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Chuveiros automáticos contra incêndio Especificação e montagem do sistema devem atender regulamentações estaduais do corpo de bombeiros e requisitos de normas contra incêndio Trios de chuveiros automáticos Também conhecidos como sprinklers, os chuveiros automáticos podem ser do tipo pendente (o jato de água é dirigido para baixo), em pé (o jato é dirigido para cima) e lateral ou de parede (o jato é lançado para a frente e para os lados), sendo o primeiro o mais utilizado nas edificações. Os produtos ainda variam de acordo com o calor suportado pelos elementos termossensíveis, que se rompem quando atingem uma determinada temperatura. A escolha do modelo deve ser feita na fase de projeto, levando- se em conta o desempenho, as condições de manutenção e especialmente os riscos e recomendações de segurança para cada ambiente. Escolha dos tubos Os tubos que compõem os sistemas de sprinklers variam de acordo com o tipo de obra, ambiente e classe de risco de incêndio. Hoje, os principais sistemas disponíveis no mercado são três: tubulações em aço carbono com conexões de soldas elétricas ou de sistema de acoplamento (para áreas consideradas de risco médio e alto) e tubulações de CPVC com conexões de PVC (em áreas consideradas de risco leve). Sustentação dos tubos O ideal é que a instalação do sistema de chuveiros automáticos seja feita antes das instalações elétricas e hidráulicas, do forro e dos acabamentos. Os tubos são sustentados por diferentes tipos de suporte, de acordo com o peso do sistema. Na foto, o suporte de um sistema de CPVC. Preparação dos tubos Os tubos em aço carbono são fornecidos ainda brutos e precisam ser cortados, lixados e pintados no próprio canteiro de obras. Por isso, recomenda-se a criação de áreas de trabalho específicas para esse serviço, com todos os equipamentos necessários. Testes após a instalação Quando a instalação é concluída, deve-se realizar o teste hidrostático para verificar a estanqueidade do sistema, seguido das simulações de incêndio que asseguram o seu funcionamento adequado. Regulamentação A especificação, instalação e a manutenção dos sprinklers devem seguir a norma brasileira NBR 10.897:2007 - Sistemas de Proteção Contra Incêndio por Chuveiros Automáticos, as orientações do Corpo de Bombeiros de cada Estado e outras normas internacionais, caso solicitadas pelo cliente. Furos no forro A montagem dos forros é feita após os testes e a limpeza do sistema, lembrando que as placas devem ser furadas para a instalação dos bicos dos sprinklers. Por questões estéticas, os pontos normalmente seguem um padrão já previsto no projeto. Montagem do CPVC - Considerada mais simples, a montagem da tubulação em CPVC é feita com um adesivo especial (em vermelho), que é aplicado no interior da emenda e na extremidade do ramal principal. Para a fixação, os materiais devem ser segurados por 30 segundos até a cola secar. Proteção especial - Não apenas o tipo de tubo, como o local a ser instalado, também requer cuidados especiais. Por exemplo, caso haja a necessidade da instalação de um tubo de aço enterrado deve-se ter o cuidado de se fazer as proteções anticorrosivas. Marcações e medições - Para garantir as medidas especificadas no projeto, devem ser utilizadas trenas para a marcação dos furos usados na fixação dos suportes e níveis de bolha para conferir o prumo dos tubos. Logística planejada - É fundamental que a instalação do sistema de sprinkler esteja prevista no cronograma e na logística. Isso porque, além dos tubos exigirem um grande espaço de estocagem, o serviço ainda pode requerer o uso de equipamentos especiais, como escadas, plataformas elevatórias, andaimes e escoramentos. Apoio: José Marcelo Ramos, gerente de obras de elétrica e hidráulica da Sanhidrel Cimax, e Salomão de Almeida Neto, diretor-presidente da Associação Brasileira de Sprinklers (ABSpk).

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Chuveiros automáticos contra incêndio

Especificação e montagem do sistema devem atender r egulamentações estaduais do corpo de bombeiros e requisitos de normas contra incêndio

Trios de chuveiros automáticos Também conhecidos como sprinklers, os chuveiros automáticos podem ser do tipo pendente (o jato de água é dirigido para baixo), em pé (o jato é dirigido para cima) e lateral ou de parede (o jato é lançado para a frente e para os lados), sendo o primeiro o mais utilizado nas edificações. Os produtos ainda variam de acordo com o calor suportado pelos elementos termossensíveis, que se rompem quando atingem uma determinada temperatura. A escolha do modelo deve ser feita na fase de projeto, levando-se em conta o desempenho, as condições de manutenção e especialmente os riscos e recomendações de segurança para cada ambiente.

Escolha dos tubos Os tubos que compõem os sistemas de sprinklers variam de acordo com o tipo de obra, ambiente e classe de risco de incêndio. Hoje, os principais sistemas disponíveis no mercado são três: tubulações em aço carbono com conexões de soldas elétricas ou de sistema de acoplamento (para áreas consideradas de risco médio e alto) e tubulações de CPVC com conexões de PVC (em áreas consideradas de risco leve).

Sustentação dos tubos O ideal é que a instalação do sistema de chuveiros automáticos seja feita antes das instalações elétricas e hidráulicas, do forro e dos acabamentos. Os tubos são sustentados por diferentes tipos de suporte, de acordo com o peso do sistema. Na foto, o suporte de um sistema de CPVC.

Preparação dos tubos Os tubos em aço carbono são fornecidos ainda brutos e precisam ser cortados, lixados e pintados no próprio canteiro de obras. Por isso, recomenda-se a criação de áreas de trabalho específicas para esse serviço, com todos os equipamentos necessários.

Testes após a instalação Quando a instalação é concluída, deve-se realizar o teste hidrostático para verificar a estanqueidade do sistema, seguido das simulações de incêndio que asseguram o seu funcionamento adequado.

Regulamentação A especificação, instalação e a manutenção dos sprinklers devem seguir a norma brasileira NBR 10.897:2007 - Sistemas de Proteção Contra Incêndio por Chuveiros Automáticos, as orientações do Corpo de Bombeiros de cada Estado e outras normas internacionais, caso solicitadas pelo cliente.

Furos no forro A montagem dos forros é feita após os testes e a limpeza do sistema,

lembrando que as placas devem ser furadas para a instalação dos bicos dos sprinklers. Por questões estéticas, os pontos normalmente seguem um padrão já previsto no projeto.

Montagem do CPVC - Considerada mais simples, a montagem da tubulação em CPVC é feita com um adesivo especial (em vermelho), que é aplicado no interior da emenda e na extremidade do ramal principal. Para a fixação, os materiais devem ser segurados por 30 segundos até a cola secar.

Proteção especial - Não apenas o tipo de tubo, como o local a ser instalado, também requer cuidados especiais. Por exemplo, caso haja a necessidade da instalação de um tubo de aço enterrado deve-se ter o cuidado de se fazer as proteções anticorrosivas.

Marcações e medições - Para garantir as medidas especificadas no projeto, devem ser utilizadas trenas para a marcação dos furos usados na fixação dos suportes e níveis de bolha para conferir o prumo dos tubos.

Logística planejada - É fundamental que a instalação do sistema de sprinkler esteja prevista no cronograma e na logística. Isso porque, além dos tubos exigirem um grande espaço de estocagem, o serviço ainda pode requerer o uso de equipamentos especiais, como escadas, plataformas elevatórias, andaimes e escoramentos.

Apoio: José Marcelo Ramos, gerente de obras de elétrica e hidráulica da Sanhidrel Cimax, e Salomão de Almeida Neto, diretor-presidente da Associação Brasileira de Sprinklers (ABSpk).