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Escopo do Trabalho
Histórico da Pesquisa – Metodologia – Conceitos
Histórico da Pesquisa
•2009 - Tradução e estudo do prólogo
•2010 - Tradução e estudo do párodo
•2011 – Tradução e estudo dos episódios
Metodologia
•Tradução do corpus
•Análise das imagens políticas
Conceitos
•Trágico
•Párodo
•Tragédia e Política
•Imagem Política na tragédia
Língua e Literatura Grega
UFRJ
•Delimitação do Corpus – Hesíodo / Hécuba de Eurípides
•Análise intertextual
•Análise pragmática
História Antiga
UFF •Indícios Documentais
•Análise – Imagens e Representações
Cultura Grega
UC
•Delimitação do Corpus - Hécuba
•Análise da performance
Campos Disciplinares e Pesquisas
Leituras do Texto Trágico
Aristóteles, Poética, 9,
1451B, 31-3.
"pois nada impede
algumas coisas que
aconteceram serem tais quais seria possível e verossímil
acontecerem, segundo o que
aquele é criador (o
poeta) delas"
Eurípides
Em Hécuba e Troianas, um antigo mito é modificado: a rainha troiana ganha voz e é
explorada, sendo a sua
caracterização e história um
amálgama entre mitos
conhecidos em Homero, na tradição do
Ciclo Troiano, modificado
por inovações euripidianas.
Texto Literário
Aristóteles, Poética, 6.
1449B, 24-6.
“É, pois, a tragédia
imitação de uma ação séria
e completa dotada de
extensão, e, linguagem
condimentada para cada uma
das partes (imitação que se efetua) por
meio de atores e não mediante
narrativa e que opera, graças ao temor e à piedade, a
purificação de tais emoções.”
Eurípides, Hécuba, 30-
32
“sem choro fúnebre,
insepulto: agora, sobre a mãe querida
Hécuba movo-me, após ter deixado meu corpo, há dois
dias mantenho-me
suspenso”
Texto Para Performance
SEGAL, C. “O ouvinte e o espectador”
“Há um elemento reflexivo, educacional e filosófico fundamental nas tragédias, colocados em destaque devido à força da dramatização sobre a sociedade que afluía para assistir aos espetáculos”
VEGETTI, M. “O homem e os deuses”
“O drama grego aponta para a noção ética bem recorrente e visível no teatro grego. O teatro desenvolve uma atividade educativa total e permanente, que faz da pólis inteira uma comunidade pedagógica.”
Texto Educacional / Filosófico
Registro Linguístico
• além da música que os acompanhava, eram escritos noutro registro linguístico
O canto coral e o canto de ator
• Evidência das marcas dialetais e da sua percepção por um autor e por uma audiência
• Afastamento perceptivo (temporal, étnico, ideológico) criado pelo uso do dialeto dórico
Aspectos inerentes à variação no registro linguístico
• Recurso ao idioma e música é uma estratégia de reforço do tônus emocional
• É no canto coral que a emoção, paradoxalmente, vai ser controlada pelo autor
Elementos pragmáticos
Documento
Conceitos
Trágico – Párodo – Tragédia e Política – Imagem Política
Análise das Imagens Políticas
Hécuba 107-108
ἐν γὰρ Ἀχαιῶν πλήρει ξυνόδῳ λέγεται δόξαι σὴν παῖδ᾽ Ἀχιλεῖ
“Pois, na assembleia plena dos aqueus,
diz-se que foi decretado tornar”
Hécuba 116-118
πολλῆς δ᾽ ἔριδος συνέπαισε κλύδων, δόξα δ᾽ ἐχώρει δίχ᾽ ἀν᾽ Ἑλλήνων
“Uma onda de grande querela chocou-se simultaneamente,
e uma dupla opinião avançava sobre o exército”
Hécuba 123-125
τὼ Θησείδα δ᾽, ὄζω Ἀθηνῶν, δισσῶν μύθων ῥήτορες ἦσαν:
“dois rebentos de Atenas, eram oradores de duplos discursos, mas concordavam em uma única proposição,”
Hécuba 130-134
σπουδαὶ δὲ λόγων κατατεινομένων ἦσαν ἴσαι πως, πρὶν ὁ ποικιλόφρων κόπις ἡδυλόγος ημοχαριστὴς Λαερτιάδης πείθει στρατιὰν μὴ τὸν ἄριστον Δαναῶν πάντων“
eram, de certa maneira, semelhantes, depois que o astuto mentiroso de fala doce que agrada o povo, o Filho de Laerte, persuade o exército”
GRUBE, G. M. A. The Drama of Euripides. Londres: Methuen & Co., 1941. p. 68-69. HORTA, G.N.B.P. Os gregos e seu idioma, 2 v. Rio de Janeiro: Di Giorgio, 1983 (1º tomo, 3ª ed.) e 1979 (2º tomo). LAGES, S. K. “Alegoria da leitura, figuras da melancolia: “A Tarefa do Tradutor”, de Walter Benjamin”. In: SELIGMANN-SILVA, M. (Org.). Leituras de Walter Benjamin. São Paulo: FAPESP, Annablume, 1999, p.47-60. LIDDEL, H.G. & SCOTT, R. A Greek-English Lexicon Revised and augmented by H.S. Jones and R. McKenzie. Oxford: Clarendon Press, 1940. MAINGUENEAU, D. O contexto da obra literária. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 28. SANTOS, Fernando Brandão dos. Alceste, de Eurípides: o prólogo (1-76). Humanitas, v. LX, 2008. p.92. SEGAL, C. “O ouvinte e o espectador”. IN: VERNANT, J-P. O Homem Grego. Lisboa: Presença, 1994. p. 195. SELIGMANN-SILVA, M. Ler o Livro do Mundo – Walter Benjamin: Romantismo e Crítica Poética. São Paulo: FAPESP, Iluminuras, 1999. SOMMESTEIN, Greek Drama and Dramatists. New York: Routledge, 2002. p. 6-7. VERNANT, J-P. Mito e tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Perspectiva, 1999. p. 10.