Spinning Rochas

11
 na mira dos robalos spinning nas rochas  Alexandre Alves (original publicado na revista “MaisPesca” em Outubro.2008)

Transcript of Spinning Rochas

Page 1: Spinning Rochas

7/28/2019 Spinning Rochas

http://slidepdf.com/reader/full/spinning-rochas 1/11

 

na mira dos robalos

spinning nas rochas

 Alexandre Alves

(original publicado na revista “MaisPesca” em Outubro.2008)

Page 2: Spinning Rochas

7/28/2019 Spinning Rochas

http://slidepdf.com/reader/full/spinning-rochas 2/11

 

Page 3: Spinning Rochas

7/28/2019 Spinning Rochas

http://slidepdf.com/reader/full/spinning-rochas 3/11

 

As emoções fortes, suscitadas pela subida de adrenalina, quando,

movidos pela paixão da pesca, saímos de casa ainda a cidade dorme

ou os amantes do sol já regressaram ao recesso do lar, podem ficar

ao rubro durante uma jornada de spinning aos robalos nas rochas.

Este avivar da paixão é motivado, sobretudo, pela ambiguidade criada

entre as condições propícias à presença do nosso “adversário” e a

hostilidade do ambiente.

Nesta área, sabemos que não existem verdades absolutas e que, ao

fazermos determinadas opções, estamos a tentar encontrar o nosso

perfil enquanto pescadores desportivos e a responder a múltiplas

condicionantes.

São diversas as possíveis sugestões relativamente à escolha de

materiais que respondam às exigências de uma prática como o

spinning nas rochas. Esta é apenas uma entre várias.

Page 4: Spinning Rochas

7/28/2019 Spinning Rochas

http://slidepdf.com/reader/full/spinning-rochas 4/11

 

Canas

Para a prática do spinning em zonas rochosas, opto pelo uso de

canas entre os 270 e os 300 e, quando pesco com vinil, escolho,

habitualmente, canas mais curtas, entre os 210 e 240. Esta minha

preferência relaciona-se com diversos factores, nomeadamente uma

maior facilidade durante o transporte da cana pelas rochas, a

precisão alcançada no lançamento da amostra, assim como a

possibilidade de uma animação mais dinâmica.O casting weight das canas normalmente varia entre os 10 a 30gr e

os 15 a 40gr. No entanto, quando optamos pela utilização de vinis, se

usarmos um casting weight mais baixo, rentabilizaremos o

desempenho.

Carretos

Quanto aos carretos, tendo como referência a marca Shimano, opto

normalmente pelo tamanho 4000. Note-se que é importante ter em

conta o peso, pois a leveza do carreto traduz-se num menor cansaço,

após vários lançamentos. De forma a alcançar uma rápida

recuperação, podemos optar por um carreto com um ratio 5.1, que

se revela bastante eficaz quando é necessário tirar seio à linha ou

afastar a amostra de junto das rochas.

Fios

A minha preferência vai para binómio multifilamento/fluorocarbono.

O multifilamento possibilita a utilização de diâmetros menores com

cargas de ruptura superiores, proporcionando lançamentos mais

longos. Outra das suas características é a falta de elasticidade, que

se revela vantajosa, pois permite que o pescador sinta melhor o

“trabalhar” da amostra, assim como o ataque do peixe, o que

desencadeia uma ferragem mais rápida, uma vez que não existemnem perdas de transmissão das vibrações nem de energia, através

da elasticidade, ao longo do fio, possibilitando um maior controlo na

acção de pesca.

Quanto aos diâmetros, opto por 0.17 mm para o multifilamento e

0.33 mm a 0.37 mm para o fluorocarbono. A menor capacidade de

resistência à abrasão do multifilamento é resolvida com o uso de um

"chicote" fluorocarbono. Acresce também como vantagem deste fio a

sua invisibilidade.

Nós

Para a união entre o multi e o fluorocarbono, uso o nó albright, mas

existem outras opções, de acordo com o gosto de cada pescador,

sendo sobretudo relevante a confiança no nó que executamos, de

modo a não arriscar a perda do peixe.

Page 5: Spinning Rochas

7/28/2019 Spinning Rochas

http://slidepdf.com/reader/full/spinning-rochas 5/11

 

 Vestuário e outros equipamentos

Neste tipo de pesqueiros, o vestuário mais indicado será um fato de

mergulho ou fato de vela, dependendo a opção, por um lado, das

condições meteorológicas e, por outro, do facto de termos ou não de

entrar dentro de água (se usar vadeador ter o cuidado em apertar o

cinto da cintura).

O uso de casaco impermeável e gorro evita alguns banhos

desagradáveis, assim como as botas de neoprene são importantespara manter a temperatura, pois a sua descida é meio caminho para

a jornada de pesca terminar mais cedo.

No caso de pescar durante a noite, uma lanterna frontal é a melhor

opção, possibilitando a liberdade de mãos.

Como garantia de segurança, para quem sobe e desce falésias, a

mochila ou colete são sempre as escolhas mais vantajosas, pois

existe um maior equilíbrio do peso, para além de ser mais difícil ficar

preso em alguma rocha ou embater contra algum obstáculo,

desencadeando uma queda.

As vantagens do uso das luvas vão para além de evitar o frio, sendo

úteis quando precisamos de nos apoiar numa rocha ou partir um

multifilamento, se este ficar preso, evitando-se usar o próprio carreto

e protegendo-o consequentemente. São, ainda, funcionais quando a

 jornada está no bom caminha e precisamos de deitar a mão a um

robalo, impedindo possíveis ferimentos com as barbatanas dorsais e

opérculos e o contacto com as fateixas.

Page 6: Spinning Rochas

7/28/2019 Spinning Rochas

http://slidepdf.com/reader/full/spinning-rochas 6/11

Page 7: Spinning Rochas

7/28/2019 Spinning Rochas

http://slidepdf.com/reader/full/spinning-rochas 7/11

 

Page 8: Spinning Rochas

7/28/2019 Spinning Rochas

http://slidepdf.com/reader/full/spinning-rochas 8/11

Page 9: Spinning Rochas

7/28/2019 Spinning Rochas

http://slidepdf.com/reader/full/spinning-rochas 9/11

 

Page 10: Spinning Rochas

7/28/2019 Spinning Rochas

http://slidepdf.com/reader/full/spinning-rochas 10/11

Page 11: Spinning Rochas

7/28/2019 Spinning Rochas

http://slidepdf.com/reader/full/spinning-rochas 11/11

 

Nunca devemos apontar a ponteira da cana ao peixe pois corremos o

risco do fio se partir, uma vez que a cana perde o poder de

amortecimento. Nos casos em que o robalo vem à superfície, sacodea cabeça, e verificamos que está preso apenas pela fateixa da

 traseira da nossa amostra, o risco de perda vai aumentar, devendo o

pescador baixar a cana para um dos lados sem apontar. Devemos

procurar um lugar para o retirar quando ainda temos espaço de

manobra, podendo aproveitar o movimento das ondas para

conseguir colocá-lo num local mais seguro. Lembre-se de que é

preferível perder um peixe do que a vida.

Finalmente, quando temos o robalo na nossa mão, recordemos

sempre que a medida mínima legal é 36 cm e que os 42 cm

correspondem à sua idade de maturação sexual e vai, com certeza,

querer continuar a pescar e a transmitir os seus conhecimentos às

novas gerações de pescadores..

Se dermos uma segunda hipótese a alguns dos nossos “adversários”,

proporcionando-lhes o regresso ao seu habitat, podemos sempre

iniciar uma nova jornada de pesca com a convicção de que alguns se

mantêm na nossa mira. E quanto às grades, facilmente serão

esquecidas com a alegria da captura de um bom exemplar.

Pescar, Divulgar e Preservar é o lema a seguir.