SÍNDROME AGUDA DA RADIAÇÃO

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SÍNDROME AGUDA DA RADIAÇÃO

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SÍNDROME AGUDA DA RADIAÇÃO. Fontes de radiação têm sido amplamente utilizadas pela sociedade moderna acidentes campos de radiação elevada não intencional liberação de grandes quantidades de material radioativo sistemas hematopoiético, gastrointestinal cerebral e - PowerPoint PPT Presentation

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SÍNDROME AGUDA

DA RADIAÇÃO

Fontes de radiação têm sido amplamente utilizadas pela sociedade moderna acidentes

campos de radiação elevada

não intencional

liberação de grandes quantidades de material radioativo

sistemas hematopoiético,

gastrointestinal

cerebral e

cardiovascular

morte

indivíduos da população trabalhadores da área nuclear

TIPOS DE DANOS RADIOBIOLÓGICOS EM MAMÍFEROS

Molecular danos em macromoléculas; enzimas; RNA e DNA; interferência no processo metabólico

subcelular danos na membrana celular; núcleo; cromossomos; mitocôndrias; lisossomos

celular inibição da divisão celular; morte celular; transformação para o estado maligno

tecido e falência ou danos severos ao SNC, SGI, MO, órgão podendo levar o indivíduo à morte; indução de câncer

organismo morte; diminuição do tempo de vida

população alterações nas características genéticas e mutações cromossômicas

MODALIDADE DE MORTE POR EXPOSIÇÃO

Quando um organismo é exposto à radiação, devemos considerar:a dose, o tipo de exposição e os efeitos

DOSE: única (aguda) (*) fracionada contínua (crônica)

EXPOSIÇÃO: corpo inteiro (3/4) (*) corpo parcial local (localizada)

EFEITOS: agudos (horas até 2 meses) (*) crônicos (tardios)

TEMPO DE SOBREVIDA/ DOSE

Dose corpo inteiro tempo sobrevida modo de morte (cGy)

100.000 ou mais morte imediata ou Morte Molecular durante a exposição

5.000 a 100.000 minutos a 48 horas S.SNC

600 a 5.000 3 a 10 dias S. GI

200 a 600 10 a 30 dias S.MO

abaixo de 200 - efeitos tardios

A classificação não é rígida, pois a radiação não atua em um só órgão e os sinais e sintomas se misturam, ocasionando respostas diferentes nos organismos

SÍNDROME AGUDA DA RADIAÇÃO

FASE PRODRÔMICA

Antecede os sintomas

Manifesta logo após à exposição depende da dose

5 a 15 minutos

reação máxima dentro de 30 minutos a poucos dias

Sintomas:

GI: anorexia, náusea, vômitos, diarréia, cólicas intestinais, salivação, perda

de fluido, desidratação e perda de peso

NM: fadiga, apatia ou indiferença, exsudação, febre, dor de cabeça e

hipotensão

SÍNDROME DA MEDULA ÓSSEA OU SÍNDROME DA MEDULA ÓSSEA OU HEMATOPOIÉTICAHEMATOPOIÉTICA

Observada com 200 a 600 cGy de radiação e neutrons

Células alvo: stem cell da Medula Óssea

Depleção das células sangüíneas circulantes

morte, se ocorrer, dentro de 30 a 60 dias

doses maiores 100 cGy - índice mitótico da MO = 0

decréscimo de * granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e

basófilos)

* agranulócitos (linfócitos e monócitos)

* eritrócitos (hemácias)

* plaquetas

fase de regeneração: divisão de células germinativas que não

morreram, mas por apresentarem anormalidades, morrem

rapidamente ocorrendo queda nos índices

SINTOMAS: anemia : eritrócitos morte fisiológica

escape dos vasos lesados

hemoglobina

hemorragia : plaquetas

infecção : granulócitos bacteriemia

náusea e vômitos período latente evolução dos sintomas

3 semanas* desânimo* fadiga* hemorragia petequiais na pele* ulceração na boca* anemia

Tratamento: abaixo de 200 cGy - tratamento sintomático acima de 200 cGy - isolamento

esterilização da pele antibióticos

(evitar) transfusão sangüínea compensadora transplante de MO

ACIDENTES - SMO (200 a 600 cGy)ACIDENTES - SMO (200 a 600 cGy) Los Alamos 1945

corpo inteiro 590 cGy 5.000 e 40.000 cGy - localizada (mão)

1o horanáusea

24 horasvômito

2o dia ao 6o dia 4o diamelhoria mãos vermelhas e inchadasleve febre

7o dia

perda de peso

9o diaaparecimento de edemasperda de peleulceração bolhas

10o dia

ulceração na língua

inflamação generalizada nas membranas das mucosas da boca

distensão abdominal

diarréia

12o dia

progressão das lesões

inflamação de abdomem e tronco

15o dia

queda de cabelo

17o dia

pericardite (inflamação das membranas que envolvem o coração)

24o dia

tronco apresentava sinais de queimadura

destruição generalizada dos tecidos epiteliais

aumento de temperatura

morte

Células sangüíneas:

* vermelhas - reduziu moderadamente

* brancas- houve um aumento e decréscimo rápido

* linfócitos - desapareceram rapidamente

Autópsia :

líquido nos pulmões

inflamação do pericárdio

inflamação do intestino

ulceração do cólon

depleção de células da MO

destruição dos tecidos moles

SÍNDROME DO SISTEMA SÍNDROME DO SISTEMA GASTROINTESTINALGASTROINTESTINAL

Observada com 600 a 5.000 cGy de radiação e neutrons

Danos no epitélio intestinal - sistema de renovação celular

morte dentro de 3 a 10 dias

atividade das células da cripta é reduzida a zero após 30 min.

dentro de 2 a 6 horas ocorre a fase de

elevação transitória e fase de decréscimo

recuperação do epitélio

dentro de 5 a 10 dias - a vilosidade intestinal torna-se curta e

achatada, ocasionando morte por infecção

SINTOMAS: Inicial: Posterior: náusea, desidratação, vômito, perda de peso anorexia, enfraquecimento dor intestinal, diarréia sangüinolenta apatia, letargia, severa diarréia

TRATAMENTO:

repouso antibióticos

adequada nutrição assepsia local

transfusões sangüíneas transplante de MO

ACIDENTES - SSGIACIDENTES - SSGI (600 a 5000 cGy)(600 a 5000 cGy)

Los Alamos 1946n e corpo inteiro 114 cGy e 1.000 cGy n30.000 cGy - localizada

1o horavômitotemperatura alteradabatimentos cardíacos alterados

6o diaparalisia do íleo

7o diadiarréia sangüinolentacolapso circulatório

9o dia Autópsiaicterícia epitélio duodenal destruídohemorragia espontânea cólon preservadomorte depósitos bacterianos - E.coli

INTER-RELAÇÃO DOS SINAIS E SINTOMASINTER-RELAÇÃO DOS SINAIS E SINTOMAS

diarréia * perda de peso

+ vômito * desidratação * completa exaustão *

emagrecimento

INTESTINO DESNUDO alteram o volume sangüíneo(não absorve água, perda de eletrólitos altera a

nem alimentos) composição do soro

infecção intestinal (insuficiência dos leucócitos na defesa

orgânica)

bacteriemia A morte é decorrente (3 - 10 dias):

danos ao sistema nutricional perda de fluidos e eletrólitos despopulação da linhagem epitelial entrada de substâncias tóxicas na circulação infecção

SÍNDROME DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Observada acima de 5.000 cGy de radiação e menos para neutrons Morte ocorre dentro de 48 horas Falência do SNC associado ao GI e MO

SINTOMAS:

irritabilidade

hiperexcitabilidade danos nos

desmaios do tipo epiléptico neurônios e vasos

coma sangüíneos

acúmulo de fluidos

aumento de pressão intracraniana

DANOS: Neurônios e sistema vásculo-cerebral

alterações na permeabilidade vascular

distúrbios na circulação sangüínea cerebral e do fluído cerebrospinal

hemorragias e edema (pressão intracraniana)

alterações no controle da pressão arterial

alterações na percepção sensorial

infarto do miocárdio e miocardite intersticial

QUADRO EVOLUTIVO

Inicialmente :

agitação e irritação, apatia, vômito, salivação, defecação repetida e diarréia

Posteriormente:

ataxia (incapacidade de coordenação dos movimentos voluntários),

desorientação e tremores

Fase final:

convulsões, prostração, coma, insuficiência respiratória e morte

A SSNC é irreversível e o tratamento é sintomático (alívio da agonia decorrente

das desordens nervosas e gastrointestinais)

ACIDENTES - SSNC (5.000 a 100.000 cGy) Rhode Island (EUA) 1964

235U corpo inteiro 8.800 cGy (6.600 cGye 2.200 cGy n)

1o dia:não perdeu a consciência cólicas abdominaisdor de cabeça vômitosinquietação diarréia sangüinolenta incontinente2o diainquietação ofegantefatigado visão reduzidapressão sangüínea alterada

49 horas após o acidentedesorientaçãopressão sangüínea alterada morte (choque cardiovascular)

Tempo após SSNC SGI SMOirradiação (5000 cGy) (1000 cGy) (400 cGy)

1o dia náusea náusea náusea vômito vômito vômito

diarréia diarréia diarréia dor de cabeça desorientação

agitação ataxia fraqueza sonolência coma convulsão

choque morte

2a semana náusea vômito diarréia

febre emagrecimento prostração morte

3a e 4a semanas fraquezafadiga

anorexianáuseavômitofebre

hemorragia recuperação?

INTER-RELAÇÃO DOS SISTEMAS ORGÂNICOS

SISTEMA DIGESTÓRIO nutrição pobre incorporação e absorção de alimento diarréia perda de fluido ulceração

perda de eletrólitosSISTEMA HEMATOPOIÉTICO linfócitos e granulócitos plaquetas infecção eritrócitos hemorragia

SISTEMA VASCULAR permeab. capilar e fragilid.vascular anemia obstrução dos vasos anoxia

SISTEMA ENDÓCRINO mineralocorticóides danos aos tecidos glicocorticóides mais resistentes

EFEITOS DA IRRADIAÇÃO AGUDA

NOS TESTÍCULOS

10 cGy - diminuição na contagem espermatogônica (12 meses)

250 cGy - esterilidade temporária (2 - 3 anos ou mais)

400-600 cGy ou 1500 cGy fracionada (10 dias)- esterilidade

permanente

NÃO OCORRE ALTERAÇÃO NO QUADRO: HORMONAL

LIBIDOCAPACIDADE FÍSICA

NOS OVÁRIOS

150 a 200 cGy - (dose única) - ambos ovários

esterilidade temporária

supressão da menstruação (12 a 36 meses)

300-800 cGy ou 1000/2000 cGy fracionada ( poucos dias) -

esterilidade permanente com alteração hormonal

EFEITOS DA IRRADIAÇÃO AGUDA NA PELE

danos nos tecidos da epiderme, derme e subcutâneo local de maior danos: camada germinativa da epiderme local de resposta rápida: rede capilar da derme

epiderme derme subcutâneo

A dilatação destes capilares e a liberação de histamina eritema

Doses elevadas

vermelha escura ou púrpura

pequenas bolhas / grandes vesículas

Doses muito elevadas

úlcera profunda

destruição dos vasos do epitélio de revestimento

inibindo a renovação

300 - 800 cGy eritema (24 a 48 h)

1000 cGy 2a fase eritema (1 semana) / danos severos

(epiderme)

acima 5000 cGy danos severos:

camada dérmica e subcutânea

destruição da epiderme

CABELO

300 - 400 cGy afetam o crescimento do cabelo

700 cGy queda de cabelo (1 - 3 semanas)

retorna o crescimento

acima 700 cGy perda permanente de cabelo

EFEITOS DA IRRADIAÇÃO AGUDA NOS EFEITOS DA IRRADIAÇÃO AGUDA NOS PULMÕESPULMÕES

PRIMEIROS SINAIS

edema

alterações na circulação sangüínea e nos vasos sangüíneos

SINAIS POSTERIORES ( 1 - 7 meses)

reação inflamatória (pneumonite)

fibrose pulmonar (parede alveolar)

diminuição da capacidade ventilatória e de difusão (acima de 8

Gy - localizada)

falência da MO - transplante

TECIDOS MAIS SENSÍVEIS

Entre os tecidos mais sensíveis no homem estão:

ovários

testículos

cristalino dos olhos

medula óssea

tecido sanguíneo (linfócitos)

tecido gastrointestinal