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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO Sistematização das discussões sobre o PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO (PLDI) Grupo de Trabalho: Magali Menezes Eunice Kindel Magda Oliveira Vanessa Gonçalves Dias Claudia Antunes Beatriz Simonetti Novembro de 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Sistematização

das discussões sobre o

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

(PLDI)

Grupo de Trabalho: Magali Menezes

Eunice Kindel Magda Oliveira

Vanessa Gonçalves Dias Claudia Antunes Beatriz Simonetti

Novembro de 2017

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Apresentação

Este primeiro documento que apresentamos à comunidade é fruto de uma

discussão que aconteceu em nossa 2ª HORA DA COMUNIDADE no dia 09 de Novembro de

2017, no período da manhã. Para que pudéssemos chegar a este momento houve um

percurso importante que gostaríamos de resgatar. Constituiu-se em Janeiro de 2017, um

Grupo de Trabalho composto de forma paritária (2 técnico-administrativos, 2 professores e

2 estudantes). Desde então, começamos a estudar diferentes documentos, resgatando a

historia da Faculdade de Educação para que desse modo, pudéssemos fundamentar a

importância e a necessidade de iniciarmos, junto à comunidade, um debate mais amplo

sobre o Plano de Desenvolvimento da FACED. Construiu-se um texto, que foi apresentado

ao CONFACED. Os próximos passos foram então, organizar o momento de discussão com

toda a comunidade. Para que melhor conduzíssemos este processo, foi proposta na 2ª

HORA DA COMUNIDADE, a seguinte dinâmica:

1. Organização do debate em 6 Grupos de Trabalho, a partir dos EIXOS TEMÁTICOS:

EIXO 1- Melhoria da Infraestrutura da/na FACED, coordenado por Anne (técnica-adm), Liliane Giordani (docente), Giovanna (estudante); EIXO 2- Saúde e Qualidade de vida na FACED, coordenado por Jaqueline Silveira (técnica-adm), Dani Noal (docente), Victória Kroth, Vanessa Porciuncula e Carlota Miranda (estudantes);

EIXO 3 - Gestão participativa: administrativa e financeira coordenado por Giovani (técnico-adm), Karine Santos (docente), Beatriz Simonetti e Patrícia Bierhals (estudantes); EIXO 4- Relação entre setores, Graduação e Pós-Graduação coordenado por Janaina (técnica-adm), Vera Peroni (docente), Daniel (PPG) e Tanise Medeiros (estudantes); EIXO 5- A FACED e seus movimentos políticos, coordenado por Berna (técnica-adm), Laura Fonseca (docente), Michaela, Gabriela Mathias e André Soares (estudantes);

EIXO 6 - Políticas de Formação e as Licenciaturas, coordenado por Juliana (técnica), Glaucia e

Simone Bicca (docentes), Denise Freitas (LC) e Alex Vidal (estudantes)

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As questões que balizaram o debate propunham três perspectivas de reflexão:

a) Desejo: o que queremos alcançar? Quais nossas expectativas?

b) Diagnóstico: do que dispomos hoje? Com o que podemos contar? Que necessidades

precisam ser atendidas? Quais nossas possibilidades e nossos limites?

c) Horizonte: Em que direção nos movemos? Qual é o conjunto de ideias que nos conduz?

Após o debate nos Grupos de Trabalho, foi realizada uma plenária onde cada grupo

expoôs o relato de seu debate. A partir dos registros feitos pelas coordenações dos GTs, além

das novas ideias que surgiram no momento da apresentação dos grupos, construiu-se este

documento que tem como objetivo apresentar as ideias que surgiram nos dois momentos de

debate (nos GTS e na Plenária). Nosso intuito, neste momento, é apresentar o conjunto das

ideias registradas sem excluir nenhuma das considerações feitas (apenas no caso de repetição),

apresentando um texto cru, que certamente conterá ideias contraditórias, mas que refletem

nossas diferentes visões sobre este espaço chamado FACED.

A proposta é que a comunidade tenha acesso novamente às ideias em seu conjunto e

que retome o debate junto com seus pares, acrescentando ideias e enviando sugestões ao GT

que faz, neste momento, a sistematização do trabalho, para o seguinte endereço eletrônico:

[email protected]

Desejamos que tudo isto nos motive a continuar o debate, pois temos a certeza que a

escrita de um Plano de Desenvolvimento da Faced nos exige compromisso e tempo para que as

ideias possam madurar e refletir o que nós desejamos enquanto coletivo.

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1) Dados de participação:

(destacamos que muitas pessoas não assinaram a lista de presença)

Segmentos Participantes

Técnicos-Administrativos 17

Estudantes 54

Docentes 25

TOTAL 96

2) Relato das discussões nos GTs:

EIXO 1- Melhoria da Infraestrutura da/na FACED

Se for correto dizer que a FACED é feita de pessoas, também é correto dizer que todas as pessoas que a "fazem" deveriam gozar de condições suficientemente boas e agradáveis para estar nesse espaço. É preciso saber em que medida o espaço físico da FACED consegue materializar-se como um espaço de possibilidades para aqueles e aquelas que por aqui vivem cotidianamente. É preciso identificar que características e aspectos do prédio podem hoje, nesse exato momento, estar impondo limites e dificuldades a alguém que, como eu e você, habita esse lugar chamado FACED. O que vem depois disso é o grandioso desafio de minimizar esses limites/dificuldades e, num exercício contínuo, coletivo e otimista, tentar minimizá-los. Descobrir "o quê" e "como fazer" não é tarefa para poucos, nem para quem desiste rápido, nem para quem não acredita. É preciso uma comunidade inteira e confiante.

PROPOSTAS ORIGINAIS – DESEJOS E DIAGNÓSTICO

Um espaço onde ninguém seja impedido de chegar em suas aulas, que seja acessível para todos.

Ampliação da FACED e melhoria na segurança do prédio / Discussão sobre a segurança dentro do prédio.

Manutenção (agilidade), cuidado e organização das salas de aula (cadeiras, computadores, cortinas, projetores, etc.).

Otimização dos espaços (salas de aula, salas de reunião, etc.)

Salas que comportem turmas grandes.

Uma sala para coletivizar os materiais e trabalhos produzidos pelas licenciaturas.

Acolhida das pessoas no prédio

Espaço coletivo de convivência / Reabrir a sala de convivência para todos.

Valorização do espaço, pertencimento.

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PROPOSTAS ORIGINAIS – HORIZONTE

Campanha de conscientização do uso da FACED (identificação de problemas).

Setas nas escadas.

Reforçar a recepção no 9ª andar/no hall?

Divisão da tarefa de distribuição de salas.

Ações institucionais/coletivas para solução da manutenção do prédio (política institucional)

Gerencia do espaço com revisão sistemática dos materiais.

Compreensão de que todos podem usar os espaços do prédio.

Implementar práticas de aumento de segurança no prédio, tendo em vista que a FACED é um espaço público que recebe a comunidade com frequência.

Regularidade dos encontros do GT do Espaço Físico da FACED.

Que o horário dos setores tenha o mesmo horário de funcionamento do prédio.

Ideias que surgiram na apresentação do Relato:

a) Campanha de conscientização do uso dos equipamentos b) Hall de entrada do prédio como espaço de acolhida c) Corredores dos andares – em frente aos elevadores – são espaços privilegiados para

convivência. Mais cadeiras, mais mesas e mais tomadas para os computadores. d) Novos cursos, novos estudantes e o prédio é o mesmo. Estamos nos acotovelando. 90% dos

alunos são de outras licenciaturas. Saem do Vale, esbaforidos para chegar à FACED e saem da FACED esbaforidos para chegar ao Vale. Por que estamos tão distante das demais licenciaturas?

e) Criar uma politica da direção para soluções mais imediatas dos problemas; f) Campanha de conscientização sobre o uso dos equipamentos e acessórios; g) Necessidades em relação a portaria: prestar melhor as informações.

EIXO 2- Saúde e Qualidade de vida na FACED Se o trabalho compõe a vida das pessoas e as pessoas compõe o ambiente de trabalho, como podemos construir um ambiente na Faculdade de Educação que nos oportunize um equilíbrio físico e mental e que gere mais saúde e qualidade de vida em nosso ambiente de trabalho? Vamos pensar em saúde e qualidade de vida na Faced? Quantos de nós, da comunidade Faced/UFRGS, passamos o dia inteiro dentro do “prédio azul”? Quando pensamos em saúde e qualidade de vida na instituição, nas relações interpessoais e nas relações imateriais, nos propomos melhorias? Quanto temos pensado coletivamente sobre adoecimento e sofrimento? Vamos pensar, debater e expandir propostas que sejam para todos/as e para cada um/a? Vamos inventar e promover a saúde e a qualidade de vida da/na Faced/UFRGS!

PROPOSTAS ORIGINAIS – DESEJOS E DIAGNÓSTICO

Precisamos nos conhecer mutuamente;

Um lugar adequado para refeições tanto para servidores, quanto para alunos;

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Lugares de convívio

Beleza no ambiente de trabalho

Não adoecer no ambiente da Faced

Boa convivência entre colegas

Mais do que 10 minutos de intervalo, pois é pouco o tempo que tem para se alimentar, comer, viver, olhar para os outros...

Ter locais mais confortáveis com cadeiras e mesas conservadas, possibilidade de lavar as mãos nos banheiros

Que não se separe os espaços só para técnicos e alunos

Ter umbrelones nos pátio

Ter redes pelo pátio

Professor criar um grupo de whattsap no início do semestre para os alunos tirarem suas dúvidas

Colocar na cabeça dos educadores da Faced que não somos deusas, nem deuses

Ter frutas à disposição

Ter mesas de ping pong para “resolver os conflitos”

Propor maneiras e politicas de como receber negros, quilombolas, indígenas, trans, etc. pessoas que sofrem preconceitos e que não se sentem representadas na universidade.

Formas diferentes de se usar a carga horária do currículo, não somente através de slides.

Professores se organizarem para não terem mais alinhamento e os alunos não se “formarem em vários cursos”.

Criar espaços de convivência e espaços de estudos

PROPOSTAS ORIGINAIS –DIAGNÓSTICO

Exigência da ambiguidade (acreditar que é possível estar em mais de um lugar ao mesmo tempo) que prejudica nossa qualidade de vida e qualidade de trabalho;

Não temos instalações apropriadas: banheiros limitados, pouco conservados, sem instalações para refeições;

Não temos bebedor em todos os andares, além disso, muitos estragados.

Falta de salas de estudos e de descanso

Dificuldade de conseguir uma sala com possibilidade para fazer barulho. A única sala de estudos que tem na Faced é somente para a pós-graduação.;

Alunos educação no campo algumas vezes ficam sem salas de aulas. Na ultima segunda-feira tiveram que sair da sala de aula pq um professor iria utilizar. Tiveram que ficar na rua com muito frio e mal conseguiram ouvir a apresentação dos colegas.

A questão da ambiguidade para os repetentes não permite que façam o semestre e a disciplina que repetiram. Uma colega chegou a ter uma crise nervosa em função disso.

Temos uma falta de técnicos (em geral na UFRGS). Isso nos gera uma demanda muito grande que muitas vezes não damos conta.

O mundo nos exige fazer cada vez mais. Nós também acabamos nos exigindo cada vez mais e isso nos causa uma exaustão. Exaustão de inclusive continuar os estudos.

Atestados dos filhos das alunas que são mães e que não são aceitos na universidade.

PPG é bastante complicado no caso de cobranças com os alunos. Se sentem muitos pressionados em relação a carga de leitura, principalmente para os bolsistas, faz com que a autoestima fique bastante baixa.

No PPG, esse ano abriu espaço para a entrada de trans, mas o acolhimento deveria ser mais adequado, por exemplo, banheiros.

A academia é muito engessada. Não contempla as especificidades de cada pessoa.

Estudantes tem um grupo de apoio onde discutem entre eles a educação alternativa dentro de seus interesses e disciplinas da Faced.

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UFRGS é muito cruel. Ex-aluna fala que falta muita empatia por parte dos professores que acham que todo mundo tem tempo disponível. Muito estudantes são do interior, estão sozinhos aqui e são jogados dentro da Universidade e muitas vezes alunos são maltratados pelos técnicos. Muitos têm medo de ir até determinado setor para resolver uma dúvida por medo de ser maltratado.

Falta amorosidade, empatia.

Outras vivências fora de sala de aula não são aceitas pelo ambiente da universidade.

Não reconhecemos as peculiaridades dos outros e não temos ética.

Falta manutenção dos bebedores

PROPOSTAS ORIGINAIS – HORIZONTE

Ter oficinas para criar ambientes que possam integrar alunos, técnicos e professores: ter ioga, meditação, ginástica laboral, confecção de filtro de sonhos, teatros, músicas, exposição de artistas, etc. Momentos que pudéssemos conviver trazendo coisas lúdicas e aprendendo uns com os outros.

Resistência. Vamos pensar mais sobre o que nos é imposto. Será que queremos mesmo esse projeto?

Ter espaços de convivência para nos conhecermos mais e propormos mais respeito entre nós.

Termos mais ética no ambiente de trabalho.

Espaços mais leves e abertos que se chegue por curiosidade.

Menos obrigação, mais possibilidades (liberdade)

Políticas de inclusão e acessibilidade.

Ideias que surgiram na apresentação do Relato:

a) Sobre as atividades de integração e acolhida registradas em três sínteses: DAFE faz essas atividades. Falta recursos e espaço físico.

b) Excesso de atividades e responsabilidades para todos os segmentos. c) Integração dos diferentes segmentos d) Práticas/atividades alternativas que já acontecem. Presos em uma carga horária que inviabiliza

fazer parte desses espaços/atividades. Atividades que podem integrar as propostas de sala de aula – promoção de saúde.

e) Espaço onde ficar e conviver. Os terceirizados devem ser pensados também.

EIXO 3 - Gestão participativa: administrativa e financeira

Transparência, fiscalização, deliberação e planejamento coletivo, o que temos a ver com isso? Numa FACED que clama pela escuta da coletividade, como criar espaços que garantam uma participação ampla e eficaz? Como estimular a criação de uma cultura participativa quando nos defrontamos com reuniões e assembleias esvaziadas? Como estabelecer espaços de participação coletiva dentro de uma estrutura regimental que privilegia o representativo? São questões que o GT “Gestão participativa: administrativa e financeira” pretende debater com a comunidade. Ocupe esse novo espaço de participação.

PROPOSTAS ORIGINAIS –DIAGNÓSTICO e HORIZONTE

Regramento da biblioteca central indica que livros só podem ser adquiridos se estiverem inseridos em planos de ensino. Muitos desconhecem essa praxe. É necessário o compartilhamento de informação de modo permanente.

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Feiras de livros realizadas no saguão atualizam o acervo da biblioteca central. A biblioteca central distribui recursos as bibliotecas setoriais de acordo com os planos de ensino. A bse não dispõe de verba própria. Como captadora de recursos, a BSE poderia ter rubrica dentro do PDI da Faced, mantido junto à Faurgs. Projetos adquirem livros que são doados após o seu encerramento à bse.

Compartilhamento de informação sobre distribuição de recursos. Falta de recursos para mobilidade e participação de eventos. A graduação se torna centralizada na Faced, sem participações em eventos externos. Dafe capta recursos pela venda de produtos e tri.

Gerenciamento de projetos públicos, distribuição de recursos via PDI, mediante ampliação de atividades captadoras.

Transparência sobre recursos e sua distribuição. coletivização das decisões orçamentárias. como despertar o interesse dos estudantes pelo assunto e trazer a sua participação.

Importância de conhecer o orçamento da ufrgs e sua distribuição em rubricas. como a proplan aplica a matriz orçamentária? buscar explicações junto à proplan. Sobre a educação do campo, explicou que o recurso veio por meio de edital da secadi, que foi repassado à faurgs, que gerencia o plano de aplicação financeira.

Não há possibilidade de gastos sem a exigência burocrática. o orçamento é instável. O orçamento anual é executado a partir de março. cortes e contingenciamentos alteram o orçamento de modo drástico e dificultam o planejamento. a arrecadação própria e projetos constituem alternativas, mas são perigosas por que implicam na privatização da universidade e no descompromisso do governo para com a universidade. Exposição de normas e instrumentos de participação não garantem participação e mobilização. É preciso conscientizar.

A temática orçamentária não é atrativa ao público de modo geral. A necessidade de que a pós-graduação democratize as suas fontes orçamentárias, com o compartilhamento de informação com discentes. A transparência implica na escuta da comunidade e suas dúvidas por mais simples ou equivocadas. Necessidade de apresentação de prestação de contas à comunidade, com possibilidade de atingir o público leigo. A partir de escuta e do esclarecimento, construir o planejamento coletivo.

Há timidez nas participações, talvez por medo de colocações inadequadas. Deixar a comunidade à vontade para expor suas questões. Temos que construir uma faculdade que dispute o recurso público, não deixando a responsabilidade apenas para a gestão. União de indivíduos para o bem da coletividade.

Ressaltar para os estudantes a importância da participação nos momentos coletivos. Professores devem estimular a participação discente.

Criação de página sobre a transparência com escrita para leigos.

Ideias que surgiram na apresentação do Relato:

a) Aprofundar o tema “representatividade” b) Democracia é prática c) Desafios sobre como prosseguir nesse processo de construção coletiva.

EIXO 4- Relação entre setores, Graduação e Pós-Graduação

Refletir como os diferentes setores da Faced, assim como Graduação e Pós-Graduação se comunicam, significa pensar que tipo de relação estes "lugares" constroem, que aproximações são possíveis e se existe distanciamento, quais os fatores que contribuem para isto. Nomeamos-nos como uma Unidade acadêmica, contudo é preciso pensar como se tece(m) o(s) sentido(s) desta unidade, de que forma os aspectos administrativos, que muitos setores assumem, se transformam também em aspectos político-pedagógicos traduzindo as compreensões que temos deste espaço maior que é a Faculdade de Educação.

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PROPOSTAS ORIGINAIS – DESEJOS, DIAGNÓSTICO E HORIZONTE

Diversas áreas de conhecimento no currículo da Pedagogia que um curso de graduação não vai dar conta e que poderiam ser cursos de pós-graduação. Deve existir uma integração entre graduação e pós-graduação e uma continuação entre elas.

A política de pós-graduação atual é de stricto sensu e nós precisamos de uma política, de uma regulamentação para a pós lato sensu.

A graduação de pedagogia tem que focar na essência da pedagogia e as outras áreas vão só complementar, mas o curso não dará conta dessas áreas.

A área de gestão deve ser aprofundada no curso de pedagogia.

Não existe uma política para trabalhar na pós-graduação na FACED. Não faz parte de um plano institucional para trabalhar na graduação e na pós-graduação. Estar no pós é uma opção, dizem nos departamentos.

Nós necessitamos de uma política de articulação entre graduação e pós-graduação.

Existe uma crítica às regras de produtividade da pós-graduação. Mas não existe um espaço de debate para falar sobre isso, tanto para os professores que não estão no pós, quanto para os que estão. Há um distanciamento entre a graduação e pós-graduação, tanto administrativamente, como academicamente.

Está em tramitação um mestrado profissional em educação do campo. Seria importante um espaço de debate entre nós pensar em todas as especificidades relacionadas a um Pós Profissionalizante.

A licenciatura em educação do campo é excluída da FACED, começando pela questão do espaço físico, passando pelo reconhecimento que não existe como um curso da FACED. Ele foi um curso pensado para as pessoas do campo, mas a maioria dos alunos são da região urbana.

O problema de espaço físico abrange todos os cursos que tem aula na FACED: não só o campo, mas a pedagogia e todas as licenciaturas. O que fazer? Reduzir o nº de vagas ofertadas?

A FACED não pode ser reduzida ao curso de Pedagogia, pois forma os professores de todas as áreas da escola. Entretanto, historicamente a FACED é vista como sendo apenas da Pedagogia.

Não há como falar da relação entre os setores e cursos da FACED falando apenas do espaço físico. Entre os cursos da FACED existe o PEAD.

Quais são as áreas da pós-graduação que precisamos fomentar para aumentar o nº de pesquisadores relacionados as demandas da sociedade.

A pós-graduação não é valorizada na UFRGS, pois na hora do concurso não é prevista a carga horária do professor na pós. Por outro lado, a graduação não é valorizada na UFRGS, pois não há um incentivo aos discentes.

O marketing que a UFRGS faz é baseado na produção acadêmica. Então não podemos dizer que a pós-graduação é supervalorizada.

Precisamos reconhecer o perfil dos alunos tanto da graduação, quanto da pós-graduação. Precisamos criar mecanismos para isso. Isso requer uma nova política de formação.

Nós formamos um professor para ficar na escola ou para fugir da escola?

Como a produção acadêmica feita no pós reverbera na universidade? Como os alunos da graduação tem acesso a isso?

A UFRGS é feita de ensino, pesquisa e extensão. Pesquisa não é feita somente na pós-graduação. A extensão também enfrenta muitas dificuldades.

Quando se pensa em salas somente as aulas de graduação são planejadas. E as outras atividades ficam sem espaço.

Existe um sistema de espaço físico, mas ele não é utilizado, pois não está atualizado. E ele é interligado com o sistema de graduação. Com as demais atividades não.

Os alunos da graduação e da pós-graduação não estão recebendo a devida atenção. Uma maneira de tentar melhorar isso seria unificar as secretarias da graduação, do pós e dos departamentos.

EIXO 5- A FACED e seus movimentos políticos Consideramos vigoroso o compromisso social em construção na FACED com distintos movimentos políticos, e queremos avançar. Para tanto, faz-se necessário radicalizar o princípio de que a Universidade se constitui na medida em que é unidade no diverso. A exposição de diferentes ideias – a pluralidade– constitui-se em valoroso movimento na batalha das ideias, mas insuficiente; mister é radicalizar a democracia. E ir à raiz, neste caso, dos projetos/movimentos políticos em disputa, significa colocar em igualdade de exposição e contestar quando há desigualdade política. Talvez respondendo: se somos iguais, por que significamos diferente, interna e externamente? Talvez superando a fase dos consensos e compreendendo os dissensos, indo a voto, se for o caso. Tarefa que como FACED devemos avançar.

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PROPOSTAS ORIGINAIS – DESEJOS, DIAGNÓSTICO E HORIZONTE

Há na Faced uma aparente democracia. Existem pequenas vitórias como as eleições para diretor. Trago uma experiência de Pernambuco, o Conselho Experimental Paritário. Atualmente temos a representação discente, mas ela é uma representação minúscula. Podemos pegar a proposta deles ler e fazer uma avaliação. Lá tiraram representantes de cada turno, já que lá existe a Pedagogia em 3 turnos. Oficialmente a LDB diz que é necessário ter 70% para o Conselho. Então foi algo experimental, não “existe” oficialmente. Temos que aprofundar a questão da democracia e ser também ponta de lança como eles são. Proposta: criação do Conselho Experimental Paritário, com eleições para os três seguimentos.

Tópico – democracia interna. Processo de construção da paridade. Infelizmente as terceirizadas tem mais dificuldade de participar. Uma proposta é mapear como as outras universidades e compreender como estas instituições fazem uma gestão mais democrática, a exemplo da Universidade do Pará. Mas, gestão democrática. O que é isso? Ora, precisamos enxergar com mais densidade. O Fórum Nacional Popular de Educação, o Encontro Nacional de Educação... Por suas críticas não adentraram no Fórum Nacional de Educação. Seria interessante ouvirmos todos eles. Devemos compreender seus projetos para a escola pública.

Quais os fins da Universidade? Ela precisa cumprir um fim social, ela precisa superar problemas. Precisa afirmar sua democracia e autonomia. Se levantar contra essa proposta de fundo patrimonial. Precisamos reafirmar e definir: qual é o nosso objetivo?

Como pensar esse contingente de gente e a relação democrática? Quais os processos de extensão que a Faced se envolve? Como ela se envolve com a Educação Básica? E a questão das creches? A Universidade é ainda um espaço de privilégios.

Somos da educação do campo. O grau de dificuldade que temos para nos consolidar enquanto curso e sujeitos é grande, sofremos uma opressão velada por não sermos conhecidos.

Precisamos tensionar, quais são os nossos limites no capitalismo? Essa ideia de trazer os movimentos sociais, os sindicatos, as Ongs para dentro da Universidade. A Faced ainda está muito apartada desses processos. Precisamos aproximar a relação dos representados com os representantes. Temos que combater a terceirização e temos que fazer um debate sobre a terceirização.

Precisamos combater a terceirização do trabalho e sua precarização.

Precisamos fazer essa reflexão, para não fazer um debate muito pelo alto. Devemos manifestar o apoio aos trabalhadores municipários.

Como que se dão os mecanismos de inserção nos movimentos políticos, sociais e populares. A Universidade não pode estar longe dessas organizações, pois temos muito a aprender com elas.

Não podemos sair daqui com um projeto do que queremos como Universidade, um projeto político. O privado não, quem paga a banda escolhe a música! A inserção do privado na Universidade pode afetar as pesquisas aqui realizadas. Precisamos pensar uma Universidade Crítica.

Não ao fundo patrimonial, temos que ver a questão da creche. Formar um grupo de estudo que veja a possibilidade de inserção da creche. Acho que precisamos criar um Fórum da Educação na Faced, fazendo um debate sobre a educação no RS. Um evento que reunisse diversos estudantes e professores de todos os níveis. Trazer a realidade para dentro da UFRGS.

Por mais que a creche da UFRGS exista dentro da UFRGS, ela não tem nenhum vinculo de pesquisa/estudo. Esse espaço poderia ser uma espécie de “laboratório”. Não existe extensão universitária nesses campos, ou se existe é muito pouco. Em relação à educação crítica... Temos que pautar forma e conteúdo de maneira paralela. Seria interessante ter a Hora da Comunidade, mas não só universitária, mas também, A comunidade, num sentido mais amplo.

Será que a Faced e a Universidade realmente querem isso? Como a Berna estava falando... É de extrema importância politizar todos os nossos debates. Falamos muito em movimentos sociais, muito extensão, mas o que estamos produzindo de fato? Precisamos nos instrumentalizar.

O primeiro choque e com o corporativismo que existe aqui dentro.

Sobre a assistência estudantil... A Faced tem o dever de se colocar principalmente na questão da creche. Precisamos de um projeto de creche de trabalhadoras que não sejam terceirizadas.

Que é Educação Crítica? O que é o caráter público da Universidade? A Emenda parlamentar para mim é uma forma privada, são parcerias público-privadas. As ações afirmativas, a educação do campo... A divergência velada é que fica empacando as coisas. Porque muitas vezes não conseguimos avançar nas pautas que queremos? O problema da divergência é quando ela não aparece. Nós avançamos no movimento se podermos debater projetos.

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A Raquel me estimulou a pensar na próxima hora da comunidade. Estava pensando se na próxima podemos combinar gente que não está participando para uma apresentação, um debate com o SIPERS, os estudantes... Aí a gente abre o debate antes de fechar. Democracia é uma prática.

Nós teremos um tempo para enviar para o e-mail, os grupos, para construirmos um pré-projeto, para avançarmos nas funções organizativas.

Não precisamos ter medo de dizer que temos um projeto. Se alguém pensar diferente deveria apresentar outro, ou outros projetos, para serem disputados/ debatidos. Meu projeto é de uma Universidade Popular. Entendo que as nossas pesquisas devem surgir a partir das demandas sociais. Devemos pesquisar a questão do ensino, o Encontro Nacional Universidade Popular é um lugar onde a discussão se faz presente.

É necessário aproximar a realidade escolar concreta desde o início, acredito que a “educação no campo” seja um pouco diferente do que é hoje a Pedagogia.

Temos que trabalhar com as nossas próprias mediocridades internas. Acredito que nas ações afirmativas esteja passando por isso.

Na minha visão a gente sai com uma proposta de ação, a partir de uma fundamentação histórica e teórica. Saímos daqui com perceptivas claras e de ação.

Ideias que surgiram na apresentação do Relato:

a) Qual a função social da FACED? Isso incide sobre nossa concepção de ensino, pesquisa e

extensão. b) Qual o lugar das parcerias público-privado? c) Idéias que representam “vontades” não inspiradas em um diagnóstico. Quem somos nós, afinal?

Para onde vamos? d) Discutir a proposta de um Fórum da FACED que convida a rede municipal e estadual para discutir

a educação. Aprofundar as discussões sobre avaliação da educação no estado. e) Qual o conceito de Universidade Pública?

EIXO 6 – GT Políticas de Formação e as Licenciaturas

Para discutir a formação de professores precisamos debater não só aspectos que dizem respeito aos conteúdos necessários para tal, mas também elementos que orientem a própria escolha desses conteúdos, uma vez que essa escolha deve estar balizada no perfil do professor que pretendemos formar. Nesse sentido, consideramos que problematizar a identidade do ser professor é tão importante quanto os recursos conceituais e metodológicos presentes nas disciplinas e espaços formativos que participamos. Tendo em vista os elementos apresentados, nesse GT almejamos construir coletivamente aspectos que podem ser considerados o esteio da formação docente na FACED. Para tanto, precisamos compartilhar o que queremos alcançar nesse processo, bem como levantar necessidades a serem supridas e, consequentemente, os modos de operacionalizar tal projeto de formação. Convidamos a todas/os que se sentem concernidos por estas questões a participar conosco deste debate.

PROPOSTAS ORIGINAIS – DESEJOS E DIAGNÓSTICO

Reforçar a importância do diagnóstico – dois caminhos – da FACED para dentro e da FACED para fora (sistemas/ redes de ensino).

Pedagogia noturna – que publico precisa? Temos estrutura para isso?

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Discute-se muito o acesso à Universidade e se deixa a permanência “de lado” – investimento nos estudos sobre evasão e o que nos cabe pensar estratégias para a permanência dos estudantes.

Área de Politicas – relação mais orgânica com as diferentes licenciaturas (COMGRAD’s). Hiato/vácuo entre nós da FACED e outras Comgrad’s. Investir na construção de proximidade com as diferentes licenciaturas. Estabelecer reuniões, pensar em estratégias para pensar esses vínculos.

A gente não consegue escolher quase nada (currículo). Numero de eletivas muito baixo. Investir na possibilidade de escolha pelo aluno; a educação é maior que a escola. Investir na prática ao longo do curso.

Faced trabalha com formação inicial e discute pouco, ou quase nada, com formação continuada. Cada um faz atividades em separado, sem ser algo institucional. Qual o projeto da FACED para os professores em exercício? O que eles demandam e o que nós estamos oferecendo? Escuta com as redes de ensino, para verificar as suas demandas. Formação inicial, nossa concepção de graduação é tutelar demais os estudantes. Nós professores delineamos muito os trajetos formativos. A Universidade não possui um projeto de licenciaturas. Cada uma faz o que quiser e se quiser. Metáfora do MC Donalds. Precisamos de uma proposta de licenciatura, saída da FACED, e negociada com as COMGRAD’s.

Pensar uma proposta de formação continuada da FACED, não ações individuais. Como não há um projeto para licenciaturas, não há para formação continuada. Discussão da COORLICEN.

As angustias aparecem em diferentes espaços da Universidade (COORLICEN, COMLIC)... Há um projeto de licenciatura parado na CAMGRAD encaminhado pela COORLICEN. Isso é urgente. Pensar de forma paralela a formação inicial e continuada. Partir da FACED essa iniciativa.

Falta da Universidade/ FACED uma interação da FACED com os sistemas de ensino. Trabalho de intervenção nas escolas desarticulado. Falar com o sistema por duas vias: falar com as escolas para compreender sua realidade; chegar nas mantenedoras para criar mecanismos para facilitar a entrada dos estudantes nos estágios e práticas. Criar meios de chegar. O que oferecemos? O cardápio do MEC. Não há uma ação daqui pra fora, com as redes. Ação da FACED com os sistemas de ensino a partir das suas demandas reais.

Dois caminhos – da FACED para dentro e da FACED para fora.

Sentido que os professores trabalham isoladamente. Fazer mais encontros pedagógicos de docentes para pensar articulações entre as disciplinas – docentes do semestre.

Articulação interna (departamentos, semestres) / Interação FACED e outras Licenciaturas / Interação entre FACED e redes (fora)

A COMGRAD fazia reuniões de entrada de semestre, até 2013. Existia esse espaço que se perdeu. Recuperar uma trajetória, cultura de reuniões. Pensar a formação continuada com a extensão. Um estudante que quer fazer extensão, ele faz por fora, não dentro dos cursos de licenciatura (lembrou as novas DCN’s). Tendemos a fazer muita proposta sem fazer diagnóstico anterior. Currículo de pedagogia – nível de evasão? Qual são os motivos de evasão dos estudantes? Qual tempo de integralização do curso? Informação sobre isso nós temos pouco. Nenhum dos dois cursos foi feito a partir de um diagnostico (Licenciatura em EDU do Campo e PEDAGOGIA a Distancia), foram demandas de fora. Debate da Pedagogia Noturna.

Dificuldade com o curso, pois tem que trabalhar. Curso noturno seria importante. Fazer um questionário para saber demanda dos alunos. A maioria dos alunos trabalha no turno da tarde. Nunca teve uma discussão sobre a Pedagogia Noturna. Importância da Hora da Comunidade, pois como trabalha não tem tempo para conhecer, saber quem são as pessoas que atuam na Faculdade.

Onde que se vai trabalhar? O curso está preparando as pessoas para os locais de trabalho? Trabalhar em outros espaços, que não o escolar. Outro tipo de educação. Alunos passam por tensões por achar que o pedagogo tem que trabalhar só na escola. Pensar a educação como um âmbito maior.

Reforçar a questão da pedagogia noturna. Ataque às universidade públicas – para falar em democratização de acesso é sim propiciar um curso de pedagogia noturna. Começar urgentemente a repensar.

Na Educação do Campo (LEDOC), há um plano para trabalhar em espaços escolares e não escolares. Hoje a LEDOC é um Programa Especial, e estamos trabalhando para que esse curso vire regular. Ressalta a Pedagogia da Alternância – perfil dos estudantes da educação do campo – dialético, povos do campo, pessoas urbanas. A PA (Pedagogia da Alternância?) traz o acesso para povos e comunidades que não o teriam de outra forma. Não é só pensar em como ter o acesso, garanti-lo, mas pensar como manter o estudante (atingir o objetivo que é graduar-se.). Numero alto de evasão que precisa ser trabalhado. Não só garantir o acesso, mas manter o estudante.

Discute-se muito o acesso e se deixa a permanência “de lado”.

Momento atual – evasão nas turmas, alunos nem se matriculam e quando se matriculam não frequentam. Isso acontece tanto na Pedagogia, quanto nas Licenciaturas. Como é que podemos fazer um diagnostico daquilo que nos afeta/ cabe para dar conta da evasão?

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Pergunta: a quantas anda a reformulação do currículo da pedagogia? Como vai ser?

Retomar a questão da evasão e do perfil do egresso. A LEDOC teve uma experiência para reflexão, pois percebemos que no nosso curso cerca de 70% são da cidade. Dado superimportante pois fazemos uma cartografia que acompanha a historia de vida desses estudantes, pois verificamos que estes são parentes de pessoas do campo – retorno ao campo. Movimentos dos alunos para problematizar o sentido da alternância, pensar a partir a realidade dos estudantes. Os alunos fizeram uma proposta de redesenho do curso em curso, para realinhar o curso. Estão tendo a experiência de ter uma alternância que faz sentido a partir da realidade/ experiência deles. Um curso que venha ao encontro dessa população que realmente atendemos. Nós temos reuniões pedagógicas semanais, nós sabemos o que ocorre nas outras disciplinas do curso.

Reforçar a questão de diagnóstico discutido mais amplamente. Qualquer decisão, encaminhamento, luta, baseada em dados e trocas de informação. Nós temos um compromisso com a sociedade, e pensar para além dos nossos interesses. Como que a gente lida com os diferentes públicos? Discutir amplamente para não ter três turmas discutindo cada uma seu currículo

Tínhamos um pacote de alternância, nós mexemos a alternância para que ela continuasse acontecendo com número diluídos de dias. 5 a 6 dias por mês. Primeiro fizemos um diagnostico – quem somos nós, e a partir disso fizemos uma discussão e mantendo a alternância entre campo e cidade.

A discussão foi feita com as três turmas. Cada turma tem um perfil (2° e 3° se assemelha). As turmas 1 e 2° ficaram iguais ao que eram. As pessoas da turma 2 e 3 são mais pessoas da zona urbana.

– quem é a Faced hoje? Nós somos também a FACED hoje!

Se partir dos diagnósticos só de quem está dentro, não é suficiente, tem que perguntar para as pessoas certas, perguntar “lá fora”, ver o que está acontecendo. PEAD, tem demanda? Não tem? LEDOC tem que resgatar a história, para quem foi feito este curso? Para os professores do campo. Tem que avaliar, estamos atingindo aquele público? Não havia indicio de demanda para a Educação do Campo, não há concurso para essas pessoas. Podemos discutir se o publico alvo envolve o pessoal da cidade, se precisamos de mais extensão, formação continuada, ou um curso regular.

– discutir a educação do campo na FACED. Um assunto que merece seu espaço. Necessidade de integração.

– importante fazer a consulta dentro e fora. Pensar que não há demanda para educação do campo pois as escolas estão fechadas. Existem os povos do campo, pensar que a Universidade tem que formar para o mercado de trabalho, me surpreende, pois a Universidade tem que formar para a demanda social. Não dá para pensar um curso que tem uma singularidade que atinge povos que nunca conseguiriam chegar até aqui. Pensar diferentes elementos para entender porque o povo do campo não está chegando? Abrir a consulta para o publico da FACED e para a comunidade como um todo. Não dá pra se pautar pela acidez social que se está vivendo pois senão não iremos formar educador nenhum. Pensar para ir além do que tá posto, não para responder o mercado. Eu quero que os meus parentes quilombolas estejam aqui comigo, para contribuir para o meu povo. Existe aqui um grupo de pesquisa que pensa sobre o quilombo desde o quilombo, composto por 9 pessoas – durante toda nossa história nós fomos estudados, nós não queremos mais ser objeto de pesquisa.

– Várias demandas que talvez sejam contraditórias levar juntas. Ao propor a divisão entre formação inicial e continuada – uma coisa é a graduação, depois os projetos de extensão que envolvem a formação continuada. Sugestão – resgatar as questões da graduação em relação a dados produzidos para construir a formação inicial. Dado importante, formação do campo. É importante que essas comissões de graduação explicitem seus projetos para reavivar a memória das formações que a gente faz. Modelos para as licenciaturas – ver se a COORLICEN tem esse projeto definido para as 19 licenciaturas da UFRGS. Esse modelo é um modelo que esta dando certo ou não? Propostas de licenciatura logo no inicio do curso, isso não afeta as decisões dos estudantes? Quais são os elementos importantes que estão entrando nas licenciaturas, vinculando a esses cursos. Pedagogia Noturna, temos que lembrar que tem que haver recurso humano/setores funcionando. Como fazer uma pedagogia noturna a partir do que temos hoje na FACED. Lembrando o ENADE, não tivemos um bom desempenho em relação a outras Universidades. Pensar as estruturas que deem formações pra gente.

– Força a questão do diagnóstico. Se não sabemos quem somos, o que temos, não conseguimos pensar o que realmente precisamos.

Ideias que surgiram na apresentação do Relato:

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a) Diagnóstico sobre o perfil dos estudantes antes de fazer as reformas curriculares. b) Esta faculdade é de todas as licenciaturas. Transformar o não-curricular em curricular depende

das COMGRAD’s. Esse é o lugar de transformação dos cursos. c) Sobre o curso noturno: retomar a discussão. d) Poucas ações que visem a permanência dos alunos. Muitas variáveis que explicam a evasão

dos estudantes. Algumas da ordem da vida, não relacionadas diretamente com a Universidade. Outras, no entanto, dizem respeito à Universidade e precisamos dar conta.

Ideias gerais sobre todos os eixos que surgiram no fechamento da Hora da

Comunidade:

Organização de um Fórum FACED com a comunidade escolar para debater a situação da

Educação a nível nacional e internacional;

Próxima Hora da Comunidade: convidar entidades representativas da rede municipal e estadual

para aprofundar o debate sobre a situação de nosso estado.