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Economia e Teoria Econômica -–UniFMU- 1° semestre d e 2011–- Profª Andrea Itiro [email protected] 1 UniFMU – Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas CURSO: Curso de Graduação em Relações Internacionais 2011 DISCIPLINA: Economia e Teoria Econômica CÓDIGO: 100H CARGA HORÁRIA: 80 horas SÉRIE: 2° semestre 1 - EMENTÁRIO O funcionamento da economia. As formas de analisar a economia. O sistema econômico e os setores básicos da economia: p rimário, secundá rio e terciár io. O processo de produção. Os fluxos reais e os fluxos monetários. O mercado e suas variáveis: oferta,demanda e equilíbrio. O seto r pú blico e suas estrutura. A macroeconomia e as principais idéias de Keynes e Kalecki. Objetivos e instrumentos da política macroeconômica. Política monetário, fiscal, cambial e de rendas. O sistema financeiro, sua estrutura e funcionamento. As contas nacionais: o produto e a renda. Setor externo e balanço de pagamentos. O processo inflacionário brasileiro. Os planos de estabilização. Os problemas econômicos do desenvolvimento. 2 - OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS  A disciplina Economia e Teoria Econômica tem por objetivo a habilitação do aluno para compreensão dos fundamentos econômicos, mediante a transmissão introdutória de conhecimento s de micro e macroeconomia que o qualifiquem a entender o funcionamento do sistema econômico, bem como capacitá-lo para que possa desenvolver uma percepção crítica da realidade. 3 - CONTEÚDO PROGRAMÁTIC O I - Conceitos Básicos de Economia - Conceito de economia; - O problema da escassez e os problemas econômicos fundamentais; - Fluxos reais e monetários da economia; - Bens de consumo, bens de capital e bens intermediários. -  A micro e a macroeconomia; II- Introdução à Microeconomia  -  Análise da d emanda, da oferta e o equilíbrio d o mercado; - Elasticidade da demanda e da oferta; - Estrutura e organização dos mercados: livre concorrência, oligopólios e monopólios; - Teoria da produção e teoria dos custos. - O setor público e suas estrutura. III- Introdução à Macroeconomia - Metas e instrumentos de política macroeconômica; - Principais idéias de Keynes; - O fluxo circular de renda; - O PIB pela ótica do produto, da despesa e da renda; - PIB nominal e PIB real; - Formação do capital: o papel da poupança e do investimento. - Conceito e funções da moeda;

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UniFMU – Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas

CURSO: Curso de Graduação em Relações Internacionais 2011

DISCIPLINA: Economia e Teoria Econômica

CÓDIGO: 100H

CARGA HORÁRIA: 80 horas

SÉRIE: 2° semestre

1 - EMENTÁRIOO funcionamento da economia. As formas de analisar a economia. O sistemaeconômico e os setores básicos da economia: primário, secundário e terciário. Oprocesso de produção. Os fluxos reais e os fluxos monetários. O mercado e suasvariáveis: oferta,demanda e equilíbrio. O setor público e suas estrutura. A macroeconomia e as principais idéias de Keynes e Kalecki. Objetivos e instrumentosda política macroeconômica. Política monetário, fiscal, cambial e de rendas. Osistema financeiro, sua estrutura e funcionamento. As contas nacionais: o produto e

a renda. Setor externo e balanço de pagamentos. O processo inflacionário brasileiro.Os planos de estabilização. Os problemas econômicos do desenvolvimento.

2 - OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS A disciplina Economia e Teoria Econômica tem por objetivo a habilitação do alunopara compreensão dos fundamentos econômicos, mediante a transmissãointrodutória de conhecimentos de micro e macroeconomia que o qualifiquem aentender o funcionamento do sistema econômico, bem como capacitá-lo para quepossa desenvolver uma percepção crítica da realidade.

3 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICOI - Conceitos Básicos de Economia -  Conceito de economia;-  O problema da escassez e os problemas econômicos fundamentais;-  Fluxos reais e monetários da economia;-  Bens de consumo, bens de capital e bens intermediários.-   A micro e a macroeconomia;

II- Introdução à Microeconomia -   Análise da demanda, da oferta e o equilíbrio do mercado;-  Elasticidade da demanda e da oferta;-  Estrutura e organização dos mercados: livre concorrência, oligopólios e

monopólios;-  Teoria da produção e teoria dos custos.-  O setor público e suas estrutura.

III- Introdução à Macroeconomia -  Metas e instrumentos de política macroeconômica;-  Principais idéias de Keynes;-  O fluxo circular de renda;-  O PIB pela ótica do produto, da despesa e da renda;

-  PIB nominal e PIB real;-  Formação do capital: o papel da poupança e do investimento.

-  Conceito e funções da moeda;

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-  Política monetária e banco central;-  O sistema financeiro.-  Conceito e tipos de inflação;-  Conceito e determinação da taxa de câmbio;-   A estrutura do balanço de pagamentos;-  Superávit/déficit público e política fiscal; -  Fontes de crescimento;-  Estágios e estratégias de desenvolvimento.

5 - METODOLOGIA DE ENSINOO conteúdo programático será abordado através de aulas expositivas, seminários edebates, com a participação ativa do corpo discente, complementados com exercíciospráticos e estudos de casos. Os temas estarão apoiados na bibliografia básica ecomplementar indicadas, bem como material e artigos publicados em jornais,revistas especializadas, etc.

6 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOO processo de avaliação será realizado através de 1 prova a cada semestre, valendo7 (sete pontos) e da avaliação continuada, que valerá três pontos. Esta avaliaçãoserá realizada mediante exercícios em classe, resumos de artigos econômicos,seminários e trabalho em grupo.

7 - BIBLIOGRAFIA BÁSICA e BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTARBibliografia Básica:1.  MANKIW, N.G. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 1998.2.  SOUZA, Nali Jesus de. Curso de Economia. São Paulo: Atlas, 2000.3.  LANZANA, Antônio Evaristo Teixeira. Economia Brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.4.  ROSSETTI, José P. Introdução à Economia. São Paulo: Editora Atlas, 20. edição,

2000.5.  PASSOS, Carlos Roberto M. & NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. São Paulo:

Editora Pioneira, 1998.6.  WONNACOTT, Paul & WONNACOTT, Ronald. Economia. São Paulo: Makron Books

Ltda, 1994.7.  CANO, Wilson. Introdução à Economia: Uma Abordagem Crítica. São Paulo:

Editora Unesp, 1998.

Bibliografia Complementar1.  COSTA, Fernando N. da. Economia em 10 lições. São Paulo: Makron Books,

2000.2.  EQUIPE DE PROFESSORES DA USP. Manual de Economia. São Paulo: Editora

Saraiva, 1999.3.  TROSTER, Roberto L. & Mochón, Francisco. Introdução à Economia. São Paulo:

Makron Books Ltda, 1999.4.  VASCONCELLOS, M. A.S; GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia. São Paulo:

Saraiva, 1999.

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C A P ÍT U L O 1C A P ÍT U L O 1C A P ÍT U L O 1C A P ÍT U L O 1IN T R O D U Ç Ã O À E C O N O M I A  IN T R O D U Ç Ã O À E C O N O M I A  IN T R O D U Ç Ã O À E C O N O M IA  IN T R O D U Ç Ã O À E C O N O M I A   

-  ETIMOLOGIA DA PALAVRA ECONOMIA:Deriva da palavra grega oikosnomos 

Óikos = Casa⇒ Oikosnomos = administração de uma casa

 Nómos = Norma, Lei ou de um Estado

- CONCEITO DE ECONOMIA: 

 

É a  ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar

os recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entreas várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas.

- A QUESTÃO DA ESCASSEZ E OS 3 PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS : 

 Necessidades Humanas Ilimitadas x 

 Recursos Produtivos Escassos(terra, trabalho, capital, tecnologia e função empresarial) 

↓ 

 Escassez ↓  Escolhas ↓ 

O Que e Quanto Produzir3 Problemas Econômicos Fundamentais →  Como Produzir

 Para Quem Produzir 

- SISTEMAS ECONÔMICOS: 

Sistema Capitalista ou  Economia de Mercado: -  regido pelas forças de mercado (oferta e demanda)-  predomínio da livre iniciativa-  predomínio da propriedade privada dos fatores de produção

Os 3 problemas econômicos fundamentais (o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir)são resolvidos predominantemente pelo mecanismo de mercado, ou seja, pela oferta e demanda.

Sistema Socialista ou  Economia Centralizada ou Economia Planificada:-  regido pelo Estado através de um órgão central de planejamento

-  predomínio da propriedade pública dos meios de produção (recursos produtivos)

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Os 3 problemas econômicos fundamentais (o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir)são resolvidos por um órgão central de planejamento, a quem cada elaborar os planos de produção de

todos os setores econômicos

- CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO/CPP :

 Mostra as combinações máximas entre dois bens que a sociedade está apta a produzir (supondo-se que estão sendo utilizados todos os fatores de produção disponíveis e a melhor tecnologia disponível).

EXEMPLO: Suponha uma economia que só produza máquinas e alimentos. Supondo-se que estãosendo utilizados todos os fatores de produção disponíveis e a melhor tecnologia disponível, asalternativas de produção seriam:

Alternativasde Produção

Máquinas(milhares)

Alimentos(toneladas)

A 25 0

B 20 30,0C 15 47,5D 10 60,0E 0 70,0

CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

  Qualquer ponto ao longo da curva ABCDE:

Pleno emprego ou Produção potencial(Produção máxima onde todos os fatores de produção disponíveis estão sendo utilizados)

  Ponto Y ou qualquer ponto interno à curva:Desemprego/ Subutilização dos fatores de produção/Capacidade ociosa

(Produção abaixo da capacidade máxima onde os fatores de produção disponíveis estão sendosubutilizados)

  Ponto Z ou qualquer outro ponto acima da curva:Combinação impossível de produção

Produção impossível onde os fatores de produção e/ou tecnologia disponíveissão insuficientes para obter essas quantidades desses bens.

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- CUSTO DE OPORTUNIDADE: As pessoas têm que fazer escolhas, pois existe o problema da escassez (tempo, dinheiro). O Custode oportunidade é a expressão utilizada para exprimir os custos no que se refere às alternativassacrificadas. Ou seja, toda vez que fazemos uma escolha, incorremos em um custo deoportunidade. Por exemplo, se você pode ir ao cinema ou assistir ao futebol e optou por ir aocinema, o custo de oportunidade de ir ao cinema é medido pelo que você deixou de fazer (no caso,assistir ao futebol).

No exemplo do país que produz apenas dois bens, o custo de oportunidade é medido a partir dograu de sacrifício de se deixar de produzir parte de um bem X para se produzir mais de outro bemY.

EXEMPLOS:

•  O Custo de Oportunidade de se passar da alternativa B para C é de 5.000 máquinas(para aumentar a produção de alimentos em 17,5 toneladas são sacrificadas -deixadas de produzir- 5.000máquinas) 

•  O Custo de Oportunidade de se passar da alternativa C para B é de  17,5 toneladas dealimentos

(para aumentar a produção de máquinas em 5 mil unidades são sacrificadas -deixadas de produzir- 17,5toneladas de alimentos) 

•  O Custo de Oportunidade de se passar da alternativa A para E é de 25.000 máquinas (para aumentar a produção de alimentos em 70 toneladas são sacrificadas -deixadas de produzir- 25.000máquinas) 

- DESLOCAMENTOS DA CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO (CPP)Um deslocamento da curva de possibilidades de produção para a direita significa um crescimentoeconômico, ou seja, o país aumentou a quantidade de bens produzidos. Isso ocorre apenas quando háum aumento na quantidade de recursos produtivos e/ou quando ocorre um progresso tecnológico(gráfico abaixo)

Alternativas(Possibilidades)

de Produção

Máquinas(milhares)

Alimentos(toneladas)

A 25 0B 20 30,0

C 15 47,5D 10 60,0E 0 70,0

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A curva de possibilidades de produção pode se deslocar também para a esquerda. Isso ocorre apenasquando há uma redução na quantidade de recursos produtivos e/ou quando ocorre um retrocessotecnológico. Nesse caso, as novas alternativas de produção desse país serão compostas de quantidadesmenores dos dois bens produzidos.

- BENS DE CAPITAL, BENS DE CONSUMO E BENS INTERMEDIÁRIOS

 I – BENS FINAIS:São os bens vendidos para consumo ou utilização final.

EXEMPLOS: fogão, automóveis, açúcar para consumo das famílias.

  Bens de capital: utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se desgastamtotalmente no processo produtivo (máquinas, equipamentos). 

EXEMPLOS: fogão utilizado pela padaria , automóvel utilizado pelo taxista. 

  Bens de consumo: destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas.EXEMPLOS: fogão utilizado pela família, automóvel utilizado para a família, açúcarpara consumo das famílias.

Conforme sua durabilidade: Duráveis (fogão utilizado pela família, automóvel utilizado para lazer)Não-Duráveis (açúcar para consumo das famílias) 

 II- BENS INTERMEDIÁRIOS:São aqueles que são transformados ou agregados na produção de outros bens, mas que são

utilizados totalmente no processo produtivo (matérias-primas).EXEMPLOS: açúcar utilizado na confeitaria, farinha de trigo utilizado na padaria.

- FATORES OU RECURSOS DE PRODUÇÃO: 

FATOR DE PRODUCAO  REMUNERAÇÃO DO

FATOR DE PRODUÇÃO Trabalho Salário

Capital Juro

Terra Aluguel

Tecnologia Royalty

Capacidade Empresarial Lucro

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- DIVISAO DA TEORIA ECONÔMICA:A teoria econômica é dividida em duas partes principais: microeconomia e macroeconomia.

 MICROECONOMIA Microeconomia deriva da palavra grega mikros, que significa “pequeno”. Analisa ocomportamento da economia em detalhes, ou seja, o comportamento dos agentes  econômicos individuais (famílias, empresas e governos) e mercados específicos.

EXEMPLOS: “O emprego na indústria de fast food” “Por que os cartões de crédito cobram juros mais altos do que de financiamento da

casa própria?“A produção automobilística no Brasil”

 MACROECONOMIA: Macroeconomia deriva da palavra grega makros, que significa “grande”. Analisao comportamento geral da economia, ou seja, se concentra no panorama geral edesconsidera os pequenos detalhes. 

EXEMPLOS: “O emprego total na economia” “Por que os juros no país são tão elevados?””A produção total do país” 

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C A P ÍT U L O 5  C A P ÍT U L O 5  C A P ÍT U L O 5  C A P ÍT U L O 5  D E M A N D A , O F E R T A E  D E M A N D A , O F E R T A E  D E M A N D A , O F E R T A E  D E M A N D A , O F E R T A E  

E Q U I L ÍB R IO D E M E R C A D O  E Q U I L ÍB R IO D E M E R C A D O  E Q U I L ÍB R IO D E M E R C A D O  E Q U I L ÍB R IO D E M E R C A D O   

PARTE I – DEMANDA DE MERCADO

- CONCEITO A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de certo bem ou serviço que os

consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo.

- VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM A DEMANDA -  Preço do bem;

-  Preço dos outros bens;-  Renda do consumidor;-  Gostos e Preferências do consumidor.

Para estudar a influência isolada de cada uma dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris paribus (tudo o mais permanece constante), ou seja, considera-se cada uma dessas variáveis

afetando separadamente as decisões do consumidor.

- LEI GERAL DA DEMANDA Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade demandada e o preço do bem, coeteris

 paribus.

↓P →  ↑Qd ↑P →  ↓Qd

- ESCALA DE DEMANDA 

 Alternativas de preço - (P) em reais Quantidade demandada (Qd)1,003,006,008,00

10,00

11.0009.0006.0004.0002.000

- CURVA DE DEMANDA 

Eixo vertical: P (preços)

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Eixo horizontal Q (quantidades demandadas) 

- CAUSAS DA INCLINACAO NEGATIVA DA CURVA DE DEMANDA

Conjugação de dois efeitos:efeito substituição e efeito renda 

Exemplo: Se o preço da caixa de fósforos aumenta, a queda na quantidade demandada será provocadapor esses dois efeitos somados:

-  Efeito substituição: Se o preço da caixa de fósforos subir demasiadamente, osconsumidores passarão a demandar isqueiros, reduzindo assim sua demanda porfósforo;

-  Efeito renda: Se aumenta o preço do fósforo, tudo o mais constante (renda do

consumidor e preço de outros bens estando constantes), o consumidor perdepoder aquisitivo, e a demanda por esse produto diminui, embora seu saláriomonetário não tenha sofrido nenhuma alteração.

- FUNÇÃO DEMANDA

Qd = f(P)

Qd = quantidade demandada do bem ou serviço, num dado período de tempo.P = preço do bem ou serviço.

 A quantidade demandada Qd  é uma função f do preço P, isto é, depende do preço P. 

- VARIAÇÕES NA QUANTIDADE DEMANDADA 

Variações na quantidade demandada de um determinado bem decorrem de variações no preço desse bem

 Representam movimentos ao longo da curva

↓P →  ↑Qd ↑P →  ↓Qd

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- VARIAÇÕES NA DEMANDA Variações na demanda de um determinado bem decorrem de variações em quaisquer uma dasvariáveis que afetam a demanda desse bem (preço  dos outros bens, na renda do consumidor, nosgostos e preferências do consumidor etc), com exceção do preço do próprio bem.

 Representam deslocamentos de toda a curva de demanda 

Antes do aumento da renda  (D0) Após o aumento da renda  (D1)Ao preço P0, o consumidor pode comprar Q0. Ao mesmo preço P0, o consumidor pode comprar Q2. Ao preço P1, o consumidor pode comprar Q1. Ao mesmo preço P1, o consumidor pode comprar Q3. 

- BEM NORMAL, BEM INFERIOR E BEM SACIADO 

•  Bem Normal(relação direta entre a demanda de um bem e as variações da renda)

Ex: se o consumidor tiver um aumento na sua renda, aumentará o consumo da carnede primeira, coeteris paribus.

•  Bem Inferior(relação inversa entre a demanda de um bem e as variações da renda)

Ex: se o consumidor tiver um aumento na sua renda, reduzirá o consumo da carne desegunda, coeteris paribus.

•  Bem Saciado(não há relação entre a demanda de um bem e as variações da renda)

Ex: se o consumidor tiver um aumento ou redução na sua renda, manterá inalterado o

consumo de arroz, farinha, sal, etc, coeteris paribus.

- BEM SUBSTITUTOS E BENS COMPLEMENTARES 

•  Bens Substitutos(relação direta entre o preço de um bem e a demanda de outro)

Ex: um aumento no preço da carne deve elevar a demanda de peixe, coeteris paribus.

•  Bens Complementares(relação inversa entre o preço de um bem e a demanda de outro) 

Ex: uma redução no preço dos automóveis deve aumentar a demanda por gasolina, coeteris paribus. 

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PARTE II – OFERTA DE MERCADO

- CONCEITO 

A oferta pode ser definida como as várias quantidades que os produtores desejamoferecer ao mercado em determinado período de tempo.

- VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM A OFERTA -  Preço do bem;-  Preço dos outros bens;-  Preço (custo) dos fatores de produção;-  Mudanças na tecnologia;-  Mudanças climáticas.

Para estudar a influência isolada de cada uma dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris

 paribus (tudo o mais permanece constante), ou seja, considera-se cada uma dessas variáveisafetando separadamente as decisões dos produtores.

- LEI GERAL DA OFERTA Há uma relação diretamente proporcional entre a quantidade ofertada e o preço do bem, coeteris

paribus.

↓P →  ↓Qo ↑P →  ↑Qo 

- ESCALA DE OFERTA 

 Alternativas de preço - (P) em reais Quantidade ofertada (Qo)1,003,006,008,00

10,00

1.0003.0006.0008.000

10.000

- CURVA DE OFERTA 

Eixo vertical: P (preços)Eixo horizontal Q (quantidades ofertadas)

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- FUNÇÃO OFERTA Qo = f(P)

Qd = quantidade ofertada do bem ou serviço, num dado período de tempo.P = preço do bem ou serviço.

A quantidade ofertada Qo é uma função f do preço P, isto é, depende do preço P. 

- VARIAÇÕES NA QUANTIDADE OFERTADA 

Variações na quantidade ofertada de um determinado bem decorrem de variações no preço desse bem. Representam movimentos ao longo da curva (gráfico a). 

↓P →  ↓Qo ↑P →  ↑Qo

- VARIAÇÕES NA OFERTA Variações na  oferta de um determinado bem decorrem de variações em quaisquer uma dasvariáveis que afetam a oferta desse bem (preço dos outros bens, preço (custo) dos fatores deprodução, mudanças na tecnologia, mudanças climáticas etc), com exceção do preço do

 próprio bem. Representam deslocamentos de toda a curva de oferta (gráficos b e c).  

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PARTE III – EQUILÍBRIO DE MERCADO

- A LEI DA OFERTA E DA DEMANDA: TENDÊNCIA AO EQUILÍBRIO 

Preço ($) Quantidade Situação de mercado Demandada Ofertada 

1,00 11.000 1.000 Excesso de demanda (escassez deoferta) 

3,00 9.000 3.000 Excesso de demanda (escassez deoferta)

6,00 6.000 6.000 Equilíbrio entre oferta e demanda8,00 4.000 8.000 Excesso de oferta (escassez de

demanda)

10,00 2.000 10.000 Excesso de oferta (escassez dedemanda)

Equilíbrio de Mercado (ponto E):É o ponto de intersecção das curvas de demanda e oferta no qual se encontram

o preço e a quantidade de equilíbrio, ou seja, o preço e a quantidade que atendem às aspirações dosconsumidores e produtores simultaneamente. 

- EXEMPLO NUMÉRICO: EQUILÍBRIO DE MERCADOSuponha que o mercado de canetas esferográficas apresente as seguintes funções demanda e oferta:Qd = 44 – 8.p (Função demanda) Qo = 14 + 2.p (Função oferta) 0<<<< p ≤≤≤≤ 5 Qd = quantidade demandada; Qo = quantidade ofertada; p = preço 

a)  Determine matematicamente o preço e a quantidade de equilíbrio.Para calcular a quantidade de equilíbrio(Qe)substituir p por 3 na função demanda ou oferta

Qd = Qo 44 – 8.p = 14 + 2.p-8.p – 2.p = 14 – 44 Qd = 44 – 8.p Qo = 14 + 2.p- 10.p = - 30 Qd = 44 – 8.3 Qo = 14 + 2.3p = -30/-10 Qd = 44 – 24 Qo = 14 + 6p = 3 Qd = 20 Qo = 20

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No equilíbrio p = 3,00 e Q = 20

b)  Determine as escalas de demanda e de oferta de mercado.Preço ($) Quantidade Situação de mercado

  Demandada Ofertada1,00 36 16 Excesso de demanda2,00 28 18 Excesso de demanda3,00 20 20 Equilíbrio de mercado4,00 12 22 Excesso de oferta5,00 4 24 Excesso de oferta

PARTE IV – ELASTICIDADE

- CONCEITO: 

Mede o grau de reação ou sensibilidade de uma variável quando ocorrem alterações em outravariável, coeteris paribus. 

VARIÁVEL A → VARIÁVEL B

Preço de um bem → Quantidade demandada do bem

Renda dos consumidores → Quantidade demandada do bem

Preço do bem y → Quantidade demandada do bem x

Preço de um bem → Quantidade ofertada do bem

- ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA - Epd É o grau de sensibilidade da quantidade demandada de um bem X às variações de seu preço, coeteris

 paribus.∆%P →  ∆%Qd 

Se os preços dos bens diminuem em 10% , as quantidades demandadas aumentarão em quanto? Dependendo do bem, as quantidades demandadas podem aumentar numa proporção maior, menor ouigual à variação dos preços.

Se os preços dos bens aumentam em 10% , as quantidades demandadas diminuirão em quanto? Dependendo do bem, as quantidades demandadas podem diminuir numa proporção maior, menor ouigual à variação dos preços.

- DEMANDA ELÁSTICA, INELÁSTICA E PREÇO-UNITÁRIA 

    Demanda Elástica: uma ∆%P provoca uma ∆%Q relativamente maior, coeterisparibus.

 A quantidade demandada do bem é  muito sensível a variações de seu preço. |Epd| > 1

    Demanda Inelástica: uma ∆%P provoca uma ∆%Q relativamente menor, coeteris

paribus.  A quantidade demandada do bem é pouco sensível a variações de seu preço. |Epd| < 1 

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   Demanda de Elasticidade-preço unitária: uma ∆%P provoca uma ∆%Q da mesmamagnitude, porém em sentido inverso, coeteris paribus. |Epd| = 1 

Epd = variação percentual na quantidade demandadavariação percentual no preço 

Ou

* O resultado é sempre negativo, pois Qd e P tem uma relação inversa,mas colocamos em módulo para ficar positivo.

- EXEMPLOS: Qual a elasticidade-preço da demanda dos bens abaixo se o preço aumentar em10% ? 

-   Automóvel: ∆%P = 10% →  ∆%Qd = - 20% Epd = ∆%Q Epd = -20% Epd = - 2 |  Epd| = 2 |Epd| > 1 demanda elástica 

∆%P 10%

-   Remédios: ∆%P = 10% →  ∆%Qd = - 5% Epd = ∆%Q Epd = -5% Epd = - 0,5 |Epd| = 0,5 |Epd| < 1 demanda inelástica

∆%P 10% 

- FATORES QUE INFLUENCIAM A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA

   Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais substitutos, mais elástica é ademanda do bem 

|Epd|  pasta de dentes > |Epd|  pasta de dentes > |Epd|  pasta de dentes   de mentol Colgate de mentol 

   Essencialidade do bem: quanto mais essencial o bem, menos elástica é a suademanda. 

Exemplo: sal e remédios.

   Importância do bem, quanto a seu gasto, no orçamento do consumidor: quantomaior a participação no orçamento, maior a elasticidade da demanda

Carne: Epd altaFósforo:  Epd baixa

- RELAÇÃO ENTRE RECEITA TOTAL E O GRAU DE ELASTICIDADE 

 Dada uma variação no preço do produto, o que acontecerá com a receita do produtor? Dependerá da reação dos consumidores, isto é, do grau de elasticidade- preço da demanda do bem.

Q1 – Q0

Epd = Q0 P1 – P0

P0 

Epd = ∆%Q∆%P 

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   Bem de Demanda Elástica:  redução P → aumento RTaumento P → redução RT

   Bem de Demanda Inelástica: aumento P → aumento RTredução P → redução RT

   Bem de Elasticidade Preço Unitária: aumento ou redução P→ RT não se altera

Cálculo da Receita Total (RT): 

RT = P x Q 

- EXEMPLO: DEMANDA ELÁSTICAQuando o preço de um aparelho de DVD aumenta de R$500,00 para R$600,00 (20%), a quantidadedemandada diminui de 200 para 100 (50%).

P0 = 500 P1 = 600Q0 = 200 Q1 = 100

Epd = ∆%Q Epd = - 50% Epd = - 2,5∆%P 20%

|Epd| = 2,5 

RT0 = P0 x Q0 = 500 x 200 → RT = R$100.000,00

RT1 = P1 x Q1 = 600 x 100 → RT = R$60.000,00

 DVD apresenta uma demanda elástica |Epd| > 1 , ou seja, é um bem cujas quantidades demandadassão muito sensíveis a variações de preços.Um aumento de 20% nos preços provoca uma

redução relativamente maior (de 50%) nas quantidades demandadas. Por isso, a RT diminui. 

- EXEMPLO: DEMANDA INELÁSTICAQuando o preço de um remédio aumenta em 20% (de R$100,00 para R$120,00), a quantidadedemandada diminui em 5% (de 100 para 95 unidades)P0 = 100 P1 = 120Q0 = 100 Q1 = 95.

Epd = ∆%Q Epd = - 5% Epd = - 0,25∆%P 20%

|Epd| = 0,25 

RT0 = P0 x Q0 = 100x 100 → RT = R$10.000,00RT1 = P1 x Q1 = 120 x 95 → RT = R$ 11.400,00

O remédio apresenta uma demanda inelástica |Epd| < 1 , ou seja, é um bem cujas quantidadesdemandadas são pouco sensíveis a variações de preços.Um aumento de 20% nos preços provocauma redução relativamente menor (de 5%) nas quantidades demandadas. Por isso, a RT aumenta.

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- ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA - Er É o grau de sensibilidade da quantidade demandada de um bem X às variações na renda dos

consumidores, coeteris paribus.

R → Qd 

Er = variação percentual na quantidade demandadavariação percentual na renda do consumidor 

 Bem Inferior : Er < 0 ↑ R → ↓Qd ou ↓ R → ↑Qd 

  Bem Normal: 0 < Er < 1 ↑ R → ↑Qd ou ↓ R → ↓Qd 

 Bem Superior ou de Luxo: Er > 1↑ R → ↑Qd ou ↓ R → ↓Qd 

- O QUE OCORRERIA COM A QUANTIDADE DEMANDADA SE A RENDA DOSCONSUMIDORES REDUZISSE EM 10%? DEPENDE DO BEM 

-  CARNE DE SEGUNDA: ∆%R = - 10% →  ∆%Qd = 20% Er = ∆%Q Er = 20% Er = - 2  Er < 0 Bem Inferior

∆%R -10%

-  CELULAR:  ∆%R = - 10% →  ∆%Qd = -5% Er = ∆%Q Er = - 5% Er = 0,5  0 < Er < 1  Bem normal 

∆%R -10%

-  CASACO DE PELE:  ∆%R = - 10% →  ∆%Qd = -20% Er = ∆%Q Er = -20% Er = 2 Er > 1 Bem superior/luxo 

∆%R -10%

- ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA - Epo É a sensibilidade da quantidade ofertada de um bem X às variações de seu preço , coeterisparibus.

P → Qo 

Epo = variação percentual da quantidade ofertadavariação percentual do preço 

* O resultado da elasticidade é sempre positivo, pois a relação entre Q ofertada e preço é diretamente proporcional. 

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C A PÍTU L O 6  C A PÍTU L O 6  C A PÍTU L O 6  C A PÍTU L O 6  

P R O D U Ç Ã O E C U S T O S  P R O D U Ç Ã O E C U S TO S  P R O D U Ç Ã O E C U S T O S  P R O D U Ç Ã O E C U S TO S   

PARTE I – TEORIA DA PRODUÇÃO

- CONCEITO DE PRODUÇÃO

 

É o processo de transformação dos fatores adquiridos pela empresa em produtos para venda nomercado.

Mão-de-obra (N)Capital físico (K) PROCESSO

INSUMOS Terra (T) → DE → PRODUTOMatérias-primas (Mp) PRODUÇÃO

- MÉTODO OU PROCESSO DE PRODUÇÃOÉ a forma como os fatores de produção são combinados.

Intensivo em mão-de-obra

Métodos de Produção ► Intensivo em capital

Intensivo em terra

- FUNÇÃO PRODUÇÃOIndica a quantidade máxima que se pode obter de um produto, por unidade de tempo, a partir da

utilização de uma determinada quantidade de fatores de produção e mediante a escolha do processo deprodução mais adequado.

q = f ( x1, x2, x3, ... , xn) 

onde: q = quantidade produzida do bem num determinado período de tempox1, x2, x3, ... , xn = quantidades utilizadas de cada fator de produção num

determinado período de tempo

Para efeitos didáticos, a função de produção costuma ser representada resumidamente:

q = f ( N, K )

onde: N = quantidade utilizada de mão-de-obraK = quantidade utilizada de capital

- FATORES FIXOS E VARIÁVEIS DE PRODUÇÃO

•  Fatores de produção variáveis: são aqueles cujas quantidades variam quando o volume deprodução varia. (mão-de-obra e matérias-primas)

•  Fatores de produção fixos: são aqueles cujas quantidades não variam quando o produtovaria. (instalações/quantidades variam apenas no longo prazo)

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- CURTO E LONGO PRAZO

•  Curto Prazo: é o horizonte de tempo em que pelo menos um fator de produção é fixo.

•  Longo Prazo: é o horizonte de tempo em que todos os fatores de produção são variáveis.

- EXEMPLO DE CURTO E LONGO PRAZOUma siderúrgica para produzir aço utiliza basicamente três fatores de produção-  mão-de-obra (trabalho, fator de produção variável)-  minério de ferro (matéria-prima, fator de produção variável)-  instalação (siderúrgica, fator de produção fixo)

No curto prazo, a siderúrgica só pode aumentar sua produção aumentando a quantidade de mão-de-obra e minério de ferro. No longo prazo, é possível aumentar a produção aumentando a quantidade de

todos os fatores de produção, inclusive o tamanho da siderúrgica. Se dezoito meses é o tempo necessário para se aumentar o tamanho da siderúrgica, dezoito meses é o curto prazo e mais queisso, o longo prazo dessa siderúrgica.

- ANÁLISE DE CURTO PRAZO

q = f ( N, K )

onde: q = quantidade produzidaN = quantidade utilizada de mão-de-obra (fator variável)K = quantidade utilizada de capital (fator fixo)

No curto prazo, a quantidade produzida depende somente de uma variação da quantidadeutilizada do fator variável, isto é, depende de uma variação da quantidade de mão-de-obra.

Portanto, a função produção no curto prazo é:

q = f ( N )

- PRODUTO TOTAL, PRODUTIVIDADE MÉDIA E PRODUTIVIDADE MARGINAL 

Produto total: PT = q 

Produtividade média do trabalho:  Pme = q / N = quantidade do produto/nº de trabalhadores

Produtividade marginal do trabalho: Pmg = ∆q / ∆N = variação do produtos/acréscimo de 1 unidade de

mão-de-obra

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Terra(fator fixo)(alqueires)

(1)

Mão-de-obra(fator variável)

(milharesde trabalhadores)

(2)

Produto Total(3)

(toneladas) 

ProdutividadeMédia da Mãode-obra

(toneladas)(4) = (3) : (2)

ProdutividadeMarginal

da Mão-de-obra(toneladas)

(5) = ∆ em (3)∆ em (2)

10 0 0 - -10 1 6 6,0 610 2 14 7,0 810 3 24 8,0 1010 4 32 8,0 810 5 38 7,6 610 6 42 7,0 410 7 44 6,2 210 8 44 5,4 010 9 42 4,6 -2

- LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES

“Elevando-se a quantidade do fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente aumentará a taxas crescentes, a seguir, depois de certa quantidade utilizadado fator variável, continuará a crescer, mas a taxas decrescentes (ou seja, com acréscimos cada vezmenores); continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção total chegará a ummáximo, para depois decrescer “.

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- ANÁLISE DE LONGO PRAZO 

q = f (N,K)

Onde: N= quantidade utilizada de mão-de-obra (fator de produção variável).K= quantidade utilizada de capital (fator de produção variável).

No longo prazo, todos o fatores de produção são variáveis. Portanto, a quantidade produzida dependeda variação da quantidade utilizada de todos os fatores produção, isto é, depende de uma variação da quantidade de mão-de-obra e de capital .

- RENDIMENTOS DE ESCALA 

• Rendimentos Crescentes de Escala

Exemplo: ↑ 10% no volume de fatores de produção →  ↑ 20% no volume produzido

• Rendimentos Constantes de EscalaExemplo: ↑ 10% no volume de fatores de produção →  ↑ 10% no volume produzido

• Rendimentos Decrescentes de EscalaExemplo: ↑ 10% no volume de fatores de produção →  ↑ 5% no volume produzido

PARTE II - CUSTOS

- CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO (CT) 

Onde: CVT = Custo Variável Total; CFT = Custo Fixo Total

- CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS (CVT)  E CUSTOS FIXOS TOTAIS (CFT)

• CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS (CVT): é a parcela dos custos totais que depende da produção e por isso muda com a variação do volume de produção.

(folha de pagamentos e gastos com matérias-primas)(Na contabilidade são chamados de custos diretos)

• CUSTOS FIXOS TOTAIS (CFT): ): é a parcela dos custos totais que independe da produção e por isso não muda com a variação do volume de produção. 

(Aluguel e seguro) (Na contabilidade são chamados de custos indiretos)

- CUSTOS DE CURTO PRAZO 

• CUSTOS TOTAISComo no curto prazo existe pelo menos um fator de produção fixo.

CT = CVT + CFT 

CT = CVT + CFT 

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• CUSTO TOTAL MÉDIO (CTMe ou Cme) / Custo unitário

• CUSTO VARIÁVEL MÉDIO (CVMe)

• CUSTO FIXO MÉDIO (CFMe)

CFMe = CFT = custo fixo total (em $)

q total produzido

• CUSTO MARGINAL (CMg)

ProduçãoTotal(q)

(Q/dia)(1)

Custo FixoTotal(CFT)

R$(2)

CustoVariável

Total(CVT)

R$(3)

Custo Total(CT)

R$(4)=(2)+(3)

Custo FixoMédio(CFMe)

R$(5) = (2):(1)

CustoVariável

Médio(CVMe)

R$(6) = (3):(1)

CustoMédio(CMe)

R$(7)=(4):(1)

CustoMarginal

(CMg)

R$(8)= ∆ em (4)

∆ em (1)0 10,00 0 10,00 - - - -1 10,00 5,00 15,00 10,00 5,00 15,00 5,002 10,00 8,00 18,00 5,00 4,00 9,00 3,003 10,00 10,00 20,00 3,33 3,33 6,67 2,004 10,00 11,00 21,00 2,50 2,75 5,25 1,005 10,00 13,00 23,00 2,00 2,60 4,60 2,006 10,00 16,00 26,00 1,67 2,67 4,33 3,007 10,00 20,00 30,00 1,43 2,86 4,28 4,00

8 10,00 25,00 35,00 1,25 3,13 4,38 5,009 10,00 31,00 41,00 1,11 3,44 4,56 6,00

10 10,00 38,00 48,00 1,00 3,80 4,80 7,0011 10,00 46,00 56,00 0,91 4,18 5,09 8,00

CTMe = Cme = CT = custo total (em $)q total produzido 

CVMe = CVT = custo variável total (em $)q total produzido 

CMg = ∆CT = variação do custo total (em $)∆q acréscimo de 1 unidade na produção 

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 - MAXIMIZACAO DOS LUCROS

Teoria Microeconômica Tradicional:O objetivo da empresa é a maximização de lucros

•  LUCRO TOTAL (LT): diferença entre as receitas das vendas da empresa (RT) e seuscustos totais de produção (CT).

 LT = RT – CT 

A empresa, desejando maximizar seus lucros, escolherá o nível de produção para o qual a diferençaentre RT e CT seja a maior possível.

•  A EMPRESA MAXIMIZARÁ SEU LUCRO QUANDO: 

Rmg = Cmg (quando o Cmg é decrescente )  ► empresa deve continuar a produzir, pois cada unidadeadicional fabricada aumenta ainda seus lucros, já que sua Rmg é maior que o Cmg.

RMg > CMg ► empresa deve continuar a produzir, pois cada unidade adicional fabricada aumentaseus lucros, já que sua Rmg é maior que o Cmg.

RMg < CMg ► empresa deve reduzir a produção, pois cada unidade adicional que deixa de serfabricada aumenta seus lucros, já que seu Cmg é maior que a Rmg.

o   Receita Marginal (RMg): é o acréscimo da receita total da empresa quando esse vende uma

unidade adicional do seu produto.

o  Custo Marginal (CMg): é o acréscimo do custo total da produção da empresa quandoesse produz uma unidade adicional do seu produto. 

* Supondo uma forma em um mercado de concorrência perfeita. 

Para um nível de produção igual a 8 unidades, quando RMg = CMg, (quando o Cmg é crescente)tem-se o lucro máximo no valor de R$ 5,00. 

 RMg = CMg 

Quando o Cmg é crescente 

PRODUÇÃOE VENDAS(POR DIA)

(1)

CUSTOTOTAL

(CT)R$(2)

PREÇOUNITÁRIO

(P)R$(3)

RECEITATOTAL

(RT)R$

(4)=(3).(1)

LUCROTOTAL

(LT)R$

(5)=(4)-(2)

CUSTOMARGINAL

(CMg)R$

(6) = ∆ (2)∆(1)

RECEITAMARGINAL

(RMg)R$

(7) = ∆ (4)∆ (1)

0 10,00 5,00 0 -10,00 - -

1 15,00 5,00 5,00 -10,00 5,00 5,002 18,00 5,00 10,00 -8,00 3,00 5,003 20,00 5,00 15,00 -5,00 2,00 5,004 21,00 5,00 20,00 -1,00 1,00 5,005 23,00 5,00 25,00 2,00 2,00 5,006 26,00 5,00 30,00 4,00 3,00 5,007 30,00 5,00 35,00 5,00 4,00 5,008 35,00 5,00 40,00 5,00 5,00 5,009 41,00 5,00 45,00 4,00 6,00 5,00

10 48,00 5,00 50,00 2,00 7,00 5,0011 56,00 5,00 55,00 -1,00 8,00 5,00

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C A PÍTU L O 7  C A PÍTU L O 7  C A PÍTU L O 7  C A PÍTU L O 7  

E S TR U T U R A S D E M E R C A D O  E S TR U T U R A S D E M E R C A D O  E S TR U T U R A S D E M E R C A D O  E S TR U T U R A S D E M E R C A D O   

- ESTRUTURAS DE MERCADO DE BENS E SERVIÇOS- Concorrência Perfeita - Monopólio- Concorrência Monopolista - Oligopólio 

-  AS VÁRIAS ESTRUTURAS DE MERCADO DEPENDEM FUNDAMENTALMENTE  DE TRÊS CARACTERÍSTICAS: 

1)  número de empresas que compõe o mercado;2)  tipo do produto fabricado (produtos homogêneos/idênticos ou diferenciados);3)  se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.

- CONCORRÊNCIA PURA OU PERFEITA

•  Número muito grande de empresas;•  Produtos homogêneos;•  Não existem barreiras à entrada de novas empresas no mercado;•  Transparência de mercado;•  No longo prazo os lucros extraordinários desaparecem.

Não há um mercado de concorrência perfeita no mundo real, sendo talvezo mercado de hortifrutigranjeiros o exemplo mais próximo.

- MONOPÓLIO•  Uma única empresa domina todo o mercado;•  Produto sem substitutos próximos;

•  Existem barreiras à entrada de novas firmas (proteção de patentes, controle sobre ofornecimento de matérias-primas básicas, exige elevado nível de capital, existência demonopólio puro ou natural);

•  No longo prazo permanecem os lucros extraordinários.

- OLIGOPÓLIO •  Pequeno número de empresas que dominam o setor

ouGrande número de empresas mas com poucas dominando o setor

•  Produto homogêneo ou diferenciado•  Existem barreiras à entrada de novas firmas•  No longo prazo permanecem os lucros extraordinários.

Formas de atuação das empresas oligopolistas:  Concorrem entre si, via guerra de preços ou de promoções.  Formam cartéis (conluios, trustes) fixando preços e repartição do mercado

entre empresas.-  Todas as empresas têm a mesma participação de mercado

ou-  Existem “empresas líderes”

- CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA (ou Concorrência Imperfeita) •  Grande número de empresas;•  Cada empresa fabrica um produto diferenciado, mas com substitutos próximos;A  diferenciação do produto se dá via qualidade, marca, embalagem, atendimento, garantia extra etc.•  Cada empresa tem certo poder sobre preços;•  Não existem barreiras à entrada de novas firmas;•  No longo prazo os lucros extraordinários desaparecem.

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 A concorrência monopolista é um tipo de mercado mais realista que o de

concorrência perfeita que supõe produtos completamente homogêneos, sem diferenciação.

- GRAU DE CONCENTRAÇÃO ECONÔMICAProporção do valor do faturamento das quatro maiores empresas de cada ramo de atividade sobre ototal faturado no ramo respectivo.

O Índice varia de 0% a 100%quanto mais próximo de 100% → mercado tem alto grau de concentraçãoquanto mais próximo de 0% → mercado tem baixo grau de concentração

Grau de Concentração na Indústria e Comércio por Setores – Brasil(1988 – quatro maiores grupos econômicos)

INDÚSTRIAFaturamento

total do setor(R$ bilhões)

Faturamento

das 4 maioresempresas (R$bilhões) 

Número de

gruposconsiderados

Grau de

concentração(%)

Grau de

concentraçãomédia do setor(%) 

AlimentosAçúcar e álcoolMoinhosFrigoríficosConservas

1.511385945121

77122750190

4444

51595374

54

Bebidas e fumoSucos e concentradosCervejaCigarros e fumo

259282226

202243206

42*3*

788691

85

EletroeletrônicoEletrodomésticosEq. p/ construçãoCondutores elétric.Computadores

1.116490310664

670353251426

4442*

60728164

66

Têxtil Fiação e tecelagemConfecções 

1.484737

297339

2*2*

2046

29

COMÉRCIOVarejoSupermercados 1.867 1.027 4 55

55

 Distrib. de gás 239 158 4 66 66Distrib. de deriv depetróleo

3.908 3.087 4 79 79

* O grupo que segue é inexpressivo

- CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico) •  Objetivo: evitar abusos econômicos por parte das empresas.

(analisando, por exemplo, fusões de empresas)•  Ligado ao Ministério da Justiça.

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C A P ÍT U L O 8  C A P ÍT U L O 8  C A P ÍT U L O 8  C A P ÍT U L O 8  IN T R O D U Ç Ã O À M A C R O E C O N O M I A  IN T R O D U Ç Ã O À M A C R O E C O N O M I A  IN T R O D U Ç Ã O À M A C R O E C O N O M I A  IN T R O D U Ç Ã O À M A C R O E C O N O M I A   

POLÍTICA MACROECONÔMICAA política macroeconômica é formada por um conjunto de medidas tomadas pelo governo de um país

com o objetivo de atuar e influir nos rumos da economia no seu conjunto.

METAS/OBJETIVOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA

• Alto nível de emprego

• Estabilidade de preços (inflação)

• Distribuição socialmente justa da renda (eqüitativa)

• Crescimento econômico (diz respeito à elevação da renda ou produto per capita1 do país)

(observação: desenvolvimento econômico = melhoria do padrão de vida da população)

SITUAÇÃO DO BRASIL 

•   EMPREGO

TAXA DE DESEMPREGO TOTAL (em %)ANO PED

na Região Metropolitana de SP(SEADE/DIEESE)*

PME(IBGE**)

ABERTO OCULTO TOTALTrabalhoPrecário

Desalento

1990 7,4 2,0 0,9 10,3 4,31995 9,0 3,3 0,9 13,2 4,52000 11,0 4,6 2,0 17,7 7,12001 11,3 4,6 1,7 17,6 6,22002 12,1 4,9 2,0 19,0 7,12003 12,8 5,1 2,1 19,9 12,32 2004 11,6 5,1 1,9 18,7 11,5

2005 10,5 4,8 1,5 16,9 9,82006 15,8 10,02007 14,8 9,32008 13,9 7,82009 12,5 8,1

Fonte: SEADE, DIEESE, IBGE. (alguns valores foram arredondados por essas instituições)* PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego); SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados)DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos)** PME (Pesquisa Mensal de Emprego); IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

1A renda ou produto   per capita do país é obtido a partir da divisão da produção total do país (PIB) pelo seu

número de habitantes.  Lembre-se que, apesar da renda ou produto   per capita ser um melhor indicador decrescimento econômico, o PIB costuma ser mais utilizado.

2 Até 2002, eram computadas as pessoas que haviam procurado trabalho na semana anterior à entrevista. A partirde 2003, as pessoas que procuraram trabalho nos últimos 30 dias antes da entrevista.

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 Diferenças básicas de metodologia entre o PED e PME

Local de Pesquisa Quem é Considerado Desempregado?

PMESP, RJ, Recife, Salvador,BH, Porto Alegre

Desemprego Aberto: quem procurou emprego nos 30 diasanteriores à pesquisa e não exerceu nenhum tipo de trabalho-

remunerado ou não-nos últimos sete dias.PED

Região Metropolitana deSP (atualmente também nasRegiões Metropolitanas dePorto Alegre, Recife,Salvador e BH)

Desemprego Aberto + Desemprego Oculto pelo Trabalho Precário: pessoas querealizaram algum tipo de atividade nos 30 dias anteriores àpesquisa e buscaram emprego nos últimos 12 meses. + Desemprego Oculto pelo Desalento: quem não trabalhou nemprocurou trabalho nos últimos 30 dias, mas tentou nos últimos 12meses.

•   ESTABILIDADE DE PREÇOSINFLAÇÃO (IPCA/IBGE)3 

ANO INFLAÇÃO

em % (no ano)

ANO INFLAÇÃO

em % (no ano)1990 2.863,90 2000 6,221991 429,76 2001 7,491992 980,80 2002 10,21993 1.936,32 2003 10,31994 2.111,61 2004 6,131995 65,96 2005 5,691996 15,52 2006 3,141997 5,99 2007 4,461998 3,78 2008 5,901999 4,85 2009 4,31

Fonte: IBGE. 

•   DISTRIBUIÇÃO DE RENDA o  PARTICIPAÇÃO DOS 10% MAIS POBRES E DOS 10% MAIS RICOS NO

TOTAL DA RENDA NACIONAL NO BRASIL (em %) - 200310% MAISPOBRES

10% MAISRICOS

0,7 46,9Fonte: Banco Mundial.

o  ÍNDICE DE GINIA distribuição de renda de um país pode ser avaliada a partir de um índice denominado Índice de GiniO Índice de Gini varia de 0 a 1:

- quanto mais próximo de 1: pior a distribuição de renda 1 significaria que apenas um indivíduo teria toda a renda de uma sociedade.

- quanto mais próximo de 0: melhor a distribuição de renda Zero significaria que todos os indivíduos teriam a mesma renda. 

3 O IPCA é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo medido pelo IBGE. Esse é o índice oficial de inflaçãoutilizado pelo governo brasileiro.

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 RANKING –ÍNDICE DE GINI - 2004

POSIÇÃO PAÍS ÍNDICE DE GINI1º Namíbia 0,712º Haiti 0,683º Botswana 0,63

4º Lesoto 0,615º Rep. Centro-Africana 0,586º África do Sul 0,587º Bolívia 0,588º Guatemala 0,589º Zimbábue 0,57

10º BRASIL 0,56Fonte: Banco Mundial.

- Serra Leoa que já liderou esse ranking não foi incluído no relatório do BIRD.- Nos casos de países com mesmo Índice de Gini, foi seguida a ordem

alfabética.

* Segundo o Índice de Gini, o país saiu do 2º lugar (1989) para o 10º (2004)

EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE GINI - BRASILANO GOVERNO ÍNDICE DE GINI1981 Regime Militar 0,5741985 0,5891986 Sarney 0,5781989 0,625  PIOR

 MARCA 

1990 Collor 0,6041992 0,5731995 FHC 0,5911998 0,5912002 0,5802004 Lula 0,564Fonte: Banco Mundial.

LINHA DE POBREZA

Fonte: Banco Mundial. 

PAÍS ANO % DA POPULAÇÃO ABAIXO

DA LINHA DE POBREZA DEUS$ 1,00 POR DIA, PORPESSOA

% DA POPULAÇÃO ABAIXO

DA LINHA DE POBREZA DEUS$ 2,00 POR DIA, PORPESSOA

Índia 1992 52,5 (496 milhões) 88,8 (839 milhões)Indonésia 1995 11,8 (25 milhões) 58,7 (116 milhões)Brasil 1995 23,6 (38 milhões) 43,5 (70 milhões)México 1992 14,9 (14 milhões) 40,0 (37 milhões)Chile 1992 15,0 (2 milhões) 38,5 (5 milhões)Ruanda 1985 45,7 (3 milhões) 88,7 (6 milhões)

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 o  MAPA DA RIQUEZA E POBREZA NA CAPITAL DE SP 

•  CRESCIMENTO ECONÔMICO- (em % do PIB real)

ANOTAXA DE

CRESCIMENTO DO PIBREAL

2000 4,32001 1,32002 2,7

2003 1,12004 5,72005 2,92006 3,72007 5,42008 5,1

2009 -0,2Fonte: OCDE, FMI.

INTER-RELAÇÕES E CONFLITOS ENTRE AS METAS

• Elevado nível de empregoX

Estabilidade de preços

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 • Distribuição socialmente justa da renda

XCrescimento econômico

INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA

•   Política Fiscal  Instrumentos que o governo dispõe para a arrecadação de tributos (política tributária) e o controle de

suas despesas (política de gastos). 

•  Política Monetária Atuação do governo (Banco Central) sobre a quantidade de moeda em circulação.

•  Políticas Cambial e Comercial  Atuação do governo sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia.

- Política Cambial: Atuação do governo sobre a taxa de câmbio.

- Política Comercial: Instrumentos governamentais de incentivos às exportaçõese/ou estímulo e desestímulo às importações 

•  Política de Rendas Intervenção direta do governo na formação de renda (salários e aluguéis), através do controle e

congelamentos de preços.

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C A P Í T U L O 9  C A P Í T U L O 9  C A P Í T U L O 9  C A P Í T U L O 9  C O N T A B I L I  C O N T A B I L I  C O N T A B I L I  C O N T A B I L I D A D E S O C I A L  D A D E S O C I A L  D A D E S O C I A L  D A D E S O C I A L   

CONTABILIDADE SOCIAL 

 

É o registro contábil da atividade produtiva de um país ao longo de um determinado período de tempo.

IDENTIDADE BÁSICA DAS CONTAS NACIONAIS 

 PN=DN=RN 

Ótica da Produção → PN (Produto Nacional)Ótica da Despesa→ DN (Despesa Nacional)Ótica da Renda→ RN (Renda Nacional)

PRODUTO NACIONAL (PN)4

 O Produto Nacional  é o valor de todos os bens e serviços finais, medidos a preços de mercado,produzidos em dado período de tempo

PN = ∑ pi .qi

p = preço unitário dos bens e serviços finais;q = quantidades produzidas dos bens e serviços 

Exemplo:

Bens e Serviços Preço (p) Quantidade (q) Preço x Quantidade

Sacas de café 200,00 15 3.000,00Fogões 400,00 20 8.000,00Bilhetes de metrô 2,10 50 105,00Consultas médicas 100,00 5 500,00Produto Nacional ( ∑ ) R$ 11.605,00

DESPESA NACIONAL (DN) A Despesa Nacional é o gasto dos agentes econômicos com o produto nacional no período.

Famílias (consumo)

Produto Nacional Empresas (investimentos)

Governo (gastos públicos)

Setor Externo (exportações e importações)5 

DN = C + I + G + (X - M) 

C= consumo das famílias; I= investimento das empresas; G= gastos do governo; X= exportações; M=importações; (X-M)= despesas líquidas do setor externo.

4 Veremos adiante que é o que denominamos de PIB.5 Exportação é quando o país vende mercadorias para outros países. Importação é quando o país compramercadorias de outros países.

 PN = ∑ pi .qi = p sacas de café .q sacas + p fogões .q fogões+ ... + p bilhetes  de metrô.q bilhetes + p consultas médicas .q consultas 

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RENDA NACIONAL (RN) A Renda Nacional é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no período.

Trabalhadores (salários)

Renda Nacional Detentores do capital monetário (juros)

Proprietários das instalações (aluguéis)

Empresários (lucros)

 RN = w + j + a + l 

w= salários; j= juros; a= aluguéis; l= lucros.

EXEMPLO DE UMA ECONOMIA DE DOIS SETORES: FAMÍLIAS E EMPRESAS  Empresa A (Produção de trigo em $) 

Despesas 1  ReceitasSalários 80Juro 30Aluguéis 20Lucros 10

Vendas de trigo para a empresa B 140

Total 140 Total 140Empresa B (Produção de farinha de trigo em $) Despesas 2  Receitas

Compra de trigo da empresa A 140

Salários 50Juro 10Aluguéis 15Lucros 30 105

Vendas de farinha de trigo para a empresa C 245

Total 245 Total 245Empresa C (Produção de pães em $) 

Despesas 3  ReceitasCompra de farinha de Trigo da empresa B 245

Salários 60Juro 20Aluguéis 30Lucros 35 145

Vendas de pães para os consumidores finais 390

Total 390 Total 390

 PN = DN = RN = 390  

 VALOR ADICIONADO 

 

É o valor que se adiciona ao produto em cada estágio de produção.

Valor Adicionado = Faturamento - Custos dos bens intermediários

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EXEMPLO DE VALOR ADICIONADO 

Estágio de Produção Vendas no Período Custo dos BensIntermediários

ValorAdicionado

Produção de Trigo 140 0 140Produção de Farinha 245 140 105Produção de Pão 390 245 145Total 390

Esses R$ 390,00, que é o valor do bem final (pão), é o que o IBGE conta para o cálculo do PIB.

POUPANÇA AGREGADA (S) - É

 

a parcela da Renda Nacional (RN) que não é consumida (C) no período:

S = RN - C

INVESTIMENTO AGREGADO (I) 

É o gasto em bens que representam um aumento na capacidade produtiva da economia (bens decapital)

É o gasto em bens para uso futuro (estoques)

I = Ibk + ∆E 

Ibk = investimentos em bens de capital (máquinas, equipamentos e imóveis)∆E = variação de estoques (produtos acabados e intermediários) 

* O investimento agregado é o investimento no sentido econômico. Esse conceito é diferente do

investimento financeiro/pessoal que não representa aumento da capacidade de produção.

PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) E PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) 

 Produto Interno Bruto (PIB): é a renda gerada pela produção de bens e serviços finais dentro doslimites territoriais do país.

 Produto Nacional Bruto (PNB): é a renda que pertence efetivamente aos nacionais. 

Exemplo: A Nintendo é uma empresa japonesa. Se ela instalar uma fábrica na China, o valor de toda aprodução dessa fábrica, será contabilizada no PIB da China, pois foi produzida dentro dos limitesterritoriais chineses. No entanto, a parcela dos lucros obtida na China pela Nintendo será contabilizadano PNB japonês, pois essa renda pertence efetivamente ao Japão.

PIB Nominal e PIB Real 

 PIB nominal : é o PIB medido a preços correntes, do próprio ano (sem descontar a  inflação no período) 

PIB 2000 = ∑ p2000 .q2000 PIB 2001 = ∑ p2001 .q2001

 PIB real : é o PIB medido a preços constantes de um dado ano qualquer, chamado ano-base. 

Os preços ficam fixados nesse ano, como se a inflação a partir de então fosse zero. Dessamaneira, podemos medir o crescimento real, da produção física (quantidade produzida),

livre do efeito da inflação.

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PIB 2000 = ∑ p2000 .q2000 (ano 2000 é o ano-base no exemplo)PIB 2001 = ∑ p2000 .q2001

 

 Exemplo: Suponha um pequeno país que produza apenas bananas. Nesse caso, para calcularmos o PIBdesse país, basta multiplicar o preço de cada dúzia da banana pela quantidade produzida,respectivamente, em cada ano. 

ANO Preço (p) Quantidade(q) em dúzias

PIB =Preço x Quantidade

2000 2,00 200 400,002001 4,00 200 800,00

O valor do PIB em 2001 é maior que em 2000. Podemos afirmar realmente que o país cresceu, ouseja, aumentou sua produção de bananas de um ano para outro? Não, porque a tabela acima mostra oPIB nominal, no qual não é descontada a inflação. Analisando a tabela, verificamos que o país nãocresceu nada, pois, apesar do valor do PIB ter aumentado, isso ocorreu em função da inflação (preçoda banana ter dobrado de R$ 2,00 para R$ 4,00) já que a quantidade produzida se manteve em 200dúzias. Assim, se calcularmos o PIB real, descontando a inflação, veremos que o PIB não se alterou.

CÁLCULO DO PIB REALPara transformar o PIB nominal em real é necessário deflacioná-lo, ou seja, extrair o crescimento dainflação no período. Para isso, utilizamos um índice geral de preços que represente esse crescimentoda inflação. Podemos fazer isso também com salários, faturamentos das empresas entre outros.

PIB real = PIB nominal x 100

Índice geral de preços

Exemplo:

Ano PIB Nominalem bilhões de R$

Índice de Preços PIB Real(ano-base 2000)

em bilhões de R$2000 800 100 8002001 880 110 800

PIB real 2001 = PIB nominal 2001 x 100Índice geral de preços 2001

PIB real 2001 = 880 x 100110

PIB real 2001 = 800 bilhões 

 Apesar do PIB nominal ter aumentando entre os dois anos, quando calculamos o PIB real (livrando-odo efeito da inflação), verificamos que o crescimento real (quantidade produzida) foi zero.

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EXEMPLO: SALÁRIO REAL E NOMINAL

Meses (1)Salário Nominal

(R$)

(2)Índice de Preços

(3)Salário Real

(R$)Janeiro 2005 500 100 500,0Janeiro 2006 508 102 498,0

Enquanto o salário nominal mostra a quantidade de dinheiro recebida, o salário realmede o poder aquisitivo, ou seja, a quantidade de bens e serviços que se pode adquirir.

Salário real 2006 = Salário nominal 2006 x 100Índice geral de preços 2006

Salário real 2006 = 508 x 100102

Salário real 2006 = 498,00

No exemplo acima, a quantidade de dinheiro recebida aumentou em 1,6% passando de R$

500,00 para R$ 508,00 (salário nominal). No entanto a taxa de inflação no período foi de 2%(índice de preços passou de 100 para 102). Portanto, o salário real passou de R$ 500,00 paraR$ 498,00, o que significa que, apesar de estar recebendo maior quantidade de dinheiro,houve uma redução do poder de compra do salário.

Salários- Presidentes dos EUA (fonte: Mankiw, 2002, p. 252)  Salário (nominal) do presidente norte-americano em 1931 = US$ 75 mil  Salário (nominal) do presidente norte-americano em 1995 = US$ 200 mil

  Se descontarmos a inflação no período, os US$ 75 mil são equivalentes a US$819.079,00 (em dólares de 1995)

RANKING – PIB real - EM 2008 

 

Posição  País  PIB real em trilhõesUS$ 

1º EUA 13,843

2º China 6,991

3º Japão 4,289

4º Índia 2,988

 

5º Alemanha 2,8096º Reino Unido 2,137

7º Rússia 2,087

8º França 2,046

9º  BRASIL  1,835 

10º Itália 1,786

MUNDIAL 64,903

UNIÃO EUROPÉIA 14,712Fonte: Folha de São Paulo. 

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R ANKING – PIB per capita real – em 2008

PIB per capita = PIB total/nº de habitantes

Posição  País  PIB real per capitaem mil US$ 

1

 

º Cátar 80,870

2º Luxemburgo 80,457

3º Malta 53,359

4º Noruega 53,037

5º Brunei 51,005

6º Singapura 49,714

7º Chipre 46,856

8º EUA 45,845

9º Irlanda 43,144

10º Suiça 41,128

23º Alemanha 34,181

24º Japão 33,077

78º  BRASIL  9,695

99º China 5,292

Fonte: Folha de São Paulo. 

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MAIORES BILHETERIAS DE TODOS OS TEMPOS NOS EUA

Título  Ano de Lançamento  Bilheteria (em milhões deUS$ de 1999) 

 

1. ...E o vento levou 1939 859

2.Guerra nas estrelas 1977 629

 

3.A noviça rebelde 1965 568

4.Titanic 1997 601

 

5.ET 1982 552

6.Os dez mandamentos 1956 570

7.Tubarão 1975 557

 

8. Doutor Jivago 1965 540

9.Mowgli, o menino lobo 1967 483

10.Branca de Neve 1937 474Fonte: Mankiw, 2002, p. 124.

PIB COMO MEDIDA DE BEM ESTAR  

O PIB não leva em consideração:- A economia informal- Os custos sociais do crescimento econômico (poluição, congestionamentos, degradação do meioambiente)- As diferenças na distribuição de renda 

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  CAPÍ TU L O 13  CAPÍ TU L O 13  CAPÍ TU L O 13  CAPÍ TU L O 13  I N F L A Ç Ã O  I N F L A Ç Ã O  I N F L A Ç Ã O  I N F L A Ç Ã O   

CONCEITO DE INFLAÇÃOÉ o aumento persistente e generalizado no nível geral de preços.Deflação é o processo inverso, ou seja, é a redução persistente e generalizada

no nível geral de preços.

INFLAÇÃO (exemplo para fins didáticos)

EXEMPLOSItens Variação

de preçosno período(de 30 dias)

Participação no orçamento dasfamílias com renda mensal de 1a 3 salários mínimos

Participação no orçamento dasfamílias com renda mensal de 1a 40 salários mínimos

Alimentação  40% 34% 15%

Habitação 30% 32% 15%Transporte  50% 16% 8%DespesasPessoais 

-40% 7% 12%

Vestuário -30% 3% 10%Saúde 25% 5% 20%Educação  20% 3% 20%Média Ponderada(variação de preçosmultiplicada pela participaçãono orçamento de cada item)

0,4x0,34+0,3x0,32+0,5x0,16 –0,4x0,07 -0,3x0,03+0,25x0,05+0,2x0,03 = 0,136++0,096+0,08-0,028- 0,009+0,0125+0,006=

0,2935

0,4x0,15+0,3x0,15+0,5x0,08 –0,4x0,12-0,3x0,10+0,25x0,20+0,2x0,20 = 0,06+0,045+0,04-0,048-0,03+0,05+0,04=

0,1570

29,35%  15,70% 

DISTORÇÕES PROVOCADAS POR ALTAS TAXAS DE INFLAÇÃO•  Efeito sobre a distribuição de renda: com inflação, os assalariados ficam com seus orçamentos

reduzidos. Dentro dessa categoria, os que mais sofrem são aquelas famílias com baixo nível derenda que não têm como se defender da inflação. Na verdade, são elas, principalmente, que pagamo chamado imposto inflacionário.

•  Efeito sobre as exportações: a inflação encarece o produto nacional, reduzindo as exportações.Exemplo:

Taxa 

de 

Câm 

bio 

Preço do bem em reais Preço do bem em dólares

US$ 1,00 = R$ 3,00 R$ 300 mil US$ 100 milUS$ 1,00 = R$ 3,00 R$ 360 mil US$ 120 mil

•  formação de expectativas: o setor empresarial é bastante sensível à influência da inflação no quediz respeito às expectativas sobre o futuro, dada a instabilidade e a imprevisibilidade de seuslucros. O empresário permanecerá em compasso de espera, dificilmente tomará iniciativas para

aumentar os investimentos.Ou seja:

 Inflação → incerteza → redução dos investimentos → redução do crescimento econômico

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PRINCIPAIS ÍNDICES DE PREÇOS NO BRASIL ÍNDICE/ENTIDADE PERÍODO DE

COLETA DEPREÇOS

LOCAL DEPESQUISA

ORÇAMENTOFAMILIAR

EMSALÁRIOSMÍNIMOS

(s.m.)

UTILIZAÇÃO

IPCA/IBGE Mês Completo 11 Regiões 1 a 40 s.m. GenéricoINPC/IBGE Mês Completo 11 Regiões 1 a 8 s.m. GenéricoIGP/FGV Mês Completo RJ/SP e 10 Regiões 1 a 33 s.m.(inclui

preços por atacado econstrução civil)

Contratos

IGP-M/FGV* Dias 21 a 20 RJ/SP e 10 Regiões 1 a 33 s.m.(incluipreços por atacado econstrução civil)

Contratos

IGP-10/FGV Dias 11 a 10 RJ/SP e 10 Regiões 1 a 33 s.m.(inclui

preços por atacado econstrução civil)

Tendência do IGP

IPC/FIPE** Mês Completo Município de SP 1 a 20 s.m. ImpostosEstaduais eMunicipais (SP)

ICV/DIEESE*** Mês Completo RegiãoMetropolitana deSP

1 a 30 s.m. Referência paraAcordos Salariais

ÍNDICES:IPCA: Índice de Preços ao ConsumidorAmplo INPC: Índice Nacional de Preços aoConsumidor 

 IGP: Índice Geral de Preços IGP-M:  Índice Geral de Preços de Mercado IPC :Índice de Preços ao Consumidor ICV :Índice de Custo de Vida

INSTITUIÇÕES:IBGE: Instituto Brasileiro deGeografia e EstatísticaFGV: Fundação Getúlio VargasFIPE: Fundação Instituto de PesquisasEconômicasDIEESE: Departamento Intersindicalde Estatística e EstudosSocioeconômicos

NOTAS:* Divulga prévias de 10 em 10 dias** Divulga taxas quadrissemanais*** Pesquisa também para famíliascom renda de 1 a 3 s.m. e de 1 a 5s.m.

TIPOS DE INFLAÇÃO

•  Inflação de Demanda: refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produçãodisponível de bens e serviços. A probabilidade de ocorrer inflação de demanda aumenta quando aeconomia está produzindo próximo do pleno emprego de recursos.Ou seja:

Pouca demanda → Pouca produção (capacidade ociosa de 10%)Aumento da demanda → Aumento da produção (capacidade ociosa de5 %)Aumento de demanda → Aumento da produção (capacidade ociosa de 2%)Aumento de demanda → Pleno emprego (capacidade ociosa = 0%)Aumento de demanda → Inflação

A inflação de demanda está geralmente associada ao desequilíbrio das contas públicas, exemplo:

déficit fiscal (G >  T ) → emissões → aumento de demanda → inflação

G= gastos do governo; T= arrecadação de tributos

Para combater um processo de inflação de demanda, a política econômica devebasear-se em instrumentos que provoquem uma redução da demanda agregada.

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•  Inflação de custos

A inflação de custos pode ser associada a uma inflação tipicamente de oferta. O nível de demandapermanece o mesmo, mas os custos de certos fatores de produção aumentam.

As causas mais comuns dos aumentos dos custos de produção são:a)  aumentos salariais (superiores aos aumentos de produtividade);b)  aumento do custo de matérias-primas (também chamado de “choque de oferta”, exemplo:

crises do petróleo, quebra de safra agrícola);c) presença de oligopólios e monopólios. 

 METAS DE INFLAÇÃO Desde 1999, o Banco Central trabalha com uma meta de inflação (IPCA) a ser alcançada no ano, comuma margem de tolerância de 2% acima ou abaixo do centro da meta. Nesse caso, o Copom (Comitê

de Política Monetária) do Banco Central, a cada 45 dias, se reúne e, de acordo com os níveis deinflação, altera ou não a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) buscando atingir ameta.

.

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C A P ÍT U L O 1 1C A P ÍT U L O 1 1CAPÍ TU L O 11C A P ÍT U L O 1 1

D E T E R M IN A Ç Ã O D A R E N D A E D O P R O D U T O  D E T E R M I N A ÇÃ O D A R E N D A E D O P R O D U T O  D E T E R M IN A Ç Ã O D A R E N D A E D O P R O D U T O  D E T E R M I N A ÇÃ O D A R E N D A E D O P R O D U T O  N A C I O N A L : O L A D O M O N E T Á R I O  N A C IO N A L : O L A D O M O N E T Á R I O  N A C I O N A L : O L A D O M O N E T Á R I O  N A C IO N A L : O L A D O M O N E T Á R I O   CONCEITO DE MOEDA 

 Moeda é um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para intermediar as transaçõeseconômicas.

 A moeda tem “curso forçado”(sua aceitação é garantida por lei)

EVOLUÇÃO DA MOEDA 

• Era da troca de mercadoria (escambo)

• Era da moeda mercadoria

• Era da moeda metálica

• Era da moeda papel

• Era do papel-moeda conversível em ouro (padrão-ouro)

• Era da moeda fiduciária (fidúcia = confiança)

FUNÇÕES DA MOEDA 

• Meio ou instrumento de troca

• Denominador comum monetário(unidade de medida)

• Reserva de valor

CONCEITO DE OFERTA DE MOEDA 

A oferta de moeda é sinônimo de meios de pagamento, que é o total de moeda à disposição do setorprivado não-bancário, de liquidez6 imediata.

M = PP + DV

M = meios de pagamento7 PP = moeda em poder do públicoDV = depósitos à vista (dinheiro em conta corrente)

6 Liquidez é a capacidade que um ativo tem de ser prontamente disponível e aceito para as mais diversastransações.7 Além desses meios de pagamentos (também chamados de M1), temos as quase-moedas (ativos de alta liquidez– embora não tão imediata – e que rendem juros, como os títulos públicos, as cadernetas de poupança etc).

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OFERTA DE MOEDA A moeda pode ser ofertada pelas autoridades monetárias (Banco Central) e pelos bancoscomerciais (têm correntistas).. 

OFERTA DE MOEDA PELOS BANCOS COMERCIAISOs bancos comerciais podem aumentar a oferta monetária através da multiplicação dos depósitos àvista.

EXEMPLO DE MULTIPLICADOR MONETÁRIO8 

•Suponhamos que:a) a emissão primária de moeda pelo Banco Central seja de $ 100.000, sendo essa quantia entregue aopúblico;b) as pessoas depositarão todo o dinheiro nos bancos comerciais (por simplificação, estamos supondo

que não há moeda em poder do público);c) os bancos precisam manter em reservas, 40% dos depósitos;d) os bancos irão reter apenas o necessário para cobrir as reservas e emprestarão os recursosremanescentes.

Banco Depósitos à vista Reserva dos bancos comerciais(40% dos depósitos à vista)

Empréstimos

A 100.000 40.000 60.000B 60.000 24.000 36.000C 36.000 14.400 21.600D 21.000 8.640 12.960E 12.960 5.184 7.776

Demais bancos 19.440 7.776 11.664Total 250.000 100.000 150.000

oferta inicial(moeda manual)

$ 100.000

oferta total(depósitos à vista)

$ 250.000

De um total inicial de $ 100.000,00, os bancos multiplicaram a quantidade de moeda em 2,5 vezes 

OFERTA DE MOEDA PELO BANCO CENTRAL O Banco Central oferta moeda através dos instrumentos de política monetária (emissões, depósitos

compulsórios, open market , redesconto, determinação da taxa básica de juros - taxa Selic – eregulamentação da moeda e do crédito)

8  Esse multiplicador monetário não leva em consideração o efeito da retenção da moeda em poder

do público. Quanto mais o público (pessoas físicas e empresas não-financeiras) retém moeda, menosdeposita nos bancos, menor a multiplicação monetária. Nesse sentido, o que se utiliza é omultiplicador da base monetária, que é a soma da moeda em poder do público e das reservasbancárias (compulsórias, técnicas e voluntárias) – excluindo apenas a moeda que permaneceu noBacen.

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 POLÍTICA MONETÁRIA Decisões de governo que referem ao controle da quantidade de dinheiro em circulação. A política

monetária pode ser restritiva ou expansiva.-  política monetária restritiva: conjunto de medidas que tende a reduzir o crescimento da

quantidade de dinheiro e a encarecer os empréstimos.É utilizada com o objetivo de controlar a inflação.

-  política monetária expansiva: conjunto de medidas que tende a acelerar o crescimento daquantidade de dinheiro e a baratear os empréstimos.

É utilizada com o objetivo de aumentar a produção e o emprego.

INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA 

•  Emissões (criação de dinheiro);•  Reservas compulsórias9 (percentual sobre os depósitos à vista e a prazo que os bancos

comerciais são obrigados a depositar no Bacen);•  Open market (compra e venda de títulos10 públicos)

•  Redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais);•  Determinação da taxa básica de juros (taxa Selic11).•  Regulamentação da moeda e do crédito

FUNÇÕES DO BANCO CENTRAL 

• Banco emissor;• Banco dos bancos;• Controle e regulamentação da oferta de moeda;• Controle dos capitais estrangeiros e das operações com moeda estrangeira;• Fiscalização das instituições financeiras.

O PAPEL DA TAXA DE JUROSo   PARA AS EMPRESAS: Afeta as decisões quanto à compra de máquinas, equipamentos, aumentos ou diminuições deestoques, de matérias-primas ou de bens finais e de montantes de capital de giro.

São afetados não só pelos níveis atuais de juros, quanto pelas expectativas dos níveis futuros de taxasde juros. Se, por exemplo, as expectativas quanto à trajetória da taxa de juros for pessimista:

•  Deverão manter níveis baixos de estoques e mesmo de capital de giro, uma vez que ocusto de manutenção desses ativos poderá ser extremamente oneroso no futuro.

•  Inviabilizará muitos projetos de investimentos em bens de capitais e os empresáriosoptarão por aplicar seus recursos no mercado financeiro. 

o   PARA OS CONSUMIDORES:  Afeta as decisões de compra dos consumidores.Se, por exemplo, as taxas de juros aumentam:

•  Inibe o consumo, particularmente de bens de consumo duráveis, pois aumentam oscustos do financiamento e estimulam a preferência por aplicações financeiras emdetrimento do consumo, com o objetivo de obter receitas financeiras. 

o   PARA OS MERCADOS FINANCEIROS INTERNACIONAIS: Se, por exemplo, tudo o mais constante, a taxa de juros no Brasil se tornar relativamentemais elevada do que a taxa praticada nos EUA, haverá maior demanda por crédito externocomparativamente à situação anterior.

9 Além dessas reservas compulsórias, os bancos mantém as reservas técnicas e as reservas voluntárias.10 Título é um certificado de endividamento que especifica as obrigações do tomador do empréstimo para com odetentor do título (tem uma data de vencimento e a taxa de juros a ser paga).11 SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).

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TAXA SELIC 

Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) foi criado, em 1979, pelo Banco Central e pela Andima

(Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com o objetivo de tornar mais transparente e segura anegociação de títulos públicos.O Selic é um sistema eletrônico que permite a atualização diária das posições das instituições financeiras,assegurando maior controle sobre as reservas bancárias.Hoje, Selic identifica também a taxa de juros que reflete a média de remuneração dos títulos federais negociadoscom os bancos.

Juro básicoA Selic é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influencia sobreos juros de toda a economia.No dia 4 de março de 1999, o Banco Central extinguiu o sistema de bandas de juros, criado em 1996. O governopassou a usar apenas uma taxa para sinalizar os juros de toda a economia. Criou então a chamada taxa referencialSelic.

A Selic é uma espécie de teto para os juros pagos pelos bancos nos depósitos a prazo. A partir dela, os bancostambém definem quanto cobram em empréstimos a empresas e pessoas físicas.A meta da taxa Selic é definida em reuniões, a cada 45 dias, do Copom (Comitê de Política Monetária), umcolegiado formado por diretores do BC (com direito a voto), assessores e chefes de departamento da instituição.Na década de 70, a custódia dos títulos públicos no Brasil ainda era feita por processo manual, o que incluíadesde o arquivamento por instituição até a movimentação física nos cofres dos bancos, com grande risco defraude e de extravio dos papéis.Com o Selic, títulos e cheques foram substituídos por simples registros eletrônicos, gerando ganhos emeficiência e agilidade, já que as operações são fechadas no mesmo dia em que se realizam.Além disso, o sistema passou a garantir que, em caso de inadimplência de qualquer das partes, a operação não seconcretiza. Hoje, esse sistema movimenta diariamente mais de R$ 100 bilhões.

•  Viés de baixa – Bacen pode reduzir a taxa Selic antes mesmo de ocorrer a próxima reunião doCopom (Comitê de Política Monetária)

•  Viés de alta – Bacen pode aumentar a taxa Selic antes mesmo de ocorrer a próxima reunião doCopom (Comitê de Política Monetária)

•  Sem Viés – Bacen não alterará a taxa Selic antes da próxima reunião do Copom (Comitê dePolítica Monetária)

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- COMO UMA QUEDA NA TAXA DE JUROS (SELIC) PODE AFETAR O DIA-A-DIA (o contrário valepara um aumento na taxa)

CORTE NA SELICQuando vê que as condições macroeconômicas – principalmente de controle da inflação – são favoráveis a isso,

o Copom determina corte na taxa de juros.

OTIMISMONa maioria das vezes, essa atitude leva otimismo a vários setores econômicos que se sentem estimulados ainvestir.

JUROS MENORES

Como a taxa Selic baliza as operações bancárias, um corte nela tende a reduzir as taxas que os bancos efinanceiras cobram para emprestar dinheiro.

CREDIÁRIO ACESSÍVELO crediário fica mais acessível, estimulando o consumo. Assim, o consumidor pode parcelar compras maiorespagando menos por isso.

MAIS VENDASO aumento do consumo via crediário melhora a situação das indústrias e das lojas, que vendem mais.

MAIS INVESTIMENTOAo vender mais, as indústrias precisam investir. E ainda o investimento sai mais barato com os juros maisbaixos.

MENOS EMPREGOMelhora nas vendas pode levar as indústrias e as lojas a contratar novos funcionários para atender a demandacrescente.

MAIS CONSUMO

Em havendo novas contratações, o consumo em geral tende a aumentar, pois pessoas que antes estavamdesempregadas voltam a gastar, melhorando ainda mais as vendas.

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Conjunto de intermediários financeiros (instituições financeiras) que são responsáveis por transferir recursos de

poupadores (agentes superavitários) para tomadores de empréstimos (agentes deficitários).

Subsistema Normativo:

-  Conselho Monetário Nacional (CMN)-  É formado pelo Presidente da República, Ministros e presidentes de estatais-  Formula a política monetária e cambial

-  Banco Central (Bacen)-  Executa a política monetária e cambial-  Fiscaliza as instituições financeiras

-  Comissão de Valores Mobiliários (CVM)-  Fiscaliza o mercado de capitais

•  Subsistema Operativo (principais intermediários financeiros)

-  Bancos Comerciais: concentra-se em operações de curto e médio prazo (empréstimos paracapital de giro e desconto de duplicata) e recebem depósitos à vista.

-  Bancos de Investimentos: concentra-se em operações de médio e longo prazo. Faz também olançamento de ações12 no mercado (underwriting)

-  Sociedades Corretoras: operam com exclusividade na bolsa de valores-  Bolsa de Valores: local onde são negociadas as ações-  Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras): financiam a

aquisição de bens duráveis-  Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): tem por finalidade

prover a economia com recursos de longo prazo.

Crise bancária: como os bancos são ilíquidos por natureza, ocorrerá problema se os agenteseconômicos resolverem sacar suas reservas ao mesmo tempo. Quebrando uma instituição, o problemapode tornar-se sistêmico (efeito dominó).

12 Ação é um documento que indica ser seu possuidor o proprietário de certa fração de determinada empresa.

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CAPÍ TU L O 12  CAPÍ TU L O 12  CAPÍ TU L O 12  CAPÍ TU L O 12  S E T O R E X TE R N O  S E T O R E X TE R N O  S E T O R E X TE R N O  S E T O R E X TE R N O   

CONCEITO DE TAXA DE CÂMBIO

-  relação de troca entre duas moedas

-  preço da moeda estrangeira em termos da moeda nacional

-  medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países (divisas)

EXEMPLO: COTAÇÕES DAS TAXAS DE CÂMBIO - ( 11/08/2006)

- (Dólar norte-americanos/USD) – (Real- Brasil/R$) US$ 1,00 = R$ 2,1670

- (Iene-Japão/JPY) - (Real-Brasil/R$) JPY 1,00 = R$ 0,018575

- (Euro-Com. Européia/EUR) - (Real-Brasil/R$)EUR 1,00 = R$ 2,7560

  MERCADO CAMBIAL

- Oferta de Divisas (exemplo, os ofertantes de dólares no Brasil): exportações; entrada de investimentos estrangeiros; turistas estrangeiros que visitam o país; empresasque tomam empréstimos no exterior; envio de recursos obtidos no exterior para familiares no país(transferências unilaterais)

- Demanda de Divisas (exemplo, os demandantes de dólares no Brasil):importações; saída de investimentos estrangeiros; turistas em visitas ao exterior; empresasestrangeiras instaladas no país que remetem os lucros para a matriz; pagamento de dívidas dasempresas no exterior.

REGIMES CAMBIAIS

- Taxas Fixas de Câmbio:determinada institucionalmente pelas autoridades monetárias

- Taxas Flexíveis ou Flutuantes de Câmbio:determinada através do mercado (demanda e oferta de divisas)

(flutuação suja “dirty floating”= taxa de câmbio é determinada pelo mercado, mascom eventuais intervenções do Governo)

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EXEMPLOS: TAXAS FIXAS DE CÂMBIO(Bacen fixa: US$ 1,00 = R$ 3,00)

• Situação 1 Demanda de dólares > Oferta de dólares

 Escassez de dólares(Bacen entra vendendo dólares até US$ 1,00 = R$ 3,00)

• Situação 2Oferta de dólares > Demanda de dólares

Excesso de dólares(Bacen entra comprando dólares até US$ 1,00 = R$ 3,00)

EXEMPLOS: TAXAS FLEXÍVEIS OU FLUTUANTES DE CÂMBIO

• Situação 1: US$ 1,00 = R$ 3,00 (cotação do dia anterior) Demanda de dólares > Oferta de dólares

 Escassez de dólaresUS$ 1,00 > R$ 3,00 (cotação no fim do dia) 

• Situação 2: US$ 1,00 = R$ 3,00 (cotação do dia anterior) Oferta de dólares > Demanda de dólares

Excesso de dólaresUS$ 1,00 < R$ 3,00 (cotação no fim do dia)

 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CÂMBIO FIXO E FLUTUANTECâmbio Fixo  Câmbio Flutuante

Características  - Bacen fixa a taxa decâmbio.- Bacen é obrigado amanter reservas cambiais.

- O mercado (demanda e ofertade divisas) determina a taxa decâmbio.- Bacen não é obrigado amanter reservas cambiais.

Vantagens  - Maior controle dainflação (custo dasimportações estáveis)

- Política monetária maisindependente do câmbio.- Reservas cambiais maisprotegidas de ataques

especulativos.Desvantagens  - Reservas cambiaisvulneráveis a ataquesespeculativos.- A política monetária(taxa de juros) ficadependente do volume dereservas cambiais.

- A taxa de câmbio fica muitodependente da volatilidade domercado financeiro nacional einternacional.- Maior dificuldade de controledas pressões inflacionárias,devido às desvalorizaçõescambiais.

  VALORIZAÇÃO CAMBIAL (ou queda na taxa de câmbio) Ex: US$ 1,00 = R$ 4,00 Þ US$ 1,00 = R$ 3,00

-  a moeda nacional passa a valer mais em relação à moeda estrangeira.

-  são necessários menos reais por moeda estrangeira

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- UMA VALORIZAÇÃO CAMBIAL ESTIMULA AS IMPORTAÇÕES 

Taxa de câmbio Preço de um carro importadoem dólares (US$)

Preço do mesmo carroem reais (R$)

US$ 1,00 = R$ 4,00 10.000,00 40.000,00US$ 1,00 = R$ 3,00 10.000,00 30.000,00

- UMA VALORIZAÇÃO CAMBIAL DESESTIMULA AS EXPORTAÇÕES 

Taxa de câmbio Produção em toneladas Receita em dólares(US$)

Receita em reais(R$)

US$ 1,00 = R$ 4,00 100 5.000,00 20.000,00US$ 1,00 = R$ 3,00 100 5.000,00 15.000,00

DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL (ou aumento na taxa de câmbio)

Ex: US$ 1,00 = R$ 3,00 Þ US$ 1,00 = R$ 4,00

- a moeda nacional passa a valer menos em relação à moeda estrangeira- são necessários mais reais por moeda estrangeira

- AO CONTRÁRIO DE UMA VALORIZAÇÃO, UMA DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL ESTIMULA AS EXPORTAÇÕES E DESESTÍ 

 

 MULA AS IMPORTAÇÕES.

-ÍNDICE BIG MAC

EXEMPLO:  Preço do Big Mac nos EUA = US$ 2,43

  Preço do Big Mac no BRA = R$ 2,95Portanto, no Brasil:US$ 2,43 = R$ 2,95

AssimUS$ 1,00 = R$ 1,21 (o quanto o dólar deveria valer no Brasil)

Mas, na época, a taxa de câmbio vigente no Brasil era de US$ 1,00 = R$ 1,73

Poder de compra do real diminui em relação ao dólar,segundo índice "Big Mac" VINICIUS ALBUQUERQUE da Folha Online 

(16/07/09) 

O real se manteve mais forte em relação ao dólar em 2009, mas perdeu terreno nacomparação com o ano passado --ao menos quando o objeto a ser adquirido é osanduíche Big Mac, segundo o "Índice Big Mac", criado pela revista britânica "TheEconomist". Por aqui, o sanduíche custa US$ 4,02 (R$ 8,03), contra US$ 3,57 nosEstados Unidos.

O índice, criado em 1986 pela então editora da revista Pam Woodall, é baseado na teoriada Paridade do Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), que compara preços deprodutos semelhantes nos diferentes países considerando uma mesma moeda. Assim,economistas da revista convertem para dólares os preços do sanduíche coletados emdiferentes regiões. Então, calculam a relação entre o preço do Big Mac nos EUA e o seuvalor em dólares em cada nação --o percentual resultante dá uma medida da relaçãoentre as duas moedas.

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A paridade do Big Mac é a taxa de câmbio que faria os hambúrgueres custarem o mesmonos EUA e em todos os países. Para que o preço do Big Mac fosse equivalente em termosde paridade de poder de compra, a moeda americana teria que estar avaliada em R$2,25; no ano passado, esse valor era de R$ 2,10. Em julho do ano passado, o realapresentava, pelo índice Big Mac, uma sobrevalorização de 33% em relação ao dólar.Neste ano, a sobrevalorização diminuiu, para 13%.

Em julho do ano passado, o preço do sanduíche (em dólares) no Brasil era de US$ 4,73 --ou R$ 7,50, considerado o câmbio de então. A cotação do dólar utilizada pela revista naelaboração do índice há um ano era de R$ 1,58, enquanto no índice divulgado hoje, ocâmbio considerado é de R$ 2.

Assim, o índice mostra que o sanduíche continua mais caro no Brasil que nos EUA, mas adiferença é menos expressiva que há um ano. Ou seja: se um americano chegasse hoje auma loja da rede no Brasil, pedisse um sanduíche e pagasse com o equivalente em reaisao valor do produto em seu país (R$ 7,14), teria de desembolsar mais R$ 0,89 parapagar a refeição.

No ano passado, no entanto, se o americano chegasse a uma loja do McDonald's noBrasil com R$ 5,64 (o equivalente a US$ 3,57 considerada a taxa de câmbio de então),teria de desembolsar mais R$ 1,86 para pagar o sanduíche.

BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP) Balanço de Pagamentos (BP): é o é o registro contábil de todas as transações econômicas realizadasentre os residentes do país com os residentes dos demais países, ou seja, entre um país e o resto domundo em determinado período de tempo.

Transações Correntes (TC): são aquelas que produzem fluxos de bens reais, ou seja, movimentação

de bens de serviços. São subdivididas em Balança Comercial, Balanço de Serviços, Balanço deRendas e Transferências Unilaterais.

TC = BC + BS +BR +TU

BC = Balança Comercial:* registra o saldo das exportações e importações de mercadorias

BS = Balanço de Serviços: registra o saldo do valor dos serviços prestados e recebidos pelosresidentes de um país (transportes, viagens internacionais, serviços de seguros, serviços financeiros,serviços de computação, royalties e licenças, serviços governamentais etc.).

BR = Balanço de Rendas: registra o saldo do valor das rendas recebidas e pagas pelos residentes deum país (salários, rendas de investimentos – juros, lucros e dividendos etc.).

TU = Transferências Unilaterais: registram o saldo de todas as transações que não envolvemobrigações em contrapartida. São contabilizadas nesse grupo os donativos internacionais,transferências de imigrantes a seus familiares etc

* BALANÇA COMERCIAL (BC)A Balança Comercial registra o saldo das exportações e importações de mercadorias.

Importação: refere-se ao valor total de mercadorias que um país compra do resto do mundo.

Exportação: refere-se ao valor total de mercadorias que um país vende ao resto do mundo.

-  Um país apresenta superávit da balança comercial  quando o valor das exportações sãomaiores do que as importações.

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Exemplo: Em janeiro de 2000, um determinado país exportou US$ 200 milhões e importouUS$180 milhões. Nesse caso, apresentou um superávit da balança comercial de US$ 20milhões.

-  Um país apresenta déficit da balança comercial  quando o valor das importações são maioresdo que as exportações.

Exemplo: Em fevereiro de 2000, um determinado país importou US$ 200 milhões e exportou US$190milhões. Nesse caso, apresentou um déficit da balança comercial de US$ 10 milhões.

Movimentos de Capitais (MK): correspondem ao saldo de entradas e saídas voluntárias de moeda,créditos e títulos representativos de investimentos. Subdividem-se em Conta Capital e Financeira(CK), Erros e Omissões (EO) e Variação das Reservas (VR).

MK = CK+ EO + VR

Saldo do Balanço de Pagamentos (BP

 

) = TC + CK+ EO

Estrutura do Balanço de Pagamentos (RESUMIDA)BALANÇA COMERCIAL (BC)

ExportaçõesImportações

BALANÇO DE SERVIÇOS (BS)Viagens internacionaisTransportesSeguros

BALANÇO DE RENDAS (BR)SaláriosRendas de investimentos (lucros, dividendos e juros)

TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS (TU)SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTE (TC = BC +BS + BR + TU)CONTA CAPITAL E FINANCEIRA (CK = CC + CF)

CONTA CAPITAL (CC)CONTA FINANCEIRA (CF)Investimento diretoEmpréstimosFinanciamentosCapitais de curto prazo

ERROS E OMISSÕES (EO)SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP = TC + CK + EO)

VARIAÇÃO DE RESERVAS ( - BP)Ouro monetárioDireitos Especiais de Saque (DES)Posições das Reservas no FMI

BP > 0 superávit : as reservas aumentamBP < 0 déficit: as reservas diminuem ou o país faz um empréstimo de regularização junto ao FMI. Seisso não for possível, as obrigações vencidas são contabilizadas como atrasados.

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 ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS NO BRASIL (EXEMPLO em US$milhões)BALANÇA COMERCIAL (BC) – Superávit da BC = 20

Exportações + 100Importações - 80

BALANÇO DE SERVIÇOS (BS) – Superávit do BS = 1Viagens internacionais + 8 – 10 = - 2Transportes + 4 – 2 = 2Seguros 2 – 1 = 1

BALANÇO DE RENDAS (BR) – Déficit do BR = - 8Salários + 6 – 4 = 2Rendas de investimentos (lucros, dividendos e juros) = 14 – 24 = - 10

TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS (TU) = 2 – 1 = 1

 

SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTE (TC = BC +BS + BR + TU) 20 +1-8+1 = 14 Superávitem TCCONTA CAPITAL E FINANCEIRA (CK = CC + CF) Superávit da CK = 10

CONTA CAPITAL (CC) 2 – 1 = 1

CONTA FINANCEIRA (CF) – Saldo = 9Investimento direto 4 – 1 = 3Empréstimos 2 – 1 = 1Financiamentos 3 – 2 = 1Capitais de curto prazo 6 – 2 = 4

ERROS E OMISSÕES (EO) 0SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP = TC + CK + EO) 14+ 10 + 0 = 24 Superávitdo BPVARIAÇÃO DE RESERVAS ( - BP)

Ouro monetárioDireitos Especiais de Saque (DES)

Posições das Reservas no FMI

Um superávit do BP de US$ 24 milhões significa que entraram mais divisas do que saíram esuas reservas aumentaram nesse valor.

 AJUSTES NO BALANÇO DE PAGAMENTOSNo curto prazo, os déficits podem ser financiados pelas reservas internacionais ou empréstimos. Nolongo prazo, é necessário promover um ajuste recorrendo a uma das seguintes medidas:  

•  Restrição às importações (tarifárias ou quantitativas)•  Subsídios às exportações•  Controle da saída de capitais

•  Aumento da taxa interna de juros (reduz o consumo e atrai capitais de curto prazo)•  Redução do nível de atividade econômica (aumento de impostos e redução dos gastos

governamentais)•  Desvalorização da taxa de câmbio

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  CAPÍ TU L O 14  CAPÍ TU L O 14  CAPÍ TU L O 14  CAPÍ TU L O 14  S E T O R P Ú B L IC O  S E T O R P Ú B L I CO  S E T O R P Ú B L I CO  S E T O R P Ú B L I CO  13131313 

O CRESCIMENTO DA PARTICIPACAO DO SETOR PÚBLICO NA ATIVIDADEECONÔMICA 

Ao final do século XIX, verificou-se um intenso processo de formação de grandesmonopólios, que passaram a limitar a oferta e aumentar preços. Assim, já no início do séculoXX passou-se a regular cada vez mais a atividade econômica, colocando em dúvida o papelda “mão invisível” de Adam Smith. Em 1929, ocorre a quebra da bolsa de valores de NovaYork, com a posterior Grande Depressão dos anos 30, que reforçam ainda mais a necessidadede intervenção do Estado na economia.

CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS•  Imposto DiretoIncide sobre a renda ou a riqueza.

ou

•  Imposto IndiretoIncide sobre o valor da mercadoria ou serviço.

•  Impostos RegressivosOs segmentos sociais de menor poder aquisitivo pagam proporcionalmente mais. Exemplo:Indivíduos Renda Impostos pagos Impostos/Renda

João 1.000,00 100,00 10%Pedro 3.000,00 150,00 5%

•  Impostos Proporcionais ou NeutrosTodos os segmentos sociais pagam na mesma proporção.

(relação entre carga tributária e renda permanece constante) Exemplo:Indivíduos Renda Impostos pagos Impostos/Renda

João 1.000,00 100,00 10%Pedro 3.000,00 300,00 10%

•  Impostos ProgressivosOs segmentos sociais de maior poder aquisitivo pagam proporcionalmente mais. Exemplo:

Indivíduos Renda Impostos pagos Impostos/RendaJoão 1.000,00 100,00 10%Pedro 3.000,00 600,00 20%

13 O conteúdo do capítulo 15 já foi anteriormente desenvolvido (juntamente com outros capítulos).

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CARGA TRIBUTÁRIA  •  Carga Tributária refere-se ao total de arrecadação do governo (impostos diretos e

indiretos).

Países Carga Tributária (1999 - % do PIB)Brasil 31,0Suécia 50,3Estados Unidos 29,7França 45,3Japão 21,0Alemanha 44,2Argentina 14,4Chile 20,0México 18,3Fonte: Conjuntura Econômica

- EVOLUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL - % (Receita tributária/PIB)1947 1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Cargatributária

14,00 28,47 32,48 33,84 35,86 36,00 36,00 38,00 34,23 34,46 35,8 33,8

Fonte: Conjuntura Econômiica. 

•  Em 2004, a carga tributária foi de R$ 648 bilhões•  Carga Tributária (valores arrecadados pelo governo)

A cada dia do ano = R$ 1,776 bilhõesA cada hora = R$ 74 milhõesA cada minuto = R$ 1,23 milhõesA cada segundo = R$ 20,5 mil

- PERCENTUAL DE IMPOSTOS NO BRASIL SOBRE O PREÇO FINAL (em %)-2005Bens e Serviços Percentual de impostos Bens e Serviços Percentual de impostos

Gasolina 53 Automóveis 44Conta de Luz 46 Aparelhos de celular 41Água mineral 45 Fruta 23

Fonte: Exame.

POLÍTICA FISCAL EXPANSIVA E RECESSIVA  

•  Política fiscal: decisões de governo que se referem aos seus gastos e receitas.

- Política fiscal expansiva: ↓Impostos →  ↑consumo

⇒  Produção eemprego↑ 

↑Gasto Público→  ↑ Demanda agregada

- Política fiscal recessiva 

↑Impostos →  ↓consumo⇒  Produção e

emprego↓ ↓Gasto Público→  ↓Demanda agregada

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 DÉFICIT/SUPERÁVIT PÚBLICO 

Orçamento do = Receitas - GastosSetor Público Públicas Públicos

Receitas > Gastos ⇒ Superávit PúblicoGastos > Receitas ⇒ Déficit PúblicoReceitas = Gastos ⇒ Equilíbrio das Contas Públicas 

G= gastos do governo (excluindo-se os gastos com pagamento dos juros da dívida)T = arrecadação de tributos

•  Déficit Primário: G > T•  Superávit Primário: T > G

•  Déficit Operacional: G + juros > T

•  Déficit Nominal: G + juros + correção monetária > T

FORMAS DE FINANCIAMENTO 

•  emissão de moeda (gera inflação)•  venda de títulos da dívida pública (aumenta a divida pública) 

 A SITUAÇÃO DO BRASIL (junho/2006) 

O governo economizou R$ 10,444 bilhões (resultado primário)Mas gastou R$ 17,435 bilhões (juros nominais)E que gerou um rombo nas contas R$ 6,991 bilhões (resultado nominal)

 A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF)

•  Importante instrumento de política fiscal implementado a partir de 1998.

•  Objetivo: proporcionar o equilíbrio orçamentário do setor público.

•  Estabelece:- Limite para as despesas com funcionalismo público (50% para a União e 60% para

Estados e Municípios);- Proibição de socorros financeiros entre União, Estados e Municípios;- Limite de despesas feitas pelos administradores financeiros em final de mandato;- Limites de endividamento para União, Estados e Municípios, por meio do Senado.

•  As administrações que não cumprirem a lei perdem o direito de repasse voluntário deverba da

União e os responsáveis podem sofrer sanções por crime de responsabilidade fiscal.