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Sociologia - Resumo Romero - 2014

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Sociologia - Resumo Romero - 2014

[imaginação Sociológica]

Ao utilizar este termo Giddens refere-se a uma certa sensibilidade que deve cercar a análise sociológica. As sociedades industriais modernas só podem ser compreendidas através de um exercício de imaginação. Para Giddens, a História, a Antropologia e a análise crítica compõem a imaginação sociológica que ele acredita ser a via para o real entendimento da sociedade, e que nos permite vê-la além do conhecimento imediato. Além do mais, a análise crítica, ao invés de nos condenar ao determinismo, mostra-nos as “alternativas futuras que potencialmente se nos apresentam” (GIDDENS, 1984, p. 27). E nesse sentido, a imaginação sociológica, junto com a própria sociologia, contribuem para “a crítica das formas existentes de sociedade” (GIDDENS, 1984, p.27). (Miotto, Luciana Bernardo, 2003)

WRIGHT MILLS, C. A imaginação sociológica. 6. ed. Rio de Janeiro:

Zahar, 1982.

Ciências Sociais

• Sociologia – ex.: conflitos urbanos e rurais...

• Ciências Políticas – ex.: Relações de poder (macro e micro)

• Antropologia – ex.: diferentes culturas (étnicas; tribais; urbanas...).

Contexto

• Século XIX

• Inglaterra/França

• Revolução Industrial

▫ Tecnologia; produção industrial; problemas (exploração); urbanização caótica; novo sentido do tempo.

▫ Combate à pobreza invenção da favela

▫ Novo urbanismo (França – Haussmann) – Embelezar a cidade (?)

• Revolução Francesa (1789)

▫ Ideias que inspiraram mudanças ou condições estruturais de vida que fizeram surgir novas ideias e novas possibilidades?

▫ Igualdade; liberdade e fraternidade.

• Cientificismo; ideais de progresso

• Possibilidade de estudar a sociedade cientificamente.

Os primeiros pensadores

• Comte

• Marx

• Durkheim

• Weber

O Pensamento Positivista

Auguste Comte (1798-1857) ”O amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim”

▫ A sociedade passa ou passará por etapas teológico metafísico positivo

▫ Princípio para chegar ao estado positivo:

Ordem e Progresso (lembrou de alguma coisa?)

▫ Pensador conservador (contrário a Revolução). Evolução ordeira da sociedade

▫ Acreditava que a desigualdade da sociedade também poderia ser

explicada pela biologia. Uns nascem para dominar, outros para servir.

Religião da humanidade – Igreja

Positivista

• Sistema religioso criado por Auguste Comte, em 1854.

• Espiritualidade humana sem elementos sobrenaturais (?).

• Rio de Janeiro e Porto Alegre.

• Uma igreja cultuando a ciência.

Frases de Comte

• A liberdade é o direito de fazer o próprio dever

• Saber para prever, a fim de poder.

• O Progresso é a lei da história da humanidade, e o homem está em constante processo de evolução.

• Superiores pelo amor, mais dispostas a subordinar a inteligência e a atividade ao sentimento, as mulheres constituem espontaneamente seres intermediários entre a Humanidade e os homens.

Emile Durkheim (1858-1971)

• Influenciado pelo cientificismo do século XIX • Procurar leis sociais • Pois a sociedade tem vida própria • Há um reino moral no qual o indivíduo está

inserido • O todo tem precedência sobre as partes

▫ Vontade da sociedade

• Você pode até ter sua individualidade mas o respeito as regras morais deve prevalecer. ▫ Duas consciências (individual e coletiva)

• Fato social: modos de agir coercitivos

▫ Deve ser tratado como “coisa”.

▫ coerção exterior”.

Exemplo: Moda, Direito, Religião, Crime,

Educação, suicídio.

▫ Devem ser tratados como coisa

▫ Características dos FATOS SOCIAIS:

COERCITIVO

EXTERIORIDADE

GENERALIDADE

Solidariedade (“cimento” da sociedade; o que permite

a coexistência entre os indivíduos).

▫ Solidariedade mecânica: pouca divisão do trabalho social; mais semelhança que diferenças. Ex.: Tribo indígena, na qual a maior divisão do trabalho é a sexual; possui maior identidade moral de grupo.

▫ Solidariedade orgânica: identidade de grupo de sociedades mais complexas, com maior divisão do trabalho; enfraquecimento da consciência coletiva; maior individualidade e maior individualismo.

Estados da Sociedade

• Normal: aspectos de identificação coletiva (moral) estão coesos.

• Patológico ou anomia: sociedade que está com os valores morais frouxos. As regras não estão claras; não estão dando conta; individualismo extremo. ▫ Suicídio fora do normal

▫ Crimes fora do normal

• Uso da Estatística

• Suicídio

Karl Marx (1818-1883)

• Intelectual e revolucionário alemão. • Historiador, filósofo, economista,

jornalista. • Socialista científico • Objetivo: entender o funcionamento do

sistema capitalista. • Críticas à este sistema. • Propõe um novo sistema: socialismo. • Não é preso a academia. • Não é um intelectual de “gabinete”.

Friedrich Engels (1820-1895)

• Filósofo alemão e amigo de Marx

• Escreveram algumas obras juntos, entre elas:

“Manifesto Comunista” (1848).

• Filho de um rico industrial.

• Escreve várias obras, entre elas: “A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra”

“A origem da família, da propriedade privada e do Estado”

“Ao analisar o ser social, Marx desenvolve uma nova antropologia, segundo a qual não existe “natureza humana” idêntica em todo tempo e lugar. Se o existir decorre do agir, o indivíduo se autoproduz à medida que transforma a natureza pelo trabalho. Como o trabalho se apóia numa ação coletiva, a condição humana depende de sua existência social. Por outro lado, o trabalho é um projeto, e como tal depende da consciência que antecipa a ação pelo pensamento. Com isso se estabelece a dialética pensar-agir e teoria-prática. Por isso a filosofia marxista é também conhecida como filosofia da práxis”. (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires.Filosofando: uma introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2011).

A sociologia e o pensamento

marxista

• Identifica e analisa o capitalismo.

• Para se entender esta sociedade é preciso

entender sua história.

• Esta história não se desenvolve “naturalmente”.

• Ela é feita pelos homens e depende das condições

materiais = MATERIALISMO HISTÓRICO.

Forças produtivas:

ação dos indivíduos sobre a natureza (maneira

como os homens obtém o que necessitam):

▫ Desenvolvimento de tecnologias

▫ Processos e modos de cooperação

▫ Divisão técnica do trabalho

▫ Tipos de matérias-primas

A sociologia e o pensamento marxista

• Relações sociais de produção: formas estabelecidas de distribuição dos meios

de produção e do produto, e o tipo de divisão

social do trabalho numa dada sociedade e em

um período histórico determinado.

• Maneiras como os homens se organizam.

• Expressa o modo de segmentação da sociedade

(desigualdade).

Luta de classes nos modos de produção na

história

▫ Grécia e Roma (Antiguidade)

Modo de produção escravista

▫ Europa medieval

Modo de produção feudal / Servidão

- Modernidade

Modo de produção capitalista / Assalariamento

(Burgueses e proletários).

Entendendo a SOCIEDADE:

• Estrutura: base material de uma sociedade;

economia. • Superestrutura: desdobramentos das bases

materiais de produção: ▫ Formas jurídicas. ▫ Políticas. ▫ Religiosas. ▫ Morais. ▫ Educacionais, etc.

• Classes sociais

- surgem da relação estabelecida entre os

homens e o tipo de propriedade num dado

modo de produção.

• Luta de classes = o que move a história.

(classe oprimida x classe dominante)

Consciência Invertida (falsa consciência).

• Exploração não é percebida = tudo é normal, natural, como se sempre tivesse existido, como se fosse a única sociedade possível (assim como o foi na sociedade feudal).

• Ideologia = Pensamento da classe dominante (sistema ordenado de ideias, de concepções, de normas e regras – coerção do sistema).

Caráter fetichista da mercadoria

• atributos sociais do trabalho são ocultos detrás

de sua aparência material.

As relações sociais aparecem aos olhos dos

homens encantadas sob a forma de valor, como

se este fosse uma propriedade natural das

coisas.

• Mais-valia: Uma coisa é o valor da força de trabalho, isto é, o salário, e outra é o quanto esse trabalho rende ao capitalista. Esse valor excedente produzido pelo operário é o que Marx chama de mais-valia (absoluta).

• Mais-valia relativa: Desvalorização da força de trabalho devido a mecanização da produção, o industrial obtém mais mercadorias em menor tempo, exigindo menos habilidade e conhecimento técnico do trabalhador, assim a força de trabalho vale cada vez menos.

• Revolução: utopia?

- Com base nas leis da história, Marx acreditava que os meios de produção capitalista entrariam em contradição.

- Tomada de consciência do operariado • Do socialismo ao comunismo - Primeiro uma ditadura do proletariado

(Socialismo/Presença do Estado) - Depois a sua ausência = Comunismo • Pensamento teleológico = almeja um fim.

• Utópico (?)

Max Weber (1864-1920)

• Sociólogo alemão

• Áreas do conhecimento: Direito; Economia; Sociologia.

• Estuda o processo de racionalização e desencantamento da sociedade capitalista.

• Estudou muito a religião.

• Obra mais conhecida: “Ética protestante e o espírito do capitalismo” (1905).

• Sociologia compreensiva: discorda da possibilidade de compreensão total da sociedade.

• Deve-se buscar compreender o sentido da ação dos indivíduos.

• Busca de relações causais.

• Deve-se desvendar os nexos causais que dão sentido à ação social em determinado contexto.

• A sociedade é uma “teia” e não um “bloco”.

• Ela é mutável.

• A tarefa do cientista social é dar sentido à realidade, àquilo que é considerado normal pelos outros.

• Realidade não é algo dado para o cientista. • Impossível imparcialidade • No entanto, ele deve se esforçar para não julgar.

• Método: criação do tipo ideal do objeto de estudo. – Imaginar o objeto de estudo perfeito (utópico)

para aferir aproximações e distanciamentos com a realidade.

– Por exemplo: o tipo ideal de professor de educação física.

–Qual o significado das ações deste profissional? –Qual a racionalidade ou irracionalidade? –Qual o tipo de ação?

Ação social: quando o indivíduo leva os outros em consideração no momento de praticar uma ação. ◦ Agir em sociedade é agir com algum grau de racionalidade

ou a falta de. ◦ Quais os cálculos feitos para ação?

Ação social racional com relação a fins: ◦ Sem interferência de afetos ou tradições para se chegar à

um objetivo. (ciência e economia, por exemplo). Ação racional em relação a valores ◦ O que dá sentido à ação é sua fidelidade aos valores que a

guiaram (honra, justiça, fidelidade etc.). A conduta é mais importante que os fins.

Ação social afetiva: motivada pelas paixões. Não se importa com os resultados ou conseqüências de sua

conduta.

Tradicional ou Regular: hábitos ou costumes arraigados (imitação). Assim como a afetiva, é menos consciente.

Lembre-se: são modelos típico-ideiais; referência para norteamento do estudo científico.

Não se ignora o peso das instituições (normas sociais consolidadas).

Comunidade: agir com base na mesma expectativa de outros indivíduos (Convenção).

Sociedade: regulamentos sociais vigentes (condensação de expectativas recíprocas – ordem social - Direito).

Quanto mais subjetivadas a obrigatoriedade das normas, mais previsibilidade, mais ordem.

Esta ordem é garantida pela dominação.

Desencantamento do mundo: mundo racionalizado, material, manipulado pela técnica e pela ciência.

Não é mais habitado pelo sagrado, pela magia.

A vida vai se tornando um mundo de cálculos.

Viramos administradores.

Educação: obediência ao direito racional e treino para desempenhar tarefas.

◦ Estratificação; obtenção de honras; poder e dinheiro.

◦ Pedagogia do treinamento: desempenhar tarefas.