SÍNTESE DA ATIVIDADE E INDICADORES 2018...consequência natural do crescimento generalizado da...

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GRUPO JOSÉ DE MELLO | SÍNTESE DA ATIVIDADE E INDICADORES 2018

SÍNTESE DA ATIVIDADE E INDICADORES

2018

www.josedemello.pt

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No Grupo José de Mello, os valores

COMPETÊNCIA, INOVAÇÃO e

DESENVOLVIMENTO HUMANO são

geradores de uma tradição de sucesso.

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01|

O ano de 2018 foi muito importante para o Grupo José de Mello no caminho de crescimento e

afirmação que tem vindo a fazer. Consolidámos resultados muito positivos e um crescimento acelerado

das nossas plataformas de negócio, mantendo uma forte orientação para o cliente, sustentada em

valores fortes e colaboradores comprometidos e de elevada competência.

O resultado líquido consolidado atingiu 65 milhões de euros, sendo o terceiro ano consecutivo com

resultados positivos, o que permitiu robustecer os nossos capitais próprios, que ascenderam, no final

de 2018, a 410 milhões de euros.

Em linha com a estratégia definida, prosseguimos um ciclo de forte investimento nas nossas diferentes

plataformas e unidades de negócio, as quais investiram um valor total próximo de 200 milhões de

euros, destacando-se os novos hospitais da rede CUF na José de Mello Saúde, o arranque da construção

de uma nova fábrica da Bondalti, no norte de Espanha, e os investimentos da Brisa na manutenção de

uma rede de autoestradas de excelência e no desenvolvimento do ecossistema de mobilidade da Via

Verde.

Em paralelo com este forte nível de investimento, mantivemos uma trajetória sustentada de

estabilização financeira, tendo reduzido a dívida líquida consolidada em 230 milhões de euros.

Mantivemos também um forte compromisso com a excelência no serviço ao cliente em todos os nossos

negócios, com base em soluções distintivas e frequentemente inovadoras, seja na excelência de

prestação de cuidados de saúde, nos novos serviços de mobilidade, ou no desenvolvimento de

tecnologia proprietária na área química. Ainda no âmbito da inovação, reforçámos em 2018 a nossa

presença no ecossistema de startups, através do Grow, tendo a esse nível efetuado já 17 pilotos e oito

contratos com startups.

Estamos conscientes de que todo este caminho só é possível com a competência e os valores

profissionais das mais de 12 mil pessoas que constituem o Grupo José de Mello e que, na prática,

representam a nossa mais importante e mais sustentável vantagem competitiva. Nesse sentido,

reforçámos o nosso empenho com o bem-estar dos nossos colaboradores, o que se traduziu na

implementação, em cada uma das nossas empresas, de diversas medidas concretas com vista à

conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar, merecendo especial destaque a

certificação de Empresa Familiarmente Responsável atribuída à Brisa pela Fundación Másfamilia.

Vasco de Mello Presidente do Conselho de Administração

01 MENSAGEM DO

PRESIDENTE

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Finalmente, mas não menos importante, ao longo de 2018 reforçámos também o nosso compromisso

com a Responsabilidade Social, sendo hoje o Grupo José de Mello, inquestionavelmente, um dos grupos

económicos que mais contribui para a sociedade portuguesa, com políticas ativas de apoio social e de

promoção da sustentabilidade.

Gostava ainda de referir dois outros factos de 2018, de natureza muito diferente, que merecem

especial destaque.

O primeiro foi a adoção de uma nova marca na nossa área química – a Bondalti –, que sucedeu assim à

histórica marca CUF. Esta nova marca consolida um posicionamento de internacionalização e liderança,

com as pessoas no centro e foco na sustentabilidade.

O segundo consistiu na decisão recente da não prorrogação do contrato de Parceria Público Privada no

Hospital de Braga, revertendo a gestão do hospital para o Estado. Queria salientar o enorme orgulho

que temos no excelente trabalho desenvolvido pelas equipas da José de Mello Saúde ao longo dos

últimos anos neste hospital, com evidente reconhecimento externo, incluindo a distinção em anos

sucessivos como melhor hospital de Portugal e a validação por diversas entidades da poupança muito

significativa gerada ao Orçamento de Estado. Valorizamos em particular o reconhecimento dos utentes

do hospital e da população por ele servida.

De uma forma global, encaramos o futuro com confiança, considerando as posições de liderança que

detemos em setores alinhados com as principais macrotendências globais a nível económico e social, a

solidez financeira atingida, o forte nível de investimento realizado e, principalmente, a qualidade das

nossas equipas e a fidelidade dos nossos clientes. É também por essas razões que acreditamos que

estamos hoje preparados para enfrentar com mais resiliência potenciais cenários de deterioração

conjuntural, tendo consciência dos desafios do contexto macroeconómico internacional e dos seus

potenciais impactos em Portugal.

Temos em curso um ambicioso plano de investimento nos diferentes setores de atuação, que

estimamos possa atingir os 900 milhões de euros entre 2019 e 2023. Estes investimentos,

conjuntamente com uma gestão prudente e com foco na eficiência, permitirão reforçar de forma

sustentável a posição do Grupo José de Mello e de cada um dos seus negócios na economia,

contribuindo para uma elevada criação de emprego e inovação nos diferentes setores de atuação.

Temos assim a ambição e a responsabilidade de reforçar a importância do Grupo José de Mello e dos

seus negócios para o desenvolvimento de Portugal.

Quero agradecer o contributo de todos os colaboradores para o sucesso que temos alcançado,

sobretudo nos últimos anos, e transmitir uma palavra de grande confiança na importância de todos

para a construção, com solidez e sustentabilidade, do nosso futuro.

Vasco de Mello

2 de maio de 2019

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Em 2018 assistiu-se a uma evolução muito positiva dos principais indicadores consolidados, como consequência natural do crescimento generalizado da atividade de todas as plataformas de negócio. O volume de negócios cresceu 8% atingindo 1,8 mil milhões de euros e o EBITDA aumentou 8%, situando-se a margem do EBITDA em 37,9%. Em 2017 o EBIT foi impactado com a constituição de uma provisão extraordinária - caso fosse expurgado esse efeito, o EBIT teria aumentado 32 milhões de euros. Os resultados financeiros de 2017 também se encontram influenciados pela mais-valia apurada na alienação da Northwest Parkway; excluindo esse impacto, ainda teriam registado uma redução de 3%. A redução significativa da dívida financeira, em 390 milhões de euros, resulta da amortização de dívida efetuada pelo Grupo. De destacar, ainda, o robustecimento dos capitais próprios consolidados (aumentaram 81 milhões de euros), fruto, essencialmente, do montante do resultado líquido consolidado.

(Milhares de euros)

2018

2017 Reexpresso

Volume de negócios 1 756 290 1 629 105 Cash flow operacional (EBITDA) 664 875 614 414 Margem do EBITDA, % 37,9% 37,7% Resultados operacionais (EBIT) 411 262 341 098 Resultados financeiros -121 340 21 571 Resultado líquido 64 674 75 576 Ativo Líquido 5 806 980 6 029 402

Capitais Próprios 410 444 329 572 Passivo Financeiro 4 144 088 4 534 353

EBITDA / Ativo Líquido 11,4% 10,2%

PRINCIPAIS

INDICADORES

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Em Portugal, apesar da desaceleração da atividade verificada na segunda metade do ano, a conjuntura económica continuou a revelar-se favorável no decurso do ano de 2018. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou um crescimento de 2,1%, contra 2,8% em 2017. O consumo privado manteve-se robusto, aumentando para 2,5% (contra 2,3% em 2017), suportado, em parte, pela contínua diminuição da taxa de desemprego que atingiu os níveis mais baixos desde 2004, situando-se nos 7%. De forma negativa contribuíram a procura externa líquida (-0,7% face a -0,3% em 2017), verificando-se uma desaceleração das exportações de bens e serviços (de 7,8% em 2017 para 3,7%) superior à das importações de bens e serviços (de 8,1% para 4,9% em 2018), o abrandamento da procura interna (2,8% contra 3,1% em 2017), assim como o crescimento menos acentuado do investimento em 2018 (5,6% contra 9,2% em 2017). Em 2018, a taxa de inflação fixou-se nos 1,2%, registando assim um valor inferior ao de 2017 (1,6%). Destacam-se também os resultados positivos apresentados nas contas públicas (défice esperado de cerca de 0,7% do PIB) e a contínua inversão no rumo dos juros da dívida soberana nacional, que em dezembro atingiram os 1,72%. Estes indicadores contribuem para uma visão mais favorável e de confiança dos investidores em relação à economia portuguesa, tendo-se refletido em contínuas melhorias do rating, atribuído pelas principais agências de notação de risco, destacando-se em 2018 a retirada de Portugal da classificação “lixo” pela Moody’s (seguindo o já efetuado pela Standard & Poor’s e Fitch em 2017).

O GRUPO JOSÉ DE MELLO O Grupo José de Mello é reconhecido pela capacidade de contribuir para o desenvolvimento da economia nacional. O seu perfil de gestor ativo de um portfolio com presença em diversos setores e geografias é representativo da sua influência na economia portuguesa. As empresas participadas do Grupo José de Mello apresentam resultados operacionais que lhes permitem competir em posição de liderança nos diversos setores em que operam: infraestruturas rodoviárias e mobilidade (Brisa), indústria química (Bondalti) e prestação de cuidados de saúde (José de Mello Saúde), mas também no setor imobiliário, no domínio das soluções residenciais para a terceira idade (José de Mello Residências e Serviços) e na área da manutenção (ATM). Em 2018 foram investidos cerca de 175 milhões de euros, somando assim mais de 1,3 mil milhões de euros os investimentos realizados desde 2010. Em linha com o ano anterior, grande parte dos investimentos foram realizados pela José de Mello Saúde (53%), focando-se no aumento de capacidade e na extensão da sua área de atuação, seguindo-se a Brisa (39%) com projetos de melhoria nos níveis de serviço prestado, com um foco especial no esforço de inovação e de adaptação aos novos desafios

ATIVIDADE

2018

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dos serviços de mobilidade. Na Bondalti, destaca-se o arranque da construção de uma nova unidade industrial no norte de Espanha, em Torrelavega, com tecnologia de ponta. No que diz respeito às exportações, o Grupo José de Mello atingiu um volume total de cerca de 104 milhões de euros, provenientes na sua quase totalidade (99%) das vendas da Bondalti para mercados fora de Portugal. Os proveitos operacionais gerados no mercado externo contribuíram em 53 milhões de euros para os resultados consolidados. Em 2018, o compromisso do Grupo com a inovação manteve-se com a contínua aposta no Grow, programa orientado para o apoio e aceleração de startups. Através das diferentes iniciativas do Grow, o Grupo José de Mello tem promovido a modernização e desenvolvimento da economia, dando espaço a novos casos de inovação, para além de incentivar a criação de negócios potencialmente disruptivos e escaláveis. Da atividade de 2018 destacamos o lançamento, com o apoio da Fundação Amélia de Mello, do Grow Innovation Award, iniciativa que visa reconhecer as melhores startups que colaboraram com as empresas do Grupo José de Mello no âmbito do Grow, considerando a qualidade das soluções e das equipas, bem como o impacto obtido. No seu segundo ano de atividade, o Grow consolidou uma posição de iniciativa corporativa de referência no ecossistema de inovação nacional, tendo realizado um total de 10 pilotos (contra 7 em 2017), dos quais 6 na José de Mello Saúde, 1 na Bondalti e 3 na Brisa. Estes pilotos permitiram às startups testarem e adaptarem as suas soluções tecnológicas às necessidades de um cliente real. Ainda em 2018, foram contratualizadas 5 parcerias continuadas com startups (contra 3 em 2017). O Grupo José de Mello terminou o ano de 2018 com 12.614 colaboradores, mais 935 que no ano anterior, mantendo o seu compromisso de desenvolvimento da sociedade portuguesa e de implementação de políticas de desenvolvimento sustentáveis. Foram investidos mais de 5,7 milhões de euros em formação ao longo do ano, representando um aumento de 24% face a 2017, procurando seguir os valores fundamentais e transversais a todas as empresas participadas: Competência, Inovação e Desenvolvimento Humano.

BONDALTI A Bondalti é uma das maiores empresas químicas portuguesas, com enfoque na produção e comercialização de químicos industriais nos segmentos orgânicos (anilina e derivados) e inorgânicos (cloro-alcalis). É líder de vendas no mercado europeu, não integrado, de anilina e o segundo maior produtor de cloro da Península Ibérica. Este foi um ano marcante para a Bondalti desde logo pela adoção de uma nova marca e designação corporativa. No seguimento do projeto de reflexão estratégica, concluído ainda em 2017, e refletindo

O ecossistema Grow proporciona às startups a possibilidade de testar e

adaptar novos produtos e serviços em ambiente real de mercado.

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o posicionamento da organização, a sua motivação de liderança e de expansão internacional, foi apresentada, em maio de 2018, a nova identidade – Bondalti – abandonando-se a denominação CUF. Bondalti reflete, por um lado, a cultura da organização, baseada em relações e parcerias – Bond, ligações – e, por outro, o seu desejo de chegar mais longe e consolidar a sua posição de liderança nos mercados onde opera – Alti, altitude. Ainda no sentido de melhor espelhar a missão da Bondalti, foram revistos os seus valores. Aos valores já existentes – Competência, Inovação e Desenvolvimento Humano – foi adicionada a Atuação Responsável, refletindo assim uma preocupação constante com a sustentabilidade, em particular, com o ambiente, a saúde e segurança de todos (colaboradores, clientes e comunidade). Com vista ao maior alinhamento da organização com os seus stakeholders, realizou-se, em 2018, uma auscultação a algumas destas entidades, cujos resultados foram incorporados no processo de revisão da estratégia de sustentabilidade da Bondalti. Outro importante marco para a organização foi o arranque do investimento numa unidade cloro-alcalis no norte de Espanha, em Torrelavega, utilizando a melhor tecnologia disponível - a tecnologia de membrana. Esta unidade, que deverá iniciar a produção no final de 2019, irá substituir e aumentar a capacidade de produção que a Bondalti tinha em Pontevedra (que em julho de 2018 cessou a produção de hipoclorito, procedendo ao encerramento, ainda no final de 2017, da eletrólise de mercúrio para produção de cloro e soda) e que representa o reforço da aposta da Bondalti no mercado ibérico. Em termos económicos, 2018 foi um ano muito positivo para a Bondalti, apresentando indicadores económicos muito positivos, tendo atingido um resultado operacional de 50 milhões de euros (+2 milhões de euros que 2017) e um resultado líquido de 18 milhões de euros (+ 2 milhões de euros que 2017). Este aumento resultou essencialmente de condições muito favoráveis ao nível do mercado de cloro-alcalis, que apresentou uma procura bastante superior à oferta e, como tal, impulsionou os preços, nomeadamente da soda, mas também ao nível das quantidades vendidas de produtos orgânicos, com o reforço, por exemplo, de vendas de mononitrobenzeno para os EUA. No final de 2018, a Bondalti iniciou a preparação da paragem geral programada de manutenção das unidades industriais de Estarreja, em coordenação com os parceiros Air Liquide e Dow Portugal, que se veio a realizar no início de 2019. Esta paragem é sempre uma oportunidade para implementar diversos projetos de Investigação e Desenvolvimento que em 2019 terão impacto na eficiência das operações, na segurança e na melhoria ambiental. Para além da atividade de Químicos Industriais, a Bondalti tem também uma unidade produtiva de materiais nano-estruturados, em Coimbra, desenvolvida pela Innovnano. Nesta unidade, são produzidos produtos de zircónia e zircónia estabilizada com itria, com base num processo modular, desenvolvido internamente, e protegido por sete famílias de patentes.

Anúncio da campanha de publicidade que assinalou, em

maio de 2018, o lançamento da nova identidade da área

de negócio da indústria química.

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De forma transversal, e em todas as suas atividades, a Bondalti preocupa-se e confia nas pessoas que a integram, considerando-as a base para o seu sucesso. Como forma de consolidar essa preocupação, foram implementadas diversas medidas para promover uma maior conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar, acreditando que, desta forma, irá contribuir para a felicidade e o bem-estar de todos os colaboradores.

BRISA A Brisa estabeleceu, há mais de quatro décadas, um modelo de operação de infraestruturas rodoviárias estruturado e internacionalmente reconhecido. Por via dessa experiência, desenvolveu uma cultura fortemente vocacionada para a promoção da mobilidade e da acessibilidade, assente nos valores da Ética, Excelência, Inovação e Pessoas, com importantes benefícios económicos e sociais para as atividades e comunidades que serve. Hoje, a Brisa é um operador de mobilidade com uma forte experiência de operação, nacional e internacional, e com uma base sólida na gestão de autoestradas e na operação de um ecossistema de serviços de mobilidade, sob a marca comercial Via Verde. A digitalização, os negócios colaborativos, os novos comportamentos e as alterações climáticas marcam esta era, onde os conceitos de mobilidade e de eficiência ganham uma nova dimensão e implicam novos desafios. O modelo de negócio da Brisa, enquanto gestora de um portfolio de ativos, é sustentado numa abordagem integrada dos seus segmentos de negócio. Apesar de cada um ter o seu modelo característico, juntos promovem um crescimento sustentável da Brisa. O portfolio da Brisa é atualmente constituído por um conjunto alargado de ativos, distribuídos por seis segmentos de negócio:

Brisa Concessão Rodoviária (BCR) a principal concessão da Brisa, detém a concessão direta de 12 autoestradas em Portugal, num total de 1.124 km;

Outras Concessões Rodoviárias integram a participação da Brisa no capital de cinco outras concessões portuguesas, num total de 504 km;

Serviços de Suporte às Concessões

inclui as empresas que prestam serviços de suporte às concessões, de forma transversal, focados no cliente e na operação e manutenção da rede concessionada;

Inspeções Automóveis inclui uma participação maioritária numa empresa que presta serviços de inspeções automóveis;

Tecnologia de Produto é representada pela empresa da Brisa responsável pelo desenvolvimento e comercialização de soluções tecnológicas para a gestão eficiente das infraestruturas e da mobilidade;

Outros Negócios (incluindo serviços de mobilidade)

inclui a participação da Brisa no desenvolvimento de projetos inovadores que proporcionem novas soluções na área de mobilidade.

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A Brisa tem vindo a desenvolver um ecossistema alargado de serviços de mobilidade, através da sua marca Via Verde, dando resposta à crescente exigência dos seus clientes. A plataforma do ecossistema Via Verde não assenta apenas em veículos e infraestruturas, mas também em pessoas. Nesta perspetiva, agrega um conjunto de serviços como a assistência rodoviária e a cobrança eletrónica de portagens, uma rede de atendimento simplificada e dedicada a novos serviços de mobilidade, para além de um programa de fidelização com descontos numa rede de parceiros. Em 2018, o ambiente macroeconómico permitiu a continuação do crescimento do tráfego em toda a rede da concessão BCR. O Tráfego Médio Diário (TMD) da concessão atingiu os 20.693 veículos, correspondendo a um crescimento homólogo de 4,3%. Este desempenho foi essencialmente influenciado pelo crescimento orgânico, para o qual contribuíram marginalmente os efeitos de calendário. Todas as autoestradas da concessão continuaram a registar variações da procura positivas, entre os 2,8% registados na A5 e os 10,4% registados na A10. A análise da evolução do tráfego por tipo de veículo revela que os veículos pesados registaram um aumento mais expressivo (+8,0%) do que os ligeiros (+4,0%), beneficiando do bom enquadramento macroeconómico que se viveu em Portugal. Para além da sua estrutura financeira e contratual, que confere um elevado nível de proteção aos credores, a BCR manteve uma gestão financeira prudente e conservadora, uma forte posição de liquidez e uma redução gradual do seu nível de alavancagem. Em janeiro de 2018, a agência de rating Fitch Ratings reviu em alta a notação de rating de longo prazo da BCR de ‘BBB’ para ‘BBB+’, com o Outlook ‘Estável’. Em dezembro, a mesma agência voltou a rever em alta a notação de risco da BCR, desta vez de ‘BBB+’ para ‘A-’, mantendo o Outlook em ‘Estável’. Em outubro, a agência de rating Moody’s também subiu a notação de risco de longo prazo da BCR, de “Baa3” para “Baa2”, com o Outlook “Estável”. Ambas as agências atribuem à BCR uma notação de risco superior ao rating da República Portuguesa.

As áreas de serviço Colibri oferecem um novo conceito de restauração e de serviços centrado nas pessoas,

privilegiam a comodidade e o conforto, contribuindo para uma melhor experiência do utilizador em autoestrada.

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Os proveitos operacionais da Brisa aumentaram 9,9%, suportados pelo crescimento das receitas de portagem. Destaque-se também a evolução positiva das receitas das áreas de serviço, que beneficiaram da renegociação de contratos e de um aumento de atividade motivado pela transição para a marca Colibri de duas novas áreas (Leiria e Almodôvar, que se juntaram às já existentes em Alcácer, Vendas Novas e Barcelos), reforçando a dinâmica de melhor experiência ao cliente. No segmento de serviços tecnológicos, continuou a registar-se um crescimento significativo nas vendas realizadas nos Estados Unidos da América (EUA). Apesar dos importantes investimentos que têm sido concretizados na área da prestação de serviços de mobilidade, como o Via Verde Carsharing, o Via Verde Connected Cars, o Via Verde Planner, ou o Via Verde Estacionar, a Brisa mantém uma preocupação com a otimização e racionalização dos seus custos operacionais. Em 2018, o aumento verificado nos custos reflete os já referidos investimentos em serviços de mobilidade, assim como o aumento da atividade no segmento dos serviços tecnológicos, nomeadamente nos EUA, e a crescente atividade de restauração da Brisa Áreas de Serviço. O crescimento da atividade permitiu atingir um EBITDA consolidado de 553,7 milhões de euros, o que representa um aumento de 9,4% face ao período homólogo. Ao longo de 2018, a Brisa realizou investimentos no montante de 56,8 milhões de euros para melhoria dos níveis de serviço prestado, ao nível da segurança e conforto de quem viaja nas autoestradas, assim como a nível tecnológico, procurando a inovação permanente e a adaptação aos novos desafios dos serviços de mobilidade. O rácio de geração de caixa (EBITDA – CAPEX) atingiu o montante de 496,9 milhões de euros, reflexo de um ano de atividade operacional muito positivo. O resultado financeiro de 2017 foi positivamente impactado pela mais-valia resultante da alienação da concessão Northwest Parkway nos EUA (+208 milhões de euros). Se efetuada a normalização deste efeito, o resultado financeiro apresentaria uma melhoria muito significativa, suportada pela redução dos juros pagos, em consequência da queda do custo médio ponderado da dívida e do montante de dívida líquida (destaque para o reembolso de um empréstimo obrigacionista na BCR de 300 milhões de euros, com um cupão de 6,875%). Em 2018 o resultado líquido da Brisa registou um decréscimo, situando-se nos 158 milhões de euros, com a melhoria da atividade operacional a compensar apenas parcialmente a mais-valia extraordinária registada em 2017 com a já referida venda da concessão Northwest Parkway.

JOSÉ DE MELLO SAÚDE

A José de Mello Saúde (JMS) presta cuidados de saúde apoiados em mais de 70 anos de experiência, com base num modelo que permite diferenciação, através de grandes hospitais que incluem subespecializações em áreas de referência, e conveniência, através de uma rede de hospitais e clínicas de proximidade. Em 2018, a JMS manteve a ambição de fortalecer e expandir a rede CUF. Neste sentido, o ano foi marcado pela inauguração do Hospital CUF Coimbra, pela expansão do Hospital CUF Descobertas (CUF Descobertas 2) e pela abertura da Clínica CUF Nova SBE. O reforço da estratégia de crescimento materializou-se ainda nas obras de construção dos futuros Hospitais CUF Tejo e CUF Sintra e de expansão do Hospital CUF Torres Vedras, para além da Clínica CUF Almada.

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A qualidade clínica e a experiência do cliente da JMS voltaram a ser reconhecidas em 2018, com distinções que atestam o reconhecimento do mercado e de entidades independentes do setor. Ao nível da qualidade clínica, destacam-se: a manutenção da certificação pela SGS na globalidade da prestação de cuidados de saúde da JMS, de acordo com a norma ISO 9001.2015; a renovação da Certificação Eusoma da Unidade de Diagnóstico e Tratamento Integrado da Mama do CUF Instituto de Oncologia (hospitais CUF Infante Santo e CUF Descobertas); a obtenção da Certificação ESMO dos Cuidados Paliativos do CUF Instituto de Oncologia (hospitais CUF Infante Santo e CUF Porto); a renovação da Acreditação Global do Caspe Healthcare Knowledge System (CHKS) no Hospital de Braga; a Acreditação Joint Commission International (JCI) no Hospital CUF Porto e reconhecimento, pela Entidade Reguladora da Saúde, do Hospital de Braga e do Hospital de Vila Franca de Xira como os melhores hospitais portugueses dentro dos seus grupos de referência, classificados através do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS). No que concerne à área da experiência do cliente, registou-se a distinção da rede CUF, pelo terceiro ano consecutivo, com os prémios “Escolha do Consumidor” (categoria Saúde & Bem-Estar), “Cinco Estrelas” e “Marca de Confiança” (categoria de Hospitais Privados). Adicionalmente, a CUF recebeu dois prémios “Eficácia na Comunicação”, nas categorias Saúde, Higiene, Beleza e Cuidados do Lar e Outros Serviços e Administração Pública, com o anúncio do MyCUF. A notoriedade da marca CUF mantém-se superior à dos concorrentes em termos de Notoriedade Sugerida e Notoriedade Espontânea, segundo estudos realizados em junho de 2018. No final do exercício, o portfólio da JMS incluía oito hospitais, dez clínicas de ambulatório e a gestão de dois hospitais públicos em regime de Parceria Público-Privada, totalizando 1.570 camas de internamento, 1.244 gabinetes de consulta e 103 blocos operatórios, dos quais 20 são salas de parto.

Hospital CUF Descobertas 2 | o novo edifício entrou em funcionamento no dia 9 de julho e veio garantir mais oferta

clínica, mais inovação, mais equipas multidisciplinares e mais especialização.

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O ano de 2018 foi também um ano de manutenção da trajetória de crescimento sustentado da atividade assistencial nas diferentes áreas de atuação. Foram registadas mais de 2,6 milhões de consultas (aumento de 8,0% face a 2017), operados cerca de 98,8 mil doentes (+6,6% que no homólogo) e aproximadamente 80,1 mil doentes saídos do internamento (+4,3% que no ano anterior). Verificou-se ainda um aumento significativo nos partos realizados nas unidades da JMS (9,5% relativamente ao ano anterior), representando cerca de 10% dos partos em Portugal. Os proveitos operacionais ascenderam a 683,1 milhões de euros, representando um crescimento de 7,2% em relação a 2017. Na atividade privada, registou-se um crescimento de 8,3% relativamente ao ano anterior, totalizando 441,9 milhões de euros. No setor público-privado, os proveitos operacionais foram de 239,4 milhões de euros, crescendo 5,3% quando comparado com o ano anterior. O EBITDA foi de 70,1 milhões de euros, uma redução de 2,7% em relação a 2017, que resultou do crescimento da atividade assistencial. O EBITDA da atividade privada decresceu de 61 milhões de euros para 55,9 milhões de euros. No setor público, apesar do crescimento nos proveitos operacionais, o EBITDA diminuiu 4,1 milhões, para um valor de 3,7 milhões de euros. O resultado líquido consolidado foi de 14,8 milhões de euros, o que correspondeu a um decréscimo de 8,0 milhões de euros em relação a 2017. O ativo total aumentou 66 milhões de euros (+8,8%) face ao final de 2017, em grande medida devido ao crescimento do ativo fixo tangível (+50,8 milhões de euros). O investimento consolidado da JMS foi de 80 milhões de euros. A 31 de dezembro de 2018, a dívida líquida financeira situava-se em 344,1 milhões de euros, resultando num rácio de dívida líquida sobre EBITDA de 4,9 vezes. Em 2019, a José de Mello Saúde prosseguirá com a expansão da rede CUF, inaugurando o novo Hospital CUF Sintra. Será ainda dada continuidade aos projetos de expansão dos Hospitais CUF Torres Vedras e CUF Santarém e à construção do futuro Hospital CUF Tejo. A interação com o ecossistema de inovação (startups e outros) e a ligação à academia permanecerão também como linhas de atuação com vista à identificação de oportunidades de diferenciação, fomento da investigação e desenvolvimento e captação de conhecimento. Manter-se-á igualmente a aposta na obtenção de elevados níveis de qualidade clínica e de satisfação do cliente em todas as unidades clínicas e hospitalares.

JOSÉ DE MELLO RESIDÊNCIAS E SERVIÇOS A José de Mello Residências e Serviços (JMRS) detém a SPSI - Sociedade Portuguesa de Serviços de Apoio e Assistência a Idosos, que tem por objeto a promoção, desenvolvimento, exploração e gestão de estabelecimentos de apoio social a idosos, residências assistidas, condomínios residenciais e residências medicalizadas, a gestão de condomínios e a prestação de serviços de apoio ao domicílio, bem como a prestação de serviços de consultoria e/ou assessoria técnica a projetos da mesma natureza.

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Em 2018 o perímetro foi alargado com a inclusão da sociedade Burkina, detida a 100% pela SPSI, e que atua no ramo imobiliário, tendo como objeto da sua atividade a compra, venda e arrendamento de imóveis. Em dezembro, esta sociedade adquiriu os imóveis onde decorre a atividade da SPSI, passando a ser responsável pela sua gestão. Nas residências assistidas, foi dada continuidade, ao longo de 2018, ao plano de consolidação que incidiu no

crescimento nos mercados atuais, tendo sido mantido um preçário flexível e competitivo. Dedicou-se especial atenção à análise, preparação e aquisição dos imóveis onde decorre a atividade da SPSI, permitindo uma importante criação de valor e a consolidação da atividade. Com a aquisição dos imóveis, deu-se início, de forma marginal, à atividade no mercado de aluguer de apartamentos. Foi dada continuidade às intervenções que visam a modernização de alguns equipamentos e que resultam em melhorias operacionais concretas, com benefícios nos circuitos e vivência do dia a dia. Desta forma, foi possível manter um elevado número de residentes ao longo do ano de 2018, o que ajudou a fazer face à aquisição da nova sociedade e dos imóveis, e ao aumento dos custos operacionais. Na atividade desenvolvida ao longo de 2018, a JMRS aumentou em 2% as vendas e serviços prestados. O resultado líquido obtido em 2018 foi negativo em 137 mil euros, refletindo o esforço extraordinário e pontual na aquisição dos imóveis, sem o qual os resultados ter-se-iam mantido positivos. A par com os desafios concretos do exercício, não foi descorado o objetivo primordial no dia a dia da atividade, de manter a excelência na prestação de serviços e a contínua melhoria na eficiência das operações.

A José de Mello Residências e Serviços manteve o seu compromisso de

prestar serviços de excelência e de melhorar de forma continuada a

eficiência das operações.

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