SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

download SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

of 54

Transcript of SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    1/54

    Cortadores de base para colhedoras de cana-de-acar

    Por: Roberto da Cunha Mello

    II SIMPSIO PAULISTA DE MECANIZAO EM CANA-DE-ACAR

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    2/54

    Introduo:

    As colhedoras atuais so autopropelidas, com motores acima de 340 cv ecom todo acionamento hidrulico.

    Estas mquinas cortam a cana em sua base por impacto. Um rolo defletorempurra a cana para frente antes do corte para auxiliar na alimentao.

    A deflexo e o corte por impacto so responsveis por danos na soqueirae na cana colhida.

    De acordo com Ueno e Izumi (1995) as perdas na colheita esto em tornode 10 a 15 % quando a cana colhida sem queima.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    3/54

    Esquema de colhedora de cana-de-acar

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    4/54

    Tpico corte por impacto

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    5/54

    Conceito de perdas segundo Ueno e Izumi (1995)

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    6/54

    O objetivo deste trabalho foi

    substituir o corte por impacto pelo

    corte por deslizamento associado aouso de lminas serrilhadas

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    7/54

    Processos de corteO corte no pode ser considerado como um simples processo, mas umaseqncia elementar de foras e deformaes.

    Os fatores que influenciam o processo de corte so: Tipo e condio domaterial, o ngulo da faca em relao ao material raio da borda cortante,espessura da borda cortante, ngulo do chanfro velocidade da faca, etc.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    8/54

    Caractersticas da lmina

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    9/54

    Uso de laminas serrilhadas para cortar cana de acar.

    Rachaduras na cana de acordo com o tipo de corte e passo do serrilhado.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    10/54

    Comparao entre perfil liso e serrilhado

    Perfil liso melhor que serrilhado quando requer preciso no corte.

    O perfil serrilhado trabalhar melhor do que o perfil liso no corte pordeslizamento, especialmente atravs de superfcies duras ou resistentes

    Serrilhado no serra

    Perfis serrilhados cortam mais eficiente por vrias razes:

    - Maior comprimento da superfcie cortante

    - Existe uma concentrao de foras na ponta do dente

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    11/54

    Estudo cinemtico das lminas

    A cinemtica do sistema convencional de corte de base foi estudada porOduori et al (1992) que utilizaram o mtodo de transformao linearhomognea desenvolvido por Crouch (1981) para determinar odeslocamento de um ponto em um corpo rgido atravs de matrizes.

    Os autores concluram que o projeto do cortador de base deve considerarno apenas a cinemtica do cortador, mas tambm a mecnica do processode corte.

    Kroes e Harris (1995) Tambm desenvolveram um modelo matemtico,

    baseado no mtodo de transformao linear homognea.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    12/54

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    13/54

    Definies

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    14/54

    Trajetria da borda cortante

    K

    Y

    X

    DDD

    DDD

    DDD

    K

    Y

    X

    1

    1

    333231

    232221

    131211

    2

    2

    P = D.P0

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    15/54

    0

    01

    01

    0

    1

    1

    )(

    )(

    100

    0cos

    cos

    )(

    )(

    V

    tY

    tX

    ttsin

    ttsint

    V

    tY

    tX

    T

    T

    T

    T

    tsinRVttXT

    01

    )(

    tRtYT

    cos)( 01

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    16/54

    Visualizao do caminhamento do bordo reto de laminas vizinhas

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    17/54

    Bordos curvos

    a) com lminas inclinadas para trs b) com lminas inclinadas para frente

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    18/54

    0

    1log1

    R

    Rk

    R

    keRR

    0

    Geometria para laminas curvas

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    19/54

    X

    Y

    Z

    S

    D D D D

    D D D D

    D D D D

    D D D D

    X

    Y

    Z

    S

    11 12 13 14

    21 22 23 24

    31 32 33 34

    41 42 43 44

    0

    0

    0.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    20/54

    D =

    cos sin

    sin cos

    0 0

    0

    0 0 1 0

    0 0 0 1

    Vt

    P = D.P0

    1,0,;cos 000 sineReRPkk

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    21/54

    -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.4

    -0.3

    -0.2

    -0.1

    0

    0.1

    0.2

    0.3

    0.4

    Trajetria das laminas com inclinao para trs

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    22/54

    O aprimoramento do desenvolvimento terico doscortadores de base, proposto neste trabalho, foi a derivadada matriz deslocamento do mtodo da transformaolinear homognea.

    Com a derivada do deslocamento, obtm-se a velocidadedo ponto no bordo cortante.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    23/54

    Velocidade do ponto

    dt

    d

    0000

    0000

    0sincos

    00cossin

    ..

    ..

    V

    D =

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    24/54

    tVRVn coscos

    tVRVt

    sinsin

    Define as velocidades Vn e Vt

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    25/54

    -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

    -0.4

    -0.3

    -0.2

    -0.1

    0

    0.1

    0.2

    0.3

    0.4

    0.5

    V 3

    omega 60

    R1 0.46

    R0 0.3

    thetar 0.7

    Vetores velocidades normal e tangencial para lamina inclinada para frente(rotao horria e translao para a direita).

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    26/54

    ngulo de ataque () para lmina inclinada para trs

    ksen

    ksen

    cos

    costan

    2

    1

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    27/54

    Lminas inclinada para frente e para trs usada no experimento de laboratrio.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    28/54

    Tipo de serrilhado usado no experimento de laboratrio.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    29/54

    Estrutura de teste usada no experimento de laboratrio

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    30/54

    Esquema do sistema de aquisio de dados

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    31/54

    Mtodos do experimento de laboratrio

    Classificao de danos

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    32/54

    Delineamento experimental em esquema fatorial

    A quantidade total de cortes nesse experimento foi (2 lminas X 5 ngulosX 4 perfis X 2 velocidades + lmina convencional em 2 velocidades) X 4repeties = 328 parcelas experimentais. O Teste de Tukey a 5 % deprobabilidade foi usado para comparar as mdias.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    33/54

    RESULTADOS E DISCUSSO

    Experimento de laboratrio

    Danos

    Velocidadeangular

    Lminas

    Convencional Inclinada paratrs

    Inclinada parafrene

    (rpm) _______________ (notas) _______________

    450 4.5 A 3.26 A 3.44 A

    600 3.5 B 2.64 B 2.58 B

    Danos em funo da velocidade angular do disco.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    34/54

    Bordo cortante LminasInclinada para trs Inclinada para frente

    _______ (notas) _______

    Liso 3,05 AB 2,90 AB

    Serrilhado grande 2,80 BC 2,60 BC

    Serrilhado mdio 2,40 C 2,25 CD

    Serrilhado pequeno 1,45 D 1,65 D

    Danos em funo tipo de bordo cortante

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    35/54

    Lmina inclinada para trs Lmina inclinada para frente

    ngulo Danos ngulo Danos

    (grau) (nota) (grau) (nota)

    63,4 2,80 A 43,7 2,75 A

    67,3 2,50 A 51,7 2,40 A

    70,6 2,40 A 58,3 2,23 A

    73,3 2,65 A 63,4 2,50 A

    75,5 2,85 A 67,3 2,86 A

    Danos em funo do ngulo de ataque a 600 rpm

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    36/54

    Foras de corte

    A fora de corte foi decomposta em fora normal e tangencial.

    -50

    0

    50

    100

    150

    200250

    300

    350

    400

    0

    ,4

    1

    ,3

    2

    ,2

    3

    ,1 4

    4

    ,9

    5

    ,8

    6

    ,7

    7

    ,6

    8

    ,5

    9

    ,4

    10

    ,3

    11

    ,2

    12

    ,1

    Tempo (ms)

    Foradecort

    e(N)

    Fora avante

    Fora normal

    Fora a r

    Foras de corte para uma lmina convencional a 600 rpm.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    37/54

    -50

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    0,01

    0,91

    1,81

    2,71

    3,61

    4,51

    5,41

    6,31

    7,21

    8,11

    9,01

    9,91

    10,8

    11,7

    Tempo (ms)

    F

    oradecorte(N

    )

    Fora a vante

    Fora normal

    Fora a r

    Foras de corte para lmina inclinada para trs, borda lisa,trabalhando a 600 rpm com ngulo oblquo de 63.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    38/54

    -50

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    0,01

    0,64

    1,27

    1,9

    2,53

    3,16

    3,79

    4,42

    5,05

    5,68

    6,31

    6,94

    7,57

    8,2

    Tempo (ms)

    F

    oradecorte(N)

    Fora avante

    Fora normal

    Fora a r

    Foras de corte para lmina inclinada para frente, bordo liso, comngulo de ataque de 63 trabalhando a 600 rpm.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    39/54

    Tpico corte por impacto com lamina convencional.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    40/54

    Corte por deslizamento com lmina inclinada para frente e serrilhada depasso mdio.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    41/54

    Corte perfeito, sem nenhum dano, com serrilhado pequeno.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    42/54

    Experimento de campo

    Colhedora usada nos experimentos de campo.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    43/54

    Estrutura usada na demarcao das reas onde foram realizadas as avaliaes.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    44/54

    Retirando amostras da carga

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    45/54

    Lmina e disco utilizado no primeiro ensaio de campo cujo osresultados no foram satisfatrios.

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    46/54

    Embuxamento do perfil serrilhado trabalhando em solo argiloso mido

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    47/54

    Disco com as lminas ensaiadas no campo

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    48/54

    Detalhe da metalizao

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    49/54

    O ngulo interno de serrilhado que era de 30passou a 86e o fundo dosulco passou a ter um formato arredondado

    Perfil serrilhado aps 8 horas de uso

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    50/54

    Tratamento Impurezasminerais (%)

    Altura mdiados tocos

    (cm)

    Quantidadede tocos/m

    Abalo desoqueira

    (nota)Facaconvencional

    0,58 6,73 6,53 3,85 A

    Facaserrilhada

    0,55 5,73 7,62 2,64 B

    Valores obtidos no primeiro experimento de campo

    Tratamentos IntactasSemi

    abaladasAbaladas Arrancadas

    _______________ % _______________

    Faca Convencional 63,1 23,1 11,3 2,4

    Faca Serrilhada 78,7 12,9 7,1 1,3

    Diferena + 24,7 - 44,1 - 37,2 - 45,8

    Valores do abalo de soqueira do primeiro experimento de campo

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    51/54

    Tratamento Altura decorte (cm)

    Quantidade detocos/m

    Abalo desoqueira(nota)

    Dano ao toco

    Facaconvencional

    11,76 7,47 4,02 A 4,72 A

    Facaserrilhada

    9,73 8,32 2,78 B 2,64 B

    Valores obtidos no segundo experimento de campo

    Lmina Intactas Semi-abalada Abaladas Arrancadas

    _______________ % _______________

    convencional 54,3 28,3 13,9 3,4

    serrilhada 71,5 23,3 5,4 0,2

    Diferena + 31,7 - 17,6 - 61,2 - 94,1

    Valores do abalo da soqueira

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    52/54

    Lmina Dano mn. Dano mdio Rachadas Fragmentada

    _______________ % _______________

    convencional 22,0 42,6 18,4 17,0

    serrilhada 42,8 38,1 11,5 7,5

    Diferena +121,8 - 10,6 - 37,5 -55,9

    Valores do dano ao toco

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    53/54

    Toco com dano mnimo encontrado no campo

    CONCLUSES

  • 8/7/2019 SPMEC2011 Palestra 2 Roberto IAC

    54/54

    CONCLUSES

    Com a alterao propostas no processo de corte, foi possvel melhorar o cortebasal da cana-de-acar.

    Lmina serrilhada e inclinada para frente foi a melhor combinao no campo.

    Este sistema de corte possvel de ser adaptado em qualquer colhedoracomercial, sem a necessidade de modificaes na mquina.

    Obrigado a todos