Sistema Construtivo em Alvenarias de Blocos de Gesso

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Dimensões das faces laterais dos blocos 7 .......................................

Figura 2. Dados construtivos dos blocos 7 .......................................................

Figura 3. Planta layout do sistema 8 .................................................................

Figura 4. Planta baixa do sistema 9 ..................................................................

Figura 5. Aplicação dos blocos no sistema (1°fiada) 10 ......................................

Figura 6. Legenda dos blocos 10 ........................................................................

Figura 7. Aplicação dos blocos no sistema (2°fiada) 11 ......................................

Figura 8. Sistema de amarrações e centralidades dos alvéolos dos blocos 12 ..

Figura 9. Representação da fachada frontal do sistema 13 ...................................

Figura 10. Representação da fachada traseira do sistema ................................

14

Figura 11. Gastos de materiais do sistema 15 ....................................................

Figura 12. Dimensões áreas do bloco (14x20x50) para ensaio 16 .....................

Figura 13. Secagem dos corpos de prova em estufa 17 .....................................

Figura 14. Pesagem da massa seca dos corpos de prova 17 ............................

Figura 15. Tanque de imersão dos corpos de prova 18 .....................................

Figura 16. Corpos de prova saturados para o escorrimento do excesso de água

18

Figura 17. Pesagem da massa úmida 19 ............................................................

Figura 18. Rompimento dos corpos de prova 19 ................................................

Figura 19. Resultados calculados dos ensaios 20 .............................................

Figura 20. Construção do pavimento inferior da edificação 21 ...........................

Figura 21. Nivelamento e locação dos blocos (14x20x39) 22 ............................

Figura 22. Respaldo das 1°e 2° fiadas até as fiadas das canaletas (Contra-

vergas) 22 ...........................................................................................................

Figura 23. Respaldo das alvenarias até o nível da laje 23 ..................................

Figura 24. Locação das vigotas da laje 23 ..........................................................

Figura 25. Concretagem da laje 24 .....................................................................

Figura 26. Execução das platibandas do telhado 24 ..........................................

Figura 27. Acabamento externo da edificação 25 ...............................................

Figura 28. Acabamento interno da edificação 25 ................................................

SUMÁRIO

BLOCOS 5 ..............................................................................................................

DIMENSÕES DOS BLOCOS 6 ..............................................................................Bloco nominal 50 6 ...............................................................................

Bloco nominal 39 6 ...............................................................................

Bloco nominal 25 6 ...............................................................................

Canaletas de gesso 6 .............................................................................

CARACTERÍSTICAS DOS BLOCOS 7 ..................................................................

PROJETO DO SISTEMA 8 .....................................................................................

Planta layout do sistema 8 ......................................................................

Planta Baixa do Sistema 9 .......................................................................

Aplicação do bloco no sistema 10 ..............................................................

Amarração dos blocos 12 ........................................................................

Fachada Frontal do sistema. 12 ................................................................

Fachada traseira do sistema. 14 ................................................................

Quantitativos de materiais gastos no sistema. 15 ...........................................

APLICAÇÃO DOS ENSAIOS 15 ............................................................................Corpo de prova utilizado 16 .....................................................................

Determinação da massa seca (ms) 17 ..........................................................

Determinação da massa úmida (mu) 18 .......................................................

Determinação da Resistência. 19 ...............................................................

Anotações dos ensaios. 20 .......................................................................

Resultados dos ensaios 20 .......................................................................

APLICAÇÃO DO SISTEMA EM UMA EDIFICAÇÃO UNIFAMILIAR 21 .................Etapas da obra. 21 ................................................................................

Construção do pavimento inferior 21 ..........................................................

Nivelamento e locações dos blocos. 22 ........................................................

Respaldo das alvenarias 22 ......................................................................

Respaldo até o nível da laje e pré enchimento de canaletas. 23 .........................

Locação de vigotas treliçadas das lajes. 23 ..................................................

Concretagem da laje 24 .........................................................................

Execução das platibandas do telhado 24 ......................................................

Acabamento externo da edificação. 25 .......................................................

Acabamento interno da edificação. 25........................................................

5

BLOCOS

A execução de uma alvenaria estrutural com blocos de gesso com maior qualidade e segurança é possível usando a Norma Técnica ABNT NBR 16657:2017 - Bloco de gesso - Alvenaria de vedação - execução, inspeção e controle que estabelece os requisitos para a execução, inspeção e controle de alvenaria de vedação em blocos de gesso.

Os blocos de gesso são blocos pré-moldados fabricados por processo e moldagem semi-extrusado, apresentando acabamento perfeito em suas superfícies, assim os blocos de gesso se encaixam perfeitamente durante a montagem de parede obtendo sua superfície plana e pronta para receber acabamento. Os blocos apresentam duas faces planas e lisas não necessitando reboco ou chapisco para dar o acabamento final. Utilizados na construção de divisórias internas ou paredes estruturais de inúmeras edificações, apresentam ranhuras e linguetas para facilitar seu encaixe no sistema macho e fêmea. O produto é fabricado em dois tamanhos 14x20x50cm 14x20x39cm, apresentando alvéolos que diminuem seu peso, melhoram o isolamento térmico e acústico das paredes além de facilitar a passagem de colunas internas e dutos hidráulicos e elétricos. A utilização de alvenaria em cerâmicos ou de concreto se constitui em uma alternativa viável na vedação vertical de edifícios.

O processo de uma edificação feita por blocos de gesso implica uma mão de obra treinada e preparada, além do que os blocos de gesso proporcionam um excelente pré-acabamento e alinhamento das paredes divisórias. Quando tecnicamente bem construídas, respeitando o limite do material e do sistema de vedação e da interação com demais sistemas de um edifício, as divisórias internas construídas em blocos de gesso apresentam vantagens significativas quando comparadas à construção de divisórias em alvenaria de blocos cerâmicos e/ou de blocos de concreto. A união dos blocos se faz com fina camada de cola de gesso, não necessitando de controle de espessura; possibilita corte com serrote/serra com praticidade e precisão, as sobras são facilmente reaproveitadas na própria elevação, gerando pouco resíduo; instalações elétricas podem seguir os vazios dos blocos ou em rasgos na alvenaria; as alvenarias podem ser aplicadas sobre piso pronto, sem necessitar de apicoamento, possibilitando sua remoção. Aumentando a produtividade e redução de trinchos em pisos; a cola de gesso

possui excelente aderência entre blocos de gesso e com outros materiais (concreto, cerâmica, madeira, materiais fibrosos, entre outros).

6

DIMENSÕES DOS BLOCOS

Bloco nominal 50

Bloco mais utilizada em toda a alvenaria em principalmente nas amarrações. Dos blocos de 50 obtém-se a partir de corte o bloco nominal de 25, bloco que também ajuda na amarração da alvenaria.

Bloco nominal 39

Bloco mais utilizado em quina de vértices das alvenarias para melhor amarração entre os blocos que vem nas duas ou até quatro direções. Os blocos de 39 também são enchidos em seus alvéolos por massa de gesso aumentando mais ainda sua capacidade de carga substituindo o elemento estrutural pilar.

Bloco nominal 25

Bloco extraído do bloco de 50 a partir de um corte transversal. Ajuda na amarração das alvenarias e em casos nos preenchimentos da alvenaria.

Canaletas de gesso

Reforço estrutural na alvenaria atuando com vigas de sustentação das cargas das lajes e vergas e contra-vergas nas cargas verticais das esquadrias da edificação.

As canaletas são preenchidas com massa de gesso e com uma treliça totalmente impermeabilizada.

7

CARACTERÍSTICAS DOS BLOCOS

Figura 1. Dimensões dos blocos em centímetros. Os blocos estão representados por cores vermelho bloco de 50, verde bloco de 39, azul bloco de 25 e preto canaletas de gesso.

Figura 1

Fonte: Autor.

Dados Construtivos dos blocos (Figura 2).

Figura2

Quantidade de blocos para construir

1m² de alvenaria

Quantidade de blocos para construir

1m de alvenaria

Bloco de 50 10 2

Bloco de 39 13 3

Bloco de 25 20 4

Canaletas 10 2

8

PROJETO DO SISTEMA

Planta layout do sistema

Foi desenvolvido em sistema para ilustrar a aplicação dos blocos. O sistema conta com uma edificação simples apresentando medidas usuais em edificações populares em todas as cidades.

Figura 3. O Sistema foi desenvolvido com plantas baixa e layout para melhor entendimento.

Figura 3

"

O Sistema apresentando conta com uma arquitetura usual, com esquadrias convencionais e medidas que atendem a aplicação de todos os tipos de alvenarias.

9

Planta Baixa do Sistema

Figura 4. Planta Baixa com contas em centímetros e níveis estão representados para a leitura e informações para o emprego do sistema.

Figura 4

"

10

Aplicação do bloco no sistema

A aplicação do sistema consiste em desenvolver métodos preliminares como 1° e 2° fiadas para obter as devidas amarrações seguintes.

O sistema apresentado abaixo figura 5 consiste na aplicação da 1° fiada de respaldo que facilitará a centralidade entre os alvéolos dos blocos da 2° fiada de respaldo.

Figura 5

"

Figura 6

11

A aplicação consiste em encaixes macho e fêmea colocando blocos de 50 em todos os preenchimentos e os blocos de 39 em todas as quinas e finais de alvenarias. Os blocos de 25 auxilia na amarração e preenchimento da alvenaria.

O sistema apresentado abaixo figura 7 consiste na aplicação da 2° fiada de respaldo que facilitará a centralidade entre os alvéolos dos blocos da 1° fiada de respaldo.

Figura 7

Figura 6

12

Assim o todo o sistema é levantado consecutivamente entre 1° e 2° fiada de respaldo até as fiadas de canaletas.

Amarração dos blocos

O esquema abaixo figura 8 mostra as ligações consecutivas entre 1° e 2° fiada de respaldo permitindo os enchimentos com massa de gesso e a introdução dos sistemas hidráulicos e elétricos.

Figura 8

"

Fachada Frontal do sistema.

O sistema conta com duas fachadas sendo frontal e traseira que demonstram maiores detalhes da aplicação das alvenarias.

13

A edificação demonstrada figura 9, conta com uma fundação do tipo radier, fundação simples, eficiente, resistente e com baixo custo. Concreto possui resistência de 25 Mpa e conta com uma malha de aço para combater os esforços de tração.

Após executada a fundação, é feito uma correção de nível com emboço de cimento. São executado o sistema de 1° e 2° fiada até a altura do pé direito com a canaleta intermediando no processo.

Figura 9.

"

Em todos os cantos e interseção de alvenarias, antes da concretagem da fundação radier, são executadas estacas treliçadas posteriormente concretadas afim de evitar recalques na fundação.

14

Fachada traseira do sistema.

Figura 10. Fachada Traseira do sistema.

Figura 10.

"

Fonte: Autor.

O processo consecutivo de 1° e 2° fiada é interrompido pela fiada de canaletas em vergas e contra-vergas do sistema, e repetido até o apoio da laje.

15

Quantitativos de materiais gastos no sistema.

Quantidades de blocos, canaletas e resina colante (Gesso Cola) gastos no sistema Figura 11.

O consumo médio de resina colante (Gesso Cola) estipulado pelo fabricante é de 0,80kg/m² aplicado.

Figura 11.

Fonte: Autor.

APLICAÇÃO DOS ENSAIOS

Os testes técnicos comparativos de absorção e resistência foram

realizados com blocos de concreto e gesso segundo a ABNT NBR

15270-3:2017.

A aparelhagem utilizada foi balança com resolução de até 5 g; estufa com temperatura ajustável a (105 ± 5) °C; tanque de imersão com água com temperatura ambiente; e, prensa hidráulica com amostrador de resultados digital.

Foram realizados testes de absorção e de resistência dos corpos de provas saturados após 24 h de imersão d’água

Bloco Gesso utilizado no ensaio (14x20x50cm). Bloco nominal 50.

Blocos Quantidades

Área lateral do bloco

m² de alvenaria

Consumo de Gesso cola

Na aplicação

Blocos de 50 245 0,1 m² 24,5 m² 19,6 kg

Blocos de 39 70 0,078 m² 5,46 m² 4,37 kg

Blocos de 25 63 0,05 m² 3,15 m² 2,52 kg

Canaletas 71 0,1 m² 7,1 m² 5,68 kg

Total 449 - 40,21m² 32,17 kg

16

Foram utilizados 3 corpos de prova a realização dos ensaios.

Corpo de prova utilizado

Corpo de prova utilizado foi o bloco nominado 50.

Figura 12

"

As áreas liquidas médias coletas dos blocos serão para o cálculo da

resistência dos corpos de prova. Foram utilizados 3 corpos de prova a

realização dos ensaios.

17

Determinação da massa seca (ms)

Para determinação da massa seca (ms) todo pó ou partículas soltas foram retiradas da superfície dos blocos e os corpos de prova foram submetidos a secagem em estufa a (105 +/- 5)°C

Figura 13.

"

Os corpos de prova foram pesados após secagem em consecutivos

intervalos de 1 h (Figura 14).

Figura 14

"

18

Determinação da massa úmida (mu)

Após a determinação da massa seca (ms), os corpos de prova foram

colocados em um recipiente de dimensões apropriadas, preenchido com água

á temperatura ambiente, em volume suficiente para mantê-los totalmente

imersos. Após a imersão á temperatura ambiente durante 24 h. Corpos de

prova saturados para o escorrimento do excesso de água (Figura 15).

Figura 15.

Corpos de prova saturados para o escorrimento do excesso de água (Figura 16).

Figura 16.

19

A massa úmida (mu) foi expressa em gramas e determinada pela pesagem de cada corpo de prova saturado (Figura 17). Pesagem da massa úmida dos corpos de prova

"

Determinação da Resistência.

Figura (18). Determinação da resistência dos corpos de prova após 24 horas

de imersão sem tempo de secagem natural A determinação da resistência dos

corpos de prova foi realizada após 24 horas de imersão sem tempo de

secagem natural.

Figura 18.

"

20

Anotações dos ensaios.

As anotações das pesagens, cálculo da taxa de absorção d’água em

(%) foi definida, de acordo com a NBR 15270:2017, pela fórmula:

AA (%) = "

Onde:

AA(%) = Taxa de absorção

um = Massa úmida (gramas)

ms = Massa seca (gramas)

As anotações das forças, áreas líquidas e cálculo das resistências em

Mpa (Megapascal), de acordo com a NBR 15270:2017 foram definidos pela

formula:

"

Onde:

" = Resistência (Mpa)

F= Força de Compressão (Newtons)

A= Área Líquida Média (mm²)

Resultados dos ensaios

Figura 19.

mu − ms

ms  ×  100

δ =FA

 

δ

Blocos de

gesso (14x20x50)

Massa

Seca

Massa

saturada

Taxa de

absorçã

o

Esforço de

compressã

o

Resistênci

a

Corpo de prova I 7491,0g 11156,0g 48,92% 290101N 6,04Mpa

Corpo de prova II 7541,9g 10744,6

g

42,46% 325643N 6,78Mpa

Corpo de prova III 9292,2g 11483,5g 23,58% 321801N 6,70Mpa

Média 8108,3g 11128,0g 38,32% 312515N 6,50Mpa

21

APLICAÇÃO DO SISTEMA EM UMA EDIFICAÇÃO UNIFAMILIAR

A presente edificação localizada no município de Alfenas-MG, foram

empregados os sistemas para vedação e divisão de cômodo.

A edificação conta com dois pavimentos, sendo o térreo de estrutura em

concreto armado e ao nível superior empregado o sistema que contém sala,

sala de jantar, cozinha, 2 dormitórios, suíte com closet e banheiro social

totalizando 140,75 m² de construção. A Obra se encontra em fase de

acabamento.

Etapas da obra.

Construção do pavimento inferior

Foi feito o pavimento inferior de concreto armado dando estrutura ao pavimento

superior. (Figura 20).

Figura 20.

"

22

Nivelamento e locações dos blocos.

Ao término da laje do nível inferior começa a locação dos blocos de 39 e correção dos níveis do pavimento para alinhar todo os respaldos da alvenaria. (Figura 21).

Figura 21.

"

Respaldo das alvenarias

Após a correção dos níveis do pavimento e locação dos blocos 39, foram

locadas as 1° e 2° fiadas e ergueram o respaldo até a locação de fiadas das

canaletas (contra-vergas). (Figura 22).

Figura 22.

."

23

Respaldo até o nível da laje e pré enchimento de canaletas.

Os respaldos das alvenarias já foram erguidos até o nível da laje e serão

enchidos com treliça impermeabilizada. Antes do enchimento das canaletas

foram definidos os pontos de passagem hidráulicos e eletrodutos. (figura 23).

Figura 23.

"

Locação de vigotas treliçadas das lajes.

Após o enchimento das canaletas, já começam as locações das vigotas

treliçadas das lajes apoiando nas canaletas enchidas. (figura 24).

Figura 24.

"

24

Concretagem da laje

Figura 25.

"

Execução das platibandas do telhado

Figura 26.

"

25

Acabamento externo da edificação.

Figura 27.

"

Acabamento interno da edificação.

Figura 28.

"