Sinais do Raio X de Tórax

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Liga Acadêmica Radiologia e Diagnóstico por Imagem - LARDI Centro Universitário de Patos de Minas – Unipam Brenda N. B. Lahlou Sinais em Radiologia Torácica atos de Minas 2015

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Liga Acadêmica Radiologia e Diagnóstico por Imagem - LARDICentro Universitário de Patos de Minas – Unipam

Brenda N. B. Lahlou

Sinais em Radiologia Torácica

Patos de Minas 2015

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Sinais Radiológicos:

> São padrões característicos, reconhecíveis, por vezes com nome de objetos familiares com os quais são vagamente parecidos.

> Auxiliam no diagnóstico e na subsequente orientação terapêutica de doenças.

> São muitas vezes característicos ou altamente sugestivos de um determinado grupo de patologias. O conhecimento destes sinais pode encurtar a lista de diagnósticos diferenciais.

Sinais Radiológicos

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Sinal da Silhueta:

Uma lesão intratorácica que faz contato com os contornos da silhueta mediastínica ou dos hemidiafragmas e que apresenta densidade radiológica idêntica irá apagar esses contornos na radiografia.

“Borrramento da silhueta / do contorno do coração”

Pode acontecer com o diafragma ou com a fissura pleural

Sinal da Silhueta

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Sinal da Silhueta

Se Sinal da Silhueta estiver presente, significa que a lesão é no lobo médio ou língula.

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Sinal da Silhueta

Pneumonia total do pulmão esquerdoA – Radiografia do tórax com incidência PA mostrando opacidade em toalha homogénea ocupando todo o campo pulmonar esquerdo e condicionando sinal de silhueta com o contorno esquerdo da silhueta mediastínica e da hemicúpula diafragmática homolateral.

B – Na incidência de perfil esquerdo, apenas é visível a hemicúpula diafragmática direita devido ao referido sinal da silhueta que condiciona apagamento do hemi-diafragma esquerdo

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Sinal da Silhueta Sinal POSITIVO

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Sinal da Silhueta Sinal POSITIVO

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Sinal da Silhueta SEM o Sinal

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Sinal do Broncograma Aéreo Sinal do Broncograma Aéreo:

Visualização do Ar no interior dos brônquios intrapulmonares chama-se sinal do broncograma aéreo.

Aparece quando os brônquios mantêm-se arejados no seio de uma consolidação. (Se o brônquio contém gás, para ser visto na radiografia, deve ser cercado por matéria com densidade água) como nos casos de:-Pneumonia, em que há secreção nos espaços alveolares ao redor-Edema Pulmonar-Infartos pulmonares-Algumas lesões pulmonares Crônicas

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Sinal do Broncograma Aéreo Pneumonia Lobar Esquerda

Opacidade em toalha ocupando o lobo esquerdo e a língula, individualizando-se opacidades tubulares radiotransparentes (seta) na região central - seta

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Sinal do Broncograma Aéreo

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Sinal do Broncograma Aéreo

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Sinal do Broncograma Aéreo

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Sinal da Asa de BorboletaSinal da Asa de Borboleta:

- Traduz edema alveolar extenso, no contexto de edema agudo do pulmão.- Infiltrado interstício-alveolar parahilar com preservação da periferia.- Opacidades alveolares bilaterais, nos campos pulmonares médios.

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Sinal da Asa de Borboleta

Diminuição da radiotransparência pulmonar na região peri-hilar, de forma simétrica, poupando a periferia.

Edema Agudo de Pulmão

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Sinal da Asa de Borboleta

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Sinal do Capacete ApicalCapacete Apical:

Opacidade no vértice pulmonar em forma de crescente (seta), geralmente traduzindo espessamento da pleura apical, de natureza cicatricial.

Este sinal pode contudo surgir noutras patologias nomeadamente pulmonares, como o carcinoma do sulco superior ou colapso periférico do lobo superior.

(Sequela de tuberculose)

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Sinal do Capacete Apical

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Sinal do Capacete Apical

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Sinal do Duplo ContornoSinal do Duplo Contorno:

Indica aumento das dimensões da aurícula esquerda, que se torna perceptível na radiografia do tórax com incidência de frente, formando conjuntamente com o contorno da aurícula direita, este sinal radiológico.

Superposição das bordas dos átrios.Nota-se um segundo contorno, ligeiramente superior e mais convexo, que se projeta como uma sombra oval. Nos grandes aumentos o átrio esquerdo projeta-se para fora do contorno, formando uma pequena angulação na borda direita do coração imediatamente abaixo da entrada da veia cava superior.

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Sinal do Duplo Contorno

Densidade curvilínea projetada medialmente ao contorno da aurícula direita (seta), representando a imagem infero-lateral da aurícula esquerda aumentada.

Dilatação da aurícula esquerda por insuficiência mitral

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Sinal do Duplo Contorno

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Sinal do Duplo Contorno

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Sinal do Duplo Contorno

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Sinal Cervico-TorácicoSinal Cervico-Torácico:

Permite determinar se uma lesão do mediastino superior é anterior ou posterior, consoante a definição dos seus limites acima das clavículas.- Se for bem definida a esse nível, a lesão será posterior (Tumor do esôfago, massas paravertebrais)- Enquanto que se for mal definida, significa que contata com os tecidos moles cervicais, pelo que será anterior (Timoma, bócio mergulhante, adenopatias).

“O limite anterior do opérculo torácico é mais baixo que o posterior, o que condiciona que, acima do opérculo torácico, na porção posterior, ainda exista pulmão, não havendo sinal da silhueta. Pelo contrário, uma lesão anterior confunde-se com as partes moles existentes na base do pescoço, fazendo sinal da silhueta”

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Sinal Cérvico-Torácico

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Sinal Cervico-Torácico

A – Radiografia de tórax com incidência PA, mostra uma massa no mediastino superior, paratraqueal direita, com limites mal definidos acima do nível das clavículas.

Bócio mergulhante

B – TC comprova a localização, a origem e natureza da massa mediastínica superior

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Sinal Cérvico-TorácicoLesão no Mediastino Anterior

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Sinal Cervico-TorácicoLesão no Mediastino Posterior

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Sinal Cervico-Toraco-Abdominal

Sinal Cervico-Toraco-Abdominal:

Está apenas presente quando uma lesão se localiza no mediastino posterior, com extensão num nível abaixo ao do diafragma.

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Sinal Cervico-Toraco-Abdominal

A – Radiografia do tórax de frente mostrando alargamento do mediastino à direita, não fazendo contudo sinal de silhueta com o seu contorno (*) e estendendo-se para além da hemicúpula diafragmática direita (seta). Estes 2 sinais radiológicos sugerem a sua localização posterior.

Acalásia

B – Na incidência de perfil, comprova-se a sua localização posterior e pela sua morfologia, a sua origem esofágica.

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Sinal “S” de GoldenSinal “S” de Golden:

Traduz uma deformação da fissura horizontal consequente à existência de uma massa hilar, neoplásica.

Esta condiciona obstrução do brônquio lobar superior direito e subsequentemente colapso do respectivo lobo.

A fissura horizontal que delimita estas alterações apresenta-se com a forma de um “S invertido”, de concavidade inferior periférica (colapso pulmonar) e convexidade central (massa).

Sugere carcinoma broncogênico obstrutivo em um adulto.

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Sinal “S” de Golden

A –Radiografia de tórax de frente mostrando opacidade em toalha delimitadainferiormente pela pequena cisura, desviada para cima (colapso lobar superior) e com sinal “S” de Golden.

Neoplasia pulmonar, hilar direita.

B e C – TC torácica após CIV confirma o colapso do lobo superior direito (*) condicionado por uma massa tumoral hilar(seta).

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Sinal “S” de Golden

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Sinal de LuftsichelSinal de Luftsichel:

- Significa “crescente de ar” em alemão e está presente no contexto de colapso lobar superior esquerdo.

- Ocorre a hiperinsulflação do segmento superior do lobo inferior esquerdo, afastando o lobo atelectasiado lateralmente.

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Sinal de Luftsichel

Surge na radiografia do tórax como uma radiotransparência com morfologia de crescente (seta) adjacente ao botão aórtico e correspondendo ao segmento superior do lobo inferior esquerdo hiperinsuflado.

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Sinal de Luftsichel

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Sinal do Pico Justa-frênico Sinal do Pico Justa-frênico:

Opacidade triangular que se projeta superiormente na metade medial do diafragma, consequente a atelectasia do lobo superior.

Colapso lobar superior direito (*) condicionando o sinal do pico justa-frénico (seta).

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Sinal da Cauda de CometaSinal da Cauda de Cometa: - Característico de uma atelectasia redonda em TC, representa a deformação em “remoinho” (seta) das estruturas bronco-vasculares, desde o hilo pulmonar até à periferia da lesão.

- Quando vasos e brônquios convergem para uma massa periférica arredondada em contato com a pleura e penetra em sua margem anterior.

- Esse sinal é característico de atelectasia redonda e a exposição ao asbesto (amianto) é a causa mais comum.

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Sinal da Cauda de Cometa

(*) – atelectasia redonda

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Sinal do Diafragma ContínuoSinal do Diafragma Contínuo:

Linha radiotransparente que atravessa a linha média (seta), acima do diafragma, na radiografia do tórax PA, indicativa de pneumomediastino.

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Sinal do Diafragma Contínuo

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Sinal do 1-2-3Sinal do 1-2-3:Padrão clássico na sarcoidose que consiste na combinação de adenopatias- paratraqueais direitas (1), - hilares direitas (2) e - hilares esquerdas (3).

A – Radiografia do tórax de frente mostrando aumento simétrico das dimensões e da densidade dos hilos, que apresentam contornos lobulados. Alargamento do mediastino superior em sede para-traqueal direita. Estes achados são compatíveis com o sinal do 1-2-3

Sarcoidose

Confirmado por TC torácica - adenopatias para traqueais direitas (B) e hilares bilaterais (C)

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Sinal do 1-2-3

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Imagem em CarrilImagem em Carril: Opacidades lineares paralelas (seta), representando as paredes brônquicas espessadas, em secção longitudinal.

Características das bronquiectasias cilíndricas, neste caso em contexto de fibrose cística.

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Imagem em Carril

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Sinal do Anel de SineteSinal do Anel de Sinete:

Imagem formada por um brônquio dilatado acoplado à sua respectiva artéria, de calibre normal, em secção transversal (círculo).

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Sinal da Sobreposição HilarSinal da Sobreposição Hilar:

Quando existe, significa que a lesão projetada ao hilo Não tem origem Hilar.

Massa mediastínica anterior. Opacidade projetada ao hilo esquerdo e através da qual se visualizam as estruturas vasculares do hilo – sobreposição hilar.

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Sinal da Sobreposição Hilar

NÃO tem o sinal (origem mediastínica e não hilar)

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Sinal do CrescenteSinal do Crescente:

Coleção de ar periférica (seta) rodeando uma massa localizada dentro de uma cavidade (onde o ar separa a parede externa da lesão de uma área interna de sequestro).

A causa mais frequente é um aspergiloma (forma uma bola fúngica de Aspergillus sp).

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Sinal do HaloSinal do Halo:

Opacidade em vidro despolido que rodeia um nódulo pulmonar denso, traduzindo geralmente hemorragia periférica.

Nódulo com halo em vidro despolido (seta) no segmento posterior do lobo superior direito.

Aspergilose invasiva

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Sinal do Halo

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Sinal do Halo InvertidoSinal do Atol ou do Halo Invertido:

Opacidade em vidro despolido rodeada por halo periférico mais denso (aneis de consolidação).

É patognomônico de pneumonia organizativa.

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Split Pleura SignSplit Pleura Sign:

Espessamento e realce dos folhetos pleurais parietal e visceral, rodeando uma coleção líquida.

Indicativo de empiema.

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Obrigada!!

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Referências Bibliográficas

http://rihuc.huc.min-saude.pt/bitstream/10400.4/1569/1/sinais_rad_torax.pdfhttp://chest-medicine.blogspot.com.br/2015/04/chest-x-ray-silhouette-hiddenareas.html#.Vgt4DflVikohttp://pt.slideshare.net/Cleidenisia-Daiana/reviso-radio-traxhttp://www.pneumoimagem.com.br/imagens_pneumo_detalhe.asp?idcat=54&imagem=341http://www.acervosaber.com.br/trabalhos/medicina1/radiologia_do_coracao.phphttp://www.imaginologia.com.br/dow/radiologia_basica/Metodos-de-Imagem-na-Avaliacao-do-Torax.pdfhttp://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=2414