SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO E...
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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO
(Bacharelado)
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE SITES
UTILIZANDO A ISO/IEC 9126.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SUBMETIDO À UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU PARA A OBTENÇÃO DOS CRÉDITOS NA
DISCIPLINA COM NOME EQUIVALENTE NO CURSO DE CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO – BACHARELADO
PIETRO CARLO PALADINI SOBRINHO
BLUMENAU, NOVEMBRO/2002
2002/2-52
ii
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE SITES
UTILIZANDO A ISO/IEC 9126.
PIETRO CARLO PALADINI SOBRINHO
ESTE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO, FOI JULGADO ADEQUADO PARA A OBTENÇÃO DOS CRÉDITOS NA DISCIPLINA DE TRABALHO DE
CONCLUSÃO DE CURSO OBRIGATÓRIA PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE:
BACHAREL EM CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO
Prof. Dr. Oscar Dalfovo – Orientador na FURB Prof. José Roque Voltolini da Silva – Coordenador do TCC
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Oscar Dalfovo – Orientador na FURB Prof. Maurício Capobianco Lopes Prof. Paulo Roberto Dias
iii
DEDICATÓRIA
À minha querida esposa Milene e minha
amada filha Giorgia.
iv
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador, Professor Dr. Oscar Dalfovo, que além do apoio e atenção em
todos os momentos, foi antes de mestre um amigo.
A minha família, Milene e Giorgia, que souberam entender os momentos de ausência
nessa fase tão importante de minha vida pessoal e profissional.
Aos professores e colegas que me ajudaram no decorrer do curso.
A Deus, que tem me dado sabedoria e saúde para superar todos os meus desafios.
v
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA........................................................................................................................iii
AGRADECIMENTOS ..............................................................................................................iv
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................viii
LISTA DE QUADROS ..............................................................................................................x
RESUMO ..................................................................................................................................xi
ABSTRACT .............................................................................................................................xii
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1
1.1 OBJETIVOS........................................................................................................................3
1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ..................................................................................3
2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO..........................................................................................5
2.1 SISTEMA DE PROCESSAMENTO DE TRANSAÇÕES (SIPT).....................................6
2.1.1 CICLO DE VIDA DA METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DE UM SIPT ..7
2.1.2 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO CICLO DE VIDA DE UM SIPT...............................7
3 QUALIDADE DE SOFTWARE...........................................................................................9
3.1 HISTÓRICO DA QUALIDADE DE SOFTWARE............................................................9
3.2 CONTROLE DA QUALIDADE DE SOFTWARE..........................................................10
3.3 NORMAS DE GARANTIA DA QUALIDADE ..............................................................10
3.4 QUALIDADE DO PRODUTO SOFTWARE – ISO/IEC 9126 .......................................11
3.4.1 DESCRIÇÃO DA NORMA ISO/IEC 9126 ...................................................................11
3.4.2 MÉTRICA DE SOFTWARE..........................................................................................13
3.4.2.1 MÉTRICAS EXTERNAS ............................................................................................13
3.4.2.2 MÉTRICAS INTERNAS .............................................................................................13
3.5 OS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DE SITES ..............................................................14
vi
3.6 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DEFINIDA NO SISTEMA DESSE TRABALHO
16
3.7 INTERNET........................................................................................................................22
3.7.1 APLICAÇÕES ................................................................................................................22
3.7.1.1 FTP - FILE TRANSFER PROTOCOL ..........................................................................23
3.7.1.2 IRC - INTERNET RELAY CHAT ..................................................................................23
3.7.1.3 CORREIO ELETRÔNICO...........................................................................................23
3.7.1.4 WEB - WORLD WIDE WEB ........................................................................................23
3.7.2 O SURGIMENTO DE UMA NOVA MÍDIA ................................................................24
3.7.3 NOVOS PROFISSIONAIS DA MÍDIA WEB...............................................................24
3.7.4 TIPOS DE MÍDIA WEB ................................................................................................26
4 TÉCNICAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS ...............................................................30
4.1 ANÁLISE ORIENTADA A OBJETOS............................................................................30
4.1.1 METODOLOGIA PARA ANÁLISE ORIENTADA A OBJETOS...............................30
4.1.2 UML – UNIFIED MODELING LANGUAGE ................................................................31
4.1.2.1 DIAGRAMA DE CASO DE USO...............................................................................31
4.1.2.2 DIAGRAMA DE CLASSE..........................................................................................33
4.1.2.3 DIAGRAMA DE INTERAÇÃO..................................................................................33
4.1.3 DICIONÁRIO DE DADOS............................................................................................34
4.1.4 RATIONAL ROSE .........................................................................................................34
4.2 ASP....................................................................................................................................35
4.3 BASE DE DADOS ACCESS............................................................................................36
4.4 HTML................................................................................................................................37
4.5 JAVA.................................................................................................................................37
5 DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA......................................39
5.1 APLICAÇÃO DO SIPT ....................................................................................................39
vii
5.2 ESPECIFICAÇÃO ............................................................................................................40
5.2.1 NARRATIVA DO PROBLEMA....................................................................................40
5.2.2 DIAGRAMA DE CASO DE USO .................................................................................41
5.2.3 DIAGRAMA DE CLASSE ............................................................................................42
5.2.4 DIAGRAMA DE SEQÜÊNCIA.....................................................................................43
5.2.5 DICIONÁRIO DE DADOS............................................................................................46
5.3 MODELO FÍSICO DA BASE DE DADOS .....................................................................48
5.4 IMPLEMENTAÇÃO ........................................................................................................48
5.5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................59
6 CONCLUSÕES ...................................................................................................................64
6.1 EXTENSÕES ....................................................................................................................65
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................66
8 ANEXO I .............................................................................................................................69
viii
LISTA DE FIGURAS Figura 1. Ciclo de Vida de um SIPT ..........................................................................................7
Figura 2. Árvore de características de qualidade de aplicações WEB. ....................................15
Figura 3. Diagrama de caso de uso...........................................................................................31
Figura 6. Ator ...........................................................................................................................32
Figura 7. Classe ........................................................................................................................32
Figura 8. Casos de Uso.............................................................................................................32
Figura 9. Mensagem síncrona...................................................................................................33
Figura 4. Diagrama de classe....................................................................................................33
Figura 5. Diagrama de seqüência .............................................................................................34
Figura 10. Modelo dos objetos ASP.........................................................................................36
Figura 11. Diagrama de casos de uso .......................................................................................41
Figura 12. Diagrama de classes ................................................................................................43
Figura 13. Diagrama de Seqüência – Cadastrar Usuário..........................................................44
Figura 14. Diagrama de Seqüência – Cadastrar Site ................................................................44
Figura 15. Diagrama de Seqüência – Responder Questionário ................................................45
Figura 16. Diagrama de Seqüência – Consultar Avaliação......................................................45
Figura 17. Diagrama de Seqüência – Consultar Estatística......................................................46
Figura 18. Diagrama de Seqüência – Cadastrar Grupo ............................................................46
Figura 19. Modelo físico da base de dados. .............................................................................48
Figura 20. Tela inicial do SIPT. ...............................................................................................49
Figura 21. Tela - Inclusão de site. ............................................................................................50
Figura 22. Tela - Perguntas.......................................................................................................50
Figura 23. Tela - Ajuda sobre as características e sub-características......................................51
ix
Figura 24. Caixa de diálogo de questionário incompleto. ........................................................51
Figura 25. Tela - Relatório de padrão de qualidade do site......................................................52
Figura 26. Tela - Dicas de qualidade........................................................................................52
Figura 27. Tela - Tabela de sites avaliados com estatística de acesso......................................53
Figura 28. Tela - Estatísticas de padrão de qualidade. .............................................................54
Figura 29. Gráfico estatístico da sub-característica..................................................................54
Figura 30. Gráfico estatístico da sub-característica..................................................................55
Figura 31. Tela de manutenção do usuário...............................................................................55
Figura 32. Tela de manutenção dos grupos. .............................................................................56
Figura 33. Tela de cadastramento de um novo grupo...............................................................56
Figura 34. Formulário de criação de e-mail de convite............................................................57
Figura 35. Tela de manutenção de perguntas e dicas...............................................................57
Figura 36. Formulário de alteração de perguntas e dicas. ........................................................58
Figura 37. Manutenção dos sites avaliados. .............................................................................58
Figura 38. Formulário de alteração do site. ..............................................................................59
Figura 39. Gráfico estatístico de Interoperabilidade. ...............................................................60
Figura 40. Gráfico estatístico de Tolerância à falhas. ..............................................................62
Figura 41. Gráfico estatístico de Recuperabilidade..................................................................62
Figura 42. Gráfico estatístico de Precisão. ...............................................................................63
Figura 43. Gráfico estatístico de Conformidade.......................................................................63
x
LISTA DE QUADROS QUADRO 1. DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO CICLO DE VIDA DE UM SIPT. .................8
QUADRO 2. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DO PRODUTO SOFTWARE. ......................9
QUADRO 3: CARACTERÍSTICAS E SUB-CARACT. DA NORMA ISO/IEC 9126 ..........12
QUADRO 4. PERGUNTAS ELABORADAS PARA AS 6 CARACTERÍSTICAS E 22 SUB-
CARACTERÍSTICAS DE QUALIDADE DE SITES. ............................................................17
QUADRO 5. DICAS APRESENTADAS PARA MELHORIA DO PADRÃO DE
QUALIDADE DO SITE...........................................................................................................19
QUADRO 6. APRESENTAÇÃO DOS CASOS DE USO ......................................................42
QUADRO 7. LISTA DE CAMPOS DAS TABELAS.............................................................47
QUADRO 8. ESTATÍSTICA DE QUALIDADE DE SITES DE NOSSA REGIÃO. .............59
QUADRO 9. CÓDIGO DE PASSAGEM DAS VARIÁVEIS PARA A PÁGINA
GRAFICOS.ASP – PÁGINA ESTATICAS.ASP. ...................................................................61
QUADRO 10. CÓDIGO PARA GERAÇÃO DOS GRÁFICOS – PÁGINA
GRAFICOS.ASP. .....................................................................................................................61
xi
RESUMO
Esse trabalho tem por objetivo apresentar um Sistema de Processamento de
Transações (SIPT) para auxiliar o desenvolvimento e avaliação de sites baseados na norma de
qualidade do produto software ISO/IEC 9126. O SIPT permitirá o cadastro de sites e
fornecerá um questionário para avaliação do mesmo. De acordo com as respostas, o sistema
fornecerá um relatório com as sub-características da qualidade que estão fora do padrão,
permitindo que o usuário acesse dicas para melhorar essas sub-características. O sistema
também gerará em forma de gráficos uma estatística de comparação entre os sites avaliados,
mostrando quais sub-características de qualidade são menos e mais cuidadas no
desenvolvimento. Na análise do modelo foram utilizadas algumas etapas da metodologia
orientada a objetos – UML, e para a implementação utilizou-se HTML, o conceito de
programação Active Server Pages – ASP utilizando Visual Basic Script e a linguagem de
programação Java.
xii
ABSTRACT
This work objective is to develop a Transaction Processing System (TPS) to aid the
sites devolopement and valuation based ond pattern of quality of product software ISO/IEC
9126. The TPS, will allow the register of sites and will provide a questionaire for valutiation
to the same. According to the replies, the system will alow a report with sub-characteristcs of
quality are off-pattern, allowing that user acesses suggestions to improve these sub-
characteristcs. The system also will generate in form of graph a statistics of comparison
between the sites valued, indicating which sub-characteristcs of quality are less or more attend
in development. In the patthern analasys some stages of methodology for object-oriented,
Unified Modeling Language (UML) where used and the implement used HTML, the
conception of programming Active Server Pages (ASP) using Visual Basic Script and the
programming language Java.
1
1 INTRODUÇÃO
Os Sistemas de Informação (SI) são tipos especializados de sistemas, utilizados de
forma cada vez mais intensa por executivos e demais pessoas participantes de processos
decisórios, no exercício de funções de planejamento, organização, direção e controle na
gestão empresarial. De acordo com Dalfovo (2001), pode ser definido SI como um conjunto
de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e
armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um
mecanismo de feedback. Os SI foram divididos de acordo com as funções administrativas,
que, a mercê de suas características próprias, foram tratadas de forma individualizada, entre
os quais encontra-se: a) Sistema de Informação para Executivos (EIS); b) Sistema de
Informação Gerencial (SIG); c) Sistema de Informação de Suporte à Tomada de Decisão
(SSTD); d) Sistema de Suporte às Transações Operacionais (SSTO); e) Sistema de Suporte a
Tomada de Decisão por Grupos (SSTDG); f) Sistema de Informação de Tarefas
Especializadas (SITE); g) Sistema de Automação de Escritórios (SIAE); h) Sistema de
Informação Estratégico para o Gerenciamento Operacional (SIEGO); e i) Sistema de
Processamento de Transações (SIPT). Para este trabalho foi utilizado o SIPT.
Dentre as divisões de SI, o Sistema de Processamento de Transações (SIPT) é o que
melhor caracteriza a proposta deste trabalho. O SIPT é um Sistema de Informação em nível
operacional que tem como função monitorar as atividades elementares e transacionais da
organização. Neste caso, é o que melhor se aplica, pois a qualidade é característica elementar
num site.
Num site uma página é o nome dado na internet a um tipo especial de documento
projetado para ser exibido em um software denominado navegador, programa capaz de
interpretá-lo. Ao conjunto de páginas pertencentes a uma empresa, organização, instituição ou
uma pessoa física; denomina-se Site. A página principal de um site em que há opções que
direcionam a todas as outras páginas oferecidas chama-se home page (página inicial), a
primeira página acessada em um site (localidade). De acordo com Ellsworth (1997) a World
Wide Web (WWW) ou simplesmente denominado WEB, (maior rede de comunicação do
mundo), é uma grande rede de documentos conectados uns aos outros; um conjunto de
protocolos que definem como o sistema funciona e transfere os dados; um grupo de
convenções e uma estrutura de softwares que a opera. Seu início foi no Laboratório Europeu
2
de Física de Partículas como uma forma de construir um sistema capaz de utilizar técnicas de
hipertexto (linguagem que possibilita a leitura não-linear de textos) e multimídia (utilização
de imagens, sons e filmes). A WEB é apenas uma parte da Internet, a que mais se difunde,
visto que incorpora o setor comercial que é o que mais rapidamente se desenvolve.
Existe um problema, muitos são os sites que hoje estão na internet sem um conteúdo
fidedigno. Além dos sites com conteúdo impróprio também existem sistemas e aplicações que
executam no ambiente WEB. Todo este conjunto de informações que forma esta mídia está
ficando cada vez mais acessível e fácil de ser publicada, apresentando uma série de problemas
relacionados à qualidade das páginas e aplicativos encontrados.
Em poucos minutos de acesso à internet encontram-se páginas que não respeitam os
padrões mínimos de qualidade aceitáveis. Esta falta de padronização é com maior intensidade
nas páginas pessoais, que na maioria das vezes são elaboradas sem projetos. Acredita-se que
este é um dos maiores problemas: a falta de utilização de padrões da qualidade. O
desenvolvimento de um site pode requerer profissionais qualificados e especializados em
atividades distintas, e também uma diversidade de trabalhos exigidos na elaboração de:
editoração eletrônica, redação, programação e operação de arquivos WEB. Todos estes fatores
podem dificultar o trabalho na criação e conseqüentemente podem levar a uma possível falta
de qualidade no resultado.
Para que um site WEB seja desenvolvido dentro dos padrões da qualidade é necessário
seguir uma metodologia já conceituada, neste caso a ISO/IEC 9126 que melhor se aplica ao
desenvolvimento de sites e sistemas para a mídia WEB. A International Organization for
Standardization - Organização Internacional de Padrões (ISO) publicou normas que
representam a atual padronização mundial para a qualidade de produtos de software. A
ISO/IEC 9126 foi publicada em 1991, a qual é o conjunto de características que devem ser
verificadas em um software para que seja considerado um "software de qualidade". A norma é
dividida em seis grandes grupos de características: funcionalidade, confiabilidade,
usabilidade, performance, manutenibilidade e portabilidade, cada um dividido em algumas
sub-características.
No sistema proposto nesse trabalho os dados serão coletados através de um
questionário de informações sobre o site em desenvolvimento ou já publicado. Depois,
tomando como base a norma ISO/IEC 9126 o sistema processará essas respostas e verificará
3
se atendem a norma, efetuando a saída das informações em forma de relatório, das não
concordâncias da norma. Desta maneira fica caracterizado a utilização de Sistemas de
Informação, de acordo com a definição apresentada por Stair (1998).
Para se fazer uma análise de um site é necessário estar baseado em alguma ISO. Olsina
(1999a) sugere um método de avaliação derivado da ISO/IEC 9126 que consiste em cinco
etapas que são: definir as características de qualidades pertinentes, isto é, dos requisitos de
qualidade dos sites a serem avaliados a partir dos objetivos, fatores, sub-fatores e critérios
previamente definidos; definir os formulários de avaliação a partir dos critérios definidos;
seleção dos sites a serem avaliados; definir os procedimentos específicos para a realização das
avaliações e categorias de avaliadores; e definir como os resultados finais serão agregados
para se ter o julgamento final.
Por fim, este trabalho de TCC direciona para o desenvolvimento de Sistemas de
Informação para apoio ao desenvolvimento e avaliação de sites WEB utilizando a norma
ISO/IEC 9126. São comparados alguns sites da WEB através de formulários elaborados de
acordo com as normas sugeridas por Olsina (1999a).
1.1 OBJETIVOS
Dentro deste cenário, esse trabalho desenvolve Sistemas de Informação, mais
especificamente um SIPT, baseado na norma ISO/IEC 9126 para apoiar o desenvolvimento e
avaliação de sites para WEB.
Os objetivos específicos são:
a) aplicar o Sistema de Processamento de Transações para o apoio no
desenvolvimento e avaliação de sites WEB;
b) fazer a comparação no desenvolvimento do site utilizando a norma ISO/IEC 9126;
c) avaliar sites de acordo com as normas sugeridas por Olsina (1999a).
1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
O trabalho está organizado em cinco capítulos. O primeiro fornece uma introdução ao
trabalho desenvolvido, bem como seus objetivos e sua organização.
O segundo capítulo faz uma breve introdução aos sistemas de informação e detalha
sobre o SIPT - Sistema e Processamento de Transações que é o melhor aplicado ao objetivo
4
desse trabalho. Nesse capítulo, é exposto a metodologia de desenvolvimento de um sistema
SIPT.
O capítulo três trata de qualidade de software, suas normas e avaliações e uma
introdução sobre os conceitos de desenvolvimento de softwares e sites para a internet. Inicia
com um histórico da qualidade de software, depois é apresentado a Norma ISO/IEC 9126 que
é a norma mais utilizada para qualidade do produto software. Na seqüência são expostos os
processos de avaliação de um site e a metodologia que será empregada nesse trabalho para
avaliação de um site seguindo a norma ISO/IEC 9126. Por fim são apresentados os conceitos
de internet e suas aplicações, as novas mídias para WEB, tipos de sites e equipe envolvida na
criação de uma mídia WEB .
No capítulo 4 são apresentadas as ferramentas para desenvolvimento do sistema. A
análise do sistema encontra-se no capítulo cinco, com uma descrição mais completa do
objetivo do sistema e a descrição da implementação do SIPT.
No sexto capítulo está a conclusão do trabalho onde há um comentário sobre os
objetivos atingidos e uma reflexão para trabalhos futuros.
5
2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
De acordo com Oliveira (1992), a informação é o dado trabalhado que ajuda na
tomada de decisões. Numa organização devidamente estruturada nos diversos setores que a
compõem, é um recurso vital. A utilização de Sistemas de Informação (SI) tem como objetivo
principal facilitar a tomada de decisões em processos decisórios em qualquer nível e tamanho
de organização.
Os SI surgiram como uma forma de manter o executivo preparado, com visão
integrada de todas as áreas da empresa, poupando tempo e não exigindo especialização do
profissional em cada área da empresa.
Uma mudança na sociedade, a sociedade industrial passa para sociedade da
informação, em que o principal recurso não é mais o capital e, sim, a informação. A
responsável por essa mudança é a tecnologia da informação. Antes, para uma empresa ser
competitiva e mais forte, ela investia em qualidade de produtos para ser mais competitiva,
agora ela investe em informação, não abandonando a qualidade, mas enfocando mais a
informação em seus projetos.
De acordo com Dalfovo (2001), Os SI eficazes podem ter um impacto enorme na
estratégia corporativa e no sucesso organizacional, fazendo, assim o diferencial da empresa no
mercado. É necessário saber, antes de tudo, ao certo, a onde se quere chegar e o que
necessitam os Sistemas de Informação, para que possam ser bem elaborados e desenvolvidos,
tornando-se sistemas fundamentais e capacitados para tomada de decisões da empresa. Por
Stair (1998), feedback é a saída que é usada para fazer ajustes ou modificações de decisões a
atingirem as metas da organização.
Os SI podem ser divididos em quatro categorias, de acordo com o nível em que atuam:
a) SI em Nível Operacional – são os sistemas de informação que monitoram as
atividades elementares e transacionais da organização e têm, como propósito
principal, responder a questões de rotina e fluxo de transações como, por exemplo,
vendas, recibos, depósitos de dinheiro e folha. Estão inseridos dentro desta
categoria os sistemas de Processamento de Transações;
b) SI em Nível de Conhecimento – São os SI de suporte aos funcionários
especializados e de dados em uma organização. O propósito destes sistemas é
6
ajudar a integrar novos conhecimentos ao negocio e a controlar o fluxo de papéis,
que são os trabalhos burocráticos. Fazem parte desta categoria os Sistemas de
Informação de Tarefas Especializadas e os Sistemas de Automação de Escritórios;
c) SI em Nível Administrativo – São os sistemas de informação que suportam
monitoramento, controle, tomada de decisão e atividades administrativas de
administradores em nível médio. O propósito dos sistemas deste nível é controlar e
prover informações de rotina para a direção setorial. Os Sistemas de Informações
Gerenciais são um tipo de sistema que faz parte dessas categorias de sistemas;
d) SI em Nível Estratégico – São os sistemas de informação que suportam as
atividades de planejamento de longo prazo dos administradores seniores. Seu
propósito é compatibilizar mudanças no ambiente externo com as capacidades
organizacionais existentes.
Os SI foram divididos de acordo com as funções administrativas, que, a mercê de suas
características próprias, foram sendo tratadas de forma individualizada, resultando na criação
de vários sistemas para ajudar os executivos nos vários níveis hierárquicos, a tomarem
decisões. São eles:
a) Sistema de Informação para Executivos (EIS);
b) Sistema de Informação Gerencial (SIG);
c) Sistema de Informação de Suporte à Tomada de Decisão (SSTD);
d) Sistema de Suporte às Transações Operacionais (SSTO);
e) Sistema de Suporte à Tomada de Decisão por Grupos (SSTDG);
f) Sistema de Informação de Tarefas Especializadas (SITE);
g) Sistema de Automação de Escritórios (SIAE);
h) Sistema de Processamento de Transações (SIPT).
2.1 SISTEMA DE PROCESSAMENTO DE TRANSAÇÕES (SIPT)
O SIPT é um SI em nível operacional que tem como função monitorar as atividades
elementares e transacionais da organização. De acordo com Vianna (1992) é necessário que
no desenvolvimento de um SIPT o usuário acompanhe o desenvolvimento do sistema, desde a
definição até a implantação.
7
2.1.1 CICLO DE VIDA DA METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DE UM SIPT
De acordo com Vianna (1992) o ciclo de vida que define as macroatividades e a
seqüência de atividades a serem realizadas durante o desenvolvimento de um SIPT é uma
mesclagem entre o enfoque de prototipação e algumas atividades tradicionais da fase de
análise (figura 1).
Figura 1. Ciclo de Vida de um SIPT
Desenvolvimento de um Protótipo
Caracterização do Ambiente
Discussão e Avaliação do SIPT
Implantação do SIPT
Fonte: Vianna (1992)
2.1.2 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO CICLO DE VIDA DE UM SIPT
No quadro 1 são descritas as etapas do ciclo de vida do desenvolvimento de um SIPT,
subdivididos em objetivos, atividades e ferramentas urilizadas.
8
QUADRO 1. Descrição das etapas do ciclo de vida de um SIPT.
CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE
Objetivo Esta etapa vai definir a idéia do sistema. Qual sua finalidade, quem irá utilizar e quais informações são necessárias para seu desenvolvimento.
Atividades Definir o porque do desenvolvimento do SIPT, isto é, será utilizado como modelo de simulação (treinamento ou situação hipotética), terá um fim específico (ferramenta para apoiar o processo transacional). Definir quem irá utilizá-lo. O ambiente deve ter um estilo parecido ao do usuário. Definir a forma com que o usuário irá conversar com o sistema, diálogos. Isso pode ser feito por perguntas e respostas, menus e linguagens de comando. Definir quais e como serão capturados os dados que serviram de base para o sistema, e definir os modelos que proporcionam os recursos para análise do problema e conseqüente decisão.
Eta
pa 1
Ferramentas Utilizar MER, DFD, UML e outros.
DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO
Objetivo Redução no tempo de criação do sistema e maior garantia de sucesso.
Atividades Com a utilização de técnicas e ferramentas computacionais desenvolve-se um protótipo inicial do SIPT. E
tapa
2
Ferramentas Gerador de protótipos.
DISCUSSÃO E AVALIAÇÃO DO SIPT
Objetivo Refinamento e adequação às necessidades do usuário.
Atividades Analisar o SIPT. Verificar a existência de falhas e corrigí-las. Adaptar o SIPT cada vez mais as necessidades do usuário até que satisfaça por completo o objetivo proposto na etapa 1 da metodologia.
Eta
pa 3
Ferramentas Reunião entre analista e responsáveis pela criação do SIPT.
IMPLANTAÇÃO DO SIPT
Objetivo Capacitar o usuário na utilização do SIPT.
Atividades Treinar o usuário no manuseio do SIPT, e acompanhá-lo durante as primeiras interações. E
tapa
4
Ferramentas Simulações.
Fonte: Vianna (1992)
9
3 QUALIDADE DE SOFTWARE
Software com qualidade é o mesmo estar em conformidade com os requisitos dos
usuários, antecipação e satisfação dos desejos dos clientes, fazer o que está descrito no
manual que acompanha o produto. Quando há baixa qualidade no software, o problema pode
estar no software em si, mas na forma em que o mesmo é desenvolvido, ou seja sem seguir
regras, normas ou padrões. O software é visto como uma necessidade e não mais como um
incremento de tecnologia ou atividade. Hoje em dia são imensas as atividades que dependem
do correto funcionamento de software.
A baixa qualidade desse, pode provocar perdas incalculáveis em termos financeiros e
sociais para a população em geral. Nesse quadro fica claro a importância em avaliar a
qualidade do software, tanto ao decorrer do produto em desenvolvimento quanto do aplicativo
final.
Para que um software venha a competir no mercado o projeto deve ter relação custo-
benefício adequada e os produtos devem ser de alta qualidade. Além disso, a constante
melhoria na qualidade do software é essencial para que o desenvolvedor possa conquistar
novos clientes, e também manter os clientes de sua carteira.
3.1 HISTÓRICO DA QUALIDADE DE SOFTWARE
O assunto que refere-se a qualidade de software, com o decorrer dos anos, vem
aumentando (quadro 2).
QUADRO 2. Evolução da qualidade do produto software.
1950 A qualidade era vista simplesmente como uma verificação se o produto estava pronto.
1960 Incluída a atividade de testes.
1970 Inicia-se a verificação do cumprimento de normas definidas para as diversas atividades.
10
1980 O controle da qualidade de software é visualizado como uma atividade de todo o ciclo de vida do desenvolvimento do produto.
1990 A qualidade de software é considerada uma necessidade. Iniciou-se os primeiros trabalhos de publicação de normas da qualidade.
2000 Começa-se a verificar que a maioria dos softwares desenvolvidos não entra no mercado sem que passe por rigorosos testes para assegurar a qualidade dos mesmos.
Fonte: Silva (1999)
3.2 CONTROLE DA QUALIDADE DE SOFTWARE
O controle na qualidade do software é um conjunto planejado e sistemático de testes
de todas as situações necessárias para fornecer confiança adequada, da qual o produto está de
acordo com os requisitos técnicos estabelecidos.
Por Antonioni (1995), a utilização de sistemas de qualidade tem sido baseada,
geralmente, nas normas desenvolvidas pela International Organization for Standardization –
Organização Internacional de Padrões (ISO), denominadas de normas série ISO 9000.
3.3 NORMAS DE GARANTIA DA QUALIDADE
As normas da série ISO 9000 a gestão e garantia da qualidade representam uma
espécie de acordo de vários países para a normalização da qualidade de procedimentos. Essas
normas orientam na procura da melhoria da qualidade de produtos, serviços e relacionamento
entre clientes e fornecedores, através de diretrizes para a implementação de sistemas da
qualidade nas empresas de diversas atividades.
A sigla ISO origina-se de International Organization for Standardization, esse, um
grupo internacional de normas, situado em Genebra, Suíça, fundada em fevereiro de 1947.
Atualmente mais de noventa países fazem parte desse grupo, dentre eles, o Brasil é
representado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
A subdivisão da norma ISO 9000 que apresenta diretrizes para o desenvolvimento,
fornecimento e manutenção de software é a ISO 9000-3. Ela se espelha na ISO 9001 que pode
ser aplicada na produção de software, fazendo as necessárias adaptações.
11
3.4 QUALIDADE DO PRODUTO SOFTWARE – ISO/IEC 9126
A norma denominada ISO/IEC 9126 foi publicada em 1991 do conjunto da ISO e da
IEC – International Electrotechinical Comission, sendo uma das mais antigas na área de
qualidade de software já traduzida no Brasil em agosto de 1996 como NBR 13596. Estas
normas apresentam o conjunto de características que devem ser verificadas em um software
para que o mesmo seja considerado um software de qualidade conforme descrito no item a
seguir.
3.4.1 DESCRIÇÃO DA NORMA ISO/IEC 9126
A norma de qualidade ISO/IEC 9126 é representado por um desdobramento
hierárquico das características de qualidade do produto de software. Possui um primeiro nível
definido em seis características, um segundo nível de sub-características que em alguns casos
pode ser adaptado e o terceiro nível de desdobramento (atributos) que fica a critério do
avaliador.
As características abrangem todos os aspectos de qualidade de software, ou seja,
especifica qualquer requisito de qualidade. As características são seis através das quais podem
ser estabelecidas métricas para a qualidade do software, são elas:
a) Funcionalidade: mede as capacidades do software, o conjunto de funções
oferecidas ao usuário que satisfaça suas necessidades. Pode ser sub-dividida em:
Adequabilidade, Precisão, Conformidade, Interoperabilidade e Segurança.
b) Usabilidade: também denominada de Utilizabilidade. Avalia o esforço do usuário
na utilização e no aprendizado. É diretamente relacionado com a interface do
software e documentação. Pode ser sub-dividida em: Operabilidade,
Compreensibilidade e aprendizibilidade.
c) Confiabilidade: refere-se a capacidade do software em funcionar de acordo com a
sua especificação funcional. Preocupa-se com segurança na execução, falhas e
resultados corretos. Pode ser sub-dividida em: Maturidade, Recuperabilidade e
Tolerância à falhas.
d) Performance: verifica as características de desempenho, tempo de resposta e uso
eficaz de recursos do sistema. Pode ser sub-dividida em: Tempo de resposta,
Recursos do sistema e Acessos simultâneos.
12
e) Manutenibilidade: é a característica que mede o esforço necessário para fazer
modificações e correções no sistema. Pode ser sub-dividida em: Analisabilidade,
Modificabilidade, Estabilidade e Testabilidade.
f) Portabilidade: avalia basicamente o esforço necessário para se fazer a transferência
do sistema para outro ambiente, sistema ou plataforma. Pode ser sub-dividida em:
Adaptabilidade, Instalação, Substitubilidade e Conformidade.
O quadro 3 mostra as características e sub-características da ISO/IEC 9126 mais
utilizadas.
QUADRO 3: Características e sub-características da norma ISO/IEC 9126
Características Sub-Características Pergunta chave para a Sub-Características Adequabilidade Propõe-se a fazer o que é apropriado? Precisão Faz o que foi proposto de forma correta? Interoperabilidade Interage com os sistemas especificados? Conformidade Está de acordo com as normas, leis, etc.?
Funcionalidade (satisfaz as necessidades?)
Segurança de acesso Evita acesso não autorizado aos dados? Maturidade Com que freqüência apresenta falhas? Tolerância à falhas Ocorrendo falhas, como ele reage?
Confiabilidade (é imune a falhas?)
Recuperabilidade É capaz de recuperar dados em caso de falhas? Compreensibilidade É fácil de entender o conceito e a aplicação? Aprendizibilidade É fácil de aprender a usar?
Usabilidade (é fácil de usar?)
Operabilidade É fácil de operar e controlar? Acessos simultâneos Quantos usuários podem acessar o sistema ao
mesmo tempo. Tempo de resposta Qual é o tempo de resposta, a velocidade de
execução?
Performance (é rápido e “enxuto”)
Recursos Quanto recurso usa? Durante quanto tempo? Analisabilidade É fácil de encontrar uma falha, quando ocorre? Modificabilidade É fácil de modificar e adaptar? Estabilidade Há grande risco quando se faz alterações?
Manutenibilidade (é fácil de modificar)
Testabilidade É fácil de testar quando se faz alterações? Adaptabilidade É fácil adaptar a outros ambientes? Instalação É fácil de instalar em outros ambientes? Conformidade Está de acordo com padrões de portabilidade?
Portabilidade (é fácil de usar em outro ambiente)
Substitubilidade É fácil usar para substituir outro?
Fonte: Adaptado de Antonioni (1995) e Silva (1999)
13
3.4.2 MÉTRICA DE SOFTWARE
Existe uma área de estudos à parte dentro da qualidade de software denominada de
métricas de software. A função é definir, de forma precisa, como quantificar numericamente
uma determinada característica. Essas métricas estão definidas em externas e internas.
3.4.2.1 MÉTRICAS EXTERNAS
É uma escala quantitativa e o método que pode ser usado para medir uma
característica ou sub-característica do software independente do comportamento do sistema
que contém o software. Essa parte pode ser usada pelos desenvolvedores, avaliadores,
compradores e pelos usuários. Cada métrica pode ser aplicada para medição de uma
característica de qualidade, uma sub-característica ou um atributo externo de um produto de
software. Essas métricas externas, resumem-se na especificação de requerimentos da
qualidade, na avaliação de qualidade de produtos no teste final, e no teste de aceitação. Essa
métrica pode ser utilizada como referencia para o desenvolvimento de novas métricas, e para
pesquisas e estudos em geral.
3.4.2.2 MÉTRICAS INTERNAS
É uma escala quantitativa e o método que pode ser utilizado para medir diretamente
um atributo ou uma característica do software. Essa parte é especialmente útil para
desenvolvedores e alguns avaliadores que podem obter materiais internos tais como
especificações e código fonte.
Essa parte proporciona uma coleção de métricas internas e alguns guias para seu uso.
Cada métrica pode ser aplicável para medir um atributo interno do produto de software.
Também proporciona características internas e modelo da qualidade que mostram a relação
entre eles como um guia. Essa métrica é útil como definição dos objetos do projeto e revisão
de produtos intermediários, pode ser usada como referência para o desenvolvimento de
métricas novas, e para pesquisas gerais e estudos.
A documentação que padroniza as definições de características da qualidade e métricas
que são recomendadas para serem usadas na avaliação e especificação dos requisitos da
qualidade são encontradas na ISO/IEC 9126 / NBR 13596, disponíveis através do site da
Associação Brasileira de Normas Técnicas no endereço eletrônico: www.abnt.com.br para
maiores detalhes.
14
3.5 OS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DE SITES
É importante esclarecer que os processos de avaliação de sites não servem só para
verificar a qualidade dos sites que já se encontram na internet, mas também são utilizados
para avaliar as páginas, antes mesmo de serem publicadas. A avaliação é um processo
complexo, pois na internet não existem só páginas de documentos, mas também sistemas
complexos. Para cada um destes casos o sistema de avaliação é diferente.
No que se refere a qualidade de software WEB muitas coisas devem ser consideradas,
desde a interface, utilização de cores, fontes e textos até as questões de segurança e acesso.
De acordo com Lynch (1999) o projeto de um site deve ser centrado nos usuários em
potencial, buscando atender a suas expectativas. Estas são as características que devem ser
seguidas:
a) apoio a navegação, que forneça ao usuário confiança de que pode encontrar o que
está procurando sem perda de tempo;
b) acesso direto para possibilitar que o usuário encontre rapidamente as informações
desejadas;
c) eficiência, evitando longas esperas não toleradas pelos usuários;
d) simplicidade e consistência nas metáforas;
e) organização lógica do site que torne previsível ao usuário encontrar as informações
desejadas;
f) métodos consistentes de disponibilização que permitam ao usuário passar, com
facilidade, de páginas familiares a páginas não-familiares;
g) funcionalidade adequada, através de uma hierarquia de menus e páginas que seja
natural ao usuário e que não interfira no uso do site.
Considerando as características específicas da ISO/IEC 9126, Pressman (2000) mostra
uma parte desse conjunto na figura 2.
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Figura 2. Árvore de características de qualidade de aplicações WEB.
Entendimento global do site Feedback e help on-line
Características estéticas e de interface Características especiais
Usabilidade
Capacidade de busca e recuperação Características de navegação e browser
Características relacionadasao domínio da aplicação
Funcionalidade
Processamento correto de links Recuperação de erros
Validação e recuperação de input do usuário
Confiabilidade
Desempenho do tempo de resposta Velocidade da geração de páginas
Velocidade da geração de gráficos
Eficiência
Facilidade de correção Adaptabilidade
Extensibilidade
Manutenibilidade
Fonte: (Pressman, 2000)
Outro método de avaliação sugerido por Olsina (1999b) consiste em cinco etapas:
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a) definir as características de qualidades pertinentes, isto é, dos requisitos de
qualidade dos sites a serem avaliados a partir dos objetivos, fatores, sub-fatores e critérios
previamente definidos;
b) definir os formulários de avaliação a partir dos critérios definidos;
c) seleção dos sites a serem avaliados;
d) definir os procedimentos específicos para a realização das avaliações e categorias
de avaliadores;
e) definir como os resultados finais serão agregados para se ter o julgamento final.
3.6 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DEFINIDA NO SISTEMA DESSE TRABALHO
O método de avaliação usado no sistema desse trabalho, é baseado nas características e
sub-características da norma ISO/IEC 9126 (Quadro 2), na árvore de características de
qualidade de aplicações WEB proposta por Pressman (2000) (figura 2) e também pela
metodologia de questionário proposta por Olsina (1999b).
Pressman (2000) na sua árvore de características de qualidade de aplicações WEB
pegou as 6 características de qualidade de software definidas na ISO/IEC 9126, e adequou
suas sub-características para os sistemas de WEB que possuem algumas particularidades em
relação aos sistemas convencionais. Olsina (1999b) sugere em sua metodologia que seja
elaborado um questionário para avaliar um site.
Dentro desse conceito, uma equipe formada pelo autor desse TCC, o orientador desse
TCC e mais dois profissionais da área de desenvolvimento de softwares para WEB,
inicialmente, elaborou no mínimo 1 e no máximo 7 perguntas para cada sub-característica,
variando de acordo com a relevância em um site, totalizando 51 perguntas que abordam 22
sub-características. O sistema foi implementado para a qualquer momento incluir ou excluir
perguntas do banco de dados, deixando assim a possibilidade de ser mais ou menos
específico.
O quadro 4 a seguir mostra cada uma das 51 perguntas elaboradas para as 22 sub-
características da norma ISO/IEC 9126.
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QUADRO 4. PERGUNTAS ELABORADAS PARA AS 6 CARACTERÍSTICAS E 22 SUB-CARACTERÍSTICAS DE QUALIDADE DE SITES.
Funcionalidade – Precisão
1 - As informações estão organizadas de uma forma lógica? 2 - A homepage apresenta um sumário das informações que o site contém? 3 - As informações estão acessíveis, não precisando percorrer muitas páginas para encontrá-las? 4 - Possui links na página principal para as informações mais desejadas? 5 - O texto é apresentado na forma de itens? 6 - Os textos são curtos e diretos?
Funcionalidade – Interoperabilidade
1 - As informações podem ser impressas facilmente? 2 - A impressão é legível? 3 - O site possui opção de busca com resultados satisfatórios?
Funcionalidade - Conformidade
1 - As informações apresentam as fontes de onde foram retiradas? 2 - As informações são coerentes com o que existe na literatura? 3 - Os textos possuem o nome dos autores? 4 - A homepage possui uma quantidade adequada de informações, o que a faz não ser confusa? 5 - O título do site é significativo e está de acordo com o seu conteúdo?
Funcionalidade - Adequabilidade
1 - O site em todo seu conteúdo permanece dentro do domínio inicialmente proposto?
Funcionalidade - Segurança de acesso
1 - O site controla corretamente login e senha para seções restritas 2 - Existe verificação de expiração ou violação de seção de ambiente 3 - O sistema de comércio eletrônico é efetuado através de protocolo de segurança?
Usabilidade - Compreensibilidade
1 - Os títulos dos botões ajudam a navegação? 2 - As fontes utilizadas são legíveis? 3 - A formatação do texto utilizada facilita a leitura? 4 - É possível navegar pelo site sem visualizar as figuras no modo texto? 5 - São utilizados recursos de editoração para enfatizar e ressaltar partes do conteúdo?
Usabilidade - Aprendizibilidade
1 - O site possui uma seção de help para seções de entradas de dados e operações diferenciadas? 2 - A homepage informa a data da última atualização do site? 3 - O site possui um mapa com a organização de todo o seu conteúdo? 4 - Oferece um indicador de onde você se encontra no mapa do site?
Usabilidade - Operabilidade
1 - Fornece explicações sobre os componentes quando posicionamos o mouse? 2 - Se o site é muito abrangente, oferece na homepage uma opção para cada categoria de usuário? 3 - O site possui formulário automatizado para envio de mensagens? 4 - Para os textos muito grandes, a página fornece a opção de download?
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Performance - Acessos Simultâneos
1 - O servidor permite o acesso simultâneo de vários usuários, compatíveis com a visitação do site?
Performance - Tempo de resposta
1 - O tempo de espera para a página ser carregada é aceitável?
Performance – Recursos
1 - As imagens, os vídeos e os sons são utilizados de forma agradável? 2 - Os aplicativos executados a partir do site tiveram um bom desempenho?
Confiabilidade - Maturidade
1 - Os botões de navegação fazem o que esperamos?
Confiabilidade - Tolerância à falhas
1 - O site dá instruções de como agir em situação de erro? 2 - Em caso de erro, eles são tratados e informados claramente?
Confiabilidade - Recuperabilidade
1 - Existe um controle (validação) de entrada de dados nos formulários? 2 - Se houver erro em um formulário, ao voltar para a página anterior, as informações digitadas são
preservadas?
Portabilidade - Adaptabilidade
1 - O site funciona corretamente em outros browsers? 2 - O site funciona corretamente em ambiente Windows e Mac?
Portabilidade - Instalação
1 - Os arquivos de instalação de serviços específicos funcionam corretamente em diversos ambientes?
Portabilidade - Conformidade
1 - O sistema funciona em servidor Windows e Unix corretamente?
Portabilidade - Substitubilidade
1 - O sistema pode ser facilmente substituído por outro?
Manutenibilidade - Analisabilidade
1 - O sistema é fácil de ser corrigido?
Manutenibilidade - Modificabilidade
1 - O sistema está preparado para modificações e adaptações? 2 - O sistema está modulado? 3 - O site possui sistema de administração de conteúdo?
Manutenibilidade - Estabilidade
1 - O sistema se mostra estável quando são feitas alterações?
Manutenibilidade - Testabilidade
1 - O Sistema funciona em servidor local, para testes?
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Cada pergunta terá 4 respostas possíveis, que possuirão uma pontuação no sistema, ou
serão ignoradas caso não atendam ao tipo de site analisado. Chamamos de N o número de
questões, P a pontuação da questão e TP a pontuação final da sub-característica. As respostas
possíveis e suas respectivas pontuações são: Atende totalmente (2 pontos), Atende
parcialmente (1 ponto), Insuficiente (0 pontos) e Não se aplica (ignorada). Portanto, cada
questão terá uma pontuação máxima que será 2, uma média que será 1 e 0 para pontuação
mínima. No caso das sub-características que possuem mais do que uma pergunta, o valor da
pontuação para a resposta será dividido pelo número de questões válidas (não ignoradas)
relacionadas à mesma sub-característica e somada todas as pontuações no final, para dar o
total da sub-característica, TP = ∑ (P/N).
As respostas para cada um dos sites avaliados serão armazenadas na base de dados
para posterior cálculo do padrão de qualidade a também para gerar uma estatística da
amostragem. No final o sistema irá calcular e mostrar ao usuário uma tabela com as sub-
características que atendam totalmente (ótimo), parcialmente (aceitável) ou não atendam
(insuficiente), os padrões de qualidade propostos para aquela sub-característica. Para cada
sub-característica insuficiente o sistema mostrará um link para dicas de ações que possam
melhorar o padrão de qualidade daquele item (quadro 5).
QUADRO 5. DICAS APRESENTADAS PARA MELHORIA DO PADRÃO DE QUALIDADE DO SITE.
Funcionalidade - Precisão
- Melhorar a organização lógica dos menus e controles da página. - Criar uma página de sumário (mapa) do site para facilitar a procura de informações, seções e
outros. - Criar um menu fixo, utilizando frames ou incluindo-o em cada página. Pode ser usado um "include"
para facilitar a programação das páginas. - O uso correto dos menus e uma área de destaque na página inicial facilita a procura de informações
e atualizações no site. - A itemização dos textos facilita a visualização e o entendimento. - Fazer uma síntese dos textos e abordar apenas os aspectos principais. Deixar uma opção para se
ter acesso ao texto integral ou fazer download do mesmo.
Funcionalidade - Interoperabilidade
- O uso de frames facilita o processo de impressão, permitindo imprimir só o que é necessário. - Cuidar com o tamanho e tipo das fontes utilizadas para não ter problemas na hora da impressão. - Em sites de muito conteúdo, uma opção de busca é interessante. Elaborar um sistema que de
respostas em português e também procure por palavras aproximadas da palavra chave.
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Funcionalidade – Conformidade
- Cuidar com o conteúdo incluído no site. Citar sempre as fontes (de onde foi tirado e quem escreveu) e verificar se as informações são verdadeiras.
- Não superlotar a página com informações e imagens desnecessárias para não confundir o usuário. - Todo site deve conter um título apropriado e destacado.
Funcionalidade - Adequabilidade
- Manter o foco do site em todas as suas páginas. Se houver mudança de foco, que seja bem indicada.
Funcionalidade - Segurança de acesso
- Áreas restritas devem estar bem protegidas com sistemas de senha segura. - Usar controle de seções em sites de conteúdo seguro para evitar que o usuário deixe uma seção
aberta. - Todo e-commerce deve obedecer a um rigoroso sistema de segurança, com validação de senhas,
criptografia das informações e outros. Utilizar certificadores para uso de cartões de crédito e informações bancárias.
Usabilidade - Compreensibilidade
- Utilizar sempre botões com aspectos significativos e de fácil interpretação. De preferência usar um texto de explicação para o botão.
- Escolher com cuidado os tipos e cores das fontes da página. Lembras das características de interface: Harmonia, Direção, Contraste e outras.
- Criar uma alternativa de navegação sem o uso de imagens. Usar sempre a tag <ALT> nas imagens.
Usabilidade - Aprendizibilidade
- Lembrar que muitos usuários não são especialistas em WEB e por esse motivo as paginas devem possuir ajuda quando utilizarem algo diferenciado.
- Mostrar a data da atualização do site pode ajudar a demonstrar que a página é sempre atualizada. - Criar uma página de sumário (mapa) do site para facilitar a procura de informações, seções e
outros. - Em sites de conteúdo extenso é aconselhável mostrar em que ponto do site o usuário se encontra.
Os próprios títulos bem destacados ou em forma de caminho.
Usabilidade - Operabilidade
- O uso da tag <ALT> facilita o uso do mouse pelo usuário. - Sites que possuem áreas distintas para cada tipo de usuário devem sinalizar bem essas opções. - O uso de formulários automatizados (CGI) para envio de informações e mensagens é extremamente
aconselhável. Nem toda máquina possui uma conta de e-mail configurada para envio de mensagens.
- Em páginas com conteúdos de texto muito extenso é interessante resumir o texto e deixar a versão completa disponível para download.
Performance - Acessos Simultâneos
- Se seu site ou sistema for acessado por muitas pessoas, é fundamental verificar se o servidor onde rodará o sistema suportará acessos simultâneos, quantos forem necessários.
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Performance - Tempo de resposta
- Minimizar as imagens e cuidar para não superlotar as páginas com imagens pesadas e outros aplicativos.
Performance - Recursos
- Quando for disponibilizar imagens de alta resolução, sons e vídeos criar a possibilidade de visualizar em diversos modos de qualidade, variando de acordo com a conexão do usuário.
- Otimizar e testar os aplicativos que rodam a partir da página.
Confiabilidade - Maturidade
- Testar todos os botões, links e funções da página.
Confiabilidade - Tolerância a falhas
- Criar páginas de respostas e ajuda para o usuário em caso de erros.
Confiabilidade - Recuperabilidade
- Criar validações nos formulários para impedir entrada indevida de dados. - Implementar na programação das páginas a possibilidade de preservar as informações digitadas em
formulários em caso de erro.
Portabilidade - Adaptabilidade
- Testar as páginas em browsers diferentes (Internet Explorer, Netscape e outros), inclusive em versões diferentes.
- Testar as páginas em ambientes operacionais diferentes, por exemplo, Machintosh. Adaptar as programações para que funcionem o mais corretamente possível nos dois sistemas.
Portabilidade - Instalação
- Testar os arquivos de instalação de serviços específicos em diversos ambientes, e tentar programá-los o mais genérico possível. (portabilidade).
Portabilidade - Conformidade
- Testar o sistema em servidor Windows e Unix.
Portabilidade - Substitubilidade
- Permitir que o sistema seja facilmente substituído por outro através de backups e bancos de dados bem estruturados.
Manutenibilidade - Analisabilidade
- Legibilidade na programação, a modularidade do sistema e comentários nos fontes facilita a correção do sistema.
Manutenibilidade - Modificabilidade
- Legibilidade na programação, a modularidade do sistema e comentários nos fontes facilita a correção do sistema.
- Desenvolver um sistema de administração de conteúdo em sites de grande conteúdo, facilita
Manutenibilidade - Estabilidade
- O controle de erros e a estabilidade do sistema para alterações devem ser verificados.
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Manutenibilidade - Testabilidade
- Certificar-se de que o sistema funciona em modo local para agilizar os testes e correções do sistema.
3.7 INTERNET
De acordo com Gralla (1996), a Internet é uma reunião de redes e organizações
administradas individualmente, porém em regime de colaboração no tráfego de informações.
Essa cooperação entre redes e computadores se baseia em um acordo sobre procedimentos e
padrões para protocolos.
O crescimento da Internet é orientado por diversos grupos. Grupos responsáveis pelo
controle das emissões por trás das cenas e arquitetura da Internet, pela supervisão do
envolvimento dos protocolos TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol),
pela designação de endereços IP, pelo registro de domínios e associação de nomes a
endereços IP e pela orientação sobre a maneira correta de uso da Internet.
O compartilhamento de informações e mensagens na Internet consiste na divisão de
cada parte de informação e mensagem em pacotes, entregues a um destino pré-estabelecido,
remontados na sua forma original após a entrega. Esse é o papel dos dois protocolos de
comunicação mais importantes da Internet o TCP, que particiona e remonta os pacotes e o IP,
que garante que os pacotes sejam enviados ao destino correto.
Na Internet podem ser encontrados em geral três tipos de arquivos: ASCII (American
Standard Code for Information Interchange) - Código Americano Padrão para Intercâmbio de
Informações; EBCDIC (Extended Binary Coded Decimal Interchange Code) - Código
Estendido de Intercâmbio Decimal Codificado em Binário e Binário. ASCII representa os
caracteres vistos na tela, não contendo nada além de dados de caracteres. EBCDIC funciona
como ASCII, mas são usados apenas entre alguns computadores de grande porte. Arquivos
binários contém dados especiais codificados, podendo ser executados ou lidos por softwares
específicos.
3.7.1 APLICAÇÕES
Observa-se no nível de aplicação que a Internet é principalmente um meio de
comunicação e negócios, permitindo que seja usada como telefone, correio eletrônico entre
23
outras utilizações totalmente novas, bastando para isso dispor de hardware e software
adequado. A seguir são apresentados os principais sistemas que compõem a Internet.
3.7.1.1 FTP - FILE TRANSFER PROTOCOL
Para transferir arquivos de um computador na Internet para outro, uma das melhores
formas é através do File Transfer Protocol - Protocolo de Transferência de Arquivo (FTP). O
FTP funciona no modelo cliente/servidor, ao executar o software cliente e conectar-se a um
servidor FTP na Internet, muitas localidades FTP podem solicitar senhas e número de conta,
porém, existem locais FTP anônimos dos quais pode-se transferir arquivos sem que haja essa
exigência.
3.7.1.2 IRC - INTERNET RELAY CHAT
O Internet Relay Chat é a forma mais popular e imediata de bate-papo na Internet. É
um meio pelo qual milhares de pessoas mantém "conversações" via teclado em tempo real. O
IRC segue o modelo cliente/servidor, ou seja, são necessários para sua utilização softwares
cliente e servidor adequados. No servidor é possível encontrar diversos tópicos, os chamados
"canais" nos quais os usuários podem ingressar.
3.7.1.3 CORREIO ELETRÔNICO
O correio eletrônico é um dos recursos mais usado na Internet. As mensagens enviadas
por correio eletrônico são encaminhadas pelo TCP/IP da mesma forma que a maioria dos
dados na Internet e na Intranet. Nessas mensagens podem ser anexados arquivos binários,
como imagens, sons, vídeos e arquivos executáveis, que devem ser codificados e
decodificados ao serem recebidos.
3.7.1.4 WEB - WORLD WIDE WEB
A teia mundial é a parte de maior expansão da Internet, é nela que as pessoas
navegam. É uma rede conectada mundialmente, contendo páginas que incorporam textos,
imagem, som, animação e elementos multimídia.
De acordo com Gralla (1996), essas páginas são ligadas umas as outras usando
hipertexto, sendo construídas usando uma linguagem de marcação chamada HTML
(linguagem de marcação de hipertexto). A teia funciona em ambiente cliente/servidor. Para
24
visualizar páginas pode-se executar um cliente WEB em seu computador, os chamados
navegadores ou browser. O navegador envia a solicitação do URL (universal resource
locators) que são os nomes para os locais da teia, usando o protocolo HTTP (hipertext
transfer protocol), que define o modo como o navegador e o servidor se comunicam.
3.7.2 O SURGIMENTO DE UMA NOVA MÍDIA
De acordo com Sant'anna (1997), na publicidade, a competência artística, consiste em
ordenar com harmonia linhas, tons, cores e formas, dentro de um determinado espaço, para
transmitir uma emoção ou sentimento. Os veículos de comunicação classificam-se em:
Visuais Imprensa (jornais, revistas e periódicos especializados), Outdoor (cartazes, painéis e
luminosos), Publicidade direta (folhetos, cartaz, catálogos, folders), Exibições (displays,
vitrinas e exposições). De acordo com Rosa (1998), existe ainda a Mídia Exterior, que permite
a mensagem publicitária em painéis eletrônicos, de relógio, protetores de árvores, táxis,
ônibus, entre outros. E com a Internet surge a denominada New Media, a mídia interativa, um
meio de comunicação que garante a participação ativa do consumidor. Caracterizada tanto
pela migração dos veículos tradicionais e de empresas já firmadas no mercado, como pelo
surgimento de novos negócios. Na Internet todo estabelecimento é um veículo de informações
e de comunicação, cujo conteúdo encontra-se em sites.
3.7.3 NOVOS PROFISSIONAIS DA MÍDIA WEB
Esta nova mídia trouxe ao atual mercado de trabalho uma série de novos profissionais
especializados em assuntos WEB. Outros já conhecidos tiveram que se adaptar ao novo
formato e mudar muitas vezes seus conceitos e enfoques. Abaixo alguns dos diversos novos
profissionais desta área.
Segundo Fabriani (1999), assim como a própria Internet, novos profissionais estão
apenas surgindo. Há três anos atrás, o "Webmaster" era uma das únicas profissões
reconhecidas na Internet, era uma espécie de faz-tudo digital. Hoje ocorre uma distribuição de
funções e empresas requisitam profissionais especializados. Segue algumas categorias desses
novos profissionais:
a) Webdesigners: dominam os conceitos básicos para uso de cor, tipologia,
composição e desenho. Além disso, trabalham com tratamento de imagens e som,
tornando as páginas mais bonitas e funcionais. É necessário o domínio de
programas de imagens como o Adobe Photoshop, Corel Draw e Photo Paint;
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editores de HTML como o Dreamweaver ou Front Page, de tecnologias como
Flash; saber preparar imagens "gif", "jpg", “png”; conhecer o sistema de paleta de
cores; saber diferenciar terminações de arquivos que vão para Windows NT e
Unix; saber fazer FTP; ter todos os browsers instalados na máquina de trabalho.
b) Publicitário on-line: publicitários que trabalham na mídia interativa atuam na
Direção de Criação orientando a equipe criativa no desenvolvimento do conceito,
conteúdo, funcionalidade e padrões estéticos dos projetos on-line. Elaboram
campanhas, banners, sites, hot sites, intersticiais, entre outros. Dominam técnicas
de propaganda e marketing, possuem noções técnicas da Rede, tem fácil
assimilação de novas tecnologias, tendências e oportunidades, e habilidade para
exercitar a interatividade.
c) Ciber-engenheiro: são profissionais com formação técnica, voltados para
programação e para os sistemas complexos por trás da Rede, de HTML a bases de
dados, migrando a interface cliente servidor para a WEB. Trabalham com Perl,
ASP, JavaScript, ODBC, Access, Oracle, C++, Java, CGI, e implementam sistemas
de comércio eletrônico.
d) Jornalista digital: devem dedicar-se a leituras e pesquisas. Seu trabalho consiste na
produção de conteúdo e notícias para sites. Além dos requisitos básicos de
jornalistas e escritores, precisam conhecer HTML, a estrutura diferenciada dos
textos na WEB, conhecer os princípios da interatividade.
e) Surfer: procuram pela Internet sites novos e interessantes para incluir em catálogos
e serviços on-line. Devem dominar browsers e ferramentas de busca, ter
experiência em navegação, ter conhecimentos do que é um bom conteúdo, estar
disponíveis para passar horas em frente a um monitor e capacidade de atualização.
Também é responsável por pesquisar sites correlatos a algum assunto específico
para produção de um novo site.
f) Webmaster: garantem que um website funcione sem problemas, analisando,
atualizando e corrigindo eventuais problemas. Além disso, são responsáveis pela
manutenção de um website e suporte técnico. Essa função geralmente é acumulada
por programadores.
g) Testadores: também chamados de beta-testers, geralmente não são membros fixos
de equipes. Contratados ao final de projetos verificam a funcionalidade do site em
diferentes plataformas e browsers, e fazem também a verificação de funcionalidade
em CD-ROM, garantindo a qualidade dos trabalhos e evitando possíveis erros.
26
h) Diretor de criação: este deve conhecer estilos de paginação e as funções primárias
de um layout, o modo pelo qual se arranjam os textos e as ilustrações nas páginas.
E também, estética, seqüência lógica, composição gráfica, adequação de ilustrações
e produção gráfica. Visto que deverá coordenar a equipe de criação e os demais
setores, determinando normas, padrões, padrão de qualidade e a estratégia criativa.
De acordo com Rosa (1998), na Internet o Diretor de Criação deverá conhecer
ainda um novo conceito, a Interatividade. Essa por sua vez permite a
personalização de conteúdo e as agências acostumadas a desenvolver campanhas
para as massas deverão adaptar-se ao novo comportamento do consumidor, mais
exigente e fragmentado, com o crescimento das novas tecnologias interativas. A
interatividade é resultante do fluxo de estímulos e respostas entre um indivíduo e
um foco de informações de forma voluntária. Cabe ao Diretor de Criação o
conhecimento e participação na escolha das tecnologias mais adequadas para o
desenvolvimento de uma linha de comunicação para a WEB, ainda no estágio de
planejamento e criação das peças e campanhas publicitárias interativas.
3.7.4 TIPOS DE MÍDIA WEB
Conforme Castro (2000), publicidade e propaganda na internet abrange muito mais do
que sites e banners, estas são algumas vias de divulgação on-line:
a) Site: um site é formado por um conjunto de páginas interligadas, cujo conteúdo
apresenta produtos, serviços e demais informações sobre a empresa. O acesso a
essas informações se dá através de um endereço na WEB, normalmente escrito da
seguinte forma www.algumacoisa.com.br. Segundo Castro, sites são atualmente a
forma mais conhecida de se distribuir informações pela WEB.
b) Portal: diferem dos sites por seu tamanho. Geralmente contém mais de 10.000
páginas, criando "comunidades virtuais", ou seja, um grande número de pessoas
que se interessam por um mesmo assunto. Portais como o "Terra", “UOL”
fornecem dados, notícias, jogos, bate-papos e muitos serviços que atraem milhões
de visitas por mês. Por esse motivo seus espaços publicitários são muito
procurados.
c) Minisite ou Hotsite: minisites são sites menores, geralmente contém umas quatro
ou cinco páginas, com um breve conteúdo sobre o produto ou serviço e forte apelo
27
visual. Já hotsites são minisites que estarão na WEB por tempo determinado,
apresentando conteúdo específico de algum evento ou promoção.
d) Push Advertising: um exemplo desta forma de propaganda on-line foi desenvolvido
pela Microsoft estando presente no Internet Explorer 4 na forma de "canais ativos",
onde o cliente informava assuntos de seu interesse e o recebia intercalado com
publicidade paga. Esse modelo não pegou, em partes por empurrar publicidade on-
line aos usuários e também por deixar as máquinas dos usuários muito lenta.
e) Banner: de acordo com Edwards (2000), banners geralmente são figuras de
formato retangular inseridos em uma página WEB, podendo incluir animações e
um link para outra página pertencente ao dono do anúncio nele contido.
f) Popup: de acordo com Edwards (2000), são janelas que se abrem no topo da tela ao
se entrar em um site. Costumam conter promoções, anúncios, notícias, eventos,
produtos, etc.
g) Patrocínio: alguns veículos (sites), hospedam banners cobrando uma taxa fixa,
geralmente mensal em um sistema de venda de espaço por "patrocínio". De acordo
com Bruner (1998), existem até o momento cinco tipos básicos de patrocínios:
conteúdo com marca, promoção de evento, matérias pagas, microsites e portais.
h) Compra de Palavras: em sites de busca como por exemplo o CADÊ, ao se digitar
uma palavra, junto com os sites relacionados a palavra, virá o banner que tiver
relação com a palavra determinada. Bastando para isso fornecer ao veículo uma
relação de palavras relacionadas ao produto.
i) Opt in / Opt out: é a propaganda via e-mail. Alguns sites oferecem aos clientes a
opção de receber um newslatter com notícias sobre a empresa ou produtos. Quando
não solicitados denominam-se spam.
j) Intersticiais: de acordo com Bruner (1998), são anúncios de tela inteira que podem
aparecer entre as páginas de um site. Podem ser anúncios estáticos em que o
usuário tem de clicar para ir para a página seguinte ou animações que duram entre
5 e 15 segundos. Sua utilização é recomendada quando direcionado a um público
que tenha maior velocidade de acesso. Encontra-se atualmente em sua fase inicial.
k) Bate-Papo: tornou-se comum em grandes empresas a utilização de bate-papo em
serviços ao cliente, reuniões comerciais virtuais entre outras aplicações
profissionais. Além disso tradicionais comunidades de bate-papo sobre assuntos
diversos também tem-se firmado na Internet. A possibilidade de anúncios serem
exibidos nestas salas de conversação foi oferecida pela primeira vez em 1997 pela
28
AOL e hoje muitos sites já o fazem permitindo que anúncios sejam inseridos no
meio do texto ou em qualquer outro lugar nos quadros da página.
l) In-line: de acordo com Edwards (2000), existem ainda anúncios que podem ocupar
uma coluna inteira à direita ou à esquerda da página. Podem ser figuras e conter
links, solicitação para uma nova página da WEB.
Referindo-se aos sites, Radfaher (1998), apresenta ainda diferentes categorias:
a) Sites de Informação: Genericamente todo site na Rede pertence a esta categoria,
mas para os propósitos desta definição, os sites de informação são definidos pela
sua finalidade principal fornecer informação com o intuito primordial de informar,
não para vender ou para marketing. Existem nessa categoria três tipos de sites:
b) Dedicados unicamente a tornar a informação disponível: publicações de pesquisas
científicas ou sobre uma variedade de assuntos, de esportes a filmes de longa
metragem. Os aspectos de marketing são secundários ou inexistentes.
c) Agregados: fornecem um serviço ou produto como plataforma de lançamento para
navegação na WEB, com objetivos intimamente ligados com objetivos de
marketing. Exemplos mais comuns são os sites de pesquisa (Yahoo, Cadê? e Alta
Vista), que além de ajudar os usuários a localizar informações comercializam
espaço publicitário. Outros são empresa-a-empresa, de entretenimento, etc., como é
o caso da Netscape que é um site que oferece informações úteis de sua atividade e
serve como veículo de marketing promovendo produtos e serviços.
d) De Interesse individual: são sites projetados unicamente para oferecer a
experiência do proprietário sobre um determinado assunto, também chamados sites
pessoais.
e) Sites empresa-a-empresa: o objetivo principal é o marketing de produtos e serviços,
tendo as informações da atividade em segundo plano. Os sites empresa-a-empresa
começaram como folhetos na WEB. Estes sites evoluíram e estão anunciando seus
produtos e serviços diretamente para outras empresas.
f) Sites de consumidor: esta categoria inclui produtos e entretenimento. Apesar de
informativos, são sites principalmente voltados para as vendas e o marketing de
produtos e serviços para o público consumidor. Seu maior objetivo é atingir um
público tendo como alvo quase todos os nichos de interesse e grupos demográficos.
29
g) Sites de publicações: existem dois tipos principais: assinatura e acesso livre. Sua
finalidade é dar suporte a sua publicação tradicional, por meio da venda ou
publicidade, seja uma revista ou um jornal.
h) Sites comerciais: incluem opção de compra e alguns são dedicados exclusivamente
a fechar negócio na Rede. Pertencem a essa categoria, por exemplo, livrarias e
leilões virtuais.
30
4 TÉCNICAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS
4.1 ANÁLISE ORIENTADA A OBJETOS
De acordo com Coad (1992), análise orientada a objetos (AOO) surgiu para
implementar sistemas cuja definição seja especial ou não-convencional, onde incluem-se
aplicações de reconhecimentos de padrões, aplicações gráficas, tratamento de imagens entre
outros. A AOO veio para ocupar o espaço que outros modelos convencionais do tipo
hierárquico, rede e relacional não conseguem resolver plenamente nesses sistemas.
A análise orientada a objeto deve desenvolver um modelo de objetos para domínio do
problema, determinar a interface do sistema, desenvolver um modelo de interfaces e verificar
os modelos de análise.
4.1.1 METODOLOGIA PARA ANÁLISE ORIENTADA A OBJETOS
De acordo com Coad (1992), métodos de modelagem/análise orientados a objetos
começaram a surgir em meados de 1970 e inicio de 1980, e a grande maioria basearam-se em
experiências adquiridas com a engenharia da informação e o uso de conceito de caso.
As aplicações que utilizam AOO, convencionam conceitos estendidos de
classe/subclasse (maior refinamento de entidades), eventos, métodos encapsulados e diagrama
de serviços (uma nova visão de análise funcional).
Os passos básicos na implementação de sistemas utilizando AOO, resumem-se em:
a) identificação das classes e seu objetos: classes são coleções de objetos, as quais
têm as mesmas características de atributos e de comportamento;
b) identificação de relacionamento de generalização: definem-se as classes e
subclasses que possuem comportamento comuns;
c) identificação de relacionamento de composição: também conhecidas como “todo-
parte”ou agregação, são identificados como estruturas hierárquicas do tipo
“contém-os”, cabeçalhos itens”, entre outros;
d) identificação de relacionamentos convencionais: resumem-se em relacionamentos
tradicionais (associações);
31
e) identificação de regras: comportamento semântico das classes e seus objetos,
determinadas pelas regras de criação, extinção, modificação e manipulação das
ocorrências de objetos;
f) identificação de atributos: composição das classes;
g) identificação de serviços inerentes dos objetos e atributos: serviços que cada classe
tem a oferecer, manipulação dos objetos de uma classe, esses métodos estarão
“encapsulados” nas classes e serão ativados através de mensagens.
4.1.2 UML – UNIFIED MODELING LANGUAGE
Segundo Furlan (1998), a UML é uma linguagem de modelagem, não uma
metodologia. Muitas metodologias consistem, pelo menos em princípio, de uma linguagem de
modelagem e um procedimento de uso de linguagem. A UML não prescreve explicitamente
esse procedimento de utilização. Em muitas formas, a linguagem de modelagem composta por
sintaxe e semântica é a porção mais importante do método, sendo certamente a parte chave na
comunicação.
Em seu estado atual, a UML define uma notação e um metamodelo. A notação é o
material gráfico visto em modelos, isto é, é a sintaxe da linguagem de modelagem. O modo
para descrever os vários aspectos de modelagem pela UML é através da notação definida por
vários tipos de diagramas.
4.1.2.1 DIAGRAMA DE CASO DE USO
Os casos de uso descrevem a funcionalidade do sistema percebida por atores externos.
Um ator interage com o sistema podendo ser um usuário, dispositivo, ou outro sistema. Para
mostrar o relacionamento entre atores e casos de uso dentro de um sistema a UML utiliza a
notação conforme mostrado na figura 3.
Figura 3. Diagrama de caso de uso
32
De acordo com Furlan (1998), alguns elementos gráficos utilizados nos diagramas
representam o Ator, Classes, Casos de Uso, Mensagens e Linha de Vida, e estão descritos a
seguir.
Ator: Um estereótipo predefinido de tipo que denota um agente fora do sistema que
interage em casos de uso (figura 6).
Figura 6. Ator
Classe: Uma descrição de um conjunto de objetos que compartilham os mesmos
atributos, operações, relações e semântica (figura7).
Figura 7. Classe
Casos de uso: Uma descrição de ações de um sistema mediante o recebimento de um
tipo de requisição de usuário (figura 8).
Figura 8. Casos de Uso
Mensagem síncrona: Uma mensagem é a comunicação entre objetos com uma
expectativa de resposta do objeto destinatário ao objeto remetente. O recebimento de uma
mensagem é normalmente considerado um evento. Uma mensagem síncrona é uma
33
mensagem onde o objeto remetente interrompe seu processamento para esperar por resultados
(figura 9).
Figura 9. Mensagem síncrona
4.1.2.2 DIAGRAMA DE CLASSE
Gráfico bidimensional de elementos de modelagem que pode conter tipos, pacotes,
relacionamentos, instâncias, objetos e vínculos (conexão entre dois objetos). Um diagrama de
classe denota a estrutura estática de um sistema e as classes representam coisas que são
manipuladas por esse sistema. O diagrama de classes é considerado estático pois a estrutura
descrita é sempre válida em qualquer ponto no ciclo de vida do sistema. Um exemplo de
diagrama de classe é mostrado na figura 4.
Figura 4. Diagrama de classe
4.1.2.3 DIAGRAMA DE INTERAÇÃO
O Diagrama de interação é composto por diagrama de seqüência e diagrama de
colaboração. O diagrama de seqüência apresenta a interação de seqüência de tempo dos
objetos que participam na interação. As duas dimensões de um diagrama de seqüência
consistem na dimensão vertical (tempo) e na dimensão horizontal (objetos diferentes). O
diagrama de seqüência mostra a colaboração dinâmica entre um número de objetos e o
aspecto importante desse diagrama é mostrar a seqüência de mensagens enviadas entre
objetos. O diagrama de colaboração mostra a interação dinâmica de um caso de uso
organizada em torno de objetos e seus vínculos mútuos, de maneira que são usados números
de seqüência para evidenciar a seqüência de mensagens. Na figura 5 é mostrado um exemplo
do diagrama de seqüência.
34
Figura 5. Diagrama de seqüência
4.1.3 DICIONÁRIO DE DADOS
O dicionário de dados é uma ferramenta vital devido a sua função de único local onde
as definições da base de dados podem ser encontradas. A definição dos itens encontrada no
dicionário demonstra a clareza do pensamento do desenvolvedor, além de desempenhar um
papel de verificação dos modelos de especificação quanto à consistência e o entendimento
para as pessoas que não estão familiarizadas com o desenvolvimento do sistema.
4.1.4 RATIONAL ROSE
Rational Rose é uma ferramenta CASE para o desenvolvimento de sistemas orientado
a objetos, sendo também, um repositório para os produtos gerados por processos de análise e
projetos orientados a objetos. Ela acelera esse desenvolvimento de análise e projetos
utilizando metodologias de desenvolvimento muito difundidas no meio da informática,
principalmente o padrão Unified Modeling Language (UML). O padrão UML é o mais
utilizado hoje em dia, pois com ele há uma documentação interativa e automática dos
processos de modelagem, sendo também possível a geração, pela ferramenta, de códigos a
partir desta mesma modelagem. As versões mais novas da ferramenta contemplam até a
integração com ambientes de desenvolvimento das mais variadas linguagens existentes no
mercado.
35
4.2 ASP
De acordo com Weissinger (1999), Active Server Pages – Servidor de Páginas Ativas
(ASP) é uma tecnologia que permite gerar dinamicamente conteúdo neutro ao browser
utilizando criação de scripts do servidor. O código para este scripting pode ser gravado em
um das diversas linguagens e está embutido em tags especiais dentro do código HTML. Esta
página de criação script/conteúdo heterogêneo é interpretada pelo servidor da WEB apenas
mediante solicitação do conteúdo pelo cliente.
No início da WEB toda informação apresentada ao browser do cliente era estática. O
servidor WEB não gerava dinamicamente qualquer parte do conteúdo do site, mas
simplesmente apresentava solicitações para páginas HTML estáticas carregadas do sistema de
arquivos do servidor e enviadas para o cliente solicitante. Não havia interatividade entre o
usuário e o servidor. O browser solicitava informações e o servidor as enviava.
Uma das primeiras tecnologias desenvolvidas para solucionar este problema de
estática da internet foi a criação da Common Gateway Interface – CGI, este proporciona um
mecanismo através do qual o browser pode comunicar uma solicitação para a execução de
uma aplicação no servidor da WEB. O resultado desta aplicação é convertido/formatado em
uma forma legível para o browser (HTML) e enviada para o browser solicitante.
Começou o desenvolvimento de diversas soluções de criação de scripts de cliente que
habilitaram a máquina do cliente a tomar parte das tarefas de processamento. Liderando essas
soluções do cliente estavam o Java Script da Netscape e o VBScript da Microsoft.
A Microsoft lançou uma nova tecnologia cujo nome de código era Denali, que é agora
conhecida como Active Server Pages – ASP. Esta tecnologia está encapsulada em um único e
pequeno DLL (Dynamic Link Libraries – Bibliotecas de Vinculo Dinâmico) chamado
ASP.DLL. Este DLL reside no mesmo espaço de memória do Internet Information Service e
sempre que o usuário solicita um arquivo cuja extensão é .ASP, o ASP maneja a interpretação
carregando qualquer interpretador de linguagem de criação de scripts DLL na memória,
executa qualquer código de servidor encontrado no Active Server Page e passa a HTML
resultante para o servidor WEB, que envia então para o browser solicitante.
De acordo com Marcorati (1999), as páginas ASP possuem uma hierarquia de objetos
que se caracteriza da seguinte forma:
36
a) o objeto Request recebe informações do cliente para o servidor;
b) o objeto Response envia informações do servidor para o cliente;
c) os objetos Application e Session juntos, gerenciam o armazenamento de
informações am nível de sessão e aplicação. O nível da aplicação é o tempo que o
servidor fica ativo, e o nível de sessão é o tempo que o usuário acessa uma página;
d) o objeto Server é usado para gerenciar e criar abjetos, permitindo o processamento
de scripts e de acessos a base de dados.
A figura 10 apresenta a representação gráfica da relação desses objetos.
Figura 10. Modelo dos objetos ASP
Fonte: Adaptado de Marcorati (1999).
4.3 BASE DE DADOS ACCESS
O Access tem como fabricante a Microsoft, atualmente se encontra na versão 2000
para plataformas Windows e Windows NT. Possui boa interatividade com a linguagem de
programação Visual Basic que é a programação escolhida para o desenvolvimento da
tecnologia ASP do sistema proposto neste trabalho.
37
4.4 HTML
De acordo com Harris (1997), HyperText Markup Language – linguagem de marcação
de hipertexto (HTML) é a linguagem básica da internet. Foi desenvolvida em 1989 por Tim
Berners-Lee e é provavelmente a linguagem mais fácil de ser aprendida. Sua raízes são o
inglês, seu vocabulário é formado por abreviações mnemônicas básicas e sua sintaxe baseada
em simples estruturas de documentos. A HTML é uma subclasse da Standard Generalized
Markup Language (SGML), linguagem muito eficaz em compartilhar documentos entre
computadores e plataformas diferentes. A principal característica dessas linguagens é a
possibilidade de uso do hipertexto que consiste em conectar um texto ao outro através de um
link. Sua utilização é variada e pode ser utilizado para manuais, enciclopédias, dicionários e
principalmente na WEB.
A HTML é uma linguagem interpretada, isto é, o arquivo gerado por essa linguagem
não é um executável, e sim, um conjunto de instruções que serão interpretados pelo navegador
do usuário que contém o interpretador HTML.
Os documentos gerados em HTML são arquivos de texto ASCII com tags embutidas
no código que descrevem as características deste testo, ou fazem referências a imagens e
comandos. Desse modo o computador que interpretará o código decidirá como deverá exibir
as informações dentro daqueles parâmetros, isso mostra a portabilidade da linguagem.
4.5 JAVA
De acordo com Thomas (1997), os programas em Java executam sobre uma máquina
virtual que está implementada sobre uma plataforma real. Além da independência de
plataforma e das fortes capacidades de rede, o Java oferece os benefícios da orientação a
objetos e de múltiplas linhas de execução (multithreading). A linguagem é dinâmica
(pequenas partes do código são montadas em tempo de execução dentro do programa –
runtime).
O ambiente runtime do Java soluciona vários problemas básicos de programação para
a internet. Como a internet consiste em muitas plataformas diferentes, é prudente que se use
uma linguagem independente de plataforma.
Um tipo especial de programa Java é chamado de applet e é executado dentro de uma
máquina virtual interna dos browsers WEB. A maior parte dos programas desenvolvidos para
38
a WEB rodam no servidor de hospedagem do site, o que ocasiona uma demanda muito
grande na execução dos mesmos, além de um tráfego intenso de informações pela rede. No
caso do uso de applets o programa é executado na máquina do usuário, do lado do cliente,
reduzindo substancialmente os problemas de demanda e tráfego na internet.
O Java foi desenvolvido para ser uma linguagem para rede, por isso tem um conjunto
grande de funcionalidades incluídas na sua estrutura, as quais permitem utilizar abstrações de
lato nível como os Uniform Resources Locators – URL (localizadores de recursos uniformes),
ou pode-se utilizar a comunicação em níveis muito baixos simplesmente passando pacotes de
um lado para outro da rede.
39
5 DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA
Neste capítulo é apresentado a aplicação do SIPT, sua especificação e apresentação da
implementação do sistema proposto na forma de tutorial.
5.1 APLICAÇÃO DO SIPT
Abaixo são apresentadas as fases da metodologia de desenvolvimento de um SIPT
(caracterização do ambiente, desenvolvimento de um sistema, discussão e avaliação do SIPT
e implantação) aplicadas no sistema do trabalho proposto.
a) Caracterização do ambiente: o SIPT proposto tem como finalidade auxiliar o
desenvolvimento e avaliação de um site para WEB, verificando se o sistema
encontra-se dentro dos padrões de qualidade da ISO/IEC 9126. Isso evitará
trabalhos posteriores de correção e alterações que levam muito mais tempo. O
sistema será utilizado por profissionais da área de criação e desenvolvimento de
sites e sistemas para WEB. O sistema foi elaborado em forma de página para
WEB, desenvolvido em HTML e ASP, usando base de dados Access para
armazenar as questões e respostas dos usuários. O desenvolvimento e especificação
do aplicativo será baseado na metodologia de Análise Orientada a Objetos
utilizando Linguagem de Modelagem Unificada - (UML).
b) Desenvolvimento de um protótipo: foi desenvolvido um SIPT e testado por três
profissionais da área por 15 dias.
c) Discussão/Avaliação do SIPT: o sistema foi avaliado por três profissionais da área
de desenvolvimento de sites que trabalham na empresa do autor desse TCC
(Informare Vision Web Design), com funções diferenciadas no desenvolvimento
de um sistema WEB. Seus nomes e funções são: Fabrício dos Santos
(webdesigner), Edson Gonçalves Junior (programador) e Pietro Carlo Paladini
Sobrinho (diretor de criação), assim pôde-se avaliar o sistema por visões bem
diferenciadas. Nos testes verificou-se a necessidade de algumas mudanças no
protótipo inicial, melhorando a apresentação das telas, permitindo que usuário
acompanhasse através de relatório os sites já avaliados e a possibilidade do
administrador do sistema de configurar os grupos de avaliações, perguntas e dicas
do sistema.
40
d) Implantação: o processo de implantação e treinamento foi executado sem
problemas. A partir disso foi feito uma bateria de avaliações, onde foram
analisados 20 sites de empresas da região de Blumenau / SC e também foi
solicitado a 10 professores da Universidade Regional de Blumenau que avaliassem
seus sites. Esses dados foram armazenados pelo sistema para gerar estatísticas da
qualidade dos sites.
5.2 ESPECIFICAÇÃO
Para validar e testar soluções para problemas reais, foi realizada a implementação de
um SIPT, exercitando os conceitos propostos pela UML através da narrativa do estudo de
caso de um sistema de avaliação de sites. Para especificação desse sistema utilizou-se dos
diagramas de caso de uso, diagrama de classe e diagrama de seqüência.
5.2.1 NARRATIVA DO PROBLEMA
O SIPT para desenvolvimento e avaliação de sites utilizando a norma ISO/IEC 9126
tem o objetivo de auxiliar os profissionais da área de desenvolvimento para WEB a manter
um padrão de qualidade em seus trabalhos.
Um administrador do sistema poderá configurar grupos de avaliações no sistema. Os
grupos são um conjunto de sub-características escolhidos para uma determinada avaliação.
Um usuário efetuará seu cadastro no sistema, escolherá um grupo de avaliação e cadastrará
um site que será avaliado por ele. Um mesmo site poderá ser cadastrado diversas vezes, mas
será tratado como versões diferentes. O sistema através do questionário elaborado com base
nas características e sub-características da norma ISO/IEC 9126 definidas para o grupo
escolhido, armazenará as respostas para posterior avaliação. Uma vez respondidas as
perguntas o sistema irá gerar um relatório de conformidades, mostrando qual o padrão de
qualidade para cada sub-característica. Quando uma sub-característica obter padrão de
qualidade insuficiente o sistema deverá mostrar dicas de como melhorar esse item.
A qualquer momento o usuário poderá visualizar o relatório de um site, não podendo
alterá-lo. O sistema fará um controle dos acessos a esses relatórios.
41
O sistema deverá fornecer uma estatística dos sites avaliados mostrando em
percentuais como os padrões de qualidade são distribuídos entre eles. O usuário deverá ter a
opção de visualizar essas estatísticas através de gráficos.
O administrador manterá as tabelas de perguntas, dicas, usuários, sites e grupos,
podendo efetuar inclusões, alterações e exclusões.
5.2.2 DIAGRAMA DE CASO DE USO
A figura 11 mostra o caso de uso do SIPT proposto nesse trabalho.
Figura 11. Diagrama de casos de uso
CadastrarGrupo
Responder Questionário
ConsultarAvaliação
ConsultarEstatística
Cadastrar Site
CadastrarUsuário
Usuário
Administrador
ManterTabelas
O quadro 6 explica as funcionalidades de cada um dos casos de uso apresentados na
figura 11.
42
QUADRO 6. APRESENTAÇÃO DOS CASOS DE USO ATOR: USUÁRIO Cadastrar Usuário Usuário acessa o sistema e efetua cadastro de seus dados: nome e e-mail
de contato. Cadastrar Site Usuário informa dados do site que vai avaliar, incluindo o grupo de
avaliação definido pelo administrador. Responder Questionário
O sistema irá apresentar em telas as perguntas referentes as sub-características escolhidas para o grupo do site que está sendo avaliado. O usuário irá responder escolhendo uma das quatro alternativas propostas.
Consultar Avaliação
Após respondido o questionário o sistema permite ao usuário visualizar o relatório de qualidade do site avaliado e de outros sites do sistema.
Consultar Estatística
O usuário pode visualizar estatísticas de qualidade dos sites avaliados no sistema.
ATOR: ADMINISTRADOR Cadastrar Grupo O administrador cadastra um grupo com as sub-características
relevantes. Manter Tabelas O administrador altera, inclui e exclui informações das tabelas de
usuários, grupos, perguntas e sites.
5.2.3 DIAGRAMA DE CLASSE
A figura 12 mostra as classes do sistema juntamente com os relacionamentos, atributos
e componentes.
A classe grupos controla os grupos definidos pelo administrador do sistema e a classe
grupos_subcaracteristicas faz a relação entre um grupo e as sub-caracteristicas que pertencem
a ele.
A classe respostas relaciona as perguntas com a resposta fornecida na avaliação,
possui um método denominado gerarPontuacao() que calcula e verifica se a sub-
caracteristicas está dentro do padrão.
A classe pergunta controla além das informações das perguntas as dicas para cada
pergunta. As demais classes controlam suas respectivas tabelas no sistema.
43
Figura 12. Diagrama de classes
respostas
codigo_sitecodigo_perguntaresposta
incluirResposta( )obterResposta( )gerarPontuacao( )gerarGrafico( )
usuarios
codigo_usuarionome_usuarioemail_usuario
incluirUsuario( )excluirUsuario( )obterUsuario( )mostrarUsuario( )
grupos
codigo_grupodescricao_grupo
incluirGrupo( )excluirGrupo( )obterGrupo( )mostrarGrupo( )
caracteristicas
codigo_caracteristicadescricao_caracteristica
mostrarCaracteristica( )obterCaracteristica( )
perguntas
codigo_perguntadescricao_perguntadescricao_dicacodigo_subcaracteristica
mostrarPergunta( )obterPergunta( )obterDica( )
1
1
subcaracteristicas
codigo_subcaracteristicadescricao_subcaracteristicacodigo_caracteristica
mostrarSubcaracteristica( )obterSubcaracteristica( )
1
1..*
1..*
1
grupos_subcaracteristicas
codigo_grupocodigo_subcaracteristica
incluirGrupoSubcaract( )obterGrupoSubcaract( )
0..*1..*
1..*
0..*
estado
codigo_estadonome_estado
obterEstado( )
sites
codigo_sitecodigo_usuariocodigo_gruponome_sitedescricao_sitelink_sitecidade_sitecodigo_estadoimplementacao_siteversaoacessos
incluirSite( )excluirSite( )obterSite( )verificarSite( )mostrarUsuario( )
0..*
1..*
1 1
1..*
1..*
0..*
1
1..*
1..*
1
0..*
1..*
1
1..*
0..*
1..*
11
1
11
0..*
1..*
0..*1..*
5.2.4 DIAGRAMA DE SEQÜÊNCIA
Abaixo são apresentados os diagramas de seqüência para os 6 casos de uso
apresentados no quadro 6.
O diagrama de seqüência para o caso de uso Cadastrar Usuário é formado por dois
itens: 1. Cadastramento das informações do usuário e 2. verificação da existência do usuário
na base de dados (Figura 13).
44
Figura 13. Diagrama de Seqüência – Cadastrar Usuário
: Usuário : usuarios
1: incluirUsuario ( )
2: verificarUsuario ( )
O diagrama de seqüência para o caso de uso Cadastrar Site é formado por 4 itens:
Associar usuário da tabela usuarios. Associar com a tabela grupos o grupo a qual pertence o
site. Armazenar as informações na base de dados e verificar a existência do site na base de
dados, e se existir criar uma nova versão. (Figura 14).
Figura 14. Diagrama de Seqüência – Cadastrar Site
: Usuário : usuarios : grupos : sites
1: obterUsuario ( )
2: obterGrupo ( )
3: incluirSite ( )
O diagrama de seqüência para o caso de uso Responder Questionário é formado por 6
itens: associar com a tabela grupos o grupo a qual pertence o site. Filtrar e apresentar as
perguntas das características e sub-características do grupo escolhido. Armazenar as
respostas. (Figura 15).
45
Figura 15. Diagrama de Seqüência – Responder Questionário
: Usuário : caracteristicas : subcaracteristicas : perguntas : respostas : grupos_
subcaracteristicas : grupos
1: obterGrupo ( )
2: obterGrupoSubcaract ( )
3: obterCaracteristica ( )
4: obterSubcaracteristica ( ) 5: mostrarPergunta ( )
6: incluirResposta ( )
O diagrama de seqüência para o caso de uso Consultar Avaliação é formado por 6
itens. Os 4 primeiros itens tem as mesmas funções do caso de uso Consultar Avaliação
apresentado acima. O item 5 relaciona-se a geração da pontuação com base nas respostas
armazenadas. O item 6 associa uma dica que encontra-se na tabela perguntas para os padrões
insuficiente. (Figura 16).
Figura 16. Diagrama de Seqüência – Consultar Avaliação
: Usuário : caracteristicas : subcaracteristicas : perguntas : respostas : sites
5: gerarPontuacao ( )
1: obterSite ( )
2: obterCaracteristica ( )
3: obterSubcaracteristica ( )
4: obterResposta ( )
6: obterDica ( )
O diagrama de seqüência para o caso de uso Consultar Estatística é formado por 5
itens: de 1 a 3 são obtidas as respostas. O item 4 relaciona-se a geração da pontuação com
base nas respostas armazenadas e o item 5 refere-se a geração dos gráficos. (Figura 17).
46
Figura 17. Diagrama de Seqüência – Consultar Estatística
: Usuário : sites : respostas : grupos
1: obterGrupo ( )2: obterSite ( ) 3: obterResposta ( )
4: gerarPontuacao ( )
5: gerarGrafico ( )
O diagrama de seqüência para o caso de uso Cadastrar Grupo é formado por 1 item
que refere-se a inclusão das informações do grupo na tabela grupos. (Figura 18).
Figura 18. Diagrama de Seqüência – Cadastrar Grupo
: Administrador
: grupos : grupos_subcaracteristicas
: subcaracteristicas
1: incluirGrupo ( ) 2: obterGrupoSubcaract ( ) 3: obterSubcaracteristica ( )
5.2.5 DICIONÁRIO DE DADOS
No quadro 7 é apresentada a estrutura da base dados do sistema.
47
QUADRO 7. LISTA DE CAMPOS DAS TABELAS
Tabela: caracteristicas – Características da norma ISO/IEC 9126 Nome Código Tipo P M codigo_caracteristica codigo_caracteristica Inteiro Sim Sim descricao_caracteristica descricao_caracteristica Texto(20) Não Não
Tabela: subcaracteristicas – Sub-características da norma ISO/IEC 9126 Nome Código Tipo P M codigo_subcaracteristica codigo_subcaracteristica Inteiro Sim Sim descricao_subcaracteristica descricao_subcaracteristica Texto(20) Não Não codigo_caracteristica codigo_caracteristica Inteiro Não Não
Tabela: grupos – Grupos de avaliação Nome Código Tipo P M codigo_grupo codigo_grupo Auto Numeração Sim Sim nome_grupo nome_grupo Texto(100) Não Não descricao_grupo descricao_grupo Memo Não Não
Tabela: grupos_subcaracteristicas – Relação entre g rupo e sub-caracteristicas Nome Código Tipo P M codigo_grupo codigo_grupo Inteiro Longo Sim Sim codigo_subcaracteristica codigo_subcaracteristica Inteiro Longo Sim Sim
Tabela: perguntas – Perguntas da Avalição Nome Código Tipo P M codigo_pergunta codigo_pergunta Inteiro Sim Sim descricao_pergunta descricao_pergunta Memo Não Não codigo_subcaracteristica codigo_subcaracteristica Inteiro Não Não descricao_dica descricao_dica Memo Não Não
Tabela: respostas – Respostas da avaliação Nome Código Tipo P M codigo_site codigo_site Inteiro Longo Sim Sim codigo_pergunta codigo_pergunta Inteiro Sim Sim resposta resposta Inteiro Não Não
Tabela: sites – Sites do sistema Nome Código Tipo P M codigo_site codigo_site Auto Numeração Sim Sim codigo_usuario codigo_usuario Inteiro Longo Não Não codigo_grupo codigo_grupo Inteiro Longo Não Não nome_site nome_site Texto(100) Não Não descricao_site descricao_site Memo Não Não link_site link_site Texto(100) Não Não cidade_site cidade_site Texto(50) Não Não codigo_estado estado_site Texto(2) Não Não implementacao_site implementacao_site Texto(60) Não Não versao versao Inteiro Longo Não Não acessos acessos Inteiro Longo Não Não
Tabela: usuarios – Usuários do sistema Nome Código Tipo P M codigo_usuario codigo_usuario Auto Numeração Sim Sim nome_usuario nome_usuario Texto(100) Não Não email_usuario email_usuario Texto(150) Não Não
48
Tabela: estados – Unidades Federativas Nome Código Tipo P M codigo_estado codigo_estado Texto(2) Sim Sim nome_estado nome_estado Texto(19) Não Não
5.3 MODELO FÍSICO DA BASE DE DADOS
A figura 19 apresenta o modelo físico da estrutura da base de dados usada no SIPT.
Figura 19. Modelo físico da base de dados.
codigo_usuario = codigo_usuario
codigo_subcaracteristica = codigo_subcaracteristica
codigo_subcaracteristica = codigo_subcaracteristica
codigo_site = codigo_site
codigo_pergunta = codigo_pergunta
codigo_grupo = codigo_grupo
codigo_grupo = codigo_grupo
codigo_caracteristica = codigo_caracteristica
caracteristicas
codigo_caracteristica Integerdescricao_caracteristica Text(20)
estados
codigo_estado Text(2)nome_estado Text(19)
grupos
codigo_grupo Counternome_grupo Text(100)descricao_grupo Memo
grupos_subcaracteristicas
codigo_grupo LongIntegercodigo_subcaracteristica LongInteger
perguntas
codigo_pergunta Integerdescricao_pergunta Memocodigo_subcaracteristica Integerdescricao_dica Memo
respostas
codigo_site LongIntegercodigo_pergunta Integerresposta Integer
sites
codigo_site Countercodigo_usuario LongIntegercodigo_grupo LongIntegernome_site Text(100)descricao_site Memolink_site Text(100)cidade_site Text(50)estado_site Text(2)implementacao_site Text(60)versao LongIntegeracessos LongInteger
subcaracteristicas
codigo_subcaracteristica Integerdescricao_subcaracteristica Text(20)codigo_caracteristica Integer
usuarios
codigo_usuario Counternome_usuario Text(100)email_usuario Text(150)
5.4 IMPLEMENTAÇÃO
O sistema inicia com a tela de apresentação do TCC. Existem duas áreas distintas no
sistema, uma de administração e outra de aplicação. A área de aplicação engloba as funções
de cadastramento de novos sites, listagem dos sites cadastrados e seus relatórios de qualidade
e visualização das estatísticas. Para cadastrar um novo site pode-se optar pela opção [Iniciar]
que se encontra no final da tela de apresentação ou pelo link [Novo Cadastro] localizado no
cabeçalho do sistema. Esse permanecerá o tempo todo na tela do sistema, facilitando a
navegação (figura 20).
49
Figura 20. Tela inicial do SIPT.
A tela de inclusão de sites (figura 21) permite incluir as informações para cadastro do
site a ser avaliado. As primeiras duas informações possuem características importantes a
serem analisadas. O campo usuário apresenta a lista de todos os usuários cadastrados no
sistema, bastando selecionar. Caso seja a primeira vez do usuário no sistema, ele permitirá seu
cadastro através do comando [Novo usuário]. A próxima informação é o grupo de avaliação,
que pode ser escolhido na lista, caso o usuário tenha acessado a tela de Novo Cadastro pelo
link. Se o usuário recebeu um e-mail de convite e acessou o link contido no mesmo, ele é
automaticamente redirecionado para a tela de Novo Cadastro com o campo Grupo já
preenchido, e impossibilitado de alterá-lo. As demais informações são de preenchimento
padrão. O sistema verifica se o nome e o endereço do site informado não se encontram na
base de dados, caso não existir, será considerado versão 1. Caso o nome e o endereço do site
digitado já exista no banco de dados o sistema solicita a confirmação para criação de uma
nova versão, posterior à última encontrada. O usuário pode aceitar ou não a inclusão da nova
versão. Se escolher não, é redirecionado novamente para a tela de novo cadastro.
50
Figura 21. Tela - Inclusão de site.
Iniciando a avaliação de um novo site, o sistema apresenta o questionário proposto,
conforme figura 22. As perguntas são apresentadas separadamente, baseando-se nas
características e sub-características da norma ISO/IEC 9126 (quadro 4). A apresentação é por
telas de características, subdividida nas sub-características escolhidas para o grupo. Caso o
usuário tenha alguma dúvida sobre o que trata uma certa sub-característica ele pode usar o
link denominado [Ajuda do Sistema] representado pelo ícone [ ] que se encontra no
cabeçalho do sistema, a tela apresentada é igual a da figura 23.
Figura 22. Tela - Perguntas.
51
Figura 23. Tela - Ajuda sobre as características e sub-características.
O usuário só poderá avançar para a próxima tela após ter preenchido por completo as
respostas, o que é verificado por meio de validação no formulário. Caso uma ou mais
respostas não tenham sido respondidas o sistema avisa o usuário por meio de uma janela de
alerta, indicando qual ou quais questões devem ser preenchidas (figura 24).
Figura 24. Caixa de diálogo de questionário incompleto.
Para cada pergunta o usuário terá quatro respostas possíveis (Totalmente,
Parcialmente, Insuficiente e Não se Aplica), que variam de acordo com o item observado.
Esses valores irão gerar a pontuação, conforme detalhado no capítulo 3.6 desse trabalho que
apresenta a metodologia de avaliação proposta. As respostas para cada um dos sites avaliados
serão armazenadas na base de dados para posterior cálculo do padrão de qualidade a também
para gerar um relatório e uma estatística da amostragem.
52
Figura 25. Tela - Relatório de padrão de qualidade do site.
Ao final do questionário de avaliação o sistema ira mostrar um relatório. Para cada
uma das características e sub-características será apresentado uma mensagem de padrão de
qualidade, que pode ser Ótimo, Aceitável, Insuficiente e Não se aplica (figura 25). Caso o
item seja insuficiente será mostrado ao lado um link para uma janela de dicas (figura 26), que
terá sugestões para melhorar o padrão de qualidade daquele item.
Figura 26. Tela - Dicas de qualidade.
53
Utilizando o link [Listar Cadastrados] que se encontra no cabeçalho do sistema o
usuário obterá uma tabela com os sites já avaliados (figura 27). A tabela possui as seguintes
colunas:
a) nome do site. Clicando sobre um dos itens será apresentada uma popup
informações do site;
b) usuário que efetuou a avaliação. Clicando sobre os itens será apresentada uma
popup informações do usuário;
c) grupo de avaliação. Clicando sobre os itens será apresentada uma popup
informações do grupo;
d) versão da avaliação do site. Caso um site tenha sido avaliado mais de uma vez ele
será diferenciado por esse item;
e) endereço do site na internet. Os itens são links para o site propriamente dito;
f) quantidade de acessos ao relatório de qualidade. Esse item foi proposto para
verificar se o usuário retorna ao relatório, sugerindo assim que providencias estão
tomadas para a melhora da qualidade;
g) link para o relatório do site avaliado.
Figura 27. Tela - Tabela de sites avaliados com estatística de acesso.
Acessando o link [Estatísticas] no cabeçalho do sistema é possível ter uma estatística
de todos os sites avaliados no sistema, denominada de Geral, ou uma estatística por grupo de
avaliação. A tabela mostra a característica / sub-característica, o percentual de sites com
54
padrão Ótimo, Aceitável, Insuficiente e Não aplicado e permitindo visualizar essas
informações na forma gráfica (figura 29).
Figura 28. Tela - Estatísticas de padrão de qualidade.
Figura 29. Gráfico estatístico da sub-característica.
A área de administração possui seu acesso controlado por senha, sendo a primeira
coisa a ser solicitada quando se executa o comando [Administração], conforme figura 30.
55
Figura 30. Gráfico estatístico da sub-característica.
A primeira função da tela de administração é a manutenção dos usuários do sistema. A
figura 31 apresenta a tela onde se pode visualizar os dados, incluir um novo usuário, excluir
um usuário existente e alterar seus dados. A alteração é feita clicando sobre o nome do
usuário, sendo que o sistema irá redirecionar para uma tela de alteração de cadastro. Antes de
excluir um usuário o sistema verifica se existem sites avaliados pelo mesmo, caso existam,
será feita uma pergunta de confirmação.
A função de manutenção Grupos permite alterar e criar novos grupos de avaliação,
conforme mostra a figura 32 e figura 33. É nessa tela que se informa ao sistema quais sub-
características vão pertencer ao grupo.
Figura 31. Tela de manutenção do usuário.
56
Figura 32. Tela de manutenção dos grupos.
Na tabela de grupos se encontram dois comandos de envio de e-mail. O Gerar Convite
serve para enviar um e-mail convidando usuários a avaliarem um grupo. O formulário permite
incluir um texto de esclarecimento e os endereços dos destinatários (figura 34). O e-mail
gerado possui também um link para a tela de cadastro de sites com a passagem do parâmetro
grupo. O comando denominado Gerar E-mail é semelhante ao convite, mas ele já traz
preenchido o campo de endereços com todos os usuários que avaliaram sites daquele grupo.
A manutenção das perguntas e dicas é feita através da tela apresentada na figura 35 e
figura 36. Essas telas permitem incluir, alterar e excluir as perguntas e dicas relacionadas às
sub-características da norma ISO/IEC 9126.
Figura 33. Tela de cadastramento de um novo grupo.
57
Figura 34. Formulário de criação de e-mail de convite.
Na inclusão de uma nova pergunta é solicitado um número para essa pergunta. Se esse
já existir na base de dados, o sistema retornará uma mensagem de alerta solicitando outro
número.
Figura 35. Tela de manutenção de perguntas e dicas.
58
Figura 36. Formulário de alteração de perguntas e dicas.
Na tela de manutenção dos sites avaliados, apresentada na figura 37, o sistema fornece
todas as informações referentes ao site avaliado. Os itens usuário e grupo funcionam como
link para visualizar suas informações. O nome do site é o link para a tela de alteração de
informações do site, apresentada na figura 38.
Figura 37. Manutenção dos sites avaliados.
59
Figura 38. Formulário de alteração do site.
5.5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram avaliados de 15 de outubro de 2002 a 15 de novembro de 2002, 20 sites de
empresas da região de Blumenau/SC, denominados no sistema de Sites da região (anexo I).
Essa amostragem gerou um banco de dados que trouxe algumas características de padrão de
qualidade de nossa região, no que se refere à qualidade de sites.
O SIPT proposto nesse trabalho gerou uma tabela com as estatísticas de padrão de
qualidade dos sites avaliados pelo sistema, no caso os vinte sites apresentados (anexo 1),
conforme apresentado no quadro 7.
QUADRO 8. ESTATÍSTICA DE QUALIDADE DE SITES DE NOSSA REGIÃO. Característica Sub-característica O A I N
Funcionalidade Precisão 95,0% 5,0% 0,0% 0,0%
Funcionalidade Interoperabilidade 40,0% 25,0% 35,0% 0,0%
Funcionalidade Conformidade 100,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Funcionalidade Adequabilidade 100,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Funcionalidade Segurança de acesso 35,0% 20,0% 0,0% 45,0%
Usabilidade Compreensibilidade 95,0% 5,0% 0,0% 0,0%
Usabilidade Aprendizibilidade 5,0% 70,0% 25,0% 0,0%
60
Usabilidade Operabilidade 30,0% 65,0% 5,0% 0,0%
Performance Acessos Simultâneos 100,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Performance Tempo de resposta 100,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Performance Recursos 80,0% 5,0% 0,0% 15,0%
Confiabilidade Maturidade 100,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Confiabilidade Tolerância à falhas 10,0% 10,0% 80,0% 0,0%
Confiabilidade Recuperabilidade 10,0% 20,0% 70,0% 0,0%
Portabilidade Adaptabilidade 90,0% 10,0% 0,0% 0,0%
Portabilidade Instalação 15,0% 5,0% 0,0% 80,0%
Portabilidade Conformidade 55,0% 45,0% 0,0% 0,0%
Portabilidade Substitubilidade 85,0% 10,0% 0,0% 5,0%
Manutenibilidade Analisabilidade 50,0% 50,0% 0,0% 0,0%
Manutenibilidade Modificabilidade 45,0% 40,0% 15,0% 0,0%
Manutenibilidade Estabilidade 95,0% 5,0% 0,0% 0,0%
Manutenibilidade Testabilidade 95,0% 0,0% 5,0% 0,0%
A sub-característica interoperabilidade foi a que se mostrou mais distribuída,
apresentando 40% de sites com padrão ótimo, 25% com padrão aceitável e 35% com padrão
insuficiente (figura 39).
Figura 39. Gráfico estatístico de Interoperabilidade.
Para geração dos gráficos foi utilizado uma applet java denominado x_piechart.class
da empresa AppletWorld (http://appletworld.xoasis.com). No código ASP da página de
estatísticas são calculados os porcentuais das sub-características de acordo com as
61
informações da base de dados. Essas informações são armazenadas nas variáveis otimo,
aceitavel, insuficiente e n_aplica da página. Através de um comando HTML são passadas para
a página graficos.asp as variáveis, conforme quadro 8 e quadro 9. A página graficos.asp
possui o código java script da aplicação java applet que gera o gráfico utilizando as variáveis
recebidas. Desta mesma forma são gerados os demais gráficos apresentados nesse trabalho.
QUADRO 9. CÓDIGO DE PASSAGEM DAS VARIÁVEIS PARA A PÁGINA GRAFICOS.ASP – PÁGINA ESTATICAS.ASP.
<a href="javascript:popgrafico('graficos.asp?caract =<%= RSsubcaract("descricao_caracteristica")%>&subcaract =<%= RSsubcaract("descricao_subcaracteristica")%>&otimo= <%= otimo %>&aceitavel= <%= aceitavel %>&insuficiente= <%= insuficiente %>&n_aplica= <%= n_aplica %>')"><img src="grafico.gif" width="16" height="18" border="0" ></a>
QUADRO 10. CÓDIGO PARA GERAÇÃO DOS GRÁFICOS – PÁGINA GRAFICOS.ASP.
<% caract = REQUEST("caract") subcaract = REQUEST("subcaract") otimo = REQUEST("otimo") aceitavel = REQUEST("aceitavel") insuficiente = REQUEST("insuficiente") n_aplica = REQUEST("n_aplica") %> <APPLET id=Applet1 style="WIDTH: 380px; HEIGHT: 1 60px" name=X_PieChart code=X_PieChart.class width=380px height=190px V IEWASTEXT> <PARAM NAME="image" VALUE=""> <PARAM NAME="forecolor" VALUE="ffffff"> <PARAM NAME="activecolor" VALUE="FFFF00"> <PARAM NAME="backcolor" VALUE="000066"> <PARAM NAME="activecolor_shadow" VALUE="FFFFCC" > <PARAM NAME="distance" VALUE=6> <PARAM NAME="p0" VALUE="Ótimo# <%= otimo %>#FFCC66#FFFFFF##"> <PARAM NAME="p1" VALUE="Aceitável# <%= aceitavel %>#33AA66#FFFFFF##"> <PARAM NAME="p2" VALUE="Insuficiente# <%= insuficiente %>#00AAAA#FFFFFF##"> <PARAM NAME="p3" VALUE="Não se Aplica# <%= n_aplica %>#6699CC#FFFFFF##"> <PARAM NAME="deep" VALUE=5> <PARAM NAME="font" VALUE="arial#arial#12"> <param name="title" value="<%= caract %> - <%= subcaract %>"> <param name="showratios" value = 0> </APPLET>
62
As sub-características que apresentaram índice de insuficiência foram
interoperabilidade, aprendizibilidade, tolerância à falhas, recuperabilidade e modificabilidade.
Os mais graves foram a tolerância à falhas e recuperabilidade com 80% e 70%
respectivamente, conforme mostram as figuras 40 e 41.
Figura 40. Gráfico estatístico de Tolerância à falhas.
Figura 41. Gráfico estatístico de Recuperabilidade.
As sub-características que apresentaram o melhor padrão de qualidade, entre 80% e
100% foram: maturidade referente à característica de confiabilidade, adequabilidade,
conformidade e precisão referente à característica de funcionalidade, estabilidade e
testabilidade referente à característica de manutenibilidade, acessos simultâneos, tempo de
63
resposta e recursos referente à característica de performance e compreensibilidade referente à
característica de usabilidade. Dessas, somente a sub-característica de testabilidade referente à
característica de manutenibilidade teve 5% de insuficiência. Todas as demais tiveram índice
de insuficiência nulo. Os gráficos são mostrados nas figuras 42 e 43.
Figura 42. Gráfico estatístico de Precisão.
Figura 43. Gráfico estatístico de Conformidade.
64
6 CONCLUSÕES
O SIPT desse trabalho demonstrou através das estatísticas que os sites avaliados
possuem em sua grande maioria, problemas de qualidade. O uso do sistema proposto vem a
contribuir para a melhora da qualidade dos sites que povoam a WEB, elevando o padrão de
qualidade, facilitando a navegação e assim ajudando a descongestionar a rede.
O sistema elaborado se mostrou uma ferramenta compatível e eficiente no auxílio do
desenvolvimento de sites e sistemas para a WEB, permitindo a utilização das normas de
qualidade ISO/IEC 9126 de uma maneira direta, sem exigir conhecimentos profundos do
assunto pelo avaliador. O método de pergunta e resposta ao avaliador abstraiu dele os
conceitos técnicos de qualidade da norma ISO/IEC 9126.
A utilização da tecnologia ASP para o desenvolvimento desse sistema foi baseada em
alguns fatores relevantes, entre eles a possibilidade do sistema ser acessado por qualquer
avaliador em qualquer local. O ASP possui como uma de suas características a independência
do navegador, acesso à base de dados e segurança. Essa facilidade de acesso permite atingir
um número muito maior de avaliadores que alimentam uma mesma base de dados em tempo
real. O sistema também incluiu em sua programação a linguagem Java na forma de script e
applet para auxiliar alguns recursos do sistema, como por exemplo, validação dos campos dos
formulários, janelas popups para visualização de informações e apresentação dos gráficos.
A metodologia de Análise a Orientação de Objetos utilizando Linguagem de
Modelagem Unificada (UML) mostrou-se eficaz na especificação do sistema proposto. Isso
devido às características de orientação a objetos do ASP e do Java.
Esse trabalho contribuiu para o desenvolvimento acadêmico e profissional do autor,
através da implantação do SIPT na empresa (Informare Vision Web Design) de
desenvolvimento de sites e sistema para WEB, havendo uma melhora dos projetos
executados após a implantação. Nas atividades acadêmicas, auxiliou uma linha de trabalho o
qual pode-se gerar novas oportunidades de pesquisas e trabalhos científicos.
A utilização de um sistema em um navegador de internet traz limitações. A qualquer
momento o usuário pode fechar o navegador e abandonar o procedimento, ou então, utilizar
65
os comandos do navegador para voltar a páginas anteriores, sem restrição ou controle. Após
estudos na área, não foi encontrado nenhum mecanismo de controle para essas situações.
6.1 EXTENSÕES
Como sugestão para o desenvolvimento de futuros trabalhos e para aprimoramento do
mesmo, torna-se necessário elaborar questionários diferenciados para as diversas categorias
de sites da WEB. Sugere-se aplicar outra metodologia, apresentada pelo Professor Dr. Hugues
Boisvert apud Queiroz (2002), que divide os sites em 6 categorias distintas: relacional-
transacional, transacional, relacional, promocional-relacional, promocional e informacional.
Outra sugestão seria utilizar Inteligência Artificial para a escolha das perguntas da
avaliação conforme o tipo de site. Também, para filtrar as dicas das sub-características,
relacionando somente as dicas das perguntas que obtiveram pontuação insuficiente no sistema
de avaliação.
66
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Makron Books, 1995.
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presente. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2000.
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Computação) - Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
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Paulo: Makron Books, 2000.
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São Paulo: Makron Books, 1997.
67
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INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. ISO/IEC 9126. 1. ed.
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Ciências da Computação), Centro de Ciências Exatas e Naturais – FURB.
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QUATRANI, Terry. Modelagem visual com Rational Rose 2000 e UML. Rio de Janeiro:
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RADFAHRER, Luli. Design/Web/Design. São Paulo: Market Press, 1998.
RAMALHO, José Antônio Alves. HTML 4 : teoria e prática. São Paulo: Berkeley, 2000.
68
ROSA, Antônio. Atração global: A convergência da mídia e tecnologia. São Paulo:
Makron Books, 1998.
SALM, José Jr; THIRY, Marcello. EPS 3750 - Processo de desenvolvimento de software com
UML, [S.l.], 2001. Disponível em: <http:// www.eps.ufsc.br/disc/procuml/index.html>
Acesso em: 23 nov. 2002.
SANT'ANNA, Armando. Propaganda: Teoria, Técnica e Prática. São Paulo: Berkeley,
1997.
SILVA, Demétrius Domingos Wolff. Análise comparativa entre ambientes Oracle
relacional versão 7 Oracle objeto relacional versão 8, utilizando padrões da norma
ISO/IEC 9126. Blumenau, 1999. Relatório de estágio supervisionado. Bacharel em Ciências
da Computação, Centro de Ciências Exatas e Naturais – FURB.
STAIR, Ralph M. Princípios de sistemas de informação. Tradução Maria Lúcia Lecker
Vieira e Dalton Conde de Alencar; revisão técnica de Paulo Machado Cavalheiro e Cristina
Bacellar. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, 1998.
THOMAS, Michael D. et al. Programando em Java para internet. Tradução Katia Roque.
São Paulo: Makron Books, 1997.
VIANNA, Eduardo Horn. Proposta de uma metodologia para o desenvolvimento de
sistemas de apoio a decisão. Blumenau, 1992. Trabalho de conclusão de curso (Bacharel em
Ciências da Computação), Centro de Ciências Exatas e Naturais – FURB.
WEISSINGER, A. Keyton. ASP – guia completo. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 1999.
69
8 ANEXO I
Relação de sites avaliados pelo SIPT proposto nesse trabalho.
Nome: Informare Vision Web Design
Endereço: www.ivweb.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Windows NT
Implementação: HTML, Java Script, ASP e Flash.
Descrição: Site de uma empresa de desenvolvimento de produtos para WEB.
Possui seções de acesso restrito por senha e serviços de estatísticas para
seus clientes.
Nome: Zonta Contabilidade
Endereço: www.zonta.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Linux
Implementação: HTML e Java Script.
Descrição: Site de um escritório de contabilidade, com conteúdo institucional.
Nome: TV Galega
Endereço: www.tvgalega.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Windows NT
Implementação: HTML, Java Script, ASP e Flash.
Descrição: Site e sistema de uma emissora de tv local. Possui sistemas
multimídia e sistema de gerenciamento de conteúdo on-line.
Nome: IBES
Endereço: www.unibes.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Linux
Implementação: HTML, Java Script, PHP.
Descrição: Site e sistema de gerenciamento de conteúdo on-line de uma
instituição de ensino superior.
Nome: Guia Pomerode
Endereço: www.pomerode.com.br
Cidade: Pomerode / SC
Ambiente: Windows NT
Implementação: HTML, Java Script, ASP e Flash.
Descrição: Site de conteúdo da cidade de Pomerode. Possui sistema de
cartão virtual e conteúdo de jornal local administrado por sistema de
gerenciamento de conteúdo on-line.
70
Nome: Sun e Housing
Endereço: www.sunhousing.com.br
Cidade: Florianópolis / SC
Ambiente: Windows NT
Implementação: HTML, Java Script, ASP e Flash.
Descrição: Site e sistema de gerenciamento de conteúdo on-line de uma
imobiliária.
Nome: O&M Informática
Endereço: www.dalfovo.com
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: UNIX
Implementação: HTML, Java Script, PHP e Flash.
Descrição: Site educacional.
Nome: Prefeitura Municipal de Pomerode
Endereço: www.pomerode.sc.gov.br
Cidade: Pomerode / SC
Ambiente: Windows NT
Implementação: HTML, Java Script, ASP e Flash.
Descrição: Site da Prefeitura de Pomerode com informações ao público.
Possui sistema de administração de conteúdo on-line.
Nome: SAMAE
Endereço: www.samae.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Windows NT
Implementação: HTML, Java Script, ASP e Flash.
Descrição: Institucional e serviços da SAMAE. Informações e dicas. Possui
sistema de administração de conteúdo on-line e exibição dinâmica de notícias
na homepage.
Nome: Peskisa
Endereço: www.peskisa.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Windows NT
Implementação: HTML, Java Script, ASP e Flash.
Descrição: Mecanismo de busca de sites da região de Blumenau, estado de
SC. Possui sistema de administração de conteúdo on-line.
Nome: Ártico, Indústria de Refrigeração
Endereço: www.artico.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Linux
Implementação: HTML, Java Script e Flash.
Descrição: Site institucional com catálogo de produtos.
71
Nome: Carrera Locadora de Veículos
Endereço: www.carreralocadora.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Linux
Implementação: HTML, Java Script.
Descrição: Site institucional com pré reserva de veículos.
Nome: Inter Connection Central de Distribuição
Endereço: www.interconnection.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Windows NT
Implementação: HTML, Java Script, ASP.
Descrição: Site institucional com catálogo de produtos. Sistema de localização
de produtos e representantes por base de dados.
Nome: Kreibch Engenharia
Endereço: www.kreibch.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Linux
Implementação: HTML, Java Script.
Descrição: Site institucional.
Nome: Albatroz eventos esportivos e sociais
Endereço: www.albatroz.esp.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Linux
Implementação: HTML, Java Script.
Descrição: Site institucional com cronograma, resultados e divulgação de
eventos.
Nome: Procriar – Centro de fertilização Assistida
Endereço: www.procriar.med.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Linux
Implementação: HTML e Java Script.
Descrição: Site institucional e de disponibilização de conteúdo científico.
Nome: Bela Vista Country Club
Endereço: www.belanet.com.br
Cidade: Gaspar / SC
Ambiente: Windows NT
Implementação: HTML, Java Script, ASP e Flash.
Descrição: Site com informações institucionais, eventos esportivos e sociais.
Possui sistema de administração de conteúdo on-line.
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Nome: Ilhatur Turismo
Endereço: www.ilhatur.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Linux
Implementação: HTML, Java Script, PHP e Flash.
Descrição: Informações turísticas e de serviços turísticos. Possui sistema de
administração de conteúdo on-line.
Nome: Pousada Aquitabom
Endereço: www.aquitabom.com.br
Cidade: Gaspar / SC
Ambiente: Linux
Implementação: HTML, Java Script, ASP e Flash.
Descrição: Site institucional.
Nome: Orquestra de Câmara de Blumenau
Endereço: www.orquestradeblumenau.com.br
Cidade: Blumenau / SC
Ambiente: Linux
Implementação: HTML e Java Script.
Descrição: Site de divulgação da orquestra e eventos.