Slide - apresentação seminário conservação preventiva
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Universidade Federal da ParaíbaCentro de Ciências Socias Aplicadas
Curso de Biblioteconomia Disciplina: Preservação e Conservação de Unidades
de Informação Professora Doutora: Bernadina Freire
Grupo: Alex Salustino Fabiana Cavalcante Patrícia Dias
Conservação Preventiva em arquivos e bibliotecas
Introdução
Todos os suportes onde estão inseridas as informações, contidos numa biblioteca ou num arquivo, necessitam de atenção e cuidados da parte do pessoal por eles responsável, para que a sua durabilidade não se perca rapidamente.
O fato de possuir um grande acervo, não dá o direito à unidade de informação de manter o mesmo (acervo) sem os devidos cuidados: conservação, preservação, restauração e outros.
Tem sido uma preocupação compartilhada por algumas instituições públicas e privadas para que os acervos e por conseguinte as unidades de informação “sobrevivam”, mas a principal ação para se estender a vida desses acervos é a adoção de uma política de preservação e meios de estagnar a deterioração das obras em risco.
Definição de Plano de Conservação Preventiva
Foi definida em Havana em 2000:
“É a concepção, coordenação e execução de um conjunto de estratégias sistemáticas organizadas no tempo e no espaço, desenvolvidas por uma equipe interdisciplinar com o consenso da comunidade a fim de preservar, resguardar e difundir a memória coletiva no presente e projetá-la para o futuro para reforçar a sua identidade cultural e elevar a qualidade de vida”.
Conservação Preventiva
Sabemos que o desgaste dos livros de uma biblioteca é inevitável, devido ao seu uso contínuo, e isso é normal porque demonstra que o material está sendo utilizado. Porém tais acontecimentos nos remete a planejar meios que previnam essa deterioração.
Logo é necessário conhecer os materiais e componentes do acervo, seja de uma biblioteca ou de um arquivo e o seu comportamento diante da degradação a qual estão expostos, para que a partir daí sejam estabelecidos critérios de combate, impedindo que os documentos se percam para sempre e então elaborar PLANOS DE CONSERVAÇÃO PREVENTIVA.
Principais Agressores dos Acervos de Arquivos e Bibliotecas.
Para inserir procedimentos de prevenção, precisamos detectar o
que provoca e influencia essa deterioração. Logo teremos:
O Meio Ambiente - apresentando um conjunto de forças e condições que cercam e influenciam os seres vivos e as coisas em geral e é constituído por dois fatores:
-Fatores Abióticos: todas as influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente, tais como a luz, a temperatura, o vento, etc.
São eles: temperatura, umidade relativa do ar, radiação da luz e a qualidade do ar.
-Fatores Bióticos: todos os elementos causados pelos organismos em um ecossistema que condicionam as populações que o formam.
Componentes deste grupo:
São os insetos (baratas, brocas, cupins), os roedores e microorganismos (fungos). O surgimento desses seres dar-se pela falta de higiene, temperaturas e umidade relativa elevadas e pouca circulação do ar.
Para a intervenção devemos buscar orientações de profissionais para solucionar o problema para o uso de um produto adequado e especial para cada tipo de deterioração e que não provoque danos a outros documentos.
Principais Agressores dos Acervos de Arquivos e Bibliotecas
Temperatura e Umidade relativa: o desequilíbrio entre o calor e a umidade acarretará na deterioração do documento seja ele em papel, couro, tecidos ou outros materiais. A temperatura e a umidade relativa altas são detectadas com a presença de colônias de fungos. Umidade do ar e temperatura muito baixas transparecem em documentos distorcidos e ressecados.
Como combater?
Monitoramos a umidade e a temperatura através do termo-higrômetro.
CALIBRAVEL DIGITAL
O desequilíbrio da temperatura e da umidade relativa provocam no acervo uma dinâmica de contração e alongamento dos elementos que compõem o papel, além de favorecer a proliferação de agentes biológicos.
Principais Agressores dos Acervos de Arquivos e Bibliotecas.
Radiação da luz: toda fonte de luz , seja ela natural ou artificial emite radiação nociva aos documentos, provocando danos através da oxidação. Assim qualquer exposição à luz, mesmo que por pouco tempo é prejucial devido a radiação ultravioleta (UV).
Como combater?
A radiação da luz é medida através de um aparelho denominado luxímetro ou fotômetro.
LUXÍMETRO FOTÔMETRO
O primeiro efeito caracteriza-se por apresentar uma ação clareadora, que causa o desbotamento ou o escurecimento de alguns papéis e algumas tintas. O segundo efeito apresenta-se como uma acelerada degradação da lignina (componente natural responsável pela firmeza e solidez dos conjunto de fibras, agindo como uma espécie de cimento) que porventura esteja presente no papel, tornando-a progressivamente escura.
Insetos
Os danos que os insetos causam aos acervos são bastante conhecidos. Produzem estragos de grande intensidade, durante tempos relativamente curtos. São pouco afetados pelo controle ambiental interno e acervos, uma vez que possuem uma grande capacidade de adaptação às transformações ambientais.
Microorganismos
O papel é vulnerável aos ataques microbiológicos, pois seu principal constituinte, a celulose, sofre degradação provocada por diferentes espécies de fungos e bactérias. A ação de microorganismos no papel se manifesta pelo aparecimento de manchas de várias cores, intensidades e conformações.
Principais Agressores dos Acervos de Arquivos e Bibliotecas.
Armazenagem e manuseio das obras
A armazenagem e o manuseio correto dos livros são fatores importantíssimo para prolongar a vida útil dos mesmos. Em bibliotecas universitárias, onde o manuseio dos livros é constante, é de fundamental importância tomar alguns cuidados nesse sentido para que os livros possam ser utilizados pelo maior tempo e número de usuários possível.
Guarda inadequada
Encadernações mal realizadas ou em mal estado, não protegem os documentos e permitem a penetração do pó e de poluentes. Nos documentos avulsos, o peso dificulta a retirada das caixas das prateleiras. A superlotação das caixas ocasiona também a compactação dos papéis que, além de sofrerem rasgos e amassarem durante a retirada e reposição, favorecem a infestação de insetos e microorganismos.
Manuseio incorreto
Os problemas de manuseio não se limitam a penas no momento em que os documentos estão nas mãos do usuário. Deve ser analisado todo o percurso, de ida e volta, entre a estante, a sala de consultas e de reprodução.
Principais Agressores dos Acervos de Arquivos e Bibliotecas.
Higiene e Segurança das Bibliotecas
Cabe ao bibliotecário, enquanto gestor da unidade de informação na qual exerce suas funções, analisar e indicar a forma correta de realização da limpeza da biblioteca, bem como zelar pela segurança das obras existentes no acervo. Para isso é necessário ficar atento a alguns pontos que apenas um profissional da área saberá identificar como prejudiciais ao seu acervo.
A higienização das coleções deve ser um hábito de rotina na manutenção de bibliotecas ou arquivos, sendo assim, podemos dizer que é conservação preventiva por excelência. Isto aumenta sensivelmente sua vida útil.
Principais atividades que visam prevenir, combater ou minimizar os problemas para prolongar a vida útil dos documentos.
O primeiro tipo concentra-se nos ambientes de bibliotecas e nas maneiras de torná-los mais apropriados a seus conteúdos, levando em consideração: climatização, mobiliário, instalações e limpeza;
O segundo incorpora esforços para estender a vida física de documentos através de métodos como desacidificação, restauração e encadernação. Ou seja, está relacionado à intervenções nas obras;
O terceiro tipo envolve a transferência de conteúdo intelectual ou informativo de um formato ou matriz para outro, como a microfilmagem e a digitalização.
Vejamos algumas imagens
Degradação realizada por brocas
Degradação realizada pela radiação da luz
Degradação ocasionada pela temperatura
Armazenamento inadequado
Materiais para a higienização dos documentos
Produção do pó de borracha – para higienizar o(s) documento(s)
Uso de luvas e máscaras no manuseio de documentos
Concluindo
“Se o desejo de que o acervo permaneça em bom estado de qualidade por um longo período de tempo, deve-se investir em conservação preventiva, proporcionando os devidos cuidados aos diversos suportes da informação”.
Referências
GOMES, Camila Alves; GOMES, Virginia Marques Godot. Preservação e Conservação de Acervos Bibliográficos nas Bibliotecas Escolares de Porto Velho-RO: uma proposta de ação. Disponível em: <http://dci.ccsa.ufpb.br/enebd/index.php/enebd/article/viewFile/165/108>. Acesso em: 14 de set. 2012.
COSTA, Marilene Fragas. Noções Básicas de Conservação Preventiva de Documentos. Disponível em: <http://www.bibmanguinhos.cict.fiocruz.br/normasconservacao.pdf>. Acesso em: 14 de set. 2012.
ARAÚJO, Elisabeth da Silva. Manual de Conservação Preventiva dos acervos do SIB- UEPB, Campina Grande, 2009. Disponível em : <http://biblioteca.uepb.edu.br>. Acesso em 17 de set.2012. CASSARES, Norma Cianflone. Como fazer Conservação Preventiva e Arquivos e Bibliotecas, São Paulo, 2000. Disponível em : <http://www.arquivoestado.sp.gov.br/saesp >. Acesso em 17 de set.2012.
Obrigado!