Simpósio Multidisciplinar da USJT · A saúde é essencial para o desenvolvimento e o crescimento....

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XVII Simpósio Multidisciplinar da USJT Desenvolvimento, Saúde e Qualidade de Vida Centro de Pesquisa 2011 UNIVERSIDADE SãO JUDAS TADEU

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  • XVIISimpósio Multidisciplinar da USJT

    Desenvolvimento, Saúde e Qualidade de Vida

    Centro de Pesquisa2011

    UnIVersIdade são JUdas TadeU

  • Simpósio multidisciplinar: “Desenvolvimento, Saúde e Qualidade de Vida” (17. : 2011: São Paulo, SP)

    Anais do XVII Simpósio Multidisciplinar da USJT: Desenvolvimento, saúde e qualidade de vida, São Paulo 16 a 23 de setembro de 2011. São Paulo: USJT; Centro de Pesquisa, 2011.

    ISSN 1679-401X

    1. INICIAÇÃO CIENTÍFICA - Congressos V. Encontro de Pós-Graduação Lato Sensu da USJT, 1. IV Título.

    CDD 001.42

  • Apresentação

  • apresentação

  • Os Simpósios Multidisciplinares da Universidade São Judas Tadeu (USJT) visam a propiciar um espaço para a divulgação da produção científica e cultural desenvolvida pela comunidade universitária, em atividades de ensino, de extensão e de pesquisa. Iniciados em 1995, sob a coordenação do Centro de Pesquisa, órgão da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, os Simpósios Multidisciplinares somam dezessete edições, de forma ininterrupta. Ano após ano, a comunidade universitária foi agregando valor ao evento, aumentando a percepção de seu mérito como lugar de autêntica integração das atividades desenvolvidas na USJT e como ocasião oportuna e estimulante para a exposição e debate de ideias. Durante uma semana, centenas de professores e alunos da graduação, da pós-graduação lato sensu e stricto sensu, dos núcleos de pesquisa, da iniciação científica e das atividades de extensão, envolvem-se em palestras, comunicações, mostras e apresentações.

    Cada edição dos Simpósios apresenta um tema principal para reflexão. O XVII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT teve como tema “Desenvolvimento, Saúde e Qualidade de Vida¨.

    A saúde é um direito humano fundamental, reconhecido como o maior e o melhor recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, assim como uma das mais importantes dimensões da qualidade de vida. Assim, para que uma sociedade conquiste saúde e qualidade de vida para todos os seus membros, são necessárias ações integradas e as chamadas políticas públicas saudáveis, isto é, políticas comprometidas com a qualidade de vida e a saúde da população, o que nos obriga a valorar diversos aspectos do desenvolvimento econômico.

    Os ANAIS DO XVII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT apresentam os resumos dos trabalhos apresentados e entregues para publicação, exceto no caso dos trabalhos inscritos pelos alunos da pós-graduação stricto sensu, que são publicados na íntegra. Todos os trabalhos encontram-se classificados conforme a Tabela de Áreas do Conhecimento do CNPq.

  • Sumário

    XVII Simpósio Multidisciplinar da USJT

  • Sumário

    1

    5

    2

    6

    3

    4

    XVII SImpóSIo multIdIScIplInar da uSJtPalestra de abertura 11

    meSaS-redondaS 12

    comunIcaçõeS oraIS 68

    VII colóquIo pGaur – póS-Graduação em arquItetura e urbanISmo 162

    VII colóquIo “aS marGenS da FIloSoFIa” Mesas-Redondas 180Palestras 188

    meSaS temátIcaS de educação FíSIca Mesa Temática sobre Aspectos Biodinâmicos da Atividade Física 192Mesa Temática sobre Aspectos Psicossociais e Pedagógicos da Atividade Física 218

    II encontro do meStrado em cIêncIaS do enVelhecImento Comunicações Orais 258Projetos 270

  • 7

    8

    9

    10

    11

    12

    XI encontro de póS-Graduação Lato SenSu 284

    XIII moStra de InIcIação cIentíFIca da uSJt Comunicações Orais 288

    V encontro de InIcIação cIentíFIca da uSJt Comunicações Orais 332Paineis 340

    II encontro de eXtenSão Mesas-Redondas 346Comunicações Orais 350

    I Jornada pedaGóGIca 362

    I moStra de trabalhoS de metodoloGIa da peSquISa cIentíFIca da Faculdade de cIêncIaS bIolóGIcaS e da Saúde 370

    índIce 374

  • Anais do XVII SImpóSIo multIdIScIplInar da UsJT

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    paleStra de abertura

    Futebol e Saúde

    Dr. andré pedrinelli professor colaborador do departamento de ortopedia da FmuSp / diretor do centro médico de excelência - FIFa-Iot/atual presidente da Sociedade brasileira de artroscopia e traumatologia do esporte

    A saúde é essencial para o desenvolvimento e o crescimento. Países em desenvolvimento têm de combater a pobreza, a fome e as infecções, mas também doenças que se proliferam de modo crescente. O HIV/AIDS, a malária e a tuberculose matam milhões de pessoas no mundo. Mas o diabetes, a hipertensão, a obesidade e as doenças cardíacas estão se tornando problemas igualmente graves. O futebol — a paixão que une homens e mulheres de todas as idades, línguas, cores, culturas e religiões — pode vir a ser uma ferramenta de grande eficácia e baixo custo na luta mundial pela saúde. Jogar futebol é divertido. Seja em competições ou por puro entretenimento, bater bola é saudável, mantém a forma física e protege de doenças do dia-a-dia. O futebol congrega pessoas de diferentes faixas etárias, gêneros, proveniências sociais e camadas culturais. É cheio de símbolos e também torna o aprendizado uma diversão. O “Futebol pela Saúde” significa jogar futebol, proteger-se de lesões e aprender a cultivar uma vida saudável. O programa “11 pela Saúde” aprimora o conhecimento, a postura e o comportamento das crianças com relação às doenças. Onze mensagens simples sobre a prevenção, todas baseadas em fatos científicos e ligadas a uma ação futebolística específica, são disseminadas em grupos durante onze sessões de noventa minutos. A primeira etapa, chamada “Jogue futebol”, ensina habilidades futebolísticas espe-cíficas. A segunda etapa, chamada “Jogue limpo”, informa sobre a questão específica da saúde e ensina comportamentos saudáveis para que as crianças se protejam.

  • Anais do XVII SImpóSIo multIdIScIplInar da UsJT

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    Mesas-Redondas

    Grande área: cIêncIaS bIolóGIcaS Sub-área: FISIoloGIa

    Influência do exercício nos efeitos da deprivação de estrógenos no coração e vasos 18Efeitos da deprivação de estrógenos e da deprivação de estrógenos associada a

    exercício aeróbio no miocárdio do ventrículo esquerdo de ratas wistar 18

    Efeitos quantitativos da deprivação de estrógenos e deprivação de

    estrógenos associada ao exercício aeróbio no músculo papilar do ventrículo esquerdo de ratas 19

    Influência do exercício físico nos efeitos da privação de estrógenos sobre a matriz extracelular da parede da aorta 19

    Grande área: cIêncIaS da Saúde Sub-área: educação FíSIca

    Saúde cardiovascular global: benefícios da atividade física 20Promoção da atividade física e riscos do sedentarismo para as doenças e agravos não transmissíveis – Dants 20

    Efeitos do exercício na doença arterial coronariana 21

    A inflamação como um marcador metabólico na saúde cardiovascular global 22

    Efeitos do treinamento físico após um acidente vascular encefálico 23

  • Anais do XVII SImpóSIo multIdIScIplInar da UsJT

    1Grande área: cIêncIaS da Saúde Sub-área: FarmácIa

    desafios e oportunidades da proposta 2011 para a disciplina de metodologia da pesquisa

    científica dos cursos de ciências biológicas, farmácia e nutrição da FcbS-uSJt 23Metodologia: o caminho da ciência 24

    Metodologia da pesquisa científica no curso de farmácia – as pesquisas com plantas medicinais 24

    A metodologia da pesquisa científica no contexto universitário:

    desafios e perspectivas na arte de ensinar ciências no mundo contemporâneo 25

    Grande área: cIêncIaS da Saúde Sub-área: FISIoterapIa

    tendinopatias: uma abordagem multiprofissional 26Abordagens fisioterapêuticas no tratamento das tendinopatias 26

    Tratamento farmacológico das tendinopatias 26

    Grande área: cIêncIaS da Saúde Sub-área: GerontoloGIa

    Gerontologia e sua importância na prevenção de quedas 27Fatores que aumentam o risco de quedas em idosos 28

    Os benefícios da dança e o trabalho com ritmos na prevenção de quedas 28

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    Grande área: cIêncIaS da Saúde Sub-área: Saúde coletIVa

    Saúde no brasil: história, avanços e mudanças 28Saúde no Brasil: história, avanços, mudanças e o papel das DCNT 29

    Experiências exitosas no controle de doenças infecciosas no Brasil 30

    Desafios no controle de doenças infecciosas no Brasil 30

    Grande área: cIêncIaS eXataS e da terra Sub-área: matemátIca aplIcada

    o uso dos programas didáticos para apoio ao ensino de ciências básicas 31

    Grande área: cIêncIaS HumanaS Sub-área: ÉtIca

    Ética em pesquisa clínica 32Bioética 32

    O papel do Comitê de Ética na análise de projetos da área temática III 32

    Operacionalização do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Judas Tadeu (Coep-USJT) 33

    Grande área: cIêncIaS HumanaS Sub-área: FIloSoFIa

    homens, animais e máquinas 33O animal e o homem em Descartes e La Mettrie 34

    Midgley e Dawkins 34

    Grande área: cIêncIaS HumanaS Sub-área: FIloSoFIa

    o papel da arte e da história no caráter singular de seus elementos na

    articulação da unidade das formas simbólicas de ernst cassirer 35A forma simbólica da arte 36

    A forma simbólica da ciência 36

    A distinção e configuração da forma simbólica da linguagem:

    seu trabalho fenomênico em dependência relativa com outras formas simbólicas 37

    A forma simbólica do mito 37

    A forma simbólica da religião 38

    A forma simbólica da história 38

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    Grande área: cIêncIaS HumanaS Sub-área: FIloSoFIa

    as cinco precauções metodológicas para a análise

    do poder na genealogia de michel Foucault 39Algemas: a materialização do elemento transitório dos efeitos do poder 40

    Uso das algemas 40

    A excentricidade da algema enquanto mecanismo disciplinar 41

    A circularidade do poder: a algema posta em rede 41

    A algema e a quinta precaução metodológica de Foucault 42

    A capilaridade do poder em seu exercício na sociedade 42

    Grande área: cIêncIaS HumanaS Sub-área: metodoloGIa do trabalho cIentíFIco

    produção científica na universidade particular: projetos, execução e comunicação de pesquisas 43

    Grande área: cIêncIaS HumanaS Sub-área: pSIcoloGIa

    as diversas faces do envelhecimento e a promoção da saúde 44Família, saúde e envelhecimento 44

    Promoção de saúde física do idoso: educar para viver 45

    Dos 50 aos 80: o bem-estar subjetivo e a qualidade de vida 45

    Grande área: cIêncIaS SocIaIS aplIcadaS Sub-área: comunIcação

    desafios na comunicação: que qualidade buscamos? 46Saúde e qualidade do ouvir 46

    Sensibilidade e responsabilidade: a arte do jornalismo 48

    A idealização da beleza e seus resultados não tão ideais 49

    Absurdo 49

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    Grande área: cIêncIaS SocIaIS aplIcadaS Sub-área: admInIStração

    “o poder das novas tecnologias na dinâmica das relações internacionais” 50

    Grande área: cIêncIaS SocIaIS aplIcadaS Sub-área: dIreIto

    abordagens sobre o método dialético 50Método dialético para um projeto de desenvolvimento 51

    Movimento dialético da matéria 51

    A transcendência como meio de superação da realidade no movimento dialético 52

    A dialética e a produção de novas realidades 52

    Sartre e a crítica da razão dialética 53

    Grande área: cIêncIaS SocIaIS aplIcadaS Sub-área: dIreIto ambIental

    água e segurança humana no século XXI 53Incentivos econômicos e meio ambiente: como estimular o uso racional dos recursos naturais? 53

    Grande área: enGenHarIaS Sub-área: enGenharIa bIomÉdIca

    Saúde e qualidade de vida: recentes contribuições do

    núcleo de pesquisa em bioengenharia (npb) da uSJt 54A engenharia aplicando novas tecnologias para auxiliar o desenvolvimento da medicina 55

    Contribuição da simulação computacional e física do sistema cardiovascular no

    desenvolvimento de equipamentos médicos em cardiologia 56

    Estudo sobre o atuador de uma bomba centrífuga implantável para um Dispositivo de Assistência Ventricular (DAV) 56

    Importância de experimentos in vitro e in vivo na avaliação de produtos médicos 57

    Modelagem e simulação de um motor brushless sem sensores 57

  • Anais do XVII SImpóSIo multIdIScIplInar da UsJT

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    Grande área: enGenHarIaS Sub-área: GerêncIa de produção

    Fiesp/uSJt – produção mais limpa e Sustentabilidade 58

    Grande área: lInGuíStIca, letraS e arteS Sub-área: arteS

    o modernismo e as transformações da sociedade e das instituições artísticas 59A revolta da vacina: um passaporte para a Ilha das Cobras 59

    Vila Mariana, palco da vanguarda modernista 60

    A importância das irmãs Jenny e Mina Klabin na implantação do modernismo paulista 62

    O espírito da avant garde francesa na imprensa e seus reflexos no modernismo paulista 63

    Os salões e a arte moderna 64

    Grande área: multIdIScIplInar Sub-área: qualIdade de VIda

    estilo de vida e deficiência 65Audiodescrição: recurso de acessibilidade comunicacional e a inclusão cultural de pessoas com deficiência visual 66

    A influência do lazer no estilo de vida de pessoas com deficiência e suas famílias 66

    O dia-a-dia de uma pessoa com deficiência visual 67

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    Grande área: cIêncIaS bIolóGIcaS sub-área: Fisiologia

    InFluêncIa do eXercícIo noS eFeItoS da deprIVaÇÃo de eStróGenoS no coraÇÃo e VaSoS

    Responsável(is): Souza, romeu rodrigues de

    Os estrógenos são cardioprotetores em mulheres. Sua diminuição na menopausa coincide com o aumento das doenças cardiovas-culares. A terapia utilizada é a reposição hormonal, mas seus efeitos colaterais não são isentos de riscos. A aplicação do exercício como alternativa nesse período tem mostrado efeitos benéficos para vários tecidos. Pouco se sabe, porém, sobre os efeitos da atividade física, no período de menopausa, sobre o miocárdio. Na presente mesa-redonda, pretendemos apresentar os efeitos da deprivação de estrógenos sobre tecidos do coração e da artéria aorta e verificar a influência da realização de exercícios físicos aeró-bios sobre esses efeitos. Utilizando ratas Wistar como modelo experimental, serão avaliados os efeitos da ooforectomia no miocárdio do ventrículo esquerdo, no miocárdio do músculo papilar e na parede da artéria aorta ascendente. Serão utilizados para avaliar os resultados, métodos morfométricos e estereológicos de quantificação. Os dados serão submetidos a testes estatísticos para verificar a significância dos resultados.

    eFeItoS da deprIVaÇÃo de eStróGenoS e da deprIVaÇÃo de eStróGenoS aSSocIada a eXercícIo aeróbIo no mIocárdIo do Ventrículo eSQuerdo de rataS WIStar

    Autor(a): GóeS, rebeca Sampaio; VaSSoler, amandaInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)Classificação: pós-Graduação Stricto Sensu

    Os estrógenos são cardioprotetores em mulheres. Sua diminuição na menopausa coincide com um aumento das doenças cardiovasculares. A terapia utilizada é a reposição hormonal, mas seus efeitos colaterais não são isentos de riscos. A aplicação do exercício como alternativa nesse período tem mostrado efeitos benéficos para vários tecidos. Pouco se sabe, porém, sobre os efeitos da atividade física, no período de menopausa sobre o miocárdio. O presente estudo experimental tem por intuito avaliar os efeitos da deprivação de hormônios estrogênicos sobre o miocárdio do ventrículo esquerdo (VE) de ratas Wistar e a influência da realização de atividade física sobre estes efeitos. Foram avaliados: 1) Volume do ventrículo esquerdo; 2) Número total de núcleos de cardiomiócitos; 3) Densidade de volume dos vasos capilares; e 4) Densidade de volume do colágeno intersticial do miocárdio. Foram utilizadas 15 ratas da linhagem Wistar, com 6 meses de idade, distribuídas em três grupos com 5 ratas cada: Grupo Controle (GC), composto de ratas com 6 meses de idade sem ooforectomia e sem atividade física; Grupo Sedentário (GS), composto de ratas com 6 meses de idade com ooforectomia bilateral sem atividade física; Grupo Atleta (GA), composto de ratas com 6 meses de idade com ooforectomia bilateral e submetidas a atividade física durante três meses. Todos os animais foram eutanasiados com 9 meses de idade. Foram realizadas citologias vaginais, nos animais dos grupos GS e GA, para comprovar a falta de estrógenos. Os animais do grupo GA foram submetidos a exercício físico aeróbio regular 5 vezes por semana por um período de 12 semanas. Os animais dos grupos GC e GS foram submetidos à atividade física apenas uma vez por semana durante 10 minutos. Os ovários dos animais dos grupos GS e GA foram retirados cirurgicamente. O ventrículo esquerdo de cada animal foi retirado, após anestesia e, depois de pesado, submetido às técnicas de microscopia de luz. Com a informação do peso, obteve-se o volume do VE pela fórmula: V[ve] = P[ve]/P(específico). Da parede livre do ventrículo foram retirados fragmentos que utilizados para fazer cortes histológicos e corados pela Hematoxilina-Eosina e pelo Picrossirius. Utilizando técnicas morfométricas e estereológicas foram determinados: 1) O número total de núcleos de cardiomiócitos, 2) A densidade de volume dos capilares do miocárdio, e 3) A densidade de volume do colágeno do miocárdio. Os resultados mostraram que: 1) Em ambos os grupos, GS e GA, houve aumento do peso dos animais; 2) O volume do VE diminuiu 16% no GS e 7,7% no GA; 3) Não houve alteração significante nem no número total de núcleos de cardiomócitos, nem na densidade do colágeno intersticial; e 4) A densidade de volume dos capilares do miocárdio diminuiu em 40% no GS e em 54% no GA.Palavras-chave: Miocárdio, privação de estrógenos, exercicío aeróbio, NOTOYA

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    eFeItoS QuantItatIVoS da deprIVaÇÃo de eStróGenoS e deprIVaÇÃo de eStróGenoS aSSocIada ao eXercícIo aeróbIo

    no múSculo papIlar do Ventrículo eSQuerdo de rataS

    Autor(a): notoYa, amanda hitomi; VIeIra, Fabiana donato Instituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)Classificação: pós-Graduação Stricto Sensu

    A literatura mostra que os hormônios femininos, particularmente os estrógenos, parecem influir nas respostas moleculares e fisio-lógicas do miocárdio, sendo um importante regulador da fisiologia do coração. Por outro lado, numerosos trabalhos mostram que o exercício físico proporciona benefícios para o sistema cardiovascular, tais como melhora do condicionamento cardiovascular, re-sistência e flexibilidade. O objetivo deste trabalho é investigar os efeitos da deficiência de estrógenos e da deficiência de estrógenos associada à realização de exercício aeróbio no músculo papilar do ventrículo esquerdo de ratas Wistar. Foram utilizadas 15 ratas Wistar de 6 meses de idade, divididas em 3 grupos com 5 ratas cada grupo: 1) Grupo controle (GC), com ratas não submetidas à ooforectomia nem a exercício; 2) Grupo submetido à ooforectomia e sedentário (GSO); e 3) Grupo submetido à ooforectomia e a exercício aeróbio (GOEX) durante 3 meses. Todos os animais foram eutanasiados aos 9 meses. Após a eutanásia, os corações foram retirados da cavidade torácica e o músculo papilar anterior do ventrículo esquerdo foi separado e preparado para passar por cortes ultrafinos. Os cortes foram examinados e fotografados em microscópio eletrônico (Jeol, USP) e submetidos às análises morfométrica e estereológica. Os dados foram submetidos a estatística através do ANOVA e do teste de Tukey (significância: p < 0,05). As ratas do GSO ganharam 19% de peso após a ooforectomia, em relação às do GC. A ooforectomia aumentou a densidade numérica de mió-citos, sem hipertrofiá-los, talvez por redução do espaço intersticial. A ooforectomia associada ao exercício aeróbio não aumentou a densidade numérica dos miócitos, mas promoveu sua hipertrofia com redução significante do espaço intersticial. CONCLUSÃO: Tanto a ooforectomia isolada como a ooforectomia associada ao exercício aeróbio têm efeitos sobre o miocárdio.Palavras-chave: Músculo papilar, ooforectomia, exercício aeróbio

    InFluêncIa do eXercícIo FíSIco noS eFeItoS da prIVaÇÃo de eStróGenoS Sobre a matrIZ eXtracelular da parede da aorta

    Autor(a): cobre, paula; marIottI, Valquiria barbozaInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)Classificação: pós-Graduação Stricto Sensu

    A deprivação de estrogênios tem sido descrita como uma das causas da redução da complacência arterial em mulheres. Por outro lado, exercícios físicos aeróbios são amplamente indicados para o tratamento de diversas desordens do sistema cardiovascular e para redução do enrijecimento de artérias centrais em mulheres na fase pós-menopausa. Este estudo investigou os efeitos morfoquan-titativos da privação de estrogênios sobre a matriz extracelular da túnica média da aorta de ratas Wistar e a influência da realização de exercícios aeróbios sobre estes efeitos. Foram utilizadas 20 fêmeas com 6 meses de idade. Os animais foram distribuídos em 4 grupos de 5 animais cada: GIS (grupo intacto sedentário); GIT (grupo intacto treinado); GOS (grupo ovariectomizado sedentário); e GOT (grupo ovariectomizado treinado). O exercício físico constituiu-se de uma hora diária de corrida em esteira ergométrica a 60% da velocidade máxima, durante 12 semanas consecutivas. A preparação do material foi feita com técnicas convencionais de histologia. As colorações utilizadas foram Hematoxilina de Verhoeff, Resorcina de Weigert, Resorcina de Weigert com prévia oxidação e Picros-sirius, para a quantificação da densidade de volume das lamelas elásticas, das fibras elaunínicas, das fibras oxitalânicas e do tecido colágeno, respectivamente. A túnica média da aorta foi estudada por meio de métodos estereológicos em microscopia de luz. A aná-lise morfoquantitativa revelou que o grupo GIT apresentou densidade de volume significativamente maior das lamelas elásticas, das fibras oxitalânicas e do colágeno. O grupo GOT apresentou densidade de volume significativamente menor do tecido colágeno. Com os resultados e as análises deste estudo, pode-se supor que o exercício físico aeróbio, mesmo se iniciado na fase adulta do animal, pode ser um recurso para evitar a perda da elasticidade da aorta ascendente de ratas Wistar em situações de carência de estrogênios.Palavras-chave: Aorta, matriz extracelular, estrogênios, exercício físico aeróbio, estereologia

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    Grande área: cIêncIaS da Saúdesub-área: educação Física

    Saúde cardIoVaScular Global: beneFícIoS da atIVIdade FíSIca

    Responsável(is): olIVeIra, luis carlos de

    Dados da OMS apontam o fato de que o sedentarismo é atualmente a 4ª causa de mortalidade em todo o mundo, sendo responsável por mais de três (3) milhões de mortes no mundo todo. Os efeitos da adoção de uma estilo de vida mais ativo têm sido bem descritos na literatura científica. No entanto, nas duas últimas décadas temos deparado com uma circunstância sociocultural que tem levado à diminuição do nível de atividade física por parte das pessoas em geral, o que, de acordo com os mais recentes estudos epidemiológi-cos, está associado às principais causas de morte, as doenças cardiovasculares e o câncer, assim como a outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dados de adultos do estado de São Paulo coletados recentemente pelo Programa Agita São Paulo da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e pelo Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Cela-fiscs) evidenciaram que o envolvimento com a prática regular de AF moderada e vigorosa diminui de forma significativa com o passar da idade e que o sedentarismo aumenta significativamente com o aumento da idade cronológica. A prática regular da atividade física (AF) tem sido associada positivamente com a manutenção e a recuperação da saúde, assim como com o tratamento e a reabilitação de pessoas sofrendo das principais doenças crônicas não transmissíveis. A recomendação de AF para a saúde tem sido publicada, assinada e apoiada pelas grandes associações médicas e de saúde ao redor do mundo, incluindo a recomendação de AF para a saúde da população em todas as idades. Os efeitos benéficos da prática regular da atividade física na recomendação preconizada por essas instituições internacionais de pelo menos 30 minutos diários, pelo menos 5 dias da semana (de preferência todos os dias), têm sido amplamente estudados nas últimas duas décadas, e demonstrado ser um caminho eficaz na promoção da saúde.

    promoÇÃo da atIVIdade FíSIca e rIScoS do SedentarISmo para aS doenÇaS e aGraVoS nÃo tranSmISSíVeIS – dantS

    Autor(a): olIVeIra, luis carlos deInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    O mundo vem passando continuamente por uma série de transformações das mais diversas ordens e aspectos. Entre as várias mudanças ocorridas no último século, destacamos o modo de vida dos indivíduos nas sociedades contemporâneas, que é um dos aspectos que mais sofreram transformações ao longo do tempo. Estas transformações de ordem geral de alguma forma têm influen-ciando direta ou indiretamente alterações significativas no modo de vida das pessoas, não apenas no âmbito biológico, como também no psicológico e no social. Dentre os vários aspectos que no último século sofreram grandes transformações, destacamos a mecani-zação da indústria, a revolução tecnológica e a informatização dos serviços, que resultaram nas diversas facilidades da chamada vida moderna, que, por sua vez, refletiram diretamente na maneira de viver das pessoas, fazendo de certo modo com que estas modificas-sem consideravelmente todo o seu comportamento, particularmente no que tange à execução das tarefas do cotidiano que envolvam movimentos corporais naturais ou construídos. Vários estudos desde a década de 1950, entre os quais podemos citar o clássico artigo de Morris e colaboradores (1953), que demonstraram uma nítida associação entre a prevalência de doenças cardiovasculares e atividade ocupacional. Uma série de pesquisas na área da saúde tem procurado evidenciar alguma relação entre nível de atividade física ou nível de aptidão física com a prevalência de algumas doenças e outros indicadores de saúde. A literatura internacional reúne milhares de estudos que buscam evidenciar cada vez mais esta associação. Estes estudos têm por objetivo demonstrar por meio de evidências científicas o quanto um baixo nível de atividade física pode aumentar os riscos do desenvolvimento das doenças e agravos não transmissíveis (Dants), de maneira que podemos afirmar com mais segurança que são graves os riscos para a saúde que um es-tilo de vida sedentária pode ocasionar, ou o quanto o sedentarismo é tão ou mais prevalente na sociedade moderna do que as típicas Dants. Dados epidemiológicos levantados por Haskel e colaboradores (1994) sobre a influência de diferentes fatores, considerando fatores de risco de saúde ligados à assistência à saúde, aspectos biológicos, o meio ambiente e o estilo de vida, este último apontado como o responsável por 54% dos infartos, 50% dos acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e até 34% dos cânceres. Estes dados evidenciam a grande importância do estilo de vida adotado pelo indivíduo. Se considerarmos os dados referentes à prevalência do

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    sedentarismo e os relacionarmos com a influência do estilo de vida nos fatores de risco de morte, somos levados a refletir sobre a hipótese de que o aumento do nível de atividade física seria potencialmente um aspecto importante no sentido de modificar os riscos de saúde e diminuir a probabilidade do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Estudos realizados por importantes centros de pesquisa por todo o mundo têm demonstrado por diversas modalidades de cruzamento de dados algumas relações sobre a prevalência das Dants tanto com a aptidão física como simplesmente com o nível de atividade física das pessoas. Dados apresen-tados por Blair e colaboradores (1996) demonstram que o baixo nível de aptidão física mostrou-se um fator de influência mais forte no que se refere aos índices de mortalidade do que indivíduos apresentavam dois ou três fatores de risco mais tradicionais de saúde (tabagismo, hipertensão e hipercolesterolemia), porém, possuíam um médio ou mesmo um alto nível de aptidão cardiovascular. Os dados confirmam a importância de promover-se na população um estilo de vida mais ativo como um instrumento valioso na melhora dos padrões de saúde. Por outro lado, em termos de saúde pública, outro dado promissor é que trabalhos recentes demonstram que o impacto mais benéfico do exercício acontece quando é realizado em intensidade leve ou moderado. Essas afirmações trazem ainda um grande alento para aqueles que apresentam um estilo de vida sedentário, pois a mudança de hábitos mostrou ser fundamental para a melhora dos índices do risco de morte e por consequência de uma melhor qualidade de vida. Neste sentido a Organização Mundial de Saúde (OMS) e os vários outros órgãos locais em diversos países nos cinco continentes têm desenvolvido programas de promoção da atividade física com o objetivo de aumentar o conhecimento da população sobre a relação atividade física e saúde, bem como também aumentar o nível de atividade física das pessoas. Estes programas visam a melhora da saúde, e em última instância a melhora da qualidade de vida. A mensagem central destes programas está baseada nas evidências científicas mais atuais, enfatiza que todo ser humano deveria realizar pelo menos 30 minutos de atividade física por dia, na maior parte dos dias da semana, se pos-sível, em todos, de intensidade moderada, que podem ser feitos de uma só vez, ou de forma acumulada em sessões de 15 ou até 10 minutos. O sedentarismo tem afetado a maioria da população. A promoção de atividade física deve, entretanto, incluir política, estra-tégias e mensuração que se aplica a grandes populações. Os programas de promoção da atividade física objetivam integrar a prática dessas atividades físicas na vida diária das pessoas, promovendo-a na sociedade para grupos populacionais de todas as idades e níveis socioeconômicos, tanto para homens como para mulheres e em todos os locais, e oferecendo a oportunidade de as pessoas realizarem algumas atividades físicas, seja em casa, na escola, nos serviços de saúde, no local de trabalho ou em qualquer outro local da comunidade. Estes programas ainda preocupam-se em proporcionar ambientes favoráveis que encorajem as pessoas a ser responsáveis por sua própria saúde, pois os ambientes devem ser seguros e acessíveis, com a implementação de políticas públicas para facilitar a aderência das pessoas a um estilo de vida mais ativo e saudável. Na América do Sul, mais especificamente, no Brasil, existe um programa reconhecido e recomendado pela OMS como modelo na promoção da atividade física para a população denomi-nado Programa Agita São Paulo, que, por consequência dos êxitos alcançados, teve repercussão e reconhecimento internacional em 2002, quando seu modelo serviu de referência para um evento internacional da OMS, o Dia Mundial da Saúde, em que se promoveu o Agita Mundo. Portanto, sendo hoje a questão da promoção da atividade física encarada não apenas como importante, mas também como necessária, até sobre um enfoque epidemiológico e de saúde pública, os diferentes setores da sociedade começam a descobrir na prática sistematizada da atividade física e/ou dos exercícios mais um meio para atingir objetivos na aquisição, manutenção ou me-lhora da saúde e qualidade de vida de todas as pessoas. Em função dos benefícios à saúde, e dos dividendos econômicos e sociais da atividade física, bem como dos custos elevados do sedentarismo, passamos hoje por um momento de ação, para integrar promoção de atividade física dentro das reformas e ações para a implementação de políticas públicas de saúde, que envolvam a promoção da atividade física, reunindo esforços e estratégias de desenvolvimento social e político em todo o mundo. Com vistas a uma sociedade globalizada efetivamente mais sustentável, saudável e feliz. Palavras-chave: Promoção da atividade física, epidemiologia do sedentarismo, doenças crônicas

    eFeItoS do eXercícIo na doenÇa arterIal coronarIana

    Autor(a): rodrIGueS, brunoInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    As doenças cardiovasculares (DCV) representam importante problema de saúde pública em todo o mundo, visto que constituem a principal causa de mortalidade, uma das mais importantes causas de morbidade e demandam altos custos em assistência médica. Os estudos epidemiológicos permitiram identificar os fatores de risco (FR) associados às doenças cardiovasculares, mais especificamente à doença arterial coronariana (DAC). Foi com base neste conhecimento que se passou a utilizá-los com enfoque epidemiológico, tendo como meta a prevenção da DAC. Os principais FR para a DAC são sexo, idade, antecedentes familiares, hipertensão arterial sistêmica (HAS), hipercolesterolemia, hiperglicemia, tabagismo, obesidade, sedentarismo e nível socioeconômico. A DAC é um distúrbio no qual depósitos de gordura acumulam-se nas células que revestem a parede de uma artéria coronária e, consequentemente, obstruem

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    o fluxo sanguíneo. Os depósitos de gordura (denominados ateromas ou placas) formam-se gradualmente e desenvolvem-se nos grandes ramos das duas artérias coronárias principais, as quais circundam o coração e lhe proveem sangue. Esse processo gradual é conhecido como aterosclerose. Os ateromas produzem proeminências no interior da luz das artérias, estreitando-as. À medida que os ateromas crescem, alguns se rompem e fragmentos livres caem na corrente sanguínea ou pode ocorrer a formação de pequenos coágulos sanguíneos sobre sua superfície. Para que o coração se contraia e bombeie o sangue normalmente, o músculo cardíaco (miocárdio) necessita de um fornecimento contínuo, por meio das artérias coronárias, de sangue enriquecido de oxigênio. No entanto, à medida que a obstrução de uma artéria coronária se agrava, pode ocorrer uma isquemia (irrigação sanguínea inadequada) do miocárdio, com consequente lesão cardíaca. A causa mais comum de isquemia do miocárdio é a doença arterial coronariana, cujas principais complicações são a angina e o infarto do miocárdio. Os benefícios cardiovasculares, metabólicos e autonômicos após o exercício físico agudo e crônico têm levado muitos investigadores a sugerir o treinamento físico como uma conduta não farmacológica importante no tratamento de diferentes cardiopatias. De fato, o treinamento físico parece interferir tanto no tratamento da DAC propriamente dita, quanto nos fatores de risco associados. Dentre os benefícios estabelecidos pelo treinamento físico, podemos destacar: aumento da capacidade funcional e consumo máximo de oxigênio, aumento da perfusão miocárdica e formação de vasos colaterais, melhora da função sistólica e diastólica, melhora da função autonômica, melhora funcional e morfológica nos músculos esqueléticos, equilíbrio neuro-humoral etc. Diante do exposto, o objetivo da presente mesa-redonda será discutir o papel do treinamento físico na DAC em cada um de seus aspectos fisiopatológicos, bem como posicionar os ouvintes acerca da prescrição adequada para estes pacientes.

    a InFlamaÇÃo como um marcador metabólIco na Saúde cardIoVaScular Global

    Autor(a): caperuto, ÉricoInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    A inflamação é um processo de resposta a agressão comum a diversos processos orgânicos. Desde patologias crônicas, passando por lesões menores e até mesmo pelo exercício físico. Sem esforço, conseguimos classificar a inflamação como um processo de recuperação tecidual que envolve o sistema imunológico e, portanto, se torna complexo, uma vez que esse sistema medeia os proces-sos metabólicos de diversos tecidos e sistemas, como o nervoso e o muscular. A inflamação funciona como um processo biológico crítico, contribuindo para quase todos os aspectos de doenças cardiovasculares, incluindo a insuficiência cardíaca. A insuficiência cardíaca representa a consequência final de uma série de lesões iniciais do miocárdio, entre elas, o infarto do miocárdio, sendo esse o mais comum. Depois de um infarto, a falta de perfusão para esse tecido geralmente leva à morte de cardiomiócitos. As células necro-sadas iniciam uma cascata de vias metabólicas inflamatórias que atuam na limpeza das células mortas e de restos de matriz celular, bem como na reparação do tecido. Para o coração, que é um órgão com capacidade de recuperação limitada, a consequência do infarto (o remodelamento) compreende uma série de mudanças funcionais e estruturais, que incluem a formação de tecido cicatricial na zona do infarto, hipertrofia reativa dos cardiomiócitos remanescentes, dilatação das câmaras cardíacas e mudanças moleculares genéticas. Todos esses processos estão ligados as vias inflamatórias. Uma resposta inflamatória excessiva ou inadequada pode levar a uma recuperação celular insuficiente, dano tecidual e disfunção no órgão. Intrinsecamente relacionado com a intensidade do exercício físico, com a recuperação e o desempenho subsequente, está o quadro inflamatório gerado durante o exercício. O equilíbrio entre o quadro pró- inflamatório e anti-inflamatório é marcado pelo padrão de citocinas apresentado. As citocinas são peptídeos si-nalizadores do sistema imunológico que podem ser detectados no plasma durante e depois de exercícios extenuantes. Dessa forma, o aumento nas citocinas TNF (tumor necrosis factor – fator de necrose tumoral) e de interleucina 1b é acompanhado por um aumento significativo nos níveis de interleucina 6. Esse aumento é seguido por um aumento nos inibidores de citocinas (receptor antagonista de IL1 – IL1-ra), receptores de TNF e a citocina anti-inflamatória IL-10. Da mesma forma, concentrações de quimoquinas, IL-8, a proteína inflamatória do macrófago (MIP) 1 e 2 estão elevadas após uma maratona. Em relação ao exercício, a citocina que mais é produzida é a IL6. Essa interação entre o músculo esquelético, o cardíaco e o sistema imunológico, vigente no quadro de inflamação comum no infarto do miocárdio, ou no processo de desenvolvimento das doenças cardiovasculares deve ser entendido para uma melhor abordagem da saúde cardiovascular global.

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    eFeItoS do treInamento FíSIco apóS um acIdente VaScular enceFálIco

    Autor(a): FrancIca, Juliana ValenteInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    O acidente vascular encefálico (AVE) apresenta uma alta taxa de incidência no Brasil e no mundo. É uma síndrome de desenvolvi-mento rápido, com sinais clínicos de distúrbio da função encefálica com sintomas persistentes sem nenhuma causa aparente senão de origem vascular. As causas estão relacionadas à restrição de aporte sanguíneo (caracterizando AVE isquêmico) ou hemorragia no tecido encefálico (caracterizando AVE hemorrágico), levando a danos celulares e déficits neurológicos. As manifestações clínicas são numerosas: físicas (plegias ou paresias, espasticidade, rigidez, alteração do equilíbrio e coordenação, tremores, déficit na habilidade motora grossa e fina, alterações sensoriais, entre outras), psicoafetivas (quadros depressivos, ansiedade, agressividade) e cognitivas (problemas de memória, atenção e concentração, alterações de linguagem e de funções executivas, dificuldade no planejamento de ações e déficit perceptual). A redução da capacidade funcional após um AVE ocorre por consequência da morte neuronal e a falta ou a alteração da comunicação do sistema nervoso central com os órgãos efetores. Algumas das limitações imediatas produzidas são a incapacidade de realizar marcha e o déficit no controle postural. Ambas podem ser gravemente incapacitantes, interferindo de forma drástica na execução de atividades da vida diária e, portanto, na independência funcional e socialização do paciente. A relação entre espasticidade e fraqueza muscular tem sido relatada como fator de base nos déficits do desempenho funcional em pacientes após AVE. A fraqueza muscular tem sido reconhecida como fator limitante destes pacientes e é refletida pela incapacidade de gerar força muscular em níveis normais. O desuso parece ser o principal mecanismo responsável pela atrofia muscular em pacientes hemiplégicos e, consequentemente, pelas limitações associadas a tal alteração. O descondicionamento aeróbio é um fator comum em indivíduos que sofreram AVE, ocorrendo no músculo parético mudanças fisiológicas referentes ao metabolismo, caracterizadas pela diminuição do fluxo sanguíneo, aumento na produção de lactato, utilização do glicogênio muscular e diminuição da capacidade de oxidação dos ácidos graxos. Na perspectiva de acrescentar alternativas terapêuticas no tratamento e prevenção contra a AVE, alguns estudos têm demonstrado o efeito protetor da atividade física. O aumento da capacidade aeróbia permite que esses indivíduos realizem as atividades de vida diária de forma mais eficiente, com melhora da qualidade de vida e das habilidades funcionais. O trei-namento aeróbio promove os seguintes efeitos favoráveis nos pacientes após AVE: redução da pressão arterial, diminuição dos níveis de colesterol total e triglicérides, melhora da aptidão cardiovascular e redução do estresse, além de melhorar a função endotelial e a variabilidade da frequência cardíaca.

    Grande área: cIêncIaS da Saúdesub-área: Farmácia

    deSaFIoS e oportunIdadeS da propoSta 2011 para a dIScIplIna de metodoloGIa da peSQuISa cIentíFIca doS curSoS de cIêncIaS bIolóGIcaS, FarmácIa e nutrIÇÃo da FcbS-uSJt

    Responsável(is): leonI, luís antônio baffileClassificação: Graduação

    A modernidade tem-se caracterizado por um formidável desenvolvimento científico e tecnológico que tornou tanto a ciência quanto a tecnologia comuns à vida cotidiana, representando inúmeras facilitações e benefícios para a vida diária da humanida-de. Acompanhando este cenário, por outro lado, vem ocorrendo uma degradação acelerada da natureza, juntamente com um aumento progressivo da miséria e pobreza de grande parte da população humana. Estas contradições têm exigido da humani-dade a reconstrução de valores para embasar conceitos norteadores de estratégias para orientar os caminhos de sua praxe. O desafio é encontrar o “caminho do meio” ou “espaço intermédio” para a formação do conhecimento capaz de conciliar as necessidades das populações humanas (hoje e sempre) com a conservação das condições do planeta (até mesmo para isto). A Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade São Judas Tadeu tem procurado constantemente adequar o

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    currículo de seus cursos para oferecer uma formação profissional competente e preparada para o enfrentamento destes de-safios emergentes. Neste sentido, destaca-se a disciplina Metodologia da Pesquisa Científica, recém-incorporada ao currículo do curso de Farmácia e reformulada para os cursos de Ciências Biológicas e Nutrição. Sem perder de vista a importância das bases teóricas e do conhecimento acumulado historicamente, a nova proposta que está sendo desenvolvida para esta disciplina está adotando uma abordagem aplicada para iniciar os alunos na praxe da ciência, procurando mostrar-lhes as mais novas estratégias de investigação e divulgação das pesquisas científicas, desde a revisão bibliográfica em indexadores de periódicos eletrônicos até a elaboração de Currículos Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento CIentífico e Tecnológico (CNPq) (disponíveis on-line). A presente mesa-redonda objetiva trazer o relato dos desafios e oportunidades encontrados com a expe-riência do desenvolvimento da nova proposta para a disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica, nos cursos de Ciências Biológicas, Farmácia e Nutrição, em 2011.Palavras-chave: Metodologia, pesquisa científica, ciências da saúde

    metodoloGIa: o camInHo da cIêncIa

    Autor(a): eGaShIra, elizabeth miekoInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)Classificação: Graduação

    O desejo de descoberta, de conhecer, é uma constante em todos os povos e em todos os tempos. Isso permite entender que o sa-ber não se encontra pronto, elaborado em fórmulas, nem guardado em gavetas, de onde poderíamos apropriar-nos dele por uma simples tomada de informações. O conhecimento de senso comum, também denominado vulgar ou empírico, traduz um modo de conhecer simples, acessível a todos, geralmente captado pela experiência dos indivíduos. Caracteriza-se pela ausência de critérios científicos e lógicos. A preocupação de superar as explicações pouco exatas da realidade, a consciência ingênua, as superstições, os mitos, enfim, a necessidade de identificar as causas reais dos fenômenos e as leis que os regem deu origem ao conhecimento científico. A ciência, o conhecimento científico, não detém verdades absolutas, a verificabilidade dos resultados, a adequação dos recursos metodológicos empregados, ao contrário de fragilizar o rigor da pesquisa, confere-lhe sempre maior credibilidade. Neste contexto, ao iniciar os “caminhos da ciência” os alunos devem respeitar o que já se conhece e mover-se por conta própria, pro-ceder a descobertas, criar novas perspectivas, ou seja, habilitar-se a compreender e a transformar a realidade. Para tanto, alguns pré-requisitos são fundamentais para uma boa iniciação à vida acadêmica: a confiança em si e o reconhecimento de suas limita-ções; a curiosidade pelo saber; a observação de fatos, fenômenos, comportamentos e ambientes que possam gerar informações e ideias; o discernimento, ou seja, a capacidade de avaliar fatos, fenômenos, leituras com profundidade; a atenção e concentração nos aspectos importantes; o interesse e a disposição de aprender; a preocupação quanto ao uso correto e o aprimoramento dos recursos de linguagem; e a formação de hábitos de leitura e de estudos.Palavras-chave: Metodologia, conhecimento científico, ciência

    metodoloGIa da peSQuISa cIentíFIca no curSo de FarmácIa – aS peSQuISaS com plantaS medIcInaIS

    Autor(a): FáVero, oriana aparecidaInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)Classificação: Graduação

    As transformações da modernidade, tanto nas condições da natureza quanto nos modos de vida da humanidade, têm promovido intensas mudanças em todos os âmbitos, desafiando a capacidade de desenvolvimento do conhecimento humano. Em face des-te contexto, a ciência, forma sistemática e organizada de produção do conhecimento e de estratégias para enfrentamento dos problemas, precisa acompanhar essas mudanças e adequar sua praxe às novas necessidades. Na área de saúde, as pesquisas científicas têm o desafio da busca constante de novas e melhores formas de prevenir, diagnosticar, controlar e tratar as doenças, para melhorar tanto a qualidade de vida do ser humano quanto sua relação com o meio ambiente. Procurando contribuir com a transposição deste desafio, a disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica, para o curso de Farmácia, da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde (FCBS) da Universidade São Judas Tadeu (USJT), em 2011, adotou uma proposta de desenvolvimento de seu conteúdo totalmente apoiada em atividades/exercícios com uma abordagem aplicada utilizando a temática das Pesquisas com

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    Plantas Medicinais como modelo. Foram módulos de conteúdo desenvolvidos no primeiro semestre: definição e categorização do conhecimento e da ciência, do método científico e das pesquisas científicas; destaque dos elementos e diferenças fundamentais entre o texto científico e outros tipos de texto; caracterização e realização das etapas gerais de pesquisas bibliográficas. Destaca-se dentre as atividades realizadas pelos alunos, para a apreensão deste conteúdo, a revisão bibliográfica de uma espécie vegetal medicinal, apoiada em uma hipótese/problema de pesquisa, por eles levantada, com a elaboração de um texto em formato típico das publicações científicas procurando atender às suas normas gerais. Para o segundo semestre pretende-se abordar os se-guintes módulos gerais de conteúdos: caracterização das principais formas de divulgação de pesquisas científicas e da formação acadêmica para atuação profissional na área de pesquisas científicas; caracterização e realização das etapas gerais de um pro-jeto/plano de pesquisa. A principal atividade que será realizada pelos alunos, para apreensão deste conteúdo, é a elaboração da apresentação do trabalho de revisão na forma de painel para apresentação na I Mostra de Trabalhos de Metodologia da Pesquisa Científica da FCBS no XVII Simpósio Multidisciplinar da USJT. A presente apresentação objetiva trazer o relato dos desafios e oportunidades enfrentados na aplicação dessa proposta para a disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica com os alunos das turmas de Farmácia em 2011.Palavras-chave: Metodologia da pesquisa científica, curso de Farmácia, plantas medicinais

    a metodoloGIa da peSQuISa cIentíFIca no conteXto unIVerSItárIo: deSaFIoS e perSpectIVaS na arte

    de enSInar cIêncIaS no mundo contemporÂneo

    Autor(a): caStanheIra, Solange dos anjosInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)Classificação: Graduação

    Desde a aurora da humanidade as ciências têm feito parte de nosso cotidiano direta ou indiretamente, de forma simples ou mais complexa, mas notadamente presente. O homem é um ser curioso por natureza e vem aperfeiçoando e acumulando conhecimen-to, em uma aventura intelectual desbravando as fronteiras de sua própria existência, em uma contínua busca por respostas. Por meio da imaginação criadora, da comprovação de observações, de posturas disciplinadas e lógicas, nossa civilização tem con-quistado novos espaços e questionado os tortuosos caminhos da história ao utilizar as ciências como uma ferramenta, conferindo possibilidades de aprendizagem, modificação e ampliação de nosso arcabouço de conhecimentos. Etimologicamente, metodologia significa: “largo (meta) caminho (odos) de estudo (logos)”. Dessa maneira, a metodologia da pesquisa científica pode ser encarada, para o contexto acadêmico universitário, como uma disciplina que pode examinar, estudar e avaliar as técnicas de pesquisa, assim como gerar ou verificar formas e meios de alcançarem-se respostas a problemas de investigação. O mundo contemporâneo tem, todavia, trazido desafios para os docentes, uma vez que boa parte do alunado tem chegado às universidades apresentando cada vez mais deficiências vindas do Ensino Fundamental e do Médio. Esse é um problema de ordem política e social que não deve im-pedir o docente de buscar formas alternativas para ensinar ciências, mas que o põe face a face com a necessidade de aprimorar, modificar, simplificar e, até mesmo, redirecionar conceitos, para que sejam entendidos e aplicados pelos discentes. O docente deve trabalhar de forma que a metodologia da pesquisa científica não seja reduzida a uma simples coleção de procedimentos a serem utilizados para a obtenção de conhecimento, bem como abordando as formas de aplicação do método que tem por objeto a própria Ciência e as técnicas e processos que lhe garantem legitimidade. Dessa maneira, o professor torna-se um mediador ao utilizar o método científico expandindo e ampliando perspectivas e aprofundando conhecimentos. Também é importante conside-rar que a ciência é uma produção humana, não absoluta, que ocorre aos saltos e está em constante transformação, não sendo um processo pronto e acabado, bem como vale ressaltar que o método é uma visão abstrata da ação, e a metodologia a ferramenta de produção dessa ciência. Deve-se, portanto, buscar caminhos práticos e flexíveis que possam contribuir na modificação de para-digmas que despertem nos alunos não somente o gosto, mas também a percepção da importância da elaboração de um trabalho científico coerente e crítico.Palavras-chave: Metodologia científica, ensino de ciências, pesquisa científica

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    Grande área: cIêncIaS da Saúdesub-área: Fisioterapia

    tendInopatIaS: uma abordaGem multIproFISSIonal

    Responsável(is): Skau, Jeronimo rafael; GoVato, tania

    As chamadas lesões por excesso de uso (overuse) acometendo tendões são comuns em muitos profissionais que trabalham em atividades que envolvem movimentos repetitivos e, também, em atletas amadores e profissionais, especialmente em corredores e jogadores de tênis, basquetebol e voleibol. Em sua maioria, pessoas do sexo masculino e de meia-idade. A nomenclatura usada para descrever desordens do tendão são, geralmente, mal utilizadas e confundem os termos “tendinite”, “tendinopatia” e “ruptura parcial do tendão”, como se tivessem o mesmo significado. A nomenclatura normalmente não descreve o problema que verdadeiramente acomete o tendão, e o termo “tendinite” é comumente utilizado, mesmo que não haja infiltrado celular inflamatório. Para uma condição dolorosa do tendão, contudo, com surgimento gradual da dor, e em que, ao exame de imagem por ultrassom, a porção média do tendão apresenta-se alterada, atualmente se aceita a ter-minologia “tendinose crônica”, ou “tendinopatia crônica”.Nesta mesa-redonda, a fisiopatologia das condições patológicas do tecido tendíneo, as abordagens fisioterapêuticas e farmacológicas de tratamento de tendinopatias serão abordadas. Literatura atualizada, tratamento baseado em evidência científica, experiência clínica e acadêmica sustentarão o debate. Cada componente da mesa discursará sobre o tema durante 20 minutos, então, a plateia terá tempo disponível para questionamentos, argumentações e contribuições.Palavras-chave: Tendinopatia, tendinite, farmacologia, exercícios, inflamação

    abordaGenS FISIoterapêutIcaS no tratamento daS tendInopatIaS

    Autor(a): Skau, Jeronimo rafaelInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    Na avaliação e tratamento fisioterapêutico das tendinopatias, é necessário que inicialmente o profissional realize um exame clínico (subjetivo e ob-jetivo) minucioso. Isso permitirá ao profissional fazer o diagnóstico diferencial entre sintomas causados por uma tendinopatia daqueles gerados por outras disfunções ou patologias. Por exemplo, uma disfunção da coluna lombar ou cervical pode gerar dor irradiada, respectivamente, para a região distal do membro inferior e do membro superior, o que pode ser facilmente confundido com uma tendinopatia.Após a realização do diagnóstico diferencial e, tendo realmente constatado uma tendinopatia, o profissional deve averiguar a área e comportamento dos sintomas, assim como as limitações das atividades da vida diária, profissional e esportivas que a patologia causa na vida do paciente. Baseado nesse exame clínico detalhado, o profissional poderá planejar um programa de tratamento adequado e, também, fornecer ao paciente um prognóstico para seu problema.Discuti-remos também nessa apresentação, os recursos fisioterapêuticos mais eficazes no tratamento das tendinopatias, baseados em estudos científicos recentes e que têm sido aplicados em vários países com bastante sucesso. Entre esses recursos, um dos que mais se tem mostrado eficiente consiste num programa de cinesioterapia funcional utilizando-se contrações excêntricas dos músculos envolvidos na tendinopatia. Além disso, discutiremos também a importância da correção dos hábitos posturais do indivíduo para que o problema não ocorra novamente.Palavras-chave: Tendinopatia, tendinite, farmacologia, exercícios, inflamação

    tratamento FarmacolóGIco daS tendInopatIaS

    Autor(a): GoVato, taniaInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    Diferentes drogas são injetadas localmente como conduta de tratamento de uma variedade de síndromes dolorosas do sistema musculoes-quelético. Substâncias tais como corticoesteroides, anestésicos, esclerosantes, toxina botulínica, e da mesma forma bloqueadores neurais são utilizados no tratamento de disfunções do tecido mole, principalmente em problemas que acometem o tendão.Vamos discutir nesta apresentação os efeitos fisiológicos, mecanismos de ação e duração dos efeitos dos principais fármacos utilizados no tratamento das ten-dinopatias. Discutiremos também em qual fase da patologia esses fármacos devem ser prescritos e sua eficiência a curto e a longo prazo.Palavras-chave: Tendinopatia, tendinite, farmacologia, exercícios, inflamação

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    Grande área: cIêncIaS da Saúdesub-área: Gerontologia

    GerontoloGIa e Sua ImportÂncIa na preVenÇÃo de QuedaS

    Responsável(is): Souza, Flávia de andrade eInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    A mesa-redonda sobre Gerontologia tem grande relevância para a população idosa e para a sociedade, pois trata-se de uma ciência que estuda o envelhecimento em diversos aspectos e com o objetivo de melhorar as condições biopsicossociais da população idosa. Será abordada somente parte dos dois aspectos que englobam a Gerontologia: avaliações e como a dança e o trabalho com ritmos podem prevenir quedas. A Gerontologia tem aumentado seus horizontes buscando melhoras na qualidade de vida e a diminuição das morbidades que atingem a população idosa, e um grande desafio das áreas que envolvem o estudo e a prática que envolvem essa população é o alto índice de quedas e suas consequências. A queda é considerada pela Classificação Internacional de Doenças (CID) como uma causa externa e suas consequências podem ser sérias, estando associadas à redução da funcionalidade, perda da independência e, em alguns casos, em morte. Os fatores de risco associados às quedas podem ser classificados em extrínsecos e intrínsecos. Entre os fatores intrínsecos estão a redução da força muscular, o déficit visual, as alterações do equilíbrio e na marcha e as alterações cognitivas. Dentre os fatores extrínsecos, podem-se destacar mobília e objetos relacionados ao ambiente em que o idoso vive, além de medicações e vestimentas. Para prevenir quedas é necessário haver uma interação das diversas áreas da Gerontologia, com o intuito de reduzir os fatores de risco. A atividade física regular é um importante meio para manter a funcionalidade, aumentar a autoconfiança, a autoestima e melhorar o equilíbrio e a força muscular do idoso, o que, consequentemente, reduz o risco de quedas. Dentre as diversas modalidades e atividades, podemos destacar a dança e o trabalho com ritmos para integração desses idosos com a sociedade, além dos benefícios físicos e cognitivos que aí também se obtêm. A mesa será composta pelo prof. Luis Mochizuki, o qual possui graduação (1995) e doutorado (2001) em Educação Física pela Universidade de São Paulo, tendo conquistado a Livre-Docência na área de Saúde, Cultura e Educação também pela Universidade de São Paulo (2008). Atualmente é professor associado e coordenador do curso de Ciências da Atividade Física da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Educação Física e Fisioterapia, atuando principalmente com os seguintes temas: biomecânica, controle motor, controle postural, análise do movimento, ginástica olímpica e divulgação científica. O professor apresentará uma palestra sobre os “Fatores que aumentam o risco de quedas em idosos”. Sabe-se que o aumento da expectativa de vida proporcionou mais tempo para as pessoas concretizarem seus projetos de vida, e enfatizou as perdas e ganhos da longevidade. As perdas são destacadas pelas mudanças fisiológicas que implicam a diminuição da capacidade funcional e, consequentemente, o desempenho motor para a realização das atividades da vida diária (AVD). Por outro lado, o bem-estar, o respeito aos limites da plasticidade individual e o equilíbrio entre limitações e potencialidades levam aos ganhos decorrentes do conceito de velhice bem-sucedida. Embora 25% dos idosos não realizem tarefas cotidianas sozinhos, cada vez mais a população idosa participa de programas de atividade física, o que promove a manutenção de sua independência física e contribui positivamente para um envelhecimento saudável, modificando ou retardando os processos de perdas. Outro professor que comporá a mesa é o prof. ms. Olavo Dias de Souza Junior, o qual possui graduação em Educação Física pelas Faculdades Integradas de Guarulhos (1978) e mestrado em Educação pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo (2001). Atualmente é professor III do Centro Universitário Fieo, professor responsável da Universidade São Judas Tadeu, professor assistente do Instituto Presbiteriano Mackenzie e professor no Centro de Danças de A Hebraica de São Paulo. Tem experiência na área de Educação Física, atuando principalmente nos seguintes temas: dança, atividades rítmicas, ginástica geral, ginástica artística e preparação corporal em dança. O professor Olavo ministrará uma palestra sobre “Os benefícios da dança e o trabalho com ritmos na prevenção de quedas”. O envelhecimento causa decréscimo na capacidade funcional, porém, a atividade física pode manter ou melhorar habilidade para realizar tarefas da vida diária. O estilo de vida inativo é muito comum nessa população, o que favorece as incapacidades e a dependência. Uma das principais formas de evitar, minimizar e reverter muitos dos declínios físicos, psicológicos e sociais que frequentemente acompanham a idade avançada é a atividade física, pois esta constantemente se associa com melhoras significativas nas condições de saúde, como controle de estresse, doenças coronarianas, obesidade, diabetes e, principalmente, proporcionando aptidão funcional ao idoso. As atividades físicas são importantes para que os idosos permaneçam com boa aptidão funcional, pois requerem, em maior ou menor grau, força muscular, flexibilidade, coordenação, equilíbrio e resistência aeróbia, componentes fundamentais para que o indivíduo consiga realizar suas tarefas diárias de modo satisfatório. A dança pode minimizar aspectos relacionados ao envelhecimento, na medida em que é capaz de promover saúde e melhoras na qualidade de vida, pois possibilita a aquisição de habilidades e auxilia na melhora da capacidade motora, permitindo um conjunto de movimentos cada vez mais complexos.

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    FatoreS Que aumentam o rISco de QuedaS em IdoSoS

    Autor(a): mochIzukI, luisInstituição: uSp

    O aumento da expectativa de vida proporcionou mais tempo para as pessoas concretizarem seus projetos de vida, e enfatizou as perdas e ganhos da longevidade. As perdas são destacadas pelas mudanças fisiológicas que implicam a diminuição da capacidade funcional e consequentemente, o desempenho motor para a realização das atividades da vida diária (AVD). Por outro lado, o bem-estar, o respeito aos limites da plasticidade individual e o equilíbrio entre limitações e potencialidades levam aos ganhos decorrentes do conceito de velhice bem-sucedida. Embora 25% dos idosos não realizem tarefas cotidianas sozinhos, cada vez mais a população idosa participa de programas de atividade física, o que promove a manutenção de sua independência física e contribui positivamente para um envelhecimento saudável, modificando ou retardando os processos de perdas.

    oS beneFícIoS da danÇa e o trabalHo com rItmoS na preVenÇÃo de QuedaS

    Autor(a): Souza JunIor, olavo dias deInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    O envelhecimento causa decréscimo na capacidade funcional, porém, a atividade física pode manter ou melhorar a habilidade para realizar tarefas da vida diária. O estilo de vida inativo é muito comum nessa população, o que favorece as incapacidades e a dependên-cia. Uma das principais formas de evitar, minimizar e reverter muitos dos declínios físicos, psicológicos e sociais que frequentemente acompanham a idade avançada é a atividade física, pois esta constantemente se associa com melhoras significativas nas condições de saúde, como controle de estresse, doenças coronarianas, obesidade, diabetes e, principalmente, aptidão funcional do idoso. As ati-vidades físicas são importantes para que os idosos permaneçam com boa aptidão funcional, pois requerem, em maior ou menor grau, força muscular, flexibilidade, coordenação, equilíbrio e resistência aeróbia, componentes fundamentais para que o indivíduo consiga realizar suas tarefas diárias de modo satisfatório. A dança pode minimizar aspectos relacionados ao envelhecimento, na medida em que é capaz de promover saúde e melhoras na qualidade de vida, pois possibilita a aquisição de habilidades e auxilia na melhora da capacidade motora, permitindo um conjunto de movimentos cada vez mais complexos.

    Grande área: cIêncIaS da Saúdesub-área: saúde Coletiva

    Saúde no braSIl: HIStórIa, aVanÇoS e mudanÇaS

    Responsável(is): Goulart, rita maria monteiroInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    A revista médica inglesa The Lancet, uma das mais importantes publicações científicas da área em todo o mundo, apresentou uma série especial sobre a saúde no Brasil, lançada no último dia 9 de maio, em Brasília. Os artigos fazem uma ampla revisão sobre saúde e assistência médica da população brasileira, baseada em documentos e em análises originais de dados epidemiológicos. Os estudos ainda descrevem a história da assistência médica no Brasil, com ênfase na implantação do Sistema Único de Saúde, assim como na evolução recente das principais doenças e fatores de risco que afligem o Brasil. Os temas são sistema de saúde brasileiro, saúde materno-infantil, doenças infecciosas, doenças crônicas, violência e lesões no Brasil, condições de saúde e inovações nas políticas públicas de saúde. A publicação destaca o fato de que o país obteve importantes avanços nas áreas de saúde materna e infantil, atendimento de emergência e redução de doenças infecciosas. Por outro lado, apresenta crescimento dos níveis de doenças crônicas não transmissíveis e de obesidade. Nesta mesa procuramos, de forma sintetizada, trazer algumas informações dessa publicação. Iniciamos com a história e os avanços do sistema de saúde brasileiro. Em 1988, a Constituição brasileira reconheceu a saúde como

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    um direito do cidadão e um dever do Estado e estabeleceu a base para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS tem o objetivo de prover uma atenção abrangente e universal, preventiva e curativa, por meio da gestão e prestação descentralizadas de serviços de saúde, promovendo a participação da comunidade em todos os níveis de governo. A reforma do setor de saúde brasileiro ocorreu de forma simultânea ao processo de democratização, tendo sido liderada por profissionais da saúde e pessoas de movimentos e organização da sociedade civil. A implementação do SUS foi complicada pelo apoio estatal ao setor privado, pela concentração de serviços de saúde nas regiões mais desenvolvidas e pelo subfinanciamento crônico. Apesar destas limitações, o SUS conseguiu melhorar amplamente o acesso à atenção básica e de emergência, atingir uma cobertura universal de vacinação e assistência pré-natal e investir fortemente na expansão dos recursos humanos e de tecnologia (PAIM et al., 2010). Alguns dos desafios futuros do SUS são assegurar a universalidade, igualdade e sustentabilidade de seu atendimento no longo prazo. Ainda, outros desafios surgem por conta de transformações nas características demográficas e epidemiológicas da população brasileira, o que obriga à transição de um modelo de atenção centrado nas doenças agudas para um modelo baseado na promoção intersetorial da saúde e na integração dos serviços de saúde, além da promoção da qualidade do cuidado dos pacientes.

    Saúde no braSIl: HIStórIa, aVanÇoS, mudanÇaS e o papel daS dcnt

    Autor(es): aquIno, rita de cássia de; FornaSarI, margareth leite lage deInstituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    Em maio de 2011, a revista inglesa The Lancet disponibilizou uma série de publicações relacionada à saúde no Brasil. Entre os temas abordados, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) foram apresentadas como a principal prioridade na área da saúde, uma vez que 72% das mortes ocorridas em 2007 foram atribuídas a esse conjunto de moléstias. Apesar de a mortalidade bruta causada pelas DCNT ter aumentado 5% entre 1996 e 2007, a mortalidade padronizada por idade diminuiu 20%. A diminuição ocorreu particularmente em relação às doenças cardiovasculares, em conjunto com a implementação bem-sucedida de políticas de saúde que levaram à redução do tabagismo e à expansão do acesso à atenção básica em saúde. No entanto, é importante notar que a prevalência de diabetes e hipertensão está aumentando, paralelamente à prevalência de excesso de peso, que estão associados a mudanças desfavoráveis na dieta e na atividade física. O consumo inadequado de frutas, legumes e verduras (FLV) é um dos cinco principais fatores associados à carga total de doenças, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A Estratégia Global sobre Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde foi elaborada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) preconizando a implementação de recomendações para promover um estilo de vida saudável. Entre as recomendações, encontram-se as de aumentar o consumo de FLV, cereais integrais e leguminosas (feijões), limitar a ingestão de açúcares, limitar a ingestão energética procedente de gorduras, substituir as gorduras saturadas por insaturadas e eliminar as gorduras trans. Dados provenientes de estudos epidemiológicos têm indicado que dietas ricas em FLV reduzem o risco de câncer no aparelho digestório e do de mama. O consumo de hortaliças pode reduzir o risco de câncer por inúmeros mecanismos, especialmente pela presença de nutrientes antioxidantes, como carotenóides, vitaminas A, E e C, minerais, como selênio, e componentes como isoflavonas e ligninas. No Brasil, o Ministério da Saúde vem desenvolvendo ações para a prevenção e o controle das DCNTs. O atual Guia alimentar para a população brasileira recomenda o consumo diário de três porções de frutas e três porções de legumes e verduras e enfatiza a importância de variar o consumo desses alimentos nas diferentes refeições. No entanto, o consumo de FLV no Brasil é ainda baixo. Estimativas sobre o consumo de frutas, legumes e verduras obtidas por meio de Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs) mostram declínio na compra familiar de frutas e um insuficiente consumo de hortaliças. É importante conhecer os determinantes do consumo de FLV na população para que sejam elaboradas políticas públicas de incentivo ao consumo desses alimentos, promovendo um estilo de vida mais saudável por meio da alimentação. A epidemia de obesidade que acomete o mundo, com o consequente crescimento da prevalência de diabetes e hipertensão, ameaça o decréscimo adicional das DCNTs. Tendências desfavoráveis na maioria dos principais fatores de risco mostram a necessidade de ações adicionais e oportunas de promoção e prevenção da saúde, especialmente na forma de legislação e regulamentação, e daquelas que permitem cuidados gerais de qualidade.

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    eXperIêncIaS eXItoSaS no controle de doenÇaS InFeccIoSaS no braSIl

    Autor(a): manhanI, maria raquel Instituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    O Brasil ainda enfrenta grandes dificuldades no controle de muitas doenças infecciosas, tais como dengue, leishmaniose, AIDS, hepatites A e B, hanseníase, tuberculose, esquistossomose e malária. Por outro lado, o Programa Nacional de Imunização (PNI) tem sido muito satisfatório, alcançando uma das mais altas taxas de cobertura de imunização do mundo. Todas as vacinas são oferecidas ao público gratuitamente nos postos de vacinação. Entre os programas rotineiros de vacinação estão: BCG; poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola (SCR); difteria, coqueluche e tétano (DPT), além de Haemophilus influenzae tipo b (Hib); hepatite B; febre amarela; rotavírus; pneumocócica decavalente e as vacinas conjugadas meningocócicas C. Estas vacinas são oferecidas em 30.000 unidades de saúde, além dos 100.000 postos de vacinação temporários adicionados duas vezes ao ano nos dias nacionais de vacinação. Por mais que, no geral, a cobertura da vacinação no Brasil seja muito alta, ela não é uniforme nos diferentes níveis socioeconômicos, com menor cobertura nos grupos socioeconômicos mais altos e mais baixos. A mortalidade causada por diarreia teve uma redução significativa a partir da década de 1980, devido ao uso generalizado da terapia de reidratação oral e à ampliação do acesso aos serviços de saúde, principalmente aos cuidados primários, o aumento da oferta de água tratada e a melhora, ainda que em menor grau, do esgoto sanitário. Em crianças menores de 1 ano, a mortalidade devido a diarreias caiu de 11,7 mortes por 1.000 nascidos vivos em 1980 para 1,5 mortes por 1.000 em 2005. Até os anos 1970, a transmissão do Tripanosoma cruzi, causador da doença de Chagas era muito elevada em 18 estados brasileiros. No final da década de 1970, estima-se que 5 milhões de pessoas haviam sido infectadas por este protozoário, das quais 2% progrediram para miocardiopatia, manifestação mais grave da doença. O programa nacional de controle da doença de Chagas teve como meta a eliminação do mosquito Triatoma infestans, interrompendo sua transmissão por este vetor em 2006. Devido ao longo período de latência desta doença, contudo, 3,5 milhões de indivíduos ainda apresentam a infecção crônica, fazendo com que o diagnóstico e o tratamento dos pacientes sejam uma carga permanente sobre os serviços de saúde.

    deSaFIoS no controle de doenÇaS InFeccIoSaS no braSIl

    Autor(a): FarIaS, cristiane rocha de Instituição: univ. São Judas tadeu (uSJt)

    As doenças infecciosas figuram como um dos grandes problemas de saúde pública em nosso país. Para algumas dessas síndromes, as medidas de controle têm apresentado sucesso parcial, podendo ser citadas: HIV/AIDS, hepatites A e B, hanseníase, tuberculose, esquistossomose e malária. A incidência de doenças associadas ao HIV ficou estável nos últimos 5 anos, com cerca de 33.000 novos casos/ano. Estima-se que 600.000 pessoas estejam infectadas por esse vírus no Brasil. Apesar de a incidência de doenças associadas a AIDS ter diminuído nas grandes áreas urbanas, a transmissão ainda ocorre em municípios de pequeno e médio portes, sugerindo que os recursos destinados ao diagnóstico e tratamento nesses locais não são suficientes. O Brasil oferece o maior programa mundial de terapia antirretroviral gratuito. Observa-se, contudo, um aumento lento, mas progressivo, da resistência do vírus e dos efeitos colaterais da maioria dos medicamentos. Até o momento, a soroprevalência geral de hepatite A em crianças das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Brasília é de 41,4% (média endemicidade). Pesquisas anteriores nas mesmas áreas mostraram alta endemicidade. Água de boa qualidade e saneamento, aliados à melhoria nas condições de higiene contribuíram para esta redução. A vacinação contra hepatite B ocorre em nível nacional desde 2001 em crianças e adolescentes. Após a introdução da terapia multidrogas pelo SUS a pacientes com hanseníase, a prevalência desta doença caiu de 180 casos/100.000 habitantes em 1988 para 26 casos/100.000 em 2008. A transmissão da doença, porém, ainda é um problema de saúde pública. O número de casos de tuberculose caiu de 51,4 casos/100.000 por ano em 1990 para 38,2 casos/100.000 por ano em 2007. No entanto, há grandes diferenças regionais na incidência e mortalidade da tuberculose, com maiores níveis em estados com maior prevalência de infecção por HIV e naqueles com pouco acesso aos serviços de saúde. Grande parte da redução na prevalência da esquistossomose é atribuída às melhorias de acesso à água tratada e ao saneamento. Aproximadamente 300.000 novos casos de malária ainda são registrados a cada ano, e 99% destes ocorrem na Amazônia Legal, em que fatores geográficos, econômicos e sociais facilitam a transmissão e limitam a aplicação de medidas de controle padrão. Os protocolos de tratamento padronizado mantiveram baixos os níveis de resistência aos medicamentos, e muito trabalho tem sido empregado para o desenvolvimento de novas drogas. Entre as doenças para as quais o controle tem fracassado estão a dengue e a leishmaniose visceral (calazar). Desde 1986, a incidência de dengue tem aumentado, com uma sucessão de epidemias e uma crescente proporção de pacientes desenvolvendo a forma mais

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    grave da doença – a dengue hemorrágica. A alta infestação pelo mosquito transmissor da dengue ocorre em 75% dos municípios brasileiros. Entre 2000 e 2009, 3,5 milhões de casos foram registrados. A redução da densidade do mosquito ainda é um grande desafio. A incidência de calazar é alta (2 casos/100.000 habitantes ano). O controle desta doença envolve o controle do vetor e a eliminação de animais, os quais atuam como reservatório do agente etiológico, mas as estratégias e tecnologias disponíveis até o momento obtiveram pouco efeito.

    Grande área: cIêncIaS eXataS e da terrasub-área: Matemática aplicada

    o uSo doS proGramaS dIdátIcoS para apoIo ao enSIno de cIêncIaS báSIcaS

    Responsável(is): mancInI, maria luisa Gomes da Silva; cunha, micheline r. kanaan da; FIlho, luiz tomaz; GoYa, rodolfo; brzozowSkI, ricardo paulo

    Os painelistas discorrerão sobre o uso de programas livres para apoio ao aprendizado de matemática e os ganhos didáticos com o uso desses programas nas disciplinas que lecionam. Tal como discorrem Geórgia Geogletti Cordeiro Dantas e Mirian de Albuquer-que Aquino em seu artigo “Aprendendo com o uso de softwares educativos para ativar inteligências múltiplas”, a informação digital tornou-se a matéria-prima para a comunicação do conhecimento, a constituição de saberes e a interlocução com as diversas áreas e disciplinas. Os softwares educativos, como produto de uma sociedade digital, em que a técnica constitui um dos fatos dominantes da nossa época, são um dos meios tecnológicos mais utilizados na educação, e a finalidade de sua inserção nos ambientes de aprendiza-gem (laboratórios, salas de aula, entre outros) visa tanto a proporcionar estímulos de uma série de competências e desenvolvimento de habilidades, quanto apoiar as disciplinas dos cursos. As capacidades de os softwares estimularem interesses em aprendizado provêm da possibilidade de incentivar o exercício de sua aprendizagem e a prática da terminologia num ambiente virtual especializa-do, sem o medo do erro. Os programas ou aplicativos permitem a interação por meio de uma interface gráfica com o aprendente e destacam-se os seguintes tipos: Exercitação – para o treinamento de certas habilidades; Programas tutoriais – constituídos por blocos de informações, de modo pedagogicamente organizado, suporta sons, imagens, vídeos e textos e tem a capacidade de organizar o co-nhecimento de uma área específica; Aplicativos – programas voltados para atividades mais específicas, existem em grande variedade, de maneira muitas vezes gratuita; Programas de autoria – permitem que alunos criem seus próprios programas; Jogos e comunica-ção – utilizados para a atividade de ensino de modo lúdico; Simulações – possibilitam a apresentação de fenômenos, experiências e a vivência de situações difíceis de implementação em laboratório, de utilizar aplicações para a potencialidade de sua produção, assim como o aumento de nível desta promovido por aprofundada pesquisa em bancos de dados; da possibilidade de, por meio do conflito cognitivo gerado pelas soluções erradas encontradas, buscar, de forma autônoma, não limitada por barreiras disciplinares, meios para a correção e de pôr o indivíduo em uma situação simulada complexa que deverá excitar sua curiosidade científica, resultando na elaboração de soluções para os problemas apresentados; da possibilidade de ele mesmo, o aprendente, gerar seus programas adap-tados às suas necessidades, as da sua equipe e as necessidades do trabalho que está sendo realizado, adaptando-o também a sua área do conhecimento; da possibilidade de, por meio de uma diversão ou de uma conversa, ambas mediadas por software, aprender de forma espontânea. Todas essas situações criam espaços para a ativação das diversas inteligências dos aprendentes, assim como oferece possibilidades de interconexões entre elas para a geração do conhecimento necessário em cada uma dessas situações. Os painelistas analisarão o uso de softwares educativos na ativação de inteligências múltiplas como uma das alternativas às metodologias tradicionais de ensino e aprendizagem. Discutirão se os softwares educativos possibilitam a interação dos alunos, encorajando-os à cooperação entre si, tornando possível a consolidação de uma aprendizagem colaborativa e a realização de atividades extrassala de aula. Analisarão se o uso de softwares educativos podem ativar habilidades, acentuar mais o desenvolvimento de certas inteligências, variando sua combinação de indivíduo para indivíduo.Palavras-chave: Programas didáticos, softwares educativos, simulação, aprendizagem, metodologias, aprendizagem colaborativa

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    Grande área: cIêncIaS HumanaS sub-área: Ética

    ÉtIca em peSQuISa clínIca

    É traço característico do ser humano formular perguntas à Natureza – pode-se dizer que este comportamento é o que o diferencia dos demais animais. Sendo assim, o ser humano teve de tomar conhecimento do outro e do mundo e, em consequência, teve de refletir sobre a questão de “valores humanos”. Portanto, além de preocupar-se com a “filosofia” e a “pesquisa”, o ser humano teve de lidar também com a ética.Somente há praticamente 50 anos o ser humano procurou elaborar um documento específico sobre a ética na pesquisa em seres humanos, o Código de Nuremberg. A concretização do documento foi consequência dos crimes e experimentos abusivos da Alemanha nazista. O Código de Nuremberg, a partir de 1947, tornou-se documento básico, como guia das pesquisas médicas, para a quase totalidade dos países e dos centros de pesquisa médica. Infelizmente, os abusos não deixaram de ocorrer; na década de 60, publicaram-se, em revistas médicas do mais elevado nível, vários artigos com graves distorções de nature-za ética. Então, a Associação Médica Mundial, reunida em Helsinque, em 1964, elaborou normas adicionais ao Código de Nuremberg e que continuam com o nome de Declaração de Helsinque, já consagrado no mundo todo. No Brasil, em 1988 o Conselho Nacional de Saúde (CNS) editou a Resolução n.º 1/88. Essa resolução, sem dúvida, constituiu um passo importante dentro da temática. Em 1995 foi nomeado Grupo Executivo de Trabalho (GET) com o objetivo de rever a Resolução 1/88, e assim elaborou-se a Resolução CNS 196/96. Hoje a atividade do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), multi e interdisciplinar, identificando conflitos de valores, refletindo criticamente sobre os dilemas, analisando a eticidade da pesquisa, tendo como fundamento básico a proteção da dignidade do ser humano, é uma tarefa das mais relevantes e, não raramente, “angustiante”. Trata-se, porém, da “angústia” motivada pela capacidade de cada um se rever, analisar valores e estabelecer opções. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

    bIoÉtIca

    Autor(a): almeIda, marcos deInstituição: universidade Federal de São paulo

    Bioética é a parte da ética, ramo da filosofia que enfoca as questões referentes à vida humana (e, portanto, à saúde). Compreende o conjunto dos problemas postos pela responsabilidade moral dos profissionais da saúde em suas pesquisas teóricas ou nas aplicações práticas dessas pesquisas. Preocupa-se basicamente com o relacionamento entre os profissionais de saúde e os pacientes, e entre as instituições (governamentais ou privadas), os próprios pacientes, e, ainda, com o interesse dos profissionais da saúde. Dessa forma, a bioética torna-se uma espécie de “ética científica” que tem por objetivo garantir a sobrevivência humana e a qualidade da vida. O objetivo desta palestra é apresentar a história e os conceitos em bioética e sua importância para os profissionais da saúde.

    o papel do comItê de ÉtIca na análISe de proJetoS da área temátIca III

    Autor(a): bIGonGIarI, alineInstituição: universidade São Judas tadeu

    A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa/MS (Conep), no cumprimento de suas atribuições estabelecidas na Res. CNS 196/96, estabeleceu as seguintes áreas temáticas especiais de pesquisa:1. genética humana;2. reprodução humana;3. fármacos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos novos (fases I, II e III) ou não registrados no país (ainda na fase IV), quando a pesquisa for referente a seu uso com modalidades, indicações, doses ou vias de administração diferentes daquelas estabelecidas, incluindo seu emprego em combinações;4. equipamentos, insumos e dispositivos para a saúde novos ou não registrados no país;5. novos procedimentos ainda não consagrados na literatura;

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    6. pesquisas em populações indígenas;7. projetos que envolvam aspectos de biossegurança;8. pesquisas coordenadas do exterior ou com participação estrangeira e pesquisas que envolvam remessa de material biológico para o exterior.O Grupo III de Projetos, que devem ser analisados por um comitê de ética, é composto por todos os outros assuntos que não se enquadram nas áreas temáticas especiais. O objetivo desta palestra é esclarecer o papel do Comitê de Ética em Pesquisa na análise dos projetos classificados no Grupo III, já que estes são as pesquisas enviadas ao Coep-USJT.

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