Sistemas de informação em saúde

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Sistema de Informação em Saúde

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Sistema de Informação em Saúde (SIS)

Sistema: é um conjunto integrado de partes que se articulam para uma finalidade comum. Um princípio organizador do conhecimento, tanto na área básica quanto em várias especialidades.

Informação: é o resultado da combinação de vários dados, que são trabalhados, organizados e interpretados, agregando dessa forma valor adicional para além do fato primário.

Sistema de Informação: são os vários elementos ligados à coleta, armazenamento e processamento de dados e a difusão de informações. Inclui desde materiais de registro (prontuários, formulários) a tabelas e gráficos de resumo, passando por todos os recursos utilizados para transformá-los e analisá-los, incluindo os computadores.

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Sistema de Informação em Saúde no Brasil

Os maiores avanços foram alcançados a partir dos anos 90, com a implantação e acesso a bancos de dados nacionais com informações sobre nascimentos, óbitos, doenças de notificação, atenção básica, imunizações, produção de procedimentos ambulatoriais, atendimento de alto custo, hospitalizações, estabelecimentos de saúde e orçamentos públicos.

Além disso, houve progressos no acesso às informações demográficas e socioeconômicas coletadas e processadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que são necessárias para contextualizar os dados de saúde.

Os bancos de dados do sistema de informação representam fontes importantes que podem ser utilizados rotineiramente em estudos epidemiológicos, na vigilância, pesquisa e na avaliação de programas e serviços de saúde.

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Sistema de Informação em Saúde (SIS)

É um mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação, necessária para planejar, organizar, operar e avaliar serviços de saúde em determinadas áreas e momentos (OMS, 2009).

As informações em saúde são consideradas a mola propulsora para as tomadas de decisões em ações de atenção e assistência em saúde.

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Sistema de Informação em Saúde (SIS)

Uma vez elaborado o Plano de Intervenção, as informações em saúde ainda são extremamente úteis, pois agora, monitorarão e acompanharão a execução do planejamento ora implementado.

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A informatização das atividades do SUS é essencial para a descentralização das atividades de saúde e viabilização do Controle Social sobre a utilização dos recursos disponíveis.

Na organização das ações e serviços de saúde, as informações criam a possibilidade de se compreender a realidade, os principais problemas e necessidades da população.

Sistema de Informação em Saúde (SIS)

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Quem utilizará as informações?

Gestores. Profissionais de saúde. Usuários.

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Como fazer?

Primeiro através de levantamentos epidemiológicos primários.

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Como fazer?

Depois buscar os dados de anos passados para comparações ou possíveis correlações.

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Classificação das informações de saúde quanto à sua natureza

Sistema de informação estatístico-epidemiológico

Sistemas de informações clínicas

Sistema de informações administrativas

Mortalidade e suas causas determinantes

Identificação do paciente, medicamentos prescritos, história médica

Controle de estoque de materiais

Morbidade da população e o conhecimento da demanda pelos serviços

Exames clínicos Gestão financeira e folha de pagamento

Aspectos sociais, econômicos e demográficos

Exames laboratoriais

Manutenção de equipamentos e estrutura

Acesso aos serviços de qualidade e satisfação do usuário

Exames radiológicos

Capacidade instalada

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Processo de produção das informações em saúde

Fonte dos

Dados

Coleta dos

Dados

Controle de

Qualidade dos Dados

Transformação dos

Dados em Informação

Organização de um Banco de

Dados

Apresentação dos Dados

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Fonte de dados:

Que tipo de informação queremos produzir?

Fonte de dados mais apropriadas com registro de ocorrência dos eventos (Hospitais, escolas,

asilos, unidades básicas de saúde etc.)

Processo de produção das informações em saúde

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Coleta dos dados:- Registro de óbitos cartório de

registro civil e na SMS (Departamento de Epidemiologia).

- Registro de hospitalização hospitais e SMS (Autorização de Internação Hospitalar- AIH).

- Registro de morbidade prontuários e SIA(Sistema de Informação Ambulatorial) e SIAB (Sistema de Informação de Atenção Básica).

Processo de produção das informações em saúde

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Controle de Qualidade dos dados:- Muito importante na análise da

veracidade dos dados coletados.

- Ocorre subnotificação do evento.

- Qualidade do atestado de óbito em relação ao seu fator causal.

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Transformação dos dados em informação:

- Uma vez coletados esses dados, caberá à equipe responsável processá-los de forma que representem uma frequência de eventos relativos ou absolutos, ou seja, esses dados podem descrever a ocorrência de eventos em função de uma parcela da população ou em função da população como um todo.

Processo de produção das informações em saúde

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Organização de um banco de dados: - tem a capacidade de coligir um número

amplo de registros, armazená-los e recuperá-los.

- ao se trabalhar com banco de dados, é fundamental que se conheça os arquivos que o constitui, assim como a estrutura dos mesmos (nome, descrição, tipos e tamanhos dos campos que compõe o arquivo, que costumam ser apresentados em um documento denominado “Dicionário de Dados”.

Processo de produção das informações em saúde

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Apresentação dos dados: - Os dados em geral são apresentados por

meio dos índices e indicadores em saúde, que não refletem uma mesma situação.

- Índices são utilizados para expressar dados que reportam mais de um evento em estudo.

Ex.: IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), baseando-se em três diferentes eventos – alfabetização, riqueza e esperança de vida.

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Apresentação dos dados: - Indicadores apresentam dados que analisam a

ocorrência de apenas um evento. - No Brasil, os indicadores em saúde estão disponíveis

para acesso público na internet, no site do DATASUS, na seção “indicadores e dados básicos”.

Ex.:• Indicadores demográficos (população total, razão de

gêneros, grau de urbanização etc).• Indicadores sócio-econômicos (taxa de

analfabetismo, níveis de escolaridade, produto interno bruto etc).

• Indicadores de mortalidade (taxa de mortalidade infantil, taxa de mortalidade perinatal, taxa de mortalidade por causa específica etc).

• Indicadores de morbidade e fatores de risco (sarampo, difteria, coqueluche etc).

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Sistemas Nacionais de Informações em Saúde

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Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)

Tem por objetivo coletar e processar dados sobre doenças e agravos de notificação em todo o território nacional, desde o nível local até o nacional.

Gera um banco de dados epidemiológicos, que fornece informações sobre a incidência, prevalência e letalidade de um conjunto de doenças e agravos que constam da lista de notificação compulsória, mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde de importância regional.

A entrada de dados é feita a partir de formulários padronizados, destacando-se a Ficha Individual de Notificação (FIN) e a Ficha Individual de Investigação (FII).

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Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)

Utiliza a Declaração de Óbito (DO) como instrumento padronizado de coleta de dados, de responsabilidade médica e registrada junto ao cartório de registro civil e consolidada na SMS para alimentar o banco de dados do governo.

A DO é impressa em três vias coloridas, cuja emissão e distribuição para os estados, em série pré-numeradas, é de competência exclusiva do Ministério da Saúde.

O SIM constitui importante elemento para o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, tanto como fonte primária de dados, quando há falhas de registro de casos no SINAN, quanto como fonte complementar, por também dispor de informações sobre as características de pessoas, tempo e lugar, assistência prestada ao paciente, causas básicas e associadas de óbito.

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Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC)

Inclui dados sobre a gravidez, parto e condições da criança ao nascer.

O seu documento básico é a Declaração de Nascidos vivos (DN), padronizada nacionalmente.

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Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS)

Foi concebido com o propósito de operar o sistema de pagamento de internação dos hospitais contratados pelo Ministério da Previdência. Posteriormente, foi estendido aos hospitais filantrópicos, universitários e de ensino e aos hospitais públicos municipais, estaduais e federais.

Reúne informações de cerca de 70% das internações hospitalares realizadas no país, tratando-se, portanto, de fonte relevante sobre as enfermidades que requerem internação, e de grande importância para o conhecimento da situação de saúde e gestão de serviços.

Seu instrumento de coleta de dados é a Autorização de Internação Hospitalar (AIH), que contém, entre outros, os dados de diagnóstico de internação e alta, idade e sexo do paciente, tempo e local das hospitalizações, procedimentos realizados, valores pagos e dados cadastrais das unidades de saúde.

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Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA-SUS)

Tem como objetivo o controle da produção ambulatorial, não trazendo informações individualizadas, fornecendo apenas o número de procedimentos ambulatoriais por grupos.

A principal fonte é o boletim de produção ambulatorial (BPA).

Estes dados revelam o perfil de morbidade da área assistida, como também elaborar estratégia de promoção, educação e recuperação da saúde específicas para determinadas localidades.

Cabe ressaltar que a cobertura desse sistema não é universal, abrangendo apenas a população que faz uso de serviços de saúde ligados ao SUS, públicos ou privados.

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www.datasus.gov.br/idb

O DATASUS disponibiliza informações que podem servir para subsidiar  análises objetivas da situação sanitária, tomadas de decisão baseadas em evidências e elaboração de programas de ações de saúde.

A cada ano o Ministério da Saúde publica informações atualizadas de todos estes indicadores para os estados e regiões brasileiras, servindo de ferramenta de análise de gestão.

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Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB)

O SIAB é um sistema desenvolvido pelo DATASUS em 1998, cujo objetivo é agregar, armazenar e processar as informações relacionadas à Atenção Básica (AB) usando como estratégia central a Estratégia de Saúde da Família (ESF).

É uma ferramenta excelente para trabalhar a saúde pública no Brasil, devido ao seu caráter territorializado, seu escopo de informações sanitárias e sóciodemográficas, e a frequência de atualização dos dados mensais feita pelos ACS que possibilita melhor conhecimento da realidade na comunidade, abrangendo dados coletados no âmbito domiciliar e nas Unidades Básicas de Saúde.

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Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB)

Componentes de SIAB

Dados produzidos

Ficha A Dados cadastrais das famílias adscritas ao programa, referentes ao número de pessoas em cada microárea, tipo de moradia, situação sanitária de esgoto e água potável, coleta de lixo, idade, gênero

Ficha B Programas de acompanhamento especiais, como gestantes, hanseníase, diabetes, hipertensão e tuberculose

Ficha C Contém dados oriundos de acompanhamento de crianças nascidas na área adscrita

Ficha D Refere-se à ficha de procedimentos e atendimentos realizados pela ESF

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dab.saude.gov.br/portaldab/siab.php

Criado como instrumento gerencial dos sistemas locais em saúde.

Caracteriza-se por descrever a realidade sócioeconômica, sinalizar a situação de adoecimento e morte da população, avaliar a adequação dos serviços e ações de saúde, além de contribuir para o monitoramento da condição de saúde em áreas geográficas definidas no âmbito da equipe de saúde da família.

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Uso do SIS para a pesquisa

Vantagens Desvantagens

Ampla cobertura populacional

Falta de padronização na coleta de dados

Baixo custo para a coleta das informações

Falta de informação que pode ser importante para análises de interesse (desfecho, explicativas, mediadores, de confusão ou modificadoras de efeitos)

Facilidade para o segmento longitudinal

Defasagem entre o evento de interesse e a disponibilidade dos dados para análise

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Hierarquia das informações em Saúde

Bairros e ESF

Municípios/SMS

Estados – Programas Estaduais/SES

Federação – Programas Nacionais/MS

Organização das Nações Unidas/OMS

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Planejar Políticas de Saúde

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Referências

Municípios/SMS

Estados – Programas Estaduais/SES

Federação – Programas Nacionais/MS

Organização das Nações Unidas/OMS

PEREIRA, Antônio Carlos et al. Tratado de saúde coletiva. Nova Odessa: Napoleão, 2009.

ALMEIDA FILHO , N. ROUQUAYROL, M.Z. Introdução à epidemiologia. 4 ed. Guanabara Koogan, 2006.

www.datasus.gov.br/idb

www.dab.saude.gov.br