Síndrome do esmagamento

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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR SÍNDROME DO ESMAGAMENTO CARLY MARTINS GLASER

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Síndrome compartimental, apresentação de TCC

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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR SÍNDROME DO ESMAGAMENTO

CARLY MARTINS GLASER

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INTRODUÇÃOSíndrome do esmagamento é causada por um trauma

vascular com esmagamento de algum membro.

A musculatura dos membros inferiores e superiores são envoltos por uma membrana chamada aponeurose que é deformável e inelástica que através de uma forte compressão causa o aumento da pressão intracompartimental.

A pressão acima de 20mmHg, supera a pressão intravascular e interrompendo o fluxo sanguíneo.

Levando á isquemia, acidose metabólica, hipercalemia, insuficiência renal aguda, rabdomiólise traumática e por fim o choque e caso não identificada e tratada com antecedência leva a morte (Knobele, 2006).

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INTRODUÇÃO Os sinais e sintomas podem apresentar de 4 á 6 horas e

também de forma tardia entre 48 á 96 horas após o trauma.

O enfermeiro por estar ao lado do paciente, acompanhando o seu quadro de evolução pode identificar precocemente os sinais e sintomas que apresenta.

Caso evolua para a síndrome do esmagamento, o enfermeiro atua aferindo a pressão intracompartimental da musculatura, avaliando os sinais e sintomas.

Prevenindo as complicações como a insuficiência renal aguda, a rabdomiólise e a necrose muscular.

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OBJETIVOGERALIdentificar a atuação do enfermeiro ao paciente

portador da Síndrome do Esmagamento

ESPECÍFICOSDescrever a fisiopatologia da síndrome do

esmagamento;Relatar os sinais e sintomas;Mostrar o diagnóstico e o tratamento da síndrome

do esmagamento;Demonstrar o papel do enfermeiro frente ao

paciente com síndrome do esmagamento.

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METODOLOGIATrata-se de uma pesquisa bibliográfica de natureza

descritiva, onde foi feito um estudo retrospectivo, exploratório por meio de busca por artigos científicos nas bases de dados: LILACS, Scielo, Medline, hospedados no site da Bireme e pelo site ACM (Associação Catarinense de Medicina). Consultando também o acervo bibliográfico da universidade Uniban/Anhanguera de São Paulo.

Foram utilizadas literaturas abrangendo período entre 2002 á 2012, sendo as anteriores a este período utilizado por serem relevantes a este trabalho.

Palavras chaves: Síndrome do Esmagamento e síndrome compartimental.

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DEFINIÇÃOEsta síndrome é definida como uma grave

manifestação sistêmica de trauma e isquemia nos tecidos moles, principalmente o músculo esquelético.

Descrita pela primeira vez em 1872 por Richard Von Volkmann, que descreveu contraturas dos músculos do antebraço em reduções fechadas de fraturas de cotovelos, resultante de necrose e isquemia muscular.

Reconhecida em 1909 após o terremoto de Messina e durante a Primeira Guerra Mundial.

Descrita em Inglês pela primeira vez em 1941.

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ETIOLOGIAO mais comum é ocorrer em membros inferiores

do que nos superiores ou em outra parte do corpo.

As causas mais comuns são:Trauma vascular com esmagamento do membro; obstrução arterial aguda de membros; obstrução de reconstrução arterial prévia; pinçamento com oclusão temporária em

reconstrução vascular; canulação arterial durante bypass cardiopulmonar; extensos traumatismos musculares extensas fraturas ortopédicas.

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ETIOLOGIAE mais raramente esta síndrome pode ocorrer; Após esforço intenso em pacientes diabéticos;Operações ortopédicas, urológicas e ginecológicas;Uso de determinadas medicações;Picadas de animais peçonhentos.

Estas situações tem em comum a ocorrência de esquemia muscular sendo reversível ou não, podendo ocorrer á necrose muscular em que a essência da fisiopatologia reside nas alterações da permeabilidade da membrana muscular e da presença de conteúdo intracelular na corrente sanguínea (Knobele 2006).

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FISIOPATOLOGIAA perna e o braço como um todo são compartimentos

musculares envoltos por aponeurose, que é deformável, porém inelástica.

Qualquer aumento de pressão desses compartimentos leva ao comprometimento do retorno venoso, seguido ao comprometimento do fluxo arterial.

Há agressão inicial provoca o dano celular e aumenta a permeabilidade capilar.

Acentuando edema na região acometida acarretando sofrimento circulatório, instabilidade hemodinâmica e choque, (Azevedo, 2007).

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Dano celular

Permeabilidade capilar

Edema

Da pressão intracompartimental

Perfusão capilar interrompida

Distribuição de O2

Instabilidade Hemodinâmica

Isquemia; Acidose Metabólica;

IRA; Hipercalemia;

Choque

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SINAIS E SINTOMASAs manifestações clínicas podem apresentar-se de

quatro a seis horas após uma lesão inicial ou em uma forma mais tardia 48-96 horas e os sinais e sintomas são:

Pain;Pressão; Parestesia; Paralisia; Pulso arterial ausente; Palidez.

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DIAGNÓSTICOQuando há suspeita da SE deve realizar:

Exame físico;

Realizar a medição da circunferência do membro;

Aferir a pressão intracompartimental de cada compartimento envolvido;

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DIAGNÓSTICO

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DIAGNÓSTICO

Pressões 0 á 15 mmHg Normal 20mmHg Avaliação dos sinais e sintomas 30mmHg Alteração 20 á 30mmHg Zona Cinzenta

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TRATAMENTOÉ crítico que a SE em desenvolvimento seja

reconhecida precocemente, pois a disfunção neuromuscular é reversível quando tratada prontamente.

A rápida intervenção no sentido de revascularizar a extremidade traumatizada é mandatória para a prevenção da necrose muscular.

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TRATAMENTOSoluções Alcalinas

Hidratação

Manitol

Dialíticos

A administração deve ser iniciada assim que a SE seja reconhecida;

Deve continuar sendo administrada até quando o PH se normalizar.

Hiper-hidratação;Garantir a diurese entre 0,5 a 1ml/Kg/hr.

De forma contínua; Compensação eletrolítica;Reduzindo o edema pós revascularização;Efeito citoprotetor; Evita a necrose tecidual.

Deve ser utilizado caso houver diagnóstico IRA.

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TRATAMENTOFASCIOTOMIA

Avaliação

É causado um dano menor para evitar dano maior

Curativo

Conduta pós operatória

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PAPEL DO ENFERMEIROO enfermeiro por estar ao lado do paciente

consegue verificar precocemente as alterações que o mesmo apresenta.

Atendendo-0 de forma única e com qualidade.

Realizando o levantamento de problemas, assim chegando ao um diagnóstico de enfermagem e com isso planejando e prescrevendo cuidados específicos para este paciente.

Tornando a assistência eficaz e prevenindo complicações.

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PAPEL DO ENFERMEIROO enfermeiro em toda as suas competências. Consegue avaliar os sinais e sintomas que o

paciente apresenta;

Medindo a circunferência do membro afetado;

Monitorando os sinais vitais;

Verificando a perfusão periférica;

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PAPEL DO ENFERMEIROCuidando do pré, intra e pós operatório;

E após realizado a fasciotomia o enfermeiro tem por competência cuidar dos curativos, pois a ferida da fasciotomia tem a cicatrização por segunda intenção;

Manter o membro em posição neutra para a melhor cicatrização, pois nesta posição há uma melhor circulação;

E cuidar dos curativos para que não haja a necrose do membro para não ocorrer a amputação.

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CONCLUSÃOA síndrome do esmagamento é uma emergência

clínica grave, com alta taxa de mortalidade relacionada ao diagnóstico tardio e o manejo terapêutico inadequado.

Nesta contextualização, o enfermeiro se insere como um profissional essencial para a identificar os sinais e sintomas que possam sinalizar o aparecimento desta síndrome.

Entendemos, que a SAE, apoiada em terminologias padronizadas, pode dotar o enfermeiro de instrumentos eficazes para a identificação desta condição clínica, além de favorecer a universalização e padronização da linguagem utilizada na prática de enfermagem.

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A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!Florence Nightingal

OBRIGADA