Sistema hibrido de iluminação

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Universidade Paulista UNIP TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Ari Freund Arthur Fernandes Lusivo Éder Alves da Silva Eládio Ferreira Concha Sistema Híbrido de Iluminação São Paulo, 2008

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O aumento da consciência sobre a necessidade de preservar os recursosnaturais (sustentabilidade), faz com que seja cada vez maior, o uso de sistemas deiluminação auxiliar, com a finalidade de economizar energia.Este trabalho tem como objetivo, apresentar os problemas existentes emrelação aos tipos de iluminação mais usados atualmente e, propor um novo sistema,que visa à melhoria na qualidade da iluminação, com economia de energia elétrica.O Sistema Híbrido de Iluminação (SHI) consiste em um coletor de solparabólico, que se movimenta sempre mantendo o seu foco em direção ao sol. Atransmissão da luz coletada é realizada através de fibra óptica e distribuída dentrodas áreas desejadas. Por meio desse sistema, é possível iluminar, com iluminaçãonatural, áreas onde outras tecnologias de transmissão de iluminação nãoconseguem iluminar.

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Universidade Paulista UNIP

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Ari Freund

Arthur Fernandes Lusivo

Éder Alves da Silva

Eládio Ferreira Concha

Sistema Híbrido de Iluminação

São Paulo, 2008

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Ari Freund

Arthur Fernandes Lusivo

Éder Alves da Silva

Eládio Ferreira Concha

Sistema Híbrido de Iluminação

Trabalho de Conclusão de curso para obtenção

do título de graduação em engenharia

apresentado à Universidade Paulista – UNIP

Orientador: José Carlos Morilla

São Paulo, 2008

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Ari Freund

Arthur Fernandes Lusivo

Éder Alves da Silva

Eládio Ferreira Concha

Sistema Híbrido de Iluminação

Trabalho de Conclusão de curso para obtenção do título de

graduação em Engenharia mecatrônica apresentado à Universidade

Paulista – UNIP

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

_______________________/__/___

_______________________/__/___

_______________________/__/___

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todos que nos ajudaram na confecção deste trabalho.

Um agradecimento especial as nossas namoradas que abriram mão do pouco

tempo que tinham para ficar conosco, e ainda apoiaram a elaboração do trabalho.

As nossas famílias que sempre nos apoiaram em toda nossa vida.

Ao professor Luiz Vasco Puglia pelo apoio e atenção.

Agradecemos também ao professor Elias Felipe de Carvalho por todo apoio

técnico.

Page 5: Sistema hibrido de iluminação

“Para MELHORAR um processo temos que CONTROLÁ-LO!

Para CONTROLÁ-LO, temos que ENTENDÊ-LO!

Para ENTENDÊ-LO, temos de MEDI-LO!”

(Jim Harrington – American Quality Association)

Page 6: Sistema hibrido de iluminação

SUMÁRIO

Agradecimentos .....................................................................................................4

Sumário .................................................................................................................6

Resumo .................................................................................................................8

Índice de ilustrações ............................................................................................10

Índice de tabelas..................................................................................................11

Lista de siglas ......................................................................................................12

Lista de siglas ......................................................................................................12

Lista de Simbolos.................................................................................................13

1 Introdução ...................................................................................................14

1.1 Estrutura da monografia ...................................................................15

2 Efeito da iluminação natural sobre a saúde e o desempenho humano.......17

2.1 Ciclo circadiano ................................................................................17

2.2 Efeito da falta de luz solar sobre a saúde ........................................20

3 Iluminação em interiores .............................................................................23

3.1 Iluminação Artificial ..........................................................................24

3.1.1 Lâmpadas incandescentes ..........................................................24

3.1.2 Lâmpadas de descarga elétrica ...................................................26

3.1.3 Diodo emissor de luz (LED) .........................................................28

3.2 Iluminação Natural ...........................................................................29

3.2.1 Iluminação Lateral........................................................................30

3.2.2 Iluminação Zenital ........................................................................31

4 Fibras Ópticas.............................................................................................35

4.1 Fibra Multimodo Índice Degrau ........................................................36

4.2 Fibra Multimodo Índice Gradual .......................................................36

4.3 Fibra Monomodo ..............................................................................37

4.4 Atenuação das fibras ópticas ...........................................................37

4.5 Vantagens das fibras ópticas ...........................................................38

4.6 Desvantagens das Fibras Ópticas....................................................39

5 Movimentos.................................................................................................41

5.1 Óptica...............................................................................................41

6 Objetivo.......................................................................................................43

7 Metodologia ................................................................................................44

8 Parte Experimental .....................................................................................45

Page 7: Sistema hibrido de iluminação

8.1 Circuito Elétrico ................................................................................45

8.2 Parabólica ........................................................................................46

8.2.1 Cálculos da parabólica.................................................................47

8.3 Controle de iluminância....................................................................48

8.4 Movimentação dos eixos ..................................................................50

8.5 Calculo da redução dos motores......................................................51

8.6 Distribuição da iluminação solar.......................................................52

9 Resultados e discussão ..............................................................................54

10 Conclusões .................................................................................................59

11 Referencias bibliográficas ...........................................................................60

Apendice A - Desenhos .......................................................................................64

Apendice B – Demonstrativo de Investimentos....................................................75

Anexo A – Tabelas DLN ......................................................................................76

Page 8: Sistema hibrido de iluminação

RESUMO

O aumento da consciência sobre a necessidade de preservar os recursos

naturais (sustentabilidade), faz com que seja cada vez maior, o uso de sistemas de

iluminação auxiliar, com a finalidade de economizar energia.

Este trabalho tem como objetivo, apresentar os problemas existentes em

relação aos tipos de iluminação mais usados atualmente e, propor um novo sistema,

que visa à melhoria na qualidade da iluminação, com economia de energia elétrica.

O Sistema Híbrido de Iluminação (SHI) consiste em um coletor de sol

parabólico, que se movimenta sempre mantendo o seu foco em direção ao sol. A

transmissão da luz coletada é realizada através de fibra óptica e distribuída dentro

das áreas desejadas. Por meio desse sistema, é possível iluminar, com iluminação

natural, áreas onde outras tecnologias de transmissão de iluminação não

conseguem iluminar.

Palavras Chaves: Iluminação natural, Sistema híbrido de iluminação,

economia de energia.

Page 9: Sistema hibrido de iluminação

ABSTRACT

The increased awareness of the need to conserve natural resources

(sustainability), makes it increasingly, the use of auxiliary light systems, in order to

save energy.

This paper aims to, make existing problems in relation to most types of lighting

used today, and propose a new system, which aims to improve the quality of light,

with economy of electric power.

The hybrid system of lighting (SHI) consists of a parabolic collector of the sun,

which moves always maintaining its focus towards the sun. The transmission of the

light collected is done through fiber optics and distributed within the desired areas.

Through this system, you can lighten, with natural lighting, areas where other

technologies for the transmission of light can not illuminate.

Keywords: Natural illumination, illumination hybrid system, energy saving.

Page 10: Sistema hibrido de iluminação

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1.: Ciclo Circadiano..............................................................................18

Figura 2.: Percurso da Luz no corpo humano.................................................19

Figura 3.: Eficiência energética.......................................................................24

Figura 4.: Lâmpada incandescente.................................................................25

Figura 5.: Lâmpadas fluorescentes.................................................................26

Figura 6.: LED.................................................................................................29

Figura 7.: Iluminação lateral e ofuscamento ...................................................31

Figura 8.: Exemplos de superficies iluminantes..............................................32

Figura 9.: Soluções para iluminação zenital ...................................................33

Figura 10.: Iluminação zenital conjulgada com iluminação lateral ..................34

Figura 11.: Ginásio de esportes iluminado por lentes prismáticas..................34

Figura 12.: Partes de uma única fibra óptica ..................................................35

Figura 13.: Secção da fibra optica ..................................................................36

Figura 14.: Fibra Multimodo índice gradual.....................................................37

Figura 15.: Fibra Monomodo...........................................................................37

Figura 16.: Transmissão luminosa atraves da fibra optica..............................39

Figura 17.: Circuito Elétrico elaborado para o SHI..........................................46

Figura 18.: Parabólica refletora construída para uso no SHI ..........................47

Figura 19.: Foco de espelho parabólico.........................................................48

Figura 20.: Circuito de controle.......................................................................49

Figura 21.: Foto Sensoriamento .....................................................................50

Figura 22.: Desenho da redução do motor .....................................................51

Page 11: Sistema hibrido de iluminação

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Cálculo do foco das parabólicas (m)...............................................48

Tabela 2: Medidas da redução dos motores...................................................51

Tabela 3: Potencia luminosa em São Paulo para 6 m2 em Lux .....................55

Tabela 4: Potencia luminosa em Salvador para 6 m2 em Lux ........................55

Tabela 5: Cálculo de custo de iluminação artificial .........................................56

Tabela 6: Custo de iluminação artificial para o sistema híbrido ......................56

Tabela 7: Avaliação econômico-financeira do projeto (em reais). ..................58

Page 12: Sistema hibrido de iluminação

LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

DAS/ SAD – depressão no Inverno (Seasonal Affective Disorder)

Dimmer – Dimerização

DLN – Disponibilidade de luz natural

DNA – Ácido desoxirribonucléico

IRC – Índice de Reprodução de Cor

LED – Diodo Emissor de Luz

LUX – unidade de iluminação

NBR – Normas Brasileiras

PURE – Programa permanente para o uso eficiente de energia elétrica – USP

SHI – Sistema Híbrido de Iluminação

TIR – Taxa Interna de Retorno

UVB – Raios ultravioleta do tipo B

VPL – Valor presente líquido

Page 13: Sistema hibrido de iluminação

LISTA DE SIMBOLOS

F – Foco da parabólica

A – Área exposta da parabólica

D – Diâmetro da parabólica

C – Profundidade da parabólica

I1 – Numero de dentes da 1ª engrenagem

I2 – Numero de dentes da 2ª engrenagem

I3 – Numero de dentes da 3ª engrenagem

I4 – Numero de dentes da 4ª engrenagem

D1 – Diâmetro da 1ª engrenagem

D2 – Diâmetro da 2ª engrenagem

D3 – Diâmetro da 3ª engrenagem

D4 – Diâmetro da 4ª engrenagem

Na – Rotação do eixo do motor

Nb – Rotação do motor

N3 – rotação da 3 engrenagem

N4 – rotação da 4 engrenagem

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, é possível identificar uma preocupação global, a necessidade de

preservar o ambiente em que vivemos. A terra sofreu diversos processos ao longo

dos anos, causando a deterioração do meio ambiente. A imagem de que os recursos

naturais, que antes eram utilizados de forma predatória, devem ser utilizados

racionalmente, permitindo que possam ser utilizados no futuro, de maneira

igualmente satisfatória. Este conceito é conhecido como sustentabilidade (AFONSO,

2006).

Todas as empresas ambientalmente corretas aderiram a essa idéia e, vem

trabalhando de forma intensa em projetos de manejo sustentável para que as novas

gerações não venham sofrer com os impactos ambientais causados nos dias de

hoje.

Por outro lado, nas empresas há uma luta por redução de custos, visando

aumento dos lucros. Portanto, o aumento da produtividade dos funcionários também

é foco de projetos de melhorias.

De acordo com o Departamento de energia americano(DOE, 2005)1 o Brasil é

um dos países com grande quantidade de energia elétrica gerada. A geração desta

energia no Brasil é realizada, quase que exclusivamente, por meio de usinas

hidroelétricas. A maior parte dessa energia é gasta nas áreas industrial e comercial.

O alto custo na geração da energia elétrica se confronta com o aumento da

lucratividade das empresas e, traz ao mercado, a necessidade de diminuir a

utilização desta. A readequação no uso dos recursos naturais, faz com que o foco se

volte a outras áreas da empresa onde possa haver redução de custos, tal como, o

uso otimizado do ar condicionado e da iluminação artificial.

A evolução tecnológica da iluminação artificial trouxe novos lançamentos ao

longo dos anos, com maior rendimento elétrico melhor qualidade de luz e menor

custo. As lâmpadas fluorescentes, por exemplo, surgiram em substituição às

1 DOE, department of energy, International Energy Annual 2005, segundo este documento o

Brasil e o 10º pais em geração de energia elétrica, disponível em

http://www.eia.doe.gov/pub/internatinal/iealf/table63.xls acessado em 15/07/2008

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lâmpadas incandescentes, de baixo rendimento. Para substituir as lâmpadas de

mercúrio (tóxico) surgiram as lâmpadas de sódio que, também, possuem um maior

rendimento. A mais nova inovação tecnológica de iluminação artificial é o LED

(Diodo emissor de luz do inglês Light Emissor Diode), este dispositivo é tão mais

eficaz que pode substituir a maioria das lâmpadas convencionais.

Com o intuito de diminuir o consumo de energia elétrica, um melhor

planejamento, utilizando tecnologias novas e antigas, é realizado com tal propósito

nas empresas. Podemos citar como exemplo a iluminação lateral, que tem o intuito

de iluminar e ventilar o ambiente ao mesmo tempo.

Novas pesquisas trouxeram ao mercado outras tecnologias que visam o

mesmo ideal, iluminar com menor ou nenhum custo utilizando recursos renováveis.

As telhas translúcidas, por exemplo, já são utilizadas em alguns centros de compras

(shopping center) e fábricas, com o intuito de iluminar o ambiente usando a luz solar

durante o dia, esse tipo de iluminação é conhecido como zenital.

Atualmente, há uma tendência de utilizar a iluminação artificial em conjunto

com a natural para resolver problemas de iluminação (VIANNA, 2005). Visando

aperfeiçoar ainda mais os sistemas existentes, acompanhando a tendência do

mercado de reduzir custos, surge a proposta do Sistema Híbrido de Iluminação

(SHI), assunto desse trabalho, visando trazer para dentro do ambiente todos os

benefícios do sol, aliado a uma redução no consumo energético.

1.1 Estrutura da monografia

Esse trabalho foi dividido em quatro etapas, seguindo uma seqüência lógica

que permite a compreensão da proposta de analise econômica de viabilidade e

construção do protótipo do SHI.

A primeira etapa apresenta uma breve apreciação dos efeitos da luz solar

sobre a saúde e o desempenho do Homem, explicamos o funcionamento do ciclo

circadiano bem como o processo de regulação hormonal pela luz solar. O estudo

destas questões fornece subsídios para que se possa entender a importância da

iluminação solar em nossas vidas.

A segunda etapa apresenta o contraste entre a evolução da iluminação de

interiores com o uso da energia elétrica e os novos sistemas existentes para a

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16

iluminação natural. Com isso é possível entender a principal razão da necessidade

de haver a junção dos métodos existentes por meio da criação de um SHI.

A terceira etapa fornece os fundamentos teóricos para o SHI, essa etapa é

dividida em explicações técnicas sobre a fibra ótica, principal base para a construção

desse sistema e, explicações teóricas sobre os dispositivos mecânicos a serem

utilizados no sistema, bem como, o estudo da óptica da parabólica e as explicações

sobre os movimentos existentes.

A quarta e última etapa explica a metodologia de concepção e construção do

protótipo. Nesta etapa foram feitos os cálculos do fornecimento de iluminação solar

dentro do ambiente escolhido para ser iluminado, e, com o uso de dados existentes

sobre radiação solar e sobre o rendimento da fibra ótica, e também a exposição dos

circuitos elétricos utilizado e as técnicas aplicadas na confecção do protótipo. E, por

fim, foram feitos os cálculos da economia de energia elétrica, bem como, um

orçamento estimado para implantação do projeto em um ambiente industrial.

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17

2 EFEITO DA ILUMINAÇÃO NATURAL SOBRE A SAÚDE E O DESEMPENHO

HUMANO

Para entender a importância da utilização de métodos naturais de iluminação

em substituição aos métodos convencionais, se faz necessário a compreensão da

importância da luz solar para o ser humano.

Desde os primórdios da existência humana, o sol, foi o responsável pela

iluminação dos espaços abertos. No inicio, era ele o responsável também por ditar a

forma de viver dos homens primitivos, pois, de acordo com a intensidade do sol, era

decidido o momento de realizar tarefas, tais como caçar e na ausência de sol o

homem se recolhia. É possível que os hábitos do homem tenham mudado quando

este aprendeu a dominar o fogo, que deve ter sido o primeiro tipo de iluminação

artificial.

Hoje em dia, além da importância na utilização de iluminação solar para

redução da utilização da energia elétrica, a iluminação solar também traz benefícios

para o corpo humano, como veremos a seguir.

2.1 Ciclo circadiano

Todos os organismos vivos, sejam vegetais ou animais (inclusive os seres

humanos) obedecem a um ciclo de vinte e quatro horas, conhecido como ciclo

circadiano2, também chamado de relógio biológico. O relógio biológico é o que faz

com que os sinais vitais entrem em um ritmo crescente durante o dia e decrescente

durante a noite (GAETANO et al., 2002). Este ciclo é explicado através de um

sistema que representa fisiologicamente as condições do dia e da noite que informa

ao corpo quais funções fisiológicas são realizadas a cada período.

2 latim, circa = por volta de e diem = dia.

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Figura 1.: Ciclo Circadiano

(adaptado de <http://www.universe-review.ca/I10-67-circadianclock.jpg> acesso em: 27 Agosto de 2008)

As funções vitais podem ser medidas por meio de variáveis fisiológicas, tais

como, temperatura corporal interna, níveis de melatonina3, atividade do córtex

cerebral e os estado de atenção (BOYCE, 1981).

Quando há distúrbios no ciclo circadiano, ocorrem diversas alterações nos

seres humanos, como: déficit de atenção, dificuldade de concentração e diminuição

do rendimento no trabalho, além de problemas sociais. Sabe-se que, os ciclos

circadianos são controlados no hipotálamo e, este, por sua vez, está sob controle

temporal de agentes sincronizadores como a luz.

3 hormônio produzido pela glândula pineal, regula e controla o relógio biológico.

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Figura 2.: Percurso da Luz no corpo humano

(adaptado de <http://www.universe-review.ca/I10-67-circadianclock2.jpg> acesso em: 27 Agosto de 2008)

Quando os raios solares atingem os olhos, são produzidos estímulos

nervosos. Esses estímulos vão diretamente ao núcleo supracrismatico, que ao

receber esses estímulos ativam a glândula pineal4(ou hipotálamo), que produz o

hormônio melatonina. Esse hormônio é responsável por induzir o sono, modificar o

humor, e interferir no sistema reprodutivo além de aumentar a agilidade mental.

4 Atua na regulação do ciclo circadiano

Page 20: Sistema hibrido de iluminação

20

A melatonina é distribuída a todas as células do corpo pela corrente

sanguínea, ela é a responsável para que cada célula do corpo faça sua função em

cada período do dia ou da noite, isto é o ciclo circadiano.

O hormônio cortisol, conhecido também como hormônio do stress, também

sofre influência do ciclo circadiano. Edwards (2002) diz que esse é encontrado em

níveis mais altos pela manhã e em níveis mais baixos à noite. Esse hormônio afeta o

ciclo metabólico regulador da quebra das moléculas de carboidratos, proteínas e

gorduras, afeta o desenvolvimento das células brancas no sangue, interfere nas

atividades do sistema nervoso e também na pressão arterial.

O cortisol também é o responsável pela atenção, em caso de stress ocorre

um aumento da produção de adrenalina e de hidrocortisona que, por sua vez,

produzem enzimas capazes de destruir o aminoácido triptofano5, inibindor da

produção da melatonina e da serotonina6 (responsável pela sensação de saciedade

e bem estar).

Podemos concluir que o sol é responsável por vários processos fisiológicos

dentro do corpo humano e, conseqüentemente, pode influenciar o nosso estado de

ânimo.

2.2 Efeito da falta de luz solar sobre a saúde

O efeito da luz solar sobre os seres humanos é conhecido há muito tempo,

mas apenas recentemente pôde se ter uma melhor compreensão de sua atuação.

No ano 2000, surgiu a teoria do SAD (Distúrbio Afetivo Sazonal do inglês

Disorder Affective Seasonal). Algumas pessoas desenvolvem, repetidamente,

depressão em determinadas épocas do ano, geralmente no outono ou no inverno.

Em alguns casos o sincronismo reflete um excesso de demandas colocadas na

pessoa em uma estação particular do ano, em seu trabalho ou em outros aspectos

de sua vida. Em outros casos não há nenhuma causa e sugeriu-se que o DAS está

relacionado em alguma maneira às mudanças nas estações, por exemplo, ao

5 aminoácido que favorece a síntese de serotonina (neurotransmissor que exerce efeitos

sobre o sistema nervoso) fazendo com que melhore o humor do indivíduo.

6 Exerce função no controle da liberação de alguns hormônios e regulação do ciclo circadiano

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comprimento da luz do dia. Embora esta depressão seja caracterizada

principalmente pela época do ano em que ocorrem, alguns sintomas ocorrem com

mais frequência do que em outros tipos de depressão.

Segundo Edwards (2002), durante o inverno quando a incidência de sol é

menor, as pessoas apresentam alguns sintomas de depressão, tais como:

melancolia e redução do interesse nas atividades cotidianas, ou ainda, aumento da

necessidade de sono, maior irritabilidade e aumento do apetite (principalmente

carboidratos), causando assim aumento de peso.

Outra influencia da luz solar pode ser verificada facilmente. Boyce et al.

(2003) estudaram como o corpo se recupera durante a noite para estar pronto para

as atividades do dia. Esta recuperação é uma função da diminuição da produção de

hidrocortisona e de adrenalina, com o objetivo de restaurar as moléculas de DNA

danificadas,eles também estudaram uma enzima conhecida como proteasoma. Essa

enzima é ativada pela luz e bloqueia a produção do hormônio melatonina, que age

no sistema nervoso e regula a recuperação do organismo durante o sono. Esses

estudos demonstram ainda que a exposição à luz intensa durante o dia pode ajudar

a regular o ciclo do sono e, conseqüentemente, o ciclo circadiano.

Os estudos indicam que a luz natural utilizada em horários e quantidades

apropriadas, pode auxiliar no tratamento de desordens do sono, porque, fornece os

altos níveis de iluminância necessários para manter o ciclo circadiano em perfeita

operação.

Outro beneficio do sol, pode ser observado por conta da existência da

radiação ultravioleta de comprimento de onda curto. Esta radiação quando incide

sobre a pele, ajuda na produção de vitamina D, responsável pela absorção de cálcio

pelo organismo. Outra ação desta radiação foi estudada por CICARDO (apud

BITTENCOURT, 2004), que percebeu que os raios ultravioletas são mais eficazes

que a luz visível na destruição de bactérias. Bittencourt (2004) concluiu que o “efeito

curativo dos raios ultravioleta sobre as feridas é atribuído à ação germicida e a uma

ação direta sobre os tecidos. As células impregnadas pela radiação liberariam

substâncias que estimulam o crescimento, a respiração e síntese da glicose em

outras células”

Page 22: Sistema hibrido de iluminação

22

Wienke (2005) afirma que “a quantidade de radiação ultravioleta emitida por

uma fonte artificial é tão pequena que oito horas de exposição a 1100 lux equivalem

à cerca de três minutos transcorridos a céu aberto num dia de sol”

Após a análise dos efeitos da luz no ser humano se faz necessário o

entendimento da quantidade de sol que é necessária para obter os benefícios. Para

Figueiro et al. (2002), os níveis necessários de iluminação, para a produção de

melatonina, são geralmente maiores do que os definidos para tarefas visuais com

iluminação em interiores.

Page 23: Sistema hibrido de iluminação

23

3 ILUMINAÇÃO EM INTERIORES

A iluminação de interiores é determinada pelo tipo de trabalho que será

executado no recinto (EINDHOVEN, 1980). A instrução normativa, NBR-5413 da

ABNT, define os níveis mínimos de iluminação em interiores, a fim de manter o

conforto do usuário. A ABNT, define os níveis de iluminação média mínima para

iluminação artificial em interiores, para os diferentes tipos de atividades de comércio,

indústria, ensino, esporte entre outras.

A especificação para a iluminação necessária em um ambiente é uma

composição entre os tipos de lâmpadas e luminárias e a quantidade destas

necessárias dentro de respectivo ambiente.

O nível de iluminação ideal garante o conforto e a saúde das pessoas, por

exemplo, níveis baixos de iluminação causam fadiga visual, que pode ser

identificada por olhos congestionados e lacrimejantes, pela , dificuldade de visão ou

visão embaçada e dor de cabeça. A norma NBR-5413 da ABNT define que para

ambientes de trabalho em escritórios, a quantidade mínima de iluminação deve ser

entre 500 e 1000 lux7. Este nível de iluminação é o mínimo para fornecer uma

iluminação conveniente e confortável.

Estudos mostram que a produtividade de quem trabalha em escritórios pode

aumentar com a melhoria da qualidade da luz. Mesmo após todos estes estudos não

existem mudanças significativas nos locais de trabalho, mas a relação entre

trabalhar em uma área externa e a quantidade de luz solar ainda não existe. Em

testes de atenção, Heerwagen, et al. (1995) constataram que as pessoas próximas

às janelas obtiveram resultados superiores às outras que se encontravam distantes..

Ambientes, providos de iluminação natural, muitas vezes, não tem iluminação

suficiente para iluminar adequadamente todo o período de uso do local

(EINDHOVEN, 1980), sendo assim necessária a complementação da iluminação

natural pela artificial.

7 Unidade de iluminação de acordo com o SI, fluxo luminoso que incide sobre uma superfície.

Page 24: Sistema hibrido de iluminação

24

3.1 Iluminação Artificial

A iluminação artificial tem um valor considerável no campo do consumo de

energia elétrica em relação ao desperdício (CANESIN, 1998). É possível observar

que, muitas vezes nas residências e ambientes de trabalho, as luzes permanecem

acesas durante o dia e a noite. Essas lâmpadas inutilmente acesas não podem ser

ignoradas. Apagá-las é uma atitude socialmente, ecologicamente e financeiramente

esperada, tanto é que há muitos anos são alvo de campanhas educativas

governamentais.

Das fontes de luz artificial, as lâmpadas elétricas são, sem dúvida, as que

apresentam melhor eficiência e maior número de possibilidades para se obter

ambientes acolhedores e confortáveis.

Dentre as lâmpadas, existentes no mercado, Silva (2004) compara a

eficiência energética de cada uma, para tanto, analisa os diversos tipos de lâmpadas

e, por fim, verifica a incomparável eficiência da lâmpada de sódio.

Figura 3.: Eficiência energética

(SILVA, 2004)

3.1.1 Lâmpadas incandescentes

Silva (2004) explica que a evolução da lâmpada desenvolvida por Thomas

Edson, é a lâmpada incandescente. Re (1978) explica que a lâmpada incandescente

produz luz pela passagem de energia elétrica por um filamento de tungstênio que

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25

fica incandescente. Para não ser queimado, o filamento é fechado no interior de uma

ampola de vidro, o bulbo, que no interior é vácuo, ou é introduzido um gás inerte,

como: nitrogênio, argônio, criptônio, etc. No caso citado em vácuo, trata-se de

lâmpadas de pequena potência, no segundo, trata-se de lâmpadas de grande e

média potência.

Em seu estudo Petry (2008) conclui que as lâmpadas incandescentes

reproduzem boas cores, pois possuem espectro de luz idêntica à natural. Mas

apresentam um problema na eficiência luminosa, chegando muitas vezes apenas a

10 lm/W, e por isso, desperdiçam muita energia elétrica. Sua vida útil é em torno de

1000 a 6000 horas. Entretanto, verifica-se vantagens na sensibilidade em relação a

variações de tensão, portanto, permite um fácil controle de luminosidade pelo uso de

dimmers.

O baixo rendimento da lâmpada incandescente pode ser explicado pelo fato

de 90% da energia consumida é transformado em calor e menos de 10% em luz

(SILVA, 2004).

Figura 4.: Lâmpada incandescente

(Disponível em: <http://images.americanas.com.br/produtos/item/263/5/263557g.gif acesso em: 10

Junho de 2008)

Page 26: Sistema hibrido de iluminação

26

3.1.2 Lâmpadas de descarga elétrica

A luz emitida por uma lâmpada de descarga é realizada pela passagem da

corrente elétrica por um gás ionizado, os elétrons se chocam com a pintura

fluorescente ou com cristais de fósforo existentes nas paredes internas do tubo,

gerando luz visível.

Este tipo de lâmpadas são chamadas de arco voltaico, e são utilizadas para

eventos onde há necessidade de projeções de grandes potencia, tais como teatro,

iluminação aérea, entre outros. Nestes casos a descarga se dá por meio do ar,

sendo o fluxo luminoso produzido pela incandescência dos eletrodos. (MOREIRA,

2002)

Essas lâmpadas têm maior eficiência que as incandescentes, obtendo uma

maior luminosidade sem exigência de potência extra, logo, o consumo de energia é

reduzido. Realizam em média, 10 vezes mais luz do que as incandescentes comuns,

do mesmo fabricante, por cada watt consumido.

De acordo com o PURE (Programa permanente para o uso eficiente de

energia elétrica – USP) as Lâmpadas são classificadas em função da pressão

interna do bulbo, e podem ser de baixa ou de alta pressão.

Figura 5.: Lâmpadas fluorescentes

(Disponível em: <http://images.americanas.com.br/produtos/item/188/1/188148g.gif> acesso em: 30

Setembro de 2008)

Page 27: Sistema hibrido de iluminação

27

3.1.2.1 LÂMPADAS DE DESCARGA DE BAIXA PRESSÃO

As lâmpadas de Fluorescentes são as mais conhecidas entre as de baixa

pressão, sendo, tubulares ou compactas, e consiste em um tubo de vidro com

eletrodos em cada extremidade, com mercúrio e uma pequena quantidade de gás

inerte, usualmente o Argônio para acender a lâmpada. Quando se aplica a voltagem

necessária, os elétrons partem de um eletrodo para o outro colidindo com os átomos

de mercúrio, emitindo assim radiação ultravioleta. Os fósforos que estão encobrindo

a parede do tubo emitem radiação eletromagnética no espectro visível quando

atingido pela radiação ultravioleta.

Dependendo da composição química do fósforo as lâmpadas podem possuir

diferentes temperaturas de cor e índice de eficiência luminosa. As lâmpadas de

indução são outros tipos de lâmpadas de descarga a baixa pressão, não possuindo

eletrodos, tem elevada vida útil e são aplicadas em lugares de difícil acesso,

normalmente para manutenção (SILVA, 2004).

As lâmpadas mais antigas deste grupo são as lâmpadas fluorescentes, por

serem uma fonte de iluminação econômica. Foram feitas muitas pesquisas para

desenvolver este tipo de iluminação, de onde surgiram as lâmpadas florescentes

compactas. (Moreira, 2002)

Segundo Silva (2004), as lâmpadas fluorescentes compactas foram criadas a

fim de oferecer maior quantidade de luz por ponto. Por ter uma ótima reprodução de

cores são muito usuais em iluminação de grandes áreas abertas.

3.1.2.2 LÂMPADAS DE DESCARGA DE ALTA PRESSÃO

As lâmpadas de descarga de alta pressão, de acordo com o fabricante

EMPALUX, funcionam de forma similar, as de baixa pressão, contudo, possuem

maior eficiência e maior vida útil. Exemplos destas lâmpadas são as de mercúrio, a

vapor metálico e a vapor de sódio de alta pressão.

Nessas lâmpadas, a luz é emitida pela passagem da corrente elétrica por um

gás ionizado, com isso, permitindo que a corrente se movimente entre eletrodos

localizados em extremidades opostas da lâmpada. Os elétrons colidem com os

Page 28: Sistema hibrido de iluminação

28

átomos de gás e alteram sua estrutura atômica, temporariamente. O restante da luz

é proveniente da energia gerada quando o gás retorna ao seu natural estado.

O tubo de descarga é feito de materiais mais resistentes a elevadas

temperaturas, em geral quartzo. A temperatura interna é tão alta que ao ser apagado

o metal não pode ser novamente ionizado, até que a temperatura diminua.

(MOREIRA, 2002)

Nas de vapor metálico e de vapor de sódio, faz-se necessidade o uso de

ignitores, os reatores eletromagnéticos. O ignitor fornece um pulso de tensão à

lâmpada, iniciando assim o seu acendimento. Os fabricantes recomendam a

utilização de capacitores para as lâmpadas de descarga com reatores

eletromagnéticos de baixo fator de potência. Tem como função corrigir o fator de

potência. O capacitor não influência no comportamento da lâmpada, mas com seu

uso, se reduz custos de instalação elétrica e aumenta a eficiência da instalação.

3.1.3 Diodo emissor de luz (LED)

O LED (do inglês Light Emitter Diode), foi inventado por Nick Holonyac em

1963, é um componente eletrônico semicondutor, que transforma a energia elétrica

em luz. Diferente das lâmpadas convencionais os Leds usam a matéria

semicondutora da qual é constituído para realizar essa transformação, e por isso, o

LED é chamado de estado sólido (Solid state). O LED é um componente bipolar,

portanto, dependendo da posição das ligações pode ou não permitir a passagem da

corrente elétrica, isto é, emite ou não luz.

De acordo com Silva (2004), no Brasil temos a comercialização de LEDs para

iluminação geral, pois possuem longa durabilidade (até 100.000 horas), e sem

necessidade de manutenção. Consequentemente, o LED aparece como uma

tecnologia promissora, pois onde antes se colocava uma lâmpada de 40 W agora se

instala um módulo de LED com 1 W de potência, que possue mesma intensidade

luminosa, podendo assim, trazer uma enorme economia aliada à redução do

tamanho da fonte de luz.

A VETEX fabrica hoje LEDs que atingem a faixa dos 120 lumens de fluxo

luminoso, com potências de 1,0 – 3,0 e 5,0 watts, disponíveis em várias cores,

substituindo assim alguns tipos de lâmpadas, em diversas aplicações. A vida útil do

Page 29: Sistema hibrido de iluminação

29

equipamento é longa, necessitando de manutenção apenas após 50000 horas de

uso sem necessidade de troca.

Figura 6.: LED

(disponível em: <http://eletronicos.hsw.uol.com.br/led.htm> acesso em: 5 Julho de 2008)

3.2 Iluminação Natural

Diversos tipos de iluminação natural são utilizados para economizar energia

elétrica ou ainda com o intuito de promover a renovação do ar do ambiente. Como

descrito anteriormente, a iluminação artificial não fornece benefícios ao nosso corpo,

como a iluminação natural oferece.

Conforme descrito anteriormente, uma boa iluminação no ambiente de

trabalho, traz benefícios aos trabalhadores e para os empregadores, pois contribui

para o aumento da satisfação, melhora a produtividade, reduz a fadiga e

conseqüentemente diminui o número de acidentes de trabalho.

Os principais meios de iluminação natural utilizados atualmente podem ser

classificados em dois sistemas básicos, lateral e zenital. Deles foram criados

derivações.

Page 30: Sistema hibrido de iluminação

30

3.2.1 Iluminação Lateral

A iluminação lateral é muito utilizada nas edificações atuais, esse sistema de

iluminação é também conhecido como janela. Pilotto Neto (1980) explica que quanto

mais alta for uma janela, melhor será a iluminação nas partes mais afastadas. Uma

janela disposta sobre a dimensão horizontal possibilita uma distribuição mais

homogênea da luz, enquanto que, uma janela vertical ilumina com maior eficiência o

que estiver em frente ao seu eixo de simetria. Sendo assim, podemos concluir que

uma janela disposta na dimensão vertical alcança luminosidade a uma distância

maior do que uma janela disposta na dimensão horizontal, mas haverá um espaço

lateral com uma iluminação deficiente.

No caso de ser utilizado apenas este sistema de iluminação natural, ocorre

que os ambientes mais distantes das janelas terão uma iluminação abaixo do

necessário, causando também o ofuscamento quando o usuário que se encontra no

lado mais escuro focaliza o ambiente mais claro (Figura 7).

Janelas amplas podem proporcionar níveis mais altos de iluminação natural e

melhor vista para o exterior, entretanto, permitem maiores trocas perdas de calor, o

que refletirá no consumo de energia nas edificações refrigeradas artificialmente.

Este sistema propicia no ambiente vários níveis de iluminação (VIANNA,

2001). Essa falta de uniformidade muitas vezes, não oferece um ambiente sadio

para se trabalhar.

Page 31: Sistema hibrido de iluminação

31

Figura 7.: Iluminação lateral e ofuscamento

(disponível em: <http://www.dei.isep.ipp.pt/~acc/cassilde/example2.jpg>

acesso em: 13 de Setembro de 2008 )

3.2.2 Iluminação Zenital

Pilotto Neto (1980) define iluminação zenital, como a iluminação que penetra

através de superfícies translúcidas situadas na cobertura das edificações (figura 8).

Este tipo de iluminação é muito utilizado em fábricas, onde grande parte do local de

trabalho não consegue ser alcançado pela claridade advinda da iluminação lateral.

A grande vantagem deste tipo de iluminação é uma melhor distribuição da luz

no recinto, considerada de boa qualidade sem ser uma iluminação homogênea.

Outro aspecto significativo no sistema de iluminação zenital é a redução de gastos

com energia elétrica, sendo esta substituída pela utilização de luz solar durante um

período mais longo do dia.

Page 32: Sistema hibrido de iluminação

32

Figura 8.: Exemplos de superficies iluminantes

(disponível em: <http://www.marko.com.br/img/img_complZenital.jpg> acesso em: )

Uma desvantagem desse tipo de iluminação é que ele possibilita a incidência

direta dos raios solares, ocasionando problemas como excesso de insolação e

aquecimento do ambiente, entre outros (Figura 9).

Page 33: Sistema hibrido de iluminação

33

Figura 9.: Soluções para iluminação zenital

(disponível em: <http://www.edifique.arq.br/images/ilumzenital.gif> acesso em: 30 de março de 2008 )

De acordo com Vianna (2001), a principal característica deste tipo de

iluminação é uma maior uniformidade na distribuição da luz em relação à iluminação

lateral. Isto ocorre porque na iluminação zenital suas projeções são paralelas ao

plano e em geral as aberturas estão uniformemente distribuídas pela área de

cobertura.

Vianna (2001) complementa que em alguns lugares amplos, com iluminação

zenital, não seria conveniente utilizar iluminação lateral para complementar (figura

10), já que sua contribuição não seria significativa para o nível final de iluminância e,

para a uniformidade da iluminação. Um dos problemas seria o ofuscamento causado

pela grande distância das paredes opostas em relação aos locais de trabalho.

Page 34: Sistema hibrido de iluminação

34

Figura 10.: Iluminação zenital conjulgada com iluminação lateral

(disponível em: <http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/fotos/633/hall.jpg> acesso em: 17 de Agosto de 2008)

Vianna (2001) explica as lentes prismáticas como uma evolução tecnológica

neste tipo de iluminação, pois, sua utilização consegue distribuir a iluminação natural

de uma forma eficiente. Isso ocorre porque ao receber os raios solares, um painel

prismático de material transparente, que está situado na parte superior externa,

fragmenta os raios solares em micro raios, refratando a luz em todas as direções

(figura 11).

Figura 11.: Ginásio de esportes iluminado por lentes prismáticas

(disponível em: <www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=4&Cod=122> acesso em: 22 de

Maio de 2008 )

Page 35: Sistema hibrido de iluminação

35

4 FIBRAS ÓPTICAS

Tabini (1990) define fibra óptica como uma guia de luz com formato cilíndrico

constituído por dois materiais cristalinos concêntricos. Esses materiais são

denominados como núcleo e casca (figura 12). O núcleo é o elemento principal da

fibra óptica, pois será por onde a luz será transmitida, ao longo da fibra. A casca é

responsável por permitir que a luz se propague ao longo do núcleo. A diferença

fundamental entre estes dois tipos de material é o índice de refração.

Figura 12.: Partes de uma única fibra óptica

(disponível em: <http://deltateta.files.wordpress.com/2008/03/fiber-optic-

fiber.jpg> acesso de: 21 de Abril de 2008 )

Para que ocorra a transmissão de iluminação através da fibra ótica, é

necessário que a luz projetada, na fibra, forme um ângulo maior do que o ângulo

crítico da fibra (figura 13). Sendo assim a luz caminha por dentro da fibra por

reflexões sucessivas (GIOZZA, 1991).

Page 36: Sistema hibrido de iluminação

36

Figura 13.: Secção da fibra optica

(disponível em: <http://penta.ufrgs.br/redes.94-2/nunes/fibra2.gif> acesso em: 07 de setembro de 2008 )

Existem diversos tipos de fibras ópticas, que são denominadas de acordo com

a sua geometria e com o índice de refração do núcleo. As duas classes principais de

fibras são monomodo e multímodo.

4.1 Fibra Multimodo Índice Degrau

De acordo com Sênior (1985), a fibra multimodal de índice degrau (figura 15)

é a mais simples dos tipos de fibras ópticas. Estas fibras podem ser fabricadas com

um único índice de refração, de acordo com a aplicação, e neste caso não existe

casca, tornando o ar o realizador desta função.

Por outro lado Tabini (1990) ressalta algumas desvantagens dessas fibras,

como por exemplo, quanto à baixa capacidade de transmissão, em virtude da

atenuação relativamente elevada e uma largura de banda pequena, portanto, é

limitada sua utilização na transmissão de dados em curtas distâncias e em

iluminação.

4.2 Fibra Multimodo Índice Gradual

A fibra multímodo (figura 14) de índice gradual possui este nome devido à

composição do núcleo feito em várias camadas de vidro, com índices de refração

que decrescem gradualmente à medida que se afastam do centro em direção da

casca. (GLODE, 1973).

Page 37: Sistema hibrido de iluminação

37

Com esta variação, ocorre uma menor dispersão do sinal e, uma maior

largura de banda, pois quanto mais distante do centro da fibra estiver o raio

luminoso, mais veloz ele será, sabendo que a velocidade da luz é função do índice

de refração.

Figura 14.: Fibra Multimodo índice gradual

(disponível em: <http://www.clubedohardware.com.br/artigos/371> acesso em: 20 de junho de 2008 )

4.3 Fibra Monomodo

CSELT (1981) demonstra que a diferença básica entre as fibras multímodo e

as monomodo é, basicamente, a boa qualidade de propagação da luz e suas

menores dimensões. De acordo com Tabini (1990) se diminuirmos a abertura

numérica, o acoplamento óptico será inviável e se operarmos com valores de

comprimento de onda superiores, haverá atenuação do sinal. Portanto, pode-se

concluir que o melhor é reduzir o diâmetro do núcleo para um valor pouco maior que

o comprimento de onda, de forma que apenas um modo seja guiado. É exatamente

isto que ocorre nas fibras monomodo onde o diâmetro da casca chega a ser cerca

de 12 vezes maior que nas fibras multímodo.

Figura 15.: Fibra Monomodo

(disponível em: <http://www.clubedohardware.com.br/artigos/371> acesso em 20 de junho de 2008)

4.4 Atenuação das fibras ópticas

A atenuação é o principal elemento na determinação da distância máxima

entre um transmissor e um receptor óptico. A atenuação, ou melhor, a perda de

transmissão de uma fibra óptica é definida em termos da relação de potência

luminosa na entrada da fibra de comprimento L e a potência luminosa na sua saída.

(GUIOZZA, 1991)

Page 38: Sistema hibrido de iluminação

38

Tabini (1990) complementa que a atenuação representa a perda de potência

óptica em um determinado lance de fibra óptica. Ela varia em função do

comprimento da luz. As principais causas de atenuação das fibras ópticas são:

- Espalhamento: esta perda é causada por imperfeições, como dimensões

inferiores ao comprimento de onda da luz, imperfeições da estrutura da fibra óptica

e, é caracterizado pelo desvio da luz em varias direções (NOGUCHI, 1985).

- Absorção: é o processo pelo qual, impurezas nas fibras, absorvem parte da

energia óptica e a dissipa em forma de calor. Essas impurezas, quando

concentradas em uma parte por bilhão, são suficientes para introduzir uma pequena

atenuação (OHNISHI, 1988).

Tabini (1990) completa exemplificando que o íon (hidroxila) é uma impureza

que causa grande atenuação e a mesma é muito difícil de ser eliminada. Dentre

outras impurezas, as mesmas absorvem a luz de acordo com seu comprimento da

onda.

- deformações mecânicas: são resultantes de dois tipos de deformações

conhecidas como microcurvatura e macrocurvatura. Quando existe uma pequena

deformação na fronteira entre o núcleo e a casca é chamada de microcurvatura, e

qualquer força transversalmente aplicada na superfície da fibra pode provocar este

tipo de deformação. A macrocurvatura é provocada pela curvatura da fibra óptica,

quando o raio de curvatura de uma fibra óptica é de apenas alguns centímetros não

existem perdas significativas em função das pequenas dimensões da

fibra.(PINNOW, 1973)

4.5 Vantagens das fibras ópticas

A fibra óptica apresenta diversas vantagens sobre outras soluções existentes

no mercado para transmissão de iluminação. A principal vantagem que podemos

destacar é a baixa perda de transmissão, que se torna a principal vantagem, se

considerarmos o potencial luminoso existente e a necessidade de pouca perda de

intensidade luminosa.

Page 39: Sistema hibrido de iluminação

39

Figura 16.: Transmissão luminosa atraves da fibra optica

(disponível em:

<http://www.cimm.com.br/conteudo/noticias/imagem/Image/fibra_optica.JPG>

acesso em: 20 de Junho de 2008 )

Cherin (1983) explica que a perda de transmissão é muito baixa, no caso de

transmissão de iluminação apenas sofrendo impacto da atenuação. A evolução

acelerada de novas tecnologias promete materiais com atenuações ainda menores.

A propriedade isolante da fibra óptica oferecida pelo material dielétrico de sua

constituição é ideal para um sistema hibrido, por oferecer segurança e não sofrer

interferência do ruído existente na rede.

Guiozza (1986) complementa que a fibra óptica é um excelente material para

ser utilizado em áreas com gases voláteis, por não oferecer risco de fogo nem de

explosão, oferecendo assim, mais um mercado importante para o sistema proposto

(SHI). As baixas dimensões e peso apresentados pela fibra óptica permitem o

desenvolvimento do sistema sem o comprometimento dos dutos (LACY, 1982).

Podemos ainda destacar que as fibras ópticas não são sujeitas a agentes

químicos e variações de temperatura, permitindo assim uma maior vida útil dos

sistemas. (SENIOR, 1985)

4.6 Desvantagens das Fibras Ópticas

A utilização deste sistema na prática implica na existência de diversas

desvantagens que podem ser encontradas. Entre as diversas desvantagens

Page 40: Sistema hibrido de iluminação

40

existentes, podemos ressaltar as que implicam diretamente no transporte de

luminosidade e não de dados.

O fato de a fibra ótica ser uma tecnologia consideravelmente nova e em

constante desenvolvimento tecnológico faz com que no mercado brasileiro o seu

preço ainda seja significativamente alto, mas isto não inviabiliza o projeto, como é

possível verificar na previsão de custos do projeto apresentado adiante.

A dificuldade de emendas e conexões dificulta a transmissão da luz,

causando perdas, repercutindo assim desfavoravelmente. A capacidade de

concentração do foco em ângulos críticos, no caso de iluminação, pode ser

considerado também como um ponto negativo, pela dificuldade existente para

dissipação deste foco luminoso nos pontos de iluminação.

Page 41: Sistema hibrido de iluminação

41

5 MOVIMENTOS

Para uma precisa captação da luminosidade emitida pelo sol, precisamos do

adequado funcionamento de todos os itens envolvidos na geração de movimentos

para o sistema, desde os itens mecânicos para estruturação do conjunto,

componentes mecânicos para transmissão dos movimentos, geração dos

movimentos em si e controle dos mesmos.

Tendo em vista a dificuldade na movimentação do painel de captação da luz

solar, desde o amanhecer ao escurecer do dia, é necessário um estudo mais

detalhado nos tipos de movimentos requeridos, atentando para a precisão dos

movimentos controlados levando assim a uma captação eficiente.

Para a geração dos movimentos do equipamento, foram estudados diversos

meios, como: hidráulica, pneumática e elétrica.

A hidráulica é utilizada basicamente para efeitos de força e potência com

pouca velocidade nos movimentos, a pneumática proporciona uma velocidade alta

nos movimentos, mas com baixa força e dificuldade de controle, a elétrica apresenta

alta potência associada à uma boa velocidade, proporcionando um controle

preciso.Assim, para as nossas necessidades, optamos por gerar movimentos a partir

de motores elétricos.

Após estudos de alguns tipos de movimentos mecânicos, temos como base

movimentos integrados a dois graus de liberdade, onde teremos um movimento de

rotação horizontal da estrutura sobre sua própria base e um segundo movimento de

rotação vertical acoplando um eixo central ao painel de capitação.

O controle dos movimentos será feito por um circuito elétrico de fotosensores

que “reconhecerão” o melhor foco de incidência luminosa no ambiente provocando

assim uma diferença de potencial em seus terminais, os quais serão analisados por

um comparador que transforma estes sinais em pulsos elétricos, acionando os

motores para o melhor posicionamento do painel.

5.1 Óptica

A óptica física estuda as propriedades da luz, sua interação com objetos, e

com ela mesma. Ela se ocupa de aspectos do comportamento da luz, tais como

emissão, composição, absorção, polarização, interferência e difração.

Page 42: Sistema hibrido de iluminação

42

Os espelhos parabólicos são encontrados cada vez com mais freqüência no

nosso cotidiano. Existem diversas aplicações para esse tipo de espelho, desde

refletores de luz em faróis de carros e telescópios, até refletores e receptores de

ondas eletromagnéticas de diversas freqüências, como nas transmissões de rádio e

televisão, ou até mesmo concentradores de luz.

A principal característica de um espelho parabólico é que as ondas mecânicas

ou eletromagnéticas que nela incidem, convergem para um único ponto chamado de

foco.

Page 43: Sistema hibrido de iluminação

43

6 OBJETIVO

O propósito deste trabalho é apresentar uma solução alternativa ao sistema

de iluminação atual, propondo como metodologia a utilização de métodos

tradicionais e novos, baseados em conceitos de automação industrial.

A solução apresentada neste trabalho busca uma perfeita harmonia na

utilização da energia solar e elétrica, a fim de prover redução com gastos de infra-

estrutura, além de disponibilizar os benefícios do sol às pessoas submetidas a este

tipo de iluminação.

Por meio deste SHI, ocorre a busca por trazer todos os benefícios do sol, para

dentro de edifícios fechados, evitando assim problemas relacionados à exposição

exclusiva a iluminação elétrica. Este sistema também visa oferecer a possibilidade

de utilização de sistemas de iluminação natural onde outrora não era possível.

Page 44: Sistema hibrido de iluminação

44

7 METODOLOGIA

Este projeto propõe um estudo de viabilidade técnica e econômica de um

sistema híbrido de iluminação por meio da construção de um protótipo e, do estudo

de custo.

A utilização de conceitos e metodologias de automação industrial através de

um processo em malha fechada fornece precisão ao sistema, por ser auto-ajustável

durante as etapas do dia.

Pretende-se então simular o sistema de iluminação em uma maquete de um

galpão, a fim de poder medir a quantidade de luz disponibilizada no ambiente e a

quantidade de energia elétrica consumida no processo. Através desta simulação

será apresentado o sistema híbrido de iluminação solar (SHI).

Page 45: Sistema hibrido de iluminação

45

8 PARTE EXPERIMENTAL

A fim de utilizar todos os benefícios da iluminação natural já apresentados, a

solução desenvolvida visa levar a iluminação natural a todos os ambientes

desejados, independentemente da profundidade e posicionamento do ambiente.

O sistema proposto consiste em utilizar um coletor parabólico espelhado,

capaz de coletar os raios solares, e, concentrar todos através de uma segunda

parabólica em pontas de fibra óptica. Esta fibra óptica servirá como meio no qual os

raios solares serão transmitidos. A terminação da fibra óptica será realizada com a

conexão desta com um tarugo de acrílico translúcido que dissipará a luz dentro do

ambiente de maneira homogênea.

Durante os períodos que não for possível coletar a luz solar pode ser

necessário utilização de iluminação artificial. A fim de manter o nível de iluminação

constante nestes períodos e durante a noite, foi utilizado de um sistema de

dimerização da iluminação artificial, fazendo assim com que o nível de iluminação

seja sempre constante proporcionando economia de energia elétrica.

Para a construção deste sistema híbrido (SHI) de iluminação, utilizamos

algumas etapas no processo de montagem, que veremos em seguida.

8.1 Circuito Elétrico

Para a construção do circuito elétrico utilizou-se de dois pares de sensores,

para captar a radiação solar existente no ambiente, e assim, comparar seus

respectivos valores e, por fim, posicionar a parabólica na melhor disposição em

relação ao sol.

Os sensores utilizados são LEDs normais encontrados no mercado, utilizados

geralmente para o fornecimento de iluminação. Os LEDs de cores claras, nada mais

são do que um transistor bipolar que está encapado em uma capa clara, para que a

luz possa atingir a base coletora da junção. Esses LEDs tem a característica, devido

à sua junção PN, de quando submetidos a iluminação criam pares lacuna – elétrons,

dando origem a uma corrente, na presença de uma tensão. Na polarização direta, a

luz que incide sobre o fotodiodo faz a corrente transcorrer através do dispositivo,

levando-a para o sentido frontal, isso é conhecido como o efeito fotoelétrico.

Page 46: Sistema hibrido de iluminação

46

VCC12V

Q12N3904

Q2

2N3906

U1A

LM324D

3

2

11

4

1

VCC12V

VCC12V

VCC12V

Q3

2N3904

Q4

2N3906

U1D

LM324D

12

13

11

4

14

LED1

LED2

VCC12V

R7

10mΩ

C2

10nFR51MΩ

R10

10kΩ

R9

10kΩ

R41kΩ

R61kΩ

R1

10mΩ

C1

10nF

R21MΩ

S1

MOTOR

M

X1SPDT_CLOSED

X2SPDT_CLOSED

VCC12V

VCC12V

Figura 17.: Circuito Elétrico elaborado para o SHI

8.2 Parabólica

A parabólica necessária para o sistema necessita de um alto grau de reflexão

e espelhamento, além de ter seu foco calculado com exatidão. A fim de proporcionar

soluções a todas estas necessidades foi utilizada no sistema uma antena parabólica

comercial para televisão, composta de uma estrutura própria para realizar os

movimentos.

Para o funcionamento desta antena (plástica), como parabólica refletora

(figura 19), a mesma foi submetida a um processo conhecido como metalização à

vácuo. Esse processo é bastante simples e de baixo custo, consiste basicamente,

em finas camadas de metal ou de não-metal relativamente frias depositadas em alto

vácuo, sobre superfícies preparadas de plástico, metais, vidros, papel e outros

materiais. Essa preparação consiste em uma limpeza por um processo chamado de

descarga.

Page 47: Sistema hibrido de iluminação

47

Figura 18.: Parabólica refletora construída para uso no SHI

8.2.1 Cálculos da parabólica

A parabólica possui uma propriedade muito interessante que é utilizada em

faróis de automóveis e nas parabólicas convencionais: a capacidade de

concentração de todos os raios incidentes em um único ponto, conhecido como foco

(figura 20).

Page 48: Sistema hibrido de iluminação

48

Figura 19.: Foco de espelho parabólico

Para poder utilizar duas parabólicas, foi necessário inicialmente calcular o

foco da primeira parabólica, para poder calcular as dimensões da segunda. Isso

resulta em focos com a mesma distância, permitindo assim, que toda a luz refletida

na primeira parabólica (coletora) seja refletida na segunda (refletora) que é

direcionada para o centro da fibra óptica. Os cálculos deste dimensionamento foram

obtidos através do cálculo do foco da parábola como mostram os resultados da

tabela 1.

F = (D2/16c) (1)

Tabela 1: Cálculo do foco das parabólicas (m)

Parabólica\ Medida D c

Parabólica Coletora 2,0346 0,4500

Parabólica Refletora 0,5087 0,0281

Foco 0,5749

8.3 Controle de iluminância

O controle de iluminância é a etapa mais importante do projeto. Apenas

através deste sistema pode ser oferecido, de maneira consistente, o nível adequado

F

Page 49: Sistema hibrido de iluminação

49

de iluminação para o ambiente. O controle teve de ser desenvolvido a fim de

promover economia de energia elétrica e uniformidade de iluminação no ambiente.

De acordo com Moreira (1987) o controle de iluminação é indicado para ligar

e desligar, ou para controlar o fluxo de iluminação em ambientes, através de

lâmpadas incandescentes. Silva (2004) completa que com a integração da eletrônica

nos reatores foi possível o controle do nível de iluminação em lâmpadas

fluorescentes pelos dimers, através dos reles dimerizáveis.

Para a eficiência do projeto, sensores de luz, foram localizados dentro do

ambiente, acoplados no circuito dos reatores dimerizáveis, fazendo com que sempre

que a luz do sol começar a iluminar o ambiente, as lâmpadas, comandadas pelo

sensor reduzirão seus respectivos fluxos luminosos.

Apenas considerando a utilização deste tipo de rele, sem considerar o ganho

obtido pela distribuição uniforme de iluminação, já é possível obter uma redução de

70%, no consumo de energia elétrica, em relação aos sistemas tradicionais (SILVA,

2004).

Para o controle eficiente da luz ambiente, foram localizados sensores capazes

de controlar os reles, com seu sensoriamento baseado em LDR, vide circuito e foto

abaixo.

Figura 20.: Circuito de controle

Page 50: Sistema hibrido de iluminação

50

Figura 21.: Foto Sensoriamento

8.4 Movimentação dos eixos

A fim de promover a integração do sensoriamento do circuito, ao movimento

mecânico foram utilizados dois motores de corrente continua, com redutor,

acoplados diretamente aos eixos. A escolha de acoplagem direta, veio a fim de

reduzir desgastes mecânicos, perdas de transmissões, com isso, melhorando a

precisão dos movimentos.

Os movimentos necessários para este projeto são: de rotação da base em

torno do próprio eixo e, movimento de inclinação da parabólica; visando assim, o

melhor posicionamento da parabólica em relação ao sol.

Page 51: Sistema hibrido de iluminação

51

Para demonstrar os motores utilizados, foram adaptados alguns pares de

engrenagens plásticas, permitindo assim um melhor posicionamento do motor de

movimento rotacional da base.

Os motores escolhidos para esta aplicação foram hiper dimensionados, a fim

de viabilizar a movimentação da estrutura necessária.

8.5 Calculo da redução dos motores

Com a finalidade de evitar esforços desnecessários no eixo do motor, o

mesmo é guarnecido com um conjunto de engrenagens, responsáveis por reduzir a

velocidade de rotação do motor.

Figura 22.: Desenho da redução do motor

Os cálculos da redução do motor foram necessários para verificar se a

velocidade do motor máxima era suficientemente grande a fim de fornecer os

movimentos necessários. Para a realização desses cálculos foram coletadas as

informações conforme tabela abaixo.

Tabela 2: Medidas da redução dos motores

Engrenagem \ Dados Numero de dentes Diametro das engrenagens (mm) 1 engrenagem 10 6 2 engrenagem 34 18,2 3 engrenagem 12 8,5 4 engrenagem 30 19,7

Page 52: Sistema hibrido de iluminação

52

Após a coleta dos dados foi possível se iniciar os cálculos da velocidade dos

eixos dos motores, tornando assim possível a utilização deste conjunto de motores

para o projeto, conforme pode ser verificado a seguir:

Na = 402 RPM

N4 = D3 (3)

N3 D4

402 = 8,5 N3 = 931,69 RPM (4)

N3 19,7

N2 = N3 = 931,69 RPM (5)

N2 = D1 = 931,69 = 6,00 (6)

N1 D2 N1 18,2

N1 = 2826 RPM

Portanto,

Nb = 2826 RPM

Redução 1(A) : 7(B)

Coeficiente de Redução = 1 : 7

8.6 Distribuição da iluminação solar

A coleta de luz solar é realizada pelo coletor e, distribuída através da fibra

ótica. Esta solução foi viabilizada por conta das perdas luminosas insignificantes

para esta aplicação. As fibras óticas foram colocados desde o coletor até o ponto de

distribuição final, evitando assim emendas.

Os pontos de distribuição foram viabilizados através de tarugos de acrílico

colocados em paralelo com as lâmpadas fluorescentes, permitindo assim, ao

sensoriamento, o controle eficaz do nível de iluminação.

Page 53: Sistema hibrido de iluminação

53

A escolha do acrílico se deve ao fato do mesmo permitir a radiação de raios

luminosos ao longo de seu comprimento, a textura fosca criada nele, permitiu o

brilho conveniente para a aplicação.

Page 54: Sistema hibrido de iluminação

54

9 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para ser possível o entendimento dos benefícios da utilização de um sistema

híbrido de iluminação, em substituição ao sistema convencional, é necessária a

apreciação dos cálculos comparativos realizados, a fim de expor a quantidade de luz

fornecida ao ambiente pelo sistema híbrido e a quantidade de energia elétrica

poupada no processo.

O fornecimento de iluminação foi baseado em pesquisa de preços com

fornecedores do ramo, a fim de analisar a viabilidade econômica e, pay-back do

capital investido. Todos os custos desse projeto foram estimados junto a

fornecedores reais para estipulação dos valores em verdadeira grandeza.

Para inicio do cálculo foi necessária a analise do tamanho estimado do

coletor, para assim, ser possível o cálculo da potencia luminosa a ser captada e, por

fim, disponibilizada no ambiente. A fim de padronizar o sistema, foi definido que as

parabólicas teriam 1 m de raio. A área exposta ao sol para coleta foi calculada.

A= ⅔Dc = ⅔.100.2.450 = 6m2 (2)

Conforme tabelas abaixo, pode ser verificado, que a capacidade máxima de

aproveitamento da luz solar, para um coletor de 6 m2, durante um período de

trabalho de 8 horas, das 8:00 horas da manhã até as 17:00 horas da tarde, em São

Paulo, pode ser de até 84% e em Salvador de até 83%

Page 55: Sistema hibrido de iluminação

55

Tabela 3: Potencia luminosa em São Paulo para 6 m2 em Lux

(DLN)

SÃO PAULO Primavera Verão Outono Inverno

CC PE CE CC PE CE CC PE CE CC PE CE

08:00 315,57 205,09 63,48 317,40 205,70 63,48 307,63 202,65 63,48 305,19 202,04 63,48

09:00 458,40 343,03 85,76 461,45 344,25 85,76 446,19 337,85 85,76 442,83 336,01 85,76

10:00 601,22 480,98 108,04 605,50 482,81 108,04 584,74 473,04 108,04 580,47 469,99 108,04

11:00 654,33 538,05 116,28 658,91 540,19 116,28 636,02 528,59 116,28 631,13 525,54 116,28

12:00 707,43 595,12 124,52 712,31 597,56 124,52 687,29 584,13 124,52 681,79 581,08 124,52

13:00 654,33 538,05 116,28 658,91 540,19 116,28 636,02 528,59 116,28 631,13 525,54 116,28

14:00 601,22 480,98 108,04 605,50 482,81 108,04 584,74 473,04 108,04 580,47 469,99 108,04

15:00 458,40 343,03 85,76 461,45 344,25 85,76 446,19 337,85 85,76 442,83 336,01 85,76

16:00 315,57 205,09 63,48 317,40 205,70 63,48 307,63 202,65 63,48 305,19 202,04 63,48

17:00 160,22 103,46 32,66 161,14 103,76 32,66 156,26 102,24 32,66 155,04 101,93 32,66

18:00 4,88 1,83 1,83 4,88 1,83 1,83 4,88 1,83 1,83 4,88 1,83 1,83

Tabela 4: Potencia luminosa em Salvador para 6 m2 em Lux

(DLN)

SALVADOR Primavera Verão Outono Inverno

CC PE CE CC PE CE CC PE CE CC PE CE

08:00 347,92 232,55 68,36 349,75 233,78 68,36 263,07 167,24 56,15 260,63 166,02 55,54

09:00 488,61 371,42 90,34 491,66 372,94 90,34 398,58 293,29 78,13 394,92 291,46 77,82

10:00 629,30 510,28 112,31 633,57 512,11 112,31 534,08 419,33 100,10 529,20 416,89 100,10

11:00 681,18 566,74 120,55 686,07 569,18 120,55 584,44 472,74 108,04 579,25 469,99 108,04

12:00 733,07 623,20 128,79 738,56 626,25 128,79 634,80 526,15 115,97 629,30 523,10 115,97

13:00 681,18 566,74 120,55 686,07 569,18 120,55 584,44 472,74 108,04 579,25 469,99 108,04

14:00 629,30 510,28 112,31 633,57 512,11 112,31 534,08 419,33 100,10 529,20 416,89 100,10

15:00 488,61 371,42 90,34 491,66 372,94 90,34 398,58 293,29 78,13 394,92 291,46 77,82

16:00 347,92 232,55 68,36 349,75 233,78 68,36 263,07 167,24 56,15 260,63 166,02 55,54

17:00 187,08 123,91 38,15 188,00 124,52 38,15 133,98 84,54 28,99 132,76 83,93 28,69

18:00 26,25 15,26 7,93 26,25 15,26 7,93 4,88 1,83 1,83 4,88 1,83 1,83

Page 56: Sistema hibrido de iluminação

56

O cálculo de produtividade máxima do coletor foi estimado considerando a

norma ABNT que considera como recomendável o nível de 500 lux para um

ambiente de trabalho.

Em um ambiente de 1000m2 é necessária a instalação de 21840 lâmpadas

fluorescentes de 14w cada, resultando em uma potencia consumida de 102515,2128

KWH/Mês, considerando-se um mês médio de 22 dias úteis.

Atualmente o custo médio da energia elétrica em São Paulo é de R$

0,267828, o que resultaria em um gasto com iluminação artificial de R$ 27.455,62,

conforme demonstado na tabela 5.

Tabela 5: Cálculo de custo de iluminação artificial

Potencia gasta por lâmpada 26,67 W

Horas/Mês 176 Horas

Custo do KWH 0,26782 R$

Gasto energético 102515,2128 KWH

Custo com Iluminação R$ 27.455,62

Considerando o rendimento calculado anteriormente da parabólica, pode se

estipular o gasto com iluminação artificial no caso da instalação de um sistema

híbrido de tal proporção. Fazendo um cálculo para o mesmo referencial pode ser

obtido uma economia de aproximadamente R$ 23.062,72, conforme cálculo da

tabela 6.

Tabela 6: Custo de iluminação artificial para o sistema híbrido

8 Dados da Eletropaulo (Set/2008)

Page 57: Sistema hibrido de iluminação

57

Potencia gasta por lâmpada 26,67 W

Horas/Mês 176 Horas

Custo do KWH 0,26782 R$

Gasto energético 16402,43405 KWH

Custo com Iluminação R$ 4.392,90

Através do cálculo do capital inicial a ser investido e da economia de energia

propiciada pelo sistema, foi possível o cálculo do pay-back. O período chamado de

pay-back é definido como o número estimado de anos necessários para haver a

recuperação dos investimentos originais. Quanto menor for o pay-back de um

projeto melhor, mas sempre depende do capital inicial investido. A tabela 7 permite

apurar o fluxo de caixa utilizado para o cálculo do pay-back. Considerando-se o fluxo

de caixa da tabela foi calculado um pay-back de 4 anos e 5 meses.

Outras duas maneiras eficazes de verificar a atratividade do projeto são

calculando a TIR (Taxa Interna de Retorno) e o VPL (Valor Presente Líquido). A TIR

é definida como a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas de

caixa, esperadas do projeto, com o valor presente dos custos do mesmo. O projeto

será considerado atrativo se a TIR for maior que a TMA (Taxa Mínima de

Atratividade). Para este projeto consideramos a TMA como sendo a taxa do CDB

(11,62%), ou seja, se o projeto trouxer uma taxa interna de retorno menor do que a

adquirida investindo-se em um CDB, o projeto não será considerado atrativo. Já o

VPL é calculado com o valor presente de cada fluxo de caixa, incluindo, tanto as

entradas, quanto as saídas descontadas o custo do capital inicial do projeto. Caso o

VPL seja positivo o projeto trará vantagens financeiras.

Concluímos que o projeto proposto é atrativo, pois a TIR calculada é de 18%

a.a., ou seja, maior que a TMA (TIR = 18% a.a. > CDB = 11,62% a.a.). O VPL,

considerando uma projeção de 10 anos, é de R$ 323.724,60.

Page 58: Sistema hibrido de iluminação

58

Tabela 7: Avaliação econômico-financeira do projeto (em reais).

Anos 1 2 3 4 5

Avaliação de investimento

( 1.227.000,00) - - - -

Fluxo de caixa

276.752,69 276.752,69 276.752,69 276.752,69 276.752,69

Saldo Fluxo de caixa

( 950.247,31) ( 673.494,61) ( 396.741,92) ( 119.989,23) 156.763,46

VPL ( 877.135,06) ( 678.129,23) ( 499.840,54) ( 340.112,28) ( 197.012,24)

Anos 6 7 8 9 10

Avaliação de investimento

- - - - -

Fluxo de caixa

276.752,69 276.752,69 276.752,69 276.752,69 276.752,69

Saldo Fluxo de caixa

433.516,16 710.268,85 987.021,54 1.263.774,24 1.540.526,93

VPL ( 68.809,38) 46.047,16 148.946,76 241.134,18 323.724,60

Page 59: Sistema hibrido de iluminação

59

10 CONCLUSÕES

A pesquisa bibliográfica, os estudos e os resultados obtidos na fase

experimental deste trabalho permitiram atingir o objetivo almejado: criar um sistema

auxiliar de iluminação natural para ambientes fechados (SHI).

Para a fase experimental, esse sistema (SHI) foi aplicado num modelo em

escala reduzida, com uma parabólica em escala e um micro galpão representando

uma fábrica. Os estudos e a experiência mostraram que a metodologia aqui

proposta pode ser utilizada para qualquer ambiente e para qualquer horário do dia e

época do ano, permitindo assim sua aplicação em todo o território nacional.

Um dos maiores desafios na utilização para projetos de iluminação natural

está na dificuldade de prever efeitos não desejados, como, por exemplo,

ofuscamento e distribuição de luz desigual. Essa pesquisa propõe um caminho que

permite vencer estes obstáculos, uma vez que a proposta de utilização de fibra

óptica para transmissão de luminosidade leva em consideração aspectos tanto

quantitativos como qualitativo da iluminação.

Alguns dos aspectos quantitativos que podem ser melhorados, com o auxilio

dessa metodologia são, por exemplo, a uniformidade na distribuição da luz natural

no interior do ambiente, ausência de ofuscamento e nível constante de iluminação –

três problemas mais comuns apresentados na utilização empírica e não otimizada

de dispositivos de controle de entrada de luz natural.

A proposta aqui apresentada permite atender ainda a uma outra necessidade

da industria brasileira: a redução de gastos com consumo de luz artificial, visando

maximização dos lucros. Os cálculos revelaram uma autonomia significativa em

diversos períodos do dia, em relação ao sistema artificial, devido a um bom

aproveitamento da luz.

Todos os cálculos realizados apontam para a viabilidade econômica e

vantagens competitivas para as empresas que aderirem ao sistema.

A intenção inicial desse trabalho era elaborar um sistema de iluminação

baseado em conceitos de automação industrial. O estudo mostrou que se poderia ir

além, uma vez que ficou claro que essa metodologia pode trazer outros benefícios

aos usuários deste sistema.

Page 60: Sistema hibrido de iluminação

60

11 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 64: Sistema hibrido de iluminação

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APENDICE A - DESENHOS

Page 65: Sistema hibrido de iluminação

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APENDICE B – DEMONSTRATIVO DE INVESTIMENTOS

Simulação para sistema padrão de iluminação

QTT Descrição Valor Unitário Valor Total 10920 Luminária R$ 80.00 R$ 873,600.00 10920 Reator R$ 30.00 R$ 327,600.00 21840 Lâmpada R$ 15.00 R$ 327,600.00 TOTAL R$ 1,528,800.00

Simulação para o Sistema Híbrido de Iluminação

QTT Descrição Valor Unitário Valor Total 4 Coletor R$ 500.00 R$ 2,000.00

700 Fibra Óptica R$ 190.00 R$ 133,000.00 10920 Luminária R$ 80.00 R$ 873,600.00 10920 Reator R$ 100.00 R$ 1,092,000.00

2730 Dimmer R$ 120.00 R$ 327,600.00 21840 Lâmpada R$ 15.00 R$ 327,600.00

TOTAL R$ 2,755,800.00

Page 76: Sistema hibrido de iluminação

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ANEXO A – TABELAS DLN