sofrimentos sociais

download sofrimentos sociais

of 14

Transcript of sofrimentos sociais

  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    1/14

    Psicol. USP vol.14 no.3 So Paulo 2003

    doi: 10.1590/S0103-65642003000300006

    DOSSI: FRONTEIRAS ENTRE A PSICANLISE E APSICOLOGIA SOCIAL

    Sofrimentos Sociais em Debate

    Social sfferin! in "ebate

    Soffrances sociales en "#bat

    Teresa Cristina Carreteiro$

    Universidade Federal Fluminense

    RES%&O

    Este texto analisa alumas dimens!es do so"rimento so#ial$%umil%a&'o( veron%a( "alta de re#on%e#imento) vividas *oradoles#entes de #ateorias su+alterni,adas e os e"eitos eradosnos #ontextos #omunitrio( ru*al e so#ial. %i*tesedesenvolvida a de ue o so"rimento so#ial n'o tem

    visi+ilidade: ele se ins#reve no interior das su+etividades sem(no entanto( ser #om*artil%ado #oletivamente. a ltima *arte dotexto s'o analisadas *ossveis "ormas de interven&'o unto ainstitui&!es e a orani,a&!es( o+etivando #riar tra+al%os ueatuem so+re as violn#ias sim+li#as( eradoras de sentimentosue desuali"i#am os sueitos.

    Descritores:7umil%a&'o. doles#n#ia. 8isi+ilidade. 8ioln#ia.

    A'STRACT

    n t%is arti#le( some dimensions o" so#ial su""erin $%umiliation(s%ame( la# o" a#no;ledment) are anal

  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    2/14

    R)S%&)

    >ans #e texte on anal

  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    3/14

    eradas *ela insta+ilidade *resente em am+os( mesmo ue elasse a*resentem de "orma +astante di"eren#iada. J re"or&o daualidade( *ara aueles ue *arti#i*am da li#a da ex#eln#ia(im*li#a a de"ini&'o do luar o#u*ado *elo sueito na so#iedadeue *ode( a ualuer momento( ser *erdido( uma ve, ue ali#a viente de su*era&'o de si *r*rio( ao ser *riori,ada( #ria(

    em sua som+ra( a "iura da insta+ilidade( "ruto da L#ultura daaleatoriedadeL $Gastel( 1996). >isto se dedu, ue os doisimainrios est'o *resentes no #onunto da so#iedade("un#ionando de modo asso#iado.

    Produo de sofrimentos sociais

    s uest!es enun#iadas a#ima *odem ser mais +em entendidasa *artir da anlise em*reendida *or aulea# e =a+oada $1993).Js autores "a,em uma distin&'o entre as so#iedades modernase as *s-modernas. as modernas( a "iura em+lemti#a a deL#lasse so#ialLM nas *s-modernas( % um desaste dasideoloias ue sustentam a *osi&'o de #lasse e as *rti#asso#iais e e#onNmi#as v'o en"ati,ar o Lluar so#ialL. J*era-se(ent'o( uma trans"orma&'o no modo de "un#ionamento daso#iedade e su+lin%a-se o valor do sueito individual emdetrimento do #oletivo. 7( ent'o( um desli,amento da L#lasse Bla placeL $da #lasse so#ial ao status so#ial( ou *osi&'o so#ial) e aexa#er+a&'o de um modelo ue re"or&a o individualismo e as*osi&!es so#iais o#u*adas.

    Iode-se a*roximar estas idias das de O. Gastel. Este autor$Gastel( 2001) analisa duas "ormas #ontem*orneas de serindivduo: o Lindivduo *or "altaL e o Lindivduo *or ex#essoL. Jsue #om*!em a *rimeira #ateoria tm *ou#os su*orteso+etivos( %avendo uma diminui&'o das #%an#es dedesenvolverem Lestratias individuais e de terem( a *artirdeles *r*rios( marens de mano+raL $*. 121). Iara eles( serum indivduo nem sem*re #onotado *ositivamente.Em*reando-se um #on#eito do *r*rio autor( *ode-se di,er ueestes indivduos ex*erimentam um *ro#esso de des"ilia&'oso#ial2J #ontrrio( os Lindivduos *or ex#essoL s'o os ue tmsu*ortes o+etivos su"i#ientes( o ue l%es *ermite desenvolverestratias( sem ter de re#orrer B de*endn#ia.

    ueles ue viven#iam o *eso so#ial da *osi&'o de Lindivduos*or "altaL tm mais *ossi+ilidades de ex*erimentar o sofrimentosocial( ue deixa mar#as *sui#as #om *ou#a ou nen%umavisi+ilidade so#ial( assim o *ensamos.

    este *onto( nossa anlise se volta a #ertas dimens!es doso"rimento so#ial $%umil%a&'o( veron%a( "alta dere#on%e#imento) vivido *or #ateorias su+alterni,adas e aose"eitos *rodu,idos na dimens'o #omunitria( so#ial e ru*al. %i*tese desenvolvida a de ue este so"rimento n'o temvisi+ilidadeM ele se ins#reve no interior das su+etividades sem(no entanto( ser #om*artil%ado #oletivamente.

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n2%23n2http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n2%23n2
  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    4/14

    luns autores *ro*!em o estudo da ex#lus'o a *artir daa"etividade $aulea# D =a+oada( 1993M Sa;aia( 1999). Sa;aiauali"i#a #omo so"rimento ti#o-*olti#o auele ue oriundo dador das inusti&as so#iais. =odos os sueitos so#iais est'oex*ostos a sentimentos "orados no #on"ronto #om inusti&as. oentanto( s'o os interantes de #ateorias mais su+alterni,adas

    os ue viven#iam( de "orma a#entuada( situa&!es ue l%esdesvalori,am( %umil%am( "a,endo-os sentirem-seenveron%ados. Eles *arti#i*am de dinmi#as so#iais ue l%esde*re#iam e invalidam a im*ortn#ia dos seus #dios so#iais e#ulturais( desuali"i#ando as ex*erin#ias vividas. =ais li#asn'o almeam somente( atravs da violn#ia real e sim+li#a(su+meter os #or*os( +us#ando #riar indivduos d#eis $#omoanalisa Fou#ault $1991)( ao estudar a so#iedade dis#i*linar) ouindivduos di"erentes do ue s'o. Estas li#as se a*ro*riam domais *ro"undo das su+etividades( *retendendo "a,er #om ueos sueitos se sim+oli,em #omo inadeuados( #omo LnormaisinteisL B so#iedade( #omo di, >on,elot $1991) ou #omo

    Lsereados so#iaisL( #omo assinala Pa#uant $2001).

    s li#as de invalida&'o e de de*re#ia&'o o#orrem( em rande*arte das ve,es( em #enas *+li#as. s *essoas se sentemdesvalori,adas e diminudas e( raramente( #om*artil%am taissentimentos. Se( *or um lado( a ex*ress'o destes sentimentosso"re uma #ensura do *r*rio sueito( *or outro( a so#iedadedis*!e de *ou#os su*ortes *ara auxiliar a ex*ress'o dosmesmos. Js a"etos( "rutos do *ro#esso de ex#lus'o( s'oreleados a *assar *or um *ro#esso ue *retende a*a-los(anul-los( en"im( torn-los inaudveis. esse *ro#esso desilen#iamento dos a"etos( dos uais *arti#i*am as institui&!es e

    os sueitos individuais e ru*ais( denominamos li#a dainvisi+ilidade do so"rimento.

    Js indivduos ue #om*!em o imainrio da inutilidade n'oen#ontram uma ins#ri&'o *ositivada nos randes *roetosinstitu#ionais $edu#a&'o( es#ola( sade( tra+al%o). s ins#ri&!eso"ere#idas *elas institui&!es mar#am-l%es de "orma neativa(esta+ili,ando luares so#iais #onsiderados inteis.

    Cus#aremos analisar estas uest!es *ela via do nar#isismo. Iaraulanier $19KH)( o contrato narcsico*ermite *ensar as li#asesta+ele#idas entre o sueito e o #onunto so#ial. J investimento

    nar#si#o s *ossvel se a trama so#ial da ual os sueitos*arti#i*am *uder l%es investir nar#isi#amente. Este *ro#esso#on"ere ao sueito um luar de *ortador de #ontinuidade no#onunto so#ial. J re#on%e#imento so#ial( em sua vertente*ositiva( ( *ortanto( *ortador de nar#isismo.

    J ue *ode a#onte#er uando o #ontrato nar#si#o n'o sustentado *ositivamente *elas institui&!es( mas( ao #ontrrio( #onstantemente ata#adoQ S'o *rodu,idas mar#as no*siuismo individual e ru*al ue #ontri+uem *ara a "orma&'ode um d"i#it nar#si#o. Este "orado radativamente atravsde ataues #umulativos.3J a#mulo do re#on%e#imento *autado

    na neatividade vai rom*er ou esar&ar o #ontrato nar#si#o. =al*ro#esso ter desdo+ramentos su+etivos e so#iais. Em outrotra+al%o analisamos um modo de inser&'o institu#ional ue

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n3%23n3http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n3%23n3
  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    5/14

    uali"i#amos Ldoen&a #omo *roetoL. ui( a Ldoen&aL *assa ater valor de #a*ital e se #onstitui #omo um dos ni#os a*ortesue "avore#e um re#on%e#imento das institui&!es de seuridade$1993)( *ermitindo aos sueitos ditos LdoentesL +ene"i#iarem-seminimamente de direitos. Eles *assam a ter direito a diversosseuros so#iais $doen&a( invalide,).

    o *resente texto ostaramos de en"o#ar uma outra#onseRn#ia do d"i#it nar#si#o: a lgica da virilidade. Estatem na violn#ia um de seus *rin#i*ais instrumentos. virilidade se ex*ressa *ela violn#ia sim+li#a ou real ue se #a*a, de im*or ao outro $>ours( 199K( *. 100). *ossi+ilidade de se #ometer violn#ia uma #onstru&'o so#ialsustentada individual e ru*almente. J exer##io da virilidade sere+ela #ontra ualuer ti*o de %umil%a&'o( desonra ou n'ore#on%e#imento. Js indivduos movidos *or esta li#a +us#am#onstruir atos #onsiderados %eri#os. Eles se mostramdestemidos( #oraosos e almeam ser re#on%e#idos #omo tal.

    li#a da virilidade *er*assa todos os es*a&os so#iais(4 n'oo+stante ela se "a&a mais dramti#a em #ertos territriosso#iais. ssim( uando os sueitos so"rem #onstantes ataues Bssuas *osi&!es de #idad'os( a virilidade *ode se "a,er mais*renante. Ela restaura $ainda ue este me#anismo seade"ensivo) uma imaem nar#si#a ultraada. Gontudo(*ro#edimentos de a&'o "i#am enrie#idos.

    J exer##io da li#a da virilidade leva os sueitos a estaremsem*re atentos a situa&!es ue l%es *ossi+ilitem exer#eratitudes de #oraem e "or&a "si#a. J ol%ar do outro tem aui um

    *a*el *re*onderanteM ele *ode desen#adear alumas rea&!es#onsideradas viris. Em situa&!es de extrema dramati#idade*ode-se es*an#ar ou desa"iar alum uando seu ol%ar sentido #omo invalidante. Js sueitos n'o su*ortam ser alvo deum ol%ar ue uali"i#am #omo #ontendo des*re,o e se sentem#om*elidos a reair. a exa#er+a&'o do "enNmeno des#rito *orFreud $19K1) #omo Lnar#isismo das *euenas di"eren&asL.

    s rea&!es B vivn#ia de invalida&'o o+etivam re#om*or umaimaem nar#si#a e o+ter o res*eito do ru*o onde se exer#e oato viril.

    Tuando os su*ortes institu#ionais s'o muito "raili,ados( o #or*oa*are#e #omo o ni#o +em ue as *essoas sentem *ossuir$Garreteiro( 1993M Gastel( 1995). J #or*o se #onstitui su*orte#ontra as violn#ias invalidantes ue ata#am o nar#isismo. Jsim+olismo do L#or*o virilL torna-se um modo de *rodu,irres*ostas Bs inusti&as so#iais. violn#ia re*resenta uma"orma de linuaem e o #or*o se a*resenta #omo metfora dasubjetividade $Garreteiro( 2000). J #or*o torna-se o #a*italderradeiro e( nesta *ers*e#tiva( tem *ou#a *ossi+ilidade de#ontri+uir na #onstru&'o de sentidos $aVs( 2000)( ou mel%or(estar a*to a re#on%e#er vrios sentidos em suas a&!es . J #or*ose o*!e a ualuer ti*o de do#ilidade( ele est sem*re *ronto

    *ara entrar em a&'oM torna-se um #or*o em estado de alerta.Em sntese( uma Lsu+etividade alertaL deve sa+er #orrer ris#os(

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n4%23n4http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n4%23n4
  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    6/14

    ex*or-se aos *erios e im*or ou ex*or sua *otn#ia. este#ontexto( *oder +riar um modo de +us#ar uma a"irma&'o noru*o so#ial: Lan%a-se *restio +riandoL( a"irma uma meninade 12 anos.

    J tr"i#o de droas( muitas ve,es( *ode se a*resentar #omo um

    modelo sedutor *ara os indivduos "ortemente mar#ados *or*ro#essos de Ldes"ilia&!es so#iaisL. anlise do tr"i#o extremamente #om*lexa( mas n'o *odemos "a,er e#onomia dod"i#it nar#si#o de muitos indivduos ue dele *arti#i*am. stosini"i#a a"irmar ue a uest'o n'o deve se redu,ir( a*enas( aolado e#onNmi#o( mas tam+m B e#onomia *sui#a.

    li#a do tr"i#o de droas se #onstri so+re um modelo ueintensi"i#a a virilidade( a "or&a "si#a( o *oder das armas. Jsrandes tra"i#antes surem #omo *oderosas "iuras deidenti"i#a&'o - eles se#retam *restio( res*eito e din%eiro. Estestrs sinos #onsolidam *oder e re#on%e#imento. Oe#entemente(

    ouvimos de aluns adoles#entes os seuintes #omentrios so+reFernandin%o Ceira-War: LJ #ara im*!e moralL e LJ %omem #%eio de *oder( mesmo *reso manda em tudoL. Sa+emos ueestes "atos s'o #om*artil%ados *or rande *arte da *o*ula&'o.Was no #ontexto em ue eles "oram es#utados( re"or&ada aidia de uma identi"i#a&'o %eri#a.

    nalisamos( a seuir( as de"esas "oradas "a#e B li#a davirilidade. J re"or&o desta li#a invalida ualuer ex*ress'o desentimentos vin#ulados B %umil%a&'o e B veron%a. E estesmesmos sentimentos s'o utili,ados *ara manter os valoresru*ais. #onstru&'o de de"esas #oletivas5im*ede a visi+ilidade

    dos a"etos ue n'o re"or#em a virilidade. Tualuer mem+ro doru*o ue se mostre "raili,ado %ostili,ado e se torna o+etode ataues dos #om*an%eiros. Ele deve sentir-se %umil%ado *orter a*resentado medo( veron%a ou outro sentimento. ex*ress'o destes sentimentos o distan#ia dos valores ru*ais dere"or&o a atitudes de #oraem e de #onvivn#ia #om o *erio.

    X a"irmamos ue a li#a viril n'o est uni#amente *resenteem #ateorias so#iais su+alterni,adas. o entanto( asinstitui&!es so#iais( *arti#i*ando de *ro#essos de invalida&'o de#ertos ru*os ou re#on%e#endo minimante a alteridade dauelesue o #om*!em( *odem *roet-los *ara modelos ue

    exa#er+em tais li#as. s so#iedades #ontem*orneas tmenerali,ado "ormas de indi"eren&a. Js outros( #omo di,Enriue, $19H9)( Ltornam-se uni#amente imaens( *erdem sua%umanidadeL. =rata-se do triun"o da ra#ionalidade instrumental.

    o #ontexto +rasileiro tolera-se "a#ilmente ue os indivduosseam a*aados( n'o im*ortando o sentido atri+udo a estamet"ora( sea a"astar do #am*o visual a imaem de umindivduo( desliar a televis'o ou matar +rutalmente alum de#ateoria so#ial +aixa. elimina&'o e o #om+ate v'oradativamente an%ando sustenta&'o na so#iedade. Elesre#e+em sini"i#a&!es imainrias "ortes - o ue #ontri+ui *ara a

    +anali,a&'o #res#ente da violn#ia.

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n5%23n5http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n5%23n5
  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    7/14

    s nos deteremos doravante em "alas de vrios adoles#entesue nos *are#em +ons analisadores do ue estamos estudando.Elas o#orreram no m+ito de um dis*ositivo de tra+al%o ru*aldenominado Lo"i#ina da #onversaL6( ue o#orre em uma randeL"avelaL do Oio de Xaneiro. Iela anlise das narrativas( *oder'oser identi"i#adas duas randes #ateorias de situa&!es de

    %umil%a&'o:

    - Explcitas: % intimida&'o ou violn#ia #ontra o #or*o do outro.rendt $1969) reserva a no&'o de violn#ia( uando % umem+ate #or*o a #or*o( ue visa a su+meter o outro( *or meio da"or&a "si#a.

    s violn#ias ex*l#itas s'o #onstitudas *or situa&!es ue( #omosa+emos( *ovoam o #otidiano de *o*ula&!es ue moram emlo#alidades #onsideradas L*eriosasL. este %ori,onte so#ial astti#as %umil%antes se interam B rotina de alumasinstitui&!es( #omo a *ol#ia. s *essoas s'o #onstantemente

    revistadas( visto ue s'o #onsideradas Lsus*eitasL de exer#erematividades ileais. amea&a e a intimida&'o s'o +astante*resentes. Js indivduos s'o vistos #omo *oten#ialmente*eriosos e devem ser amea&ados( *ela li#a re*ressiva.

    luns adoles#entes #ontam ue se sentem muito inde"esos aoverem seus *ais serem su+metidos a atos de amea&a e mesmode tortura. J relato destas situa&!es a#om*an%ado de umsentimento de dio( seuido( muitas ve,es( da #onstru&'o deum *roeto de vinan&a. Este n'o uni#amente ex*resso *or%omensM ele tam+m enun#iado *or adoles#entes do sexo"eminino. Uma menina de do,e anos a"irma: LMeu sonho

    poder matar policiaisL e um menino da mesma idade di,:Luando eu ficar grande uero ser bandido! para vingar a mortede meu paiL. Estas "alas testemun%am uma ausn#ia desu*ortes institu#ionais ue *ossam ser identi"i#ados B usti&a.S resta aos sueitos se lan&arem B vinan&a( atravs da li#aviril. Js *roetos de vida( vislum+rados *or muitos ovens(en#ontram a violn#ia #omo ni#a *ossi+ilidade de res*osta Bsinusti&as e Bs re*ress!es so#iais. Eles se a*iam em umaLidenti"i#a&'o #om o aressorL dos *roenitores. %umil%a&'ovivida *elos *ais e *resen#iada *elos "il%os torna-se umsentimento insu*ortvel. Ela se #onstri #omo motor de *roetosre*aradores. vinan&a se erue #omo ni#a res*osta B

    re*ress'o institu#ional.

    " #umilha$%es &mplcitas: estas s'o mais sutis( deixam tra&os(sem mar#ar o #or*o. Elas tam+m #orroem as su+etividades(*rodu,indo um d"i#it nar#si#o. Gitamos( aui( dois "atosexem*lares o#orridos em um mesmo dia. eui*e de *esuisa-a&'o ue #oordeno na lo#alidade #itada a#ima( a#om*an%ou umru*o de ovens a uma ex*osi&'o so+re o Surrealismo( no GGCC$Gentro Gultural Can#o do Crasil). *s a ex*osi&'o( os ovens*arti#i*aram de uma o"i#ina #uo o+etivo era #onstruir umo+eto surrealista. Js ovens mostravam-se um *ou#o eu"ri#os$ou mel%or( #ontentes *ela novidade da ex*erin#ia) e "oram(

    ent'o( re*reendidos *ela #oordenadora da atividade ue l%esindaou de onde vin%am. o sa+er da lo#alidade onde moravam(ela disse: L'h! ento por istoL. uela "ala selava um estima

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n6%23n6http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n6%23n6
  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    8/14

    Buele ru*oM #omo se ela os remetesse a um luar mar#ado*ela neatividade( o de L#ondenados da #idadeL $Pa#uant(2001). Js interantes do ru*o *assavam( mais uma ve,( a termar#as *eorativas #oladas a seus #or*os $o""man( 19K5).ora eles eram vistos #omo tendo um luar de *erten#imento.J ol%ar de expertise remetia-l%es a uma identidade ue os

    a*risionava #omo LinadeuadosL. uele ol%ar n'o era novo emsuas vivn#ias( era iual a tantos outros ue %aviamviven#iado( uando estavam em situa&!es onde era #ontrastantea di"eren&a so#ial #om outros indivduos.

    o mesmo dia outra situa&'o %avia o#orrido( no metrN. J#onunto daueles ovens s *oderia viaar sendo viiado. Foiassim ue os seuran&as do metrN *reveniram a esta&'o dedestino do ru*o( so+re o traeto ue eles estavam "a,endo.G%eando ao destino uma nova uarda os es*erava. =ais"atos mostram a *resen&a #onstante de li#as de viiln#iavoltadas *ara determinados ru*os so#iais. Elas est'o sem*re

    a*tas a #a*tarem os *ossveis Ldesvios im*l#itosL ue *odemser ex*li#itados. s *essoas s'o es*reitadas. Seundo a li#ado ol%ar dis#i*linador( elas *odem *assar de Lsus*eitas a*eriosasL( amea&ando a su*osta ordem *+li#a. nestesentido ue a"irmamos: o re#on%e#imento dos sueitos sendo"eito dentro da #ateoria de sus*eito um re#on%e#imento ueos invalida e os %umil%a.

    S'o sini"i#ativos aluns #ontedos *ramti#os *ro*ostos em#ursos de #a*a#ita&'o *ro"issionalK. 7 um mdulo denominadoLmundo do tra+al%oL. Esta atividade #onsiste no a*rendi,ado demodos de se #om*ortar no tra+al%o: a*rende-se a "alar( a

    atender tele"one( a enviar "ax( a se vestir( a andar #orretamenteet#. =rata-se de um ritual de *assaem onde s'o ensinados#dios #ulturais #onsiderados a#eitos e valori,ados. Este ritualdesuali"i#a os #dios a*rendidos no universo #ultural deoriem dos sueitos. Cus#ando a*arentemente tra+al%ar #ontraa estimati,a&'o( ensinando modos de #onduta mais a*re#iadosso#ialmente( re"or&a a estimati,a&'o( *ois invalida osa*rendi,ados ue os sueitos tin%am at ent'o. #omo se asmar#as identi"i#atrias ue arantem os la&os so#iais$Fernandes( 2003)( #onstrudas *rimordialmente a *artir do*erten#imento a um %ori,onte so#ial( devessem ser a*aadas outrans"ormadas. Estes #ursos sedu,em( *ois tra,em a es*eran&a

    $ou o loro) de um destino so#ial valori,ado.

    s uest!es aui men#ionadas devem ser mais +em analisadas.'o %averia um amlama entre as#ender a uma *osi&'o*ro"issional um *ou#o valori,ada e dever a+andonar outrans"ormar valores e #ondutas so#iais ue( em ltima anlise(menos*re,aria a *r*ria %istria de vidaQ Cosi $2003( *. 69)a"irma: Luma %istria de vida n'o "eita *ara ser aruivada ouuardada numa aveta #omo #oisa( mas existe *ara trans"ormara #idade onde ela "lores#euL. Gomo os ue s'o +anidos $ouuase +anidos) da #idade ou ue s'o %umil%ados(desuali"i#ados *odem sentir leitimidade *ara trans"ormar a

    #idadeQ Gomo *odem %a+itar a #idade( #ir#ular *or seuses*a&os( sem se sentirem amea&ados *or serem indeseados(ou *or serem sim*lesmente toleradosQ Iros#rever as *essoas da

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n7%23n7http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n7%23n7http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#n7%23n7
  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    9/14

    #idade ou de *artes da #idade( n'o seria uma "orma de#onstru&'o de veron%aQ

    a oriem dos *ro#essos so#iais de veron%a $aulea#( 1996)en#ontramos a violn#ia( sea ela "si#a ou sim+li#a. Estasenendram um *ro#esso de invalida&'o da *r*ria *essoa( de

    seus ru*os de *erten&a( da "amlia( do ru*o de *ares ou da#ateoria so#ial. J ue estes *ro#essos tm em #omum ues'o sem*re #onstrudos em uma #ena so#ial. >a *odermos nosre"erir B #onstru&'o do so"rimento so#ial.

    veron%a a#ena *ara uma situa&'o de su*erioridade so#ial( dedomina&'o e de *oder( *or *arte dauele ue su+mete e( deinteriori,a&'o( *or *arte do ue se v su+metido. veron%ao+etiva +arrar a rea&'o de uem a viven#ia. 7 sem*re um#usto *sui#o im*ortante uando a res*osta im*ossi+ilitadade o#orrer.

    ossa anlise nos leva a desta#ar dois modos mais "reRentesde lidar #om a veron%a:

    a) reativo - levando B #onstru&'o dos *ro#essos de revolta$Yaluar( 19H5). este *onto *odemos entender o uedenominamos li#a da virilidade. Esta li#a( #omo re"erimosa#ima( #onstitui um modo de restaurar uma imaem nar#si#a"erida.

    +) silenciado " nesta "orma n'o % rea&'o ex*l#ita. Jsentimento de invalida&'o interiori,ado e o sueito se resina Bveron%a sentida( re*rodu,indo e transmitindo sua *r*riainvalida&'o so#ial. este #aso a veron%a era um sentimentode de*re#ia&'o. assim ue muitas institui&!es ensinam aa*rendi,aem da su+miss'o( sea *or *alavras ou *or suas*r*rias a&!es.

    Formas de intervenes possveis

    su*era&'o destes modos( uase #onelados( de lidar #om averon%a e #om a %umil%a&'o reuer a #onstru&'o de estruturas

    mediadoras ue o*erem #riando me#anismos de distan#iamento$dgagement) ue n'o os re"or#em( mas ue tra+al%em #om osa"etos re#al#ados ou re*rimidos ue est'o na +ase das de"esas#oletivas. >uas no&!es nos audam a *ensar em "ormas deinterven&!es: a #on"ian&a e o intermedirio( ela+orados *or aVse Pinni#ott. Iara estes autores a #on"ian&a se +aseia na"ia+ilidade ue se estrutura na ex*erin#ia do es*a&o *oten#ialao lono da #onstru&'o su+etivaM Lentre o +e+ e a m'e( entrea #rian&a e a "amlia( entre o indivduo( a so#iedade e o mundoL$Pinni#ott( #itado *or aVs( *. 2K). J es*a&o *oten#ial sea*roxima do #on#eito de intermedirio( ela+orado *or OenaVs. J autor atri+ui vrias sini"i#a&!es B no&'o de

    intermedirio $1990( *. 13). Gitaremos a*enas as ue nosaudam a *ensar a uest'o a+ordada. J intermedirio umainstn#ia de #omuni#a&'o ue une dois termos ue est'o

  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    10/14

    se*arados e( ao mesmo tem*o( mantm a se*ara&'o. Ele ainstn#ia de arti#ula&'o da di"eren&a( e *rodu, umasim+oli,a&'o. J intermedirio *ermite o tra+al%o *sui#o e tra,modi"i#a&!es na realidade $Fernandes( 2003).

    "al%a na #on"ian&a restrine a #a*a#idade de viver

    #riativamente. 7 uma diminui&'o no deseo de ex*erimentar.Iode-se *ensar ue neste #ontexto ue surem "ormasestandarti,adas de estar no mundo( "rutos de de"esas. Jra(#omo *oder tra+al%ar na des#onstru&'o de atitudes #oneladasQui im*ortante *ensar na #onstru&'o de es*a&osintermedirios ue restaurem o sentimento de #on"ian&a( ondeos sueitos n'o se sintam "a,endo *arte de uma massa dedesuali"i#ados( mas a#ol%idos em suas sinularidades. ne#essrio *oder #riar ou trans"ormar estruturas so#iais(sensi+ili,ando-as a res*eitarem a autonomia dos ru*os so#iais.7 orani,a&!es( overnamentais ou n'o( ue n'o re"or&am(nas suas *rti#as( a virilidade ou o siln#io. o #ontrrio( elas

    tm uma es#uta e um ol%ar atentos aos sueitos e osre#on%e#em *ositivamente. Elas est'o a*tas a ex*erimentardesvios #riativos( atravs de estruturas mediadoras e en#ontrar(

    untamente #om os #oletivos( novas prxis ex*ressivas. Estasorani,a&!es tra+al%am no luar de media&'o( #onstruindonovas sim+oli,a&!es dos so"rimentos so#iais. Elas *ermitemnovas ex*erin#ias e a#reditam na *oten#ialidade dos sueitos.

    Js ru*os voltados *ara as atividades artsti#as en#ontram(aui( um luar de destaue. Eles s'o o+etos mediadores(*ermitindo a #onstru&'o de um *ensamento #rti#o ao invs deum sentimento +anido. neste sentido ue "ormas musi#ais(

    #omo os (aps$>ienes( 199H)( ao mesmo tem*o em ue s'oLo+etos de ataueL #ontra as %umil%a&!es e veron%asso"ridas( *ermitem ue os sueitos saiam da *osi&'o de%umil%ados e enveron%ados e #riem uma *rodu&'o so#ialvalori,ada. J teatro( a *intura e a es#ultura tm tam+m este*oten#ial. =odas as modalidades artsti#as #ontri+uem *ara ueo sueito se des#ole das mar#as ue l%es *rendem na *ele(estimas( *odendo ressini"i#ar seus luares no mundo.

    Lanando desafios

    *esar do eloio B #ria&'o( devemos estar atentos *ara n'oa*risionar #ertos indivduos em um novo *a*el so#ial: de atletae/ou de artista. Js *roetos #ulturais tm( #omo dissemos( umluar de destaue( mas eles n'o *odem ser a ni#a "orma deexer##io da #idadania. Ela n'o *ode se esotar em *roetos#ulturais. Uma #idadania *lena deve *oder in#lu-los( mas deve(iualmente( *oder ir alm.

    Js *si#loos so#iais( os *si#osso#iloos( os so#iloos #lni#ose os *si#analistas sensveis Bs dimens!es #lni#as do so"rimentoso#ial( devem #ontri+uir na #onstru&'o de a&!es ue*oten#iali,em os sueitos no mundo( o ue sini"i#a( #omo nosdi, Cader Sa;aia( atuar ao mesmo tem*o na #on"iura&'o da

  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    11/14

    a&'o( do sini"i#ado e da emo&'o( tanto na es"era #oletiva(uanto individual. Este um desa"io ue nos lan&amos emnossas #onstru&!es *rti#o-teri#as.

    este desa"io im*ortante #olo#ar outros sa+eres tais #omo a%istria( a arte( a #in#ia *olti#a( a aruitetura( a e#onomia e

    tam+m atores ue tm um sa+er n'o aduirido *ela a#ademia.Ior "im( im*ortante ressaltar aos estores de *olti#as *+li#asue uaisuer ue seam as dimens!es *olti#as *ro*ostas( elasestar'o sem*re lidando #om sueitos. Elas devem sa+eruali"i#ar $sem %umil%ar ou se a*oiar em mtodos eradores deveron%a) e *reservar a memria so#ial e individual. im*ortante ue as *olti#as *+li#as re#usem *ro*osi&!esestandarti,adas e a*ostem em uma ti#a da di"eren&a. Emsntese( torna-se urente a#om*an%ar ualuer *olti#a *+li#ade uma vis'o #lni#a( de uma sensi+ilidade B ex*erin#ia dooutro( sea ele um sueito individual ou #oletivo.

    Refer+ncias

    rendt( 7. $1969). Sobre a viol)ncia. Oio de Xaneiro: Oelume->umar. Z ?ins[

    ulanier( I. $19KH). *a violence de l+interpretation. Iaris: IUF. Z ?ins[

    u+ert( .( D aulea#( 8. $1991). *e co,t de l+excellence-Iaris:

    Seuil. Z ?ins[

    Cauman( Y. $2003)- .omunidade! a busca de seguran$a nomundo atual. Oio de Xaneiro: XYE. Z ?ins[

    Cosi( E. $2003). / tempo vivo da memria-S'o Iaulo: teliEditorial. Z ?ins[

    Garreteiro( =. G. $1993). Exclusion sociale et construction del+identit. Iaris: ?@7armattan. Z ?ins[

    Garreteiro( =. G. $1999). >oen&a #omo *roeto. n C. Sa;aia

    $Jr)('sartimanhas da excluso. Ietr*olis( OX:8o,es. Z ?ins[

    Garreteiro( =. G. $2000). Tuands le #or*s ren#ontre l@arent. n8. uienne D X. I. Couilloud. Iaris: ES. Z ?ins[

    Garreteiro( =. G. $2003). ?e #or*s surinvesti: Iat%oloienar#issiue #ontem*oraine. n 0 'ctes du .olloue *1individuh2per moderne! ES.3" 4niversit 3aris$8ol. 2( **. 213-222).Iaris: ?a+oratoire de G%anement So#ial. Z ?ins[

    Garreteiro( =. G. $2004). ?a violen#e "aite a un indien:S

  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    12/14

    .hangement Social$**. 101-10H). Iaris: 7armattan. Z ?ins[

    Gastel( O. $19HK). *a metamorphose de la uestion sociale.Iaris: Fae#ouvertes. Z ?ins[

    Gastel( O.( D 7aro#%e( G. $2001). 3roprit prive! propritsociale! proprit de soi. Iaris: Faienes( . $199H). .artografias da cultura e da viol)ncia.Fortale,a: nna+lume. Z ?ins[

    >eours( G. $19H0). 7ravail5 4sure mentale. Iaris: Genturion.Em *ortuus:' loucura do trabalho. S'o Iaulo: Gorte,(2000. Z ?ins[

    >eours( G. $199H). Soufrance em 8rance. Iaris: Seuil. Z ?ins[

    >on,elot( X. $1991). 8ace 9 l+exclusion. Iaris: ESIO=. Z ?ins[

    Enriue,( E. $19H9). *+institution et les institutions. Iaris:>unod. Z ?ins[

    Eren+er( . $199H). *a fatigue d+ )tre soi. Iaris: Jdile Xa#o+. Z ?ins[

    Fernandes( W. . . $2003). Mesti$agem e ideologia. =ese de?ivre >o#n#ia( nstituto de Isi#oloia( Universidade de S'oIaulo( S'o Iaulo. Z ?ins[

    Fou#ault( W. $1991). :igiar e punir-Ietr*olis( OX:8o,es. Z ?ins[

    Freud( S. $19K1). Malaise dans la civilisation. Iaris: IUF.

    Z ?ins[

    aulea#( 8. $1996). *es sources de la #onte. Iaris: >es#le deCrou;er. Z?ins[

    aulea#( 8.( D =a+oada( . $1993). *a lutte des places. Iaris:7ommes et Iers*e#tives. Z ?ins[

    o""man ( E. $19K5). Stigmate-Iaris: Winuit. Z ?ins[

    aVs( O. $Jr.). $19K9). .rise! rupture et depassement-Iaris:>unod. Z ?ins[

  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    13/14

    a V s( O. $19HK). *+institution et les institutions. Iaris: >unod.Em *ortuus:' institui$o e as institui$%es $X. Iereira eto(trad.). S'o Iaulo: Gasa do Isi#loo( 19H9. Z ?ins[

    a V s( O. $2000). Um *a#to de resistn#ia interera#ional aoluto. n I. Cen%o,i D J. Oui, Gorrea $Jrs.)( /s avatares datransmisso psuica geracional-S'o Iaulo: Es#uta. Z ?ins[

    Worin( E. $1990). &ntroduction 9 la pense complexe. Iaris: ESF. Z ?ins[

    Oui, Gorrea( J. $2000). E#los'o dos vn#ulos eneali#os etransmiss'o *sui#a. n I. Cen%o,i D J. Oui, Gorrea $Jrs.)(/s avatares da transmisso psuica geracional-S'o Iaulo:Es#uta. Z ?ins[

    Sa;aia( C. $1999). dentidade - Uma ideoloia se*aratista. nSa;aia( C. $Jr)('s artimanhas da excluso- Ietr*olis( OX:8o,es. Z ?ins[

    Pa#uant( ?. $2001). /s condenados da cidade. Oio de Xaneiro:Oevan. Z ?ins[

    Yaluar( . $19H5).' muina e a revolta. Oio de Xaneiro:Crasiliense. Z ?ins[

    Oe#e+ido em 11.02.2004#eito em 15.04.2004

    1Iro"essora titular da Universidade Federal Fluminense.Wem+ro do Es*a&o Crasileiro de Isi#anlise. Endere&oeletrNni#o: te#ar2\uol.#om.+r

    2Gastel( re"erindo-se B so#iedade atual( analisa a "raili,a&'odo Estado Irovidn#ia. derada&'o da *ro*riedade so#ialmostra #omo vai o#orrendo uma mudan&a da *osi&'o dosindivduos *or ex#esso *ara a dos indivduos ue ex*erien#iam a*osi&'o de "alta. Oe"erindo-se aos su*ortes ue estruturam ae#onomia *sui#a do individuo atual( o autor suere ue sedeveria *oder analis-los em arti#ula&'o #om os su*ortes ue"orne#em ao indivduo sua #onsistn#ia ou #om aueles #uaausn#ia *ode "a,-lo es#orrear no va,io $Gastel( 2001( *.160).3Em re"eren#ia ao ue Oui, Gorrea $2000) denominatraumatismos #umulativo

    4>Aours $199H) "a, uma anlise da sua *resen&a nasem*resas( nas rela&!es de tra+al%o. J mesmo *ode sero+servado em alumas +rias em +oates #ario#as. im*rensa

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#1n%231nmailto:[email protected]://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#2n%232nhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#3n%233nhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#4n%234nhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#1n%231nmailto:[email protected]://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#2n%232nhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#3n%233nhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642003000300006#4n%234n
  • 7/25/2019 sofrimentos sociais

    14/14

    tem denominado de L*it+o