Soc Historica Trab.5

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MAPEANDO O REINO DA SOCIOLOGIA HISTRICA:REFLEXES ACERCA DO MODELO TERICO-METODOLGICO DE THEDA SKOCPOL

Terry MulhallJorge Ventura de Morais

Do Rigor da Cincia... Naquele Imprio, a Arte da Cartografia atingiu uma tal Perfeio que o Mapa duma s Provncia ocupava toda uma Cidade, e o Mapa do Imprio, todauma Provncia. Com o tempo, esses Mapas Desmedidos no satisfizeram e osColgios de Cartgrafos levantaram um Mapa do Imprio que tinha o Tamanhodo Imprio e coincidia ponto por ponto com ele. Menos Apegadas ao Estudoda Cartografia, as Geraes Seguintes entenderam que esse extenso Mapa era Intile no sem Impiedade o entregaram s Inclemncias do Sol e dos Invernos. Nos Desertosdo Oeste subsistem despedaadas Runas do Mapa, habitadas por Animais e por Mendigos.Em todo o Pas no resta outra relquia das Disciplinas Geogrficas (Jorge Luiz Borges,Histria Universal da Infmia. Porto Alegre, Globo, 1975, p.61).

Resumo: O objetivo do artigo ampliar os horizontes terico-metodolgicos da sociologia histrica atravs da incluso, em suas fronteiras, por exemplo, da teoria da escolha racional e de contribuies interpretativistas. Procuramos fazer isto atravs de uma crtica ao modelo terico-metodolgico (o modelo triangular) de Theda Skocpol, que tem, at agora, definido os parmetros dentro dos quais teoria e metodologia tm sido discutidas em sociologia histrica, ao mesmo tempo que propomos uma alternativa, a qual chamamos de modelo quadrangular. A vantagem deste modelo que ao se olhar a sociologia histrica a partir de duas dimenses agncia-estrutura e particular-geral possvel incorporar outras abordagens, tal como a teoria da escolha racional, aos horizontes da sociologia histrica.

IntroduoA sociologia histrica uma das reas que mais cresceram em Sociologia nas ltimas duas dcadas. Debates acerca de problemas histricos tais como nacionalismo (Anderson, 1983; Gellner, 1983; Smith, 1986), revolues (Skocpol, 1979; Goldstone, 1982), democratizao (Lipset, 1960; Moore Jr., 1966; ODonnell, 1974), formao dos estados nacionais (Tilly, 1975; Rokkan, 1975; Anderson, 1974), industrializao (Wallerstein, 1974a; Blaut, 1993; Brenner, 1987a e 1987b) constituem juntos uma extensa reflexo sobre o que pode ser chamado, grosso modo, de A Grande Transformao, na expresso de Karl Polanyi (1944). Dada a diversidade de abordagens, o problema tem sido estabelecer alguma base de classificao em termos da qual os vrios trabalhos podem ser distinguidos. Uma tentativa foi feita por Skocpol e Somers (1980). Neste artigo desenvolvemos uma anlise crtica desta classificao.Talvez nenhum outro autor tenha feito mais para difundir a sociologia histrica nas duas ltimas dcadas do que Theda Skocpol. Seu trabalho pioneiro sobre revolues sociais foi um divisor de guas (Skocpol, 1979). Subseqentemente, Skocpol, em uma srie de importantes artigos tentou desenhar de forma mais clara as fronteiras da emergente subdisciplina. Atravs da construo de um modelo O Tringulo da Histria Comparativa (The Triangle of Comparative History) , o trabalho dos precursores e contemporneos da sociologia histrica foi classificado de acordo com um esquema tripartite (Skocpol & Somers, 1980; Skocpol, 1984a).No entanto, tal como Talcott Parsons, em The Structure of Social Action (1968), sua historiografia teve o efeito, intencional ou no, de ser altamente seletiva e de colocar seu prprio trabalho sob uma luz bastante favorvel. Tambm da mesma forma que Parsons ignorou muito do que no cabia no seu esquema, assim tambm Skocpol construiu uma viso muito seletiva da histria da sociologia histrica.Depois de mais de uma dcada da grande vaga terica, no mbito da sociologia histrica, de meados da dcada de 1980, talvez seja oportuno lanar um olhar crtico sobre o modelo de Skocpol. Na verdade, gostaramos de argumentar neste artigo que sua abordagem, sob vrios aspectos, tanto induz ao erro na descrio dos autores que ela analisou, quanto ignora um vasto nmero de trabalhos em sociologia histrica que no cabem imediata e totalmente no seu esquema.

O Modelo Triangular de SkocpolO modelo de Skocpol assenta-se basicamente na oposio ideogrfico-nomottica que tem dominado o debate nas cincias sociais desde o final do sculo XIX (Cahnman, 1964). Este debate basicamente entre aqueles que, de um lado, argumentam que o modelo nomottico das cincias naturais aplicvel s cincias sociais, e, de outro, aqueles que argumentam que no possvel a formulao de leis sociais cientficas gerais e que o modelo particularizante ou ideogrfico o correto nas cincias sociais. Esta disputa foi transferida para o debate acerca da sociologia histrica, com os seus praticantes tomando posies opostas.O modelo de Skocpol, o qual divide a sociologia histrica em trs abordagens terico-metodolgicas distintas, baseado na distino ideogrfico-nomottica. Ela coloca sua prpria abordagem em uma posio intermediria entre estes dois extremos. Do lado ideogrfico, que descrito como contraste de contextos, ela inclui, por exemplo, a comparao que Clifford Geertz (1971) faz do islo na Indonsia e no Marrocos e Construo Nacional e Cidadania de Reinhard Bendix (1996). Este tipo de trabalho comparativo se aproxima muito da historiografia. Seu objetivo, de acordo com ela, , por meio da comparao, atravs do uso de tipos ideais e de universais sociolgicos, realar a diferena entre os casos, sem que haja pretenso de testar uma teoria mais geral ou induzir a formulao de teorias mais ou menos restritas (Cf. Skocpol & Somers, 1980, p.178-81; Skocpol, 1984a, p.368-74).

Figura 1. Modelo Triangular de Theda Skocpol

DEMONSTRAO PARALELA DA TEORIA

Teoria

C C C

Preocupao Teoria/Temas Aplicados Com Explicao a Cada um dos Casos

Generalizaes Temas

C=CC CC ABORDAGEM CONTRASTE DEMACRO-ANALTICA CONTEXTOS Comparaes Entre Casos Intrnsecos

Fonte: Skocpol e Somers, 1980, p.188.De acordo com Skocpol,O que mais importa no tipo orientado por contrastes que a integridade histrica de cada caso como um todo cuidadosamente respeitada. Pois, muito do apelo desta variante de histria comparativa sugerir que naes, imprios, civilizaes e religies particulares constituem unidades relativamente irredutveis, cada um sendo uma configurao scio-histrica nica e complexa em si mesma (Skocpol e Somers, 1980, p.178).

Skocpol e Somers encontram apoio para esta teoria na frase de Bendix de que o objetivo de sua abordagem preservar o sentido de particularidade histrica..No outro extremo, que chamado de demonstrao paralela da teoria, ela coloca trabalhos tais como Agrarian Revolution de Jeffrey Paige e Political Systems of Empires de S.N. Eisenstadt, entre outros. Esta vertente, por meio da comparao de um grande nmero de casos, tenta confirmar uma teoria deduzida de postulados mais gerais (Cf. Skocpol & Somers, 1980, p.176-78; Skocpol, 1984a, p.362-68).Entre estas duas posies ela coloca sua prpria abordagem, chamada de anlise macro-causal, juntamente com as obras de outros socilogos histricos tais como Robert Brenner (1987a e 1987b) e Barrington Moore Jr. (1983). O objetivo aqui , de acordo com a interpretao de Skocpol, comparar casos histricos e construir generalizaes tericas limitadas (bounded generalizations) (Skocpol & Somers, 1980, p.181-87; Skocpol, 1984a, p.374-86).A tipologia proposta por Theda Skocpol tem exercido inegvel influncia e , sem dvida, sugestiva. Neste sentido, o trabalho de Kalberg (1994) um bom exemplo disto. Com efeito, para tomarmos o caso do primeiro, este autor procura mostrar que a contribuio terico-metodolgica de Max Weber sociologia histrica superior a de seus concorrentes, nomeadamente a teoria do sistema-mundo (Immanuel Wallerstein), a corrente interpretativa (Reinhard Bendix) e a corrente macro-estruturalista (Theda Skocpol). O que vale realar aqui o fato de que Kalberg persegue seu objetivo tendo em mente o aludido modelo de Skocpol.No entanto, apesar desta influncia, h, a nosso ver, dois problemas bsicos com a tipologia desta autora. O principal deles que, mesmo pretendendo apresentar uma viso completa da subdisciplina, ela deixa totalmente de fora duas tradies muito importantes dentro da sociologia histrica: a teoria da escolha racional e a sociologia histrica interpretativa cujos focos so os agentes sociais. Em nenhum lugar ela menciona, por exemplo, o trabalho de E.L. Jones (1981) ou de Douglass North (North, 1986; North & Thomas, 1973) que muito tm feito para introduzir conceitos da escolha racional e da economia neo-clssica na sociologia histrica. Nem h tambm meno da tradio dos Annales, a qual enriqueceu nosso entendimento das transies histricas (Abrams, 1982; Burke, 1990). Segundo, mesmo dentro de seus prprios termos, ela d a falsa impresso de similaridades e diferenas entre os autores. Por exemplo, apesar de ela classificar seu prprio trabalho juntamente com o de Moore, ns argumentamos que as diferenas entre eles so maiores do que as similaridades. Na verdade, Skocpol tem mais em comum com Paige do que com Moore.

O Quadrngulo da Sociologia Histrico-ComparativaO problema da proposta de Skocpol, tal como o vemos, que ela est ancorada no limitado eixo ideogrfico-nomottico. Propomos, ento, que, pela adio de outra dimenso aquele da oposio entre agente e estrutura , possvel construir o que pode ser chamado de modelo quadrangular, o qual de muito maior complexidade. Abaixo damos um exemplo do mesmo:

Figura 2. Tipologia de Metodologias em Sociologia Histrica

AGENTE ESTRUTURA

Sociologia Histrica Tipo Ideal: Interpretativa: Nicos Mouzelis Roger Chartier

Escolha Racional: Macro Estruturalismo: Douglass North Theda Skocpol

SINGULARIDADE

GENERALIZAO

O modelo acima divide a sociologia histrica em quatro abordagens metodolgicas distintas. Ao introduzir a dicotomia agente-estrutura, acreditamos que ganhamos uma viso melhor das vrias abordagens na sociologia histrica. Obviamente, verdade que a matriz, pela sua prpria natureza, tende a ignorar a sobreposio que existe entre certas abordagens, pois h algumas que ultrapassam as fronteiras estabelecidas. Mas nossa tipologia engloba um nmero muito maior de tradies do que a de Skocpol. Nas sees que se seguem faremos uma breve apresentao de cada abordagem atravs da referncia ao trabalho de um praticante dentro de cada um dos campos.

Sociologia Histrica InterpretativaNa primeira caixa de nosso modelo localizamos os trabalhos de autores que focam sua anlise na interpretao da ao dos agentes, mais especificamente em smbolos, cultura, mentalidade etc.Os autores que trabalham nesta tradio tm uma importante contribuio para a sociologia histrica porque procuram analisar os diferentes sentidos atribudos aos smbolos pelos atores sociais em processos de transio de sociedades pr-modernas para as modernas. Em outras palavras, socilogos histricos interpretativistas esto preocupados fundamentalmente com a constituio ou construo de sentidos que atores sociais emprestam a fenmenos sociais em diferentes culturas, considerando a transio aludida acima.Para procedermos uma anlise de contribuies que se enquadram nesta subdiviso, examinaremos o trabalho A Histria Cultural: Entre Prticas e Representaes, de Roger Chartier. Um primeiro ponto a ser observado o seguinte: embora autores nesta corrente admitam a existncia de estruturas que circunscrevem as aes dos agentes, a anlise, tal como ilustrado pela obra de Chartier, centra-se nos agentes por uma razo lgica: representaes sociais so atributos dos sujeitos e no de estruturas sociais. E, como bem lembra Burke (1990, p.98), para Chartier, as estruturas devem ser vistas como culturalmente constitudas ou construdas. A sociedade em si mesma uma representao coletiva.O segundo ponto importante a ser observado que Chartier no desenvolve sua argumentao a partir de uma teoria geral. O caminho seguido por este autor a construo de um conceito que central para anlise cultural: o de representao social (Cf. Chartier, 1990, p.19-20), que j foi referido no pargrafo anterior. bvio que conceitos em cincias sociais no so neutros. Ou seja, eles so sempre teoricamente informados. No entanto, as referncias tericas de Chartier esto sempre na retaguarda, por assim dizer; nunca so explicitamente modeladas em um todo visvel. Dessa forma, a estratgia terico-metodolgica deste autor a construo cuidadosa de um conceito central ou de um universal sociolgico, no dizer de Bendix (1976 e 1978) que servir para propsitos de apreenso da histria cultural da poca e do tempo sob anlise.Um terceiro ponto importante que Chartier recusa generalizaes tericas decorrentes da anlise do material emprico. Em outras palavras, recusa tanto o caminho terico-dedutivo, quanto o terico-indutivo, o que implica em certa semelhana com a proposta de Bendix, a no ser pelo fato de que este ltimo centra sua anlise em estruturas sociais. Porm, h de se deixar claro que Chartier faz certas generalizaes, mas de cunho histrico e/ou emprico.Assim, decorrente desta posio, o que est na base do trabalho deste autor um quarto ponto importante a insistncia no realamento das singularidades histricas e a recusa de violar estas singularidades. Nas palavras de Chartier (1990, p.24-25):Compreender na sua historicidade as apropriaes que se apoderam das configuraes textuais exige o rompimento com o conceito de sujeito universal e abstrato tal como o utilizam a fenomenologia e, apesar das aparncias, a esttica da recepo. Ambas o constrem quer a partir de uma invarincia trans-histrica da individualidade, considerada idntica atravs dos tempos, quer pela projeo no universal de uma singularidade que a de um eu ou de um ns contemporneo.

Nos ensaios restantes, Chartier aplica este modelo analtico a problemas concretos. Por exemplo, no ensaio intitulado Cultura Poltica e Cultura Popular no Antigo Regime, Chartier analisa a presena de aspectos polticos (cultura poltica) na cultura popular. Para tanto, ele maneja uma grande massa de dados referentes a textos e ritos, gestos e crenas, imagens e relatos, numerosos, diversos, complexos... (Chartier, 1990, p.189) para tentar demonstrar que o que popular no est implicitamente em tal material, mas na forma como o mesmo utilizado (Cf. Burke, 1990, p.99).Chartier mostra, em primeiro lugar, que levantamentos feitos por autoridades eclesisticas nos sculos XVII e XVIII, atravs de questionrios, indicam que as leituras populares referiam-se aoslivros de horas, os livros de piedade da Reforma catlica, a Bibliothque bleue [livros de cordel], os almanaques, os livros de feitiaria, mas no mencionam nunca ttulos polticos, sejam para glria ou para vergonha do rei (Idem, p.189).

As imagens a utilizadas tm por fim reforar e sedimentar as representaes sociais que os fieis fazem das verdades da f crist e da autoridade da Igreja Catlica. Mesmo a literatura de cordel est desprovida de temas polticos, pois seu contedo se refere a crimes terrveis, aparies divinas, milagres etc.H tambm uma profunda oposio entre espao pblico e poltica popular. Se o espao pblico foi pensado, no sculo XVIII, como lugar de debates polticos, da estava excluda qualquer participao popular (Chartier, 1990, p.191). E isto acontecia porque ao vocbulo povo correspondia o sentido pejorativo de povinho, ral, z-ningum; portanto, sem capacidade e direito de participar do debate poltico.No h, afirma Chartier, possibilidade de definir uma cultura poltica popular no Antigo Regime, embora se possa definir minimamente uma cultura poltica do mesmo. Isto demonstrado, ainda segundo nosso autor, pelo seguinte fato: aps 14 meses de cerco, em 1628, a cidade protestante de La Rochelle se rende ao rei (Idem, p.195-96). Nos impressos que celebram a vitria do soberano no h explicitamente imagens e/ou exortaes polticas, mas celebraes de alegria e graas a Deus pelo fato de que a plebe rude, que andava perdida, ter sido reconquistada. Porm, bvio que tais textos e imagnes refletem uma representao social do poder do soberano, ou seja, h uma definio mnima de cultura poltica do Antigo Regime.A passagem de uma cultura poltica minimamente definida para representaes sociais mais explicitamente definidas de forma poltica talvez seja ilustrada pelas revoltas populares. Com efeito, no sculo XVII, as violentas revoltas populares, baseadas em noes de direito comunitrio e em costumes profundamente enraizados, dirigiam-se contra os impostos e contra os agentes fiscais do Estado. Mas h de se notar que poupam de crtica o rei, isto , o prprio Estado no contexto do Antigo Regime., pois o rei aquele que defensor dos direitos tradicionais e imemoriais.De acordo com Chartier, a politizao das revoltas antifiscais se d da seguinte forma: se antes, no sculo XVII, tais revoltas estavam baseadas na concepo de direitos tradicionais e se voltam contra o agente do fisco, no sculo XVIII, as revoltas j no recorrem violncia aberta, baseiam-se em demandas judiciais (direito moderno) e voltam-se contra a instituio senhorial (Chartier, 1990, p.199-201).Este autor, a partir deste material, chega a generalizaes empricas (p.191, 199, 202-203, 205), que se referem a freqncias estatsticas de certas reclamaes do povo encontradas em livros eclesisticos. No entanto, foroso admitir que, mesmo assim, o autor tem sempre o cuidado de chamar a ateno para o fato de que as generalizaes empricas tambm tm limitaes haja vista que certos dados referem-se a regies e a circunstncias excepcionais (p.206).O que distintivo nesta abordagem que os autores que a praticam partem de pontos no considerados por Skocpol no seu modelo. Com efeito, a anlise desta obra de Chartier mostra-nos que este autor no parte de uma teoria delineada dedutivamente, nem chega a generalizaes limitadas. Alm disso, Chartier, como os demais que praticam este tipo de abordagem, foca suas lentes sobre a ao dos sujeitos sociais, e no sobre as estruturas, j que estas so meras representaes mentais.

Sociologia Histrica e Teoria da Escolha RacionalDe acordo com Elster (1994, p.38), a teoria da escolha racional pode ser sumarizada como se segue: Quando defrontadas com vrios cursos de ao, as pessoas comumente fazem o que acreditam que levar ao melhor resultado global.Esta afirmao resume tambm a abordagem de vrios autores importantes trabalhando no mbito da sociologia histrica. A sociologia histrica conta com uma vasta tradio de estudos cujo modelo terico-metodolgico encontra-se amparado em pressupostos da escolha racional. Os socilogos histricos da escolha racional, ao se basearem numa teoria da ao, mostram a ligao entre agentes racionalmente orientados e os constrangimentos estruturais. No processo de transio para o mundo moderno, os agentes sociais se defrontaram com diferentes percursos (a estrutura de oportunidades). Estes autores mostram que as escolhas feitas pelos indivduos diante uma determinada estrutura de oportunidades provocam a configurao de novas oportunidades que, por sua vez, conformaro os desejos dos indivduos em um momento seguinte, e assim por diante. Ou seja, as causalidades atribudas s estruturas sociais por certas correntes em sociologia histrica ganham uma nova dimenso nesta abordagem porque, acredita-se, tem-se uma melhor resposta acerca de como elas atuam sobre os indivduos e estes sobre aquelas.Como analisado na seo anterior, certos socilogos histricos centram suas anlises no sujeito, mas recusam quaisquer pretenses generalizao. No entanto, outros socilogos histricos, que concentram suas anlises na ao individual, procedem generalizaes em um alto nvel de abstrao. Com efeito, estudiosos como Douglass North e Robert Thomas em The Rise of Western World e Edgar Kiser e Joachim Schneider em Bureaucracy and Efficiency: Analysis of Taxation in Early Modern Prussia fazem justamente isto.Estes estudiosos, partindo da definio citada acima, utilizam-se de uma teoria mais geral a da escolha racional para a construo de hipteses que sero testadas no decorrer do estudo. Neste sentido, os diversos casos (ou o caso) estudados servem para validar ou no a teoria desenvolvida dedutivamente, para usar os termos de Skocpol. Por outro lado, ao final da anlise do(s) caso(s), estes autores tentam generalizaes empricas que so comuns a todos os pases estudados, ou generalizaes a partir de um caso que confirma a teoria mais geral.O problema de North e Thomas (1973) explicar a configurao e sucesso nicos, em termos econmicos, do mundo ocidental. Para tanto, eles examinam a histria dos pases da Europa ocidental entre os anos de 900 e 1700.A abordagem distintiva destes autores fica clara logo nas primeiras pginas da obra sob anlise: a eficincia da organizao econmica a chave para o crescimento (North e Thomas, 1973, p.1). Embora a frase possa parecer trivial, ela implica na recusa de que o grau de desenvolvimento econmico alcanado pelos pases da Europa ocidental possa ser explicado pela Revoluo Industrial (Idem, p.157). Na verdade, esta revoluo o coroamento de um longo processo cujas razes podem ser encontradas no longnquo ano de 900, se possvel estabelecer um incio para o processo.Quais seriam ento os fatores que contriburam para o sucesso do ocidente? Antes de responder a tal questo importante entender o que os autores definem como organizao eficiente:A organizao eficiente engloba o estabelecimento de arranjos institucionais e direitos de propriedade que criam um incentivo para canalizar o esforo econmico individual em atividades que tragam a taxa de retorno privada prximo para a taxa de retorno social (North & Thomas, 1973, p.1).

Neste sentido, o fato de os pases terem diferentes histrias, ou seja, padres singulares de desenvolvimento econmico, no impede que os autores tenham uma explicao englobando todos os casos. Antes de tudo, eles recusam as explicaes mais tradicionais presentes na literatura concernente ao tema: mudana tecnolgica, capital humano, reduo nos custos de informao do mercado, economias de escala e expanso da populao (North & Thomas, 1973, p.2). Segundo eles, tais fatores referem-se ao prprio crescimento, no podendo ser, portanto, causas de si prprias. A chave da explicao, assim, se assenta no seguinte ponto:O crescimento no ocorrer a no ser que a organizao econmica existente seja eficiente. Os indivduos devem ser seduzidos por incentivos para empreender atividades socialmente desejveis (Idem, p.2).

Ou seja, a anlise desenvolvida por estes autores leva em conta os parmetros que influenciam o relacionamento entre custos e benefcios considerados pelos atores sociais quando da tomada de decises. Este fato explicaria os diferentes caminhos seguidos, por exemplo, pela Espanha e, digamos, Frana ou Inglaterra.No entanto, qual o mecanismo que explicaria os diferentes caminhos seguidos pelas naes da Europa ocidental? A resposta, de acordo com North e Thomas simples: direitos de propriedade. Assim, para ilustrar melhor, vamos tomar os exemplos utilizados por North e Thomas.Primeiro, os autores oferecem o exemplo da navegao ocenica e do comrcio internacional (p.3). O problema principal para os navegantes-descobridores era determinar sua exata localizao. Este problema envolve duas coordenadas: latitude e longitude. A determinao da primeira j havia acontecido, mas a segunda constitua um problema srio e difcil de ser solucionado. Diversos soberanos estipularam prmios para incentivar o trabalho de matemticos. Mas, dada a dificuldade do problema, somente no sculo XVII que se chegou determinao da longitude. Nas palavras de North e Thomas:O pagamento e a criao de prmios para matemticos foram gatilhos artificiais para estimular esforos, enquanto que um incentivo mais geral poderia ter sido a decretao de uma lei assegurando direitos exclusivos de propriedade intelectual incluindo novas idias, invenes e inovaes. Na ausncia de tais direitos, poucos arriscariam recursos privados para ter ganhos sociais (1973, p.3).

Segundo, h o caso de que a pirataria aumentou os custos do comrcio e reduziu a sua extenso. Uma soluo praticada largamente pelos ingleses foi pagar suborno aos piratas da frica do Norte, muito atuantes no Mediterrneo. O suborno parece ter sido eficiente porque os ganhos do comrcio livre na rea mediterrnea eram muito superiores aos custos, incluindo o suborno. Com o passar do tempo, os pases estabeleceram esquadres navais para proteger os comboios. Assim, a pirataria tendeu a desaparecer por causa da proteo aos direitos de propriedade (North & Thomas, 1973, p.3-4).Por ltimo, os autores oferecem o exemplo da poltica de terras da Espanha no incio da era moderna. Este um exemplo negativo, se assim podemos falar. Com efeito, com o crescimento populacional a terra se tornou mais escassa. Neste sentido, a taxa social de retorno cresceu pelo aumento da eficincia da agricultura. No entanto, o retorno privado no cresceu. Isto aconteceu porque a coroa espanhola havia dado a pastores direitos exclusivos (a mesta) de guiar livremente suas ovelhas atravs do pas, j que recolhia substanciais impostos desta atividade. Porm, do ponto de vista dos agricultores, no havia incentivo suficiente para arar e preparar a terra para o plantio, pois a qualquer momento a mesma poderia ser invadida por ovelhas (North & Thomas, 1973, p.4).O trabalho de Kiser e Schneider mais explicitamente delineado pela perspectiva da teoria da escolha racional. O objetivo do artigo discutir o porqu da eficincia do sistema de arrecadao de impostos da Prssia entre 1640 e 1806.No que se refere ao lugar da teoria no trabalho cientfico, Kiser e Schneider partem de uma teoria mais geral para explicitar as hipteses de trabalho, as quais so validadas ao longo do trabalho. Assim, o caso emprico serve para validar o modelo ou teoria donde as hipteses foram deduzidas.De forma mais detalhada, Kiser e Schneider refutam de antemo explicaes baseadas no modelo tpico-ideal de burocracia proposto por Weber e seus seguidores, j que a explicao mais comum da eficincia prussiana na arrecadao de impostos refere-se existncia de um sistema organizacional altamente burocratizado.Kiser e Schneider apresentam uma srie de razes que refutariam os argumentos de cunho weberiano. Primeiro, eles mostram que a maioria dos aspectos da burocratizao do sistema prussiano s ocorreu no sculo XIX. Segundo, a transio para um sistema mais burocratizado s aconteceu depois que o crescimento da eficincia do sistema de arrecadao j havia acontecido (p.188). Isto significa, segundo os autores, que a anlise weberiana falha ao no especificar as condies em que a organizao burocrtica mais eficiente (p.189).O passo seguinte o anncio da tese central desenvolvida no trabalho:[...] A eficincia do sistema de impostos prussiano foi resultado de desvios especficos das caractersticas tpico-ideais da burocracia, o que aumentou a habilidade dos dirigentes em controlar os servidores fazendrios. Ou seja, a Prssia no era mais eficiente do que os outros Estados do incio da era moderna porque era menos burocrtica, mas por causa dos modos especficos em que seu sistema de arrecadao se desviou do tipo ideal burocrtico (Kiser e Schneider, 1994, p.189. Grifo no original).

Dessa forma, assumindo que os atores sociais so racionais e auto-interessados, os autores delineiam um modelo de relaes entre agentes sociais em que o rei o agente principal e os servidores so agentes delegados. Neste modelo, o rei est interessado em maximizar os impostos lquidos, os servidores tentam maximizar a soma de suas rendas legais e decorrentes de corrupo (menos os custos de sanes contra corrupo) e os contribuintes tentam minimizar a soma de seus impostos a pagar e multas por evaso (p. 190).A partir deste modelo, Kiser e Schneider deduzem quatro hipteses que sero testadas a partir do material emprico disponvel. O resto do artigo dedicado apresentao de dados que validam a teoria e o modelo construdo a partir dela. Por fim, as concluses acerca do caso prussiano so checados contra evidncias referentes a outros pases europeus do incio da era moderna.Mais uma vez podemos apreender a dinmica de uma abordagem que difere de todas quantas so tratadas por Skocpol. Com efeito, os tericos da escolha racional partem de uma teoria delineada que servir para gerao de hipteses de trabalho que sero testadas no decorrer da anlise, e nisto ela se parece com o que Skocpol chama de demonstrao paralela da teoria. No entanto, ao voltar seu enfoque para as aes de agentes racionais que buscam maximizar seus interesses, os tericos da escolha racional que trabalham no mbito da sociologia histrica no encontram lugar no modelo de Skocpol.

Sociologia Histrica e Tipos IdeaisUma das fraquezas da tipologia de Skocpol sua incapacidade de incluir de forma apropriada a tradio associada com a abordagem tpico-ideal de Weber. Sua tentativa, atravs da incluso de Bendix, de assimil-lo ao lado ideogrfico do eixo ideogrfico-nomottico no convincente. O tipo ideal de Weber foi de fato divisado para transcender esta dicotomia. Na epistemologia de Weber, o conhecimento cientfico poderia ser to somente um modelo da realidade. Neste sentido, a abordagem tpico-ideal constitui uma tradio muito distinta na sociologia histrica. O trabalho de Reinhard Bendix representativo desta tradio. Outro o de Perry Anderson (1974).No necessrio repetir aqui o muito que se tem sido escrito acerca do tipo ideal (Rogers, 1969). No entanto, importante relembrar que os tipos ideais, como Weber explicou, so construtos mentais (1992, p.137). Eles no so nem teoria acerca de, nem descries da realidade. Eles so modelos em termos dos quais teorias e descries podem ser desenvolvidas e feitas. A tarefa do socilogo histrico, de acordo com Weber, mostrar a extenso em que esta construo ideal se aproxima ou diverge da realidade (Weber, 1992, p.137-38). Estes modelos so construtos em termos de agente e estrutura. Isto , eles representam instituies em termos das motivaes dos atores que as sustentam.Patrimonialismo um exemplo de um tipo ideal de dominao que Weber define como uma autoridade domstica descentralizada atravs da concesso de terras e, algumas vezes, de equipamento (Weber, 1978, p.1011). Esta estrutura caracterizada pelo conflito de interesses entre o governante que deseja manter seu domnio e os notveis que querem converter seus benefcios em feudos. O modelo patrimonial, pela sua prpria natureza, no corresponde a qualquer sistema histrico real. No entanto, o conceito nos permite explicar a dinmica de sistemas histricos especficos. O imprio Otomano, por exemplo, onde o detentor dos benefcios era totalmente dependente do sulto, o que mais se aproxima do modelo de Weber (Anderson, 1974).O tipo ideal um instrumento poderoso de anlise sociolgica. Um exemplo de sua utilizao, que ser analisado mais detalhadamente, Politics in the Semi-Periphery de Nicos Mouzelis. Neste trabalho, Mouzelis procura explicar porque na Argentina, Chile, Grcia e Bulgria, em contraste com a Europa ocidental, o processo democrtico ocorreu muito mais tarde.A metodologia tpico-ideal de Mouzelis pode ser contrastada com outras abordagens metodolgicas do debate sobre a democracia. Lipset, em seu famoso estudo, relacionou desenvolvimento com graus de democracia. Ele tentou correlacionar a democracia, definida como um sistema poltico que permite oportunidades constitucionais regulares para a mudana dos governantes, com nveis de desenvolvimento, definido em termos de renda, educao e hbitos de consumo (Lipset, 1960).Uma abordagem completamente diferente foi adotada por Almond e Verba que explicam a democracia em termos do que eles chamam de cultura cvica. O mtodo que eles usaram para apoiar tal afirmao foi a anlise de surveys de atitudes. Estas referem-se a atitudes com relao s instituies polticas e, de acordo com os autores, do evidncias do grau de cultura cvica (Almond e Verba, 1965).Rueschemeyer, Stephens e Stephens conectam democratizao com a mudana na balana de poder entre as classes. Tendo construdo uma teoria, eles empregam uma anlise histrico-comparativa de trs casos na tentativa de relacionar mudanas no poder das classes com o desenvolvimento democrtico (Rueschemeyer et al., 1992, p.36).Todas as abordagens acima tentam identificar relaes causais invariantes, as quais formam a base de uma teoria. O objetivo da abordagem tpico ideal, de outro lado, construir um modelo de sistema democrtico em termos das motivaes dos atores dentro do mesmo. Para Mouzelis, a democracia pode ser entendida em termos do relacionamento entre dois atores: partidos polticos e a sociedade civil. A forma na qual este relacionamento se cristaliza em um sistema poltico a institucionalizao da participao. Mouzelis distingue duas formas de institucionalizao. A incluso onde os atores se representam autonomamente nos partidos. Isto corresponde aproximadamente ao caso da Europa ocidental. A incorporao onde eles so capturados, em certo sentido, pelas elites polticas. Este o caso da semi-periferia.A partir desta distino conceitual bsica Mouzelis constri um tipo ideal de incorporao. Em um extremo, os lderes estabelecem um relacionamento no-mediatizado com as massas. Nesta situao os chefes partidrios, no possuindo ou efetivamente controlando cargos administrativos, so dependentes da vontade arbitrria do governante. medida que a massa torna-se disponvel para o lder poltico, o aparato partidrio pode ser posto de lado (Mouzelis, 1986, p.86). Isto o que conhecido como populismo. Por outro lado, quando poderosos chefes locais conseguem ganhar uma fatia do eleitorado local, eles podem agir como um aventureiro poltico relativamente independente ou como um sub-contratante mais do que como uma pea descartvel da organizao partidria (Mouzelis, 1986, p.93). Nesta situao, temos um sistema clientelista clssico.Assim, o objetivo do trabalho mostrar a medida em que este modelo pode ajudar a iluminar uma trajetria histrica especfica, isto , a experincia da instabilidade poltica na semi-periferia. Na viso de Mouzelis, o perodo de abertura do sistema poltico para a participao das massas fundamental porque ela estabelece os contornos dentro dos quais a participao ocorrer. Uma vez que um sistema de interao esteja em funcionamento ele se reproduz at que seja alterado por uma grande crise. Tendo construdo este modelo, ento possvel observar a abertura real do processo poltico o que o autor chama de modo de transio para a poltica ps-oligrquica nestes termos.No caso da Argentina, o perodo de abertura crucial a nova lei eleitoral de Saans Pea, de 1912, a qual tornou possvel a eleio de Hiplito Yrigoyen para a presidncia em 1916. Este o perodo em que a Argentina fez a transio para a poltica de massas. H muitas formas de interpretar este desenvolvimento; por exemplo, como um tipo de revoluo burguesa. Para Mouzelis, no entanto, o tipo ideal de populismo, o qual reala a subordinao do aparato partidrio vontade dos lderes, ajuda a iluminar um aspecto importante do sistema argentino. O que vemos surgir na Argentina, ele argumenta, a emergncia de um partido de massas baseado nas redes nacionais de patronagem e a criao de um estilo de liderana intensamente personalstico e plebiscitrio (Mouzelis, 1986, p.24).Este controle de rgos partidrios por aventureiros polticos, uma vez institucionalizado, teve duas conseqncias. A primeira foi que ele abriu caminho para um aventureiro poltico como Pern. Ele foi simplesmente o produto lgico de um sistema partidrio personalista particular. O outro foi que este sistema de patronagem, uma vez estabelecido, foi relativamente incapaz de incorporar novos atores de uma forma autnoma. Em outras palavras, a incluso de atores na sociedade civil, tal como os sindicatos, s se tornou possvel na base da patronagem. Obviamente, isto foi a receita para a instabilidade e tornou mais provvel a poltica de excluso na forma de uma ditadura. A ditadura na Argentina, de acordo com Mouzelis, pode ser explicada como resultado deste sistema partidrio mais do que como um problema de militarismo ou como resultado de necessidades do capitalismo (Mouzelis, 1986, p.194).No caso da Grcia, o perodo de abertura coincidiu com a entrada espetacular de Venizelos e seu recm-fundado Partido Liberal na poltica grega em 1910. Em contraste com a situao na Argentina, esta abertura do processo poltico no envolveu a criao de um aparato partidrio populista. Na verdade, Mouzelis argumenta que os chefes locais conseguiram reter o controle dos eleitores locais, o que se aproxima mais da forma clientelista do que da forma populista de organizao. Isto explicado por trs importantes fatores. Primeiro, o fato de que no havia uma poderosa oligarquia agrria ameaando com uma reviravolta significa que no havia necessidade de uma mobilizao de tipo populista. Segundo, a ausncia de uma classe trabalhadora urbana radical em Atenas deixou os liberais sem uma arma poderosa. Terceiro, a tentativa de formar partidos polticos de massa na base do carisma individual sempre falhou por causa da continuada prtica de patronagem nas reas rurais.Esta , em forma abreviada, uma ilustrao do uso do tipo ideal na sociologia histrica. Ele difere das outras abordagens que estamos tratando aqui. Primeiro, ele no se baseia em uma teoria que pode ser confirmada ou falsificada. A questo chave a ser perguntada ao tipo ideal no se ele correto ou no. Na verdade, a questo se ele ilumina ou d sentido evidncia histrica disponvel. Por exemplo, pode-se argumentar que o populismo, tal como Mouzelis o descreve, no explica completamente a queda do regime democrtico na Argentina por que ele ignora fatores geopolticos. Isto pode ser verdade. No entanto, o modelo populista ilumina sobremaneira ao ajudar-nos a interpretar aspectos do sistema argentino, incluindo o problema da queda do sistema democrtico. Esta ausncia de falsificabilidade, naturalmente, pode ser tomada como uma fraqueza. No entanto, isto depende largamente da viso que se tem do objetivo das cincias sociais.

Macro-Estruturalismo: Theda SkocpolA quarta categoria que utilizamos pode ser descrita como macro-estrutural. Em contraste com a abordagem tpico-ideal, o principal objetivo desta abordagem no realar a diferena, mas construir uma teoria que pode ser a base para generalizaes. H naturalmente diferentes formas de estabelecer uma generalizao. O mtodo preferido por esta abordagem identificar um mecanismo causal que alegadamente seja invarivel e ento construir um teoria sobre esta base.Se tomarmos o exemplo da revoluo podemos ver que a abordagem macro-causal cobre um largo espectro englobando desde o prprio trabalho de Skocpol, o qual objetiva generalizaes limitadas, passando pelo trabalho de Jeffrey Paige (1975) que procura explicar certo nmero de casos, at, no outro extremo, o trabalho de algum como Crane Brinton (1965) que constri uma teoria que pretensamente se aplica literalmente a todas as revolues. Outros que podem ser situados entre os dois extremos so Tilly (1981), Gurr (1970), Davies (1962), Goldstone (1982) e Trimberger (1978). Apesar de diferirem amplamente com relao teoria que adotam, todos tm em comum um compromisso com o que descrevemos na primeira seo como abordagem nomottica: a crena em que a generalizao o objetivo da explicao sociolgica.Como estudo de caso, tomaremos a prpria abordagem de Skocpol. No porque a dela seja necessariamente a melhor, mas porque Skocpol, mais do que qualquer outro(a) socilogo(a), fez muito para popularizar a metodologia comparativa. Em seus escritos metodolgicos, Skocpol tornou-se famosa por reavivar o Mtodo da Concordncia e da Diferena de John Stuart Mill. No sexto livro de sua Lgica Mill anunciou uma estratgia que poderia ser empregada pelos cientistas sociais na tentativa de desenvolverem explicaes cientficas (Mill, 1987). O objetivo da explicao cientfica nas cincias naturais identificar relacionamentos causais invariveis que atuam como um meio para o estabelecimento de uma teoria. Nestas cincias isto pode ser feito atravs de experimentos em que as variveis podem ser artificialmente alteradas e controladas. bvio que os socilogos no podem conduzir experimentos desta forma. No entanto, a histria, de acordo com os comparativistas, , em certo sentido, um tipo de laboratrio em que eventos similares se repetem muitas vezes. Em lugar de estabelecer um experimento e repeti-lo, os socilogos podem comparar eventos similares que se repetiram vrias vezes. O mtodo comparativo estabelece regras que devem ser seguidas no isolamento de relacionamentos causais atravs da comparao de certo nmero de eventos similares. H dois procedimentos bsicos no mtodo comparativo de Mill. O primeiro o Mtodo da Concordncia. Neste compara-se casos positivos onde o fenmeno que est sendo investigado est presente. Se todos estes casos positivos, sendo de outra forma completamente diferentes, tm alguma outra varivel antecedente crucialmente importante em comum, ento h pelo menos uma chance de que esta seja o fator causal. No entanto, a correlao entre duas variveis no prova que h uma causa. Aqui onde entra o Mtodo da Diferena. Agora compara-se os casos positivos com outros negativos onde o fenmeno que est sendo investigado no est presente. Se nestes casos negativos a varivel causal tambm est ausente ento h mais evidncia de que se isolou o fator causal. Skocpol assegura que fez disto a base de seu prprio trabalho sobre o que ela chama de revolues sociais.Revolues parecem ser uma boa base para a anlise comparativa. Elas parecem ser eventos similares que tm se repetido vrias vezes no curso da histria. No necessrio entrar aqui no debate terico sobre revolues que precedeu o trabalho de Skocpol. Basta dizer que Skocpol rejeita as teorias voluntaristas da revoluo, incluindo a o marxismo. Nenhuma revoluo social bem sucedida foi feita por um movimento revolucionrio (Skocpol, 1979, p.17). Ela descreve sua prpria abordagem como organizacional, realista e argumenta que a revoluo resultado de uma crise de reproduo do Estado. A crise de reproduo causada pela convergncia de dois eventos: envolvimento em conflito internacional com outro Estado combinado com a oposio de importantes grupos sociais de dentro da sociedade. Isto pode ser formulado como uma generalizao: se durante a mobilizao para enfrentar uma crise externa um Estado se v diante de grupos sociais que alcanaram certa organizao na luta contra o mesmo, ento a revoluo se seguir.Como afirma Skocpol (1979, p.81)Pelo fato de que os antigos regimes enfrentaram presses de naes mais desenvolvidas e pelo fato de que estas presses levaram a conflitos polticos internos entre as autoridades autocrticas e as classes dominantes..., [tambm] pelo fato de que estas foras possuam certo poder dentro da maquinaria formalmente centralizada dos Estados monrquicos, sua resistncia desorganizou estas maquinarias.

Neste estudo Skocpol toma as revolues sociais na Frana, Rssia e China como estudos de caso.O captulo sobre os Estados em crise tem dois objetivos. Primeiro, de acordo com o Mtodo da Concordncia, ela quer mostrar que, apesar destes casos serem diferentes em muitos aspectos, eles tm, no entanto, uma coisa em comum: o conflito a nvel internacional, no qual o Estado do antigo regime torna-se envolvido, aciona a crise de reproduo ao expor a organizao de grupos-chave contra o Estado.Apesar do fato de que estes pases eram muito diferentes crises revolucionrias emergiram. A anlise dos casos da Frana e da China devotado a ilustrar como, antes da revoluo, as classes dominantes agrrio-comercial relativamente prsperas alcanaram certa organizao poltica coletiva dentro e contra as maquinarias administrativas das autocracias monrquicas (Skocpol, 1979, p.80). Na Frana isto foi alcanado parcialmente atravs da prtica da venda de cargos. Na China a conexo entre o mandarinato e a pequena nobreza foi um fator crucial. No caso da Rssia, por outro lado, apesar da fraca nobreza agrria ter menos organizao, no entanto, a economia agrria e a estrutura de classes serviram como freios para a industrializao guiada pelo Estado, tornando assim a modernizao impossvel (Skocpol, 1979, p.99). Isto criou limites decisivos ao nvel da sociedade sobre o escopo de opes scio-polticas disponveis para as elites em luta pelo poder nacional (Skocpol, 1979, p.113). Em todos os trs casos o efeito final foi a queda da monarquia.O prximo passo de Skocpol fortalecer seu argumento pelo emprego do Mtodo da Diferena. Ela argumenta que o Japo e a Prssia so similares em vrios aspectos pois eles tambm eram burocracias agrrias que enfrentaram presses externas. A diferena entre os casos a presena ou ausncia de uma classe dominante agrria com participao na poltica institucional (Skocpol, 1979, p.110). Com referncia a ambos os casos Prssia e Japo ela argumenta que, atravs de movimentos de reforma nos dois pases, no sculo XIX, as classes dominantes agrrias foram efetivamente incorporadas no projeto de modernizao. Isto significa que a agricultura foi modernizada e isto, por sua vez, forneceu a base para a modernizao do Estado quando o problema da interveno internacional apareceu.O mesmo mtodo agora aplicado questo da insurreio camponesa. Sem um levante campons a revoluo era impossvel. Mas era a extenso e o enfoque anti-senhores agrrios das revoltas camponesas nestes casos que lhes deu o potencial revolucionrio. Na anlise das revolues francesa, russa e chinesa ela encontra justamente este fator:Elas [as revoltas camponesas] se espalharam e foram dirigidas contra os senhores agrrios... Pelo fato de terem se espalhado por amplas reas da Frana, Rssia e China as revoltas camponesas alcanaram um impacto que transcendeu as localidades nas quais as organizaes camponesas permaneceram confinadas (Skocpol, 1979, p.113).

Quadro 1. Utilizao do Mtodo Comparativo Por Theda SkocpolMtodo ComparativoPasesVariveisRevoluo

Crise do GovernoRebelio Camponesa

Da ConcordnciaFranaSimSimSim

RssiaSimSimSim

ChinaSimSimSimDa DiferenaInglaterraNoNoNo

Prssia/AlemanhaNoNoNo

JapoNoNoNo

Aqui tambm, de acordo com o Mtodo de Mill, dois contrapontos so analisados: os casos ingls e alemo. Em nenhum destes pases ocorreu uma revoluo social. Em nenhum tambm, de acordo com a anlise de Skocpol, ocorreu uma revoluo camponesa. Em ambos os casos um fator significante foi que os sistemas de classes agrrios e as estruturas polticas deram poder preponderante aos senhores agrrios e no s comunidades camponesas. O resultado disto foi que os camponeses no ficaram em posio de se rebelaram em um momento de crise social. Durante as reformas crticas do Estado no Japo e na Prssia no houve levantes camponeses similares aos que ocorreram nos trs casos de revoluo social. Isto, ento, parece fortalecer o argumento acerca da relao entre revoluo social e revoltas camponesas.Esta , resumidamente, uma descrio do argumento e do mtodo de Skocpol. A vantagem bvia deste mtodo que ele se aproxima do das cincias naturais. Skocpol assegura no ter somente identificado um relacionamento causal, mas tambm constri uma teoria que explica trs importantes eventos empricos. Naturalmente, ela argumenta que o mtodo comparativo aplica-se somente a um nmero limitado de casos (Skocpol & Somers, 1980, p.193). No entanto, no h nada nesta metodologia, tal como especificado por Skocpol, que a previna de ser usada para se verificar a validade de uma teoria em um grande nmero de casos. Neste sentido, no h, em princpio, diferena entre a abordagem de Skocpol das revolues e aquela de Paige. A diferena est na claridade da especificao e na profundidade de tratamento dos estudos de caso.No entanto, esta aspirao ao status cientfico que problemtica. O grande apelo da teoria de Skocpol est na sua causalidade limitada a poucas variveis, pois pretendeu explicar eventos histricos em termos de duas causas crise de governo e rebelio camponesa. A este respeito, no entanto, importante relembrar que o prprio Mill reconheceu que o seu Mtodo no era plausvel nas cincias sociais por causa da pluralidade de causas: os fenmenos sociais so aqueles nos quais a pluralidade prevalece em sua mxima extenso (Mill, 1987, p.70). Um dos paradoxos do causalidade limitada de Skocpol que ele torna sua teoria muito aberta falsificao; na verdade, argumentamos que ela falsificou, em um estudo posterior, sua prpria teoria (Cf. Skocpol, 1994a). Mas talvez, de uma perspectiva popperiana, isto mesmo representa um avano na cincia.

ConclusoQualquer tipologia , intrinsecamente, incompleta, pois modelos utilizados para a observao da realidade so sempre apenas aproximativos. Neste sentido, no pretendemos ter apresentado uma tipologia definitiva capaz de englobar quaisquer trabalhos produzidos no mbito da sociologia histrica.Destas observaes pode ser extrada, ento, uma questo: para que mais uma tipologia? A resposta, para ns, pode ser encontrada na concepo cumulativa de cincia tal como expressa por Alexander (1987). Com efeito, para este autor, novos modelos/ tipologias, para terem razo de existir, devem ser superiores aos seus concorrentes anteriores. Em outras palavras, um novo modelo deve explicar tudo o que o modelo anterior explica, e um pouco mais.Assim, reclamamos para a nossa tipologia uma superioridade explicativa sobre a de Theda Skocpol, pois, seguindo os parmetros de Alexander, nosso modelo consegue incluir todas as tradies analisadas por esta autora a sociologia histrica estruturalista em todas as suas variaes , ao mesmo tempo em que engloba distintas tradies na sub-disciplina cujo foco de anlise a ao do agente social os interpretativistas e os tericos da escolha racional. Dito em outras palavras, nossa tipologia revelou-se mais inclusiva do que aquela divisada por Skocpol.Por fim, vale ressaltar que nossa tipologia provou ser superior pela recusa ao reducionismo de Skocpol cujo modelo assenta-se to somente na oposio ideogrfico-nomottica. A introduo que fizemos de um eixo complementar agente-estrutura provou ser frutfero na medida em que podemos apreciar tambm a contribuio de autores relegados ao esquecimento no modelo de Skocpol.

BibliografiaNota Explicativa: Segue-se uma extensa bibliografia referente, em geral, sociologia histrica. Alm das obras citadas/discutidas ao longo deste trabalho, decidimos adicionar outros ttulos que possam servir para aprofundamento de leituras de tantos quantos se interessam ou venham a se interessar pela sociologia histrica. Para facilitar o trabalho dos leitores, dividimo-la em cinco subdivises. Alm das subdivises bvias sobre cada uma das abordagens identificadas acima, h uma primeira subdiviso que inclui obras de carter geral no referentes sociologia histrica , assim como obras que so introdutrias subdisciplina.Como reconhecemos acima, nossa tipologia est longe de ser definitiva. Neste sentido, alguns autores no se encaixam facilmente no modelo, pois cruzam as fronteiras. Preferimos inclui-los na primeira subdiviso para no violar muito nem a obra dos mesmos, nem nossa tipologia. Outros autores passam gradativamente, ao longo de sua produo acadmica, de uma abordagem para outra. Assim que um ou outro autor ser encontrado em mais de uma subdiviso.Uma nota final refere-se a autores que no se identificam, nem so identificados como socilogos histricos, caso notrio de Jon Elster. Mas, como alguns de seus trabalhos tm certo flavour de sociologia histrica e podem bem ilustrar certas afirmaes importantes neste artigo, decidimos inclui-los na bibliografia abaixo.

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OS AUTORES:

Terry Mulhall, PhD em sociologia pela London School of Economics (1992), foi professor da Universidade de Greenwich e da prpria LSE e editor da revista Nations and Nationalism. Atualmente professor-visitante (bolsista CNPq) de sociologia histrica do Programa de Ps-Graduao em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco.Tel. (081) 271-8285 (UFPE)TeleFax (081) 271-8284 (UFPE)e-mail: [email protected]

Jorge Ventura de Morais, PhD em sociologia pela London School of Economics (1992) professor adjunto de teoria sociolgica contempornea do Programa de Ps-Graduao em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco.Tel. (081) 271-8285 (UFPE)TeleFax (081) 271-8285Tel. (081) 967-2735 (celular)e-mail: [email protected]