Sistema nervoso

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O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo a perceber as variações do meio (interno e externo), a difundir as modificações que essas variações produzem e a executar as respostas adequadas para que seja mantido o equilíbrio interno do corpo (homeostase). São os sistemas envolvidos na coordenação e regulação das funções corporais. No sistema nervoso diferenciam-se duas linhagens celulares: os neurônios e as células da glia (ou da neuróglica). Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a manutenção da homeostase. Para exercerem tais funções, contam com duas propriedades fundamentais: a irritabilidade (também denominada excitabilidade ou responsividade) e a condutibilidade. Irritabilidade é a capacidade que permite a uma célula responder a estímulos, sejam eles internos ou externos. Portanto, irritabilidade não é uma resposta, mas a propriedade que torna a célula apta a responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos também diferem umas das outras. A resposta emitida pelos neurônios assemelha-se a Sistema Nervoso uma corrente elétrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos estímulos, os neurônios transmitem essa onda de excitação - chamada de impulso nervoso - por toda a sua extensão em grande velocidade e em um curto espaço de tempo. Esse fenômeno deve-se à propriedade de condutibilidade. Para compreendermos melhor as funções de coordenação e regulação exercidas pelo sistema nervoso, precisamos primeiro conhecer a estrutura básica de um neurônio e como a mensagem nervosa é transmitida. Um neurônio é uma célula composta de um corpo celular (onde está o núcleo, o citoplasma e o citoesqueleto), e de finos prolongamentos celulares denominados neuritos, que podem ser subdivididos em dendritos e axônios. Os dendritos são prolongamentos geralmente muito ramificados e que atuam como receptores de estímulos, funcionando portanto, como “antenas” para o neurônio. Os axônios são prolongamentos longos que atuam como condutores dos impulsos nervosos. Os axônios podem se ramificar e essas ramificações são chamadas de colater ais. Todos os axônios têm um início (cone de implantação), um meio (o axônio propriamente dito) e um fim (terminal axonal ou botão terminal). O terminal axonal é o local onde o axônio entra em contato com outros neurônios e/ou outras células e passa a informação (impulso nervoso) para eles. A região de passagem do impulso nervoso de um neurônio para a célula adjacente chama-se sinapse. Às vezes os axônios têm muitas ramificações em suas regiões terminais e cada ramificação forma uma sinapse com outros dendritos ou corpos celulares. Estas ramificações são chamadas coletivamente de arborização terminal. Os corpos celulares dos neurônios são geralmente encontrados em áreas restritas do sistema nervoso, que formam o Sistema Nervoso Central (SNC), ou nos gânglios nervosos, localizados próximo da coluna vertebral. Do sistema nervoso central partem os prolongamentos dos neurônios, formando feixes chamados nervos, que constituem o Sistema Nervoso Periférico (SNP). O axônio está envolvido por um dos tipos celulares seguintes: célula de Schwann (encontrada apenas no SNP) ou oligodendrócito (encontrado apenas no SNC) Em muitos axônios, esses tipos celulares determinam a formação da bainha de mielina - invólucro principalmente lipídico (também possui como constituinte a chamada proteína básica da mielina) que atua como isolante térmico e facilita a transmissão do impulso nervoso. Em axônios mielinizados existem regiões de descontinuidade da bainha de mielina, que acarretam a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier. No caso dos axônios mielinizados envolvidos pelas células de Schwann, a parte celular da bainha de mielina, onde estão o citoplasma e o núcleo desta célula, constitui o chamado neurilema. 74

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O sistema nervoso, juntamentecom o sistema endócrino, capacitam oorganismo a perceber as variações do meio(interno e externo), a difundir asmodificações que essas variaçõesproduzem e a executar as respostasadequadas para que seja mantido oequilíbrio interno do corpo (homeostase).São os sistemas envolvidos nacoordenação e regulação das funçõescorporais.

No sistema nervoso diferenciam-seduas linhagens celulares: os neurônios e ascélulas da glia (ou da neuróglica). Osneurônios são as células responsáveis pelarecepção e transmissão dos estímulos domeio (interno e externo), possibilitando aoorganismo a execução de respostas

adequadas para a manutenção dahomeostase.

Para exercerem tais funções,contam com duas propriedadesfundamentais: a irritabilidade (tambémdenominada excitabilidade ouresponsividade) e a condutibilidade.Irritabilidade é a capacidade que permite auma célula responder a estímulos, sejameles internos ou externos. Portanto,irritabilidade não é uma resposta, mas apropriedade que torna a célula apta aresponder. Essa propriedade é inerente aosvários tipos celulares do organismo.

No entanto, as respostas emitidaspelos tipos celulares distintos tambémdiferem umas das outras. A respostaemitida pelos neurônios assemelha-se a

Sistema Nervoso

uma corrente elétrica transmitida ao longode um fio condutor: uma vez excitadospelos estímulos, os neurônios transmitemessa onda de excitação - chamada deimpulso nervoso - por toda a sua extensãoem grande velocidade e em um curtoespaço de tempo. Esse fenômeno deve-seà propriedade de condutibilidade.

Para compreendermos melhor asfunções de coordenação e regulaçãoexercidas pelo sistema nervoso,precisamos primeiro conhecer a estruturabásica de um neurônio e como amensagem nervosa é transmitida.

Um neurônio é uma célulacomposta de um corpo celular (onde está onúcleo, o citoplasma e o citoesqueleto), ede finos prolongamentos celularesdenominados neuritos, que podem sersubdivididos em dendritos e axônios.

Os dendritos são prolongamentosgeralmente muito ramificados e que atuamcomo receptores de estímulos, funcionandoportanto, como “antenas” para o neurônio.Os axônios são prolongamentos longos queatuam como condutores dos impulsosnervosos.

Os axônios podem se ramificar eessas ramificações são chamadas decolaterais. Todos os axônios têm um início(cone de implantação), um meio (o axôniopropriamente dito) e um fim (terminalaxonal ou botão terminal). O terminalaxonal é o local onde o axônio entra emcontato com outros neurônios e/ou outrascélulas e passa a informação (impulsonervoso) para eles. A região de passagemdo impulso nervoso de um neurônio para acélula adjacente chama-se sinapse. Àsvezes os axônios têm muitas ramificaçõesem suas regiões terminais e cadaramificação forma uma sinapse com outros

dendritos ou corpos celulares. Estasramificações são chamadas coletivamentede arborização terminal.

Os corpos celulares dos neurôniossão geralmente encontrados em áreasrestritas do sistema nervoso, que formamo Sistema Nervoso Central (SNC), ou nosgânglios nervosos, localizados próximo dacoluna vertebral.

Do sistema nervoso central partemos prolongamentos dos neurônios,formando feixes chamados nervos, queconstituem o Sistema Nervoso Periférico(SNP).

O axônio está envolvido por umdos tipos celulares seguintes: célula deSchwann (encontrada apenas no SNP) ouoligodendrócito (encontrado apenas noSNC) Em muitos axônios, esses tiposcelulares determinam a formação dabainha de mielina - invólucroprincipalmente lipídico (também possuicomo constituinte a chamada proteínabásica da mielina) que atua como isolantetérmico e facilita a transmissão do impulsonervoso.

Em axônios mielinizados existemregiões de descontinuidade da bainha demielina, que acarretam a existência deuma constrição (estrangulamento)denominada nódulo de Ranvier. No casodos axônios mielinizados envolvidos pelascélulas de Schwann, a parte celular dabainha de mielina, onde estão o citoplasmae o núcleo desta célula, constitui ochamado neurilema.

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O Impulso Nervoso

A membrana plasmática doneurônio transporta alguns íonsativamente, do líquido extracelular para ointerior da fibra, e outros, do interior, devolta ao líquido extracelular. Assimfunciona a bomba de sódio e potássio, quebombeia ativamente o sódio para fora,enquanto o potássio é bombeadoativamente para dentro. Porém, essebombeamento não é eqüitativo: para cadatrês íons sódio bombeados para o líquidoextracelular, apenas dois íons potássio sãobombeados para o líquido intracelular.

Somando-se a esse fato, emrepouso a membrana da célula nervosa épraticamente impermeável ao sódio,impedindo que esse íon se mova a favor deseu gradiente de concentração (de forapara dentro); porém, é muito permeável aopotássio, que, favorecido pelo gradiente deconcentração e pela permeabilidade damembrana, se difunde livremente para omeio extracelular.

Em repouso: canais de sódiofechados. Membrana é praticamenteimpermeável ao sódio, impedindo suadifusão a favor do gradiente deconcentração.

Sódio é bombeado ativamentepara fora pela bomba de sódio e potássio.

Como a saída de potássio não éacompanhada pela entrada de sódio namesma proporção, estabelece-se umadiferença de cargas elétricas entre osmeios intra e extracelular: há déficit decargas positivas dentro da célula e as facesda membrana mantêm-se eletricamentecarregadas.

O potencial eletronegativo criadono interior da fibra, devido à bomba desódio, é o potencial de repouso damembrana, ficando o exterior damembrana positivo e o interior negativo.Dizemos, então, que a membrana estápolarizada.

Ao ser estimulada, uma pequenaregião da membrana torna-se permeável

A difusão do Potencial de Membrana

Imagem: www.epub.org.br/cm/n10/fundamentos/animation.html

Bomba de Sódio e Potássio

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Imagem: AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de Biologia. São Paulo, Ed. Moderna, 2001. vol. 2.

A Condução Saltatória

Potencial de Membrana

ao sódio (abertura dos canais de sódio).Como a concentração desse íon é maiorfora do que dentro da célula, o sódioatravessa a membrana no sentido dointerior da célula.

A entrada de sódio éacompanhada pela pequena saída depotássio. Esta inversão vai sendotransmitida ao longo do axônio, e todoesse processo é denominado onda dedespolarização.

Os impulsos nervosos oupotenciais de ação são causados peladespolarização da membrana além de umlimiar (nível crítico de despolarização quedeve ser alcançado para disparar opotencial de ação). Os potenciais de açãoassemelham-se em tamanho e duração enão diminuem à medida em que sãoconduzidos ao longo do axônio, ou seja,são de tamanho e duração fixos.

A aplicação de umadespolarização crescente a um neurônio

não tem qualquer efeito até que se cruze olimiar e, então, surja o potencial de ação.Por esta razão, diz-se que os potenciais deação obedecem à “lei do tudo ou nada”.

Imediatamente após a onda dedespolarização ter-se propagado ao longoda fibra nervosa, o interior da fibra torna-se carregado positivamente, porque umgrande número de íons sódio se difundiupara o interior.

Essa positividade determina aparada do fluxo de íons sódio para ointerior da fibra, fazendo com que amembrana se torne novamenteimpermeável a esses íons. Por outro lado,a membrana torna-se ainda maispermeável ao potássio, que migra para omeio interno. Devido à alta concentraçãodesse íon no interior, muitos íons sedifundem, então, para o lado de fora. Issocria novamente eletronegatividade nointerior da membrana e positividade noexterior – processo chamado repolarização,

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pelo qual se reestabelece a polaridadenormal da membrana.

A repolarização normalmente seinicia no mesmo ponto onde se originou adespolarização, propagando-se ao longo dafibra. Após a repolarização, a bomba desódio bombeia novamente os íons sódiopara o exterior da membrana, criando umdéficit extra de cargas positivas no interiorda membrana, que se tornatemporariamente mais negativo do que onormal. A eletronegatividade excessiva nointerior atrai íons potássio de volta para ointerior (por difusão e por transporteativo). Assim, o processo traz as diferençasiônicas de volta aos seus níveis originais.

Para transferir informação de umponto para outro no sistema nervoso, énecessário que o potencial de ação, umavez gerado, seja conduzido ao longo doaxônio. Um potencial de ação iniciado emuma extremidade de um axônio apenas sepropaga em uma direção, não retornandopelo caminho já percorrido.

Conseqüentemente, os potenciaisde ação são unidirecionais - ao quechamamos condução ortodrômica. Umavez que a membrana axonal é excitável aolongo de toda sua extensão, o potencial deação se propagará sem decaimento. Avelocidade com a qual o potencial de açãose propaga ao longo do axônio depende dequão longe a despolarização é projetada àfrente do potencial de ação, o que, por suavez, depende de certas característicasfísicas do axônio: a velocidade decondução do potencial de ação aumentacom o diâmetro axonal. Axônios commenor diâmetro necessitam de uma maiordespolarização para alcançar o limiar dopotencial de ação. Nesses de axônios,presença de bainha de mielina acelera avelocidade da condução do impulsonervoso. Nas regiões dos nódulos de

Ranvier, a onda de despolarização “salta”diretamente de um nódulo para outro, nãoacontecendo em toda a extensão da regiãomielinizada (a mielina é isolante). Fala-seem condução saltatória e com isso háum considerável aumento da velocidade doimpulso nervoso.

Sinapses

Sinapse é um tipo de junçãoespecializada em que um terminal axonalfaz contato com outro neurônio ou tipocelular. As sinapses podem ser elétricas ouquímicas (maioria).

Sinapses Elétricas

As sinapses elétricas, mais simplese evolutivamente antigas, permitem atransferência direta da corrente iônica deuma célula para outra. Ocorrem em sítiosespecializados denominados junções gapou junções comunicantes. Nesses tipos dejunções as membranas pré-sinápticas (doaxônio - transmissoras do impulso nervoso)e pós-sinápticas (do dendrito ou corpocelular - receptoras do impulso nervoso)estão separadas por apenas 3 nm. Essaestreita fenda é ainda atravessada porproteínas especiais denominadasconexinas. Seis conexinas reunidas formamum canal denominado conexon, o qualpermite que íons passem diretamente docitoplasma de uma célula para o de outra.A maioria das junções gap permite que acorrente iônica passe adequadamente emambos os sentidos, sendo desta forma,bidirecionais.

Em invertebrados, as sinapseselétricas são comumente encontradas emcircuitos neuronais que medeiam respostas

de fuga. Em mamíferos adultos, esses tiposde sinapses são raras, ocorrendofreqüentemente entre neurônios nosestágios iniciais da embriogênese.

Sinapses Químicas

Via de regra, a transmissãosináptica no sistema nervoso humanomaduro é química. As membranas pré epós-sinápticas são separadas por umafenda com largura de 20 a 50 nm - a fendasináptica. A passagem do impulso nervosonessa região é feita, então, por substânciasquímicas: os neuro-hormônios, tambémchamados mediadores químicos ouneurotransmissores, liberados na fendasináptica. O terminal axonal típico contémdúzias de pequenas vesículasmembranosas esféricas que armazenamneurotransmissores - as vesículas

sinápticas. A membrana dendríticarelacionada com as sinapses (pós-sináptica) apresenta moléculas deproteínas especializadas na detecção dosneurotransmissores na fenda sináptica - osreceptores. Por isso, a transmissão doimpulso nervoso ocorre sempre do axôniode um neurônio para o dendrito ou corpocelular do neurônio seguinte. Podemosdizer então que nas sinapses químicas, ainformação que viaja na forma de impulsoselétricos ao longo de um axônio éconvertida, no terminal axonal, em umsinal químico que atravessa a fendasináptica. Na membrana pós-sináptica, estesinal químico é convertido novamente emsinal elétrico.

Como o citoplasma dos axônios,inclusive do terminal axonal, não possuiribossomos, necessários à síntese deproteínas, as proteínas axonais sãosintetizadas no soma (corpo celular),

Imagem: BEAR, M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto Alegre 2ª ed, Artmed Editora,2002.

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empacotadas em vesículas membranosas etransportadas até o axônio pela ação deuma proteína chamada cinesina, a qual sedesloca sobre os microtúbulos, com gastode ATP. Esse transporte ao longo do axônioé denominado transporte axoplasmático e,como a cinesina só desloca material dosoma para o terminal, todo movimento dematerial neste sentido é chamado detransporte anterógrado. Além dotransporte anterógrado, há um mecanismopara o deslocamento de material no axôniono sentido oposto, indo do terminal para osoma. Acredita-se que este processo enviasinais para o soma sobre as mudanças nasnecessidades metabólicas do terminalaxonal. O movimento neste sentido échamado transporte retrógrado.

As sinapses químicas tambémocorrem nas junções entre as terminaçõesdos axônios e os músculos; essas junçõessão chamadas placas motoras ou junçõesneuro-musculares.

Por meio das sinapses, umneurônio pode passar mensagens(impulsos nervosos) para centenas ou atémilhares de neurônios diferentes.

Neurotransmissores

A maioria dos neurotransmissoressitua-se em três categorias: aminoácidos,aminas e peptídeos. Os neurotransmissoresaminoácidos e aminas são pequenasmoléculas orgânicas com pelo menos umátomo de nitrogênio, armazenadas eliberadas em vesículas sinápticas. Suasíntese ocorre no terminal axonal a partirde precursores metabólicos ali presentes.As enzimas envolvidas na síntese de taisneurotransmissores são produzidas no

Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia 2. São Paulo, Ed Saraiva, 2002

soma (corpo celular do neurônio) etransportadas até o terminal axonal e,neste local, rapidamente dirigem a síntesedesses mediadores químicos.

Uma vez sintetizados, osneurotransmissores aminoácidos e aminassão levados para as vesículas sinápticasque liberam seus conteúdos por exocitose.Nesse processo, a membrana da vesículafunde-se com a membrana pré-sináptica,permitindo que os conteúdos sejamliberados. A membrana vesicular éposteriormente recuperada por endocitosee a vesícula reciclada é recarregada comneurotransmissores.

Os neurotransmissores peptídeosconstituem-se de grandes moléculasarmazenadas e liberadas em grânulossecretores. A síntese dosneurotransmissores peptídicos ocorre noretículo endoplasmático rugoso do soma.Após serem sintetizados, são clivados nocomplexo de golgi, transformando-se emneurotransmissores ativos, que sãosecretados em grânulos secretores etransportados ao terminal axonal

(transporte anterógrado) para seremliberados na fenda sináptica.

Diferentes neurônios no SNCliberam também diferentesneurotransmissores. A transmissãosináptica rápida na maioria das sinapses doSNC é mediada pelos neurotransmissoresaminoácidos glutamato (GLU), gama-aminobutírico (GABA) e glicina (GLI). Aamina acetilcolina medeia a transmissãosináptica rápida em todas as junçõesneuromusculares. As formas mais lentas detransmissão sináptica no SNC e na periferiasão mediadas por neurotransmissores dastrês categorias.

O glutamato e a glicina estãoentre os 20 aminoácidos que constituem osblocos construtores das proteínas.Conseqüentemente, são abundantes emtodas as células do corpo. Em contraste, oGABA e as aminas são produzidos apenaspelos neurônios que os liberam.

O mediador químico adrenalina,além de servir como neurotransmissor no

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encéfalo, também é liberado pela glândulaadrenal para a circulação sangüínea.

Abaixo são citadas as funçõesespecíficas de alguns neurotransmissores.

- endorfinas e encefalinas: bloqueiam ador, agindo naturalmente no corpo comoanalgésicos.

- dopamina: neurotransmissor inibitórioderivado da tirosina. Produz sensações desatisfação e prazer. Os neurôniosdopaminérgicos podem ser divididos emtrês subgrupos com diferentes funções. Oprimeiro grupo regula os movimentos: umadeficiência de dopamina neste sistemaprovoca a doença de Parkinson,caracterizada por tremuras, inflexibilidade,e outras desordens motoras, e em fasesavançadas pode verificar-se demência. Osegundo grupo, o mesolímbico, funcionana regulação do comportamentoemocional. O terceiro grupo, omesocortical, projeta-se apenas para ocórtex pré-frontal. Esta área do córtex estáenvolvida em várias funções cognitivas,memória, planejamento de comportamentoe pensamento abstrato, assim como emaspectos emocionais, especialmenterelacionados com o stress. Distúrbios nos

dois últimos sistemas estão associadoscom a esquizofrenia.

- serotonina: neurotransmissor derivadodo triptofano, regula o humor, o sono, aatividade sexual, o apetite, o ritmocircadiano, as funções neuroendócrinas,temperatura corporal, sensibilidade à dor,atividade motora e funções cognitivas.Atualmente vem sendo intimamenterelacionada aos transtornos do humor, outranstornos afetivos e a maioria dosmedicamentos chamados antidepressivosagem produzindo um aumento dadisponibilidade dessa substância no espaçoentre um neurônio e outro. Tem efeitoinibidor da conduta e modulador geral daatividade psíquica. Influi sobre quase todasas funções cerebrais, inibindo-a de formadireta ou estimulando o sistema GABA.

- GABA (ácido gama-aminobutirico):principal neurotransmissor inibitório doSNC. Ele está presente em quase todas asregiões do cérebro, embora suaconcentração varie conforme a região. Estáenvolvido com os processos de ansiedade.Seu efeito ansiolítico seria fruto dealterações provocadas em diversasestruturas do sistema límbico, inclusive aamígdala e o hipocampo. A inibição da

Esquema de Produção da Dopamina

síntese do GABA ou o bloqueio de seusneurotransmissores no SNC, resultam emestimulação intensa, manifestada atravésde convulsões generalizadas.

- acido glutâmico ou glutamato:principal neurotransmissor estimulador doSNC. A sua ativação aumenta asensibilidade aos estímulos dos outrosneurotransmissores.

Tipos de neurônios

De acordo com suas funções nacondução dos impulsos, os neurônios podemser classificados em:

1. neurônios receptores ousensitivos (aferentes): são os querecebem estímulos sensoriais e conduzem oimpulso nervoso ao sistema nervoso central.

2. neurônios motores ouefetuadores (eferentes): transmitem osimpulsos motores (respostas ao estímulo).

3. neurônios associativos ouinterneurônios: estabelecem ligações entreos neurônios receptores e os neurôniosmotores.

Células da Glia (neuróglia)

As células da neuróglia cumprem afunção de sustentar, proteger, isolar enutrir os neurônios. Há diversos tiposcelulares, distintos quanto à morfologia, aorigem embrionária e às funções queexercem. Distinguem-se, entre elas, osastrócitos, oligodendrocitos e micróglia.Têm formas estreladas e prolongações que

envolvem as diferentes estruturas dotecido.

Os astrócitos são as maiorescélulas da neuróglia e estão associados àsustentação e à nutrição dos neurônios.Preenchem os espaços entre os neurônios,regulam a concentração de diversassubstâncias com potencial para interferirnas funções neuronais normais (como porexemplo as concentrações extracelularesde potássio), regulam osneurotransmissores (restringem a difusãode neurotransmissores liberados epossuem proteínas especiais em suasmembranas que removem osneurotransmissores da fenda sináptica).Estudos recentes também sugerem quepodem ativar a maturação e a proliferaçãode células-tronco nervosas adultas e ainda,que fatores de crescimento produzidospelos astrócitos podem ser críticos naregeneração dos tecidos cerebrais ouespinhais danificados por traumas ouenfermidades.

Os oligodendrócitos sãoencontrados apenas no sistema nervosocentral (SNC). Devem exercer papéisimportantes na manutenção dos neurônios,uma vez que, sem eles, os neurônios nãosobrevivem em meio de cultura. No SNC,são as células responsáveis pela formaçãoda bainha de mielina. Um únicooligodendrócito contribui para a formaçãode mielina de vários neurônios (no sistemanervoso periférico, cada célula de Schwannmieliniza apenas um único axônio)

A micróglia é constituída porcélulas fagocitárias, análogas aosmacrófagos e que participam da defesa dosistema nervoso.

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Origem do Sistema Nervoso

O sistema nervoso origina-se daectoderme embrionária e se localiza naregião dorsal. Durante o desenvolvimentoembrionário, a ectoderme sofre umainvaginação, dando origem à goteiraneural, que se fecha, formando o tuboneural. Este possui uma cavidade internacheia de líquido, o canal neural.

Em sua região anterior, o tuboneural sofre dilatação, dando origem aoencéfalo primitivo. Em sua região posterior,o tubo neural dá origem à medulaespinhal. O canal neural persiste nosadultos, correspondendo aos ventrículoscerebrais, no interior do encéfalo, e aocanal do epêndima, no interior da medula.

Durante o desenvolvimentoembrionário, verifica-se que a partir davesícula única que constitui o encéfalo

Tipos de Neurônios

primitivo, são formadas três outrasvesículas: a primeira, denominadaprosencéfalo (encéfalo anterior); asegunda, mesencéfalo (encéfalo médio) e aterceira, rombencéfalo (encéfalo posterior).

O prosencéfalo e o rombencéfalosofrem estrangulamento, dando origem,cada um deles, a duas outras vesículas. Omesencéfalo não se divide. Desse modo, oencéfalo do embrião é constituído porcinco vesículas em linha reta. Oprosencéfalo divide-se em telencéfalo(hemisférios cerebrais) e diencéfalo(tálamo e hipotálamo); o mesencéfalo não

Células d Glia

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sofre divisão e o romboencéfalo divide-seem metencéfalo (ponte e cerebelo) emielencéfalo (bulbo). As divisões do S.N.Cse definem já na sexta semana de vidafetal.

- cavidade do telencéfalo: ventrículo lateral

- cavidade do diencéfalo: III ventrículo

- cavidade do metencéfalo: se abre paraformar o IV ventrículo

O Sistema Nervoso

O SNC recebe, analisa e integrainformações. É o local onde ocorre atomada de decisões e o envio de ordens. OSNP carrega informações dos órgãos

sensoriais para o sistema nervoso central edo sistema nervoso central para os órgãosefetores (músculos e glândulas).

O Sistema Nervoso Central

O SNC divide-se em encéfalo emedula. O encéfalo corresponde aotelencéfalo (hemisférios cerebrais),diencéfalo (tálamo e hipotálamo),cerebelo, e tronco cefálico, que se divideem: BULBO, situado caudalmente;MESENCÉFALO, situado cranialmente; ePONTE, situada entre ambos.

No SNC, existem as chamadassubstâncias cinzenta e branca. A

1 - Tubo Neural; 2 – Prosencéfalo; 3 – Mesencéfalo; 4 – Rombencéfalo; 5 – Telencéfalo; 6 – Diencéfalo; 7 – Metencéfalo; 8 –

Mielencéfalo; 9 - Quarto Ventrículo; 10 - Aqueduto de Silvio; 11 – Tálamo; 12 - Terceiro Ventrículo; 13 - Ventrículo Lateral

substância cinzenta é formada pelos corposdos neurônios e a branca, por seusprolongamentos. Com exceção do bulbo eda medula, a substância cinzenta ocorremais externamente e a substância branca,mais internamente.

Os órgãos do SNC são protegidospor estruturas esqueléticas (caixa craniana,protegendo o encéfalo; e coluna vertebral,protegendo a medula - tambémdenominada raque) e por membranasdenominadas meninges, situadas sob aproteção esquelética: dura-máter (aexterna), aracnóide (a do meio) e pia-máter (a interna). Entre as meninges

aracnóide e pia-máter há um espaçopreenchido por um líquido denominadolíquido cefalorraquidiano ou líquor.

O Telencéfalo

O encéfalo humano contém cercade 35 bilhões de neurônios e pesaaproximadamente 1,4 kg. O telencéfaloou cérebro é dividido em dois hemisférioscerebrais bastante desenvolvidos. Nestes,situam-se as sedes da memória e dosnervos sensitivos e motores. Entre oshemisférios, estão os ventrículoscerebrais (ventrículos laterais e terceiroventrículo); contamos ainda com um

1 – Prosencéfalo; 2 – Mesencéfalo; 3 – Rombencéfalo; 4 – Futura medula espinhal; 5 – Diencéfalo; 6 – Telencéfalo; 7 –

Mielencéfalo, futuro bulbo; 8 – Medula espinhal; 9 – Hemisfério cerebral; 10 – Lóbulo olfatório; 11 – Nervo óptico; 12 – Cerebelo; 13

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quarto ventrículo, localizado mais abaixo,ao nível do tronco encefálico. Sãoreservatórios do líquido cefalo-raquidiano,(LÍQÜOR), participando na nutrição,proteção e excreção do sistema nervoso.

Em seu desenvolvimento, o córtexganha diversos sulcos para permitir que océrebro esteja suficientemente compactopara caber na calota craniana, que nãoacompanha o seu crescimento. Por isso, nocérebro adulto, apenas 1/3 de suasuperfície fica “exposta”, o restantepermanece por entre os sulcos.

O córtex cerebral está dividido emmais de quarenta áreas funcionalmentedistintas, sendo a maioria pertencente aochamado  neocórtex.

Cada uma das áreas do córtexcerebral controla uma atividade específica.

1. hipocampo: região do córtexque está dobrada sobre si e possui apenastrês camadas celulares; localiza-semedialmente ao ventrículo lateral.

2. córtex olfativo: localizadoventral e lateralmente ao hipocampo;apresenta duas ou três camadas celulares.

3. neocórtex: córtex maiscomplexo; separa-se do córtex olfativomediante um sulco chamado fissura rinal;apresenta muitas camadas celulares e

várias áreas sensoriais e motoras. As áreasmotoras estão intimamente envolvidas como controle do movimento voluntário.

A região superficial do telencéfalo,que acomoda bilhões de corpos celularesde neurônios (substância cinzenta),constitui o córtex cerebral, formado apartir da fusão das partes superficiaistelencefálicas e diencefálicas. O córtexrecobre um grande centro medular branco,formado por fibras axonais (substânciabranca). Em meio a este centro branco(nas profundezas do telencéfalo), háagrupamentos de corpos celularesneuronais que formam os núcleos(gânglios) da base ou núcleos (gânglios)basais - caudato, putamen, globo pálido enúcleo subtalâmico, envolvidos emconjunto, no controle do movimento.Parece que os gânglios da base participamtambém de um grande número de circuitosparalelos, sendo apenas alguns poucos defunção motora. Outros circuitos estãoenvolvidos em certos aspectos da memóriae da função cognitiva.

Algumas das funções maisespecíficas dos gânglios basaisrelacionadas aos movimentos são:

1. núcleo caudato: controlamovimentos intencionais grosseiros docorpo (isso ocorre a nível sub-consciente e

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consciente) e auxilia no controle global dosmovimentos do corpo.

2. putamen: funciona emconjunto com o núcleo caudato no controlede movimentos intensionais grosseiros.Ambos os núcleos funcionam emassociação com o córtex motor, paracontrolar diversos padrões de movimento.

3. globo pálido: provavelmentecontrola a posição das principais partes docorpo, quando uma pessoa inicia ummovimento complexo, Isto é, se umapessoa deseja executar uma função precisacom uma de suas mãos, deve primeirocolocar seu corpo numa posição apropriadae, então, contrair a musculatura do braço.Acredita-se que essas funções sejaminiciadas, principalmente, pelo globopálido.

4. núcleo subtalâmico e áreasassociadas: controlam possivelmente osmovimentos da marcha e talvez outrostipos de motilidade grosseira do corpo.

Evidências indicam que a viamotora direta funciona para facilitar ainiciação de movimentos voluntários pormeio dos gânglios da base. Essa viaorigina-se com uma conexão excitatória docórtex para as células do putamen. Estascélulas estabelecem sinapses inibitórias emneurônios do globo pálido, que, por suavez, faz conexões inibitórias com células dotálamo (núcleo ventrolateral - VL). Aconexão do tálamo com a área motora docórtex é excitatória. Ela facilita o disparode células relacionadas a movimentos naárea motora do córtex. Portanto, aconseqüência funcional da ativação corticaldo putâmen é a excitação da área motorado córtex pelo núcleo ventrolateral dotálamo.

O Diencéfalo (Tálamo e Hipotálamo)

Todas as mensagens sensoriais,com exceção das provenientes dosreceptores do olfato, passam pelo tálamoantes de atingir o córtex cerebral. Esta éuma região de substância cinzentalocalizada entre o tronco encefálico e océrebro. O tálamo atua como estaçãoretransmissora de impulsos nervosos parao córtex cerebral. Ele é responsável pelacondução dos impulsos às regiõesapropriadas do cérebro onde eles devemser processados. O tálamo também estárelacionado com alterações nocomportamento emocional; que decorre,não só da própria atividade, mas tambémde conexões com outras estruturas dosistema límbico (que regula as emoções).

O hipotálamo, tambémconstituído por substância cinzenta, é oprincipal centro integrador das atividadesdos órgãos viscerais, sendo um dosprincipais responsáveis pela homeostasecorporal. Ele faz ligação entre o sistemanervoso e o sistema endócrino, atuando naativação de diversas glândulas endócrinas.É o hipotálamo que controla a temperaturacorporal, regula o apetite e o balanço deágua no corpo, o sono e está envolvido naemoção e no comportamento sexual. Temamplas conexões com as demais áreas doprosencéfalo e com o mesencéfalo. Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda,um papel nas emoções. Especificamente,as partes laterais parecem envolvidas como prazer e a raiva, enquanto que a porçãomediana parece mais ligada à aversão, aodesprazer e à tendência ao riso(gargalhada) incontrolável. De um modogeral, contudo, a participação dohipotálamo é menor na gênese (“criação”)do que na expressão (manifestaçõessintomáticas) dos estados emocionais.

O Tronco Encefálico

O tronco encefálico interpõe-seentre a medula e o diencéfalo, situando-seventralmente ao cerebelo. Possui trêsfunções gerais;

(1) recebe informações sensitivasde estruturas cranianas e controla osmúsculos da cabeça;

(2) contém circuitos nervosos quetransmitem informações da medulaespinhal até outras regiões encefálicas e,em direção contrária, do encéfalo para amedula espinhal (lado esquerdo do cérebrocontrola os movimentos do lado direito docorpo; lado direito de cérebro controla osmovimentos do lado esquerdo do corpo – adecussação das pirâmides);

(3) regula a atenção, função estaque é mediada pela formação reticular(agregação mais ou menos difusa deneurônios de tamanhos e tipos diferentes,separados por uma rede de fibras nervosas

que ocupa a parte central do troncoencefálico). Além destas 3 funções gerais,as várias divisões do tronco encefálicodesempenham funções motoras esensitivas específicas.

Na constituição do troncoencefálico entram corpos de neurônios quese agrupam em núcleos e fibras nervosas,que, por sua vez, se agrupam em feixesdenominados tractos, fascículos oulemniscos. Estes elementos da estruturainterna do tronco encefálico podem estarrelacionados com relevos ou depressões desua superfície. Muitos dos núcleos dotronco encefálico recebem ou emitemfibras nervosas que entram na constituiçãodos nervos cranianos. Dos 12 pares denervos cranianos, 10 fazem conexão notronco encefálico.

O Cerebelo

Situado atrás do cérebro está ocerebelo, que é primariamente um centropara o controle dos movimentos iniciados

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pelo córtex motor (possui extensivasconexões com o cérebro e a medulaespinhal). Como o cérebro, também estádividido em dois hemisférios. Porém, aocontrário dos hemisférios cerebrais, o ladoesquerdo do cerebelo está relacionado comos movimentos do lado esquerdo do corpo,enquanto o lado direito, com osmovimentos do lado direito do corpo.

O cerebelo recebe informações docórtex motor e dos gânglios basais detodos os estímulos enviados aos músculos.A partir das informações do córtex motorsobre os movimentos musculares quepretende executar e de informaçõesproprioceptivas que recebe diretamente docorpo (articulações, músculos, áreas de

pressão do corpo, aparelho vestibular eolhos), avalia o movimento realmenteexecutado. Após a comparação entredesempenho e aquilo que se teve em vistarealizar, estímulos corretivos são enviadosde volta ao córtex para que o desempenhoreal seja igual ao pretendido. Dessa forma,o cerebelo relaciona-se com os ajustes dosmovimentos, equilíbrio, postura e tônusmuscular.

Algumas Estruturas do Encéfalo eSuas Funções

Córtex Cerebral

Funções:

- Pensamento- Movimento voluntário- Linguagem- Julgamento- Percepção

A palavra córtex vem do latim para“casca”. Isto porque o córtex é a camadamais externa do cérebro. A espessura docórtex cerebral varia de 2 a 6 mm. O ladoesquerdo e direito do córtex cerebral sãoligados por um feixe grosso de fibrasnervosas chamado de corpo caloso. Oslobos são as principais divisões físicas do

córtex cerebral. O lobo frontal éresponsável pelo planejamento conscientee pelo controle motor. O lobo temporal temcentros importantes de memória e audição.O lobo parietal lida com os sentidoscorporal e espacial. o lobo occipitaldireciona a visão.

Cerebelo

Funções:

- Movimento- Equilíbrio- Postura- Tônus muscular

A palavra cerebelo vem do latimpara “pequeno cérebro”. O cerebelo ficalocalizado ao lado do tronco encefálico. Éparecido com o córtex cerebral em alguns

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aspectos: o cerebelo é dividido emhemisférios e tem um córtex que recobreestes hemisférios.

Tronco Encefálico

Funções:

- Respiração- Ritmo dos batimentos cardíacos- Pressão Arterial

Mesencéfalo

Funções:

- Visão- Audição- Movimento dos Olhos- Movimento do corpo

O Tronco Encefálico é uma área doencéfalo que fica entre o tálamo e amedula espinhal. Possui várias estruturascomo o bulbo, o mesencéfalo e a ponte.Algumas destas áreas são responsáveispelas funções básicas para a manutençãoda vida como a respiração, o batimentocardíaco e a pressão arterial.

Bulbo: recebe informações devários órgãos do corpo, controlando asfunções autônomas (a chamada vidavegetativa): batimento cardíaco,respiração, pressão do sangue, reflexos desalivação, tosse, espirro e o ato de engolir.

Ponte: Participa de algumasatividades do bulbo, interferindo nocontrole da respiração, além de ser umcentro de transmissão de impulsos para ocerebelo. Serve ainda de passagem para asfibras nervosas que ligam o cérebro àmedula.

Tálamo

Funções:

- Integração Sensorial- Integração Motora

O tálamo recebe informaçõessensoriais do corpo e as passa para ocórtex cerebral. O córtex cerebral enviainformações motoras para o tálamo queposteriormente são distribuídas pelo corpo.Participa, juntamente com o troncoencefálico, do sistema reticular, que éencarregado de “filtrar” mensagens que sedirigem às partes conscientes do cérebro.

Sistema Límbico

Funções:

- Comportamento Emocional- Memória- Aprendizado- Emoções- Vida vegetativa (digestão, circulação,excreção etc.)

O Sistema Límbico é um grupo deestruturas que inclui hipotálamo, tálamo,amígdala, hipocampo, os corpos mamilarese o giro do cíngulo. Todas estas áreas são

muito importantes para a emoção ereações emocionais. O hipocampo tambémé importante para a memória e oaprendizado.

A Medula Espinhal

Nossa medula espinhal tem aforma de um cordão comaproximadamente 40 cm de comprimento.Ocupa o canal vertebral, desde a região doatlas - primeira vértebra - até o nível dasegunda vértebra lombar. A medulafunciona como centro nervoso de atosinvoluntários e, também, como veículocondutor de impulsos nervosos.

Da medula partem 31 pares denervos raquidianos que se ramificam. Pormeio dessa rede de nervos, a medula seconecta com as várias partes do corpo,recebendo mensagens e vários pontos eenviando-as para o cérebro e recebendomensagens do cérebro e transmitindo-aspara as várias partes do corpo. A medulapossui dois sistemas de neurônios: osistema descendente controla funçõesmotoras dos músculos, regula funçõescomo pressão e temperatura e transportasinais originados no cérebro até seudestino; o sistema ascendente transportasinais sensoriais das extremidades docorpo até a medula e de lá para o cérebro. 

Os corpos celulares dos neurôniosse concentram no cerne da medula – namassa cinzenta. Os axônios ascendentes edescendentes, na área adjacente – amassa branca. As duas regiões tambémabrigam células da Glia. Dessa forma, namedula espinhal a massa cinzenta localiza-se internamente e a massa branca,externamente (o contrário do que seobserva no encéfalo).

Durante uma fratura oudeslocamento da coluna, as vértebras quenormalmente protegem a medula podemmatar ou danificar as células.Teoricamente, se o dano for confinado àmassa cinzenta, os distúrbios musculares esensoriais poderão estar apenas nostecidos que recebem e mandam sinais aosneurônios “residentes” no nível da fratura.Por exemplo, se a massa cinzenta dosegmento da medula onde os nervosrotulados C8 for lesada, o paciente sósofrerá paralisia das mãos, sem perder acapacidade de andar ou o controle sobreas funções intestinais e urinárias. Nessecaso, os axônios levando sinais para “cimae para baixo” através da área brancaadjacente continuariam trabalhando. Emcomparação, se a área branca for lesada, otrânsito dos sinais será interrompido até oponto da fratura.

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Infelizmente, a lesão original é sóo começo. Os danos mecânicos promovemrompimento de pequenos vasossangüíneos, impedindo a entrega deoxigênio e nutrientes para as células nãoafetadas diretamente, que acabammorrendo; as células lesadas extravasamcomponentes citoplasmáticos e tóxicos,que afetam células vizinhas, antes intactas;células do sistema imunológico iniciam umquadro inflamatório no local da lesão;células da Glia proliferam criando grumos euma espécie de cicatriz, que impedem osaxônios lesados de crescerem ereconectarem.

O vírus da poliomielite causalesões na raiz ventral dos nervos espinhais,

o que leva à paralisia e atrofia dosmúsculos.

O Sistema Nervoso Periférico

O sistema nervoso periférico éformado por nervos encarregados de fazeras ligações entre o sistema nervoso centrale o corpo. NERVO é a reunião de váriasfibras nervosas, que podem ser formadasde axônios ou de dendritos.

As fibras nervosas, formadaspelos prolongamentos dos neurônios(dendritos ou axônios) e seus envoltórios,organizam-se em feixes. Cada feixe formaum nervo. Cada fibra nervosa é envolvidapor uma camada conjuntiva denominada

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endoneuro. Cada feixe é envolvido por umabainha conjuntiva denominada perineuro.Vários feixes agrupados paralelamenteformam um nervo. O nervo também éenvolvido por uma bainha de tecidoconjuntivo chamada epineuro. Em nossocorpo existe um número muito grande denervos. Seu conjunto forma a redenervosa.

Os nervos que levam informaçõesda periferia do corpo para o SNC são osnervos sensoriais (nervos aferentes ounervos sensitivos), que são formados porprolongamentos de neurônios sensoriais(centrípetos). Aqueles que transmitemimpulsos do SNC para os músculos ouglândulas são nervos motores oueferentes, feixe de axônios de neurôniosmotores (centrífugos).

Existem ainda os nervos mistos,formados por axônios de neurôniossensoriais e por neurônios motores.

Quando partem do encéfalo, osnervos são chamados de cranianos;quando partem da medula espinhaldenominam-se raquidianos.

Do encéfalo partem doze pares denervos cranianos. Três deles sãoexclusivamente sensoriais, cinco sãomotores e os quatro restantes são mistos.

Os 31 pares de nervosraquidianos que saem da medularelacionam-se com os músculosesqueléticos. Eles se formam a partir deduas raízes que saem lateralmente damedula: a raiz posterior ou dorsal, que ésensitiva, e a raiz anterior ou ventral, que émotora. Essas raízes se unem logo apóssaírem da medula. Desse modo, os nervosraquidianos são todos mistos. Os corpos

dos neurônios que formam as fibrassensitivas dos nervos sensitivos situam-sepróximo à medula, porém fora dela,reunindo-se em estruturas especiaischamadas gânglios espinhais. Os corposcelulares dos neurônios que formam asfibras motoras localizam-se na medula. Deacordo com as regiões da coluna vertebral,os 31 pares de nervos raquidianosdistribuem-se da seguinte forma:

- oito pares de nervos cervicais;- doze pares de nervos dorsais;

- cinco pares de nervos lombares;

- seis pares de nervos sagrados ou sacrais.

O conjunto de nervos cranianos eraquidianos forma o sistema nervosoperiférico.

Com base na sua estrutura efunção, o sistema nervoso periférico podeainda subdividir-se em duas partes: osistema nervoso somático e o sistemanervoso autônomo ou de vida vegetativa.

As ações voluntárias resultam dacontração de músculos estriadosesqueléticos, que estão sob o controle dosistema nervoso periférico voluntário ousomático. Já as ações involuntáriasresultam da contração das musculaturaslisa e cardíaca, controladas pelo sistemanervoso periférico autônomo, tambémchamado involuntário ou visceral.

O SNP Voluntário ou Somáticotem por função reagir a estímulosprovenientes do ambiente externo. Ele éconstituído por fibras motoras queconduzem impulsos do sistema nervosocentral aos músculos esqueléticos. O corpocelular de uma fibra motora do SNPvoluntário fica localizado dentro do SNC e

NervosPeriféricos

-Esquemas

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o axônio vai diretamente do encéfalo ou damedula até o órgão que inerva.

O SNP Autônomo ou Visceral,como o próprio nome diz, funcionaindependentemente de nossa vontade etem por função regular o ambiente internodo corpo, controlando a atividade dossistemas digestório, cardiovascular,excretor e endócrino. Ele contém fibrasnervosas que conduzem impulsos dosistema nervoso central aos músculos lisosdas vísceras e à musculatura do coração.

Um nervo motor do SNP autônomodefere de um nervo motor do SNPvoluntário pelo fato de conter dois tipos deneurônios, um neurônio pré-ganglionar eoutro pós-ganglionar. O corpo celular doneurônio pré-ganglionar fica localizadodentro do SNC e seu axônio vai até umgânglio, onde o impulso nervoso étransmitido sinapticamente ao neurôniopós-ganglionar. O corpo celular doneurônio pós-ganglionar fica no interior dogânglio nervoso e seu axônio conduz oestímulo nervoso até o órgão efetuador,que pode ser um músculo liso ou cardíaco.

O sistema nervoso autônomocompõe-se de três partes:

- Dois ramos nervosos situados ao lado dacoluna vertebral. Esses ramos sãoformados por pequenas dilataçõesdenominadas gânglios, num total de 23pares.

- Um conjunto de nervos que liga osgânglios nervosos aos diversos órgãos denutrição, como o estômago, o coração e ospulmões.- Um conjunto de nervos comunicantes queligam os gânglios aos nervos raquidianos,fazendo com que os sistema autônomo não

seja totalmente independente do sistemanervoso cefalorraquidiano.

O sistema nervoso autônomodivide-se em sistema nervoso simpáticoe sistema nervoso parassimpático. Demodo geral, esses dois sistemas têmfunções contrárias (antagônicas). Umcorrige os excessos do outro. Por exemplo,se o sistema simpático acelerademasiadamente as batidas do coração, osistema parassimpático entra em ação,diminuindo o ritmo cardíaco. Se o sistemasimpático acelera o trabalho do estômagoe dos intestinos, o parassimpático entra emação para diminuir as contrações dessesórgãos.

O SNP autônomo simpático, demodo geral, estimula ações que mobilizamenergia, permitindo ao organismoresponder a situações de estresse. Porexemplo, o sistema simpático éresponsável pela aceleração dosbatimentos cardíacos, pelo aumento dapressão arterial, da concentração deaçúcar no sangue e pela ativação dometabolismo geral do corpo.

Já o SNP autônomo parassimpáticoestimula principalmente atividadesrelaxantes, como as reduções do ritmocardíaco e da pressão arterial, entreoutras.

Uma das principais diferençasentre os nervos simpáticos eparassimpáticos é que as fibras pós-ganglionares dos dois sistemasnormalmente secretam diferenteshormônios. O hormônio secretado pelosneurônios pós-ganglionares do sistemanervoso parassimpático é a acetilcolina,razão pela qual esses neurônios sãochamados colinérgicos.

V. Trigêmeo controle dos movimentos demastigação (ramo motor);percepções sensoriais da face,seios da face e dentes (ramosensitivo)

mista

III. Oculomotor motora controle do movimento ocular,do esfincter da iris e do m. ciliar

IV. Troclear motora controle do movimento do olho

II. Óptico sensitiva percepção visual

I. Olfatório sensitiva percepção do olfato

VI. Abducente motora controle dos movimentos do olho

VII. Facial sensitiva controle dos músculos faciais,mímica facial (ramo motor);percepção gustativa do terçoanterior da lingua (ramosensitivo)

IX. Glossofaríngeo mista percepção gustativa do terçoposterior da lingua; percepçõessensoriais da faringe, laringe eglote)

VIII. Vestíbulo-Coclear mista percepção postural originária dolabirinto (ramo vestibular);percepção auditiva (ramo coclear)

X. Vago mista percepções sensoriais daorelha, faringe, laringe, torax,visceras; inervações dasvísceras torácicas e abdominais

XI. Acessório controle motor da faringe,laringe, palato, dos músculosesternocleidomastoideo ehioideos

motora

motora controle dos músculos da linguaXII. Hipoglosso

Os Nervos Cranianos

Nervo Função

“O n d e O O r g ã o Te m Tr a u m a t i s m o A F o r m a Va r i aG r a n d e m e n t e , Ve r i f i c a n d o - s e A t é H e m o r r a g i a ”

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Esquema dos Pares Cranianos

Os neurônios pós-ganglionares dosistema nervoso simpático secretamprincipalmente noradrenalina, razão porque a maioria deles é chamada neurôniosadrenérgicos. As fibras adrenérgicas ligamo sistema nervoso central à glândulasupra-renal, promovendo aumento dasecreção de adrenalina, hormônio queproduz a resposta de “luta ou fuga” emsituações de stress.

A acetilcolina e a noradrenalinatêm a capacidade de excitar alguns órgãose inibir outros, de maneira antagônica.

Em geral, quando os centrossimpáticos cerebrais se tornam excitados,estimulam, simultaneamente, quase todosos nervos simpáticos, preparando o corpopara a atividade.

Além do mecanismoda descarga em massa dosistema simpático, algumascondições fisiológicas podemestimular partes localizadasdesse sistema. Duas dascondições são as seguintes:

- reflexos calóricos: ocalor aplicado à peledetermina um reflexo quepassa através da medulaespinhal e volta a ela,dilatando os vasossangüíneos cutâneos.Também o aquecimento dosangue que passa através docentro de controle térmicodo hipotálamo aumenta ograu de vasodilataçãosuperficial, sem alterar osvasos profundos.- exercícios: durante oexercício físico, o

metabolismo aumentado nos músculos temum efeito local de dilatação dos vasossangüíneos musculares; porém, ao mesmotempo, o sistema simpático tem efeitovasoconstritor para a maioria das outrasregiões do corpo. A vasodilatação muscularpermite que o sangue flua facilmenteatravés dos músculos, enquanto avasoconstrição diminui o fluxo sangüíneoem todas as regiões do corpo, exceto nocoração e no cérebro.

Nas junções neuro-musculares,tanto nos gânglios do SNPA simpáticocomo nos do parassimpático, ocorremsinapses químicas entre os neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares. Nos doiscasos, a substância neurotransmissora é aacetilcolina. Esse mediador químico atuanas dobras da membrana, aumentando asua permeabilidade aos íons sódio, que

passa para o interior da fibra,despolarizando essa área da membrana domúsculo. Essa despolarização localpromove um potencial de ação que éconduzido em ambas as direções ao longoda fibra, determinando uma contraçãomuscular. Quase imediatamente após ter aacetilcolina estimulado a fibra muscular, elaé destruída, o que permite adespolarização da membrana.

O Álcool e os Neurotransmissores

O etanol afeta diversosneurotransmissores no cerébro, entre eleso ácido gama-aminobutirico (GABA).Existem dois tipos de receptores desteneurotransmissor: os GABA-alfa e os GABA-beta, dos quais apenas o primeiro éestimulado pelo álcool, o que resulta numadiminuição de sensibilidade para outrosestímulos.

O resultado é um efeito muitomais inibitório no cérebro, levando aorelaxamento e sedação do organismo.Diversas partes do cérebro são afetadaspelo efeito sedativo do álcool tais comoaquelas responsáveis pelo movimento,memória, julgamento, respiração, etc.

O etanol afeta diversosneurotransmissores no cerébro, entre eleso ácido gama-aminobutirico (GABA).Existem dois tipos de receptores desteneurotransmissor: os GABA-alfa e os GABA-beta, dos quais apenas o primeiro éestimulado pelo álcool, o que resulta numadiminuição de sensibilidade para outrosestímulos. O resultado é um efeito muitomais inibitório no cérebro, levando aorelaxamento e sedação do organismo.Diversas partes do cérebro são afetadaspelo efeito sedativo do álcool tais como

aquelas responsáveis pelo movimento,memória, julgamento, respiração, etc.

O sistema glutamatérgico, queutiliza glutamato como neurotransmissor,também parece desempenhar papelrelevante nas alterações nervosaspromovidas pelo etanol, pois o álcooltambém altera a ação sináptica doglutamato no cérebro, promovendodiminuição da sensibilidade aos estímulos.

Ansiedade, Depressão eNeurotransmissores

A ação terapêutica das drogasantidepressivas tem lugar no SistemaLímbico, o principal centro cerebral dasemoções. Este efeito terapêutico éconseqüência de um aumento funcionaldos neurotransmissores na fenda sináptica,principalmente da noradrenalina, daserotonina e/ou da dopamina, bem comoalteração no número e sensibilidade dosneuroreceptores. O aumento deneurotransmissores na fenda sinápticapode se dar através do bloqueio darecaptação desses neurotransmissores noneurônio pré-sináptico ou ainda, através dainibição da Monoaminaoxidase, enzimaresponsável pela inativação destesneurotransmissores.

A vontade de comer doces e asensação de já estar satisfeito com o quecomeu dependem de uma região cerebrallocalizada no hipotálamo. Com taxasnormais de serotonina a pessoa sente-sesatisfeita com mais facilidade e tem maiorcontrole na vontade de comer doce.

Havendo diminuição daserotonina, como ocorre na depressão, apessoa pode ter uma tendência ao ganhode peso. É por isso que medicamentos queaumentam a serotonina estão sendo cada

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Sistema Nervoso Autônomo- Esquemas

Sistema Nervoso Autônomo

Órgão Simpático Parassimpático

OlhoPupilaMúsculo Ciliar

DiltadaNenhum

ContraídaExcitado

GlândulasGastrointestinais Vasoconstrição

Estimulação deSecreção

Glândulas Sudoríparas Sudação Nenhum

CoraçãoMúsculo (miocárdio)Coronárias

Atividade MaiorVasodilatação

Atividade MenorVasoconstrição

Vasos SanguíneosAbdominalMúsculoPele

ConstriçãoDilatação

Constrição/Dilatação

NenhumNenhumNenhum

PulmõesBrônquiosVasos Sangüíneos

DilataçãoConstrição Moderada

ConstriçãoNenhum

Tubo DigestivoLuzEsfíncteres

Tônus/Peristalse BaixaTônus Aumenta

Tônus/Peristalse SobeTônus Diminui

Fígado Liberação de Glicose Nenhum

Rim Baixa produção de urina NenhumBexigaCorpoEsfíncter

InibiçãoExcitação

ExcitaçãoInibição

Ato Sexual Masculino Ejaculação Ereção

Glicose Sangüínea Aumento Nenhum

Metabolismo Basal Aumento em até 50% Nenhum

Atividade Mental Aumento Nenhum

Secreção da MedulaSupra-Renal(Adrenalina) Aumento Nenhum

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vez mais utilizados nas dietas para perdade peso.

Atos ReflexosOs atos reflexos ou simplesmente

reflexos são respostas automáticas,involuntárias a um estímulo sensorial. Oestímulo chega ao órgão receptor, éenviado à medula através de neurôniossensitivos ou aferentes (chegam pela raizdorsal). Na medula, neurônios associativosrecebem a informação e emitem umaordem de ação através dos neurôniosmotores (saem da medula através da raizventral). Os neurônios motores oueferentes chegam ao órgão efetor querealizará uma resposta ao estímulo inicial.Esse caminho seguido pelo impulsonervoso e que permite a execução de umato reflexo é chamado arco reflexo.

Atos Reflexos

Fontes de textos e figuras:

1. Online Biology Book© The Online Biology Book is hosted by Estrella Mountain

Community College, in sunny Avondale, Arizona. Text ©1992,

1994, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, M.J. Farabee, all rightsreserved. Use for educational purposes is encouraged.

2. O Corpo Humano© 2000 jPauloN.RochaJr Corporation, All rights reserved

(www.corpohumano.hpg.ig.com.br)

3. Anatomia e Fisiologia Humanas© Ana Luisa Miranda Vilela (www.biologia.cjb.net)

4. Fisiologia on-line© Prof. Malaghini (PUC-Paraná) (www.geocities.com/~malaghini)

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