Sistema de protensão - set.eesc.usp.br · PDF file1 • Viga de ponte rolante...
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1
• Viga de ponte rolante industrial;• Capacidade útil da ponte: 60 kN (6 tf);• Vão simplesmente apoiado de 15 m;• Apoios sobre consolos de concreto,
sobre almofada de neoprene e fixação com chumbadores de aço inox;
• Ações: peso próprio, peso dos trilhos, carga móvel da ponte (conforme dados do fabricante). Esforços horizontais desprezíveis.
2
• Sistema de protensão: pré-tração em pista e transferência da força de protensão ao concreto por aderência inicial
3
• Pista de fabricação de 200 m;• Fôrmas de aço articuladas;• Pré-tração com macaco hidráulico
monocordoalha;• Ancoragem das cordoalhas por meio de
cunhas tripartidas e porta-cunhas;• Transporte do concreto proveniente da
central por pórtico rolante/caçamba e lançamento por tremonha;
• Adensamento por vibradores de imersão e motovibradores auxiliares nas paredes das fôrmas.
• Cura a vapor à pressão atmosférica (ciclo admitido, por hipótese)
75
23
Temperatura (ºC)
Tempo (horas)2 5 13 15
Tempode
espera
Aqueci-mento
Patamar de temperaturaconstante (8horas)
Resfria-mento
4
• Transporte interno à fábrica: por meio de pórticos e pontes rolantes, alças de içamento próximas aos apoios;
• Estocagem: empilhamento de no máximo 3 elementos (ou conforme experiência da fábrica), com calços de madeira próximos aos apoios definitivos;
• Transporte externo à fábrica: por meio de guindastes, com auxílio de balancins para não introduzir forças horizontais. Outros cuidados (choques, torções, etc.): conforme experiência da fábrica).
• Montagem e fixação dos elementos
(similar)
5
Concreto (valores admitidos para o dimensionamento)
• Observação geral: neste item a fábrica deverá estabelecer especificações de qualidade dos materiais a empregar, assim como os procedimentos de controle, objetivando alcançar a resistência e a durabilidade requeridas para o produto, de preferência como parte de um sistema mais abrangente de Garantia da Qualidade.
• Aos 28 dias: fck = 35 MPa; fctk = 2,25 MPa;Eci = 33.130 MPa;
• Na data de protensão: fcjk = 24 MPa; fctjk = 1,75 MPa• Controle de resistência: na data de protensão e
aos 28 dias
Aços (valores admitidos para o dimensionamento)
• Observação geral: os mesmos cuidados relativos ao controle de qualidade deverão ser tomados pela fábrica, como parte de um sistema de Garantia da Qualidade.
• Aço de protensão: cordoalhas de 7 fios/CP-190RB (fptk = 1.900 MPa; fpyk = 1.710 MPa; Ep = 200 GPa)
• Aço comum: barras e fios/CA-50 e telas soldadas/ CA-50 (fyk = 500 MPa; Es = 210 GPa)
6
Seção pelos chumbadores:Ac = 2.050 cm2
ycg = y1 = 44,6 cmy2 = - 50,4 cm Ic = 2.056.764 cm4
W1 = 46.068 cm3
W2 = - 40.846 cm3
Seção fora dos chumbadores:Ac = 2.344 cm2
ycg = y1 = 49,7 cmy2 = - 45,3 cm Ic = 2.488.560 cm4
W1 = 50.044 cm3
W2 = - 54.969 cm3
66,5 66,577 77113
70 70120
400
120
120
200220
105 190 105
Medidasem mm950
60
5.1- Carga permanente a) peso próprio: 0,2344 m2 x 25 = 5,86 kN/m ⇒ g1 = 5,86 kN/m
Mg1 = 16.481 kN.cm ⇒ 21
g11g1 cm
kN358,0WM
==σ
⇒ 22
g11g2 cm
kN403,0WM
−==σ
b) Trilho + assentamento dos trilhos trilho TR-25 = 0,25 kN/m argamassa assentamento: 0,12 kN/m ⇒ g2 = 0,37 kN/m
Mg2 = 1.041 kN.cm ⇒ 21
g22g1 cm
kN023,0WM
==σ
⇒ 22
g22g2 cm
kN025,0WM
−==σ
7
5.2- Carga móvel
a) Trem-tipo (dados do fabricante da ponte)
Mq = 39.330 kN.cm ⇒ 21
qq1 cm
kN854,0WM
==σ
⇒ 22
qq2 cm
kN963,0WM
−==σ
41 mm88
25
ep = y1 – d1 =44,6 – 4,1 = 40,5 cm
3,60 m
69 kN 69 kN
5.3- Excentricidade da força de protensão
6.1- Estimativa da força de protensãoGrau de protensão adotado ⇒ PROTENSÃO LIMITADA
Na borda inferior:σ1g1 + σ1g2 + Ψ2 σ1q +σ1p∞ = 0
Adotando-se Ψ2 = 0,4 ⇒ 0,358 + 0,023 + 0,4 x 0,854 +σ1p∞ = 0
⇒ σ1p∞ = - 0,723 kN/cm2
1
pest,
c
est,p1 W
e.PA
P ∞∞∞ +=σ
P∞,est = - 528,9 kN (VALOR A)
a) Combinação quase-permanente de ações
ep y1
y2
BS
BI σ 1g1
σ 2g1
-
+σ1g2
σ2g2
-
+σ1q
σ2q
-
+
σ 2p∞
+++
-σ 1p∞
=Ψ2
σ 1s
σ 2s
0
0,5 f ck
-+
8
Adotando-se Ψ1 = 0,6 ⇒ 0,358 + 0,023 + 0,6 x 0,854 +σ1p∞ =1,2 x 0,225 = 0,270
⇒ σ1p∞ = - 0,623 kN/cm2
1
pest,
c
est,p1 W
e.P
A
P ∞∞∞ +=σ
Portanto:
P∞,est= - 455,8 kN (VALOR B)
P∞,est= - 528,9 kN (maior valor absoluto entre A e B)
b) Combinação freqüente de ações
Na borda inferior:
σ1g1 + σ1g2 + Ψ1 σ1q +σ1p∞ = 1,2 ftk
ep y1
y2
BS
BI σ1g1
σ2g1
-
+σ1g2
σ2g2
-
+σ1q
σ2q
-
+
σ2p∞
+++
-σ1p∞
=Ψ1
σ1s
σ2s
1,5 ftk
ou1,2 ftk
0,5 fck
+ -
6.2- Cálculo da seção transversal da armadura ativa Admitindo perda total de ∆P∞(Pi→ P∞) = 25%:
2,70525,019,528
P1P
P est,est,i =
−=
∆−=
∞
∞ kN
Limitação de tensões na armadura ativa (aço CP-190RB): 0,77 fptk = 0,77 x 1.900 = 1.463 MPa = 146,3 kN/cm2
σpi ≤ 0,85 fpyk = 0,85 x 1.710 = 1.453 MPa = 145,3 kN/cm2
22
limpi,
esti,estp, mm 485 cm 4,85
145,3705,2
sP
A ====
Pela tabela de aço, escolhendo cordoalha de 7 fios/Φ 12,7 mm: Ap = Ap,ef = 5 cordoalhas X 98,7 mm2 = 493,5 mm2
9
6.3- Valores representativos da força de protensão 6.3.1- Força inicial Pi
Adotando a tensão máxima na armadura: σpi = 145,3 kN/cm2
Pi = Ap . σpi = 4,935 x 145,3 = 717,0 kN 6.3.2- Força ancorada Pa
a) perda por acomodação da ancoragem σpi = 1.453 MPa ⇒ εpi = 1.453 / 200.000 = 7,27 ‰ Comprimento da pista = 200 m = 200.000 mm Alongamento aproximado: 0,0727 x 200.000 mm = 1.453 mm
0,41%1.453mm6mm? Panc =≅
b) perda por retração inicial do concreto Desprezada tendo em vista a elevada umidade mantida durante a cura.
c) perda por relaxação inicial do aço de protensão
3,15%?0,765190145,3
fs
1000ptk
pi =⇒==
Na falta de dados sobre o comportamento da relaxação do aço sob altas temperaturas, admitiremos um “tempo fictício” proporcional à temperatura. (Obs.: este não é um procedimento consagrado, nem tem base científica)
h8,48h13C20C75t o
o
fic == ⇒ % 2,00100048,8??
0,15
1000cura =
=
d) perda total P i → Pa
∆P (Pi→ Pa) = 0,41 + 2,00 = 2,41 %
⇒ Pa = 0,976 x 717,0 = 699,7 kN
10
6.3.3- Força antes das perdas progressivas P0
6,0633200
EE
ac
pp ===
Tomando os dados da seção homogeneizada = seção bruta: 2
2
h
2pa
h
acp kN/cm 0,899
2.056.76440,5699,7
2.050699,7
I.eP
APs −=×−+−=+=
P0 = Pa + αp Ap σcp = -[699,7 + 6,06 . 4,935 . (-0,899)] = -672,8 kN
⇒ P0 = -672,8 kN
6.3.4- Força após as perdas progressivas P∞
a) Hipóteses para o cálculo dos coeficientes de retração e de fluência
Hipóteses assumidas: • Umidade relativa do ambiente média: 60% • Tipo de cimento: CP-V/ARI (Alta Resistência Inicial) • Slump = 5-9 cm (consistência plástica) • t0 = 7 dias (para cálculo da retração) • t0 = 21 dias (para cálculo da fluência)
b) Cálculo da retração final εcs∞
εcs,∞ = ε1s . ε2s
342
1s 100,402101590U
484U6,16e −− ×−=×
+−−=
γ = 1 + e (-7,8 + 0,1 U) = 1,165
uar = 3,02 m
m0,1583,020,205021,165
uA2har
cfic =
××=
⋅= ⋅γ
0,9440,15830,210,15820,33
h30,21h20,33
fic
fic2s =
×+×+
=⋅+⋅+
=ε
εcs,∞ = -0,402 x 10-3 x 0,944 = -0,379 x 10 -3
11
c) Cálculo do coeficiente de fluência φ∞ φ∞ = φa + φf∞ + φd∞
−⋅=φ
∞ )(tf)(tf10,8
c
0ca
6118/2003NBRconforme)(tf)(tf
c
0c −⇒∞
−⋅
== t281s
ck
jck,1 e
ff
ß
s = 0,20 (cimento ARI) t = t0 = 21 dias ⇒ β1 = 0,970 t = ∞ ⇒ β1 = 1,221
0,7941,2210,970
)(tf)(tf
c
0c ==∞
[ ] 0,1650,79410,8a =−⋅=φ
φf∞ = φ1c . φ2c
φ1c = 4,45 – 0,035 U = 2,35
615,1158,020,0158,042,0
h20,0h42,0
fic
ficc2 =
++
=+
+=φ
φf∞ = 2,35 x 1,615 = 3,795 φd∞ = 0,4 φ∞ = φ(∞, t0) = φa + φf∞ + φd∞ = 0,165 + 3,795 + 0,4 = 4,36 d) Comparação do coef. de fluência φ∞ com a retração final εcs∞ [-8.10 -5. φ∞] = - 0,349 x 10-3 εcs∞ = |-0,379 x 10-3| < 1,25 | x 0,349 x 10-3| Portanto, o cálculo simplificado das perdas pode ser efetuado.
12
e) Cálculo simplificado das perdas progressivas Para o caso de aço tipo RB:
)(3)t,(18,7
7,4.100 p0gc,1,07
0p
p0
rscp, σφασ
σ−⋅∞⋅+=
∆ ++
MPa8,65kN/cm0,8652.056.764
40,5672,82.050672,8
IeP
AP 2
2
c
2p0
c
0p0c, −=−=
×−+
−=
⋅+=σ
MPa3,25kN/cm0,3252.056.764
40,516.481I
eM 2
c
pg1g1c, ==
×=
⋅=σ
σc,p0g = -8,65 + 3,25 = -5,40 MPa
20,6%5,40)(34,3618,76,06
7,4100 1,07
p0
rscp, =+××+=⋅∆
σσ ++
∆P(P0→P∞) = 0,206 . P0 = 0,206 x (-672,8) = -138,6 kN P∞ = -672,8 +138,6 = -534,2 kN (lembrando que P∞,est = -528,9 kN ⇒ OK) ∆P(Pi→P∞) = 25,5%
f) Cálculo das perdas progressivas pelo método completo da NBR-6118/2003 • Relaxação do aço em t ∞
σpi / fptk = 0,765 ⇒ ψ1000 = 3,15 % ψ∞ = 2,5 ψ1000 = 2,5 x 3,15 = 7,87
• Coeficiente de fluência do aço em t∞ χ∞ = -ln [1 - ψ∞] = 0,082
• Outros coeficientes εcs∞ = -0,379 x 10-3 φ∞ = 4,36 Ep = 200.000 MPa αp = 6,06
σc,p0g = 5,40 Mpa MPa1.363kN/cm136,34,935672,8
APs 2
p
0p0 ====
χp = 1 + χ∞ = 1 + 0,082 = 1,082 χc = 1 + 0,5 . φ∞ = 1 + 0,5 x 4,36 = 3,18
2,6352.056.764
205040,51I.Ae
1?2
c
c2p =
×+=+= 0,00241
2.0504,935
AA?
c
pp ===
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• Cálculo das perdas progressivas para t=∞
MPa274,2E
)t,(ppcp
p0p0gc,ppcs,0p =
⋅+⋅⋅−⋅−=∞ ρ⋅η⋅α⋅χ+χ
χ ∞∞∞ sfsaes?
∆P(P0→P∞) = 27,42 kN/cm2 x 4,935 cm2 = 135,3 kN (aproximado = 138,6 kN)
P∞ = 537,5 kN (ainda superior a P∞ ,est = -528,9 kN) g) Resumo dos valores representativos Pi = 717,0 kN ∆P = 2,41% Pa = 699,7 kN ∆P = 3,75% ∆Ptotal = 25,0% P0 = 672,8 kN ∆P = 18,87%
P∞ = 537,5 kN Considerando o cálculo completo
das perdas progressivas
7.1- Combinação 1: 0,8g1 + P0 (Combinação especial de transporte, sob supervisão)
σc,lim = -0,7 fcjk= -0,7 x 24 = -16,8 MPa = -1,68 kN/cm2
σt,lim = 1,2 ftjk= 1,2 x 1,75 = 2,1 MPa = 0,21 kN/cm2
7.2- Combinação 2: g1 + P0 (Combinação especial de estocagem ou repouso, sob supervisão) Não apresenta problema, tendo em vista a combinação anterior.
ep
BS
BI 0,358
-0,403
-
+
+
+0,339
-
-0,920
=
-0,634
+0,017
1,2 f tjk
0,7 f cjk
+
0,8 X
-
(0,8g 1) (P0) (transp.)
14
7.3- Combinação 3: g1 + g2 + P0 (Combinação de estado em vazio→ações permanentes) Este caso ficará entre a combinação anterior e a seguinte. 7.4- Combinação 4: g1 + g2 + P∞ (Combinação de estado em vazio→ações permanentes)
σc,lim = -0,5 fck= -0,5 x 35 = -17,5 MPa = -1,75 kN/cm2
σt,lim = 0
ep
BS
BI 0,358
-0,403
-
+
0,023
-0,025 -
+
+ +
+0,271
-
-0,735
=
-0,354
-0,157
0
0,5 fck
+
-
(g1) (g2) (vazio) (P∞)
7.5- Combinação 5: g1 + g2 + 0,4q + P∞ (Combinação quase-permanente) σc,lim = -0,5 fck= -0,5 x 35 = -17,5 MPa = -1,75 kN/cm2
σt,lim = 0
ep
BS
BI 0,358
-0,403
-
+
0,023
-0,025
-
+
0,854
-0,963
-
+
+0,271
+ + +
-
-0,735
= Ψ2
-0,012
-0,542
0,5 fck
+
-
0 (g 1) (g2) (0,4q) (P∞) (quase-permanente)
15
7.6- Combinação 6: g1 + g2 + 0,6q + P∞ (Combinação freqüente)
σc,lim = -0,5 fck= -0,5 x 35 = -17,5 MPa = -1,75 kN/cm2
σt,lim =1,2 ftk= 1,2 x 2,25 = 2,7 MPa = 0,27 kN/cm2
ep
BS
BI 0,358
-0,403
-
+
0,023
-0,025 -
+
0,854
-0,963
-
+
+0,271
+ + +
-
-0,735
= Ψ1
+
1,2 f tk
(g1) (g2) (0,6q) (P∞) +0,158
-0,735
0,5 fck
(freqüente)
-
+
7.7- Combinação 7: g1 + g2 + q + P∞ (Combinação rara) σc,lim = -0,5 fck= -0,5 x 35 = -17,5 MPa = -1,75 kN/cm2
σt,lim =1,2 ftk= 1,2 x 2,25 = 2,7 MPa = 0,27 kN/cm2
ep
BS
BI 0,358
-0,403
-
+
0,023
-0,025 -
+
0,854
-0,963
-
+
+0,271
+ + +
-
-0,735
=
+
limitação de abertura de fissuras
(g1) (g2) (q) (P∞) (rara)
+0,500
-1,120
0,5 fck
-
+
16
7.8- Armadura para absorver os esforços de tração e combater fissuração
Calculando a resultante do concreto tracionado: Rct y 254 kN
Armadura para resistir à resultante: 2
yd
ctfs cm8,18
1,1550
2541,4fRA =
×=
⋅=
γ
Armadura passiva: 7 Φ12,7 mm, na parte central da viga.
40
+
29,3 cm
12
12
5,3
7.9- Alternativa: considerar a própria armadura ativa (para absorver os esforços de tração e combater fissuração)
Rct = 254 kN
∆σp = Rct / Ap = 254 / 4,935 = 51,5 kN/cm2 (valor muito alto!!!)
Basta observar que: σp∞ = P∞ / Ap = 108,9 kN/cm2
σp∞ + ∆σp = 108,9 + 51,5 = 160,4 kN/cm2 > fpyd = 171 / 1,15 = 148,7 kN/cm2
Ou seja, a fissuração do concreto poderia levar a armadura ativa ao escoamento !!!
Portanto, é necessária a armadura passiva, o que traz alguns inconvenientes ao processo de produção. A seguir, vejamos uma proposta de redimensionamento.
17
Tendo em vista os problemas demonstrados anteriormente, opta-se pelo aumento da força de protensão e disposição de cordoalhas construtivas junto à mesa superior. Ap2 = 2 φ9.5 (CP-190RB) → 1,096 cm2
Ap1 = 6 φ15.2 (CP-190RB) → 8,40 cm2 Adotando os mesmos dados já calculados: Força inicial P1,i = 8,40 x 145,3 = 1.220,5 kN P2,i = 1,096 x 145,3 = 159,2 kN Força ancorada P1,a = 0,976 P1,i = 1.191,2 kN P2,a = 0,976 P2,a = 155,5 kN
ep2 = -46,4 cm
ep1 = 40,5 cm
Força antes das perdas progressivas Como temos agora cordoalhas em fibras distintas, temos que considerar o efeito mútuo entre elas: σp1,0 = σp1,a – (α11σp1,a + α12σp2,a)
σp2,0 = σp2,a – (α21σp1,a + α22σp2,a) onde:
⋅
+⋅αα =
h
h
pkpj
h
pkpjk
AI
ee1
AA
Fazendo os cálculos: α11 = 0,0654 α12 = -0,0028 α21 = -0,0217 α22 = 0,0102 Aplicando as expressões resulta: σp1,0 = 132,93 kN/cm2 ⇒ P1,0 = 1.116,6 kN σp2,0 = 143,51 kN/cm2 ⇒ P2,0 = 157,3 kN Força após as perdas progressivas Aplicando a formulação completa da NBR-6118/2003: ∆σp1,c+s+r = 356,6 MPa ⇒ ∆P1 = 26,8% ⇒ P1,∞ = 817,1 kN
∆σp2,c+s+r = 206,1 MPa ⇒ ∆P2 = 14,4% ⇒ P2,∞ = 134,7 kN
18
Verificação da situação de transporte: 0,8g1 + P0
Verificação da combinação rara: g1 + g2 + q + P∞
ep
BS
BI 0,358
-0,403
-
+
+
+0,562
-
- 1,526
=
-0,015
1,2 ftjk
+
0,8 X
(0,8g1) (P1,0)
-1,158
0,7 fcjk
-
(transp.) (P2,0)
-
- 0,255
+0,082
+
ep y1
BS
BI
-0,025
+ +
0,358
-0,403
-
+
(g1) 0,023
-
+
(g2) 0,854
-0,963
-
+
+
(q)
+0,412
-
- 1,117
+
+
(P1,∞) (rara) +0,188
-1,198
0,5 fck
-
+
-
+0,070 (P2,∞)
-0,219
1,2 ftk
As condições de protensão completa foram atingidas Como se vê, pelo redimensionamento, chegou-se a respeitar inclusive o grau de protensão completa, pois na combinação rara respeita-se o estado limite de formação de fissuras. Acréscimo de tensões na armadura ativa Calculando a resultante do concreto tracionado: Rct ≅ 48 kN
∆σp = Rct / Ap = 48 / 8,40 = 5,7 kN/cm2
σp∞ + ∆σp = 97,3 + 5,7 = 103,0 kN/cm2 < fpyd = 171/1,15 = 148,7 kN/cm2
Não há perigo da fissuração do concreto levar a armadura ativa ao escoamento
Em princípio, pela presente não é necessária a armadura passiva, mas é ainda preciso verificar o estado limite último.
1
9. Verificação das tensões ao longo do vãoProcesso das curvas limites
9.1. Situações a verificarEstado em vazio - situação de transporte: 0,8 g1 + P1,0 + P2,0
Estado em serviço - combinação rara: g1 + g2 + q + P1,∞ + P2,∞
=+ ++
+_
_
_
_
+P2,0
P1,0
P1,0 P2,00,8 g1
1,2 ftjk
0,7 fcjk
++ + ++ +
+
+
_ _
_
__P2,∞
P1,∞
g1 P1,∞ P2,∞ 1,2 f tk
0,5 f ck
g2 q
=
9.2. Determinação das curvas limites
2cklim,s2
2tklim,s1
2tjklim,v2
2cjklim,v1
m,1p2
2p2q22g21g2lim,s2s2
m,1p1
2p1q12g11g1lim,s1s1
m,10p2
20p21g2lim,v2v2
m,10p1
20p11g1lim,v1v1
cm/kN75,1MPa5,17355,0f5,0
cm/kN27,0MPa7,225,22,1f2,1
cm/kN21,0MPa1,275,12,1f2,1
cm/kN68,1MPa8,16247,0f7,0
CC
8,0C
8,0C
−=−=×−=−=σ
==×==σ
==×==σ
−=−=×−=−=σ
σ
σ−σ−σ−σ−σ=
σ
σ−σ−σ−σ−σ=
σ
σ−σ−σ=
σ
σ−σ−σ=
∞
∞
∞
∞
2
22p2
22p1
220p2
220p1
2m,1p2
2m,1p1
2m,10p2
2m,10p1
cm/kN219,0846.40
)4,46(7,134050.2
7,134
cm/kN070,0068.46
)4,46(7,134050.2
7,134
cm/kN255,0846.40
)4,46(3,157050.2
3,157
cm/kN082,0068.46
)4,46(3,157050.2
3,157
cm/kN412,0846.40
5,401,817050.2
1,817
cm/kN117,1068.46
5,401,817050.2
1,817
cm/kN562,0846.40
5,406,116.1050.2
6,116.1
cm/kN526,1068.46
5,406,116.1050.2
6,116.1
−=−
−×−+−=σ
=−×−+−=σ
−=−
−×−+−=σ
=−×−
+−
=σ
=−
×−+−=σ
−=×−+−=σ
=−
×−+−=σ
−=×−
+−
=σ
∞
∞
∞
∞
Seção Mg1 Mg Mq σ1g1 σ2g1 σ1g σ2g σ1q σ2q
0 16.481 17.522 39.330 0,358 -0,403 0,380 -0,429 0,854 -0,9631 15.822 16.821 39.744 0,343 -0,387 0,365 -0,412 0,863 -0,9732 13.844 14.718 36.018 0,301 -0,339 0,319 -0,360 0,782 -0,8823 10.548 11.214 28.152 0,229 -0,258 0,243 -0,275 0,611 -0,6894 5.933 6.308 16.146 0,129 -0,145 0,137 -0,154 0,350 -0,3955 0 0 0 0 0 0 0 0 0
C1v C2v C1s C2s Seção1,342 1,402 0,926 -0,338 01,335 1,379 0,920 -0,355 11,312 1,310 0,807 -0,701 21,275 1,195 0,586 -1,377 31,222 1,034 0,257 -2,382 41,155 0,827 -0,179 -3,716 5
3
-2
-1
0
1
20 1 2 3 4 5
Seções
Ten
sões
rel
ativ
as
C1vC2vC1sC2s
Interromper 2 (ou pelo menos 1) cabos a partir da seção 4
10. Verificação do ELU - Solicitações normaisP1,∞ = -817,1 kN P2,∞ = -134,7 kN
ep1 = 40,5 cm ep2 = -46,4 cmAp1 = 8,40 cm2 Ap2 = 1,096 cm2
10.1. Cálculo do pré-alongamento
+ =+ +
_
_
_
ep2
ep1
P2,∞
P1,∞
P1,∞ P2,∞ P1,∞ + P2,∞
σcp,1 σcp,2 σcp
4
( )
00068,400468,0
000.2040,81,786
EAP
kN1,7864,8739,0PP
kN4,8733,561,817107,140,806,61,817APP
cmkN107,1057,0050,1
cmkN057,0764.056.2
5,404,467,1342050
7,134I
eeP
AP
cmkN050,1764.056.2
5,401,8172050
1,817I
eP
AP
pp
ndpnd
npnd
cppp,1n
22cp1cpcp
2
c
1p2p,2
c
,22cp
22
c
21p,1
c
,11cp
==×
=⋅
=
=×=⋅=
=+=××+=⋅⋅+=
−=+−=+=
=×−×−+−=⋅⋅
+=
−=×−+−=⋅
+=
ε
γ
σα
σσσ
σ
σ
∞
∞∞
∞∞
10.2. Cálculo de MRd por tentativas
a) Supondo domínio 3 ou 4 e σpd,arb = fpyd = 1.487 MPa
=ep1
P2,∞
P1,∞
M+P2,∞.ep2
ep2
P1,∞
P2,∞
M
ep1
ep1
P2,∞
P1,∞
M+P2,∞.ep2
σpd
σcd εcd
εp1d
Rcc
Rpt
z
xy
d
5
σcd = 0,85 x fcd = 0,85 x 35 / 1,4 = 21,25 MPa e εcd = 3,5 ‰
b) Equação de equilíbrioP2d = Rcc - Rpt P2d= 1,2 x P2,∞ = 1,2 x 134,7 = 161,64 kN
Rcc= Acc. σcd = Acc x 2,125
Rpt= Ap1. σpd,arb = 8,40 x 148,7 = 1.249,08 kN
161,64 = Acc x 2,125 - 1.249,08 ⇒ Acc = 663,87cm2
Acc= 40.y y= 663,87 / 40 = 16,60 < 22cm⇒ expressão de Acc correta
x = y / 0,8 = 16,60 / 0,8 = 20,75 cm
22y
c) Equação de compatibilidadeεp1d = εcd.(d - x) / x = 3,5 x (90,9 -20,75) / 20,75 = 11,84‰ > 10‰
Hipótese de domínio 3 não está correta
d) Nova tentativa considerando agora domínio 2εp1d = 10‰ ⇒ εpd = εp1d + εpnd = 10 + 4,68 = 14,68‰
εpd = 14,68‰
⇒ σpd = 1.530 MPa
εcd < 3,5‰ e σcd ≤ 0,85 fcd = 2,125 kN/cm2
σp
εpyd = 7,435 35%o
εp
fptd = 1.652
fpyd = 1.487
Ep
εp d = 14,68
σpd = 1.530
6
e) Equação de equilíbrio
Supondo σcd,arb = 0,85 fcd = 2,125 kN/cm2 ⇒ Rcc= Acc x 2,125
Rpt= Ap1. σpd = 8,40 x 153,0 = 1.285,2 kN
P2d = Rcc – Rpt ⇒ 161,64 = Acc x 2,125 - 1.285,2⇒ Acc = 680,87cm2
Acc= 40.y ⇒ y= 680,87 / 40 = 17,02 cm < 22 cmx = y / 0,8 = 17,02 / 0,8 = 21,28 cm
f) Equação de compatibilidade
εcd = εp1d . x / (d - x) = 10 x 21,28 / (90,9 – 21,28) = 3,06‰
g) Tensão no concreto
εcd = 3,06‰ ⇒ σcd,calc = 0,85 fcd = 2,125 kN/cm2 = σcd, arb
h) Momento resistenteσcd = 2,125 kN/cm2 Acc= 680,87 cm2 Rcc= σcd.Acc = 1.446,8 kNσpd = 153,0 kN/cm2 Ap1= 8,40 cm2 Rpt= σpd.Ap1 = 1.285,2 kNP2d = 161,6 kNy = 17,02 cm z ≅ d – y / 2 = 90,9 – 17,02 / 2 = 82,39 cmMRd= Rcc.(z - 40,5) + Rpt. 40,5 = 112.657 kN.cm
ou MRd= Rcc.z - P2d. 40,5 = 112.657 kN.cm
10.3. Verificação da segurançaMSd + P2d.ep2 ≤ MRd = 112.657 kN.cm
MSd = 1,4.(Mg1 + Mg2 + Mq) = 1,4.(16.481 + 1.041 + 39.330) == 79.593 kN
P2d.ep2 = 161,6 x 46,4 = 7.498 kN.cmMSd + P2d.ep2 = 79.593 + 7.498 = 87.091 kN.cm < MRd
Portanto a segurança está verificada.
7
11. Verificação do ELU – Força cortante
11.1- Cálculo da força cortante máxima
Vg = (5,86 + 0,37) . 15 / 2 = 46,73 kN
Vq = 69,0 . (1,00 + 0,76) = 121,44 kN(pela linha de influência da força cortante no apoio)
VSd = 1,4 . (46,73 + 121,44) = 235,44 kN
11.2- Verificação da compressão diagonal do concreto
VRd2 = 0,27. αv2 . fcd . bw . d
αv2 = (1 – fck / 250) = (1 – 35 / 250) = 0,86fcd = 35 / 1,4 = 25 MPa = 2,5 kN / cm2
bw = 12 cmd = 90,9 cm
VRd2 = 0,27 x 0,86 x 2,5 x 12 x 90,9 = 633 kN
VSd < VRd2 verificação satisfeita
8
11.3- Cálculo da armadura transversal (estribos)
VSd ≤ Vc + Vsw ⇒ Vsw = VSd – Vc
Vc = Vc0 . (1 + M0 / MSd,máx.) ≤ 2 . Vc0
Vc0 = 0,6 . fctd . bw . d
fctd = 2,25 / 1,4 = 1,61 MPa = 0,161 kN / cm2
Vc0 = 0,6 x 0,161 x 12 x 90,9 = 105,37 kN
Cálculo de M0 :
+⋅−
+⋅−=⇒=+
+⋅+
+⋅
=σ
+⋅=σ
+⋅=σ
=σ+σ+σ
2pc
1d21p
c
1d10
1
0
1
2p
cd2
1
1p
cd1
1
0M1
1
2p
cd22p1
1
1p
cd11p1
M12p11p1
eAW
PeAW
PM0WM
W
e
A1P
W
e
A1P
WM
We
A1
PWe
A1
P
0
0
0
+ =+
_
_
+_
_
+ep1
ep2
P1d
P2d M0
σ1p1 σ1p2 σ1M0 = 0
( ) ( )
cm.kN514.41789.2303.444,46050.2068.46
55,1165,40050.2068.46
53,703M
kN55,1165,1299,0P9,0PkN53,7037,7819,0P9,0P
0
,2d2,1d1
=−=
−⋅+
+⋅=
−=−×=×=−=−×=×= ∞∞
9
MSd,máx. = 1,4 (Mg1 + Mg2 + Mq) = 79.593 kN.cm
Vc = Vc0 . (1 + M0 / MSd,máx.) == 105,37 x (1 + 41.514 / 79.593) = 160,33 kN (< 2.Vc0)
Vsw = VSd – Vc = 235,44 – 160,33 = 75,11 kNVsw = (Asw / s). 0,9 . d . fywd ⇒ s = Asw . 0,9 . d . fywd / Vsw
Estribos de φ 6,3 mm e 2 ramos ⇒ Asw = 0,64 cm2
Aço CA-50 ⇒ fywd = 435 MPa = 43,5 kN / cm2
s = 0,64 x 0,9 x 90,9 x 43,5 / 75,11 = 30 cm