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SINDROME DATAQUIACARDIA ATRIAL INCESSANTE TIPO COUMEL. Ionete de Oliveira Rodrigues da Silva 1 Iza Cristina dos Santos 2 Raquel Mendonça Neponucemo 3 Lourdes Alexandrina de Castro Neves 4 Janise Dornelas Assunção 5 Introdução A clássica taquicardia juncional recíproca permanente conhecida como taquicardia de Coumel, e uma taquicardia de RP longo, com ondas P negativas nas derivações eletrocardiográficas inferiores do plano frontal, que normalmente ocorrem de forma incessante,geradas por um movimento circular que incorpora uma via acessória de condução lenta, habitualmente localizada na região septal posterior do anel atrioventricular1Durante 0 estudo eletrofisiológico invasiva um dos elementos mais importante para caracterizar 0 seu mecanismo e diferencia-Ia da taquicardia AV nodal do tipo rápido -leventricular Objetivos:Descrever a Síndrome da Taquiacardia Atrial Incessante tipo Coumel na pediatria- Definir o SAE no paciente portador da síndrome; Relato de caso ACSR, 12 anos, sexo feminino, 64 Kg, portadora de Taquicardia Atrial Incessante (TAI) para ser submetida à ablação por cateter A mesma teve o diagnóstico precoce de(TAI) na idade intra-útero A mãe informa que já na gestação foi observada Freqüência Cardíaca elevada sendo encaminhada para tratamento com cardiopediatra No Ecocardiograma ao nascimento não demonstrou alterações e a paciente apresentava paroxismo de taquicardia.Até os 5 anos de idade apresentava crises de taquicardia e cianose que melhoravam com o repouso, porém sem cardiopatia cianótica após os 5 anos não apresentou mais tais paroxismos, mantendo períodos de taquicardia Aos 10 anos após realizar teste ergométrico apresentou taquicardia supraventricular como ritmo de base Em 11/05/2010 realizou Estudo eletrofisiológico taquicardia atrial incessante com achado de via esquerda e após este achado ficou em acompanhamento ambulatorial medicamentoso Internada dia 29/09/2011 para fazer ablação de TAI tipo Coumel,vacinação em dia;alergia a esparadrapo tipo micropore,em uso de proponolol 120mg/dia;bom estado geral;eupnéica, boa perfusão periférica; ritmo irregular porem sem ausculta de sopros; motivo da internação palpitações aos esforço Pela Psicologia:informa que a questão da obesidade como reflexo de sofrimento e angústia vividas pela adolescência diante das perdas que a arritmia impõe no seu dia a dia e, piorou ao perder seu médico de referência. Laudo do EEF/ABLAÇÃO ()11/05/2009) Patologia: Taquicardia Supraventricular IncessanteRelato: observada TAI com componente de maior precocidade em seio coronariano com topografia compatível com via acessória esquerda. Estimulação do VD gerou a mesma morfologia de ativação que a observada na taquicardia clínica

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SINDROME DATAQUIACARDIA ATRIAL INCESSANTE TIPO COUMEL.

Ionete de Oliveira Rodrigues da Silva1

Iza Cristina dos Santos2

Raquel Mendonça Neponucemo3

Lourdes Alexandrina de Castro Neves4

Janise Dornelas Assunção5

Introdução A clássica taquicardia juncional recíproca permanente conhecida como taquicardia de Coumel, e uma taquicardia de RP longo, com ondas P negativas nas derivações eletrocardiográficas inferiores do plano frontal, que normalmente ocorrem de forma incessante,geradas por um movimento circular que incorpora uma via acessória de condução lenta, habitualmente localizada na região septal posterior do anel atrioventricular1Durante 0 estudo eletrofisiológico invasiva um dos elementos mais importante para caracterizar 0 seu mecanismo e diferencia-Ia da taquicardia AV nodal do tipo rápido -leventricular Objetivos:Descrever a Síndrome da Taquiacardia Atrial Incessante tipo Coumel na pediatria- Definir o SAE no paciente portador da síndrome;

Relato de caso

ACSR, 12 anos, sexo feminino, 64 Kg, portadora de Taquicardia Atrial Incessante (TAI) para ser submetida à ablação por cateter A mesma teve o diagnóstico precoce de(TAI) na idade intra-útero A mãe informa que já na gestação foi observada Freqüência Cardíaca elevada sendo encaminhada para tratamento com cardiopediatra No Ecocardiograma ao nascimento não demonstrou alterações e a paciente apresentava paroxismo de taquicardia.Até os 5 anos de idade apresentava crises de taquicardia e cianose que melhoravam com o repouso, porém sem cardiopatia cianótica após os 5 anos não apresentou mais tais paroxismos, mantendo períodos de taquicardia Aos 10 anos após realizar teste ergométrico apresentou taquicardia supraventricular como ritmo de base Em 11/05/2010 realizou Estudo eletrofisiológico taquicardia atrial incessante com achado de via esquerda e após este achado ficou em acompanhamento ambulatorial medicamentoso Internada dia 29/09/2011 para fazer ablação de TAI tipo Coumel,vacinação em dia;alergia a esparadrapo tipo micropore,em uso de proponolol 120mg/dia;bom estado geral;eupnéica, boa perfusão periférica; ritmo irregular porem sem ausculta de sopros; motivo da internação palpitações aos esforço

Pela Psicologia:informa que a questão da obesidade como reflexo de sofrimento e angústia vividas pela adolescência diante das perdas que a arritmia impõe no seu dia a dia e, piorou ao perder seu médico de referência.

Laudo do EEF/ABLAÇÃO ()11/05/2009)

Patologia: Taquicardia Supraventricular IncessanteRelato: observada TAI com componente de maior precocidade em seio coronariano com topografia compatível com via acessória esquerda. Estimulação do VD gerou a mesma morfologia de ativação que a observada na taquicardia clínica

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Conclusão: via acessória esquerda, provavelmente septo-posterior, ablação não realizada, agendar novo procedimento para ablação de via esquerda.

As taquicardias por sua vez podem ser subdivididas de acordo com a duração dos complexos QRS em taquicardias de complexos QRS largo ou estreito.

Neste momento devemos lembrar que as crianças de forma geral apresentam complexos QRS mais estreitos que os adultos, de forma que em algumas situações, durações superiores a 100 ou 110 ms podem ser consideradas de complexos QRS alargados.

As taquicardias de complexos QRS alargados envolvem na infância 5 diagnósticos possíveis: 1. taquicardia ventricular, 2. taquicardia supraventricular aberrante,3. taquicardia supraventricular com bloqueio de ramo pré existente, 4. taquicardia por reentrada AV antidrômica e 5. fibrilação atrial associado à síndrome de WPW.

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Síndrome de Pré-Excitação Ventricular direita Tipo Coumel

A taquicardia do tipo Coumel, também conhecida por forma permanente da taquicardia reciprocante juncional AV, tem como substrato uma conexão AV com condução lenta que, na imensa maioria das vezes, une o miocárdio atrial da região vizinha à boca do seio coronário e o miocárdio ventricular próximo ao anel tricúspide

A síndrome de WPW é a apresentação mais freqüente de pré-excitação Ventricular. A pré-excitação ventricular ocorre quando uma parte ou todo o ventrículo é ativado precocemente pelo átrio, através de um feixe anômalo que comunica o átrio ao ventrículo.

Os pacientes portadores da síndrome de WPW podem apresentar diferentes taquiarritmias, como as taquicardias reentrantes átrio-ventriculares ortodrômica e antidrômica, a fibrilação atrial e a fibrilação ventricular, ocasionando morte súbita.

As vias anômalas podem estar localizadas em qualquer região dos anéis átrioventriculares (A-V).

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A síndrome de WPW é a forma mais comum de pré-excitação ventricular, que é quando parte ou todo o ventrículo é ativado mais precocemente pelo átrio, do que se o impulso fosse até o ventrículo pelo sistema de condução normal A-V. Para isso, é imperativa a presença de vias acessórias que comunicam o átrio ao ventrículo.

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ALTA

O paciente será orientado pelo médico ou enfermeira (o) quanto aos cuidados com o local da punção. Não há necessidade de refazer o curativo.

Deve-se apenas lavá-lo com água e sabão, mantendo-o sempre seco e limpo.

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Somente os remédios receitados por seu médico devem ser tomados. Em alguns casos, conforme o resultado da ablação, poderão ser receitados alguns medicamentos, inclusive antiarrítmicos. O retorno será marcado dentro de 30 dias após a alta. O retorno ao trabalho geralmente ocorre dentro de três dias a uma semana, mas será confirmado com seu médico. O paciente receberá um relatório completo, contendo informações sobre tudo que foi realizado.

O paciente deverá entrar em contato com o médico que o encaminhou para o procedimento logo que possível, pois este o orientará quanto a rotina a seguir.

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

PROBLEMAS DE ENFERMAGEM

• Obesidade • Cansaço • Ansiedade • Auto – estima baixa

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CONCLUSÃO

A eficácia do procedimento está diretamente ligado a cura do paciente e a expectativa de deixar de usar medicamentos e ter a chance de resgatar uma melhor qualidade de vida. Neste caso ocorre em mais de 90% dos casos. A adolescente terá a oportunidade de ter uma vida normal e com isso muitos dos problemas apresentados serão sanados com mais

REFERÊNCIAS

1-Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul / Fundação Universitária de Cardiologia. Manual de Condutas. Porto Alegre: FUC, 2002.

2-CRUZ, I.C.F.da. Contribuições do diagnóstico de enfermagem para a autonomia da enfermeira. /Conferência apresentada no 3º Simpósio Nacional sobre os Diagnósticos de Enfermagem, Fortaleza, 1996.

3-MALAN, Iara Atié. Características clínicas, eletrofisiológicas e ablação por radiofreqüência de pacientes brasileiros portadores de síndrome de Wolff-Parkinson-White e/ou vias acessórias ocultas. – Rio de Janeiro:UFRJ / Faculdade de Medicina, 2008.

4-NÓBREGA, M. M. L. ; GARCIA, T.R. Uniformização da linguagem dos diagnósticos de enfermagem da NANDA: sistematização das propostas do II SNDE. João Pessoa: A União, 1994

5-Souza MF. As teorias de enfermagem e sua influência nos processos cuidativos. In: Ciancirulo TI, et al. Sistema de assistência de enfermagem: evolução e tendências. São Paulo (SP): Ícone; 2001.