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UFES/CT/DEA Prof. Jair Casagrande
Sistemas de Abastecimento de Água
ÁGUA: ASPECTOS QUALITATIVOS E
MARCOS REGULATÓRIOS E
TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO
Adaptado de: UNIR - Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Engenharia
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ÁGUA POTÁVEL
Denomina-se água potável aquela que se apresenta em condições próprias para consumo
humano. Isto considerando os aspectos organolépticos ( odor e sabor ), físicos, químicos e
biológicos.
Água Potável: não é água pura (não existe água pura na natureza e muito menos quando tratada)
Água Potável: Possui elementos físicos, químicos e biológicos dentro dos padrões estabelecidos (Ver
Portaria 2914/11 – MS)
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CONSTITUINTES DA ÁGUA
• SÓLIDOS DISSOLVIDOS IONIZADOS
• GASES DISSOLVIDOS
• COMPOSTOS ORGÂNICOS DISSOLVIDOS
• MATÉRIA EM SUSPENSÃO: SÓLIDOS,
MICROORGANISMOS E COLÓIDES
QUANTIDADE E NATUREZA DOS CONSTITUINTES
• TIPO DE SOLO
• CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
• GRAU DE POLUIÇÃO
Variação sazonal
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Caracterização da água
Características físicas, químicas e organolépticas
• Sólidos em suspensão
• Turbidez (capacidade de desviar a luz)
• Cor aparente e cor verdadeira (substâncias húmicas)
• Odor e sabor
• Componentes inorgânicos que afetam a saúde (ex. Cloretos, Ferro e
Manganês)
• Componentes orgânicos que afetam a saúde (ex. Matéria húmica)
• pH
• Cloro residual livre
• Alcalinidade (capacidade da água reagir com ácidos)
• Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Biológica de Oxigênio (DBO)
• Condutividade elétrica
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Características bacteriológicas
• Coliformes (totais e termotolerantes)
• Contagem de colônias
heterotróficas
Características radioativas
• Radioatividade Alfa e Beta
• Radionuclídeos específicos
Outros parâmetros
• Hidrobiológicos (algas): cianotoxinas
• Protozoários
• Temperatura
Poluentes Potenciais
• Sólidos em suspensão
• Matéria orgânica (DBO)
• Fósforo
• Nitrogênio
• Micropoluentes orgânicos e
inorgânicos
• Indicadores de contaminação
fecal
• Algas (Cianobactérias)
Caracterização da água
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Sólidos em Suspensão
Classificação da partícula sólida • Dimensão
• Sedimentabilidade
• Características Químicas
Origem Antropogênica • Impactos Morfológicos
• Processos Erosivos + Transporte de Sedimentos
• Lançamento de Águas Residuárias
Origem Natural
• Drenagem Superficial
Fonte: SIPAM (2007). Relatório Rio Boa Vista – Ouro Preto do Oeste/RO
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Sólidos em Suspensão
Origem Antropogênica
• Poluição por ETAs
Efeitos • Assoreamento
• Turbidez, cor, transparência
• Função da composição química
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Dimensões das Partículas Presentes nas Águas Naturais
1.E-04 1.E-03 1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01 1.E+02 1.E+03 1.E+04 1.E+05
Diâmetros (micrômetros)
Moléculas
Colóides
Partículas suspensas/Flocos
Bactérias
Algas
Protozoários Vírus
Interstícios de leitos de areia
Poros de papel de filtro
Poros de membrana
Poros de carbono ativado
Areia
Agrotóxicos
Sólidos em Suspensão - Dimensão
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Sólidos em Suspensão:
Sedimentabilidade
Tamanho da
partícula
(µm)
Tipo Velocidade de
sedimentação
(mm/s)
100 Areia fina 7,9x100
10 Silte 1,5x10-1
1 Bactéria 1,5x10-3
0,1 Colóide 1,5x10-5
0,01 Colóide 1,5x10-6
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Sólidos em Suspensão
Classificação em Função das Características Químicas
1. Calcinação a 600C
2. Sólidos orgânicos (voláteis) ou inorgânicos (fixos)
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Cor – Sólidos Dissolvidos
• Origem Natural
• Decomposição da matéria orgânica
• Ácidos húmicos e fúlvicos
• Fe e Mn
• Efeitos • Coloração da água
• Não apresenta risco sanitário
• Confiabilidade questionável
• Origem Antropogênica • Efluentes de tinturaria, tecelagem,
Papel
• Outras águas residuárias
isenta de sólidos suspensos (centrifugação)
interferência sólidos suspensos, coloides
Cor Aparente
Cor Verdadeira
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Turbidez – Sólidos em suspensão e coloides
• Origem Natural
• Dissolução de partículas de rochas, argila, silte, etc.
• Algas e microrganismos
• Drenagem Superficial
• Efeitos • Aparência nebulosa
• Confiabilidade questionável
• Adsorção de patogênicos
• Origem Antropogênica • Águas residuárias
• Impactos morfológicos
• Processos erosivos
Turbidez
Unidades Jackson de Turbidez (25 a 1000 UJT)
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Dureza
• Origem Natural
• Dissolução de rochas calcáreas
• Origem Antropogênica • Águas residuárias
• Supersaturação de cátions divalentes
Mais comuns: Ca2+, Mg2+
Outros: Sr2+, Fe2+, Mn2+
• Efeitos • Doenças cardiovasculares
• Aumento do teor de colesterol
• Precipitação de sabões
• Evita formação de espuma
50-150 mg/L CaCO3
(dureza moderada)
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Alcalinidade
• Origem Natural
• Ação do CO2 dissolvido sobre rochas calcáreas
• Absorção de CO2 da atmosfera
• Decomposição da matéria orgânica
• Origem Antropogênica • Efluentes industriais
• Capacidade da água neutralizar ácidos (H+)
• Função do pH
• 4,4 < pH < 8,3: bicarbonatos (HCO3-)
• 8,3 < pH < 9,4: carbonatos (CO3-2) e bicarbonatos
• pH > 9,4: hidróxidos (OH-) e carbonatos
• Efeitos • Não apresenta risco sanitário
• Sabor e odor desagradável
• Incrustação em tubulações
Expresso em CaCO3
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Acidez
• Origem Natural
• Absorção de CO2 da atmosfera
• Decomposição da matéria orgânica
• Origem Antropogênica • Efluentes industriais orgânicos
• Efluentes industriais ácidos
• Atividades de mineração
• Capacidade da água neutralizar bases (OH)
• Presença de CO2 livre
• pH > 8,2: CO2 livre ausente
• 8,2 < pH < 4,5: acidez carbônica
• pH < 4,5: ácidos minerais fortes
• Efeitos • Não apresenta risco sanitário
• Sabor e odor desagradável
• Corrosão de tubulações e dispositivos
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Ferro e Manganês
• Origem Natural
• Dissolução de compostos do solo e subsolo
• Origem Antropogênica • Águas residuárias
• Solo: Fe3+ e Mn4+ particulado
• Água Subterrânea (ausência de O2): Fe2+ e Mn2+ solúvel
• Exposição ao ar: Fe3+ e Mn4+ particulado
• Efeitos • Não apresenta risco sanitário
• Coloração e turbidez “amarelo escuro – marrom”
• Sabor e odor desagradável
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Organismos Patogênicos
• Organismos Infecciosos
• Agentes Etiológicos: Bactérias, vírus, protozoários
• Veiculação hídrica
Shigella dysenteriae
(disinteria bacilar)
Salmonella
(febre tifóide)
• Difícil detecção
• Baixas concentrações no curso d’água
• Pequena quantidade nas fezes
• Decaimento bacteriano
• Grandes riscos de contaminação
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Indicadores de Contaminação Fecal
• Uso de organismos indicadores de contaminação fecal: ex.
• Escherichia coli (abundante em fezes humanas e de animais)
• Estreptococos fecais (fezes humanas, tolerante a adversidades)
• Resistência similar aos patogênicos (termotolerante)
• Presença de patogênicos: potencialidade de transmissão de doenças
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Matéria Orgânica
• Sólidos Orgânicos = Sólidos Voláteis
• Particulado (filtrado)
• Dissolvido
Proteínas
Animal e vegetal
C, H, N, O, S, Fe
Carboidratos
Açucar, amido…
C, H, O
Lipídeos
Graxas, óleos…
complexo
Uréia, Surfactantes, Compostos Aromáticos, Pesticidas, etc…
• Origem Natural
• Animal e Vegetal
• Origem Antropogênica • Águas residuárias
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Matéria Orgânica
• Efeitos • Aumenta demanda de O2 (crescimento de microrganismos)
• Coeficiente de decomposição da M.O.
• Coeficiente de “Reoxigenação (K2)”
distância
OD
Matéria orgânica
?
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Demanda Bioquímica de Oxigênio
• Difícil determinação laboratorial (natureza complexa
• Métodos indicadores do potencial consumo de O2
• Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
• Demanda Última de Oxigênio (DBOU)
• Demanda Química de Oxigênio (DQO)
DBO5,20
• Ensaio à 20 durante 5 dias
• Considerado fração biodegradável
• Taxa de Desoxigenação (K1)
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Demanda Química de Oxigênio
• Quantificação indireta da matéria orgânica
• Quantidade de oxigênio requerida para a oxidação química da matéria orgânica carbonácea
• Oxidação das frações biodegradável e inerte
DQO
• Dicromato de Potássio
• 2 a 3 horas de duração
• Baixa DQO/DBO5: fração biológica alta
• Alta DQO/DBO5: fração inerte alta
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Oxigênio Dissolvido
• Origem Natural
• Dissolução do oxigênio atmosférico
• Função da Altitude e Temperatura
• Nível do mar, 20°C: 9,2 mg/L
• Coeficiente de Reoxigenação (K2)
• Difusão molecular
• Difusão turbulenta
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Oxigênio Dissolvido
• Efeitos • 4,0 < O2 < 5,0 mg/L: morte peixes + exigentes
• O2 2,0 mg/L: morte de todos os peixes
• O2 = 0 mg/L: anaerobiose (cheiro de “ovo podre”)
distância
OD
Matéria orgânica
?
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Nitrogênio
• Origem Natural
• Decomposição da matéria orgânica animal e vegetal
• Excretas de animais
• Origem Antropogênica
• Águas residuárias
• Fertilizantes
• Nitrogênio Amoniacal
• Decomposição do nitrogênio orgânico
Amônia ionizada (NH4+): pH < 7
Amônia livre (NH3): pH > 7
TÓXICO
• Nitrogênio Orgânico
• Sólidos dissolvidos e particulados
• Proteína animal e vegetal
• Aminoácidos e uréia
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Fósforo
• Origem Natural
• Decomposição de matéria orgânica animal e vegetal
• Excretas de animais
• Origem Antropogênica
• Águas residuárias
• Fertilizantes
• Indústria de limpeza e de detergentes
• Efeitos
• Nutriente limitante
• 1 g alga (C106H180O45N15P): 0,013g P
• 1 g P: 77 g alga
• EUTROFIZAÇÃO
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Micropoluentes Orgânicos
• Compostos orgânicos sintéticos: persistentes a biodegradação bioquímica
• Detergentes
• Sulfonatos de Alquilabenzeno (recalcitrantes)
• Formação de espuma
• Agrotóxicos (praguicidas, inseticidas, herbicidas)
• Organoclorados
• Organofosforados
• Fenóis
• Metais pesados
• Efluentes industriais, mineração, garimpo, agricultura, etc…
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Qualidade da Água – Conceitos
CONCLUSÃO
“A boa (ou má) qualidade da água é função dos
usos que sejam exercidos”
Processo
Industrial
Comunidade
Aquática Abastecimento
Público
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USOS DA ÁGUA: CRITÉRIOS E PADRÕES
1. CRITÉRIOS DE QUALIDADE
Critérios: São requisitos científicos que uma água deve
apresentar para ser aplicada a um determinado fim.
Parâmetros Cada uso Determina diferentes requisitos
Níveis
(Concentração)
-Diferem de uso para uso
-Dependem do uso e variam no número e níveis (conc.) dos
parâmetros á serem considerados.
Água
FIM (uso)
Exemplo:
Familiar: Doméstico (Bebida, piscina, pesca, recreação)
Industrial: limpeza, resfriamento, sistemas de geração de vapor.
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USOS DA ÁGUA: CRITÉRIOS E PADRÕES
PADRÕES: são formas de exigências legais dos critérios
estudados e fixados através de um dispositivo
(Legal).
Padrões regulam portanto a qualidade da água:
- antes de ser usada satisfatoriamente;
- depois quando ela deve ser lançada de volta ao ambiente
3. PADRÕES DE QUALIDADE DE ÁGUAS
Existem
- Padrões de qualidade gerais e específicos
- Padrões de aceitação (Resolução 357)
- Padrões de utilização (Potabilidade – Portaria 518/2004)
- Padrões rígidos e flexíveis
- Padrões para todas atividades (Agrícola, Industria, etc.)
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USOS DA ÁGUA: CRITÉRIOS E PADRÕES
3. PADRÕES DE QUALIDADE DE ÁGUAS
PADRÃO 1
ANÁLISES E
EXAMES AMOSTRAGEM CONDICIONAMENTO
(TRATAMENTO)
ANÁLISES E
EXAMES
PADRÃO 2
USO
FLUXOGRAMA DE UTILIZAÇÃO DA ÁGUA
PADRÃO 1: RESOLUÇÃO 357/2005 CONAMA
PADRÃO 2: POTABILIDADE (Portaria 518)
MANANCIAL
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RESOLUÇÃO n. 357, 17 de Março de 2005
“Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes, e dá outras providências“
40
2. Resolução 357/05 – CONAMA: Classificação da águas
CONSIDERANDO
- a C. F. e a legislação vigente;
- que a água integra as preocupações com o Desenvolvimento Sustentável:
função ecológica de propriedade, prevenção, precaução; poluidor-pagador,
usuário-pagador, valor intrínseco, etc.
- o controle dos lançamentos, proibição dos nocivos ou perigosos aos
seres (CF – 1981);
- a Convenção de Estocolmo. (Sobre Poluentes Orgânicos Persistentes
(POPs));
- a classificação das águas essencial à defesa dos níveis de qualidade (e
suas avaliações) para os vários usos;
- que o enquadramento dos corpos de água, baseado
não no seu estado atual, mas nos níveis para atender as
necessidades das comunidades;
INTRODUÇÃO
41
2. Resolução 357/05 – CONAMA
Definições
- Águas Doces Salinidade; igual ou inferior a 0,05%
- Águas Salobras Salinidade: 0,05% < SAL < 3%
- Águas Salinas Salinidade: > 3%
INTRODUÇÃO
O Capítulo I:
“Das Definições” conceitua várias termos definindo-os seguindo
suas aplicações à Resolução.
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Classificação: Função dos usos preponderantes
São Classificadas em 13 classes levando-se em conta os usos.
Ex.: Abastecimento público: Classes especial, 1,2,3
- ÁGUAS DOCES: Classes Especial, 1,2,3,4
- ÁGUAS SALINAS: Classes Especial, 1,2,3
- ÁGUAS SALOBRAS: Classes Especial, 1,2,3
NOTA: AS CLASSES ESPECIAIS REFEREM-SE A ÁGUAS COM
DESTINAÇÕES ESPECÍFICAS (VER RESOLUÇÃO:
ÁGUAS QUE SE DESTINAM)
2. Resolução 357/05 – CONAMA
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS ( CAPÍTULO II)
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2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA
a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
b) à preservação do equilíbio natural das comunidades aquáticas; e,
c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de
conservação de proteção integral.
2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰)
I - Classe Especial - águas destinadas:
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2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA
2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰)
II - Classe 1 - águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esquiaquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA 274/00;
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e.
e) à proteção das comunidades aquáticas em terras Indígenas.
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2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA
2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰)
III - Classe 2 - águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esquiaquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA 274/00;
d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e,
e) à aquicultura e à atividade de pesca.
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2. RESOLUÇÃO 357/05 - CONAMA
2.1 Classificação: Águas Doces (Salinidade < 0,5 ‰)
IV - Classe 3 - águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado;
b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) à pesca amadora;
d) à recreação de contato secundário; e,
e) à dessedentação de animais.
V - Classe 4 - águas que podem ser destinadas:
a) à navegação; e.
b) à harmonia paisagística.
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Qualidade da Água dos Cursos d’Água
Abastecimento Público
Após tratamento convencional CLASSES 2 e 3
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Valores Limites dos parâmetros de qualidade
CLASSE DO RIO 1 2 3 4
Resolução CONAMAn° 357/05(Condições/Padrões)
Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17
Conama 274/00
(recreação)
Conama 274/00
(recreação)
2500/100 mL(recreação de
contatosecundário)
200/100 mL(demais usos)
1000/100 mL(demais usos)
1000/100 mL(dessedentação
de animais)
4000/100 mL(demais usos)
Coliformestermotolerantes
E.coli – valor acritério do ór-gão ambiental)
E.coli – valor acritério do ór-gão ambiental)
E.coli – valor acritério do ór-gão ambiental)
-
DBO5,20 (mg/L O2) 3,0 5,0 10,0 -
OD (mg/L O2) 6,0 5,0 4,0 2,0
Turbidez (UNT) 40,0 100,0 100,0 -
Cor verdadeira(mg Pt/L) Natural Natural 75,0 -
pH 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0
50
CLASSE DO RIO 1 2 3 4
Resolução CONAMAn° 357/05(Condições/Padrões)
Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17
Padrões / Parâmetros
Clorofila a (g/L) 10,0 30,0 60,0 -
20.000,0cel/mL
50.000,0cel/mL
100.000,0cel/mL
-Densidade decianobactéria
2,0 mm3/L 5,0 mm3/L 10,0 mm3/L -
Sólidos dissolvidostotais (mg/L)
500,0 500,0 500,0 -
Padrões / Parâmetros Inorgânicos
Alumínio dissolvido(mg/L Al)
0,1 0,1 0,2 -
Antimônio (mg/L Sb) 0,005 0,005 - -
0,01 0,01Arsênio total (mg/L As)
0,14 g/L (1) 0,14 g/L (1)0,033 -
Valores Limites dos parâmetros de qualidade
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Valores Limites dos parâmetros de qualidade
CLASSE DO RIO 1 2 3 4
Resolução CONAMAn° 357/05
(Condições/Padrões)
Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17
Crômio total (mg/L Cr) 0,05 0,05 0,05 -
Ferro dissolvido (mg/L Fe) 0,3 0,3 5,0 -
Fluoreto total (mg/L F) 1,4 1,4 1,4 -
Fósforo total (ambientelêntico) (mg/L P)
0,020 0,030 0,05 -
Fósforo total (ambiente
intermediário, comtempo de residência
entre 2 e 40 dias, etributários diretos de
ambiente lêntico)(mg/L P)
0,025 0,050 0,075 -
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CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS SEGUNDO A NBR 12216- DA
ABNT
Tipo A: águas superficiais ou subterrâneas provenientes de
bacias sanitariamente protegidas e que atendem ao padrão de
potabilidade, sendo requeridas apenas desinfecção e correção de pH;
Tipo B: águas superficiais ou subterrâneas provenientes de
bacias não protegidas e que atendem ao padrão de potabilidade por
meio de tecnologia de tratamento que não exija coagulação química;
Tipo C: águas superficiais ou subterrâneas provenientes de
bacias não protegidas e que exigem tecnologias com coagulação para
atender ao padrão de potabilidade;
Tipo D: águas superficiais ou subterrâneas provenientes de
bacias não protegidas, sujeitas à poluição, e que requerem tratamentos
especiais para atender ao padrão de potabilidade;
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Padrões de Qualidade de água x processos de tratamento
NBR 12216 – ABNT (Respeitados os padrões de potabilidade – Portaria 518 – MS)
D: desinfecção
S/T: sem tratamento
TCC: tratamento de convencional
TE: tratamento especial
Característica Tipo de Água
A B C D
DBO5 (mg/L) méd. <1,5 1,5-2,5 2,5-4,0 >4,0
máx. 3,0 4,0 6,0 >6,0
Coliformes Totais
Média mensal (NMP/100mL) 50-100 100-5000 5000-20000 >20x
103
Máximo (NMP/100mL) <100 <5000 <20000 -
pH 5-9 5-9 5-9 3,8 -10,3
Cloretos (mg/L) <50 50-250 250-600 >600
Fluoretos (mg/L) <1,5 1,5-3,0 >3,0 -
Tratamento D s/TQ TC TE
54
Qualidade e Tratamento de Águas para Abastecimento
Conceito de Tratamento Adequação da qualidade da
água para a utilização para abastecimento público
Grau de Tratamento Função da finalidade da água e
da qualidade original da água proveniente do manancial
Objetivo do Tratamento Água Potável (não pura)
Conceito de Potabilidade:
• Proteção da saúde pública
• Evitar objeções ao consumo (propriedades organolépticas)
• Questão econômica
Padrões de Potabilidade Define requisitos a serem
atendidos PARÂMETROS DE POTABILIDADE
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•Decreto n.º 79.367, de 09 de março de 1977: Estabelece a
competência do Ministério da Saúde sobre o controle da qualidade de
água para consumo humano.
•Portaria nº 036, de 19 de janeiro de 1990: Aprova normas e o
padrão de potabilidade da água destinada ao consumo humano.
•Portaria n.º 1469, de 29 de dezembro de 2000: Estabelece os
procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade.
•Portaria n.º 518, de 25 de março de 2004: Estabelece os
procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade, e dá outras providências.
•Portaria MS n.º 2914, de 12/12/2011 – Altera e revoga a Portaria 518
Marco Legal
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Portaria n.º 2914, de 12 de dezembro de 2011
“Estabelece os procedimentos e
responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá
outras providências“
58
Portaria n. 2914/2011
Turbidez – Característica que reflete o grau de transparência da água; a legislação exige
que todas as amostras atendam ao padrão.
Cor Aparente– Característica que mede o grau de coloração da água; a legislação exige
que todas as amostras atendam ao padrão.
Cloro residual livre – Indica a quantidade de cloro presente na rede de distribuição,
adicionado no processo de desinfecção da água; a legislação exige que todas as amostras
atendam ao padrão.
Flúor – Adicionado à água para a prevenção da cárie dentária; a legislação exige que
todas as amostras atendam ao padrão.
Coliformes totais - Indicador de presença de bactérias na água e não necessariamente
problemas para a saúde, bactérias do grupo coliforme pertence aos gêneros Escherichia,
Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários outros gêneros e espécies pertençam
ao grupo.
E. coli - considerada o mais específico indicador de contaminação fecal recente e de
eventual presença de organismos patogênicos.
Definição das principais variáveis