município de Avanhandava.

A partir desse trecho o ribeirão Lajeado margeia a área urbana do município de

Penápolis e, por conta disso, sofre as pressões antrópicas da urbanização. As APPs dos

cursos d’água e as áreas do entorno estão ocupadas principalmente por edificações

residenciais e comerciais, e por atividades como a pecuária bovina. Foram identificadas

extensas áreas de pastagens, onde o gado tem acesso às APPs, que não estão

protegidas por cercas.

Verificou-se que, a jusante da captação, as margens do ribeirão Lajeado foram

reflorestadas, as árvores se desenvolveram satisfatoriamente e formaram um dossel bem

consolidado. Após identificação das espécies arbóreas presentes no local, observou-se

que muitos indivíduos pertencem à espécie Albízia (Albizia lebbeck), que é exótica.

Apesar de não ser nativa, essa espécie apresenta características importantes, como a

habilidade de fixar nitrogênio e melhorar a estrutura do solo, principalmente em áreas

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degradadas. De maneira geral, em toda essa sub-bacia as margens do ribeirão Lajeado

apresentam cobertura vegetal, principalmente nos estágios médio e avançado de

regeneração. Uma atividade muito praticada nessa região é a pesca, principalmente nos

trechos mais largos do ribeirão Lajeado, mas não foi observado nenhum caso de pesca

predatória, com utilização de redes e armadilhas.

Outro curso d’água de pequeno porte que nasce na área urbana e pertence a essa

sub-bacia e o córrego Santa Terezinha que deságua no ribeirão Lajeado.

A nascente e o trecho inicial do córrego Santa Terezinha localizam-se em uma área

completamente urbanizada e foram canalizados. As APPs estão cobertas por

arruamentos e estabelecimentos residenciais. Trata-se de um dos cursos d’água em

situação mais crítica, cujas margens sofrem intenso processo erosivo, a água apresenta

coloração escura, provavelmente devido ao despejo de esgotos domésticos sem

tratamento, e foi verificado depósito irregular de resíduos na APP. Antes de desaguar no

ribeirão Lajeado, esse curso d’água atravessa uma área de pastagem, onde o gado tem

acesso à APP totalmente degradada.

8.4.2.2 Sub-bacia 2 – Da ponte da rodovia que liga o município de Penápolis ao município de

Avanhandava até a ponte sobre a estrada que liga o município ao aeroporto.

A principal atividade desenvolvida nesse trecho é a pecuária bovina extensiva, mas

constatou-se que em algumas propriedades são desenvolvidas culturas de agricultura

familiar, principalmente os cultivos de milho e mandioca.

Nas margens do ribeirão Lajeado foram identificadas várias clareiras próximas aos

reflorestamentos.

Há relatos de pescadores que praticam a pesca de cima de uma ponte sobre o

Lajeado, e os peixes mais pescados são bagres, lambaris, piavas, piaus e acarás. No

momento da visita a água apresentava aspecto barrento, provavelmente devido às fortes

chuvas ocorridas nos dias anteriores.

Nessa sub-bacia, os principais afluentes são os córregos B. Morada e Urutágua,

cursos d’água de pequeno porte que deságuam na margem direita do ribeirão Lajeado. A

APP da nascente do córrego B. Morada está se recuperando naturalmente, pois a

vegetação está se desenvolvendo satisfatoriamente. As APPs do córrego Urutágua, tanto

da nascente principal, como dos trechos, estão perturbadas, em processo de