Sistemas Embarcados - Artigo 2011

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Artigo Científico sobre Sistemas Embarcados

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Curso de Bacharelado em Sistemas de InformaoAPLICABILIDADE DOS SISTEMAS DE INFORMAO NO DESENVOLVIMENTOS DE SISTEMAS EMBARCADOS Afrnio Pereira do Nascimento1, Elizabeth dArrochella Teixeira2 Braslia/DF - Junho/2011 Resumo Este artigo procura abranger de uma forma simples o que , e como funciona um Sistema Embarcado, a preocupao com a segurana no desenvolvimento desses sistemas, que podem ser utilizados em simples calculadoras, microprocessadores, chegando a satlites, automveis, embarcaes, armamentos de guerra, como msseis, tanques, submarinos e uma gama de outros equipamentos inclusive, os utilizados no dia a dia das pessoas como telefones celulares, fornos de microondas, mquinas de lavar e etc. Palavras-chave: Sistemas Embarcados. Segurana. Desenvolvimento. 1. Introduo 1.1 Sistemas de Informao Segundo Laureano (2005) um sistema de informao pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes interrelacionados que coleta (ou recupera), processa, armazena e distribui informaes destinadas a apoiar a tomada de decises, a coordenao e o controle de uma organizao. Alm de dar suporte tomada de decises, coordenao e ao controle, esses sistemas tambm auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos. Os sistemas de informao contm informaes sobre pessoas, locais e coisas significativas para a organizao ou para o ambiente que a cerca. Trs atividades em um sistema de informao produzem as informaes de que as organizaes necessitam para tomar decises, controlar operaes, analisar problemas e criar novos produtos ou servios. Essas atividades so a entrada, o processamento e a sada. A entrada captura ou coleta dados brutos de dentro da organizao ou de seu ambiente externo. O processamento converte esses dados brutos em uma forma mais significativa. A sada transfere as informaes processadas s pessoas que as utilizaro ou s atividades em que sero empregadas. Os sistemas de informao tambm requerem um feedback, que a entrada que volta a determinados membros da organizao para ajud-los a avaliar ou corrigir o estgio de entrada. Ainda para Laureano (2005) os sistemas de informao so partes integrantes das organizaes. Na verdade, para algumas empresas, como as que fazem avaliao de crdito, sem sistema de informao no haveria negcios. Os1 2Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informao, [email protected] Mestra em Gesto do Conhecimento e Tecnologia da Informao , Professora no curso de BSI da Faculdade Alvorada, ,

[email protected]

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informaoadministradores de hoje devem saber como estruturar e coordenar as diversas tecnologias de informao e aplicaes de sistemas empresariais para atender s necessidades de informao de cada nvel da organizao e s necessidades da organizao como um todo. Para Gouveia, (1996) o objetivo de um sistema de informao orientar a tomada de deciso nos trs nveis de responsabilidade descritos: Operacional, Ttico e Estratgico. Alm das qualidades necessrias (precisa, concisa, simples e oportuna), a informao tem que ser obtida mediante um custo razovel. Igualmente, o Sistema de Informao (S.I) deve assegurar a segurana e futura disponibilidade da informao com os seguintes componentes: Sistema de Processamento de Dados - Canais de Comunicao. Os dados constituem a entrada (Input) do sistema e so compostos pelas ocorrncias e movimentaes detectadas no sistema. Alguns destes dados podem resultar do prprio funcionamento do sistema (realimentao, utilizada para controle). 2 Tema e Justificativa Os sistemas embarcados so hoje, uma poderosa fora que domina praticamente todos os setores da indstria eletroeletrnica. Ao longo do tempo, tem tornado possvel que tarefas das mais diversas ordens, possam ser executadas de maneira simples. Projetos cada vez mais arrojados e contando com tecnologias avanadas, esses sistemas complementam a indstria automobilstica, aeronutica, blica entre outras. Entender essa realidade que cerca o homem moderno importante at mesmo na hora de efetuar uma simples compra de um aparelho eletroeletrnico como uma TV digital com conversor embutido, ou a mesma TV sem esse sistema. Os sistemas de informao por sua vez so de fundamental importncia no desenvolvimento de sistemas embarcados, pois so estes que asseguram a fase inicial e final de um S.E, culminando com a sua disponibilizao no mercado. 3. Objetivos Fazer uma explanao a respeito dos Sistemas de Informao (S.I), posteriormente na segunda parte, explicar de maneira sucinta o que so Sistemas Embarcados, conceito, histria, sua arquitetura, engenharia, desenvolvimento, microprocessadores, microcontroladores, espaos e projetos, como projetar esses sistemas, sua segurana, alguns tipos e tambm a sua aplicao. As medidas de segurana integradas e utilizadas nesses sistemas e por ltimo, a terceira parte que encerra o artigo com as consideraes finais. 4. Sistemas Embarcados 4.1 Conceito Para Chase (2007) um sistema classificado como embarcado quando este dedicado a uma nica tarefa e interage continuamente com o ambiente a sua volta por meio de sensores e atuadores. Por exigir uma interao contnua com o

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informaoambiente, este tipo de sistema requer do projetista um conhecimento em programao, sistemas digitais, noes de controle de processos, sistemas de tempo real, tecnologias de aquisio de dados converso analgico/digital e sensores e de atuadores converso digital/analgico, acionamento eletromecnico e a Modulao por Largura de Pulso, (PWM) termo em ingls (Pulse-Width Modulation), e cuidados especiais na eficincia de estruturao do projeto e do cdigo produzido. A denominao Sistemas Embarcados proveniente do termo em ingls (Embedded Systems) vem do fato de que estes sistemas so projetados geralmente para serem independentes de uma fonte de energia fixa como uma tomada ou gerador. As principais caractersticas de classificao deste sistema so a sua capacidade computacional e a sua independncia de operao. Outros aspectos relevantes dependem dos tipos de sistemas, modos de funcionamento e itens desejados em aplicaes embarcadas. Todo sistema embarcado composto por uma unidade de processamento, que um circuito integrado, fixado a uma placa de circuito impresso. Possuem uma capacidade de processamento de informaes vinda de um software que est sendo processado internamente nessa unidade, logo o software est embarcado na unidade de processamento. Todo software embarcado classificado de firmware (conjunto de instrues operacionais programadas diretamente no hardware de um equipamento eletrnico).

Cdigo Fonte

Unidade de Processamento

Iphone

Fig. 01- Lgica de um Sistema Embarcado - Fonte: Chase (2007)

4.2 Histria Afirma Chase (2007) que o termo Sistema Embarcado tem sua origem no fim da dcada de 1960. Nessa poca o que existia era um pequeno programa de controle funcional de telefones. Logo este pequeno programa escrito em Assembler (programa de computador que efetua a montagem traduo de uma linguagem de montagem Assembly para cdigo de mquina) estava sendo usado em outros dispositivos, entretanto de forma customizada, no especfica para dado dispositivo, na realidade eram adaptados os sinais de entrada e sada definidos no programa, para as caractersticas do dispositivo, porm sem modificar qualquer linha de cdigo do programa feito. Posteriormente com o advento de microprocessadores especialistas, foi possvel desenvolver software especfico para os variados tipos de processador. Os programas eram escritos em linguagem de mquina. Na dcada de 1970 comeavam a surgir bibliotecas de cdigos direcionados para sistemas embarcados especficos com processadores

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informaoespecficos. Atualmente os sistemas embarcados podem ser programados em linguagens de alto nvel e possuem sistemas operacionais. Para Carro e Wagner (s.d), os sistemas embarcados esto presentes em todas as atividades humanas, e com baixos custos tecnolgicos atuais tendem a aumentar a sua presena no cotidiano das pessoas, exemplos desses sistemas so os telefones celulares com mquina fotogrfica e agenda, os sistemas de computadores de carros e nibus, os computadores portteis, Palm Tops (tipo de telefone celular com diversos recursos de um computador), fornos de microondas com controle de temperatura inteligente, mquinas de lavar e outros eletrodomsticos. Os projetos de sistemas eletrnicos embarcados enfrentam diversos e grandes desafios, pois o espao de projeto arquitetural a ser explorado muito vasto. A arquitetura de um sistema operacional embarcado pode conter um ou mais processadores, memrias, interfaces para perifricos e blocos dedicados. Os componentes so interligados por uma estrutura de comunicao que pode variar de um barramento a uma rede complexa, (NoC) termo em ingls, Network on Chip. Ainda, segundo Carro e Wagner, apud De Micheli e Benini (2009), os processadores podem ser de tipos diversos. No caso de sistemas contendo componentes programveis, o software de aplicao pode ser composto por mltiplos processos distribudos entre diferentes processadores e comunicando-se atravs de mecanismos variados.... Os projetos de sistemas embarcados oferecem servios de comunicao, escalonamento de processos entre outros. Alm do grande tempo que pode ser gasto com uma explorao sistemtica deste espao de projeto, deve-se considerar ainda o tempo necessrio para o projeto e validao individual de todos os componentes dedicados do sistema processadores, blocos de hardware, rotinas de software, Sistema Operacional de Tempo Real, sigla em ingls (RTOS) assim como o tempo de validao de sua agregao dentro de um mesmo sistema.

Fig. 02 - Roteador Cisco - Fonte: Chase(2007)

Curso de Bacharelado em Sistemas de InformaoCarro e Wagner (s.d) dizem ainda, que por outro lado, a presso num mercado mundial globalizado, somada contnua evoluo tecnolgica, impe s empresas a necessidade de projetarem novos sistemas dentro de janelas de tempo cada vez mais estreitas, de poucos meses. Alm disso, novos produtos tm uma vida cada vez mais curta, de modo que o retorno financeiro de seu projeto deve ser obtido tambm em poucos meses. Por exemplo: uma tecnologia desenvolvida para um sistema de freios (ABS), termo em ingls, Anti-lock Braking System, desenvolvido para um automvel hoje, deve estar ultrapassado em poucos anos, exigindo assim uma reestruturao em um novo sistema a ser desenvolvido e aplicado a novos modelos de automveis.

- Fig. 03 Automvel com dispositivos de sistemas embarcados - Fonte: Sistema Embarcado

Uma vez que esse tipo de sistema no pode sofrer alterao diretamente em (S.I), dado at mesmo ao custo elevado e as dificuldades em realizar. J um terceiro problema diz respeito aos custos de Engenharia No-Recorrentes, sigla em ingls (NRE). O projeto de um sistema embarcado de grande complexidade bastante caro para uma empresa, envolvendo equipes multidisciplinares (hardware digital, hardware analgico, software, testes) e a utilizao de ferramentas computacionais de elevado custo. So especialmente elevados os custos de fabricao de sistemas integrados numa pastilha (componente eletrnico que abriga um sistema), o que obriga as empresas desenvolver projetos de componentes que tenham garantidamente alto volume de produo, de forma a amortizar os custos de fabricao. Em muitas aplicaes, adequada integrao do sistema em apenas uma pastilha, neste caso, trata-se de um componente eletrnico que abriga um sistema, ou seja, um nico componente denominado (SoC) termo em ingls, (System on a Chip), figura 04. Em situaes onde requisitos de rea, potncia e desempenho sejam crticos, o projeto de (SoC) na forma de um Circuito Integrado (CI) para uma aplicao especfica, pode ser mandatrio, elevando bastante os custos de projeto e fabricao. Em muitas outras situaes, no entanto, mais indicada a implementao do sistema em alternativas de customizao mais econmicas para

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informaobaixos volumes, ou atravs de sistemas baseados em famlias de microprocessadores, componentes que so fabricados em grandes volumes e integram milhes de transistores.

Fig.04 - Chip Sigmatel STMP3510 - Fonte:GHDPress

Para Magarshack (2002), apud Carro e Wagner, baseando-se na lei de Moore (Gordon Moore - Intel, 1970), tem-se disposio o dobro de transistores a cada 18 meses, consequentemente, os sistemas dedicados com milhes de transistores devem ser projetados em pouco tempo. Segundo Keutzer (2000), apud Carro e Wagner (s.d), tem sido adotado o paradigma de projeto baseado em plataformas, onde afirmam Dutta (2001), Demmeler, Giusto (2001) e Paulin (1997), apud Carro e Wagner (s.d), que uma plataforma uma arquitetura de hardware e software especfica para um domnio de aplicao..., mas altamente parametrizvel (no nmero de componentes de cada tipo, na estrutura de comunicao, no tamanho da memria, nos tipos de dispositivos de (E/S) - Entrada e Sada, etc.). Para Keating e Bricaud (2002) apud Carro e Wagner (s.d), esta estratgia viabiliza o reuso de componentes ou ncleos. Carro e Wagner (s.d) prosseguem afirmando que, sendo altamente parametrizvel no nmero de componentes de cada tipo, na estrutura de

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informaocomunicao, no tamanho da memria, nos tipos de dispositivos de E/S etc. Tornase ento, uma estratgia para viabilizar o reuso de componentes (ou ncleos) previamente desenvolvidos e testados, para reduzir o tempo de projeto. O reuso desses elementos pode ser ainda reforado pela adoo de padres na arquitetura e projeto dos sistemas. O projeto de um sistema embarcado requer tecnologia de ponta e elementos derivados da plataforma que atenda aos requisitos da aplicao, como desempenho e consumo de potncia. Partindo-se de uma especificao de alto nvel da aplicao, feita uma explorao das solues arquiteturais possveis, estimandose o impacto de diferentes particionamentos de funes entre hardware e software. Feita a configurao da arquitetura, necessria a sntese da estrutura de comunicao que integrar os componentes de hardware. Neste estilo de projeto, cada vez mais a inovao de uma aplicao depende do software. Embora a plataforma de hardware de um celular possa ser similar de um controle de freios, (ABS), definitivamente o software no o mesmo. Com a automao do projeto de hardware encaminhada pelo reuso de plataformas e componentes, a automao do projeto do software se torna o principal objetivo a ser alcanado para a diminuio do tempo de projeto, sem sacrifcio na qualidade da soluo. Esta automao deve idealmente cobrir o software aplicativo, as interfaces entre os acionadores dos perifricos. 4.3 Engenharia - Desenvolvimento e Arquitetura Carro e Wagner (s.d) esclarecem que no projeto de arquitetura de um sistema embarcado so revisadas as arquiteturas clssicas de processadores e as tendncias modernas, discutindo-se a adequao de cada estilo de projeto para um dado sistema alvo; discute-se tambm o impacto das memrias em sistemas embarcados, assim como as estruturas de comunicao hoje disponveis, luz de seu impacto, em futuros sistemas constitudos de milhes de componentes heterogneos. 4.4 Segurana nos Sistemas Embarcados Especificamente falando da segurana em sistemas embarcados, segundo Silva, Carvalho e Torres (2003), a segurana dos Sistemas de Informao (S.I), engloba um nmero elevado de disciplinas que podero estar sob a alada de um ou vrios indivduos. A preservao da confidencialidade, integridade e disponibilidade da informao utilizada nos sistemas de informao requer medidas de segurana, que por vezes so tambm utilizadas como forma de garantir a autenticidade. Todas estas medidas, independentemente do seu objetivo, necessitam ser adotadas antes de o risco se concretizar, ou seja, antes do incidente ocorrer. As medidas de segurana so classificadas em funo da maneira como abordam as ameaas em duas grandes categorias: - Preveno o conjunto de medidas a serem adotadas com a finalidade de reduzir as probabilidades de concretizao de ameaas existentes. Todo o planejamento e essas medidas sero ineficientes se uma ameaa ou outra se

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informaotransformarem em um acidente. A vigilncia fator primordial no que se diz respeito segurana de um sistema: - Proteo tambm um conjunto de medidas que visa dotar os sistemas de informao de capacidade de inspeo, deteco, reao e reflexo, limitando assim, ou reduzindo o impacto de qualquer ameaa e/ou proporcionando tempo hbil para a reao de uma proteo mais especfica. Proteo contra a negao de servio a usurios autorizados, assim como contra a intruso, e a modificao desautorizada de dados ou informaes, armazenadas, em processamento ou em trnsito, abrangendo, inclusive, a segurana dos recursos humanos, da documentao e do material, das reas e instalaes das comunicaes e computacional, assim como as destinadas a prevenir, detectar, deter e documentar eventuais ameaa a seu desenvolvimento. O desenvolvimento de dispositivos e/ou mecanismos capazes de detectar falhas do equipamento (hardware) e, que de uma maneira geral, possam comprometer o funcionamento de um sistema, seja ele de informao, segurana. 4.5 Microprocessadores e seu Espao de Projeto Para Carro e Wagner (s.d) o projeto de sistemas embarcados toma sempre como base um ou mais processadores. Embora esta soluo parea extremamente conservadora do ponto de vista de inovao, ela traz enormes vantagens do ponto de vista operacional. Primeiro, o fator de escala. Como os microprocessadores so encontrados em milhares de projetos, seu custo dilui-se entre muitos clientes, e s vezes at competidores entre (SI). Mais ainda, uma vez que uma plataforma baseada em processadores esteja disponvel em uma empresa; novas verses de produtos podem ser feitas pela alterao do software dessa plataforma. A personalizao do sistema d-se atravs do software de aplicao, que toma atualmente a maior parte do tempo de projeto. Alm destas vantagens competitivas, h ainda o fator treinamento de engenheiros, j que estes geralmente se formam com conhecimentos de programao de microprocessadores. Os projetos usando microprocessadores no so vantajosos em todos os aspectos. A questo da potncia e velocidade, cada vez mais valorizada nos tempos atuais, crtica. Como so projetados para executar qualquer programa, existem estruturas de hardware dentro dos processadores que consomem muitos recursos, mas que so muitas vezes subutilizadas. Ainda nas afirmaes de Carro e Wagner (s.d), tambm para este tipo de aplicaes, caches (rpidas), tornam-se extremamente ineficientes, j que os dados so consumidos muito rapidamente, sem obedecer ao princpio da localidade espacial ou temporal. Para uma aplicao extremamente especfica, um projeto usando lgica programvel pode ter um desempenho muito melhor que usando um processador, ou mesmo uma potncia mais baixa. O problema que sistemas reais possuem diversos comportamentos (modelos de computao) e o atendimento simultneo dos mesmos tende a diminuir o desempenho do hardware dedicado. Alm disto, preciso considerar que se encontram processadores, nas mais diversas combinaes de preo, desempenho e potncia. Os processadores tambm contam com grupos de projeto imensos, que chegam s centenas de

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informaoprojetistas, e com tecnologias do estado da arte para sua fabricao. Tudo isto torna o uso de processadores extremamente interessante para o projeto de sistemas embarcados. H, contudo, uma srie de questes a serem respondidas, mesmo que o projetista decida usar um microprocessador. Por exemplo, se o projeto tem limitaes de potncia, famlias de processadores que trabalham com freqncias mais baixas podem no possuir desempenho suficiente. Segundo Zhang (2002) nestas situaes, preciso escolher processadores com controle de potncia embutido, onde partes do processador possam ser desligadas, ou utilizar tcnicas como processadores e multiprocessadores de mltipla voltagem. Carro e Wagner (s.d) afirmam ainda que uma alternativa mais interessante escolher a arquitetura adequada para o projeto em questo, pois os ganhos em potncia e desempenho podem ser maiores, conforme ser discutido a seguir. Para um projeto embarcado, no s a CPU termo em portugus, (Unidade Central de Processamento) importante. O quanto de memria estar disposio impacta a potncia do sistema. Memrias rpidas so grande fonte de consumo de energia e a sua possibilidade de reuso, j que pouca memria limita expanses, ainda obrigando a codificao em Assembler (linguagem de programao), sem muito espao para o uso de compiladores (programa de computador que transforma linguagem escrita humana em linguagem de mquina), isto, por sua vez, aumenta o tempo de projeto. 4.6 Microprocessadores e Microcontroladores Ainda baseado em Carro e Wagner (s.d) os microprocessadores so componentes dedicados ao processamento de informaes com capacidade de clculos matemticos e endereamento de memria externa. Utilizam barramentos de dados, controle e endereos para fazer acesso aos perifricos de entrada e sada e dependem de circuitos integrados externos como memria para armazenamento de dados e execuo do programa, conversor A/D (Analgico/Digital) para aquisio de dados analgicos e sensores e outro perifrico necessrio conforme aplicao do sistema. A vantagem dos microprocessadores que ainda possuem maior velocidade de processamento e so usados em solues mais complexas, porm esta vantagem os microcontroladores esto prestes a adquirir com seus ncleos de 16 e 32 bits. 4.7 Diferenas Entre Microprocessador e Microcontrolador - Nmero de Circuitos Integrados Os microcontroladores so pequenos sistemas computacionais bastante poderosos que englobam em um nico chip: interfaces de entrada/sada digitais e analgicas, perifricos importantes como a memria (RAM), termo em ingls, (Random Access Memory), figura 05 - Memria FLASH, (memria de computador do tipo EEPROM) termo em ingls, (Electrically-Erasable Programmable Read-Only

Curso de Bacharelado em Sistemas de InformaoMemory), figura 06, interfaces de comunicao serial, conversores (A/D) (Analgicos/Digitais) e temporizadores/contadores. A vantagem dos microcontroladores, figura 07, que alm de possuir os perifricos integrados a um nico chip, eles so responsveis por executar e armazenar os programas escritos para eles (firmware), assim como a capacidade de absorver mais funes com o incremento de perifricos, atravs de CIs (Circuitos Integrados) drivers, (aqui, trata-se especificamente de uma porta de comunicao) como comunicao USB, (Universal Serial Bus), pilha do TCP/IP (protocolo de comunicao), comunicao RF (Rdio Frequncia) e porta PS/2 termo em ingls, (Personal System/2 ) - figura 09. Com o advento dos microcontroladores de 16 e 32 bits (atualmente o padro de 8 bits) a capacidade de gerenciar solues mais complexas e maior velocidade de processamento se iguala ao do microprocessador. O crescimento dos sistemas embarcados muito se deve a este componente.

Fig. 05 - Memria RAM - Fonte: Hyper

Fig.06 Memria Flash - Fonte: WikiFic

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Fig.07 Microcontrolador- Fonte: WkiFic

Fig.08 Mircroprocessador Intel - Fonte: Intel

Fig.09 Porta PS/2 - Fonte: WikiFic

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4.8 Como Projetar um Sistemas Embarcados Segundo Chase (2007) o primeiro passo escolher o ncleo do sistema, ou seja, a unidade de processamento do sistema embarcado que pode ser um microcontrolador tambm denominado (MCU), um computador num chip, contendo um processador, memria e perifricos de entrada/sada, ou um microprocessador (popularmente chamado de processador, um circuito integrado que realiza as funes de clculo e tomada de deciso de um computador).

Fig. 10 - Projeto de Sistema Embarcado - Fonte: Sistema Embarcado

Chase (2007) diz ainda que o sistema embarcado geralmente uma soluo formada de microcontrolador tambm denominado (MCU), um computador em um chip, contendo um processador, memria e perifricos de entrada/sada, software e firmware conjunto de instrues operacionais programadas diretamente no hardware de um equipamento eletrnico) dedicados e especficos para desempenhar as funes operacionais de um equipamento/produto para o qual foi projetado e desenvolvido. Outros fatores importantes que ajudam a classificar um sistema como embarcado so: - Dimenses Fsicas: Desde a fase inicial do projeto preciso haver ateno ao tamanho e peso do sistema em desenvolvimento que devem sempre ser os menores possveis. Com a crescente miniaturizao dos equipamentos eletroeletrnicos, os fatores, tamanho e peso so decisivos na locomoo do sistema, assim como sua competitividade caso se torne um produto.

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informao- Consumo de Energia Eltrica: Quanto maior for a autonomia do sistema e menor for sua necessidade de recarga, troca de sistema de alimentao ou baixo consumo eltrico, mais competitivo ser o produto. Usar baterias, pilhas ou uma alimentao regular dentro de normas e legislaes. - Resistncia e Durabilidade: Muitos sistemas embarcados so projetados para trabalhar em ambientes com condies adversas (vibraes, calor, poeira, variaes na tenso de alimentao, interferncias eletromagnticas, raios, umidade, corroso, etc.) necessrio que o sistema resista ao mximo a todas estas interferncias logo, para cada ambiente onde atuar o sistema embarcado, deve haver um estudo da forma de revestimento do circuito, existem fabricantes especializados. Ainda para Chase (2007) na escolha do microcontrolador importante observar se os recursos que ele oferece suportam o objetivo do projeto, por exemplo, se for usado um sensor de temperatura como o (LM35) O sensor LM35 um sensor de preciso, fabricado pela National Semiconductor figura 11, com sinal de sada analgica de 10mV por grau centgrado necessrio que o microcontrolador seja dotado de um conversor Analgico/Digital, sigla em portugus, (A/D) para a aquisio e tratamento destes sinais e, enviar o sinal convertido e tratado para retornar o valor em graus Celsius, para um computador atravs de porta serial, se o microcontrolador tiver o transmissor receptor assncrono universal, popularmente chamado de registrador (UART), termo em ingls, (Universal Asynchronous Receiver/Transmitter), ou para uma Display de Cristal Lquido, sigla em ingls, (LCD), ou sinalizar com Diodos Emissores de Luz, sigla em ingls, (LEDs) as faixas de temperatura definidas no programa. Existem vrias verses do sensor de temperatura LM35: - LM35CZ & LM35CAZ (no caso a 92) ----- 40 C a 110 C - LM35DZ (no caso a 92) ----- 0 ~ 100 o C - LM35H & LM35AH (no caso a 46) ----- 55 C a 150 C

Fig. 11 - Sensor LM35 - Fonte: WikiFic

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Fig. 12 Aplicao do Sensor LM35 - Fonte: WikiFic

5. Concluso Os sistemas embarcados so hoje, uma poderosa fora que domina praticamente todos os setores da indstria eletrnica. Ao longo do tempo, tem tornado possvel que tarefas das mais diversas ordens, possam ser executadas de maneira simples. Projetos cada vez mais arrojados e contando com tecnologias avanadas, esses sistemas complementam a indstria automobilstica, aeronutica, blica entre outras. Entender essa realidade que cerca o homem moderno importante at mesmo na hora de efetuar uma simples compra de um aparelho eletroeletrnico como uma TV digital com conversor embutido, ou a mesma TV sem esse sistema. O desenvolvimento desses sistemas tem proporcionado ao homem moderno se integrar totalmente ao mundo digital. A utilizao de Mtricas e a confeco dos artefatos de testes auxiliam no processo de aquisio de qualidade de software. A qualidade, hoje, crtica para a sobrevivncia e sucesso de um software embarcado ou no, tendo em vista que seu desenvolvimento se d de forma cada vez mais globalizada. Para que uma organizao se sobressaia neste tipo mercado dever produzir softwares que

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informaosatisfaam as expectativas dos clientes quanto qualidade, confiabilidade e segurana dos produtos e servios oferecidos.

6. Referncias Bibligrficas

Carro Luigi - Wagner Flvio Rech - Livro Sistemas Computacionais Embarcados - EMICRO (2009) - Disponvel em: (www.inf.pucrs.br/.../6%20Carro_basico_C_sistemas_embarcados.pdf) Acessado em: 16/05/2011 Chase, Otvio Andr PDF/Sistemas Embarcados (2007) Disponvel em: (www.sbajovem.org) Acessado em: 16/05/2011 Gouveia, Luis Manuel Borges Livro - Sistemas de Informao Apontamentos (1993/2006) Laureano, Marcos Aurlio Pchek PDF/Gesto de Segurana da Informao (2005): Disponvel em: (www.mlaureano.org/aulas_material/gst/apostila_versao_20.pdf) Acessado em 17/05/2011 Lopes, Salvador, Cunha Livro Qualidade no Desenvolvimento de Sistemas de Software Embarcados e de Tempo Real (s.d) Laureano, Marcos Aurlio Pchek Apostila/Gesto de Segurana da Informao (2005)

Lista de Figuras

Figura. 01 - Sistema embarcado usando um microprocessador como unidade de processamento - (Chase 2007) Figura. 02 - Roteador Cisco - Circuito composto por vrios Sistemas Embarcados (Chase 2007). Figura.03 - Sistemas embarcados em um veculo - (Chase 2007). Figura.04 - Chip Sigmatel STMP3510 - Disponvel em: (http://www.hardware.com.br/analises/micro-f610/abrindo-caixa-preta.html) Acessado em: 18/05/2011

Curso de Bacharelado em Sistemas de InformaoFigura. 05 - Memria RAM - Disponvel em: (http://www.google.com.br/search?sourceid=navclient&hl=pt-BR&ie=UTF8&rlz=1T4GGLL_pt-BRBR427BR428&q=mem%c3%b3ria+RAM) Acessado em 18/05/2011 Figura. 06 - Memria Flash - Disponvel em: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:USB_flash_drive.JPG ) Acessado em 19/05/2011 Figura. 07 - Microcontrolador - Disponvel em: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:153056995_5ef8b01016_o.jpg ) Acessado em: 21/0/2011 Figura. 08 - Mircroprocessador Intel - Disponvel em: (http://www.google.com.br/search?sourceid=navclient&hl=pt-BR&ie=UTF8&rlz=1T4GGLL_pt-BRBR427BR428&q=microprocessador ) Acessado em 21/05/2011 Figura. 09 - Porta PS/2 - Disponvel em: (http://www.google.com.br/search?sourceid=navclient&hl=pt-BR&ie=UTF8&rlz=1T4GGLL_pt-BRBR427BR428&q=porta+PS%2f2) Acessado em: 22/05/2011 Figura. 11 - Sensor LM35 - Disponvel em: (http://www.escol.com.my/Projects/Project-03(Thermostat-1)/Proj-03.html) Acessado em: 22/05/2011 Figura. 12 - Sensor LM35 - Exemplo Prtico - Disponvel em: (http://www.escol.com.my/Projects/Project-03(Thermostat-1)/Proj-03.html) Acessado em: 23/05/2011.