Sistemas de tratamento_por_zona_de_raiz_-_altair
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1
SANEAMENTO BÁSICO RURAL
"SISTEMAS DE TRATAMENTO POR ZONA DE
RAIZES (WETLANDS) – PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS E EXEMPLOS DE SISTEMAS"
Altair Rosa
2
A água tem tido seu valor subestimado e sua
qualidade degradada
Uma das maneiras de manter a qualidade das
águas é tornar a cobertura da rede de esgoto mais
abrangente
Brasil: sistema de esgoto atende apenas 55% do
país
PROBLEMATIZAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
3
Constituição básica:
Matéria orgânica carbonácea biodegradável;
Nitrogênio orgânico e amônia;
Fósforo orgânico e fosfatos;
Organismos patogênicos.
Lançamento sem o devido tratamento
Poluição de corpos d’ água e solo e consequentemente:
• Aumento da DBO e DQO;
• Diminuição do Oxigênio Dissolvido;
• Incidência de possíveis microrganismos patogênicos;
• Eutrofização;
• Mudança no ecossistema;
• Entre outros efeitos.
Esgoto Sanitário
4
Sistema de esgotamento sanitário
Coleta
Tratamento coletivo
ETE
Pós-tratamento
Edifício
Tratamento individual
Coletivo Individual
Corpo receptor
?
Água Solo
Subprodutos Subprodutos
SOLUÇÃO: TRATAMENTOS ALTERNATIVOS
DE ESGOTO
WETLANDS
5
WET + LAND
TERRA MOLHADA
NATURAL E CONSTRUÍDA
DIFERENTES FLUXOS
POSSÍVEL TRATAR ÁGUA E ESGOTO
PROBLEMATIZAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
Ecossistemas frágeis, de alta complexidade
ecológica, importantes para o processo de
estabilidade ambiental e manutenção da
biodiversidade, que, por estarem relevos planos ou
abaciados, se encontram frequentemente com
elevados níveis de saturação hídrica, isso aumenta
a capacidade de filtragem das águas e de
regularização da vazão dos rios (RESOLUÇÃO 045,
2007).
6
ZONA DE RAÍZES
ALAGADOS CONSTRUÍDOS
JARDINS FILTRANTES
JARDINS PLANTADOS
LEITOS CULTIVADOS
SISTEMAS DE TRATAMENTOS BIOLÓGICOS
SISTEMAS DE TRATAMENTOS COM PLANTAS
SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO
ALTERNATIVO
BIORETENÇÃO
NOMENCLATURA NO BRASIL
7
ZONA DE RAÍZES
São áreas inundadas ou saturadas com água;
Podem suportar a existência de vegetação adaptada a condições de solo
saturado;
Exemplos: pântanos, alagadiços e banhados;
Podem ser usadas para o pós-tratamento de esgoto sanitário;
Zona de raízes
Fonte: SEZERINO (2006)
PROBLEMATIZAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
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As zonas de raízes agregam: baixo custo e manutenção
reduzida
Baseada nas condições naturais presente nos pântanos,
utilizando esse meio para o melhoramento da qualidade da
água
Recomenda-se o uso de macrófitas que são capazes de
estabelecer-se, crescer rapidamente, absorver e
armazenar nutrientes em suas raízes
PROBLEMATIZAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
9
Wetlands in Butte County, Calif. Photo by Lynn Betts,
USDA Natural Resources Conservation Service.
Município de São José dos Pinhais
North Shore Wetland Partners: Formed in 2004,
Incorporated in 2010
WETLANDS NATURAIS
10
WETLANDS CONSTRUÍDAS
11
WETLANDS CONSTRUÍDAS
ABAIXO DO NÍVEL DO SOLO
ACIMA DO NÍVEL DO SOLO
12
BIORETENTION FEATURE
UNIVERSITY OF NEVADA, 2013
BIORETENÇÃO
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MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO
MÉTODO DE REED
VAZÃO – CONTRIBUIÇÃO
PARÂMETROS
ÀREA X HABITANTE (FRANCÊS)
ETC…
14
AGRONÔMICA
15
AGRONÔMICA
16
Almirante Tamandaré/PR
Características Gerais:
População Total: 97.523 habitantes;
População da área urbana: 93.622 habitantes;
População da área rural: 3.901 habitantes;
Saneamento básico (Área rural):
0,3% dos domicílios particulares e permanentes possuem
rede de esgoto sanitário (FGV, 2006);
32,8% possuem fossa séptica (FGV, 2006);
60,7% despejam seus esgotos sanitários em fossa
rudimentar, rio, vala, entre outros (FGV, 2006).
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Metodologia e materiais
Sistema de Zona de Raízes e plantas escolhidas:
Sistema construído de fluxo horizontal subsuperficial;
Espécie de macrófita: Typha domingensis.
Tipos de Zona de Raízes (ZR)
Parâmetros Fluxo Superficial Fluxo Subsuperficial
Tempo de Detenção (Dia) 5 – 14 2 – 7
Altura da coluna d’ água (m) 0,1 – 0,5 0,1 – 1,0
Área requerida (ha.m-³. dia-1) 0,002 – 0,014 0,001 – 0,007
Relação Comprimento – Largura 2:1 – 10:1 0,25:1 – 5:1
Carga Hidráulica (mm/dia) 7 – 60 2 – 30
Parâmetros e seus respectivos padrões para dimensionamento do sistema de ZR –
Método Reed (1992).
Materiais para construção:
Lona plástica (preta) – 0,2 mm; Areia (média); Brita (nº 1);
Tubulação (linha marrom) - 75 mm; Bedin Cinza ou Branco; Tês
- 75 mm; CAP’s - 75 mm; CAP’s - 100 mm e Joelho 90° - 75 mm
18
Área de estudo
Fossa séptica 2
Fossa séptica 1
Poço irrigação
Figura 4 – Propriedade de estudo
Fonte: Projeto Carste
Figura 3 – Município de Almirante Tamandaré
Fonte: Projeto Carste
Fossa séptica 2 Fossa séptica 1 Poço irrigação
Figura 5 – Fossas e poço da propriedade de estudo
Fonte: Projeto Carste (2010)
19
Resultado e Discussão
Vazão: 0,68 m³.d-¹;
Tempo de detenção: 2 dias;
Relação Comprimento/Largura: 5/1;
Comprimento: 5,85 m;
Largura: 1,16 m;
Profundidade: 0,35 m;
Área: 6,80 m²;
Volume: 2,27 m³.
Figura 6 – Zona de Raízes dimensionada
Fonte: Autor (2011)
20
Resultado e Discussão
1 2
1
3 4
5 6 7 8
9 11 10
Fonte: Autor (2011)
Etapas de construção:
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Resultados e Discussão Parâmetros
Coleta Amostragem 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Coleta 1 P1 17 7,1 380 1051 0,15 98,72 10,2 14300000 1210000
P2 16 6,5 36 179,26 1,36 22,12 7,42 105900 51200
E (%) - - 90,53 82,94 88,97 77,59 27,5 99,26 95,77
Coleta 2 P1 15 7,6 660 721,92 0,14 131,63 22,5 26130000 500000
P 2 14 6,8 280 507,6 2,33 62,72 9,38 2419600 53000
E (%) - - 57,88 29,69 93,99 52,35 58,4 90,74 89,4
Coleta 3 P1 14 7,9 780 630,55 0,19 138 49,7 1210000 100000
P2 13 6,9 240 373,37 1,18 64,15 24,3 1210000 100000
E (%) - - 69,23 40,79 83,9 53,51 51,11 0 0
Coleta 4 P1 14 8 960 1245,84 0,18 191,5 61 4570000 200000
P 2 9,1 6,7 240 518,35 0,7 63,16 22,5 970000 31000
E (%) - - 75 58,39 74,29 67,02 63,11 78,77 84,5
Coleta 5 P1 14 8,3 600 1293,06 0,15 200,03 75 10120000 5560000
P 2 10 6,6 120 240,62 1,5 22,45 7,5 12033 5475
E (%) - - 80 81,39 90 88,78 90 99,88 99,9
Eficiência média
E (%) - - 70,53 52,95 85,30 62,60 50 66,32 67,42
1 – Temperatura da amostra (ºC); 2 – pH; 3 – DBO5 (mg.L-1); 4 – DQO (mg.L-1); 5 – OD (mg.L-1); 6 –
Nitrogênio Amoniacal (mg.L-1); 7 – Fósforo (mg.L-1); 8 – Coliformes Totais (NMP.100 ml-1); 9 –
Escherichia coli (NMP.100 ml-1).
Tabela 2 Dados das análises do esgoto bruto e tratado no sistema de Zona de Raízes
Fonte: Autor (2011)
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Resultados e Discussão Gráfico – Dinâmica da eficiência da remoção dos parâmetros no esgoto sanitário comparando-se a
entrada e a saída do sistema de Zona de Raízes.
Coleta 5
0
50
100
150
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Parâmetros
Rem
oção
(%
)
P1
P2
1 – Temperatura da amostra (ºC); 2 – pH; 3 – DBO5 (mg.L-1); 4 – DQO (mg.L-1); 5 – OD (mg.L-1); 6 – Nitrogênio Amoniacal
(mg.L-1); 7 – Fósforo (mg.L-1); 8 – Coliformes Totais (NMP.100 ml-1); 9 – Escherichia coli (NMP.100 ml-1).
DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
dinâmica dos processos
e fatores externos;
Tabela 1: Dados das análises do esgoto bruto e tratado da ZR
LOCALIZAÇÃO
Construído no Patronato São Antônio, instituição filantrópica,
localizado no município de São José dos Pinhais, região
metropolitana de Curitiba, estado do Paraná, Brasil. O patronato
recebe cerca de 600 crianças por dia.
O SISTEMA
● Concluído em 2010
Atende uma vazão sanitária de 0,85 L/s
●Adotou-se uma composição de 04 (quatro) Câmaras
Digestoras Anaeróbicas (Fossa Séptica) qual irão realizar a
retenção, a digestão da matéria orgânica e decantação da
matéria digerida.
●O reator anaeróbio possui três metros de diâmetro e é formado
por três estágios de fossa séptica. O quarto estágio funciona
como um filtro prévio e possui um volume de 14,13m³ de pedra
brita.
O SISTEMA
● Em seguida, o efluente é encaminhado para a zona de
raízes constituída por dois tanques de 64 m² cada, composto
por 12,80 m³ de terra, 38,40m³ de pedra brita e as macrófitas
das espécies Taboa e Hedychium coronariu.
● O efluente do tratamento é encaminhado a um pequeno
córrego, que desemboca suas águas no Rio Miringuava, que,
por sua vez, deságua no Rio Iguaçu.
RESULTADOS
RESULTADOS
Tecnologias alternativas são consideradas muito
promissoras e eficientes
Avanço para o estudo das zonas de raízes
Resultados significativos
Expansão do uso de zona de raízes no Brasil
OBS: entraves políticos
CONCLUSÃO
OBRIGADO!!!!!