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SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E JUSTIÇA
Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás
Comando de Ensino Bombeiro Militar
Academia Bombeiro Militar
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
(CFO III)
Alex Divino Pereira
Situação da manutenção dos equipamentos operacionais de salvamento no 1º, 2º e 8º Batalhão Bombeiro Militar do Corpo de Bombeiros Militar
do Estado de Goiás.
Goiânia-GO
2012
Alex Divino Pereira
Situação da manutenção dos equipamentos operacionais de salvamento no 1º, 2º e 8º Batalhão Bombeiro Militar do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado de Goiás.
Artigo Monográfico apresentado em cumprimento as exigências para término do Curso de Formação de Oficiais- CFO III sob orientação do Professor Cel. Dias.
Goiânia-GO
2012
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E JUSTIÇA
Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás
Comando de Ensino Bombeiro Militar
Academia Bombeiro Militar
Alex Divino Pereira
Situação da manutenção dos equipamentos operacionais de salvamento no 1º, 2º e 8º Batalhão Bombeiro Militar do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado de Goiás.
Artigo Monográfico apresentado em cumprimento as exigências para término do Curso de Formação de Oficiais- CFO III sob orientação do Professor Cel. Dias.
Avaliado em _____/_____/_____
Nota final: ( ) _____________
Professor- Orientador Cel. Leônidas Eduardo Dias
Goiânia-GO
2012
Situação da manutenção dos equipamentos operacionais de salvamento no 1º, 2º e 8º Batalhão Bombeiro Militar do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado de Goiás.
Alex Divino Pereira
RESUMO
A manutenção dos equipamentos operacionais é imprescindível para uma boa utilização dos mesmos, assim o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) busca melhorar as condições dos equipamentos para uma boa resposta ao empregá-los nas ocorrências; o objeto deste trabalho foi verificar a situação em que esta sendo empregada a manutenção nas unidades 1º BBM, 2º BBM e 8º BBM do CBMGO. Primeiramente foi desenvolvido um embasamento teórico sobre os conceitos básicos de Salvamento e seus principais equipamentos; os conceitos e tipos de manutenção existentes, bem como os princípios básicos sobre equipamento de proteção individual (EPI). Logo em seguida houve o levantamento de dados através de aplicação de questionários, com perguntas objetivas, para 39 bombeiros militares que compõem as guarnições de Salvamento dos Batalhões Bombeiro Militar (BBM) supracitados. Após tabular e analisar os dados obtidos verificou-se a necessidade de melhorar a execução da manutenção já existente, aplicando os conceitos acima explanados. Percebeu-se também que os EPIs utilizados estão em boa condição segundo os entrevistados, mas que requerem um melhor controle e acondicionamento. Dessa forma foi sugerida a implantação de uma Seção de Manutenção de Equipamentos Operacionais que dará ao CBMGO uma maior autonomia sobre os mecanismos de manutenção de equipamentos operacionais e também dos EPIs.
Palavras-chave:
Manutenção/ Bombeiros/ Equipamentos
ABSTRACT
The maintenance of operating equipment is essential to a good use of them, so the Fire Brigade of the State of Goiás (CBMGO) seeks to improve the conditions of the equipment for a good response to employ them in the events, the object of this work was to verify the situation that is being used to maintain the units BBM1st, 2nd and 8th BBMBBM's CBMGO. We first developed a theoretical foundation in the basics Rescue and its main equipment, the concepts and types of existing maintenance as well as the basics of personal protective equipment (PPE). Soon afterwards there was data collection via questionnaires, objective questions for 39 firefighters that make up the lining of the Battalions Rescue Fireman Military (BBM) above. After tabular and analyze the data there is a need to improve existing execution of the maintenance, applying the concepts explained above. It was also felt that the PPE used are in good condition according to the interviewees, but require better control and packaging. Thus was suggested the establishment of an Equipment Maintenance Section Operating CBMGO that will give greater autonomy on the mechanisms of maintenance of operational equipment and also of PPE.
Key-Words:
Maintenance/Firefighters/Equipment
5
INTRODUÇÃO
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás é uma Instituição que presta
diversos serviços a comunidade goiana entre eles pode-se citar o Resgate feito
através das unidades de resgate (UR), o serviço de Analise de Projetos e Inspeção
que promove a prevenção e combate a situações de incêndio e pânico, o serviço de
Defesa Civil que atua na prevenção, preparação, resposta e reconstrução de
situações que envolvem desastres e o serviço de salvamento (terrestre, aquático,
em altura e outros) e combate a incêndio. Todos os serviços prestados por esta
Instituição são pautados em um padrão de excelência, pois tem como objetivo final
garantir a proteção a vida e ao patrimônio. Assim é muito importante que os meios
para que eles sejam executados estejam da melhor forma possível, desde o material
humano até os equipamentos operacionais. A preparação técnico-profissional dos
militares envolve uma formação continuada através de diversos cursos de formação
e especialização promovidos pelo Comando de Ensino e executados pela Academia
Bombeiro Militar. Os equipamentos operacionais necessários para cada tipo de
serviço são adquiridos através do Comando de Apoio Logístico, no qual recebe os
materiais, incorpora na carga patrimonial da Instituição, no caso de material
permanente, e distribui nas unidades de acordo com a necessidade e estudos de
logística, sempre com a permissão do Comando Geral da Instituição.
Esses equipamentos são muito importantes para que o serviço seja realizado
num padrão de excelência, os mesmos têm que estar em perfeita condição de uso
na hora do seu emprego. Por isso a sua constante manutenção e um monitoramento
eficiente podem possibilitar e garantir a sua condição de pronto-emprego. Assim,
quando um equipamento ou material não esta em condições de uso, pode-se surgir
à hipótese que o sistema de manutenção e monitoramento não está sendo
empregado da melhor forma ou até não existam dentro do processo em análise.
Assim, devido os relatos de diversos equipamentos operacionais sem condição
de uso dentro do serviço operacional da Instituição, será realizado um Estudo de
6
Caso para verificar a real situação desses equipamentos e como é feito a
manutenção e monitoramento dos mesmos. Buscando saber se é feito a
manutenção preventiva e corretiva nos equipamentos operacionais, se existe um
monitoramento desses equipamentos; quanto tempo um equipamento operacional
fica sem condições de uso, se existe no momento algum equipamento sem
condições de uso; se existem higienização e manutenção periódica dos
equipamentos operacionais, se existe palestras (instruções) sobre a manutenção
dos equipamentos; se existe uma sessão que realiza a manutenção e
monitoramento dos equipamentos operacionais. Para o estudo foi focado o serviço
de Salvamento Terrestre, realizado pela guarnição das viaturas com denominação
ABS (Auto-Bomba e Salvamento), no qual a condição de pronto-emprego eficaz dos
equipamentos é essencial para o desenvolvimento da operação.
O estudo será pautado na realização de uma pesquisa bibliográfica sobre os
principais conceitos de salvamento, seus principais equipamentos operacionais, bem
como os conceitos envolvendo a manutenção e monitoramento de equipamentos.
Com base nessa pesquisa será elaborado um questionário para verificar a situação
dos equipamentos e como é feito sua manutenção e monitoramento, o mesmo
deverá ser aplicado às guarnições do serviço operacional de salvamento do 1º BBM,
2º BBM e 8º BBM. Em seguida preparar e tabular os dados obtidos nos
questionários aplicados e analisar os resultados encontrados, e assim propor
sugestões e soluções para possíveis problemas observados.
Portanto, analisar a situação do monitoramento e manutenção dos
equipamentos operacionais da Instituição é de grande importância para o Corpo de
Bombeiro Militar, pois levantará os principais pontos a serem abordados para
melhorar a manutenção e conservação dos equipamentos usados no serviço
operacional, despertando para uma discussão sobre a possibilidade de criar uma
sessão de monitoramento e manutenção de equipamentos operacionais para a
Corporação. Assim, a comunidade irá se beneficiar, pois serão minimizadas as
falhas de equipamentos não comprometendo a vida da vítima, do bombeiro militar e
o patrimônio. Promovendo também uma melhoria na capacitação continuada
7
técnico-profissional da Instituição, por buscar e difundir (através de instruções)
novos conhecimentos sobre monitoramento e manutenção de equipamentos
operacionais.
REVISÃO DA LITERATURA
Dentre os serviços prestados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de
Goiás e afirmados pelo artigo 125 da Constituição Estadual de Goiás (1989), o de
Salvamento de pessoas e bens é de grande relevância, segundo De Araujo, no
manual de Salvamento do Bombeiro Militar de Brasília, Salvamento é toda e
qualquer operação realizada por uma equipe de bombeiros ou não, com a finalidade
de salvaguardar vidas e bens em situações de riscos. Ainda, pode-se dizer que os
serviços de salvamento consistem na remoção cuidadosa de pessoas, animais e/ou
objetos dos mais variados sinistros e do atendimento imediato em primeiros socorros
antes que os cuidados médicos sejam prestados. Portanto, Salvamento é toda ação
ou auxílio prestado a uma pessoa ou animal que esteja em situação de perigo e que
por algum motivo não tenha condições de se safar sozinha, devendo o bombeiro
além de salvar, garantir a qualidade da vida das vítimas, bem como resguardar bens
materiais que ainda não foram afetados pelo sinistro.
No serviço de Salvamento têm-se as áreas de salvamento terrestre, aquático e
em altura, cada qual com suas técnicas e equipamentos que aliados ao bombeiro
militar garantem o sucesso da missão. O serviço de salvamento terrestre, segundo o
manual de fundamentos dos bombeiros de São Paulo, consiste em diversos tipos de
ocorrências como: acidente de trânsito com vítimas presas nas ferragens;
desabamento; soterramento; vítimas no interior de poço; corte de árvore; vítimas em
locais confinados; ocorrências envolvendo eletricidade e vítimas presas em
elevadores, nos quais há a necessidade de técnicas e diversos tipos de
equipamentos.
8
De acordo com o manual do curso de formação de soldados do Corpo de
Bombeiros do Rio de Janeiro, os equipamentos de salvamento terrestre são:
desencarcerador, macaco hidráulico, almofadas pneumáticas, tirfor, tripé, tesourão
(corta-frio), moto-serra, moto-cortador, gerador à gasolina, rádio transceptor
(portátil), cones de sinalização, escada de duralumínio, croque, alavanca, malho, pá,
luva de raspa de couro, óculos de proteção, botas de borracha, lanternas, Machado;
mas podem-se citar ainda os equipamentos de proteção respiratória (EPR), os
cabos, frio oito, mosquetão e serra – sabre.
Cada um desses equipamentos operacionais deve estar em perfeita condição
de uso para o seu emprego nas ocorrências, assim a sua manutenção e
monitoramento é fundamental para que isso ocorra. A manutenção consiste em “um
conjunto de atividades e recursos aplicados aos sistemas e equipamento, visando
garantir a continuidade de sua função dentro de parâmetros de disponibilidade, de
qualidade, de prazo, custos e vida útil adequado” Lima & Castilho (2006). Assim, a
manutenção é considerada um processo que se inicia antes da aquisição e tem
como objetivo principal o prolongamento da vida útil do equipamento ou sistema.
Ela pode ser classificada quanto a sua função em relação ao tempo, segundo
Slack et. Al. (1999), como manutenção preventiva, corretiva e preditiva. A primeira é
aquela que procura evitar e prevenir antes do defeito ocorrer. Caracteriza-se pela
substituição de peças ou componentes antes que seu tempo de uso seja
completado, evitando assim a ocorrência de falhas. De acordo com a NBR 5462-
Confiabilidade e Mantenabilidade (1994) Manutenção preventiva “é a manutenção
efetuada em intervalos de tempos predeterminados, ou de acordo com critérios
prescritivos, destinados a reduzir a probabilidade de falha ou degradação do sistema
ou de um item.”
A manutenção corretiva é o tipo mais antigo sendo o mais utilizado em
qualquer empresa que possua itens físicos, qualquer que seja o nível de
planejamento da manutenção. Segundo a NBR 5462 (1994) “é a manutenção
9
efetuada após a ocorrência de uma pane, destinada a recolocar um item em
condições de executar uma função requerida.” Portanto, é toda manutenção com
intenção de corrigir falhas em equipamentos, componentes, módulos ou sistemas,
visando restabelecer sua função.
Esse tipo de manutenção normalmente tem alto custo, pois podem acarretar
em prejuízos como perdas de produção e queda na qualidade do produto ou
também na incapacidade de desenvolver o serviço necessário e até mesmo colocar
em risco a vida de quem opera o equipamento ou sistema. As paralisações são
quase sempre mais demoradas e geram insegurança, pois não se pode confiar no
equipamento ou sistema, assim não se sabe quando o equipamento poderá
novamente ser utilizado. E se a necessidade do equipamento ou sistema for
prioritária poderá acrescer muito o custo da manutenção, pois pode não haver um
planejamento para compra da peça a ser utilizada no reparo.
Outra manutenção é a preditiva que pode ser considera uma forma evoluída a
manutenção preventiva. Com o aperfeiçoamento da informática, tornou-se possível
estabelecer previsão de diagnósticos de falhas, através da análise de certos
parâmetros da utilização do equipamento ou sistema. Fazendo o acompanhamento
sistemático das variáveis que indicam o desempenho dos equipamentos, define-se a
necessidade de intervenção. Segundo Slack et. Al. (1999) manutenção preditiva é
“monitorar minuciosamente as instalações para tentar predizer quando a parada
pode ocorrer e antecipá-la através dos reparos na instalação”. Assim, essa
manutenção exige uma mão-de-obra qualificada para realizar análise e diagnostico
do equipamento ou sistema avaliado, levando em conta os dados registrados.
Segundo Maximiano (2006), o monitoramento “consiste em acompanhar e
avaliar a execução da estratégia”. O monitoramento deve ser realizado com base
nos mesmos indicadores utilizados na hora de se elaborar o planejamento
estratégico. Esse monitoramento pode ser realizado com informações primárias,
como data de registro, identificação e data de manutenção ou também com a análise
10
sistemática de dados secundários, fazendo assim um acompanhamento continuo de
todo o processo de manutenção do equipamento. Portanto, monitorar é muito
importante porque promove informações úteis para a seção de manutenção no
sentido de subsidiar a tomada de decisões futuras como que tipo de equipamento
comprar, qual o período ideal para a manutenção preventiva, que cursos e
instruções devem ser ministrados, enfim em que fase do processo está ocorrendo as
principais falhas e como superá-las.
Assim, analisando cada sistema ou equipamento verifica-se a melhor forma de
manutenção a ser aplicada, pois existem particularidades em cada equipamento
operacional. Outro aspecto a ser observado é o modelo e marca, onde se observa
diferentes formas de manutenção para um mesmo tipo de equipamento operacional.
Dessa forma, o melhor a seguir é o manual de manutenção do equipamento no qual
terá a melhor forma de manutenção do mesmo. Como existem diversos tipos de
modelo e marca de equipamento não será privilegiado um só tipo; dando
importância ao conceito geral de manutenção e seus tipos, mas sempre lembrando
que para fazer as manutenções citadas dever-se-á consultar o manual especifico de
cada equipamento.
Portanto em uma empresa prestadora de serviços como o Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Goiás a manutenção e recuperação das falhas devem ser bem
planejadas e o tempo de normalização deve ser reduzido ao máximo, de modo que
não interfira negativamente na qualidade da prestação do serviço ao cliente.
Além da manutenção dos equipamentos operacionais que podem garantir a
excelência do serviço prestado pelo CBMGO e a segurança dos bombeiros militares
que manipulam esses equipamentos deve-se observar também a manutenção dos
equipamentos de proteção individual (EPI), bem como sua higienização e
acondicionamento. Consideram-se EPI de acordo com a Norma Regulamentadora
(NR) n. 6 “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
11
trabalho”, assim é imprescindível o seu uso pelos bombeiros militares nos diversos
tipos de sinistros enfrentados.
Para as guarnições de salvamento de acordo com o Manual Técnico de
Bombeiros n. 3 do Corpo de Bombeiros da Policia Militar de São Paulo os principais
EPIs são luvas, óculos de proteção, capacetes, capas de proteção, bota de cano
longo, máscaras de proteção facial, equipamento de proteção respiratória e pode-se
citar ainda a luva de alta-tensão e luvas de procedimento. Assim, de acordo com a
NR 6 os fabricantes devem fornecer instruções sobre a limpeza e higienização dos
EPIs, entretanto os empregados tem o dever de manter em condições de uso os
mesmos e o empregador deverá adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade,
exigir seu uso, orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação, substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado e
responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica dos mesmos.
METODOLOGIA
Após realizar o embasamento teórico sobre a manutenção dos equipamentos
operacionais foi desenvolvido os caminhos metodológicos para realizar a pesquisa
sobre a situação observada, dentre os propósitos que parecem recorrentes aos
estudos científicos à luz dos estudos de SELLTIZ et al. (1959, apud BAÍA et. al.,
2010) optou-se, para esta pesquisa, ganhar familiaridade com um determinado
fenômeno a fim de especificar um determinado problema de pesquisa; descrever de
forma acurada as características ou associações entre determinados agentes,
contextos ou fenômenos, ou mesmo a freqüência com a qual eles interagem.
Segundo SELLTIZ et al. (1959, apud BAÍA et. al., 2010), a predominância de
um ou outro propósito – respectivamente, exploratório, descritivo e correlacional -
em dado estudo é o que indica a sua natureza. Em relação a esta pesquisa o caráter
exploratório predominou. Isso não significa que descrições e associações não
12
pudessem emergir no caminho, mas que sua intenção foi, essencialmente, buscar
uma maior compreensão do fenômeno em análise. Assim, o método mais adequado
para a análise é o estudo de caso, pois segundo YIN (1989, apud BAÍA et. al., 2010),
a abordagem metodológica de estudo de caso é utilizada quando as perguntas a
serem respondidas são “como” e “porque”, quando o investigador tem um pouco de
controle sobre os eventos e quando o foco é no fenômeno do contemporâneo com
um pouco de contexto real.
Este estudo de caso foi realizado através de aplicação de questionário ao
publico alvo sobre a situação da manutenção dos equipamentos operacionais, o
público estudado foram os componentes das guarnições de salvamento do 1º BBM,
2º BBM e 8º BBM, todos situados na cidade de Goiânia. Cada guarnição é composta
de quatro bombeiros militares; e em cada Batalhão Bombeiro Militar (BBM) existe
três alas de serviço operacional, totalizando um total de 36 bombeiros militares. Mas
devido a situação dos alunos do curso de formação de praças estarem estagiando
nas guarnições foi aplicado um total de 39 questionários, cada questionário com 17
questões sobre a situação da manutenção dos equipamentos operacionais e
também sobre a situação dos equipamentos de proteção individual (EPI).
Portanto, foi realizada uma pesquisa descritiva, onde os dados foram coletados
sem a interferência do pesquisador. A pesquisa descritiva não propõe soluções,
apenas descreve os fenômenos tal como são vistos pelo pesquisado, o que não
significa que não serão interpretados, mas somente que a contribuição que se
deseja dar é no sentido de promover uma análise da situação, com isso, penetrar
em sua natureza ou para dimensionar sua extensão (MEZZAROBA; MONTEIRO,
2006).
13
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Analisando os dados obtidos no questionário (Anexo 1) observa-se que alguns
equipamentos operacionais ficam rotineiramente sem condição de uso. Os
equipamentos citados pelos entrevistados seguem descritos no gráfico 1. Onde os
mais citados foram: lanterna com 31 comentários, em seguida o moto-serra com 27
e o desencarserador com 19 citações, pode-se também notar que grande parte dos
equipamentos foi mencionados, mostrando que deve haver algum ponto no
processo, que poderá estar causando tal situação. Um dos pontos a ser analisado é
a manutenção desses equipamentos, pois a falta ou uma falha na manutenção
poderá estar causando esse contexto.
Figura 1 – Relação dos equipamentos que rotineiramente ficam sem condição de uso. Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados da pesquisa.
Portanto, ao analisar essa situação rotineira percebeu-se que em grande parte
dos equipamentos operacionais não é realizado a manutenção preventiva, o que
19
5
5
2
27
17
1
31
11
6
2
14
Desencarserador
Macaco Hidráulico
Tirfor
Tripé
Moto-serra
Radio Transceptor
Escada Duralumínio
Croque
Lanterna
EPR
Cabos
Corta-frio
Serra-sabre
Equipamentos rotineiramente sem condição de uso
Série1
14
poderia estar causando essa situação, pois segundo a NBR 5264 a manutenção
preventiva é aquela “destinada a reduzir a probabilidade de falha ou degradação do
sistema ou de um item.” A falta de manutenção preventiva esta evidente na figura 2,
onde se observa também que o moto-serra e o desencarserador são os
equipamentos mais citados, portanto os que mais recebem manutenção preventiva,
entretanto na figura 1 aparecem como equipamentos que rotineiramente estão sem
condição de uso. Nota-se também que a maioria dos equipamentos não são citados,
portanto conclui-se que não recebem manutenção preventiva. Outro item
questionado foi em relação ao intervalo de tempo de manutenção preventiva onde
pode-se observar que não existe uma uniformidade nas respostas dos entrevistados,
sendo as mais variadas possíveis, mostrando que não há um processo bem definido
quanto a manutenção desses equipamentos.
Figura 2 – Manutenção preventiva (quantas vezes foram citados).
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados da pesquisa.
Dos equipamentos analisados, existem alguns sem condição de uso no
momento da pesquisa é o que demonstra o quadro 1 a seguir. Verificou-se que 24
dos entrevistados disseram que existe no momento algum equipamento sem
condição de uso e citaram principalmente o desencarserador e o moto-serra. Dos
equipamentos sem condição de uso foi analisado a realização da manutenção
9
0
0
0
20
1
0
0
0
9
6
1
1
Desencarserador
Macaco Hidráulico
Tirfor
Tripé
Moto-serra
Radio Transceptor
Escada Duralumínio
Croque
Lanterna
EPR
Cabos
Corta-frio
Serra-sabre
Equipamento em que é feito manutenção preventiva
Série1
15
corretiva dos mesmos e 18 entrevistados disseram que é feito a manutenção
corretiva, entretanto 19 responderam ao contrário. Assim, pode-se notar que é feito
parcialmente a manutenção corretiva dos equipamentos baixados, mas comparando
com a manutenção preventiva essa ainda é mais utilizada no momento. Essa
manutenção tem alto custo e pode trazer prejuízos quanto ao serviço prestado em
relação ao tempo em que o equipamento ficará parado para a realização da mesma.
Podendo ainda gerar uma insegurança para o sistema, pois segundo a NBR 5462 “é
a manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane”, assim nunca se sabe
quando vai ocorrer a pane, ficando na maioria das vezes sem um planejamento
prévio para sua realização.
Quadro 1 – Equipamentos operacionais sem condição de uso.
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados da pesquisa.
Outra questão abordada diz respeito ao equipamento de reposição para que o
serviço não seja prejudicado em quanto é feito a manutenção corretiva em um
determinado equipamento operacional. Obteve-se que 29 dos entrevistados
entendem que não existem equipamentos que sirvam para esse fim, mostrando a
necessidade de um planejamento sobre essa questão especifica, pois em algum
momento prejudicar o serviço realizado pelas guarnições de salvamento. Em relação
ao local em que é realizado essa manutenção pode-se detectar que as dependência
do Batalhão é o mais citado, como mostra a figura 3.
Perguntados se
existe:
Responderam:
sim
Responderam:
não
Sem resposta
Equipamento
baixado
24 12 03
Manutenção
corretiva
18 19 02
16
Figura 3 – Locais de realização da manutenção corretiva.
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados da pesquisa.
Pode-se verificar também que não existe um local especifico para realização da
manutenção corretiva dos equipamentos operacionais e isso pode prejudicar o
processo de manutenção, pois se deve definir e planejar as ações e falta de uma
referência no assunto dificulta a execução dos objetivos traçados no planejamento.
Levando em conta a necessidade um local para realizar esse processo foi
questionado sobre de implantação de uma seção de manutenção e 33 dos
entrevistados responderam que acham necessário como mostra a figura 4.
Figura 4 – Necessidade de implantação de seção de manutenção.
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados da pesquisa.
43%
28%
27%
2%
Local de realização de manutenção NA PROPRIA OBM OUTRA OBM
EMPRESA PARTICULAR SEÇÃO DE MANUTENÇÃO
67%
33%
Necessidade de uma seção de manutenção
sim não
17
Foi pontuado também se existe um monitoramento (manutenção preditiva)
desses equipamentos operacionais e 29 dos entrevistados disseram que não, nove
disseram que sim e um não respondeu o questionamento, mostrando assim a falta
de processo que pode usar dos sistemas informatizados para determinar o momento
e a necessidade de manutenção dos equipamentos, pois esse sistema apontará o
momento antes de ocorrer as falhas dos equipamentos, diminuindo a manutenção
corretiva e aumentando a vida útil do equipamento ou material. Outro
questionamento foi feito em relação às instruções especificas sobre manutenção de
equipamentos operacionais, pois é necessária uma mão de obra qualificada para
operar os sistemas de manutenção e 56% dos entrevistados disseram que já
participaram de alguma instrução que tratasse deste assunto, mostrando que 44%
não tiveram instrução de manutenção de equipamentos, isso mostra que existe há
necessidade de instruções sobre o assunto democratizando o conhecimento e
transformando o pensamento sobre prevenção como melhor resposta para a
manutenção.
Nas ocorrências atendidas pode ocorrer falha dos equipamentos operacionais,
os entrevistados disseram já presenciaram algumas dessas falhas e desses, 82%
perceberam que houve falha devido à falta de manutenção dos equipamentos, como
mostra a figura 5, assim pode-se observar que a falta de manutenção pode acarretar
falhas no sistema a ser utilizado, podendo levar a prejuízos ao público a ser atendido
como também para aqueles que operam o sistema, pois o tipo de manutenção mais
utilizado pelos entrevistados só promove a correção.
Figura 5 – Alteração na ocorrência devido à falta de manutenção.
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados da pesquisa.
82%
18%
Já presenciaram falha do equipamento
sim não
18
Os equipamentos de proteção individual são muito importantes para a proteção
dos bombeiros militares nos diversos tipos de ocorrências, portanto os EPIs devem
estar em boas condições de uso, perguntado aos entrevistados sobre tal situação os
mesmos acham que os EPIs utilizados estão em bom estado de conservação como
mostra a tabela a seguir.
Figura 5 – Estado de conservação dos EPIs.
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados da pesquisa.
Também foi perguntado se utilizam esses EPIs e 87% dos entrevistados
responderam que sim. Somente quatro disseram que não usariam em determinadas
ocorrências por não ter o equipamento adequado. Isso mostra a preocupação dos
bombeiros entrevistados com a necessidade do uso de equipamento de proteção
individual, pois segundo a NR 06 o empregado tem o dever de utilizar o EPI durante
a realização do serviço. Foi perguntado se após as ocorrências é realizado a
manutenção dos equipamentos de proteção individual é somente sete responderam
que não e um não respondeu a pergunta. Portanto, observa-se que a maioria se
preocupa com a manutenção dos EPI porque segundo a NR 06 é dever do
empregado manter em condições de uso o seu equipamento. Mas quando
indagados sobre o controle de manutenção e higiene dos mesmos, os entrevistados
em sua maioria, disseram que não existe tal controle sendo que somente nove
respondeu ao contrário. Isso pode levar a observação que existe a necessidade de
19
uma melhora no sistema de monitoramento dos EPIs, pois segundo a NR 06 o
empregador é responsável pela higienização e manutenção periódica dos mesmos.
Sobre o tempo médio de reposição dos equipamentos de proteção individual a
principal resposta dos entrevistados foi que os mesmos são trocados quando
estragam ou que não há previsão. O restante não demonstrou uma uniformidade no
tempo questionado. E em relação ao acondicionamento dos equipamentos de
proteção individual a maioria dos entrevistados respondeu que não é feito de forma
correta como mostra o gráfico abaixo.
Figura 6 – Forma de acondicionamento dos EPIs.
Fonte: elaborada pelo autor com base nos dados da pesquisa.
CONCLUSÕES E SUGESTÕES
A manutenção dos equipamentos operacionais é ponto indispensável para o
serviço prestado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, pois os
equipamentos juntamente com os bombeiros militares devem estar em perfeita
condição para o atendimento das ocorrências em qualquer área de atuação.
82%
18%
O acondicionamento é feito de forma correta?
sim não
20
Assim, de acordo com os dados obtidos no questionário aplicado pode-se
observar que a manutenção dos equipamentos operacionais realizado pelas
guarnições de salvamento apresenta alguns pontos que devem ser melhorados, pois
se verifica que a manutenção corretiva ainda é a mais utilizada; e que não se tem
um local próprio para a realização da mesma. Isso é confirmado analisando a figura
1 onde se tem diversos equipamentos que rotineiramente ficam sem condição de
uso e comparado com a tabela 1 que apresenta em qual equipamentos é realizado
ou não a manutenção preventiva.
Foi observado que no período em que é realizada a manutenção corretiva a
guarnição fica sem o equipamento operacional para atender as ocorrências. Pode-se
notar também que há um reflexo na execução do serviço devido à falta de
manutenção preventiva, pois 82% dos entrevistados já presenciaram alguma falha
de equipamento relacionada a este item.
Outro aspecto analisado é a situação dos equipamentos de proteção individual
que de acordo com os entrevistados estão em boa condição de uso, a maioria
respondeu que realizam a manutenção após as ocorrências, mas que não existe um
controle sobre este fato. O acondicionamento dos equipamentos de proteção
individual não é feito de forma correta segundo a opinião de 82% dos entrevistados
e que a reposição dos mesmos na maioria das vezes não tem uma previsão.
Após observar diversos aspectos pode-se perceber a necessidade de melhorar
a manutenção dos equipamentos e para isso sugere-se a implantação de uma
Seção de Manutenção de Equipamentos Operacionais onde se poderão abranger
diversos pontos como o monitoramento (manutenção preditiva) dos equipamentos,
utilizando a informática através de programas para determinar o momento a realizar
uma nova manutenção preventiva; melhorar a identificação dos equipamentos e
assim fazer um controle podendo ter equipamentos de reposição no caso de
realização de uma manutenção corretiva em que o equipamento poderá ficar um
21
tempo maior sem condição de uso ou até mesmo fazer o remanejamento de
equipamentos.
A seção poderá também disponibilizar bombeiros militares para fazerem cursos
específicos de manutenção nas empresas que fornecem os equipamentos
operacionais para o Corpo de Bombeiros e com esses conhecimentos realizarem
instruções nas unidades do Corpo de Bombeiros e poderão criar uma equipe para
estudarem sistemas e formas de manutenção que garantam ao Corpo de Bombeiros
Militar de Goiás eficiência e autonomia sobre os mecanismos de manutenção de
equipamentos. Poderá ainda controlar a manutenção dos equipamentos de proteção
individual (EPI), principalmente no que concerne a higienização e acondicionamento
dos mesmos; gerenciando a entrega do EPI ao bombeiro militar e a reposição dos
mesmos quando se fizer necessário e ainda ministrar instruções sobre esses
equipamentos, mostrando a importância do seu uso frente às ocorrências, podendo
inclusive estudar o melhor EPI a ser utilizado em cada tipo de sinistro, usando como
base a NR 6 sobre equipamento de proteção individual.
Portanto, uma seção de manutenção pode melhorar cada vez mais a
realização da manutenção preditiva e corretiva dos equipamentos operacionais, bem
como a manutenção dos EPI utilizados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado
de Goiás, buscando sempre uma excelência no serviço prestado e também a
proteção dos bombeiros militares envolvidos na ocorrência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5462: Confiabilidade
e Mantenabilidade. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
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BAÍA, Elaine Silva Baía, et. al. Comprometimento Organizacional: um estudo de caso do Grupo PET ADM- FEA/ USP. Disponível em: <www.ead.fea.usp.br/semead/9semead/resultado_semead/.../345 pdf>. Acesso em: 21 fev.2012.
CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Coletânea de Manuais Técnicos de Bombeiros n.03 - Salvamento terrestre. São Paulo: 2006.
DE ARAUJO, Francisco B. de Araújo -Manual de instruções técnico profissional para bombeiros. Disponível em:< http://www.ebah.com.br/content/ABAAAApw4AB/manual-
salvamento-bombeiros-brasilia>. Acesso em: 16 mar. 2012.
MANUAL, Manual do Curso de Formação de Soldados do Rio de Janeiro. Disponível em:<http://www.defesacivil.rj.gov.br/documentos/proposta_novo_manual_cfsd/Materia%2003%2
0-%20Tecnica%20e%20Maneabilidade%20de%20Salvamento.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2012.
MAXIMIANO, Antonio C. A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 6ª Ed. São Paulo. Atlas: 2006.
MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de metodologia da pesquisa no direito. Ed. Saraiva. São Paulo, 2006.
NORMAS REGULADORAS N. 06- Equipamento de Proteção Individual. Consolidação das Leis do Trabalho. Segurança e Medicina do Trabalho. Portaria N. 3.214/78.
SLACK, N; et. al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999.
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Anexo 1
Questionário sobre a manutenção dos equipamentos operacionais de Salvamento
1) Quais equipamentos rotineiramente ficam sem condição de uso (baixado)?
Desencarcerador Macaco Hidráulico Tirfor Tripé
Moto-serra Rádio Transceptor (Portátil) Escada de Duralumínio
Croque Lanternas Equipamentos de proteção respiratória (EPR)
Cabos Corta-frio Serra - sabre
2) Em qual equipamento é feito a manutenção preventiva e escreva qual o intervalo de manutenção.
Desencarcerador _____________ Moto-serra _______________
Rádio Transceptor (Portátil) ___________ Cabos _______________
Equipamentos de proteção respiratória (EPR) _______________
Corta-frio ______________ Serra – sabre __________________
3) No momento existe algum equipamento sem condições de uso (baixado)?
Não Sim Qual (is)? ________________________
4) É feito a manutenção corretiva nesses equipamentos sem condição de uso (baixado)?
Não Sim
5) Qual o destino do equipamento quando é necessário passar por manutenção corretiva?
Na própria OBM Outra OBM Empresa Particular Seção de manutenção
6) Você acha que há a necessidade de implantação de uma seção de manutenção de equipamentos operacionais no CBMGO?
Não Sim
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7) Existe um monitoramento (manutenção preditiva) dos equipamentos operacionais?
Não Sim
8) Você já participou de alguma instrução que tratasse especificamente de manutenção de equipamentos?
Não Sim
9) A falta de manutenção preventiva já provocou alguma falha no equipamento durante uma ocorrência ?
Não Sim
10) Existe equipamentos que servem de reposição enquanto um outro esta em manutenção corretiva?
Não Sim
11) Na sua opinião qual o estado de conservação do EPI utilizado pela guarnição?
Péssimo Ruim Bom Ótimo
12) Você usa o EPI (luva, óculos de proteção, luva de alta tensão, etc) a disposição na unidade de Salvamento no caso de ocorrências?
Não Sim
13) Se você respondeu não na questão anterior responda por que?
14) Após uma ocorrência é feito a manutenção dos EPIs?
Não Sim
15) Existe um controle sobre a manutenção e higiene dos EPIs utilizados pela guarnição?
Não Sim
16) Qual o tempo médio de reposição dos EPIs utilizados?______________________
17) Na sua opinião o acondicionamento dos EPIs na viatura é feito de forma correta?
Não Sim