Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas - jornal SOBRAC · 2013. 2. 17. · 5 A Sociedade...

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Informativo da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas Ano 2008 • Jan./Mar. nº 8 SOCIEDADE BRASILEIRA DE ARRITMIAS CARDÍACAS jornal jornal Sumário Editorial 3 Palavra do Presidente da SOBRAC 3 SOBRAC em Foco 5 e 7 Ablação percutânea da fibrilação atrial: Para onde estamos indo? 9 Ablação de pacientes assintomáticos com ECG padrão WPW 10 Prevenção de choques pelo CDI: ablação do substrato da taquiarritmia ventricular 11 Mortalidade em chagásicos tratados com CDI 12 Reprocessamento de cateteres de Eletrofisiologia 13 XII Boston Atrial Fibrillation Symposium 14 Novidades na Flórida 14 SOBRAC Não perca tempo Faça já sua inscrição antecipada!!!!!! Consulte a programação no site da SOBRAC – www .sobr ac.org

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Informativo da Sociedade Brasileira de Arritmias CardíacasAno 2008 • Jan./Mar. nº 8

SOCIEDADE BRASILEIRADE ARRITMIAS CARDÍACAS jo

rnal

jorn

alSumário

Editorial

3Palavra do Presidente da

SOBRAC

3SOBRAC em Foco

5 e 7Ablação percutânea da

fibrilação atrial: Para ondeestamos indo?

9Ablação de pacientes

assintomáticos

com ECG padrão WPW

10Prevenção de choques pelo

CDI: ablação do substrato dataquiarritmia ventricular

11Mortalidade em chagásicos

tratados com CDI

12Reprocessamento de

cateteres de Eletrofisiologia

13XII Boston Atrial Fibrillation

Symposium

14Novidades na Flórida

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SOBRAC

Não perca tempoFaça já sua inscrição antecipada!!!!!!

Consulte a programação no siteda SOBRAC – www.sobrac.org

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Anúncio2ª capaSt. Jude

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Jornal SOBRAC é o boletim informativo daSociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas,uma publicação trimestral com tiragem de10.000 exemplares, distribuído gratuitamenteaos sócios da SOBRAC e SBCEditorHélio Lima de Brito Jr.Editores AssociadosFábio Sândoli de Brito e João PimentaRedaçãoSOBRACSociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.R. Estevão Baião, 750 • Campo BeloSão Paulo • CEP 04624-002Tel.: (11) 5543.0059 • 5543.1824 • 5543.0036Fax.: (11) 5531.6058 • Site: www.sobrac.orgE-mail da secretaria: [email protected]ão de portuguêsMaria Olinda VenancioE-mail: [email protected]ção e impressãoIpsis Gráfica e Editora S.A. Rua Dr. Lício deMiranda, 451 • CEP 04225-030 • São Paulo • SPTel.: (11) 2172.0511 • Fax: (11) 2273.1557

EditorialDiretoriaPresidenteLeandro Ioschpe ZimermanVice-PresidenteRoberto CostaDiretor FinanceiroRicardo Ryoshim KuniyoshiDiretor CientíficoGuilherme FenelonDiretor AdministrativoLuiz Pereira de Magalhães

CoordenadoresEletrofisiologiaJosé Tarcísio Medeiros de VasconcelosArritmia ClínicaEduardo Machado AndreaMétodos Não InvasivosDenise Tessariol HachulEstimulação CardíacaSilvana Angelina D’Orio NishiokaÁreas AliadasVeruska Hernandes Campos MariaInformáticaHenrique César de Almeida MaiaTítulo de EspecialistaAdalberto Lorga FilhoCirurgia de Dispositivos ImplantáveisLuiz Antonio Castilho TenoPreConCésar José GrupiComissão de Ética e Defesa ProfissionalMarcio Jansen de Oliveira FigueiredoJornal SOBRACHélio Lima de Brito JúniorAdministradorMarco Antonio Ferreira dos SantosAssistente AdministrativaTatiana Nunes de OliveiraConselho DeliberativoÂngelo Amato Vincenzo de PaolaMartino Martinelli FilhoFernando Eugênio Santos Cruz FilhoSérgio Gabriel RassiMaurício Ibrahim ScanavaccaAyrton Klier PéresJacob AtiéMarcio Luiz Alves FagundesJosé Carlos Moura JorgeConselho FiscalJosé Carlos RibeiroMarcio Jansen de Oliveira FigueiredoWashington Andrade MacielEduardo Benchimol SaadLuiz Eduardo Montenegro CamanhoHenrique Horta Veloso

“O único lugar onde o sucesso vemantes do trabalho é no dicionário.”

(Albert Einstein)

Caros Colegas,Mudou o ano, mudou a Diretoria, mas o

objetivo continua o mesmo: o desenvolvimen-to da área de arritmias cardíacas no Brasil. Estajá uma longa história, que passou de Grupode Estudos a Departamento, e daí à Socieda-de. Grandes nomes nas Presidências e nas Di-retorias, com muitas idéias e muito esforço,levaram a SOBRAC ao que temos hoje: umaSociedade com grande número de sócios,aberta, com colegas das mais diferentes áreasdas arritmias cardíacas, das arritmias clínicasaos dispositivos implantáveis.

A Gestão 2006-2007, sob a presidência do Dr.Martino Martinelli Filho, foi extremamente dinâ-mica. Foram criados o Jornal SOBRAC, os Pro-gramas de Educação Continuada (PrECon), aCampanha Nacional de Prevenção das Arrit-mias Cardíacas e Morte Súbita, reestruturado osite, entre outras coisas. Agora, o momento é de,antes de mais nada, consolidar estes avanços para,em seguida, ocupar novos espaços.

A diretriz de ablação em Fibrilação Atrialestá para ser finalizada, enquanto outras se-rão feitas. A área de ética na defesa profissio-nal está sendo cada vez mais valorizada, paradar o respaldo necessário a todos para quepossam exercer o seu trabalho de forma dig-na. O 25º Congresso Brasileiro de ArritmiasCardíacas, completando suas bodas de prataem Salvador neste 2008, é um sucesso que serenova e aumenta a cada ano. O JornalSOBRAC, com circulação para 10.000 cardio-

logistas do Brasil, alémde divulgar novidadescientíficas, tem a funçãode manter os sócios daSOBRAC a par do queestá sendo feito e pla-nejado. O site deve setornar mais interativo emais informativo.

O incentivo à pesquisa, com participaçãoda SOBRAC em trabalhos multicêntricos inter-nacionais, está sendo organizado. E assimcomo estas, várias outras ações estão sendoplanejadas.

A SOBRAC hoje é uma sociedade madu-ra, com sede, situação financeira estável e ca-minhos bem definidos. A educação constan-te, a difusão dos conhecimentos na área dasarritmias, a luta por condições e remunera-ção adequadas, estas são as bandeiras quecarregamos.

Não posso terminar esta mensagem semfazer elogios à diretoria que sai pelo modocomo conduziu e a situação em que deixou asociedade. E com um grande agradecimentoaos colegas que aceitaram participar deste tra-balho pelos próximos dois anos. São pessoasde alta qualidade individual, convívio pessoalfácil e que têm um forte espírito de grupo.Estamos todos com a certeza de que os próxi-mos dois anos serão de grandes conquistas eque, acima de qualquer outra coisa, não faltarátrabalho e vontade de acertar.

A SOBRAC está aberta aos sócios. Participe!

Leandro Ioschpe Zimerman

A nova Diretoria da Sociedade Brasileirade Arritmias Cardíacas (SOBRAC), biênio2008/2009, consciente da necessidade demanter um canal de comunicação eficaz comtodos os seus sócios e demais colegas cardio-logistas brasileiros, renova o objetivo de in-vestir no seu boletim informativo - o JornalSOBRAC, publicação trimestral, com tiragemde 10.000 exemplares e distribuição gratuitaa todos os seus sócios e também aos sóciosda Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

O Jornal SOBRAC segue publicando arti-gos do tipo “evidências científicas”, onde per-guntas e respostas, assim como revisões curtase objetivas da literatura, são dirigidas tanto parao cardiologista clínico quanto para o especia-lista em arritmias. O Jornal SOBRAC, sob o tí-tulo “SOBRAC em foco”, veicula notícias admi-nistrativas e outros temas de interesse dos só-cios. Adicionalmente, publica-se um calendário

de eventos científicos,nacionais e internacio-nais, relacionados com aespecialidade.

Nesta edição temos adiscussão de assuntos im-portantes: ablação da fi-brilação atrial, de pacien-tes assintomáticos compré-excitação ventriculare do substrato da taquicardia ventricular em pa-cientes com CDI. Adicionalmente, mortalidadeem chagásicos portadores de CDI e reproces-samento de cateteres em eletrofisiologia são te-mas abordados.

Boa leitura!

Hélio L. Brito Jr.Editor

Palavra do Presidente da SOBRAC

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A Sociedade Brasileira de Arritmias Car-díacas – SOBRAC tem o prazer de convidá-lospara o 25º Congresso Brasileiro de ArritmiasCardíacas que acontecerá de 3 a 6 de dezembrode 2008, na cidade de Salvador – Bahia. Trata-se,portanto, de evento de grande importância paraa nossa sociedade, que deverá contemplar oscongressistas com apresentações e discussõessobre temas em arritmias cardíacas, pesquisa clí-nica e experimental, diagnóstico e tratamentodos distúrbios do ritmo. Além da tradição quenorteia a organização dos eventos da SOBRAC,abrilhantados pela participação de sócios expo-

entes e fundadores desta sociedade, teremosoportunidade de dar seguimento à tarefa decompartilhar o conhecimento na área de arritmiacardíaca com colegas clínicos e de outras áreas,como cardiopediatras, neurologistas e hematolo-gistas. Os temas serão divididos em Arritmias Clí-nicas, Eletrofisiologia Cardíaca, DispositivosImplantáveis e Programação para ProfissionaisAliados. Teremos ainda o já tradicional CursoInterativo de Arritmias para o Clínico, além doSimpósio Luso-Brasileiro. Contaremos com apresença de convidados nacionais de eleva-do nível, e renomados convidados estrangei-

ros. Como não poderiadeixar de ser, além da pro-gramação científica à al-tura do vigésimo quintoencontro anual da socie-dade, a cidade de Salvador os aguarda na cer-teza de poder proporcionar momentos apra-zíveis, aliados a rica culinária, folclore, ritmo etradição.

Aguardamos a sua participação!

Luiz Pereira de MagalhãesPresidente do CBAC 2008

Mensagem do 25º Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas- CBAC 2008

Sobrac em Foco

Prezados colegas,Após as recentes, numerosas e importantes

modificações ocorridas na SOBRAC, que reper-cutiram positivamente na estrutura desta socie-dade, iniciamos esta nova gestão com o intuitode consolidar as ações e conquistas da últimadiretoria. Temos como desafio a manutenção eaperfeiçoamento das atividades proporcionadaspela SOBRAC, tais como cursos do Programa deeducação continuada (PrECon), novo site, rea-lização ininterrupta de provas para obtenção decertificado em Arritmia Clínica e Eletro-fisiologia, Jornal, e Campanha Nacional de Pre-venção de Arritmias Cardíacas e Morte Súbi-ta. Dentro do novo organograma da SOBRAC,temos a criação da Coordenadoria de Cirurgia

em Arritmia e Dispositivos Implantáveis, as-sim como a Coordenadoria de Título de Espe-cialista, sob responsabilidade do Dr. Luiz Castilhoe Dr. Adalberto Lorga Filho, respectivamente.

A partir disto, esta Diretoria criou metaspara o biênio 2008-2009. Entre as quais, a con-clusão da Diretriz de FA, manutenção docadastramento de sócios, atualização conti-nuada do site, realização de 11 Cursos de Edu-cação Continuada (PrECon), II Curso deReciclagem em Eletrofisiologia, prova paraos Aliados, e Campanha Nacional de Preven-ção de Arritmias Cardíacas e Morte Súbita2008. Será atualizada e reeditada a recomen-dação para cobrança de Honorários Médicos,utilizando a Classificação Brasileira Hierar-

quizada de Procedimentos Médicos e TabelaAMB.

A boa comunicação é ponto importantepara o contínuo crescimento da SOBRAC, le-vando aos associados informações atualizadas.Além do portal da SOBRAC (www.sobrac.org),o sócio poderá entrar em contato direto comnossa assistente executiva em São Paulo, Sra.Tatiana Nunes ([email protected]).

Esperamos que a SOBRAC continue a seaperfeiçoar no intuito de levar informaçãocientífica e profissional para cada sócio.

Com meu cordial abraço,

Luiz Pereira de Magalhães

Diretoria Administrativa

Caros amigos,Esta edição do Jornal SOBRAC é a primeira

a cargo desta diretoria, recém empossada parao biênio 2008-2009. O crescimento expressivoda nossa sociedade ao longo dos últimos anosmotivou a expansão dos serviços oferecidospela SOBRAC a seu associado: ampla e confor-tável sede própria foi inaugurada em São Pau-lo, o site foi totalmente reformulado e amplia-do, este Jornal passou a ser editado e o Progra-ma de Educação Continuada (PrECon) foi ins-tituído, atingindo inegável sucesso. Isso semmencionar a “jóia da coroa”, o Congresso Bra-sileiro de Arritmias, a cada edição maior e maisvibrante. Essas importantes conquistas aumen-tam sobremaneira a responsabilidade destagestão. Além de consolidar esses recentes avan-ços, é necessário criar mecanismos capazes deatender rapidamente as demandas de um qua-dro de sócios cada dia mais exigente.

Diretoria Científica: Muito a realizar no biênio 2008-2009!No que diz respeito à Diretoria Científica,

teremos como meta central incrementar aeducação continuada, não apenas dos médi-cos, mas também dos profissionais aliados.Para atingir esse objetivo, precisamos nosaproximar cada vez mais dos nossos sócios.Interatividade é a palavra de ordem. Isso pas-sa por levar o PreCon a todas as regiões dopaís, promover cursos a distância e explorarao máximo o potencial do site como fer-ramenta de ensino e atualização. Ademais,procuraremos aprimorar as provas de habili-tação em eletrofisiologia e arritmia clínica eestimular o interesse pelas sessões de temas-livres do congresso. Nesse sentido, várias me-didas estão sendo preparadas e serão anun-ciadas em breve. Por derradeiro, novas dire-trizes e registros também deverão ser reali-zados. Traremos mais novidades na próximaedição do jornal.

Gostaria de finalizaragradecendo o voto deconfiança recebido naeleição desta diretoria,realizada em Porto Ale-gre, ao qual esperamoscorresponder integral-mente. Sabemos que asexpectativas do associado são grandes e as de-mandas crescentes. Contudo, estejam certosque faremos todo o possível para engrandecercada vez mais nossa sociedade. Gostaríamos decontar com vocês para nos auxiliar no cumpri-mento dessa tarefa.

Enviem suas críticas e sugestões [email protected].

Muito obrigado e um forte abraço a todos!

Guilherme Fenelon

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O ano mal começa, e a nova Diretoriada SOBRAC já está na ativa! A nossa pri-meira reunião ocorreu logo no começo doano, para não deixar o ritmo do Congres-so de Porto Alegre cair... Afinal, é isso queinteressa!

Confesso que uma das principais preo-cupações da Coordenadoria de Ética e De-fesa Profissional, função que recebi commuita honra, era saber exatamente a atua-ção junto aos colegas da nova Diretoria.Ainda na capital gaúcha, nem bem havía-mos sido conduzidos às nossas funçõespela Assembléia, alguns colegas já busca-vam orientações sobre a postura frente aosconvênios, ou sobre assuntos relacionadoscom remuneração de procedimentos, espe-cialmente os que envolvem tecnologiasmais modernas. Pois essa primeira reuniãoserviu justamente para afinar o diapasão ecombinar qual será o rumo que o atual gru-po dará para a atuação da Sociedade. Afi-nal, a ética profissional depende de váriosaspectos, que passam pela educação con-tinuada, por exemplo.

Assim, o tema foi debatido e a orien-tação é de que a Coordenadoria promo-verá debates sobre o assunto, evitando,porém, tomar partido ou mediar nego-ciações que envolvam assuntos econômi-cos, para não deixar que sejam levanta-das questões com possíveis conflitos deinteresses ou posições tendenciosas. Aproposta é a de discutir amplamente oassunto e munir os sócios de argumen-tos para que as negociações com convê-nios, hospitais ou fornecedores sejam fei-tas da melhor maneira possível. Visandoa esse objetivo foi proposta, como açãoinicial, a revisão de antigas Recomenda-ções do DAEC para a utilização de tabe-las, como a da AMB, para realização deprocedimentos de eletrofisiologia. Essetrabalho já está em curso, e desejamosque seja útil para todos os colegas.

Além disso, a Coordenadoria buscará dis-cussões com associações de Cardiologia quedisponham de cargos envolvidos com ques-tões éticas. A Sociedade Brasileira de Cardio-logia e a Sociedade de Cardiologia do Esta-

do de São Paulo, por exemplo, têm as suasDiretorias de Qualidade Profissional. O de-bate e a troca de experiências nessa áreaserá, seguramente, de muita utilidade paraa prática da cardiologia voltada para um as-sunto tão nobre quanto delicado, os distúr-bios do ritmo.

Enfim, muitos desafios são colocados,e esperamos que, com a contribuição detodos os interessados, os obstáculos se-jam transpostos, para que nossos esfor-ços se voltem apenas para o bem-estardos pacientes.

Um grande abraço,

A área de aliados conta com profissio-nais das mais diversas áreas do conheci-mento, entre eles enfermeiros, engenhei-ros, biomédicos, psicólogos, fisioterapeu-tas, nutricionistas e técnicos, cuja área deatuação direciona-se para a EletrofisiologiaClínica e/ou Invasiva e Estimulação Cardía-ca Artificial.

Com o aumento da complexidade dosprocedimentos no Laboratório de Eletrofi-siologia e Estimulação Cardíaca Artificial,bem como a diversidade de informações naprática clínica, torna-se cada vez mais ne-cessário a atuação de profissionais capaci-tados para assistir o paciente e apoiar aequipe médica. A promoção de conheci-mento é, sem dúvida, um dos caminhospara atenuar essa necessidade. A atuaçãosem a compreensão dos propósitos por trásdas ações cria sentimentos de incertezasque podem gerar erros.

Coordenadoria de Profissionais Aliados

A SOBRAC, por meio da Coordenadoriade Profissionais Aliados, tem como objeti-vo promover educação continuada atravésde cursos realizados via internet tanto naárea de eletrofisiologia clínica e invasivacomo na área de estimulação cardíaca arti-ficial, além da realização da prova de habi-litação a ser realizada durante o Congres-so Brasileiro de Arritmias Cardíacas, queirá certificar os profissionais que realizaramo curso.

Cabe enfatizar a necessidade tambémde atender as portarias que regem as Polí-ticas Nacionais de Saúde do Sistema Úni-co de Saúde. A Portaria n°. 210, de 15 dejunho de 2004, descreve os requisitos paraa assistência em Alta ComplexidadeCardiovascular e especifica que o enfer-meiro coordenador do Laboratório deEletrofisiologia seja Especialista em Car-diologia. A ligação com outras sociedades

nas quais esses profissionais estão inseri-dos, como a SOBENC e a Diretoria de En-fermagem da SBHCI é uma ferramenta im-portante para expandir o objetivo da edu-cação continuada.

Esperamos poder desempenhar essasações neste ano e obter um resultado ex-celente. Para isso, convido todos os pro-fissionais aliados envolvidos na área parafiliar-se à nossa sociedade, a fim de quepossamos juntos difundir essa área deatuação.

Sobrac em Foco

Coordenadoria de Ética e Defesa Profissional

Veruska HernandesCampos Maria

Márcio Jansen de Oliveira Figueiredo

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Técnicas de ablação percutânea para tratamento da fibrilação atrial

Ablação focal

Isolamento de veias pulmonares por ablação segmentar ostial

Isolamento de veias pulmonares por ablação de átrio esquerdo

Ablação dos antros de veias pulmonares

Ablação atrial de áreas de atividade complexa

Denervação vagal seletiva

Técnicas híbridas

Este ano é o décimo aniversário dapublicação que destacou efetivamentea importância das veias pulmonarescomo estruturas sede de focos ectópicosque desencadeiam espontaneamente afibrilação atrial (N Engl J Med 1998; 339:659). Este achado abriu caminho para umespetacular avanço na compreensão dosmecanismos eletrofisiológicos envolvi-dos no processo de desencadeamento eperpetuação desta intrigante arritmia e,tornou factível o seu tratamento defini-tivo por lesões estabelecidas em alvosespecíficos mediante ablação por cate-ter. Até então, o tratamento curativo dafibrilação atrial era privilégio dos cirur-giões, mediante uma experiência inicia-da em 1980 (J Thorac Surg 1980; 80: 373)e consolidada na década de 1990 com aoperação do labirinto e as cirurgias deátrio esquerdo (J Thorac Surg 1991; 101:569 – Ann Thorac Surg 1997; 63: 1070). Deum modo similar àquilo que aconteceucom a cirurgia cardíaca, a eletrofisiologiaintervencionista enveredou por uma tri-lha tortuosa. Diferentes técnicas deablação foram desenvolvidas e diferen-tes modificações das mesmas técnicasforam implementadas ao longo do tem-po (Quadro anexo). Numa época em quese busca embasar o conhecimento porevidências consistentes, a comparaçãode técnicas é hoje uma tarefa extrema-mente difícil dada a sua grande diversi-dade (J Am Coll Cardiol 2004; 43: 1940).Ainda, quando se avalia na literatura osinúmeros estudos publicados sobre estetema, fica patente a grande variação dedesignações para uma mesma técnica deablação, sendo óbvia a necessidade deuma padronização de nomenclaturas. Otermo “cura” é freqüentemente citadonas publicações o que cria um dilemanatural: o que significa “cura” quando fa-lamos de fibrilação atrial? Sendo umaarritmia dependente de um substratoelétrico complexo, associado comu-mente a alterações degenerativas damusculatura atrial, é prematuro falar em“cura”, visto que a fibrilação controladahoje, não significa ausência de fibrilaçãoatrial no futuro, considerando a evolução

das alterações estruturais miocárdicasconseqüentes ao envelhecimento e àprópria progressão de doenças de base.Estudos que envolvam longos segui-mentos são necessários para respondera esta questão. Além do mais, a simpleseliminação da ocorrência de fibrilaçãoatrial sintomática não é critério para sedefinir ausência da ocorrência de fibri-lação atrial. Sabe-se que fibrilação atrialem forma assintomática ocorre com fre-qüência quando são adotados critériosde vigilância mais rígidos por meio demonitorizações eletrocardiográficas deultralonga duração (Circulation 2005,112:307).

Tais achados criam mais um dilema:podemos suspender terapia anticoagu-lante em indivíduos considerados de altorisco para ocorrência de acidentes trom-bo-embólicos após uma ablação supos-tamente efetiva? São necessários grandesestudos controlados para responder amais esta questão. A reprodutibilidade deresultados consiste em outro entrave parauma avaliação consistente das diferentestécnicas de ablação da fibrilação atrial.Surpreendentes índices de sucesso quese sobrepõem àqueles observados emtratamento de taquicardia AV nodal ouablação de vias acessórias são registradosem alguns artigos, com parcos resultadosem outras publicações que descrevem o

emprego da mesmatécnica em amostrasde pacientes com ca-racterísticas semelhan-tes. A ablação de áreasde atividade complexa durante fibrilaçãoatrial é um exemplo disso. Na publicaçãopioneira os autores relataram um índicede sucesso aproximado de 70% com umaúnica intervenção, em um ano de segui-mento, naqueles pacientes portadores defibrilação atrial dita crônica (J Am CollCardiol 2004; 43: 2044). Numa publicaçãorecente, um outro grupo obteve modes-tos 33% de sucesso em um tempo de se-guimento similar (Circulation 2007, 115:2606). Discrepâncias de resultados comoestas são observadas freqüentemente, in-dependentemente do método adotadopara ablação. A maturidade adquiridanestes 10 anos de busca por técnicas efi-cazes de tratamento definitivo da fibri-lação atrial, indica que devemos ter ummomento de pausa para reflexão. O em-penho da comunidade científica deve serdirecionado para determinar até onde po-demos ir e qual a melhor técnica de ablaçãopara que tipo de paciente, por meio de es-tudos controlados. No momento atual, aprudência, a individualização e critérios rí-gidos de seleção dos potenciais candidatospara ablação, devem nortear a conduta doeletrofisiologista.

Ablação percutânea da fibrilação atrial:Para onde estamos indo?

Evidências Científicas

José Tarcísio M. de Vasconcelos

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Os guidelines atuais e as opiniões de es-pecialistas(1) não recomendam o uso roti-neiro do estudo eletrofisiológico (EEF) empacientes assintomáticos com eletrocardio-grama (ECG) padrão síndrome de Wolff–Parkinson–White (WPW), exceto naquelesque exercem profissões de alto risco e nosdemais cujos achados do ECG os excluemde adquirir uma futura profissão.

Existem poucas informações sobre osignificado e o prognóstico de um achadoeletrocardiográfico de pré-excitação ven-tricular em pacientes assintomáticos. O es-tudo de Paponne e colaboradores(2) conclueque, em pacientes assintomáticos comWPW, o EEF identifica pacientes com altorisco de futuros eventos arrítmicos: ta-quicardia reentrante átrio-ventricular(TRAV), fibrilação atrial (FA) e fibrilaçãoventricular (FV).

A pergunta é: estes achados fornecemum argumento convincente para realizar oEEF de rotina em pacientes assintomáticoscom ECG padrão WPW? O principal argu-mento para realizar o EEF em pacientesassintomáticos com WPW é identificar ospacientes com risco de subseqüente fibrila-ção ventricular, muito mais que identificaraqueles que serão sintomáticos no futuroem decorrência de uma taquiarritmia.

A história natural dos pacientes portado-res de ECG padrão WPW assintomáticos nãoé bem definida por informações incomple-tas. Dados epidemiológicos demonstramque a cada ano 4 novos casos de WPW sãoachados em uma população de 100.000.Também é descrito que há um aumento de4 vezes destes achados em familiares de pa-cientes com WPW.

A avaliação do risco de uma eventualfibrilação ventricular em pacientes assinto-máticos é fácil. Marcadores não invasivos debaixo risco, como a perda intermitente dapré-excitação(3) e a perda súbita da pré-exci-tação (durante o teste ergométrico ou com

É Válida a Ablação em Pacientes Assintomáticos comPadrão Eletrocardiográfico de Wolff-Parkinson-White?

o uso de anti-arrítmicos), são limitados pelasensibilidade e especificidade baixas.

O EEF também apresenta as suas limi-tações, como a ausência de um fator quetenha alta sensibilidade e especificidadepara identificar os indivíduos de maior ris-co. O ciclo RR pré-excitado mais curto du-rante a FA < 250ms é muito sensível, masnão é um fator específico de risco de FV (4,5).A indução de TRAV é mais específica parafuturos sintomas e risco de FV. Klein e cols.consideram como o mecanismo mais acei-to para morte súbita cardíaca em WPW aTRAV que degenera em FA e depois em FV.A probabilidade de um paciente assinto-mático com ECG padrão WPW desenvolverTRAV no futuro é muito maior se a via anô-mala conduz retrogradamente ou susten-ta uma TRAV durante o EEF.

Wellens considera que a FA pode ser umaarritmia de risco para morte súbita no WPWse o período refratário anterógrado da viaacessória for curto, permitindo a passagemde muitos impulsos atriais para o ventrículo,o que poderia degenerar em FV (6,7). A TRAVem pacientes sem cardiopatia estrutural égeralmente bem tolerada e caso degenereem FA, a resposta cardíaca e o risco de FVdependerá do período refratário antero-grádo da via acessória (8).

Pappone considera como assintomá-ticos os pacientes que não apresentam ta-quiarritmias clínicas assim como aqueles queapresentam taquiarritmias silenciosas even-tualmente demonstradas no Holter (9).Pesquisou-se a utilidade do EEF em identifi-car os pacientes de alto risco e os resultadosda ablação profilática em pacientes de altorisco para prevenção da morte súbita (10). Ospacientes de alto risco foram identificadoscom idade < 35 anos e taquicardia sus-tentada indutível ao EEF, e os de baixo riscocom idade > 35 anos e não indução detaquiarritmias. A indutibilidade foi o fatorpreditivo mais forte de eventos arrítmicoscom valores positivo e negativo de 90% e85%, respectivamente, assim como a pre-sença de múltiplas vias acessórias como ou-tro forte fator preditivo. Ao contrário, o perío-do refratário anterógrado curto da via aces-

sória foi um preditor muito mais fraco, comvalores preditivos positivo e negativo de35% e 93%, respectivamente.

Observa-se que não há ainda um con-senso sobre fatores prognósticos de riscode morte súbita em pacientes assintomáti-cos com ECG padrão WPW.

Referências

1. Derick M. Todd, George J. Klein et al AsymptomaticWolff- Parkinson- White Syndrome: Is it time torevisit guidelines? JACC 2003; 41: 245-247

2. Pappone C, Santinelli V, Rosanio S, et al. Usefulnessof invasive electrophysioçogic testing to stratifythe risk of arrhythmic events in asymptomaticpatients with the Wolff-Parkinson-White pattern:results from a large prospective long-term follow-up study. J Am Coll Cardiol 2003; 41:239-44)

3. Klein GJ, Gulamhusein SS. Intermittent preex-citation in the Wolff-Parkinson-White syndrome.Am J Cardiol 1983; 52:292-6

4. Leitch JW, Klein GJ, Yee R, Murdock C. Prognosticvalue of electrophysiology testing in asymp-tomatic patients with Wolff-Parkinson-Whitepattern. Circulation 1990; 82:1718-23

5. Brembilla-Perrot B, Ghawi R. Electrophysiologicalcharacteristics of asymptomatic Wolff-Parkinson-White syndrome. Eur heart J 1993; 14:511-5)

6. Dreyfus LS. Haiat R, Watanabe Y. Ventricular fibril-lation: a possible mechanism of sudden death inpatients with Wolff-Parkinson-White syndrome.Circulation. 1971; 43:520-527

7. Klein GJ., Bashore TM, Sellers TD, Pritchett EL. SmithWWM,Gallagher JJ. Ventricular fibrillation in theWolf-Parkinson-White syndrome. N Engl J Med.1979;15:1080-1085.

8. Hein Wellens. Should catheter ablation be per-formed in asymptomatic patients with Wolff-Parkinson-White syndrome? Circulation 2005;112:2201-2207.

9. Pappone C.Santinelli V, Rosanio S, vicedomini G,Nardi S, Pappone A. Tortoriello V, Manguso F.Mazzone P, Gulletta S. Oreto G. Alfieri O. Usefulnessof invasive electrophysiologic testing to stratify therisk of arrhythmic events in asymptomatic patientswith Wolff-Parkinson-White pattern. J Am CollCardiol. 2003; 41:239-244.

10. Carlo Pappone.Should catheter ablation beperformed in asymptomatic patients with Wolff-Parkinson-White syndrome? Circulation 2005;112:2207-2216.

Mitermayer Reis Brito

Evidências Científicas

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Estudos prévios demonstraram melho-ra na sobrevida com o implante de CDI empacientes com taquicardia ventricular as-sociada à doença cardíaca estrutural e insta-bilidade hemodinâmica. A ablação por radio-freqüência nesse grupo de pacientes temsido empregada, predominantemente, co-mo terapêutica adjunta naqueles que estãorecebendo choques freqüentes pelo CDIapesar do uso de fármacos antiarrítmicos(1).

No entanto, além da dor ocasionadapela descarga elétrica, quadros de ansie-dade e depressão podem ocorrer em ca-sos de choques recorrentes, prejudicandoa qualidade de vida(2). Além disso, CDI nãoproporciona uma proteção absoluta con-tra a morte decorrente de arritmiasventriculares malignas.

A causa mais comum de taquicardiaventricular monomórfica em pacientescom cardiopatia estrutural é a reentradaque ocorre em áreas cicatriciais. Essas ci-catrizes se caracterizam por fibrose densaentremeada por fibras musculares viáveis,constituindo assim o substrato ideal parao desenvolvimento de condução lenta ebloqueio do impulso elétrico, condiçõesessas que propiciam a formação de circui-tos reentrantes.

Recentemente, com o advento do ma-peamento eletroanatômico, tornou-sepossível não apenas delimitar as cicatrizesmiocárdicas em ritmo sinusal, mas tam-bém modificar esse substrato, através daablação por radiofreqüência de regiões

Ablação profilática de substratopara prevenção de choques pelo CDInas taquiarritmias ventriculares: oque podemos esperar?

críticas à formação de reentrada, identi-ficadas por potenciais fracionados e decondução lenta. Essa abordagem se mos-trou capaz de diminuir significativamen-te a incidência de terapias pelo CDI em pa-cientes com choques recorrentes(3,4).

Estendendo essas observações, o estu-do SMASH-VT avaliou o papel profiláticoda ablação do substrato para controle dearritmias ventriculares em pacientes cominfarto antigo que receberam CDI devidoà taquiarritmia ventricular prévia(5). Foium estudo prospectivo e randomizado en-volvendo 128 pacientes (64 pacientes parao grupo CDI isolado e 64 pacientes para ogrupo CDI + ablação). Após um seguimen-to médio de 22±5,5 meses, 20 pacientesdo grupo CDI isolado (31%) e 6 pacientesdo grupo CDI + ablação (9%) apresenta-ram choque apropriado (p = 0,003). A mor-talidade entre os grupos (9% vs. 17%,P=0,29) não diferiu.

Esses resultados sugerem que a ablaçãoprofilática do substrato pode ser útil paradiminuir a quantidade de choques apro-priados nos pacientes com infarto prévioque receberam CDI para prevenção secun-dária de morte súbita. Sem dúvida, isso se-ria muito bem-vindo. Contudo, várias limi-tações devem ser observadas: a qualidadede vida e os custos não foram avaliados.Ademais, não foram usadas drogas an-tiarrítmicas durante o estudo, não per-mitindo avaliar o impacto desse tratamen-to, atualmente de escolha, nos casos de cho-

ques recorrentes. Por último, vale lembrarque esse procedimento é complexo e su-jeito a complicações. Como o estudo foiconduzido por grupos altamente expe-rientes, não sabemos ainda se os resulta-dos podem ser reproduzidos.

Referências

1. Zipes DP, Camm AJ, Borggrefe M, et al. ACC/AHA/ESC 2006 guidelines for management of patientswith ventricular arrhythmias and the preventionof sudden cardiac death: a report of the AmericanCollege of Cardiology/American Heart AssociationTask Force and the European Society of CardiologyCommittee for Practice Guidelines ( WritingCommittee to Develop Guidelines for Mana-gement of Patients With Ventricular Arrhythmiasand the Prevention of Sudden Cardiac Death). J AmColl Cardiol, 2006. 48(5): p. e247-346.

2. Bilge AK, Ozben B, Demircan S, et al. Depressionand anxiety status of patients with implantablecardioverter defibrillator and precipitatingfactors. Pacing Clin Electrophysiol, 2006. 29(6): p.619-26.

3. Marchlinski FE, Callans DJ, Gottlieb CD, et al. Li-near ablation lesions for control of unmappableventricular tachycardia in patients with ischemicand nonischemic cardiomyopathy. Circulation,2000. 101(11): p. 1288-96.

4. Arenal A, Glez-Torrecilla E, Ortiz M, et al. Ablationof electrograms with an isolated, delayed compo-nent as treatment of unmappable monomorphicventricular tachycardias in patients with struc-tural heart disease. J Am Coll Cardiol, 2003. 41(1):p. 81-92.

5. Reddy VY, Reynolds MR, Neuzil P, et al. Pro-phylactic catheter ablation for the prevention ofdefibrillator therapy. N Engl J Med, 2007. 357(26):

p. 2657-65.

Jefferson Jaber e Guilherme Fenelon

Evidências Científicas

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Uma queixa comumquando se pretende estu-dar a Doença de Chagas éa falta de publicações a res-peito do assunto em revis-tas internacionais.

Recentemente foi pu-blicado no conceituado Journal of Cardio-vascular Electrophysiology (J CardiovascElectrophysiol 2007: 18; 1236-1240) um interes-sante artigo por Cardinalli-Neto e cols., do Hospitalde Base de São José do Rio Preto, que trata dos fa-tores que podem predizer a mortalidade emchagásicos tratados com o implante de um des-fibrilador. Como arritmias ventriculares são muitocomuns, sendo inclusive responsáveis por uma par-cela considerável dos óbitos nessa população, o usodo cardio-desfibrilador implantável tende a ser cres-cente nesses pacientes. Foram estudados 90 paci-entes consecutivos (61 homens, idade média de 59± 11 anos) submetidos ao procedimento. Os im-plantes visavam a prevenção secundária de mortecardíaca súbita, uma vez que todos tinham regis-tro de taquicardia ventricular (com comprometi-

mento hemodinâmico) ou fibrilação ventricular. Noseguimento (média de 756 ± 581 dias) ocorreramarritmias (taquicardia ou fibrilação ventricular) em71 dos 90 pacientes, e 31 faleceram (2 subitamen-te, 24 por piora da insuficiência cardíaca e 5 semcausa determinada). Dentre as variáveis analisadas,o número de descargas em um período de 30 diasfoi capaz de predizer a mortalidade, e não o gêne-ro, a idade ou a fração de ejeção. A conclusão prin-cipal é que os chagásicos tratados com o cardio-desfibrilador e com grande número de choquesestão sob maior risco de morrer, principalmente porpiora da insuficiência cardíaca, devendo ter sua fun-ção cardíaca cuidadosamente monitorizada.

O artigo mereceu comentário editorial na mes-ma revista (J Cardiovasc Electrophysiol 2007: 18;1241-1243), assinado pelo colega Anis Rassi Jr., deGoiânia. No seu comentário, o autor observa, quenos dois anos de seguimento, a maioria dos paci-entes apresentou arritmias graves mesmo usandoamiodarona, o que confirma os achados de estu-dos anteriores com menor número de pacientes.Porém, ressalta que ainda não está claro se essa te-rapia é melhor que o melhor tratamento clínico dis-

ponível, uma vez que as duas não foram compara-das diretamente. É curioso notar, por exemplo, quea ocorrência de morte súbita na população foi bai-xa (2 em 90), e que a mortalidade total foi muitoelevada quando comparada com a observada emestudos com pacientes acometidos de outras pa-tologias. De fato, o autor chega mesmo a discordarda necessidade do implante de desfibrilador, já queo implante do aparelho, que deve prevenir a ocor-rência de morte súbita, parece não interferir no re-sultado global. Mas, antes de polemizar, o autor cla-ma pela necessidade urgente de um estudo alea-tório para estabelecer o real valor do cardio-des-fibrilador na Doença de Chagas, trabalho que ser-viria para balizar o tratamento de um grande nú-mero de pacientes que buscam nossos ambula-tórios de cardiologia diariamente.

Em tempo: os sócios da Sociedade Brasilei-ra de Cardiologia têm acesso a essa revista nosite www.cardiol.br.

Márcio Jansen de Oliveira Figueiredo

Evidências Científicas

Mortalidade em chagásicos tratados com o implante de um cardio-desfibrilador

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Evidências Científicas

A reutilização de dis-positivos de uso único éum fenômeno mundial,com crescimento cons-tante, porém com evi-

dências pouco documentadas de sua eficá-cia e segurança. Apesar de essa prática estarcada vez mais difundida, ainda é um assuntocontroverso e complexo, que acarreta fre-qüentes conversas entre profissionais, depar-tamentos de controle de infecções e geren-ciamento de riscos.

Para padronizar as ações, duas resolu-ções brasileiras foram publicadas com a fi-nalidade de estabelecer a lista de produtosmédicos enquadrados como de uso único,proibidos de serem reprocessados (Resolu-ção n° 2605 de 11 de agosto de 2006) e dis-por sobre as diretrizes para elaboração, va-lidação e implantação de protocolos dereprocessamento de produtos médicos(Resolução n° 2606 de 11 de agosto de2006).

Os cateteres para eletrofisiologia têmsido reaproveitados globalmente há vinteanos. Apesar disso, todos os modelos estãoaprovados somente para uso único e nãoestão contemplados na lista da ANVISA dosmateriais proibidos de serem reprocessados.

A Heart Rhythm Society apóia o princí-pio de que o reaproveitamento de catete-res para eletrofisiologia é seguro e maisbarato, contanto que sejam meticulosa-mente limpos, esterilizados e inspecio-nados. Firmam a exceção quando os cate-teres são utilizados em pacientes portado-res de encefalopatias espongiformes huma-nas como o Mal de Cruetzfeld-Jacob.

Em todos os estudos realizados até omomento, os cateteres são processadosseguindo um protocolo meticuloso e osmesmos são considerados relativamentefáceis de limpar, esterilizar e testar porquenão possuem lúmen. Os pacientes são sub-metidos a um acompanhamento de trêsmeses pelos serviços de eletrofisiologia e ainfecção nunca foi uma questão relevantepara nenhum deles. Se o processo dereprocessamento for realizado baseado emnormas é completamente seguro.

A mensagem clara que está documen-tada com relação a esse assunto é que o

reaproveitamento não pode ser tratado in-formalmente. Ao decidir adotar o reapro-veitamento de materiais de uso único, umhospital deve estabelecer políticas especí-ficas e diretrizes claras para garantir a se-gurança dos pacientes, dos trabalhadoresde saúde e do próprio hospital. A políticadeve discriminar as informações necessáriase o processo de aprovação.

Um programa de reaproveitamentodeve incluir uma análise de custos e o de-senvolvimento de procedimentos de re-processamento (avaliação da segurançaelétrica, eficácia funcional, eficácia de es-terilização e rastreabilidade), validação des-ses procedimentos, garantia de qualidadee de revisões contínuas e programa de trei-namento para os funcionários. Se a eficá-cia do custo não puder ser constatada, ou-tras questões relativas ao reaproveitamentotornam-se irrelevantes. O único benefíciodo reaproveitamento de materiais médicosde uso único é a economia – tudo mais sãoriscos.

Referências

1. Lee RC, Berzins S, Alfieri N. Single-use device reuserisks. Can J Infect Control. 2007 Fall; 22(3):142, 144,146 passim.

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3. Tessarolo F, Caola I, Caciagli P, Guarrera GM, NolloG. Sterility and microbiological assessment ofreused single-use cardiac electrophysiologycatheters. Infect Control Hosp Epidemiol. 2006Dec; 27(12):1385-92.

4. Tessarolo F, Caola I, Nollo G, Antolini R, GuarreraGM, Caciagli P. Efficiency in endotoxin removal bya reprocessing protocol for electrophysiologycatheters based on hydrogen peroxide plasmasterilization. Int J Hyg Environ Health. 2006 Nov;209(6):557-65.

5. Druce JD, Russell JS, Birch CJ, Vickery K, Harper RW,Smolich JJ. Cleaning and sterilization protocol forreused cardiac electrophysiology cathetersinactivates hepatitis and coxsackie viruses. InfectControl Hosp Epidemiol. 2005 Aug; 26(8):720-5.

6. Ma N, Petit A, Huk OL, Yahia L, Tabrizian M. Safetyissue of re-sterilization of polyurethane electro-

physiology catheters: a cytotoxicity study. J Bio-mater Sci Polym Ed. 2003; 14(3):213-26.

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9. Ayzman I, Dibs SR, Goldberger J, Passman R, KadishA. In vitro performance characteristics of reusedablation catheters. J Interv Card Electrophysiol.2002 Aug; 7(1):53-9.

10. Lindsay BD, Kutalek SP, Cannom DS, Hammill SC,Naccarelli GV; NASPE Task Force on Reprocessingof Electrophysiological Catheters. North AmericanSociety of Pacing and Electrophysiology. Repro-cessing of electrophysiology catheters: clinicalstudies, regulations, and recommendations. Areport of the NASPE Task Force on Reprocessingof Electrophysiological Catheters. North AmericanSociety of Pacing and Electrophysiology. PacingClin Electrophysiol. 2001 Aug; 24(8 Pt 1):1297-305.

11. Lerouge S, Guignot C, Tabrizian M, Ferrier D,Yagoubi N, Yahia L. Plasma-based sterilization:effect on surface and bulk properties and hydro-lytic stability of reprocessed polyurethane electro-physiology catheters. J Biomed Mater Res. 2000Dec 15; 52(4):774-82.

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13. Ferrell M, Wolf CE 2nd, Ellenbogen KA, Wood MA,Clemo HF, Gilligan DM. Ethylene oxide on elec-trophysiology catheters following resterilization:implications for catheter reuse. Am J Cardiol. 1997Dec 15; 80(12):1558-61.

14. Aton EA, Murray P, Fraser V, Conaway L, Cain ME.Safety of reusing cardiac electrophysiologycatheters. Am J Cardiol. 1994 Dec 1; 74(11):1173-5.

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Veruska Hernandes Campos Maria

Reprocessamento de cateteres de eletrofisiologia:um foco de atenção

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Evidências Científicas

Ocorreu em Bostonno mês de janeiro omais importante sim-pósio dedicado à fibri-

lação atrial (FA) do calendário internacionalde eventos.

Durante 3 dias, os mais atuantes “experts”no assunto discutiram diversos aspectosdesta arritmia, desde conceitos em ciênciabásica e mecanismos até as mais variadastécnicas e estratégias intervencionistas.

A meu ver, destacaram-se neste ano osseguintes itens no programa:

1) A abordagem dos pacientes com for-mas crônicas (persistente e perma-nente) – vista como a última fronteirano tratamento, já que para a FA paroxís-tica o tratamento está bem estabeleci-do (isolamento das veias pulmonares).É consenso atual que o simples isola-mento ostial das veias é insuficientepara as formas crônicas e que uma es-tratégia de ablação mais extensa é ne-cessária. Diversos grupos convergematualmente em estratégias compostaspor combinações de lesões lineares(principalmente no teto) e lesões adi-cionais na parede posterior (antro dasVPs), septo, assoalho do átrio esquerdo,base da auriculeta, seio coronário e, al-gumas vezes, no átrio direito. O objeti-vo deste extenso procedimento é a or-ganização e eventual reversão daarritmia.

2) Neste contexto, desenvolvimentos tec-nológicos se tornam fundamentais paraefetuar lesões precisas, transmurais epermanentes. Esse ano, a aprovação deum novo sistema de navegação robó-tica (Hansen Medical), com sensor depressão na ponta do cateter, parece pro-porcionar um grande passo nesta dire-ção. Este sistema, que vem compor asopções com o sistema de navegaçãomagnética (Stereotaxis) já em uso clí-nico, é de uso simples e com pequenacurva de aprendizado. Ele foi utilizadoem um dos casos ao vivo desde Austin(Texas) realizados durante o evento. Decusto inferior e instalação mais simples,vem ganhando força no mercado ame-ricano e europeu.

3) Qual o objetivo final do procedimento?Quando se decide parar? Muito foi dis-cutido sobre o valor da indutibilidade(seja por estimulação elétrica ou farma-cológica) ao fim do procedimento, umconceito já bem formado para ablaçãode outras arritmias. Opiniões divergemcomo sempre, mas aparentemente amaioria parece evitar este tipo de end-point em pacientes crônicos, dada a ele-vada taxa de inducibilidade e baixa es-pecificidade. Portanto, a compartimen-talização atrial e a organização/reversãoda arritmia parecem ser os objetivos a seralcançados, destacando-se a alta taxa detaquicardias atriais decorrentes destaabordagem. Portanto, ainda falamos deprocedimentos longos e extensos com

significativas recorrências mesmo em la-boratórios com larga experiência.

4) Prevenção de complicações - a maioratenção se dirige a prevenção de com-plicações esofágicas, apesar de aindanão haver consenso quanto ao modo derealizá-la. Destaco, porém, dados quedemonstram ulcerações esofágicas emsignificativa percentagem no dia se-guinte ao procedimento mesmo combaixa potência (15W) e mínima eleva-ção da temperatura esofágica intralu-minal (< 0.2 graus Celsius). Deste mo-delo surgiu uma nova teoria, do grupode Oklahoma, no qual uma combinaçãode lesão direta é exacerbada por reflu-xo ácido, evoluindo para fistulização.Este refluxo, passível de prevenção comantiácidos potentes, seria por sua vezagravado por um relaxamento doesfíncter esofágico inferior devido aosefeitos no nervo vago provocados pelaablação. Será necessário ou prudente ad-ministrar antiácidos potentes após aablação?

A FA é mesmo o tema mais “quente” naeletrofisiologia atual. O Boston AF Sym-posium, com aproximadamente dois milinscritos de todos os continentes, compro-va esta tendência. Certamente veremos nospróximos anos grandes evoluções e inova-ções nesta área.

Eduardo Saad

XII Boston AtrialFibrillation Symposium

Novidades na Flórida

Após 2 anos como eletrofisiologista doMassachusetts General Hospital em Boston,o Dr. André d’Àvila aceitou o convite para as-sumir o cargo de Diretor Associado do Servi-ço de Eletrofisiologia da Universidade deMiami a partir de abril de 2008 (theheart.org).

Esta mudança faz parte do novo plano dereestruturação da Universidade de Miami. Dr.d’Avila e Dr. Vivek Reddy (Diretor do Serviço)também recrutaram os Dr. Srinivas Dukkipati,ex-fellow do MGH e a Dra. Kyoko Soejima,atualmente trabalhando em Tókio, Japão.

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Coração na Batida Certa

Siga este exemplo.A campanha continua...

Campanha Nacional de Prevenção dasArritmias Cardíacas e Morte Súbita

Integrantes da Campanha Coração na Batida Certa

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Informe Publicitário

“Notificação Vibratória ao Paciente” nos CDIs Atlas IIAgora os pacientes poderão ser alertados sobre o surgimento deum possível problema em seu aparelho. A “Notificação Vibratóriaao Paciente” é programável e gera pequenas vibrações perceptí-veis aos pacientes, parecidas com a de um telefone celular. A“Notificação Vibratória ao Paciente” pode alertá-lo sobre impe-dâncias fora da faixa aceitável, possível dano no circuito de altavoltagem, bateria em ERI, tempo de carga maior que 28 segun-dos e Reset de software ou de hardware.Solicite ao seu representante o guia especialmente elaboradopara o paciente que possui um CDI Atlas II.A St. Jude Medical está no Brasil há 11 anos buscando a exce-lência no atendimento aos nossos clientes e pacientes. Atual-mente oferecemos os marcapassos Victory™, os CDIs Atlas™ II+,os Ressincronizadores Frontier™II e Atlas™+ HF, além do siste-ma de mapeamento cardíaco 3D EnSite®.

A grande base de dados da HolterOnline, formada pela expe-riência e abrangência da maior central de análise de holteronline da América Latina, servirá de fonte para a produção dematerial científico pelo Dr. Norival Pereira Pinto Junior.

Formado em Eletrofisiologia Cardíaca pela UNIFESP – Universi-dade Federal de São Paulo – e membro associado e titular daSOBRAC - Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas – ocardiologista Norival Pereira Pinto Junior assume e a DiretoriaCientífica da Holteronline e pretende, em curto espaço de tem-po, disponibilizar o blog ARRITMONEWS: “Será um canal aber-to aos colegas com interesse em ARRITMIA, MARCAPASSOe ELETROFISIOLOGIA”.

Para estabelecer uma terapia adequadausando marcapassos cardíacos com adap-tação de freqüência os parâmetros do sen-sor devem ser adaptados às necessidadesindividuais de cada paciente. Sensores con-vencionais exigem grande esforço de pro-gramação no ajuste de freqüência apro-priada, prolongando o procedimento na ro-tina clínica.

O sensor ideal, que reage de modo rápido eadequado às demandas metabólicas, deveser fácil de programar e não pode exigirajustes freqüentes. Os sensores de malhafechada têm a vantagem de detectar umparâmetro cardiovascular que é influen-ciado pela freqüência cardíaca e que dá umfeedback negativo ao sistema, regulandouma freqüência de estimulação mais fisio-

lógica para o paciente em situações deestresse físico e emocional.

O conceito de Estimulação em Malha Fe-chada (CLS, BIOTRONIK) é baseado nas me-didas da impedância ventricular intraca-vitária, em que a dinâmica de contração domiocárdio é utilizada para a adaptação dafreqüência. No Cylos, o sensor CLS pode serusado em pacientes com batimento ventri-cular intrínseco.

O resultado do estudo clínico PROVIDE*mostra mais uma vez a ótima performancedo CLS, uma vez que reage ao estresse emo-cional, além do estresse físico.

*Closed Loop Stimulation and Accelerometer-Based Rate Adaptation: Results of the PROVIDEStudy. EUROPACE.

CYLOS: Marcapassos Cardíacos com Estimulação em Malha Fechada(Closed Loop Stimulation)

Mais Informações Tel.: (11) 2192.9191E-mail: [email protected]

Sempre à Frente

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Única empresa no Brasil a oferecer um Sistema de Análise de Holter com possibilidade deanalisar em 3 ou 12 derivações e imprimir em 3, 12 ou 18 derivações.

Oferecemos ao médico várias opções de recursos, tais como, Micro Alternância da Onda T,Turbulência da Freqüência Cardíaca, Dispersão de QT, Avaliação do Risco de Distúrbios doSono, Avaliação do Risco Isquêmico sem avaliar o ST, Transmissão Via Internet entre outros.

E agora a DMS apresenta seu novo lançamento - o Mini Gravador de Holter e Gravador deEventos Transtelefônico, que grava 1 a 8 dias de Holter e marcapasso, ECGAR, VCG e eventosde 2 min. com transmissão telefônica.

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Anúncio3ª capaAbbott

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AGENDA DE EVENTOSAGENDA DE EVENTOS

SOBRAC/SBCJornada de Atualização em Arritmias Cardíacas

NACIONAISINTERNACIONAIS

Programa de Educação Continuada

(PrECon) SOBRAC

Abril29 de Março a 01 de Abril de 200857th Annual Scientific Sessions - American Collegeof CardiologyChicago - USA

Maio14 a 18 de Maio de 2008Heart Rhythm 2008San Francisco - California - EUA

18 a 21 de Maio de 2008World Congress of CardiologyBuenos Aires - Argentina

Junho14 a 17 de Junho de 2008Heart FailureRoma - Itália

18 a 21 de Junho de 2008Cardiostim 2008Nice - França

Setembro30 de Agosto a 03 de Setembro de 2008European Annual Congress Of CardiologyMunique - Alemanha

Novembro08 a 12 de Novembro de 2008American Heart AssociationNew Orleans - USA

Abril18 a 20 de Abril de 200835º Congresso de Cirurgia CardiovascularCentro de Convenções do Hotel WTC - São Paulo - SP

Maio01 a 03 de Maio de 2008XXIX Congresso da Sociedade de Cardiologia doEstado de São Paulo - SOCESPExpo Center Norte - São Paulo - SP

Setembro06 a 10 de Setembro de 200863º Congresso Brasileiro de CardiologiaExpo Trade Convention & Exhibition Center - Curitiba - PR

Dezembro03 a 06 de Dezembro de 200825º Congresso Brasileiro de Arritmias CardíacasCentro de Convenções do Hotel Pestana - Salvador - BA

Março14 e 15 de Março de 2008PrECon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasRibeirão Preto - SPCoordenador Local: Luiz Antonio Castilho Teno

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AGENDA DE EVENTOSAGENDA DE EVENTOS

SOBRAC/SBCJornada de Atualização em Arritmias Cardíacas

OUTROS EVENTOS

Junho13 e 14 de Junho de 2008PrECon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasBelo Horizonte - MGCoordenador Local: Ricardo Alkmin Teixeira/Thiago daRocha Rodrigues

Julho11 e 12 de Julho de 2008PrECon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasRio de Janeiro - RJCoordenador Local: Eduardo B. Saad

Agosto08 e 09 de Agosto de 2008PrECon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasNatal - RNCoordenador Local: Flavio Bezerra/Sylton Melo

22 e 23 de Agosto de 2008PrECon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasPorto Alegre - RSCoordenador Local: Fernando Lucchese

Setembro25 de Setembro de 2008PrECon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasCuiabá - MTCoordenador Local: Julio César de Oliveira

26 e 27 de Setembro de 2008PrECon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasFortaleza - CECoordenador Local: Stela Sampaio

Outubro03 e 04 de Outubro de 2008PrECon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasCampinas - SPCoordenador Local: Halim Cury/Fernando Melo Porto

10 e 11 de Outubro de 2008PrECon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasBrasília - DFCoordenador Local: Ayrton Klier Peres

Novembro31 de Outubro e 01 de Novembro de 2008PrECon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasSão Paulo - SPCoordenador Local: Martino Martinelli Filho

INFORMAÇÕESSOBRAC: (11) 5543-1824

Site: www.sobrac.orgRowam Eventos: (41) 3342-9078

Site: [email protected]

29 de Março a 13 de Dezembro de 2008VI Curso Continuado do PRO-AC - Programa deAcreditação Profissional em Arritmias Cardíacas,Eletrofisiologia e Estimulação Artificial

INFORMAÇÕESTelefone: (11) 3069-5516 • Fax: (11) 3081-7148

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Page 20: Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas - jornal SOBRAC · 2013. 2. 17. · 5 A Sociedade Brasileira de Arritmias Car- díacas – SOBRAC tem o prazer de convidá-los para o

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