Slides Aulas Jung 2009

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1 CARL GUSTAV JUNG TEORIAS DA PERSONALIDADE III UNAERP – CURSO DE PSICOLOGIA PROFA. DRA. MARIANA NOCE 2 CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA 3 CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA Nascimento – 26 de julho de 1875, em Kesawill, na Suíça, filho do Pastor Protestante Johann Paul Achilles Jung e de Emilie Preiswerk. Infância isolada. Em “Memórias, sonhos e reflexões”, relata duas experiências que desde cedo influenciaram sua atitude frente à religião: Sonho aos 3 e 4 anos. Sonho aos 11 anos. 4 CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA Foto aos seis anos de idade

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Aula sobre os principais conceitos de Jung

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CARL GUSTAV JUNG

TEORIAS DA PERSONALIDADE III

UNAERP – CURSO DE PSICOLOGIA

PROFA. DRA. MARIANA NOCE

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CARL GUSTAV JUNG:VIDA E OBRA

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

� Nascimento – 26 de julho de 1875, em Kesawill, na Suíça, filho do Pastor Protestante Johann Paul Achilles Jung e de Emilie Preiswerk.

� Infância isolada.

� Em “Memórias, sonhos e reflexões”, relata duas experiências que desde cedo influenciaram sua atitude frente à religião:

� Sonho aos 3 e 4 anos.

� Sonho aos 11 anos.

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

�Foto aos seis anos de idade

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

� Desde a infância sentia que existiam duas personalidades dentro dele:

� Filho do pároco local: inseguro, indeciso.

� Velho sábio: desconfiado, distante do mundo dos homens, mas próximo da natureza, da terra, do sol, da lua, dos sonhos.

� Decidiu estudar Medicina – queria unir seus interesses tanto pelas ciências quanto pelas humanidades.

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

� 1895 / 1900 - Estuda ciências naturais e depois medicina na Universidade da Basiléia, concentrando-se no campo da psiquiatria.

� Sentiu-se atraído pela Psiquiatria, principalmente pelo estudo das “doenças da personalidade”.

� Interesses sobre os fenômenos psíquicos.

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

� 1900 – tornou-se médico residente no Hospital Burghölzli, em Zurique – um dos centros psiquiátricos mais progressistas da Europa.

� 1903 – Casou-se com Emma Rauschenbach. Tiveram cinco filhos: Agathe, Gret, Franz, Marianne e Helene.

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

� 1904 – montou um laboratório experimental na clínica psiquiátrica – desenvolvimento do teste de associações de palavras para o diagnóstico psiquiátrico.

� 1905 – tornou-se professor de psiquiatria na Universidade de Zurique e médico superior na clínica psiquiátrica. Nessa época já lia os escritos de Freud.

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

� 1907 – conheceu Freud.

� Corresponderam-se semanalmente depois disso e Freud passou a considerá-lo seu sucessor lógico.

� 1910 - Fundação da Associação Psicanalítica Internacional. Jung é nomeado seu primeiro Presidente, cargo que ocuparia entre 1910 e 1914.

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Foto de 1909Foto de 1909

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

� 1912 – rompimento filosófico e pessoal com Freud. Publicação de “Símbolos da transformação”, com críticas a algumas idéias de Freud.

� Jung considerava a libido como energia psíquica generalizada e Freud insistia que a libido era energia sexual.

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

� Para Jung, o rompimento com Freud desencadeou uma forte confrontação com o inconsciente.

� Ele desenvolveu suas próprias teorias sobre os processos inconscientes e a análise de símbolos oníricos.

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

� Começou a pesquisar e analisar outras formas de simbolismo: mitos, lendas, símbolos religiosos e arte.

� Estudou alquimia e gnosticismo, bem como culturas não européias, como: pensamentos indiano, chinês e tibetano. Realizou diversas viagens a vários países.

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

� 1944 – colapso cardíaco que o manteve hospitalizado por algum tempo.

� Após sua recuperação – entrou em um período muito produtivo, em que escreveu muitos de seus trabalhos mais importantes.

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CARL GUSTAV JUNG: VIDA E OBRA

� 1948 – Fundação do Instituto C. G. Jung, em Zurique.

� 1955 – Em 27 de novembro, falecimento de Emma Jung.

� Faleceu em 06 de junho de 1961, com 86 anos.

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CARL GUSTAV JUNG: OBRA

� Mais de 20 livros, sobre os mais diversos assuntos.

� Exemplos:� Vol. I - ESTUDOS PSIQUIÁTRICOS� Vol. II - ESTUDOS EXPERIMENTAIS� Vol. III - PSICOGÊNESE DAS DOENÇAS MENTAIS � Vol. VI - TIPOS PSICOLÓGICOS � Vol. VIII - A DINÂMICA DO INCONSCIENTE � Vol. IX - OS ARQUÉTIPOS E O INCONSCIENTE COLETIVO � Vol. XII - PSICOLOGIA E ALQUIMIA� Vol. XVI - A PRÁTICA DA PSICOTERAPIA � Vol . XVII - O DESENV. DA PERSONALIDADE� Vol. XVIII - A VIDA SIMBÓLICA

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CARL GUSTAV JUNG: OBRA

� OUTRAS OBRAS DE C.G.JUNG

� O HOMEM E SEUS SÍMBOLOS

� O HOMEM À DESCOBERTA DA SUA ALMA

� MEMÓRIAS, SONHOS E REFLEXÕES

� O SEGREDO DA FLOR DE OURO

� PREFÁCIO DO LIVRO DO I CHING

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JUNG – Influências Intelectuais

� FREUD

� A obra “A interpretação dos sonhos”, de 1900, inspirou Jung a tentar seu próprio modo de analisar sonhos e símbolos.

� Teorias sobre o inconsciente.

� Divergências sobre a questão da libido e sobre a existência de um inconsciente pessoal e outro coletivo.

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JUNG – Influências Intelectuais

� GOETHE E NIETZSCHE

� A obra “Fausto” de Goethe, influenciou sua compreensão da psique.

� "Todas as coisas no mundo são metáforas." (Goethe)

� Muito estudioso, Jung tornou-se extremamente versado em filosofia e literatura.

� Jung sentia que a obra de Nietzsche possuía grande compreensão psicológica.

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JUNG – Influências Intelectuais

� ALQUIMIA E GNOSTICISMO

� Busca de tradições ocidentais que tratassem do desenvolvimento da consciência.

� Especialmente interessado nos símbolos e conceitos utilizados para descrever esse processo.

� Sobre a alquimia – interpretou a transformação de metais comuns em ouro como uma metáfora para a reforma da personalidade e da consciência no processo de individuação.

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JUNG – Influências Intelectuais

� PENSAMENTO ORIENTAL

� Descobriu que as descrições orientais de crescimento espiritual, desenvolvimento psíquico interior e integração correspondiam ao processo de individuação que ele havia observado em seus pacientes ocidentais.

� Mandala como imagem do self e do processo de

individuação.

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA PSICOLOGIA ANALPSICOLOGIA ANALÍÍTICA: TICA: SSÍÍMBOLOSMBOLOS, ,

CONSCIÊNCIACONSCIÊNCIA, , INCONSCIENTE PESSOALINCONSCIENTE PESSOAL, , INCONSCIENTE COLETIVOINCONSCIENTE COLETIVO, , ARQUARQUÉÉTIPOS TIPOS

E E SONHOSSONHOS

TEORIAS DA PERSONALIDADE III

UNAERP – CURSO DE PSICOLOGIA

PROFA. MARIANA NOCE

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SSÍÍMBOLOSMBOLOS

� Vêm de symbolon, palavra formada a partir do verbo grego symballo.

� Segundo o Dicionário Aurélio:

� Símbolo. [Do gr. Symbolon, pelo lat. Symbolu] S. m.

� 1. Aquilo que por um princípio de analogia representa ou substitui outra coisa;

� 2. Aquilo que por sua forma e natureza evoca, representa e substitui, num determinado contexto, algo abstrato ou ausente;

� 3. Aquilo que tem valor evocativo, mágico ou místico;

� 4. Objeto material que, por convenção arbitrária, representa ou designa uma realidade complexa.

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SSÍÍMBOLOSMBOLOS

� Diferença entre signo e símbolo.

� SIGNO – algo que por convenção social ou consenso humano é ligado ao designado – Ex.: signos verbais ou matemáticos.

� SÍMBOLO – “depende do ponto de vista do consciente

que o contempla”, que vai além da aparência concreta rumo à expressão de algo desconhecido.

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SSÍÍMBOLOSMBOLOS

� Segundo Jung:

“Aquilo a que nós chamamos símbolo pode ser um termo, um

nome ou até uma imagem que nos pode ser familiar na vida

diária, embora possua conotações específicas além de seu

significado convencional e óbvio. Implica algo vago,

desconhecido para nós... Assim, uma palavra ou uma

imagem é simbólica quando implica alguma coisa além de

seu significado manifesto e imediato. Esta palavra ou

imagem tem um aspecto ‘inconsciente’ mais amplo que não

é nunca precisamente definido ou plenamente explicado.”

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SSÍÍMBOLOSMBOLOS

� Uma das principais expressões dos símbolos é através de imagens.

� As imagens simbólicas descrevem elementos psíquicos sob a forma de analogias ou parábolas.

� A preocupação de Jung era mostrar que a intuição, a emoção e a capacidade de perceber e de criar por meio de símbolos são modos básicos de funcionamento humano.

� O Inconsciente se expressa principalmente através de símbolos.

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SSÍÍMBOLOSMBOLOS

� Há símbolos individuais e símbolos coletivos.

� Individuais: produtos espontâneos da psique individual.

� Coletivos: símbolos que são importantes coletivamente.

� Palavras e imagens simbólicas representam conceitos que não podemos definir totalmente ou compreender plenamente.

� Símbolo – algo vivo e dinâmico, com significados incertos ou ocultos e, de certa maneira, indizíveis.

� O Símbolo pode representar a situação psíquica do indivíduo, como ele é e/ou está em determinada situação, em determinado momento.

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SSÍÍMBOLOSMBOLOS

� O símbolo só se conserva vivo enquanto estiver repleto de significado.

� Assim, quando seu sentido se esclarece, o símbolo “morre” ou “adormece”.

� Também pode ser considerado símbolo todo fenômeno psicológico que supere ou escape aos conhecimentos do momento.

� O símbolo depende da disposição da consciência que o considera.

� Todo símbolo nunca tem uma origem exclusivamente consciente ou inconsciente, surgindo sempre de uma cooperação uniforme entre ambos.

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SSÍÍMBOLOSMBOLOS

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SSÍÍMBOLOS MBOLOS -- SolSol

� Próprio deus ou manifestação da divindade.

� Fonte de luz, do calor, da vida.

� Ressurreição e imortalidade.

� Princípio ativo, masculino, autoridade.

� Inteligência cósmica.

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SSÍÍMBOLOSMBOLOS

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SSÍÍMBOLOS MBOLOS -- LuaLua

� Dependência, princípio feminino.

� Ritmos biológicos.

� “Primeiro morto”.

� Conhecimento indireto.

� Fecundidade, proteção.

� Cada fase pode conter um simbolismo.

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SSÍÍMBOLOSMBOLOS

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SSÍÍMBOLOS MBOLOS -- EstrelaEstrela

� Fonte de luz.

� Aspectos da grande deusa primordial.

� Janelas do mundo.

� As almas dos mortos.

� Princípio da vida (vermelha, no amanhecer).

� Cada estrela e cada constelação também contém seus significados mitológicos.

� Formação do mundo ou de si mesmo.

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SSÍÍMBOLOSMBOLOS

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SSÍÍMBOLOS MBOLOS -- MontanhaMontanha

� Símbolo múltiplo: altura e centro.

� Encontro entre o céu e a terra.

� Estabilidade.

� Imutabilidade.

� Pureza.

� Dependendo da origem simbólica, cada montanha pode ter o seu significado.

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SSÍÍMBOLOSMBOLOS

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SSÍÍMBOLOS MBOLOS -- ÁÁrvorervore

� Cosmo vivo, em perpétua regeneração.

� Vida, em eterna evolução.

� Comunicação entre três níveis: subterrâneo, superfície e alturas.

� Verticalidade, crescimento.

� Inspiração.

� Fertilidade.

� Fonte da vida.

� Também tem simbolismos de morte e de ambição.

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ARQUARQUÉÉTIPOSTIPOS

� Elementos primordiais e estruturais da psique humana.

� “São sistemas de prontidão para a ação e, ao mesmo

tempo, imagens e emoções.”

� Não se tratam de idéias herdadas, mas de possibilidades herdadas de idéias.

� Estão “dentro” do inconsciente.

� São estruturas psíquicas.

� São formas sem conteúdo próprio para organizar ou canalizar o material psicológico. Ex.: leitos de rios secos.

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ARQUARQUÉÉTIPOSTIPOS

� Os arquétipos são irrepresentáveis, mas seus efeitos se revelam em imagens e motivos arquetípicos.

� Jung também os chama de imagens primordiais, pois correspondem a temas mitológicos que reaparecem em lendas e contos populares de épocas e culturas diferentes.

� Exemplos: busca do herói, velho sábio, grande mãe, mãe natureza etc.

� Contém aspectos tanto positivos quanto negativos.

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ARQUARQUÉÉTIPOSTIPOS

� Os arquétipos se manifestam tanto em nível individual, através dos complexos, como coletivamente, como características de toda uma cultura.

� Cada uma das principais estruturas da personalidade, segundo Jung, também são arquétipos: Ego, Persona, Sombra, Anima, Animus, Self.

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CONSCIÊNCIACONSCIÊNCIA

� Função ou atividade que mantém a relação entre os conteúdos psíquicos e o Ego.

� “Entendemos por ego aquele fator complexo com o qual

todos os conteúdos conscientes se relacionam. (...) é o

centro do campo da consciência, e dado que este campo

inclui também a personalidade empírica, o ego é o sujeito

de todos os atos conscientes da pessoa.”

� Ego – centro crítico e que determina em grande medida que conteúdos permanecem no domínio da consciência e quais se retiram para o inconsciente.

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CONSCIÊNCIACONSCIÊNCIA

� “Consciência é o que conhecemos e inconsciência é o que

ignoramos”.

� Consciente e inconsciente – opostos primordiais da vida psíquica.

� A Consciência é o estado de conhecimento e entendimento de eventos externos e internos.

� É o estar desperto e atento , observando e registrando o que acontece no mundo exterior e interior.

� O conceito de tipos psicológicos abrange os estudos de Jung a respeito das atitudes e disposições da consciência.

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INCONSCIENTEINCONSCIENTE

� Totalidade dos elementos psíquicos destituídos da qualidade de consciência.

� O inconsciente é vasto e inexaurível.

� (...) o inconsciente escreve um estado de coisas extremamente

fluido: tudo o que eu sei mas no momento não estou pensando; tudo

aquilo que antes eu tinha consciência, mas que agora me esqueci;

tudo o que é percebido pelos meus sentidos, mas que não foi notado

pela minha mente consciente; tudo aquilo que, involuntariamente e

sem prestar atenção, sinto penso, recordo, quero e faço; todas as

coisas futuras que estão tomando forma em mim e que em algum

momento chegarão à consciência: tudo isto é o conteúdo do

inconsciente.”

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INCONSCIENTE PESSOALINCONSCIENTE PESSOAL

� Jung define como tudo aquilo que abrange todas as aquisições

da existência pessoal: o que é esquecido, reprimido,

percebido, pensado e sentido para além do limiar da

consciência.

� “O inconsciente pessoal contém memórias perdidas, idéias

dolorosas que são reprimidas, percepções subliminares, e,

finalmente, conteúdos que ainda não estão maduros para

a consciência”.

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INCONSCIENTE PESSOALINCONSCIENTE PESSOAL

� Todos os conteúdos ou processos psíquicos que não são

conscientes.

� É impossível captar as dimensões do inconsciente, ou seja,

quais os conteúdos abrangidos. Só a experiência decide.

� Algo consciente pode se tornar inconsciente por perda de

seu valor energético (esquecimento) ou por repressão.

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INCONSCIENTE COLETIVOINCONSCIENTE COLETIVO

� Não provém de aquisições pessoais, mas de elementos herdados de nossa estrutura psíquica.

� É uma herança psicológica que se soma à herança biológica.

� São conexões míticas, motivos e imagens universais.

� Também é um determinante essencial do comportamento e da experiência.

� O inconsciente coletivo parece consistir em motivos

mitológicos ou imagens primordiais. (...) Na verdade, toda

mitologia poderia ser entendida como uma espécie de

projeção do inconsciente coletivo.”

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INCONSCIENTE X CONSCIÊNCIAINCONSCIENTE X CONSCIÊNCIA

� Relação fundamental que se estabelece entre os conteúdos inconscientes e da consciência é de natureza compensatória.

� Estabelece-se um contrapeso, uma auto-regulação.

� Quanto mais parcial for a disposição consciente, mais contraditórios serão os conteúdos que provém do inconsciente.

COMPLEXOS

� Grupo de idéias ou imagens carregadas emocionalmente.

� Tais idéias, com o tempo, acumulam-se ao redor de determinados arquétipos.

� Segundo Jung, o complexo “é o arquiteto do sonho e do

sintoma”.

� Os complexos são relativamente autônomos. Temos um

complexo ou o complexo nos tem?

� Os complexos, em si mesmos, não são negativos. Porém seus efeitos o são, muitas vezes.

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COMPLEXOS

� “Os complexos interferem com as intenções da vontade e

perturbam o desempenho da consciência; produzem

perturbações da memória e bloqueio no fluxo das associações;

aparecem e desaparecem conforme suas próprias leis; podem,

temporariamente, obcecar a consciência ou influenciar a fala e a

ação de modo inconsciente. Em uma palavra, os complexos

comportam-se como seres independentes.”

� Origem: trauma, choque emocional, conflito moral...

� Do mesmo modo que os átomos e moléculas são os componentes dos objetos físicos, os complexos são os blocos de construção da psique e a fonte de todas as emoções humanas.

COMPLEXOS

� “Os complexos são pontos nodais da vida psíquica”

� O efeito negativo de um complexo é geralmente uma distorção em funções psicológicas.

� Se o indivíduo não tem consciência dos complexos, estásujeito a ser arrastado por eles.

� O sofrimento decorrente não é uma doença, mas o pólo oposto normal da felicidade.

� Deve-se ter cuidado com a identificação com um complexo. O papel da análise é compreender o papel dos complexos.

COMPLEXOS

� “Um complexo só pode ser realmente superado se for vivido

em sua plenitude. Em outras palavras, se quisermos nos

desenvolver melhor, devemos atrair para nós e beber até a

última gota aquilo que, por causa dos nossos complexos,

mantivemos à distância.”

� Exemplos de complexos:

� Complexo de poder

� Complexo materno

� Complexo parental

� Complexo paterno

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SONHOSSONHOS

� Pontes importantes entre processos conscientes e inconscientes.

� Pensamento consciente contém menos emoções intensas e imagens simbólicas que os sonhos.

� “A função geral dos sonhos é tentar estabelecer nossa

balança psicológica pela produção de um material onírico

que reconstitui, de maneira útil, o equilíbrio psíquico total.”

� Para Jung os sonhos são realidades vivas que precisam ser experimentadas e observadas com cuidado para serem compreendidas.

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SONHOSSONHOS

� “Os sonhos não são nem criações deliberadas, nem

arbitrárias; são fenômenos naturais e nada mais do que

aquilo que pretendem ser. Não enganam, não mentem, não

distorcem ou mascaram... Estão invariavelmente procurando

expressar algo que o ego não conhece e que não

compreende.”

� Sob forma simbólica os sonhos mostram a situação atual as psique, do ponto de vista do inconsciente.

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SONHOSSONHOS

� Para Jung, o sonho é um “drama interior”

� “Todo trabalho onírico é essencialmente subjetivo e o sonho

é um teatro no qual o próprio sonhador é a cena, o ator, o

produtor, o autor, o público e o crítico.”

� Não há sistema simples e mecânico para interpretação dos sonhos.

� Qualquer tentativa de análise deve considerar as atitudes, a experiência e a formação do sonhador.

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MANIFESTAMANIFESTAÇÇÕES DO INCONSCIENTEÕES DO INCONSCIENTE

Sonhos

Imagens

Símbolos significativos

Atos falhos

Fantasias

Expressões artísticas

Insights

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CONCEITOS DA PSICOLOGIA ANALÍTICA: EGOEGO, , PERSONAPERSONA, ,

SOMBRASOMBRA, , ANIMA OU ANIMA OU ANIMUSANIMUS E E SELFSELF

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EGOEGO

� Centro da consciência e um dos maiores arquétipos da personalidade.

� Fornece um sentido de consistência e direção na vida consciente.

� Entre seus papéis está contrapor-se a qualquer coisa que possa ameaçar essa consistência.

� Algumas das funções do ego incluem planejar e analisar conscientemente nossa experiência.

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EGOEGO

� Segundo Jung, a psique inicialmente consiste apenas do inconsciente.

� O ego origina-se do inconsciente e reúne diversas experiências e memórias.

� Assim, surge a divisão entre consciente e inconsciente.

� O ego é composto de conteúdos conscientes derivados da experiência pessoal do indivíduo.

� A tendência geral das pessoas é ignorar a outra parte da psique: o inconsciente.

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EGOEGO

� “Qualquer pessoa que tenha alguma consciência do ego

supõe que conhece também a si mesma: mas o ego conhece

apenas seus próprios conteúdos, e não o inconsciente e seus

conteúdos. As pessoas medem seus conhecimentos do self

por aquilo que uma pessoa comum, em seu meio social,

conhece de si mesma, e não pelos fatos psíquicos reais que

são, em sua maior parte, desconhecidos delas.”

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PERSONAPERSONA

� Aparência que mostramos ao mundo. Caráter que assumimos e por meio do qual nos relacionamos com os outros: papéis sociais; tipo de roupa; estilo de expressão.

� Símbolo da identidade individual.

� “A persona é aquilo que na realidade não somos, mas aquilo

que tanto nós como os outros pensamos que somos.”

� Para Jung, a persona dá a ilusão de individualidade, mas carrega muito da coletividade. Para Jung: “arquétipo da conformidade”.

� Tem aspectos tanto positivos quanto negativos.

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PERSONAPERSONA� Se dominante: pode sufocar o indivíduo – superficialidade.

� Como função positiva: protege o ego e a psique de diversas forças e atitudes sociais.

� Ferramenta valiosa de comunicação.

� Fundamental para o desenvolvimento da personalidade: quando começamos a desempenhar um determinado papel o ego vai se identificando com ele.

� Porém, quando o ego se identifica exageradamente com a persona, as pessoas começam a acreditar que são o que fingem ser.

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SOMBRASOMBRA� Os aspectos ocultos ou inconscientes, bons ou maus, que o ego

ou reprimiu ou jamais reconheceu.

� Forma arquetípica que serve como foco para o material que foi reprimido da consciência.

� Inclui: tendências, desejos e memórias rejeitadas por serem incompatíveis com a persona e com certos padrões sociais.

� Contém tendências negativas que se deseja negar e qualidades positivas e negativas não desenvolvidas.

� Quanto mais uma pessoa se identifica com a persona, mais tende a negar outras partes de si mesma.

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SOMBRASOMBRA� “A sombra é simplesmente um pouco inferior, primitiva,

desadaptada e desajeitada; não totalmente má. Contém até

qualidades infantis ou qualidades que poderiam de certo modo

vitalizar e embelezar a existência humana, mas – a convenção

o proíbe.”

� Também é um depósito de energia instintual, espontaneidade, vitalidade e criatividade.

� Geralmente em sonho, aparece como uma figura do mesmo sexo do indivíduo. Também: de baixo status, primitiva, hostil ou repulsiva.

� Pode se tornar perigosa se não reconhecida.

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SOMBRASOMBRA

� Se o material das sombra é aceito na consciência, perde muito de sua natureza primitiva e assustadora.

� Se não reconhecida, o indivíduo tende a projetar suas qualidades indesejáveis nos outros ou ser dominado pela sombra sem perceber.

� A sombra também é uma parte do indivíduo. O não reconhecimento, o limita.

� ”Lidar com a sombra é um processo vitalício de olhar para

dentro e honestamente refletir sobre o que vemos ali” (Von Franz, 1995).

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ANIMA E ANIMUSANIMA E ANIMUS

� Estrutura inconsciente que é o complemento da persona.

� Estrutura psíquica que serve como foco para todo material psicológico que que não se encaixa conscientemente na auto-imagem do indivíduo enquanto homem ou mulher.

� Anima – existe no homem.

� Animus – existe na mulher.

� Segundo Jung, o genitor do sexo oposto é uma influência importante no desenvolvimento da anima ou do animus.

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ANIMA E ANIMUSANIMA E ANIMUS

� Aparecem em sonhos e fantasias como figuras do sexo oposto.

� Exemplos de animus: imagem do príncipe encantado, do poeta romântico, do sedutor etc. e / ou uma extrema fixação no pai ou em suas características.

� Exemplos de anima: imagem da donzela, da princesa, da mulher fatal, da “que aprisiona” etc, assim como uma extrema fixação na mãe ou em suas características.

� A integração ou diálogo entre as partes masculina e feminina, para Jung é um dos principais passos para a individuação.

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ANIMA E ANIMUSANIMA E ANIMUS� Na medida em que a anima ou o animus é inconsciente, a

tendência é projetá-los em pessoas do sexo oposto.

� Pode causar aversão ou atração.

� Anima

� Expressões positivas: sensibilidade, criatividade, paciência.

� Expressões negativas: irritação, vaidade exacerbada, insegurança

� Animus

� Expressões positivas: iniciativa, criatividade, autoconfiança

� Expressões negativas: rigidez, autoritarismo, frieza, sadismo.

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SELFSELF

� O “Si-mesmo”

� Arquétipo central, da ordem psicológica e da totalidade da personalidade.

� União do consciente e do inconsciente, que incorpora a harmonia e equilíbrio dos vários elementos opostos da psique.

� “O self não é somente o centro, mas também a

circunferência total, que abarca tanto o consciente quanto o

inconsciente; é o centro desta totalidade, assim como o ego é

o centro da consciência.”

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SELFSELF

� O self dirige o funcionamento de toda psique de maneira integrada.

� Alguns símbolos do self em sonhos ou na consciência –símbolos da inteireza, da conciliação entre polaridades e equilíbrio dinâmico:

� Círculo, mandala, cristal, pedra.

� Casal “real”, criança divina ou símbolo da divindade.

� Fator profundo, interior e orientador, que pode parecer bem diferente e até estranho ao ego e à consciência.

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SELFSELF� Com o desenvolvimento do self, o ego continua sendo o

centro da consciência, mas se torna ligado ao self como resultado do longo e árduo trabalho de compreensão e aceitação dos processos inconscientes.

� “Deus interior”

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Estrutura da personalidadeEstrutura da personalidade

PERSONAPERSONA

EGOEGO

SOMBRASOMBRA

ANIMA OU ANIMUSANIMA OU ANIMUS

SELFSELF

CONSCIENTE

INCONSCIENTE

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Estrutura da personalidadeEstrutura da personalidadeConsciente pessoal e coletivoInconsciente pessoal e coletivo

PERSONA

EGO

POTENCIALIDADES

ANIMA OU ANIMUS

SELF

SOMBRA

CONTEÚDOS REPRIMIDOS

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INDIVIDUAÇÃO, OBSTÁCULOS AO CRESCIMENTO E OUTRAS QUESTÕES

IMPORTANTES DA PSICOLOGIA ANALÍTICA.

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CRESCIMENTO PSICOLÓGICO

� Psique – anseio inato por completude.

� Individuação – autodesenvolvimento.

� Tornar-se um ser único e homogêneo.

� Singularidade.

� Tornar-se nosso próprio ser.

� Alcançar nosso caráter próprio.

� Completude.

� Maior Liberdade.

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CRESCIMENTO PSICOLÓGICO

� Processo natural e orgânico.

� Pode ser bloqueada ou prejudicada.

� Desenvolvimento de um relacionamento dinâmico entre EGO e SELF.

� Integração das diversas partes da psique.

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CRESCIMENTO PSICOLÓGICO

� Para o EGO – integrar novo material na consciência (conhecimentos externos e internos).

� Para o SELF – desenvolvimento e união da consciência e do inconsciente.

� Jung - Diferenças nos processos durante a primeira metade da vida e a segunda metade da vida.

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“ETAPAS” DA INDIVIDUAÇÃO

1. Revelação da PERSONA – ferramenta, proteção e máscara.

2. Confrontação da SOMBRA – aceitação do lado obscuro.

3. Confrontação da ANIMA ou do ANIMUS – comunicação e aprendizado.

4. Desenvolvimento do SELF – consciência do self, substituição do ego, libertação das falsas imagens da persona e do poder das imagens primordiais.

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“ETAPAS” DA INDIVIDUAÇÃO

� Processo complexo.

� Imagem da espiral – confrontação das mesmas questões básicas de maneira cada vez mais refinada.

� A busca é constante e muito importante. Cada etapa éuma conquista que leva a outras...

� Necessidade de relativa sanidade psicológica – ego suficientemente forte.

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OBSTOBSTÁÁCULOS AO CRESCIMENTOCULOS AO CRESCIMENTO

� PERSONA

� Identificação

� “Conceito de perfeição”

� Repressão de tendências que não se encaixam.

� SOMBRA

� Desconhecimento

� Racionalização projeção

96

OBSTOBSTÁÁCULOS AO CRESCIMENTOCULOS AO CRESCIMENTO

� ANIMA E ANIMUS

� Relacionamento com o inconsciente coletivo

� Perigo de ser absorvido tanto pelo cultural quanto com o material inconsciente

� Perigos – inflação ou impotência do ego

Page 25: Slides Aulas Jung 2009

97

OBSTOBSTÁÁCULOS AO CRESCIMENTOCULOS AO CRESCIMENTO

� EGO

� Liberação de energia

� Uso para estabelecer o ego em vez de desenvolver o self

� Identificação com o arquétipo da personalidade-mana

� Perda de contato com a própria humanidade

98

OUTRAS QUESTÕES IMPORTANTESOUTRAS QUESTÕES IMPORTANTES

� CORPO � Importante enquanto representação psíquica.

� A experiência é fundamental.

� RELACIONAMENTOS SOCIAIS � Importantes na formação das principais estruturas da

personalidade.

� Individuação somente acontece num mundo de vivências, experiências e relacionamentos.

99

OUTRAS QUESTÕES IMPORTANTESOUTRAS QUESTÕES IMPORTANTES

� VONTADE

� Vontade individual – recente.

� Energia que está à disposição da consciência ou do ego.

� Aprendizado.

� Não afeta processos inconscientes, apesar de influenciá-los indiretamente.

100

OUTRAS QUESTÕES IMPORTANTESOUTRAS QUESTÕES IMPORTANTES

� EMOÇÕES

� Devem ser sempre consideradas na psicologia

� Arquétipos despertam fortes emoções

� Força por trás do processo de individuação

� Mudanças interiores têm componentes emocionais

Page 26: Slides Aulas Jung 2009

101

OUTRAS QUESTÕES IMPORTANTESOUTRAS QUESTÕES IMPORTANTES

� INTELECTO

� Processos de pensamentos conscientes

� Papel importante, porém limitado, no funcionamento psicológico

� Funcionamento melhor com a intuição e com o sentimento.

102

PSICOTERAPIA E PSICOTERAPIA E PSICOLOGIA JUNGUIANAPSICOLOGIA JUNGUIANA

103

TERAPIA JUNGUIANATERAPIA JUNGUIANA

� Esforço conjunto entre analista e paciente que trabalham juntos, em igualdade.

� Unidade dinâmica.

� Tanto analista quanto paciente devem estar abertos a mudanças.

� Diversos níveis de interação entre analista e analisando.

104

NNÍÍVEIS DE INTERAVEIS DE INTERAÇÇÃOÃO

TTEERRAAPPEEUUTTAA

PPAACCIIEENNTTEE

INCONSCIENTEINCONSCIENTE INCONSCIENTEINCONSCIENTE

CONSCIENTECONSCIENTE CONSCIENTECONSCIENTE

Page 27: Slides Aulas Jung 2009

105

TERAPIA JUNGUIANATERAPIA JUNGUIANA

� Compreender o paciente como um todo psicológico.

� Aproximar-se do paciente como um ser humano.

� Escuta atenciosa.

� Relacionamento genuíno.

� O paciente só poderá progredir em seu contato com o inconsciente até o ponto em que o analista o fez.

106

TERAPIA JUNGUIANATERAPIA JUNGUIANA

� Sem idéias mecanicistas sobre técnicas na psicoterapia.

� Periodicidade: uma ou duas vezes por semana

� Estímulo da autonomia.

� “Tarefas de casa”.

� Férias periódicas.

107

TTÉÉCNICASCNICAS

� Trabalho com as experiências e as vivências pessoais.

� Análise de sonhos.

� Investigação dos símbolos e seus significados pessoais e globais.

� Imaginação ativa.

� Desenhos e outros métodos expressivos.

� Caixa de areia.

� Mandalas.

108

TERAPIA JUNGUIANATERAPIA JUNGUIANA

� Transferência:

� Projeções sobre o analista (conteúdos necessários ao desenvolvimento da personalidade e não somente recordações do passado).

� Impulso para a individuação.

� Função transcendente.

� Sentido construtivo.

� “a transferência contém um elemento criativo, cujo

objetivo é sair da neurose.”

Page 28: Slides Aulas Jung 2009

109

PONTOS IMPORTANTESPONTOS IMPORTANTES

� Críticas – falta de clareza, misticismo.

� Sistema mais solto e aberto – novas informações poderiam ser encaixadas, pois não há uma estrutura teórica fechada.

� Complexidade e flexibilidade.

� Contribuição na fundação dos Alcoólicos Anônimos.

110

PONTOS IMPORTANTESPONTOS IMPORTANTES

� Instituto Jung em Zurique.

� Teste Indicador de Tipo de Myers-Briggs (MTBI).

� Diversos autores importantes:

� Marie Louise Von-Franz,

� Campbel (O Poder do Mito),

� Hillman,

� Jean Shinoda Bolen (Os deuses e o homem, As deusas e a

mulher).

111

PSICOPATOLOGIAPSICOPATOLOGIA

� Fatores: Predisponentes, Precipitantes e Perpetuantes.

� Sintomas

� Retirar os sintomas e trabalhar a pessoa.trabalhar a pessoa.

� Algumas contribuições:

�� TOCTOC – questões com o arquétipo e com a vivência do masculino, dificuldade de sentir prazer.

112

PSICOPATOLOGIAPSICOPATOLOGIA

�� HisteriaHisteria – questões com o arquétipo e com a vivência do feminino.

�� DepressãoDepressão – dificuldades em lidar com diversos aspectos da vida e da própria personalidade, ser tomado por aspectos sombrios.

�� Anorexia / BulimiaAnorexia / Bulimia – mãe imatura e dominante, pai frágil. Dificuldade de crescimento e de desenvolvimento.

�� EsquizofreniaEsquizofrenia – fragmentação do ego.

Page 29: Slides Aulas Jung 2009

113

TIPOS PSICOLTIPOS PSICOLÓÓGICOS GICOS SEGUNDO JUNGSEGUNDO JUNG

114

HISTHISTÓÓRICO DO PENSAMENTO RICO DO PENSAMENTO TIPOLTIPOLÓÓGICOGICO

� Preocupação antiga da humanidade.

� Há numerosos sistemas de tipologia:

-- HorHoróóscopo Chinês.scopo Chinês. -- GrafologiaGrafologia..

-- Astrologia.Astrologia. -- Antropologia Criminal.Antropologia Criminal.

-- Sistema Sistema IorubIorubáá.. -- Tipologias:Tipologias:

-- Medicina Grega.Medicina Grega. -- SomSomáática.tica.

-- Quiromancia.Quiromancia. -- SomatoSomato--pspsííquicaquica..

-- FisiognomiaFisiognomia.. -- PsPsííquica.quica.

115

HISTHISTÓÓRICO DO PENSAMENTO RICO DO PENSAMENTO TIPOLTIPOLÓÓGICOGICO

�� Medicina GregaMedicina Grega

�� HipHipóócratescrates – base nas secreções do corpo: fleugmafleugma, , sangue, bsangue, bíílis amarela e blis amarela e bíílis negralis negra.

�� GalenoGaleno - quatro temperamentos humanos: fleumfleumáático, sangutico, sanguííneo, colneo, coléérico e melancrico e melancóólicolico.

116

HISTHISTÓÓRICO DO PENSAMENTO RICO DO PENSAMENTO TIPOLTIPOLÓÓGICOGICO

�� Tipologia SomTipologia Somáática:tica: bases orgânicas e formato do corpo (relação entre tronco e membros).

�� Tipologia Tipologia SomatoSomato--PsPsííquicaquica:: interações entre orgânico e psíquico.

� Gall – frenologia.

� Kretschmer – características físicas ligadas a características de personalidade.

� Sheldon – relação entre atividades endócrinas e a unidade psicossomática.

Page 30: Slides Aulas Jung 2009

117

HISTHISTÓÓRICO DO PENSAMENTO RICO DO PENSAMENTO TIPOLTIPOLÓÓGICOGICO

�� Tipologia PsicolTipologia Psicolóógica gica –– Jung.Jung.

� Introdução do conceito de energia psíquica e a atenção ao modo como cada pessoa se orienta preferencialmente no mundo.

� Energia psíquica – finita, não aumenta e nem diminui.

� Ocorre a concentração de certa quantidade de energia em alguma parte da estrutura da personalidade e a falta em outra.

118

HISTHISTÓÓRICO DO PENSAMENTO RICO DO PENSAMENTO TIPOLTIPOLÓÓGICOGICO

�� Tipologia PsicolTipologia Psicolóógica gica –– JungJung

� Não buscava a classificação acadêmica do doente e sua patologia – compreensão dos processos psíquicos

� Existência de polaridades e necessidade de integração.

� Publicação do livro “Tipos Psicológicos” em 1921, após dez anos de observação, experiências e estudos.

119

AS ATITUDES: INTROVERSÃO E AS ATITUDES: INTROVERSÃO E EXTROVERSÃOEXTROVERSÃO

�� Tipo Tipo – disposidisposiçção geralão geral que se observa nos indivíduos, caracterizando-os com relação a interesses, preferências e habilidades.

� Indivíduos podem ser caracterizados como sendo primeiramente orientados para seu interior ou exterior primeiramente orientados para seu interior ou exterior –– diredireçção da energia psão da energia psííquica.quica.

120

AS ATITUDES: INTROVERSÃO E AS ATITUDES: INTROVERSÃO E EXTROVERSÃOEXTROVERSÃO

�� EXTROVERSÃO EXTROVERSÃO

� Energia psíquica flui de dentro para fora, canalizada para o mundo externo (objetos, fatos, pessoas).

� Orientação de acordo com o ambiente.

� O objeto e suas características têm predominância sobre os aspectos subjetivos da experiência.

Page 31: Slides Aulas Jung 2009

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AS ATITUDES: INTROVERSÃO E AS ATITUDES: INTROVERSÃO E EXTROVERSÃOEXTROVERSÃO

�� EXTROVERSÃO EXTROVERSÃO

� Facilidade para acomodar-se ao mundo

� Tende a experimentar o mundo antes de compreendê-lo

� Melhor meio de expressão – discurso

� Pontos positivos e negativos

� No inconsciente ficam concentrados elementos de introversão (necessidades, emoções, desejos)

122

AS ATITUDES: INTROVERSÃO E AS ATITUDES: INTROVERSÃO E EXTROVERSÃOEXTROVERSÃO

�� INTROVERSÃO INTROVERSÃO

� Orientação para fatores subjetivos

� Atenção centrada na impressão causada pelos fatos

� Energia psíquica voltada para dentro

� Foco de atenção – mundo e processos internos (impressões, emoções, pensamentos)

123

AS ATITUDES: INTROVERSÃO E AS ATITUDES: INTROVERSÃO E EXTROVERSÃOEXTROVERSÃO

�� INTROVERSÃO INTROVERSÃO

� Tende a compreender o mundo antes de experimentá-lo – certa hesitação

� Facilidade de expressão escrita

� Pontos positivos e negativos

124

AS ATITUDES: INTROVERSÃO E AS ATITUDES: INTROVERSÃO E EXTROVERSÃOEXTROVERSÃO

� Ninguém é puramente introvertido ou extrovertido

� Atitudes mutuamente exclusivas

� Busca de flexibilidade e equilíbrio

Page 32: Slides Aulas Jung 2009

125

AS FUNAS FUNÇÇÕES: PENSAMENTO, ÕES: PENSAMENTO, SENTIMENTO, SENSASENTIMENTO, SENSAÇÇÃO, INTUIÃO, INTUIÇÇÃO.ÃO.

�� FUNFUNÇÇÕES DE PERCEPÕES DE PERCEPÇÇÃO ÃO –– como receber informações sobre algo:

�� SENSASENSAÇÇÃO ÃO

�� INTUIINTUIÇÇÃO ÃO

�� FUNFUNÇÇÕES DE JULGAMENTO ÕES DE JULGAMENTO –– como tomar decisões sobre algo:

�� PENSAMENTO PENSAMENTO

�� SENTIMENTO SENTIMENTO

126

AS FUNAS FUNÇÇÕES: PENSAMENTO, ÕES: PENSAMENTO, SENTIMENTO, SENSASENTIMENTO, SENSAÇÇÃO, INTUIÃO, INTUIÇÇÃO.ÃO.

�� FUNFUNÇÇÕES DE PERCEPÕES DE PERCEPÇÇÃO: ÃO:

�� SENSASENSAÇÇÃOÃO

� Preferência por receber informações a partir da sensação transmitida pelos seus órgãos dos sentidos.

� Dados concretos; “aqui-agora”

� Pontos positivos e negativos

127

AS FUNAS FUNÇÇÕES: PENSAMENTO, ÕES: PENSAMENTO, SENTIMENTO, SENSASENTIMENTO, SENSAÇÇÃO, INTUIÃO, INTUIÇÇÃO.ÃO.

�� FUNFUNÇÇÕES DE PERCEPÕES DE PERCEPÇÇÃO: ÃO:

�� SENSASENSAÇÇÃOÃO

� Aceitação das coisas como elas parecem ser

� Pessoas que acreditam nos fatos, têm facilidade para lembra-se deles, práticas, realistas, simplistas e têm os pés no chão

128

AS FUNAS FUNÇÇÕES: PENSAMENTO, ÕES: PENSAMENTO, SENTIMENTO, SENSASENTIMENTO, SENSAÇÇÃO, INTUIÃO, INTUIÇÇÃO.ÃO.

�� FUNFUNÇÇÕES DE PERCEPÕES DE PERCEPÇÇÃO: ÃO:

�� INTUIINTUIÇÇÃOÃO�� Vai além do “aqui-agora” e das informações recebidas pelos

órgãos dos sentidos.

� Busca de significados, de relações e possibilidades futuras das informações recebidas.

� Percepção global, busca de padrões gerais.

Page 33: Slides Aulas Jung 2009

129

AS FUNAS FUNÇÇÕES: PENSAMENTO, ÕES: PENSAMENTO, SENTIMENTO, SENSASENTIMENTO, SENSAÇÇÃO, INTUIÃO, INTUIÇÇÃO.ÃO.

�� FUNFUNÇÇÕES DE PERCEPÕES DE PERCEPÇÇÃO: ÃO:

�� INTUIINTUIÇÇÃOÃO

�� Busca de novas maneiras para resolver problemas

� Valorização da imaginação, da inspiração e da criatividade

� Pontos positivos e negativos

� Certa inabilidade para lidar com a realidade de maneira prática.

130

AS FUNAS FUNÇÇÕES: PENSAMENTO, ÕES: PENSAMENTO, SENTIMENTO, SENSASENTIMENTO, SENSAÇÇÃO, INTUIÃO, INTUIÇÇÃO.ÃO.

�� FUNFUNÇÇÕES DE JULGAMENTO: ÕES DE JULGAMENTO:

�� PENSAMENTOPENSAMENTO

� Atenção à causalidade lógica dos eventos

� Avaliação dos prós e contras e busca de um padrão objetivo

� Pessoas voltadas para a razão

� Pontos positivos e negativos

� Maior dificuldade de lidar com pessoas

131

AS FUNAS FUNÇÇÕES: PENSAMENTO, ÕES: PENSAMENTO, SENTIMENTO, SENSASENTIMENTO, SENSAÇÇÃO, INTUIÃO, INTUIÇÇÃO.ÃO.

�� FUNFUNÇÇÕES DE JULGAMENTO: ÕES DE JULGAMENTO:

�� SENTIMENTOSENTIMENTO

� Dimensão valorativa das pessoas e coisas, valor pessoal

� Pessoas que valorizam o que sentem e com os sentimentos dos outros

� Atenção às relações pessoais, facilidade em lidar com as pessoas

� Pontos positivos e negativos

132

AS FUNAS FUNÇÇÕES: PENSAMENTO, ÕES: PENSAMENTO, SENTIMENTO, SENSASENTIMENTO, SENSAÇÇÃO, INTUIÃO, INTUIÇÇÃO.ÃO.

� Ninguém desenvolve igualmente bem todas as quatro funções:

1. Função dominante

2. Função auxiliar

� As outras duas funções são, em geral, inconscientes inconscientes e a eficácia da ação é bem menor.

FUNFUNÇÇÕES MAIS ÕES MAIS CONSCIENTESCONSCIENTES

Page 34: Slides Aulas Jung 2009

133

AS FUNAS FUNÇÇÕES: PENSAMENTO, ÕES: PENSAMENTO, SENTIMENTO, SENSASENTIMENTO, SENSAÇÇÃO, INTUIÃO, INTUIÇÇÃO.ÃO.

� Quanto mais desenvolvidas e conscientes as funções dominante e auxiliar, mais profundamente inconscientes serão seus opostos.

� Função menos desenvolvida – “inferior” – mais primitiva e indiferenciada. Pode surgir de forma descontrolada em momentos de crise.

134

TIPOS PSICOLTIPOS PSICOLÓÓGICOSGICOS

� 16 TIPOS POSSÍVEIS: II StSt SsSs EE StSt SsSs

II StSt InIn EE StSt InIn

II PsPs SsSs EE PsPs SsSs

II PsPs InIn EE PsPs InIn

II SsSs StSt EE SsSs StSt

II SsSs PsPs EE SsSs PsPs

II InIn StSt EE InIn StSt

II InIn PsPs EE InIn PsPs

135

IMPORTANTEIMPORTANTE

o Toda análise da consciência deve levar em conta o imprevisível representado pelo inconsciente.

o Jung alerta que qualquer descrição de um tipo, mesmo a mais completa possível, nunca será fiel, embora aplicável a muita gente.

136

IMPORTANTEIMPORTANTE

o Instrumento no Brasil:

o QUATI (Zacharias, 2003)

� Tipos mais freqüentes:

� Universitários – E St Ss / E St In / I St Ss / E Ss St / E In St / I Ss St.

� Ensino Médio – E St Ss / E Ss St / E St In / E In St / I Ss St / I St Ss.