Simulação Empresarial - manoel.pro.br · O referencial teórico citado pela autora está no final...

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SIMULAÇÃO EMPRESARIAL Regis Garcia 1 Neste texto, que será base para as avaliações virtuais 1 e 2 veremos conteúdos importantes sobre a SIMULAÇÃO EMPRESARIAL, sob pelo menos dois aspectos a serem destacados: Perspectiva acadêmica Perspectiva corporativa profissional Sob a primeira perspectiva você certamente já pensou, afinal está em um curso no qual a disciplina é parte integrante. Ela tem sido inserida em vários cursos voltados à formação de profissionais de variadas áreas, principalmente: administração; economia; ciências atuariais; engenharia, além é evidente da contabilidade e controladoria. Todos esses cursos tem em comum a necessidade de desenvolver o raciocínio lógico analítico no aluno preparando-o para solucionar problemas no cotidiano profissional que lhe exigirão habilidades especiais que o processo de simulação pode contribuir para desenvolver e aprimorar. Sob o segundo aspecto, já contando com profissionais em exercício profissional, as organizações buscam a economia de recursos por meio da simulação utilizando-a inclusive nos processos de seleção de candidatos e de projetos de investimentos com grandes montantes de inversão de capital. A disciplina, portanto irá contribuir bastante no sentido de demonstrar as contribuições que o processo de simulação proporciona para a academia, mas principalmente para a melhoria da eficácia do processo decisório das organizações impondo dessa forma a necessidade de conhecimento e domínio de seus conteúdos por parte dos futuros profissionais de mercado relacionados aos processos de gestão corporativa e de recursos humanos. 1 Contador, doutorando em Ciência da Informação pela UNESP e Mestre em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atuo como diretor executivo em um grupo empresarial e sou professor universitário da Unopar e da Universidade Estadual de Londrina, de graduação e também dos cursos de pós-graduação.

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SIMULAÇÃO EMPRESARIAL

Regis Garcia1

Neste texto, que será base para as avaliações virtuais 1 e 2 veremos

conteúdos importantes sobre a SIMULAÇÃO EMPRESARIAL, sob pelo menos

dois aspectos a serem destacados:

Perspectiva acadêmica

Perspectiva corporativa profissional

Sob a primeira perspectiva você certamente já pensou, afinal está em

um curso no qual a disciplina é parte integrante. Ela tem sido inserida em

vários cursos voltados à formação de profissionais de variadas áreas,

principalmente: administração; economia; ciências atuariais; engenharia, além

é evidente da contabilidade e controladoria.

Todos esses cursos tem em comum a necessidade de desenvolver o

raciocínio lógico analítico no aluno preparando-o para solucionar problemas no

cotidiano profissional que lhe exigirão habilidades especiais que o processo de

simulação pode contribuir para desenvolver e aprimorar.

Sob o segundo aspecto, já contando com profissionais em exercício

profissional, as organizações buscam a economia de recursos por meio da

simulação utilizando-a inclusive nos processos de seleção de candidatos e de

projetos de investimentos com grandes montantes de inversão de capital.

A disciplina, portanto irá contribuir bastante no sentido de demonstrar as

contribuições que o processo de simulação proporciona para a academia, mas

principalmente para a melhoria da eficácia do processo decisório das

organizações impondo dessa forma a necessidade de conhecimento e domínio

de seus conteúdos por parte dos futuros profissionais de mercado relacionados

aos processos de gestão corporativa e de recursos humanos.

1 Contador, doutorando em Ciência da Informação pela UNESP e Mestre em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atuo como diretor executivo em um grupo empresarial e sou professor universitário da Unopar e da Universidade Estadual de Londrina, de graduação e também dos cursos de pós-graduação.

1) PERSPECTIVA ACADÊMICA DA SIMULAÇÃO

Vamos começar este texto conhecendo uma das perspectivas: a

acadêmica. Não que estaremos falando apenas de simulação no contexto da

escola ou universidade, mas envolvendo o assunto formação e educação

profissional. Os principais aspectos que serão abordados nessa unidade dizem

respeito à aplicação da simulação no ambiente de aprendizado em alguns

ambientes de preparação para o mercado de trabalho.

Comecemos acessando no link abaixo um caso interessante de

aplicação da simulação sendo discutida na Oficina de Simulação empresarial

do IV Congresso Mineiro de Ciências Gerenciais da FAMINAS.

LINK:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=cXErBPuxyBo

Como você pode ver nesse vídeo ilustrativo, a simulação como

ferramenta de aprendizado é um anseio de profissionais de todos os níveis e

de várias áreas. O projeto de pesquisa postado no portal administradores.com

(o portal da administração), um portal que divulga várias iniciativas de pesquisa

e estudos de casos traz algumas matérias que envolvem o tema, vale a pena

acessá-lo: www.administradores.com.br dê uma navegada e pesquisa o tema

por lá buscando a perspectiva que estamos destacando nesta unidade.

O empresário, diretor da Digitec Cursos de Informática e da CursoDigital

- Sistema Interativo de Ensino Edmilson é formado em Administração de

empresas e propõe um projeto de pesquisa interessante envolvendo simulação

empresarial no qual ele considera que esse tipo de atividade pode contribuir

substancialmente para a formação profissional. Na introdução do projeto de

pesquisa Edmilson considera que o ensino da Administração no Brasil baseia-

se em um sistema herdado da pedagogia, o que coloca a formação em uma

situação delicada devido à incompatibilidade do sistema tradicional (quadro x

giz) com as aceleradas mudanças e incertezas do mundo dos negócios.

Acrescenta que para formar profissionais preparados para o mundo

dinâmico do ambiente empresarial as instituições de ensino superior, no âmbito

dos cursos de administração e similares, precisam adequar seus projetos

pedagógicos à atual realidade, buscando novas ferramentas de ensino que

consigam conciliar teoria e prática, proporcionando aos acadêmicos uma visão

holística de sua futura profissão.

Para Edmilson nesse contexto, os Jogos de Negócios constitui-se uma

proposta alternativa, pois não deixa de considerar as várias linhas de

pensamentos e teorias de ensino, mas contempla os aspectos dinâmicos da

sociedade contemporânea. Essa ferramenta pode favorecer a aprendizagem

através da prática simulada, dando maior conhecimento vivencial aos

profissionais que estão sendo preparados.

Vejam que a formação profissional é vista realmente como um dos

principais aspectos a serem considerados quando se insere o processo de

simulação no contexto dos cursos independentemente de qual área. O

processo de simulação, então é meio e não fim em termos de aprendizado e

isso é importante ser frisado porque mais importante do que se aprender como

se desenvolve o processo simulatório é a compreensão dos objetivos que

estão por trás da metodologia geralmente especificamente elaborada.

O texto a seguir representa uma síntese referencial que compôs o

trabalho de conclusão de curso feita por Graziela da Universidade de Santa

Catarina e que é bastante ilustrativo no que diz respeito ao papel da simulação

no contexto acadêmico em comparação com outros métodos didáticos.

PARA SABER MAIS:

O trabalho completo e mais detalhes envolvendo a prática de simulação

no contexto acadêmico educacional estão disponíveis na internet no link:

http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/anais/3CCF/20090618100213.pdf.

O referencial teórico citado pela autora está no final do trabalho.

Graziela diz que dentre os inúmeros métodos utilizados no processo de

ensino aprendizagem, a simulação merece destaque e vem conquistando cada

vez mais espaço e é também conhecido como jogos de empresa, o que causa

ainda algumas confusões acerca da conceituação da expressão. Ela

acrescenta que Marion e Marion (2006) prefere utilizar a expressão simulação

empresarial, o que realmente é o termo mais comumente encontrado na

literatura e nos demais materiais envolvendo as práticas de simulação.

No curso de Ciências Contábeis da Universidade do Contestado

Campus Mafra/SC, os jogos empresariais são trabalhados dentro da disciplina

Laboratório Contábil III, durante a sétima fase do curso.

Os termos “jogos de empresas” e “simulação empresarial” costumam

causar dúvidas quanto ao emprego e sua utilização. O termo “jogos de

empresas” é mais antigo, visto que foi mencionado pela primeira vez em 1950,

quando a técnica surgiu. Já o termo “simulação empresarial” é mais recente e

tem sido utilizado com a finalidade de substituir o termo anteriormente citado.

Essa tendência se justifica em função de que a palavra “jogos” pode assumir

um caráter lúdico, deixando de lado a real finalidade do “jogo”.

A prática do método de simulação empresarial contribui para o interesse

e participação do aluno, permite ao professor conhecer individualmente o

aluno, observando o desempenho, propiciando a tomada de decisões mediante

dados contábeis e mercadológicos.

Tal método surgiu nos EUA a partir dos conhecimentos dos jogos de

guerra, difundidos principalmente na época da Segunda Guerra Mundial. Cabe

esclarecer que a utilização da palavra jogo ou simulação depende da

finalidade, sendo que “jogo” pode vir a definir um modelo de representações

das atitudes de agentes autônomos; já a palavra “simulação” pode significar

imitar, simular, sendo considerada a representação de um fenômeno.

O resgate feito por Graziela é bem interessante, principalmente quanto à

definição de Marion; Marion (2006, p. 85) que definem a simulação como:

Método de capacitação gerencial em que os participantes competem

entre si através de empresas simuladas, tomando decisões que, processadas

por um simulador, geram relatórios gerenciais para que um novo ciclo de

análises e tomada de decisões seja realizado.

Para Fries (1985) os jogos de empresas são considerados um modelo

específico de simulação, visto que a simulação é uma técnica que objetiva

manipular modelos representativos e simplificados da realidade complexa e

suas dependências, visando obter determinados resultados, que seriam

inviáveis de serem obtidos no ambiente real.

No recorte teórico desenvolvido pela autora, simulação empresarial é

uma técnica de treinamento e desenvolvimento gerencial, que obteve espaço

maior nas organizações e um avanço significativo após o surgimento dos

computadores, visto que trouxe alterações quanto a maneira de aplicação da

simulação empresarial.

Para Graziela, de acordo com Fries (1985) jogos de empresas podem

ser definidos como abstrações matemáticas simplificadas, de uma situação

relacionada com o mundo dos negócios, onde os participantes – em grupo ou

individualmente - administram a empresa como um todo ou apenas uma parte,

através de decisões administrativas.

As principais características do método de simulação empresarial se

manifestam na capacitação gerencial, através da revisão e assimilação de

conceitos aprendidos em outras disciplinas; os participantes competem entre si

através da gestão de empresas simuladas; o simulador é um componente

essencial de tal método; e seu processo é cíclico.

Marion; Marion (2006) revelam como acontece a dinâmica de uma

simulação: inicialmente os alunos são divididos em equipes com a finalidade de

assumir a gestão de empresas simuladas, que competem entre si num mesmo

mercado; as equipes precisam tomar decisões para um determinado período,

utilizando relatórios empresariais anteriores; os alunos entregam as decisões

ao professor a cada aula e as processa no simulador empresarial. Com os

resultados, novos relatórios são gerados, fazendo com que novas decisões

possam ser tomadas, tal dinâmica se repete por vários períodos, conforme a

necessidade. O trabalho de Graziela sugere que a mesma aplicação que ela

fez seja replicada em mais universidades para que se estabeleçam novos

parâmetros para análise do impacto das práticas de simulação no processo de

ensino aprendizado.

A imagem abaixo não poderia ser mais ilustrativa da função educativa da

simulação, ou seja, como formar um piloto até que ele esteja preparado para

tirar do chão um avião de grande porte sem colocar em risco todo capital

envolvido na aquisição de uma aeronave e demais imobilizados que a cercam,

os recursos humanos e do próprio piloto?

Fonte: http://www.corbisimages.com/stock-photo/rights-managed/42-

28729139/franceparisair-showchinac919?popup=1

Seria impossível treinar um futuro condutor de uma aeronave sem antes

submetê-lo a um simulador que na segurança de sua fixação em solo, permite

colocá-lo diante das mais variadas situações de voo.

Em termos educacionais o processo de simulação permite então levar o

estudante ao contato “simulado” com situações criadas especialmente para fins

de treinamento e condicionamento para o enfrentamento de futuras situações

reais no cotidiano de trabalho em determinadas profissões.

Quais as profissões que você julga possuírem um bom campo de

aplicação de simulação no processo de formação dos futuros profissionais?

Vamos ver alguns casos nos quais o processo de ensino aprendizagem

pode e geralmente envolve processos de simulação durante o curso de

formação e capacitação dos futuros profissionais?

MBA – nos cursos de especialização de praticamente todas as áreas é

comum a disciplina de simulação empresarial conhecida geralmente como

Business game que envolve a formação de equipes que disputam mercados

hipotéticos com situações hipotéticas envolvendo decisões por parte das

equipes participantes. O objetivo é treinar o processo decisório.

ÁREAS BIOLÓGICAS – Como a medicina, odontologia, veterinária

etc..., que utilizam processos de simulação envolvendo pacientes “bonecos” ou

partes do corpo humano confeccionados de materiais e componentes que

simulam situações das mais variadas para medir a capacidade de reação do

profissional diante do problema apresentado. Cirurgias também são

desenvolvidas em processos de simulação. O objetivo é o treinamento da

destreza e dos aspectos psicológicos envolvidos nas situações reais

envolvendo pacientes em ambientes hospitalares reais.

PILOTOS – Conforme já comentado por meio de simuladores é possível

a um aluno experimentar situações de voo mesmo estando em terra. São

desenvolvidos exercícios em simuladores que reproduzem realisticamente a

cabine de uma aeronave. O mesmo ocorre em treinamento de outros tipos de

pilotos como no caso de corridas envolvendo alta tecnologia como é o caso da

Fórmula 1 e o caso de viagens espaciais como as empresas americanas,

russas e europeias que simulam viagens fora da atmosfera antes de enviarem

seus astronautas de forma definitiva.

Agora veremos algumas aplicações que foram selecionadas na WEB e

que ilustram o importância e eficácia da simulação como mecanismo de

formação de profissionais nas mais diversas áreas.

Programa de simulação empresarial de distribuição gratuita:

SEE - Simulador de Estratégia Empresarial é um jogo estratégico que

tem como objetivo analisar as possíveis ações que podem ser tomadas em

uma companhia a partir de um cenário de mercado. Basicamente é uma

análise causa-efeito aplicada a um sistema de companhias competindo entre

si. SEE - Simulador de Estratégia Empresarial pode criar até 21 situações que

levariam a mais de 2500 decisões estratégicas. Pode ser jogado em português

ou espanhol. Desenvolvido em VB5.

LINK: http://ziggi.uol.com.br/downloads/see-simulador-de-estrategia-

empresarial

Simuladores de acidentes com veículos – em inglês: Você pode acessar os vídeos disponíveis no link abaixo e verificar os

efeitos relacionados aos acidentes em vários estágios e situações. Trata-se de

uma aplicação didática e importantíssima que demonstra o quanto o processo

de simulação pode ser útil para a formação da pessoa sob várias perspectivas.

LINK: http://www.edccorp.com/products/movies.html

Aplicação em ambiente bancário competitivo: É um jogo de negócios (com simuladores de apoio à decisão) que simula

um ambiente bancário competitivo.

Possibilita aos participantes a prática e o desenvolvimento de suas

competências gerenciais e comerciais voltadas para a gestão de uma Agência

Bancária de Varejo.

O InterBanks©, produto único no mercado, é baseado nas mais

avançadas técnicas de modelagem matemática e simulação de mercado e no

estado-da-arte em sistemas computacionais e psicologia comportamental.

LINK: http://www.lhconsult.com.br/interbanks.asp

Aplicação na simulação de investimentos mobiliários:

O Folhainvest, parceria da BM&FBOVESPA e da Folha de S.Paulo, é

um simulado que oferece aos participantes a oportunidade de conhecer o

mercado de ações na prática.

Em 1998, a BM&FBOVESPA realizou uma parceria com o caderno de

investimentos do jornal Folha de S.Paulo para a criação do Folhainvest, um

simulado que oferece aos participantes a oportunidade de conhecer o mercado

de ações na prática.

O objetivo é proporcionar ao público em geral, familiarização e

conhecimentos básicos sobre o mercado de ações no Brasil, permitindo

vivenciar o dia-a-dia das operações em bolsa de valores.

Por meio de aplicações virtuais, os participantes podem testar seus

conhecimentos para avaliar as empresas listadas na bolsa. Cada participante

recebe, ao se inscrever, um capital fictício de R$ 200 mil e mais lotes de ações

de características idênticas e em quantidade pré-fixada pela BM&FBOVESPA

das 15 (quinze) ações mais líquidas que compõem o índice IBrX, visando obter

a melhor rentabilidade de sua carteira, em cada período, executando

operações de compra e venda de ações.

LINK: http://folhainvest.folha.com.br/

Aplicações mais populares e disponíveis no Brasil e que tem convênio com grandes universidades e empresas.

Um dos sistemas de maior destaque é o Bernard Simulação

Empresarial: A Bernard, segundo a própria empresa, é destaque nacional no

desenvolvimento de sistemas de simulação gerencial, a Bernard traz uma

moderna linha de simuladores voltados à capacitação gerencial.

Atuando no setor desde 1992, a empresa é referência na metodologia da

simulação gerencial. Seus softwares, utilizados em cursos de graduação e pós-

graduação, são sinônimo de qualidade e inovação no processo de

aprendizagem e possui convênio com várias universidades.

LINK: http://www.bernard.com.br/

Um outro produto é distribuído pela OGG – simulação empresarial:

Segundo a OGG seu produto de Simulação Empresarial pode auxiliar a

buscar os objetivos de aliar a teoria à prática. Atualmente dispoe de

simuladores empresariais (jogos de empresas ou business game) inovadores

para treinamento desde alunos de graduação e pós-graduação até empresários

e executivos. SIMULADORES FULL WEB (cursos presenciais, mistos ou a

distância). A OGG atende a mais de 70 instituições de ensino no Brasil que

utilizam nossos simuladores em cursos de graduação e pós-graduação.

LINK: http://www.ogg.com.br/

Aplicação na área acadêmica vinculada a entidades de fomento aos negócios, no caso micro e pequenas empresas:

Desafio Sebrae: Veja o objetivo na figura abaixo:

O envolvimento das equipes, alunos e professores gera uma atmosfera

interessante que acaba refletindo realmente um ambiente próximo àquele

vivenciado no mercado de trabalho, no mundo empresarial.

No ano de 2011, segundo as próprias palavras de uma das

semifinalistas da competição nacional, Fernanda Oliveira, a informação é

importante, mas a falta dela não pode ser vista como uma desculpa para maus

resultados.

Veja a seguir um trecho da reportagem feita pela equipe de jornalismo

do Sebrae que traz algumas informações interessantes:

A equipe do Desafio SEBRAE realizou, na semana passada, um café

promocional para a divulgação do jogo, em São Paulo – SP. O evento contou

com a presença de representantes das principais instituições de ensino da

região e a participação especial de Fernanda Oliveira – semifinalista da edição

2011. Em seu depoimento, a ex-aluna da Faculdade de Tecnologia de

Araçatuba (FATEC) mostrou a professores e reitores as mudanças que essa

experiência trouxe para sua vida e defendeu a importância do apoio das

universidades aos participantes.

Nem todas as equipes contam com esse apoio. Nos dois anos em que

participou do Desafio, a equipe de Fernanda encarou tudo sozinha. “Os

professores precisam ter uma papel mais ativo,” opina. Para ela, a falta de

conhecimento dentro das faculdades sobre o Desafio SEBRAE é um problema.

Mas com a realização de palestras, depoimentos de alunos e a nova versão

DEMO do jogo – que aumenta a participação dos orientadores – isso tem

mudado. Quando as universidades sabem mais sobre a competição, tendem a

incentivar as equipes. Com o apoio da instituição e dos professores, os grupos

competem melhor e aprendem mais.

Segundo a ex-competidora, o que mais inspira os professores a ajudar

seus alunos é saber que eles estarão aprendendo a se colocar no mercado de

trabalho. Fernanda ganha o público quando conta que ao chegar à etapa

nacional, entendeu que promover a cultura empreendedora não significa

apenas incentivar alguém a abrir um negócio, mas ter atitudes

empreendedoras no dia-a-dia. Trabalho em equipe, pesquisa de mercado,

postura profissional e atitudes inovadoras estão na lista. Ela decidiu fazer

Engenharia de Produção depois de se formar em Tecnologia em

Biocombustíveis por causa do jogo. “Eu ia fazer uma Pós, mas decidi começar

outro curso, para agregar valor ao meu curriculum,” conta.

Quando escutam isso, todos ficam tentados a participar. Fernanda conta

que a principal pergunta dos professores é como podem ajudar. Sua resposta é

sempre a mesma: o mais importante é buscar informação. Para ela, os novos

inscritos no Desafio SEBRAE 2012 devem pesquisar muito. Tanto sobre o

mercado, quanto sobre os termos técnicos do mundo dos negócios com os

quais se deparam a cada rodada. “Falta de informação não é desculpa!”

Para saber mais: Se você se interessar por notícias e destaques sobre o desafio

SEBRAE, basta acessar o site do programa: www.desafiosebrae.com.br

Aplicação na formação de profissionais da área biológicas:

O Centro de Treinamento e Simulação em Ciências da Saúde da

Anhembi Morumbi adquiriu o primeiro SimMan 3G da América Latina, um

manequim de última geração que chora, sangra, convulsiona e responde a

mais de 100 medicamentos.

Desenvolvido pela instituição norueguesa Laerdal Medical of Nowway, o

robô é capaz de responder a estímulos químicos, biológicos, radiológicos e

nucleares, bem como simular inúmeras situações clínicas, tais quais ataques

cardíacos, politraumatismos, descompensações respiratórias, entre outras

(confira aqui todas as aplicabilidades do SimMan 3G).

A próxima geração de simulação Laerdal. O novo simulador de

pacientes SimMan 3G é avançado, sendo realmente fácil de operar. Seja

reprogramando um cenário, utilizando um cenário programado previamente ou

utilizando o SimMan 3G “on the fly”, temos tido uma experiência bem sucedida

na simulação do modo mais simples possível.

Saiba mais em: http://www.laerdal.com/br/doc/85/SimMan-3G e em

http://tribunaanimal.org/index.php?/Noticias/ANIMAIS-

BRASIL/Universidade-adquire-um-dos-melhores-simuladores-de-paciente-do-

mundo.html

A mensagem que está por traz do anúncio acima não é apenas a de que

a tecnologia está avançada no que se refere a bonecos de simulação para

formação de profissionais de medicina e áreas afins, a principal mensagem que

espero que tenham percebido é a seguinte:

O processo de simulação sob a perspectiva acadêmica implica na

preocupação com o simulador e com a precisão das situações simuladas.

Quanto mais próximas da realidade sob a qual o estudante estará submetido,

mais eficaz é o processo, portanto as simulações em todos os exemplos dados

até aqui envolvem alta tecnologia e estudos minuciosos além de cálculos

probabilísticos e metodologias estatísticas que visam aproximas as hipóteses

das verdadeiras situações por elas representadas, como é o caso da simulação

dos doentes, dos acidentes de automóveis, dos simuladores de voo, dos jogos

de empresas etc...

2) PERSPECTIVA CORPORATIVA DA SIMULAÇÃO

Agora veremos a perspectiva corporativa da simulação, ou seja, sua

aplicação e seus objetivos relacionados ao mercado de trabalho e ao mercado

empresarial propriamente dito. Veremos alguns tipos de simulação ocorridos

dentro de empresas que não envolvem processos empresariais em si, mas que

visam evitar prejuízos ocasionados por desastres, perdas materiais, riscos de

vidas entre outros e que impactam seriamente as projeções econômicas e

financeiras das empresas. Também será possível se analisar um pouco sobre

o mercado mobiliário e a sequência das simulações acadêmicas de

investimento vista na unidade I quando citamos a folha invest. A importância do

mercado mobiliário, sua volatilidade e o fato de envolver ganhos e perdas

constantes o torna, um grande exemplo de área fértil para aplicação de

mecanismos que permitam avaliação de riscos.

Trabalharemos com alguns conceitos sobre a aplicação da simulação

empresarial no mercado corporativo independentemente de qual área seja o

seu foco de atuação. O objetivo é demonstrar que a simulação visa a economia

de recursos e o aumento da eficácia das organizações:

DIAS e CORREA (1998), em seu artigo apresentado no SIMPOI no ano

de 1998 na Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, apresentam alguns

aspectos que podem justificar esses objetivos como segue:

A simulação é a tentativa de replicação de um sistema real. Através da

construção de um modelo matemático tão parecido quanto possível com a

realidade. A idéia geral é:

Imitar uma situação real matematicamente

Estudar seu comportamento, e

Tirar conclusões e tomar decisões com base na simulação.

As vantagens do uso da simulação é:

1. A modelagem de sistemas reais obriga a organização a entender o

papel de cada componente do sistema e as possíveis interações entre elas.

2. O desenvolvimento do modelo de simulação ajuda a organização a

separar os parâmetros controláveis daqueles que não são controláveis e

estudar a influencia de cada um deles sobre o sistemas.

3. O resultado da simulação permite que a gerência avalie os recursos

necessários, ou ainda como os recursos disponíveis devem ser alocados.

4. É uma técnica flexível com relação às limitações impostas aos

modelos.

5. Aplica-se à análise de problemas de grande escala e complexidade

que não podem ser resolvidos por técnicas tradicionais de gestão de

operações.

6. Particularidades da situação real podem ser consideradas, como por

exemplo a utilização de qualquer curva de probabilidade que o problema exija,

e que seja diferente do padrão assumido por técnicas analíticas.

7. Permite a análise de longos períodos num curto espaço de tempo.

8. Permite a análise de sensibilidade do tipo what-if (o que aconteceria

se...). Várias políticas de decisão podem ser testadas e comparadas

rapidamente.

9. A simulação possibilita o estudo individual de cada componente ou

variável do modelo para determinar qual é realmente importante.

10. Em suma, para aqueles problemas que na prática são resolvidos por

regras intuitivas (rules of the thumb) a simulação é uma ferramenta forte para o

apoio a decisão permitindo que soluções potencialmente boas sejam

encontradas.

Embora apresente essas vantagens algumas desvantagens devem

também ser consideradas:

1. Um bom modelo de simulação pode se tornar caro e levar vários

meses para desenvolvimento, especialmente quando os dados são de difícil

obtenção.

2. Apesar dos novos softwares de simulação possuírem ferramentas de

busca que podem ajudar na obtenção de bons resultados, a simulação não é

uma técnica otimizante.

3. A simulação não gera bons resultados sem inputs adequados. A

construção e a alimentação do modelo requerem um trabalho árduo e

criterioso.

4. Cada modelo de simulação é único. Geralmente não é possível a

utilização de um modelo em diferentes situações, prejudicando a possibilidade

de ganhos de escala.

Para saber mais: Além dessas considerações os autores trazem outros trabalhos

interessantes em seu site que podem ajudá-lo a ampliar seus conhecimentos

sobre o assunto. Acesse: http://www.correa.com.br

Em mercados com muito volume de tráfego a utilização de simulação

implica não apenas na questão de formação do profissional operador como

vimos no caso do piloto, do médico, do motorista que necessita evitar um

acidente etc. Envolve a busca de otimização de rota, de redução de

desperdício e outros aspectos importantes na busca de economia de recursos.

Veja as notícias abaixo e tire suas própria conclusões:

A. Conhecimento e otimização de mercado Oceânica conclui acordo para fornecimento de Simulador para CBO

A Oceânica Offshore possui, desde 2007, uma parceria com Maritime

Research Institute Netherlands (MARIN), organização especializada em P&D

para o setor offshore, naval e náutico. Através deste acordo, a Oceânica

disponibiliza para o mercado Brasileiro a opção de adquirir e customizar

simuladores de navio e de tráfego em função da necessidade de cada cliente,

com a opção de implementar em um único ambiente a virtualização completa

de uma cabine de comando de navios com uma ou duas estações de manobra.

A mais novo fornecimento deste produto foi firmado com a Companhia

Brasileira de OffShore (CBO), empresa lider no setor de apoio marítimo às

plataformas de petróleo, com capital 100% nacional. Assinado em Outubro

passado, o contrato preve o fornecimento de um simulador com vizualização de

aproximadamente 300 graus, estação de vante de manobra e estação de ré

com posicionamento dinâmico.

Para Daniel Cueva, diretor da Oceânica, a utilização de simulações em

tempo real em uma ponte virtualizada permite não só o treinamento de novas

equipes, mas também a avaliação prévia de operações específicas, ajudando a

minimizar riscos e aumentando a eficiência operacional.

Com este novo fornecimento passa para 3 o número de simuladores

instalados no Brasil com tecnologia Oceânica-Marin, tornando a parceria uma

referencia para instrução, treinamento e análises técnicas no mercado náutico.

B. Sequenciamento de linhas de montagem múltiplas no ambiente de produção enxuta – um estudo simulado para minimizar o risco de paradas

O modelo proposto visa elaborar um modelo matemático para

sequenciamento de linhas de montagem “múltiplas” em ambiente de Produção

Enxuta. Considerando como que Linhas de Montagem múltiplas são linhas de

montagem abastecidas pelos mesmos fornecedores internos

(kanbans/componentes/submontagens).

As linhas múltiplas são muito encontradas em ambiente real.

Entre as principais contribuições, pode-se destacar a possibilidade de se

utilizar a lógica de sequenciamento múltiplo para desenvolvimento de softwares

de programação, analisando simultaneamente o risco de paradas e suas

conseqüências no conjunto das linhas. Também se apresenta uma aplicação

de um modelo matemático em seus gradativos níveis de aleatoriedade e

dependência, caracterizando a complexidade, que exige a aplicação de um

recurso específico como simulação.

C. Reposicionamento de marca [...] O projeto de reposicionamento da marca foi conduzido em duas

etapas. A primeira: apresentação da nova logomarca ao mercado durante o

coquetel de lançamento do projeto de expansão. A segunda: apresentação da

nova proposta do shopping, representada sob a forma de um conceito de

comunicação, um ano depois. A nova logomarca foi resultado de dinâmicas de

brainstorm, pesquisas de percepção conduzida junto ao conselho de

administração, clientes, lojistas, bem como, público freqüentador do centro da

cidade. Pré-teste e simulações foram conduzidos minimizando riscos e

maximizando as chances de receptividade positiva. [...]

Para saber mais: http://www.spbpropaganda.com/cases

D. Situações de decisão sob consultoria administrativa e de gestão

Tome decisões conscientes baseadas nos seus processos, por:

www.elogroup.com.br.

Atualmente as empresas competem em um ambiente cada vez mais

dinâmico e competitivo, e seus gestores precisam tomar decisões importantes

para o futuro da empresa como corte de custos, investimento em capacidade

de suas instalações, diversificação do mercado em que atuam, entre outras.

Muitas vezes estas decisões são tomadas sem a obtenção e análise de todos

os dados necessários, prejudicando os resultados atingidos.

Entretanto, mesmo com todos os dados analisados, as decisões

tomadas por gestores em ambientes empresariais de alta pressão são sempre

baseadas em hipóteses. Estas hipóteses se manifestam de diversas maneiras:

hipótese sobre previsões de demanda e comportamento da base de clientes,

hipóteses sobre as reações futuras dos concorrentes, hipóteses sobre as

condições de produção de um determinado produto ou serviço e assim por

diante. Entretanto, qualquer hipótese carrega consigo um determinado grau de

incerteza em relação a sua confirmação. Esta incerteza depende de uma série

de fatores complexos e inter-relacionados que muitas vezes não são

entendidos pelos tomadores de decisão de uma forma adequada.

A técnica de simulação para apoio à tomada de decisão busca

minimizar os custos em testar hipóteses, diminuindo o grau de

comprometimento destes testes e visando diminuir as incertezas relacionadas

às decisões de investimento.

Alguns exemplos de situações em que a simulação seria de grande

valor para as empresas podem ser visualizados abaixo:

Caso 1: Uma grande rede de varejo decide centralizar seus estoques

através da adoção de um Centro de Distribuição. Como saber se a nova

estratégia conseguirá manter ou melhorar o nível de serviço da entrega dos

produtos reduzindo o estoque imobilizado total da empresa?

Caso 2: Uma grande indústria petroquímica decide ampliar seu parque

de tancagem com a construção de novos tanques de armazenamento. A

construção de cada um destes tanques pode custar milhões de dólares.

Quantos tanques construir para suportar o fluxo de produtos projetado? Como

assegurar o correto dimensionamento das bombas e linhas de dutos

necessários para apoiar o sistema?

Caso 3: Uma área de TI decide implantar um sistema de workflow e

pretende verificar o ganho nos tempos de execução de cada um de seus

processos. Como definir novos prazos de entrega dos serviços, de forma a

obter uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes?

Em todos os casos apresentados, a decisão de colocar em prática cada

uma destas ações envolve custos elevados e pode impactar significativamente

a imagem da empresa perante sua base de clientes.

Para minimizar a incerteza associada a estas decisões e os custos

associados, a simulação computacional entra como um mecanismo de

assegurar o retorno esperado pelas ações, seja validando as expectativas ou

identificando novas necessidades antes não percebidas.

E. Análises técnicas, como por exemplo, recursos hídricos e minerais Modelos de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos, por

Mario Thadeu Leme de Barros.

Ele mescla a visão da simulação e o emprego de modelos:

Modelo: representação simplificada do sistema real que se deseja

analisar. O emprego do modelo se justifica porque:

a análise do sistema real é muito mais cara do que a utilização de

modelos

O custo de cometer erros e/ou realizar experiências com o

sistema real é incomparavelmente maior do que o custo de

exploração intensiva do modelo

modelos são ferramentas de aprendizado uma vez que processos

de tentativa e erro podem ser explorados a custos baixos e não

só contribuem para a melhor compreensão do sistema, mas

também estimulam a concepção de novas idéias e linhas de ação

modelos são instrumentos muito eficientes para treinamento

quando desenvolvidos ou adaptados especificamente para esta

finalidade

modelos conferem flexibilidade às análises porque:”encurtam” o

tempo pois permitem que muitos anos sejam analisados em

tempos extremamente curtos, diferentes alternativas podem ser

analisadas muitas vezes mediante simples alterações de

parâmetros

A simulação prevê que haja um processo de sistematização e a

elaboração de padrão, ou seja, uma modelagem para que os parâmetros se

tornem conhecidos e sejam controláveis.

O objetivo da modelagem nesse sentido basicamente pode ser resumido

pelos seguintes quesitos:

Precisão: deve representar a realidade de forma suficientemente

próxima para permitir a tomada de decisões com base em seus

resultados

Simplicidade:o modelos deve possuir um número reduzido de

parâmetros e variáveis além de uma estrutura que representa

somente a essência do sistema

Robustez: deve representar bem a realidade com o menor

número possível de parâmetros (critério associado à validação do

modelo)

Transparência: o usuário pode testar o modelo e fazer

experiências diversas (introduzir alterações)

Adequação: o modelo deve dispor de formas de iteração com o

usuário que sejam claras, simples e inequívocas (depende do

tipo, formação, experiência e conhecimento do usuário).

Você poderá ver um processo de simulação bem interessante como

introdução à aplicação numa grande empresa de um processo com foco

inteiramente voltado para a questão da minimização do risco. Você se lembra

do caso visto anteriormente, sobre o mercado náutico, não se lembra? Aqui a

preocupação é com o risco de prejuízos com perda de vidas humanas.

Além desse destaque inicial para fechar esse conteúdo, você verá mais

dois tipos de simuladores envolvendo o mercado de capitais similares ao Folha

Invest que já vimos.

Comecemos pela notícia abaixo:

Na última segunda-feira (19), a educadora voluntária Eliana Pinto,

Técnica em Segurança do Trabalho, resolveu envolver os alunos da Usiminas,

em Cubatão (56 km de SP), em uma simulação bastante inusitada. Para

trabalhar conceitos ligados a acidentes trabalhistas, ela vendou os olhos e

prendeu os dedos das mãos de alguns alunos.

“A proposta era verificar a percepção sensorial deles, o que sentem e

como reagem a situações limitantes”, diz Eliana. “O retorno foi muito positivo.

Percebi que eles conseguiram absorver muito de cada aula e, para mim, isso

não tem preço”, considera a EV.

Leia relatos de alunos envolvidos na interação:

Iolanda Lúcia da Silva Santos

"Considero a segurança essencial em um trabalho, pois, no momento

em que você sofre um acidente, seu lado psicológico fica abalado e, muitas

vezes, você se torna dependente de outra pessoa.

Participei do teste tampando completamente a minha visão com óculos.

Em poucos minutos de simulado, percebi o impacto que a perda da visão

causa na vida de um acidentado: falta segurança ao andar, ao pegar algo ou

ao utilizar qualquer coisa que necessite totalmente da visão.”.

Jessica Helen da Silva

"Acidentes de trabalho não afetam apenas o acidentado, mas também

os que estão à sua volta.

Ao se acidentar, o indivíduo passa a depender da boa vontade de outras

pessoas, perde sua liberdade e não consegue trabalhar para o sustento da sua

família.

Tudo isso acarreta diversos problemas, sejam eles financeiros,

psicológicos e amorosos, tanto para o acidentado quanto para seus familiares.

O que mais implica no fator acidente é a dependência em que o

acidentado irá se encontrar, seja de parentes e amigos ou de órgãos públicos

para ajuda financeira. Além da informação, o mais importante é a consciência

que cada indivíduo deve ter para fazer seu trabalho e seu dever sem se

arriscar e sem colocar os outros em risco."

João Paulo de Oliveira

"Os acidentes acontecem normalmente por falta de atenção das

pessoas e podem ocasionar interrupção do trabalho e, em casos mais graves,

até a morte da vítima.

Segurança é um assunto a ser levado a sério para que acidentes nunca

aconteçam conosco. Se fosse acidentado, não saberia como reagir às perdas

físicas; não consigo me imaginar depois de sofrer algum acidente.

Meu pai já se acidentou e teve cortes em três dedos da mão direita.

Acompanhei o sofrimento e a recuperação dele e hoje fico feliz por ele não ter

tido sequelas. Com certeza não quero me acidentar por falta de atenção ou

segurança.”

Saiba mais: Se quiser ver um vídeo envolvendo esse tipo de simulação, acesse: http://vimeo.com/5484516

Conforme comentamos o mercado de bolsa de valores conhecido como

mercado mobiliário é bem volátil e inconstante, portanto representa um desafio

a quem nele se aventura.

Apresentamos anteriormente o Folha Invest como uma iniciativa que

visava por meio da simulação treinar futuros investidores. A seguir vamos

apresentar mais duas iniciativas para que você possa conhecer e compreender

a aplicabilidade dessas importantes ferramentas que acabam colaborando em

termos corporativos a medida que interferem no processo decisório de pessoas

que investem em ações de empresas que as comercializam nas bolsas de

valores.

Simuladores da Bolsa

A BM&FBOVESPA desenvolveu alguns simuladores para ajudar os

investidores e os demais interessados a entenderem, na prática, como funciona

o mercado de ações, derivativos e títulos públicos.

Os simuladores possibilitam aos iniciantes realizar diversas operações,

aplicando os conceitos básicos do mercado e mostrando como é o dia-a-dia de

uma Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros.

SimulAção

Simule a compra e a venda de ações utilizando uma plataforma web

semelhante a um home broker usado no mercado real. Por meio do simulador

é possível aprender a investir em ações fazendo uso de dados reais, como se

você já estivesse atuando no mercado.

Visite: http://www.bmfbovespa.com.br/simulacao

UOL Invest

O UOL Invest, parceria entre a BM&FBOVESPA e o UOL, é um

simulado totalmente gratuito, que oferece aos participantes a oportunidade de

conhecer o mercado de ações na prática. Além de aprender e simular os

ganhos da carteira, os participantes ainda podem ganhar prêmios, como

viagens, cursos e passagens aéreas.

Visite: http://uolinvest.economia.uol.com.br

Simulador do Tesouro Direto

Com o Simulador de investimentos do Tesouro Direto, você escolhe um

sonho que deseja realizar e visualiza como transformá-lo em realidade por

meio da compra de títulos públicos.

Visite: http://simuladortesourodireto.cblc.com.br

Simulador Mercados Futuros

O Simulador Mercados Futuros é uma maneira simples e dinâmica de

proporcionar ao público conhecimentos básicos sobre o mercado de

derivativos. O participante tem acesso a cotações reais e pode acompanhar,

um ranking com os resultados conquistados, comparando seu desempenho

com o de outros investidores virtuais. Os melhores investidores também são

premiados.

Visite: http://simulador.bmf.com.br

Qual a mensagem que está por traz dos simuladores presentes nessa

unidade? Também envolvem tecnologia, mas não estão focados

necessariamente na formação como os vistos anteriormente. Eles possuem

qual característica?

Antes de deixarmos nossa mensagem final, vejam que a transparência e

a busca por esclarecimento por parte da Bovespa que se utiliza e divulga os

simuladores apresentados na categoria investimento acima é algo muito

presente em seu portal.

Acesse a seção de vídeos do portal Bovespa:

http://www.tvbmfbovespa.com.br/Videos.aspx?CategoryID=1&View=g e veja

que a preocupação com a informação e a transparência é predominante.

Talvez isso o ajude a entender nossa mensagem final.

O processo de simulação sob a perspectiva corporativa, além da

antecipação de situações decisórias, visa colocar os sujeitos tomadores de

decisão diante das possibilidades que lhe causam tensão, dúvida, angústia e

até medo. São sentimentos que prejudicam sua decisão e comprometem uma

escolha eficaz principalmente quando não há muito tempo para se pensar. A

simulação de um incêndio, do aumento ou confusão no tráfego náutico, de

problemas com congestionamentos que podem comprometer os processos

logísticos, riscos de acidentes que comprometem a segurança das pessoas,

riscos de perdas financeiras por comportamentos impossíveis de serem

previstos em relação ao mercado de ações, enfim, necessitam ser trazidos à

reflexão por meio dos processos de simulação para que quando ocorrerem não

peguem seus participantes de surpresa e sem qualquer tipo de experiência

situacional o que os levaria a comportamentos de desespero ou até mesmo de

omissão quando outros comportamentos proativos seriam esperados para a

solução dos problemas.

Prof. Regis Garcia