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Divisão de Apoio e Controle de Qualidade Apresentação: Engº Fernando Goldman 17.06.2009 O Apagão das Engenharias no Brasil Contexto, Causas e Conseqüências IX SINCONEE O Apagão das Engenharias no Brasil Contexto, Causas e Consequências Apresentação de: Engº Fernando Goldman – Furnas Centrais Elétricas SA Em 17.06.2009 no Centro de Convenções Ulisses Guimarães – Brasília/DF

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O Apagão das Engenharias no Brasil Contexto, Causas e Consequências - Apresentada no IX SINCONEE, em 17.06.2009 no Centro de Convenções Ulisses Guimarães – Brasília/DF

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Apresentação de:Engº Fernando Goldman – Furnas Centrais Elétricas SA

Em 17.06.2009 no Centro de Convenções Ulisses Guimarães – Brasília/DF

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Obs. : Os pontos de vista aqui apresentados são exclusivamente do autor e não representam necessariamente os de FURNAS, da SBGC, do PPED/UFRJ ou de qualquer instituição com a qual ele esteja, ou tenha estado, ligado por qualquer laço de afiliação,

prestação de serviços ou contratação.

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Gerschenkron e os retardatários• Economic Backwardness in Historical Perspective - Analisa os mecanismos de industrialização retardatária, com forte intervenção do Estado no

quartil final do séc. 19, em especial, Alemanha e da Rússia,

economias então atrasadas frente à inglesa.

• Difusão da industrialização na Europa continental, teve

características distintas da revolução industrial inglesa.

• Necessidade de criar inovações institucionais, “substitutas” dos

requisitos para o crescimento econômico sustentado, compensando

a ausência ou escassez de:

- capital,

- empreendedorismo,- trabalho qualificado e

- tecnologias.

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Gerschenkron e os retardatários

•Industrializações tardias podem apresentar certo tipo de

vantagem em relação a um processo de industrialização

anterior, no caso a inglesa.

• Tais vantagens se baseiam no fato de os países que buscam

seu desenvolvimento, ao terem uma referência, poderem saltar

etapas, incorporando, por exemplo, padrões tecnológicos e

aspectos energéticos mais modernos.

• Necessária, porém, a existência de outros fatores como um

sistema financeiro capaz de dar suporte ao setor industrial e a

presença de uma ideologia que legitime o papel do Estado em um projeto nacional de industrialização.

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Gerschenkron e os retardatários

As razões que justificariam o papel do Estado,

segundo Gerschenkron, estão ligadas ao fato de

que, à medida que a Revolução Industrial mudou

os limites do progresso tecnológico, os processos

de produção (sobretudo industriais) foram ficando

cada vez mais capital-intensivos, com técnicas de

produção cada vez mais sofisticadas, tornando a

possibilidade de catching-up por parte dos

retardatários cada vez mais difícil e custosa.

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Gerschenkron e os retardatáriosEmbora o livro foque países que se

desenvolveram no fim do séc. 19, o modelo

se mostra válido para entender porque as

estratégias de desenvolvimento econômico

de países com processos de industriali-

zação no pós-guerra (por exemplo, Japão,

“tigres” asiáticos e, mais recentemente,

China), tiveram de implantar modelos

próprios de desenvolvimento.

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Distribuição matrículas -Ensino Superior

Slide cedido por Carlos Henrique de Brito Cruz em março de

2009, agradecimentos ao Prof. Sérgio Salles

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Fonte: OECD SCIENCE, TECHNOLOGY AND INDUSTRY OUTLOOK 2008

O papel das políticas públicas:

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Fonte: OECD SCIENCE, TECHNOLOGY AND INDUSTRY OUTLOOK 2008

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O papel das políticas públicas:• A Coréia tem procurado construir uma sólida base para a promoção sistemática e utilização de HRST.

• Com base em uma lei especial sobre o apoio a C&E promulgada em 2004, está sendo implementado o

primeiro plano básico de fomento e apoio a RH em C&E (2006-10).• Em 2007, foi anunciado apoio ao ciclo de vida de

RHCT, abrangendo:�educação;

�recrutamento;�emprego; e�aposentadoria.

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Educação• criação de programa da escola fundamental à

graduação destinado a atrair jovens talentos para desenvolver carreiras em C&E e RHCT.

• nº de centros para os talentos em ciência aumentou de 171 (2003) para 231 (2006).

• nº de bolsas concedidas a estudantes na ciência também aumentou de 110 (2003) para 535(2006).• nº das empresas que receberam bolsas aumentou,

passando de 5 872 (2003) para 16 213 (2006).• % de alunos graduando em C&E aumentou,

passando de 74,3% (2003) para 83,3% (2006)

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Recrutamento

• O governo tem trabalhado para criar empregos para

graduados em C & E atraindo talentos em C&T, através de várias medidas de apoio.

• Por exemplo, políticas para aumentar o número de RHCT, especialmente as mulheres, recrutadas em

agências governamentais ou organizações públicas.• Além disso, o prazo de obrigação de serviço público para os pesquisadores foi reduzido de cinco para três

anos.

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Emprego

• O governo está empenhado em criar um ambiente mais estável de pesquisa e incentivar o espírito C&T.

• Tem aumentado a percentagem da receita bruta dos royalties oferecidos aos investigadores de 35% em

2003 para 50% em 2006.• Desde 2004, um programa de pensão de benefício mútuo foi criado para garantir benefícios de bem-

estar de pós-aposentadoria para os cientistas e engenheiros.

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Aposentadoria• Apoio a uma pós-aposentadoria estável, utilizando

a experiência dos cientistas e engºs aposentados.• Por exemplo, pesquisadores aposentados prestam

apoio técnico às PME através do Projeto TehcnoDoctor, no qual o governo paga KRW 2 milhões por pesquisador enquanto a empresa oferece KRW 0,5

milhão por pessoa como contrapartida.•O programa visa colocar o conhecimento dos

cientistas e engenheiros aposentados para uso prático em sua área específica, foi ampliado em

2006(236 aposentados.)

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Industrialização tardia...

“...nas empresas que operam em economias emergentes, como por exemplo, na América Latina, na Ásia, na África do Sul ou alguns países do Leste Europeu, é rara a incidência de laboratórios de P&D formalmente estruturados conforme aqueles encontrados em empresas de economias industrializadas.Não obstante, atividades tecnológicas inovadoras e complexas são conduzidas através dos departamentos de engenharia, de qualidade, de manutenção. É muitas vezes nessas unidades organizacionais que estão acumuladas grande parte das capacidades tecnológicas inovadoras das empresas.”

(FIGUEIREDO, 2004)

... não se faz com P&D&I, mas sim com E&I&P&D

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www.kmgoldman.blogspot.com

Engº Fernando Goldman http://www.slideshare.net/goldman

Debate

Referências

FIGUEIREDO, P. N. Aprendizagem tecnológica e inovação industrial em

economias emergentes: uma breve contribuição para o desenho e

implementação de estudos empíricos e estratégias no Brasil. In: RevistaBrasileira de Inovação, vol. 3, n. 2, p.323. Rio de Janeiro: FINEP, 2004.

GERSCHENKRON, A. Economic Backwardness in Historical Perspective: A

Book of Essays. Cambridge, MA: Belknap Press of Harvard University

Press, 1962. 456 pp.

Email:[email protected] [email protected]