Singularide um sonho em cubas de vidro
-
Upload
pedro-reis -
Category
Documents
-
view
209 -
download
3
Transcript of Singularide um sonho em cubas de vidro
SINGULARIDADEUM SONHO EM CUBAS DE VIDRO
PEDRO HENRIQUE BAPTISTA REISFAMECOS - PPGCOM
COMUNICAÇÃO CONTEMPORÂNEA E MANIFESTAÇÕES DA INFORMAÇÃO NO ENTRETENIMENTOPROF.: ANDRÉ PASE
DEZEMBRO 2013
–ISTVAN CSICSERY-RONAY, JR, 2008, P.264
"Uma ficção científica realmente existente, a alucinação consensual de homens instruídos [...], que
praticam a profecia empírica imaginária da ficção científica em um modo particularmente persuasivo”
Nos anos recentes nos vimos ser cercados de máquinas que calculam, raciocinam, percebem, memorizam, reagem. Entretanto, nenhuma das disciplinas que pretendem "convergir para o desenvolvimento humano" (ROCCO e BAINDRIDGE, 2003), e nem mesmo os estudos específicos de computaç ão (como nos casos específicos de Warwick e Kurzweil) sequer mencionam o problema da consciência. Fala-se freqüentemente que somente chegaremos a automaç ão "quando os computadores puderem 'entender' o que estão comunicando uns aos outros" (DERTOUZOS, p.71) e a nó s mesmos, fala-se que a "simulaç ão funcional do cérebro é suficiente para re-criar os poderes humanos de reconhecimento de padrões, intelecto e inteligência emocional" (KURWEIL, p.115), fala-se de "humanos nos quais os sistemas nervosos são ligados a computadores" e que isso "não apenas coloca sua individualidade em questão mas, também, que se esse computador estiver ligado a uma rede, permite que a autonomia também seja comprometida" (WARWICK, 2003, p.132). Porém, não seria verdade que "a vida é tão pouco feita de elementos físico-químicos quanto uma curva é composta de linhas retas" (BERGSON, p.9)? Não seria verdade que tudo isso seria apenas tentativa de estender "o poder causal da consciência" para além "das estruturas neuronais" (SEARLE, 2007, p.29)?
- KEVIN WARWICK, 2003, P.136
"Talvez o ponto mais importante é que estamos considerando não apenas a extensão física de capacidades humanas, mas sim uma base completamente diferente na
qual o cérebro ciborgue opera de forma híbrida entre homem e máquina"
“Me desmontar? Vocês não conseguem nem programar um videocassete!"
CYBORGS
NEIL HARBISSONNEIL HARBISSON
HTTP://SINGULARITYHUB.COM/2013/10/09/MITS-M-BLOCKS-A-NEW-CLASS-OF-ROBOT-CUBES-THAT-SELF-ASSEMBLE/
SELF-ASSEMBLING MACHINES
REPLICATORSREPLICATORS
MIND UPLOADING
RUSSIA 2045
CAPRICA/CYLONSCAPRICA/CYLONS
–MAURICE MERLEAU-PONTY, 2006, P.97-98
"Acreditar que o sujeito meditante possa fundir-se ao objeto sobre o qual ele medita, o saber se dilatar confundindo-se com o ser; o erro das filosofias reflexivas é acreditar que o sujeito meditante possa absorver em sua meditaç ão, ou apreender sem sobrar, o objeto sobre o qual medita, nosso ser reduzido a nosso saber. Nunca
somos, enquanto sujeito meditante, o sujeito irrefletido que procuramos conhecer; mas também não podemos nos tornar
inteiramente consciência, reduzir-nos à consciência transcendental. Se fossemos a consciência, deveríamos possuir, como sistema de relaç ões transparentes, o mundo diante de nó s, nossa histó ria, os
objetos percebidos em sua singularidade"
OBRIGADO!
BERGSON, Henri. O pensamento e o movente - ensaios e conferências. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2006.
______________. Memó ria e vida - textos escolhidos por Gilles Deleuze. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2006.
CSICSERY-RONAY, Jr, Istvan. The seven beauties of science fiction. Middletown, CT, EUA: Wesleyan University Press, 2008.
DERTOUZOS, Michael. A revoluç ão inacabada - como os computadores podem realmente mudar nossas vidas . São Paulo, SP: Futura, 2002.
HARAWAY, Donna. A cyborg manifesto: science, technology, and socialist-feminism in the late twentieth century. In: Simians, Cyborgs and Women: the reinvention of nature. Nova Iorque, NY, EUA: Routledge, 1991, pp.149-181. Disponível em: http://www9.georgetown.edu/faculty/irvinem/theory/Haraway-CyborgManifesto.html - acesso em 4 de julho de 2012.
HEIDEGGER, Martin. Os conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude, solidão. Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária, 2011.
_________________. Sobre a questão do pensamento. Petró polis, RJ: Editora Vozes, 2009.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepç ão. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2006.
_______________________. O visível e o invisível. São Paulo, SP: Perspectiva, 2009.
NOË, Alva. The critique of pure phenomenology. CA, USA: Springer, 2007. Disponível em: http://www.uoguelph.ca/~abailey/Resources/Noe,%20Alva%20--%20The%20critique%20of%20pure%20phenomenology.pdf, acesso em 4 de julho de 2012.
PUTNAM, Hilary. Truth, reason and history. Cambridge University Press, 1998.
ROCO, Mikhail C. e BAINBRIDGE, William Sims (org.). Converging technologies for improving human perfomance - nanotechnology, biotechnology, information technology and cognitive sciene. Dordrecht, Holanda: Kluwer Academic Publishers (Springer), 2003.
SELLARS, Wilfrid. Science, perception and reality. Atascadero, CA, EUA: Ridgeview Publishing Company, 1991.
SEARLE, John R. Liberdade e Neurobiologia. São Paulo, SP: Editora UNESP, 2007.
______________. Intencionalidade. Reló gio D’Água Editores, 1999.
PORTO ALEGRE, DEZEMBRO DE 2013