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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA UESB DEPARTAMENTO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS -DELL DISCIPLINA : RETÓRICA E POÉTICA DOCENTE: PROF. DR. FLÁVIO ANTÔNIO F. REIS DISCENTE: ANDRÉIA LIMA E PATRÍCIA SILVA A história conta o que aconteceu; a poesia, o que deveria acontecer”. Aristóteles

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA –UESB

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS -DELL

DISCIPLINA : RETÓRICA E POÉTICA

DOCENTE: PROF. DR. FLÁVIO ANTÔNIO F. REIS

DISCENTE: ANDRÉIA LIMA E PATRÍCIA SILVA

“A história conta o que aconteceu; a poesia, o que deveria acontecer”.

Aristóteles

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GÊNEROS EM PROSA

Englobam todos os tipos de textos que não

são metrificados.

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TIPOS DOS GÊNEROS EM PROSA

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GÊNERO EPISTOLAR

O gênero epistolar compreende as Cartas -

composições ordinariamente curtas e

afetuosas destinadas a iniciar ou manter

relações entre pessoas ausentes.

Subdivide – se em dois tipos: Cartas

Doutrinarias e Cartas Familiares.

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CARTAS DOUTRINARIAS

Ocupam- se de fatos de interesse geral e

assumem caráter literário e cientifico .

São exemplos de cartas doutrinarias as de

Seneca e Lucílio e as de Cícero aos

amigos, contando –lhes dia a dia a história

dos seus pensamentos.

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CARTAS FAMILIARES

Tratam – se de fatos domésticos, da vida

comum e do interesse particular de quem as

escreve, ou das pessoas a quem são

dirigidas.

As cartas familiares oferecem grandes

formas: há cartas comerciais, de pêsames,

de felicitação, de agradecimento, de

despedida, etc. A carta de Madame Sevigné

à sua filha é um exemplo de carta familiar.

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REGRAS DA COMPOSIÇÃO EPISTOLAR

Invenção e disposição do gênero epistolar:

quando o interesse é de interesse particular, a

arte nada tem que dizer; mas se é doutrinário,

são – lhes aplicáveis os preceitos do gênero

didático.

Elocução: além da clareza que é um requisito

essencial a toda a composição literária, são

recomendadas as seguintes virtudes:

sinceridade no dizer, familiaridade no tom geral

e brevidade na expressão.

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Particularidades materiais da carta: formato,

qualidade do papel, largura das margens,

modo de dobrar, etc ; escapam ao domínio

da arte e são reguladas pelo uso e pelo grau

de familiaridade das pessoas que por este

meio comunicam ideias.

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GÊNERO DIDÁTICO

A composição didática abrange todos os

trabalhos literários que tem por fim exclusivo

a instrução.

Limitado, porém, aos discursos prosaicos e

ao fim que lhe é próprio, o gênero didático,

isto é, aquele que se limita a exposição da

verdade cientifica ou moral, compreende as

seguintes espécies:

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TRATADOS

Os tratados são exposições de princípios e regras que dominam qualquer arte ou ciência.

Na categoria dos tratados entram: as composições filosóficas e morais, as dissertações ou breves composições acadêmicas que tratam de matéria escolar e as preleções ou explicações em forma de lição.

As Instituições oratórias de Quintiliano e o Leal conselheiro de D. Duarte são tratados de ciência e educação mental.

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OBRAS DE CRÍTICA

Chamam – se obras de crítica as apreciações do mérito das obras, costumes e opiniões alheias.

A crítica pode ser literária, artística e de costumes. As vezes também toma a forma dialogada.

Os trabalhos de Aristarcho e os artigos da imprensa jornalística moderna são exemplos de critica literária e de costumes.

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OBRAS DE CRÍTICA

No apólogo Hospital

das Letras, Francisco

Manuel fez a primeira

revisão crítica geral de

autores literários

antigos e modernos

em português;

projetou uma

Biblioteca Lusitana de

Autores e também um

Parnaso Poético

Português.

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DESCRIÇÕES E VIAGENS

A descrição é um quadro que expõe um fato ou série de fatos, um ou muitos fenômenos do mundo moral ou psico que diretamente impressionaram o autor.

A descrição tem cabimento em todos os gêneros literários e aparece sob diferentes formas: energia, caráter, retrato, cronografia e topografia.

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São viagens , os costumes dos povos, a religião, as instituições, a cultura intelectual, bem como a descrição dos lugares, as aventuras e episódios de viagem.

Os romances descritivos, como os de Júlio Diniz, as pinturas históricas e a exposição de lances dramáticos são exemplos de descrições. Já as composições de que temos amostras da peregrinações de Fernão Mendes Pinto é um exemplo de viagens.

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VIAGENS

Peregrinação é uma

obra literária de

Fernão Mendes Pinto

,pertencente à

chamada literatura de

viagem. É o livro de

viagens da literatura

portuguesa mais

traduzido e famoso.

Foi publicado em

1614, trinta anos

após a morte do

autor.

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REGRAS DA COMPOSIÇÃO DIDÁTICA

Na disposição convém para maior clareza simplificar a trama das ideias, dividindo e subdividindo as diferentes partes da composição em seções menores, ligando- as pelas relações lógicas que tiverem, e evitando quanto possível as digressões e explicações pessoais que não forem absolutamente necessárias, para que o resplendor da verdade e a imparcialidade do juízo não sejam escurecidos pelo fumo das paixões.

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GÊNERO NARRATIVO

O grupo de composições que entram no

gênero narrativo é formado pelos diferentes

trabalhos de investigação, crítica e

exposição histórica, pelos subsídios

fornecidos a história pelas criações

lendárias, e finalmente pelas narrativas

fictícias, mais ou menos verossímeis da

novelística.

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Monografia

Fatos

Anais

Décadas

Crônicas

Comentários

Memórias

Paralelos

Quadros históricos

Biografia

Autobiografia

Elogio acadêmico

Panegírico

COMPOSIÇÕES HISTÓRICAS

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CRÔNICAS

Obra da autoria de Fernão

Lopes que é considerada a

crônica medieval portuguesa

mais importante, tanto pelos

acontecimentos que relata como

pela qualidade literária da sua

prosa. Encontra-se dividida em

duas partes. A primeira ocupa-

se do espaço de tempo que vai

da morte de D. Fernando até à

eleição de D. João I. A segunda

relata o reinado deste monarca

até à paz com Castela em 1411.

Fernão Lopes chegou a iniciar

uma terceira parte da obra, que

foi continuada por Gomes

Eanes de Zurara.

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LENDAS

As lendas e os romances não são formas históricas, mas ligam- se ao gênero, já porque narram como ele, já porque o auxiliam fornecendo- lhe informações precisas acerca dos costumes, crenças, instituições e civilizações dos povos nas diferentes épocas.

São elementos valiosos para o estudo do estado mental e moral, as lendas coligidas por Herodoto na sua história dos gregos e por Fernão Lopes nas crônicas portuguesas.

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ROMANCES

Dá se o nome de romance a narrativa de fatos imaginários dispostos com verossimilhança, formando uma história fictícia.

O romance tem varias formas:

-Romance de aventuras

Romance histórico

Romance de costumes

Romance cientifico

Romance filosófico

Conto

Conto popular

Novela pastoral

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REGRAS DA COMPOSIÇÃO NARRATIVA

Para a aquisição dos conhecimentos históricos são condições indispensáveis: o estudo das circunstância de tempo e lugar e dos costumes em geral, bem como a certeza da autencidade dos documentos e fatos.

Pelo que respeita a disposição dos fatos, mantenha-se a necessária unidade por via da ligação, o que se consegue fugindo de largas digressões e fastidiosos comentários.

A elocução do gênero narrativo, além das qualidades gerais, devem manter- se nos limites da precisão.

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GÊNERO ORATÓRIO

O gênero oratório compreende todas as composições destinadas à persuasão dos ouvintes.

A faculdade dominante na composição oratória é a eloquência, isto é, o poder de persuadir por via da palavra e do gesto.

Sendo a eloquência uma aptidão natural, é claro que necessita do auxilio da arte que a dirija. Tal é o oficio da retórica, que é a coleção de regras que dirigem e aperfeiçoam o talento oratorio.

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GÊNEROS DE ELOQUÊNCIA

São três os gêneros de eloquência: demonstrativo, deliberativo e judiciário.

A eloquência demonstrativa ocupa-se do exame de alguma verdade importante e tem por fim instruir.

A eloquência deliberativa ocupa-se dos interesses públicos e tem por fim resolver alguma questão importante.

A eloquência judiciária ocupa-se das questões do foro, nas quais se discute se uma causa é justa ou injusta.

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REGRAS DA COMPOSIÇÃO ORATÓRIA

Seja qual for o gênero de eloquência quatro

são as operações do orador, e

conseguintemente quatros são também as

partes da retórica: invenção, disposição,

elocução e declamação.

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INVENÇÃO

A Invenção é a operação pela qual o orador investiga as ideias, os sentimentos e os fatos mais acomodados ao fim de se tenha em vista.

A missão do orador nessa parte do discurso é proceder à investigação e escolha das provas para convencer, atender aos costumes oratórios para interessar a sensibilidade e conciliar o animo dos ouvintes, e estudar as paixões para comover e persuadir.

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DISPOSIÇÃO

A segunda operação do orador é a disposição, que consiste na distribuição ordenada das partes maiores, menores e mínimas do discurso. A disposição dá unidade ao discurso, pondo nos respectivos lugares, e ligando-as, as ideias encontradas na invenção.

Daí vem a necessidade de dividir o discurso em partes maiores ou fundamentais,de forma que pela ligação natural que deve prende-las, constituam um todo harmônico, isto é, uma composição oratória com o seu principio, meio e fim. Esse principio chama-se exórdio, o meio denomina-se exposição, e o remate tem o nome de peroração.

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ELOCUÇÃO

A elocução é a operação pela qual o orador

reproduz pela palavra as ideias

anteriormente achadas e dispostas.

As regras aplicáveis á elocução oratória são

duas: observância dos preceitos gerais

relativos à arte e em especial a adaptação

dos diferentes estilos aos vários gêneros

oratórios.

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DECLAMAÇÃO

Declamação é a ultima operação oratória por

via da qual o orador, socorrendo-se da

memória, da voz e do gesto, expõe

finalmente os discursos aos ouvintes.

Esta parte formal da eloquência, na qual o

orador põe ao serviço das ideias todos os

recursos da natureza e da arte compreende

pois: a memória, a voz e o gesto.

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REFERENCIAS

DIAS, José Simões. Theoria da composição

literária.

ARISTOTELES - Retórica. Trad. Manuel

Alexandre Júnior Lisboa, Imprensa Nacional,

Casa da Moeda 2005.