Slides Boom Demografico

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TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Ernesto F. L. Amaral www.ernestoamaral.com/fjp.html Fundação João Pinheiro

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TRANSIO DEMOGRFICA E DESENVOLVIMENTO ECONMICOErnesto F. L. Amaralwww.ernestoamaral.com/fjp.html

Fundao Joo Pinheiro

Debate Sobre Crescimento Populacional

Debate sobre populao e sade reprodutiva referente

relao entre crescimento populacional e desenvolvimentoeconmico.

Esse tema esteve no centro dos debates antes e depois da

primeira conferncia internacional sobre populao edesenvolvimento em Bucareste, 1974.

A relao entre crescimento e tamanho populacional com desenvolvimento econmico ainda continua gerando debates controversos em estudos populacionais.

Desenvolvidos X Em Desenvolvimento

Pases desenvolvidos apoiavam programas de

planejamento familiar com o objetivo de reduzir afecundidade dos pases em desenvolvimento.

Os pases em desenvolvimento argumentavam que a falta

de desenvolvimento era decorrente de desigualdades nosistema internacional, e no de suas taxas de fecundidade.

Em anos recentes, o debate cientfico mudou consideravelmente.

Novos Debates

O rpido declnio da fecundidade gerou um aumento da proporo de trabalhadores (15 a 64) comparada proporo de crianas (0 a 14) e idosos (65+). A diminuio da razo de dependncia teve influncia significativa no crescimento econmico do Leste e Sudeste Asitico (primeiro dividendo demogrfico). O dividendo demogrfico tambm chamado de bnus demogrfico ou janela de oportunidades.

Estudos mais recentes sugerem o segundo dividendo, o qual est relacionado acumulao de capital pela populao idosa, e pelas transferncias de geraes mais jovens.

Dividendo Demogrfico

Bloom, Williamson, Mason e outros indicaram a

necessidade de avaliar mudanas na estrutura etria.

Observando pases asiticos no tempo, esses autores concluram que o desenvolvimento econmico esteve

associado com o declnio da razo de dependncia.

As mesmas mudanas demogrficas que aconteceram na sia esto agora ocorrendo na Amrica Latina. Porm pases latino-americanos so diferentes de pases asiticos, porque possuem menores nveis de escolaridade e maior desigualdade scio-econmica.

Necessidade de Implementao de Polticas Pblicas

Bloom, Canning e Sevilla (2002) argumentam que governos devem implementar uma srie de polticas para aproveitar o dividendo demogrfico:

Polticas de sade para crianas e mulheres, alm de polticas especficas visando diminuir excluso social. Programas de sade reprodutiva, que permitam s famlias de todas classes sociais o acesso a programas de planejamento familiar (evitando nveis altos de fecundidade). Investir na escolaridade e formao profissional da populao em idade ativa, como forma de prepar-la ao mercado de trabalho.

Promover a abertura das economias, com regras trabalhistas flexveis e instituies modernas.Reforma previdenciria para adaptar as economias dos pases em desenvolvimento ao envelhecimento populacional.

Esquema do Dividendo Demogrfico

Declnio da fecundidade

Aumento da razo de trabalhadores

Polticas pblicas

Desenvolvimento econmico

Primeiro Dividendo Demogrfico

Um princpio bsico da estrutura do dividendo

demogrfico pode ser formalizado como:y = renda per-capita = (Y/PEA)*((*PIA)/P)

Onde: Y a renda total; PEA a populao empregada; PIA a populao em idade ativa; a taxa de emprego; e P a populao total.

O primeiro dividendo demogrfico determinado pelo impacto independente da estrutura etria (PIA/P) na renda per-capita.

Segundo Dividendo Demogrfico

Produtividade definida pela razo entre a renda total e a populao economicamente ativa (Y/PEA). Esse fator de produtividade pode ser afetado por uma mudana na estrutura etria da populao, causando o segundo dividendo demogrfico. Esse dividendo o impacto do envelhecimento populacional na acumulao de capital via aumento da intensidade de capital (capital por trabalhador). Um outro componente desse fator de produtividade a renda mdia da populao empregada, que pode ser afetada por mudanas na estrutura etrio-educacional.

Tendncias Demogrficas no Brasil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) vem declinando desde 1950, com conseqente aumento da esperana de vida ao nascer (e0). A Taxa de Fecundidade Total (TFT) est declinando desde os anos 60. A razo de dependncia caiu nas ltimas dcadas. A partir de 2030, a razo de dependncia ir aumentar. O pas possui diferenas na distribuio etria entre Estados e municpios.

TMI (por 1.000 nascimentos)105,0 120,0 135,0 150,0 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0 90,0 0,0

Ano

Homens

Mulheres

Fonte: Naes Unidas (http://esa.un.org/unpp - variante mdia).Ambos os sexos

Taxa de Mortalidade Infantil no Brasil

19 50 19 -1 9 55 55 19 1 9 60 60 19 -1 9 65 65 19 -1 9 70 70 19 1 9 75 75 19 -1 9 80 80 19 -1 9 85 85 19 1 9 90 90 19 -1 9 95 95 20 -2 0 00 00 20 -2 0 05 05 20 2 0 10 10 20 -2 0 15 15 20 -2 0 20 20 20 2 0 25 25 20 -2 0 30 30 20 -2 0 35 35 20 2 0 40 40 20 -2 0 45 45 -2 05 0

Esperana de vida ao nascer (em anos)45,0 50,0 55,0 60,0 65,0 70,0 75,0 80,0 85,0

Ano

Homens

Mulheres

Fonte: Naes Unidas (http://esa.un.org/unpp - variante mdia).Ambos os sexos

Esperana de Vida ao Nascer no Brasil

19 50 19 -1 9 55 55 19 1 9 60 60 19 -1 9 65 65 19 -1 9 70 70 19 -1 9 75 75 19 1 9 80 80 19 -1 9 85 85 19 -1 9 90 90 19 -1 9 95 95 20 2 0 00 00 20 -2 0 05 05 20 -2 0 10 10 20 -2 0 15 15 20 2 0 20 20 20 -2 0 25 25 20 -2 0 30 30 20 -2 0 35 35 20 2 0 40 40 20 -2 0 45 45 -2 05 0

19 19 50 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0

TFT

Ano

Fonte: Naes Unidas (http://esa.un.org/unpp - variante mdia).19 55 55 19 - 19 60 60 19 - 19 65 65 19 - 19 70 70 19 - 19 75 75 19 - 19 80 80 19 - 19 85 85 19 - 19 90 90 19 - 19 95 95 20 - 20 00 00 20 - 20 05 05 20 - 20 10 10 20 - 20 15 15 20 - 20 20 20 20 - 20 25 25 20 - 20 30 30 20 - 20 35 35 20 - 20 40 40 20 - 20 45 45 -2 05 0

Taxa de Fecundidade Total no Brasil

TFT por Microrregio no Brasil1960 1970 1980

1991

2000

Fonte: Population Research Center (PRC), Universidade do Texas em Austin.

Estrutura Etria no Brasil1970Mulheres Homens

1980

10 10 0

10 5

Percentual

50 10

10 05

510

10 10 0 10

5 5

10 0 0

5 5

10 10

1991

2000

10 10 0

105 5

50 10

10 05

510

10 10 0 10

5 5

10 0 0

5 5

10 10

Fonte: Censos Demogrficos do Brasil (IBGE).

Razo de Dependncia no Brasil100,0 90,0 80,0 70,0

Janela de Oportunidades

Percentual

60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 RD total (0-14 e 65+) RD jovem (0-14) RD idosa (65+)

1950

1955

1960

1965

1970

1975

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

2015

2020

2025

2030

2035

2040

2045

Ano

Fonte: Naes Unidas (http://esa.un.org/unpp - variante mdia). Source: Brazilian Census Bureau (IBGE).

2050

Queiroz, Turra & Perez (ABEP de 2006)

Examinaram como a estrutura etria interage com o ciclo de vida econmico para gerar crescimento econmico no Brasil (primeiro e segundo dividendos). Primeiro dividendo est relacionado com o aumento temporrio da populao em idade ativa, e pode ser medido eficazmente por aumentos na razo entre produtores e consumidores:

O declnio da mortalidade infantil e altas taxas de fecundidade geram alta proporo da populao abaixo de 15 anos, e conseqentemente uma baixa razo produtor/consumidor. A razo produtor/consumidor aumenta aps anos 70, com queda da fecundidade, e declnio da razo de dependncia.

Distribuies de consumo e renda por idade foram usadas para estimar 1 dividendo

Fonte: Queiroz, Turra e Perez (2006).

Razo produtor/consumir passou 1,0 em 1995 & Taxa de crescimento fica negativa em 2020, isto , 1 dividendo igual a zero

Fonte: Queiroz, Turra e Perez (2006).

1 Dividendo e Crescimento Econmico

O primeiro dividendo demogrfico contribuiu para quase 30% do crescimento econmico observado no Brasil entre 1970 e 2000. No entanto, o pas no aproveitou o potencial do dividendo demogrfico nos anos 80 e 90, e ele est quase finalizado. Entre 1975 e 2020, a economia deveria ter crescido 0,6% ao ano em mdia devido ao primeiro dividendo.

Os efeitos do envelhecimento populacional so observados em 2000, com o declnio do 1 dividendo.De 2020 a 2040, haver um efeito negativo de 0,4% por ano em mdia no potencial de crescimento econmico.

2 Dividendo Demogrfico no Brasil

Segundo dividendo: a acumulao de riqueza e conseqente aumento da intensidade de capital (capital por trabalhador) tem efeito direto na produtividade e crescimento econmico.

Brasil no est usando o potencial de crescimento econmico criado pelo primeiro dividendo, e no est criando condies para gerar o segundo dividendo.

Implementadores de polticas pblicas no tomaram decises baseadas em questes tcnicas, ignorando a natureza temporal da transio demogrfica (Turra e Queiroz, 2005).

Dividendos explicam 56% do crescimento do PIB entre 1970 e 2000

Mas resultados indicam que crescimento econmico poderia ter sido maior se o pas tivesse aproveitado as mudanas na estrutura etria da populao.

Fonte: Queiroz, Turra e Perez (2006).

Alm do Dividendo Demogrfico

O foco principal da literatura sobre o dividendo demogrfico tem sido sobre o impacto direto da estrutura etria (diminuio da razo de dependncia) no desenvolvimento econmico.

No entanto, a composio da fora de trabalho brasileira, em termos etrios e educacionais, tambm tem sofrido mudanas drsticas com grande variao regional. A questo que se faz se essas mudanas tiveram um efeito alm daquele estimado pelas equaes formais do mercado de trabalho (equaes Mincerianas), geralmente utilizadas em estudos sobre o dividendo demogrfico.

Composio Etrio-Educacional e Mercado de Trabalho

Parte de uma pesquisa que estuda a relao entre

mudanas na distribuio etria e desenvolvimento econmico no Brasil e Mxico.

Motivado por resultados sobre o Sudeste Asitico e

relevncia para Amrica Latina.

A heterogeneidade geogrfica presente no Brasil e Mxico pode ser usada em nosso benefcio. Pensando em como poderamos estudar essa heterogeneidade nos levou a estudar um outro fenmeno demogrfico... o baby boom nos Estados Unidos.

Baby Boom e Mercado de Trabalho

Literatura vasta sobre mudanas na estrutura etria e

educacional nos Estados Unidos:

Coortes nascidas durante o baby boom e com alta escolaridade entraram no mercado de trabalho americano na dcada de 70.

O nmero de pessoas com 5-8 anos de escolaridade e com 1-3 anos de estudo secundrio diminuiu consideravelmente.O nmero de pessoas com segundo grau completo e com pelo menos algum estudo superior cresceu significativamente.

Estudos sugerem que coortes maiores de trabalhadores depreciam os rendimentos, e o efeito maior para grupos de maior escolaridade.

Pioneiros

Freeman (1979) indicou que quando o nmero de jovens

trabalhadores cresceu rapidamente, o rendimento desses grupos diminuiu em relao renda dos mais velhos.

Isso alterou o padro de idade por rendimento, particularmente para pessoas com nvel superior completo.

Welch (1979) apresentou evidncias de que coortes maiores depreciam a renda, e que esses efeitos aumentam

com o nvel de escolaridade.

Esse efeito sentido no comeo da carreira, o que sugere que efeitos negativos diminuem rapidamente e alcanam um nvel baixo em idades relativamente novas.

O Debate Continua

Berger (1985) sugeriu que o efeito do tamanho das coortes nos rendimentos no diminui rapidamente como indicado por Welch, e pode na realidade aumentar no decorrer da carreira de indivduos de grandes coortes.

Triest, Sapozhnikov e Sass (2006) indicaram que aqueles nascidos durante o baby boom continuaro a afetar a estrutura de rendimento aps a aposentadoria. Mudanas na estrutura etrio-educacional teriam influenciado rendimentos em pases latino-americanos, como o Brasil?

Variao Regional e Efeitos nos Rendimentos

Assim como em outros pases em desenvolvimento, transies etrio-educacionais no Brasil ocasionaram uma grande variao na estrutura demogrfica.

O declnio da fecundidade variou no tempo e entre os Estados e municpios. A freqncia escola cresceu substancialmente de nveis muito baixos, mas ainda com uma grande variao regional.

Nossa idia de utilizar essa variao regional para analisar quem ganha e quem perde com as mudanas de composio, com um enfoque de sries temporais.

Dados

Micro-dados dos Censos de 1970 a 2000. Os questionrios da amostra censitria so aplicados em 25% (1970 e 1980), e 10% ou 20% (1991 e 2000) dos domiclios.

Municpios foram agregados em microrregies, possibilitando a comparao de 502 reas entre os quatro

censos.

Categorias

Tempo (anos censitrios): 1970, 1980, 1991 e 2000.

Idade categorizada em quatro grupos:

Populao jovem (15-24). Jovens adultos (25-34).

Adultos (35-49).Adultos maduros (50-64).

Nvel educacional foi classificado em trs grupos de acordo com os anos de escolaridade completos:

No mais que primeira fase do primeiro grau (0-4). Segunda fase do primeiro grau (5-8). Pelo menos alguma escolaridade mdia (9+).

Percentual da Populao Masculina por Ano e Grupos de Idade-Escolaridade, 1970-200030

197025

1980

1991

2000

20Percent

15

10

5

...0 0-4 educ 5-8 educ 9+ educ 0-4 educ 5-8 educ 9+ educ

15-24 Anos

50-64 Anos

Proporo de Homens com 2534 Anos de Idade e 9+ Anos de Escolaridade nas 502 Microrregies, Censos 19702000 1970 1980

1991

2000

Proporo de Homens com 3549 Anos de Idade e 04 Anos de Escolaridade nas 502 Microrregies, Censos 19702000 1970 1980

1991

2000

Mudanas na Distribuio Etria Masculina em Microrregies Selecionadas, Censos de 1970 e 2000NORDESTEBaixo Parnaba & Litoral Piauiense (PI)

SUDESTEVolta Redonda (RJ)

1970 2000

1970 2000

NORDESTEMata Setentrional (PE)

SULPorto Alegre (RS)

1970 2000

1970 2000

Mudanas na Distribuio Educacional Masculina em Microrregies Selecionadas, Censos de 1970 e 2000NORDESTEBaixo Parnaba & Litoral Piauiense (PI)

SUDESTEVolta Redonda (RJ)

1970

2000

1970

2000

NORDESTEMata Setentrional (PE)

SULPorto Alegre (RS)

1970

2000

1970

2000

Estimao dos Modelos

Modelos de efeitos fixos permitem a estimao de coeficientes que refletem relaes dentro das microrregies no decorrer do tempo na varivel dependente. A varivel dependente o logaritmo do rendimento mdio real em um grupo. reas com menos de 25 pessoas com rendimentos no foram includas na regresso.

Regresses incluem somente homens.O custo marginal especificado como constante, porque no h informao sobre a escala de produo para cada rea. H ento o pressuposto de separabilidade entre as variveis independentes e o capital produzido nas reas.

Modelo de Efeitos Prprios

EQUAO 1: para cada rea (i), em cada ano (t), temos

mdias de rendimento estimadas pela proporo de pessoas em cada uma das clulas de idade-escolaridade (c). So geradas 12 regresses da seguinte forma: Witc = 0 + 1Xitc + i + t + itc , i = 1K; t = 1T

VERSO CONJUGADA:

Trs indicadores de anos censitrios. 11 indicadores de grupos de idade-escolaridade. 12 propores de pessoas em cada um dos grupos de idadeescolaridade.

Organizao dos DadosMicroregio Grupo IdadeEscol. 15-24 anos & 0-4 escol. 15-24 anos & 5-8 escol. 15-24 anos & 9+ escol. ... 50-64 anos & 9+ escol. Prop. de Pessoas Log da Mdia Renda Real Num. de Obs.

Ano

X11

X12

X13

...

X43

110006

1970

0.291

0.291

0

0

...

0

5.82

1616

110006

1970

0.041

0

0.041

0

...

0

6.21

207

110006

1970

0.008

0

0

0.008

...

0

6.75

39

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

110006

1970

0.003

0

0

0

...

0.003

7.73

21

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

Exponenciais dos Efeitos dos Indicadores de Grupos de Idade-Escolaridade nos Logaritmos de Renda, 1970200010.0 9.0 8.0

8.8

9.4

Exponential of coefficient

7.0 6.0 5.0 4.0 3.0 2.0

6.0 4.9

5.5

3.4 2.7 1.8 1.0 1.5 2.3 2.3

1.0 0.00-4 5-8 9+ educ educ educ 0-4 5-8 9+ educ educ educ 0-4 5-8 9+ educ educ educ 0-4 5-8 9+ educ educ educ

15-24 anos

25-34 anos

35-49 anos

50-64 anos

Renda Predita com o Modelo de Efeitos Prprios pela Proporo de Homens nas 502 Microrregies, 19702000

1970JOVENS ADULTOS (25 34) 9+ ANOS DE ESCOLARIDADE ADULTOS (35 49) 0 4 ANOS DE ESCOLARIDADE

1980

1991

2000

Modelo de Efeitos Cruzados

EQUAO 2: permite a estimao dos efeitos das

propores de cada um dos grupos sobre os demais.Witc = 0 + 1Xitc + 2Xitc + i + t + itc , i = 1K; t = 1T

VERSO CONJUGADA:

Trs indicadores de anos censitrios.

11 indicadores de grupos de idade-escolaridade.Propores cruzadas para cada um dos 12 grupos de idadeescolaridade (11x12=132 coeficientes).

Como Analisar os Resultados?

Grande quantidade de coeficientes.

Uma forma de apresentar os resultados em grficos:Para uma dada microrregio e grupo de idade escolaridade, observar o rendimento estimado por ano pelo:

1) modelo simples com somente indicadores de anos e grupos de idade-escolaridade. 2) modelo de efeitos prprios. 3) modelo de efeitos cruzados.

Calcular a razo dos valores preditos pelos modelos 2 e 3 em relao aos valores preditos pelo modelo simples.Adicionar os valores observados, tambm em relao aos valores preditos do modelo simples.

Efeitos Prprios e Cruzados Adultos (3549), Educao Intermediria (58), 19702000NORDESTEBaixo Parnaba & Litoral Piauiense (PI)

SUDESTEVolta Redonda (RJ)

EFEITOS CRUZADOS EFEITOS PRPRIOS REFERENCIAL RENDA OBSERVADA

NORDESTEMata Setentrional (PE)

SULPorto Alegre (RS)

Modelo de Efeitos Cruzados X Ano

EQUAO 2: igual Equao 2, com adio de interaes das propores cruzadas com trs indicadores de anos.

Witc = 0 + 1Xitc + 2Xitc + 3tXitc + 4tXitc + i + t + itc , i = 1K; t = 1T

VERSO CONJUGADA:

Trs indicadores de anos censitrios. 11 indicadores de grupos de idade-escolaridade. Propores cruzadas para cada um dos 12 grupos de idadeescolaridade (11x12=132 coeficientes). Interaes dessas propores cruzadas com trs indicadores de anos (132x3=396 coeficientes).

Efeitos Cruzados X Ano Adultos (3549), Educao Intermediria (58), 19702000NORDESTEBaixo Parnaba & Litoral Piauiense (PI)

SUDESTEVolta Redonda (RJ)

EFEITOS CRUZADOS X ANOEFEITOS CRUZADOS REFERENCIAL RENDA OBSERVADA

NORDESTEMata Setentrional (PE)

SULPorto Alegre (RS)

Tamanho das Microrregies & Indicadores de Regies

Modelos incluindo interaes das propores com indicadores do tamanho das microrregies tambm foram estimados:

Oferece uma forma de levar em considerao a influncia de diferentes tamanhos populacionais das microrregies na predio de rendimentos.

Modelos tambm precisam incluir interaes das propores com indicadores das cinco grandes regies:

Porque houve melhores estimativas para reas no Sudeste e Sul em comparao com reas no Nordeste.Modelos que incluram interaes dos efeitos prprios com indicadores de anos e regies apresentaram melhores estimativas...

Efeitos Prprios X Ano X Regio Adultos (3549), Educao Intermediria (58), 19702000NORDESTEBaixo Parnaba & Litoral Piauiense (PI)

SUDESTEVolta Redonda (RJ)

EFEITOS PRPRIOS X ANO X REGIOEFEITOS PRPRIOS X ANO REFERENCIAL RENDA OBSERVADA

NORDESTEMata Setentrional (PE)

SULPorto Alegre (RS)

Implicaes para Polticas Pblicas

Exerccios de decomposio dos efeitos de mudanas na estrutura etria-educacional. A melhora do nvel de escolaridade da populao de 1970 para 2000 foi um importante aspecto para reduzir a desigualdade econmica no pas.

Se a composio educacional tivesse permanecido a mesma, os grupos menos escolarizados teriam apresentado rendimentos ainda menores.

O declnio da fecundidade teve um papel central na reduo da desigualdade, porque diminuiu a proporo de grupos jovens no mercado de trabalho.

Os rendimentos dos grupos mais jovens teriam sido ainda menores se a composio etria tivesse permanecido constante.

Concluses

Tamanho dos grupos possuem maiores impactos na renda dos mais escolarizados, em linha com literatura americana. A diminuio dos trabalhadores de baixa escolaridade no est mais contribuindo para o aumento da renda desses grupos. Mudanas nos grupos prprios e cruzados apresentam efeitos mensurveis nos rendimentos. Tamanho dos grupos tm efeitos menores do que no passado (menos coeficientes negativos em anos recentes). Resultados sugerem que mudanas de composio da fora de trabalho so influentes, e que essas anlises podem auxiliar estudos na rea de desenvolvimento econmico.