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ERVIÇOS S SERVIÇOS Junho/2001 Circulação: Julho/2001 FENACON em Ano VI Edição 66 contabilidade assessoramento perícias informações pesquisas Publicação Mensal da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas dirigida a empresários de prestação de serviços - Valor Unitário - R$ 2,50 INTERNET: consulte em www.fenacon.org.br Shinyashiki na Conesc Entrevista Especial Rui de Andrade, presidente do Conselho Administração Roberto Shinyashiki, psiquiatra e best seller de auto-ajuda O bafafá da GPS Roberto Brant, ministro da Previdência Social Empresa contábil em tempo de mudanças Empresa contábil em tempo de mudanças EXCLUSIVO Tabela de honorários para peritos contadores

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E R V I Ç O SSS E R V I Ç O SJunho/2001Circulação:Julho/2001

FENACON em

Ano VIEdição 66

contabilidade assessoramento perícias informações pesquisas

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INTERNET: consulte em www.fenacon.org.br

Shinyashiki na Conesc Entrevista Especial

Rui de Andrade, presidentedo Conselho Administração

Roberto Shinyashiki, psiquiatrae best seller de auto-ajuda

O bafafá da GPS

Roberto Brant, ministro daPrevidência Social

Empresa contábilem tempo de mudançasEmpresa contábilem tempo de mudanças

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2 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

SESCON - Alagoas

Pres.: Anastácio Costa MotaR. Dr.Albino Magalhães, 18557050-080 - Maceió/ALTelefax (82) [email protected]

SESCON - Apucarana

Pres.: Alicindo Carlos MorotiRua Osvaldo Cruz, 341 - Centro86800-720 - Apucarana - PRTel. (43) 422-7908 / [email protected]

SESCON - Bahia

Pres.: Fernando César Passos LopoPraça Onze de Dezembro, 5 - sl 127 -Calçada - 40410.360 - Salvador/BATelefax. (71) 316.7520/[email protected]

SESCON - Blumenau

Pres.: Carlos Roberto VictorinoR.15 de novembro, 550 - Sl 100989010-901 - Blumenau/SCTelefax. (47) 326.0236 - [email protected]

SESCON - Caxias do Sul

Pres.: Moacir CarboneraR. Ítalo Victor Bersani, 113495050-520 - Caxias do Sul/RSTel. (54) 228.2425 - Fax: (54) [email protected]

SESCON - Ceará

Pres.: Urubatam Augusto RibeiroAv. Washington Soares, 1.400 - sl. 40160811-341 - Fortaleza/CETel.(85) 273.2255/ 273.4341Fax: (85) [email protected](HP) www.sescon-ce.com.br

SESCON - Distrito Federal

Pres.: Elizer Soares de PaulaCRS 504 Bloco C - Subsolo, 64Asa Sul - Entrada W270331-535 - Brasília/DFTelefax (61) 226.2456 - 226.1248/ [email protected](HP) www.bbcont.com.br/sescondf

SESCON - Espírito Santo

Pres.: Luiz Carlos de AmorimR. Alceu Aleixo, 117 - Térreo

29042-010 - Vitória/ESTel. (27) 223.4936. Fax:(27) [email protected](HP) www.sescon-es.org.br

SESCON - Goiás

Pres.: Antonino Ferreira NevesAv. Goiás, 400 - Ed. Bradesco sl. 10474010-010 - Goiânia/GOTelefax (62) [email protected](HP) www.bbcont.com.br/sescongo

SESCON - Grande Florianópolis

Pres.: Walter Teófilo CruzR. Araújo Figueiredo, 119 - sl. 40288010-520 - Florianópolis/SCTelefax: (48) [email protected](HP) www.sesconfloripa.org.br

SESCON - Londrina

Pres.: Paulo BentoR. Senador Souza Naves, 289 - sobreloja86010-914 - Londrina/PRTelefax. (43) [email protected]

SESCON - Maranhão

Pres.: Carlos Augusto Gaspar de Souza JrAv. Gerônimo de Albuquerque, S/N, sl 20165051-200 - São Luís/MATelefax: (98) [email protected](HP) www.elo.com.br/sescon

SESCON - Mato Grosso do Sul

Pres.: Odácio Pereira MoreiraRua Elvira Pacheco Sampaio, 68179071- 030 - Campo Grande - MSTelefax: (67) 787-6094/ [email protected]

SESCON - Mato Grosso

Pres.: Elynor Rey ParradoR. São Benedito, 851 - 1o andar78010-800 - Cuiabá/MTTel. (65) 623-1603 / Fax. [email protected]

SESCON - Minas Gerais

Pres.: João Batista de AlmeidaAv.Afonso Pena, 748 - 24º andar30.130-003 - Belo Horizonte/MGTelefax.: (31) [email protected]

SESCON - Pará

Pres.: Carlos Alberto do Rego CorreaTravessa 9 de Janeiro, 2050 - Cremação66063-260 - Belém/PATelefax: (91) [email protected]

SESCON - Paraíba

Pres.Aderaldo Gonçalves do Nascimento Jr.R. Rodrigues de Aquino, 267 - sala 70358013-030 - João Pessoa/PBTelefax (83) [email protected]

SESCAP - Paraná

Pres.: Valdir PietrobonR.Marechal Deodoro, 500 -11º andar80010-911- Curitiba/PRTel. (41) 222.8183 - Fax: (41) [email protected](HP) www.sescap.pr.org.br

SESCON - Pernambuco

Pres.: Geraldo de Paula Batista FilhoR. José Aderval Chaves, 78 Sls 407/40851111.030 - Recife/PETelefax: (081) [email protected]/sesconpe

SESCON - Piauí

Pres.: Tertulino Ribeiro PassosR. Honório de Paiva, 607 - Piçarra64001-510 - Teresina/PITelefax: (86) [email protected]

SESCON - Ponta Grossa

Pres. Luiz Fernando SaffraiderR. Comendador Miró, 860 - 1º andar84010-160 - Ponta Grossa/PRTel. (42) 222.1096 - Fax: (42) [email protected]

SESCON - Rio de Janeiro

Pres.: José Augusto de CarvalhoAv. Presidente Vargas, 542 - sl.190620071-000 - Rio de Janeiro/RJTel (21) 2233.8868 - Telefax (21)[email protected](HP) www.bbcont.com.br/sesconrj

SESCON - Rio Grande do Norte

Pres.: Rui CadeteR. Princesa Izabel, 762 - Cidade Alta

Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas filiados à FENACON

Atualizado em 10.07.20012 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

59025-400 - Natal/RNTelefax. (84) 221.5529 - [email protected]

SIECONT - Rondônia

Pres.: Antonio Sivaldo CanhinAv. Carlos Gomes, 2292 - Sl 478901-200 - Porto Velho/ROTel. (69) 224.4842 - Fax: (69) [email protected](HP) www.canhin.com.br

SESCON - Roraima

Pres.: Maria de Fátima Bezerra da SilvaAv.Getútio Vargas, 687-W - Centro/Anexo -69301.030 - Boa Vista/RRTelefax. (95) [email protected]

SESCON - Santa Catarina

Pres.: Vilson WegenerAv. Juscelino Kubitschek, 410 - bl.B - sl.30689201-906 - Joinville/SCTelefax (47) 433.9849/[email protected](HP) www.sesconsc.org.br

SESCON - São Paulo

Pres.: Carlos José de Lima CastroAv. Tiradentes, 960 - Ponte Pequena01102-000 - São Paulo - SPTelefax: (11) 3328-4900 - Fax: [email protected](HP) www.sescon.org.br

SESCON - Sergipe

Pres.: Wladimir Alves TorresR. Siriri, 496 - sl. 4 - 1º andar49010-450 - Aracaju/SETel (79) 214.0722 - Fax (79) [email protected](HP) www.netdados.com.br/~sesconse

SESCON - Sul Fluminense

Pres. William de Paiva MottaAv. Joaquim Leite, 604 - sl. 21127340-010 -Barra Mansa/RJTel. (24) 323.1755 - Telefax (24) [email protected]

SESCON - Tocantins

Pres.: Antônio Luiz Amorim AraújoACNO- Cj 03 - Lote 20 - Sl 25 - Gl Feltran77013.020 - Palmas/TOTelefax (63) [email protected]

Empresário de Serviços, entre em contato com seu sindicato através de e-mail. É mais fácil, rápido e econômico.Critique, reivindique, opine, faça sugestões aos seus dirigentes. Eles querem trabalhar por você, em defesa de sua empresa.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 3

FENACONR. Augusta, 1939 - Cjs 42 e 4301413.000 - São Paulo - SPTelefax (11) 3063.0937

Diretoria da Fenacon 2001/2003

PresidentePedro Coelho Neto

Vice-Presidente - Região SudesteAntônio Marangon

Vice-Presidente - Região NordesteJosé Geraldo Lins de Queirós

Vice-Presidente - Região SulMário Elmir Berti

Vice-Presidente - Região Centro-Oeste/NorteAntônio Gutenberg Moraes de Anchieta

Diretor FinanceiroAntonio Carlos Bordin

Diretor AdministrativoRoberto Wuthstrack

Diretor de Relações InstitucionaisHaroldo Santos Filho

Diretor Social e de EventosJosé Rosenvaldo Evangelista Rios

Diretor de Relações do Trabalho eAssuntos LegislativosSauro Henrique de Almeida

Diretor de Tecnologia, Qualidade eProdutividadeNivaldo Cleto

Suplentes

Horizon Donizeth Faria de AlmeidaJosé Eustáquio da FonsecaLuiz Valdir Slompo de LaraAnastácio Costa MotaMaciel Breno SchifflerOrival da CruzCleodon de Brito SaraivaIzabel Rodrigues LiipkeCarlos Alberto do Rego CorreaLeomir Antonio MinozzoWilliam de Paiva Motta

Conselho Fiscal

EfetivosJodoval Luiz dos SantosJosé Carmelo FariasAntonio José Papior

SuplentesIrany Barroso de Oliveira FilhoAluísio Beserra de MendonçaLuis Carlos Freitas

Representação na CNC

EfetivosPedro Coelho NetoEliel Soares de Paula

SuplentesJosé Augusto de CarvalhoMaria Elzira da Costa

A revista Fenacon em SERVIÇOS é uma publicaçãomensal da Federação Nacional das Empresas deServiços Contábeis e de Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas.

Home Page: http://www.fenacon.org.br

Tiragem : 55 mil exemplares

Auditoria de Circulação : Villas Rodil AuditoresIndependentes

Circulação : nacional - empresas de setores de ser-viços ligadas ao Sistema Fenacon, instituições deensino superior, órgãos governamentais, represen-

Ano VI - Edição 66

S E R V I Ç O S

FENACON em

tantes dos poderes legislativos e assinantes em geral.

Jornalista Responsável : Diva de Moura Borges

Produção Editorial : BST Comunicação Ltda

[email protected]

Reportagens e Redação : André Luiz de Andrade

Conselho EditorialPedro Coelho Neto,Mário Elmir Berti,Gerson Lopes Fonteles,Sérgio Approbato Machado,José Antonio de GodoyAntonio Marangon

í n d i c e

e x p e d i e n t e

espaço do leitor ......................................................................................... 04 palavra do presidente ................................................................................ 05

. “Pequenas exigências” que sacrificam empresas reportagem de capa ................................................................................ 06

. Transformando contabilidade em informação gerencialEmpresas de contabilidade procuram consultorias em busca da excelência e de um novomodelo gerencial. A ordem é mostrar ao mercado que, mais do que fazer balanços epreencher guias, as empresas de contabilidade podem oferecer informações que vãodeterminar o sucesso empresarial de seus clientes

perícia ..................................................................................................... 09. Resgate da dignidade através de tabelas de honoráriosUma, entre as várias ações dos Sescon’s para resgatar e valorizar o trabalho de perícia em todoo Brasil está a criação de tabelas de honorários, que pretendem propor aos juízes parâmetrosmínimos de cobrança. Paraná sai na frente com sua primeira tabela e guia de profissionais

tecnologia da informação ........................................................................ 11. Informação na ponta dos dedos

eventos fenacon ............................................................................ 12. Shinyashiki na 9a Conesc/1a ConesaConvenções bienais da Fenacon para empresários do setor de serviços terão psiquiatrae best seller de auto-ajuda como destaque da programação

entrevista .................................................................................... 14. Rui Otávio Bernardes de Andrade: O desafio de administrar

gps eletrônica ........................................................................................ 15. Bafafá tecnologicoPrevidência tumultua recolhimento de contribuição ao impor pagamento eletrônico da GPS.Fenacon e CNC se manifestam e mostram a aberração jurídica e social provocada pelaportaria do Ministério que obriga a todos os contribuintes a ter internet e manter contacorrente em banco.

go around ................................................................................................. 20. Brasil das Oportunidades

qualidade ............................................................................................... 21. Qualidade para todosSescons de Santa Catarina, Blumenau e Grande Florianópolis se unem para implantarprograma que dá acesso a qualquer empresa filiada a um projeto de qualidade.Programa culmina com a conquista do Selo Catarinense da Qualidade.

regionais .................................................................................... 22. Novos sindicatos na FenaconDois novos sindicatos da base de representação da Fenacon, recém-criados, filiaram-se àfederação. São os Sescon’s Amapá e Amazonas.

rápidas .................................................................................... 24. XXII Convenção dos Contabilistas do Estado de Santa Catarina. Seminário Interamericano de Contabilidade. Eleições CNC

Redação Assinaturas Anúncios

Revista Fenacon em SERVIÇOSRua Augusta, 1939 - Cj 42 e 43Cep 01413-000 - São Paulo - [email protected]

Telefones (11) 3063.09373082.22183088-5774

Junho de 2001/ Circulação: Julho de 2001

Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 3

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4 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

E-mails para esta seção devem ser enviados para [email protected]. As mensagens enviadas à Revista Fenacon emServiços somente serão publicadas com devida identificação do leitor: Nome, Endereço Completo e Telefone. Por motivos deespaço, a redação se reserva o direito de publicar de modo resumido o conteúdo das mensagens dos leitores.

e s p a ç o d o l e i t o r

Terror tributárioGostaria de parabenizar pela materia “O ter-

ror Tributario”, publicada na edição 65, e salien-tar que o governo deveria estar ciente que “erraré humano” e desde que o humano corrija seuserros antes de uma autuação fiscal deveria “per-doar” as multas, pois será que eles não erram?Escritorio Contabil [email protected]

Retrato do BrasilParabenizo o colega de Avaré, José

Reynaldo da Fonseca (Espaço do leitor - Edi-ção 65), pelo artigo sagaz sobre a situação doBrasil. (...) O governo “inventa tanta coisa” eao mesmo tempo tira condições mínimas parao exercício da profissão Que. somos obriga-dos a nos adaptar, sempre e sempre e sempreàs fantasias dos governantes. Somos sim em-pregados do governo e ninguém pode negaristo. Não somos indenizados pelo mesmo,quando um cliente entra em processofalimentar, pelas leis que ele impõe.

Em países mais evoluídos como Inglaterra, ocontabilista está em primeiro escalão nas profis-sões, tamanha a seriedade no tratar das [email protected]

SBPCom a implantação do Sistema Brasileiro de

Pagamentos, os bancos irão substituir a movi-mentação financeira em papel (cheque), peloprocessamento eletrônico de dados. Ocorre que,com esta mudança, deixará de existir o título exe-cutivo líquido, certo e exigível. Portanto, comoas empresas irão acionar judicialmente osinadimplentes? Com a palavra as autoridades .Adriano [email protected]/CE

Simples para todosEstou pronto para o que der e vier: passeata,

abaixo assinado, bater panela e outras coisasmais. Os poderes Executivo e Legislativo eJudiciario têm obrigação moral e ética de aten-der nossos principios básicos de direito: direi-tos iguais para todos. O Brasil precisa crescer eproduzir.João Luiz Loureiro de [email protected]/SP

Abaixo-assinadoNão sei que resultado daria, mas por que não

se fazer um abaixo-assinado entre empresas eprofissionais da área contábil pelo Simples? Tal-vez o método seja um tanto antiquado, mas mos-traríamos ao Governo o quanto necessitamos eansiamos por esse merecido benefício.José Roberto ApolinárioOrganizacao Contabil Vera [email protected] - SP

GPS Eletrônica: erro de processamento

Como todos são obrigados a entregar a GPSeletronicamente, também nos adaptamos ao novosistema. Porém, no dia 3/07/2001, terca-feira, ti-vemos a triste surpresa de descobrir que algu-mas guias enviadas ao banco para débito eletro-nicamente não foram quitadas e com certeza issoaconteceu com muita gente: a conta do clientetinha saldo suficiente e não houve erro algum porparte do escritório, fomos apenas informados queo INSS recusou a referida guia. agora quem vaipagar a multa e os juros? Esta é a atual situaçãode milhares de brasileiros tendo que aceitar tudo,simplesmente porque alguém diz: “agora é lei”.Jelson L.M. da SilvaGuarapuava - PR

GPS com CPMFParabenizo pela edição da Revista Fenacon

em Serviços sobre a GPS Eletrônica e aproveitofazer algumas colocações por que não concordocom esta obrigatoriedade: O Estado deve facili-tar ao máximo as formas de pagamento de umimposto, como já ensinava Adam Smith; aobrigatoriedade do débito em conta, a meu ver,também é inconstitucional, uma vez que, ao efe-tivar o débito, estará incidindo um novo tributo,a CPMF; empresas de contabilidade terão maiscusto e mais obrigação. Enfim, até quando a clas-se contábil vai agüentar ser desviada de seus finsbásicos e trabalhar para a burocracia?Ricardo CasaContador, especialista em Direito Tributáriopela [email protected] Duque de Caxias, 214Marau - RS

GPS: absurdoParabenizo os colegas Marcos de Jesus, de

Nova Lima – MG, e João da Silva, do Rio de

Janeiro – RJ, pelas opiniões quanto a GPS Ele-trônica. Um absurdo ao meu ver, pois quem apaga o INSS é uma maioria de pessoas humil-des, sem condições mínimas de manter uma contacorrente em banco. Sem contar com a falta degarantia, uma vez que os extratos tem vida curtae com o tempo se apagam e o prazo de fiscaliza-ção da Previdência prescreve em 10 anos.Jorge Luis SantanaSanto Amaro-BA

PeritosFoi com muita satisfação que li a matéria

‘Evasão dos Peritos’, na Revista Fenacon emServiços n.º 62, retratando muito bem a delicadasituação em que se encontram os Peritos Judici-ais com relação aos seus honorários profissio-nais.Achiles YamaguchiConselheiro fiscal do Instituto dos Peritos eConsultores Técnicos do Distrito Federal -Inpecon

Programa da DIRF - IRRFSugerimos algumas mudanças no programa

da DIRF de forma a torná-la “utilizável” nodecorrer do ano vigente, inserindo dados men-sais (hoje, a DIRF só pode ser utilizada após otérmino do fato gerador). Na ocasião, recebe-mos uma ligação de um “agente fiscal da Re-ceita” informando que a sugestão foi muitobem recebida e que seria implementada a par-tir de 2000. Gostaríamos que a Fenacon inter-cedesse no caso enviando oficio à Receita so-bre o assunto. A alteração será muito útil a todaclasse dos contabilistas.Contabilidade EstrelaUrupês - [email protected]

GPS EletrônicaA Fenacon, através de seu presidentePedro Coelho Neto, agradece àsinúmeras manifestações de apoio,recebidas via e-mail, relativas aoofício encaminhado pela Federação aoMinistério da Previdência, relatandoos problemas vividos peloscontribuintes devido à nova forma derecolhimento da Guia. Apesar de nãoserem dirigidas à Revista,consideramos tais como extensão dotrabalho de comunicação da entidade.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 5

p a l a v r a d o p r e s i d e n t e

“Pequenas exigências”que sacrificam empresas

Pedro Coelho Neto

Pedro Coelho Neto é presidente da FenaconE-mail: [email protected]

Foto

: Alex

Salim

Os órgãos do governo precisamaprender a dialogar mais eentender que nós contribuintestemos que estar do mesmolado: o Brasil. Senão, o leãovai comer a galinha que produzos ovos, e aí sim, teremostrevas e não apagão.

Acompanhamos neste início de julho al-gumas mudanças nos órgãos federais,quanto a procedimentos burocráticos, quecolocaram em polvorosa as pequenasempresas e, principalmente, as empresasprestadoras de serviços contábeis.

O INSS – Instituto Nacional do Seguro So-cial resolveu por em prática a Portaria nº375 que obriga as empresas a recolherema GPS – Guia da Previdência Social, atra-vés de débito em conta bancária, viainternet.

A SRF - Secretaria da Receita Federal,por sua vez, apoiada na Instrução Nor-mativa nº 35, decidiu que as empresas,para obterem registro ou alterarem o re-gistro anteriormente obtido, somente po-derão fazê-lo através da internet, acatan-do no primeiro momento o“Recibo de En-trega de Disquete CNPJ”.

O número obtido é apenas para acompa-nhar o andamento do processo de regis-tro. Depois, se tudo estiver normal, vocêreceberá, via internet, o DBE – Documen-to Básico de Entrada do CNPJ que vailhe informar para onde deverão ser envi-ados os documentos para obtenção doregistro. Os documentos originais deve-rão ser enviados, com firma reconheci-da, via Sedex – Serviço de Encomenda Ex-pressa dos Correios ou através de outrosórgãos ou entidades de classe, se existirconvênio. Se, depois de examinados osdocumentos, tudo estiver correto, viva, asua empresa adquiriu o CNPJ e já podeiniciar suas atividades.

Parece tudo muito simples no papel, masa realidade é outra, totalmente diferente.E parece que essa realidade não interes-sa aos órgãos governamentais.

O INSS, por exemplo, foi exaustivamentealertado para as dificuldades de milha-res de empresas de pequeno porte quesequer têm conta bancária, quanto mais

computador. Como pode então uma empre-sa com essas características cumprir com asua obrigação de recolher a GPS? Não in-teressa, diz o INSS, ela que peça a alguémpara emprestar-lhe a conta e o computador.

Assim, realmente, não dá para conversar.

A Receita Federal, por sua vez, não quer nemsaber quanto vai custar para a empresa en-viar um “Sedex”, afinal de contas custa tãopouco, apenas de R$ 12,00 a R$17,00. En-tretanto, se verificarmos que são criadas,em média, 41.600 empresas/mês, veremosque a sangria das empresas importará emmais de R$ 625.000,00.

E o custo Brasil onde fica? E as empresasde serviços contábeis que são pressionadaspara obter com rapidez os registros de no-vas empresas e agora vão ter que esperardias a fio por um comunicado que, sabe-secom antecedência, não acontecerá commenos de 10 dias? E as empresas que estãose instalando, com imóvel alugado e outrasdespesas fixas, aguardando para iniciar asatividades que ficarão esperando que sejacumprido um ritual que pode não ter fim?

Podem achar que estamos nadando contraa maré, mas o que não se pode aceitar é aimposição ilegal. Muitas vezes essas impo-sições sequer são respaldadas pela Lei.

Quem pode obrigar uma empresa a ter com-putador, internet e conta bancária? Por queobrigar que se envie um documento peloSedex se é possível fazê-lo pessoalmente?Isto, diria um conhecido comentarista, é sim-plesmente um absurdo.

Sabe-se, perfeitamente, das dificuldades fi-

nanceiras do INSS e do seu desejo deminimizar os custos com a arrecadaçãoe, também, do péssimo atendimento na Re-ceita Federal aos contribuintes que a elaprocuram para solucionar pendências.Entretanto, não se pode passar o custo daineficiência para as empresas, assim deforma tão radical, sem oferecer alternati-vas para os que não têm condições deatender a essa ou àquela exigência.

É preciso que sejam analisadas as situa-ções práticas e consultados àqueles quevivem o dia-a-dia das empresas contribu-intes para evitar mais sofrimento e maisencargos para os setores produtivos des-te País, já sem a mínima condição de ar-car com o custo das experiências.

Os órgãos do governo precisam aprendera dialogar mais e entender que nós con-tribuintes temos que estar do mesmo lado:o Brasil. Senão, o leão vai comer a gali-nha que produz os ovos e, aí sim, teremostrevas e não “apagão”.

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6 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

Cada vez mais, empresas de contabili-dade estão procurando consultorias parareestruturar processos de trabalho, visan-do agilidade, qualidade e segurança dosserviços prestados. Com isso, ganham ascondições e o tempo necessários para re-pensar o modelo de gestão e atendimento,de olho em um mercado ávido por infor-mações. “Nós não somos mais merospreenchedores de guias, temos que ofere-cer assessoria”, ressaltou o ex-presidenteda Fenacon, Eliel Soares de Paula, sócio–diretor da empresa Vector, de Brasília, naqual vem sendo desenvolvido trabalho deconsultoria há dois meses.

Para Eliel, as empresas contábeis noBrasil mantém, quase que em sua totali-dade, a mesma estrutura de atendimento eserviços praticadas há décadas. “Poucasevoluíram de forma mais moderna. His-toricamente, 90% delas trabalham do mes-

mo jeito”, afirma. Por isso, segundo ele, anecessidade urgente do segmento em ado-tar um perfi l profissionalizado degerenciamento.

Mais do que a excelência de serviços ea maximização de resultados, a consultoriapode trazer a experiência de profissionaisde diversas áreas do conhecimentos, comoadministração, marketing e psicologia.“Amplia nossa visão. São outras cabeças,que agregam novidades, valor aos nossosserviços e nos faz analisar, raciocinar odia-a-dia da empresa”, ressalta o empre-sário. Algo intangível, mas que pode de-terminar o sucesso ou o fracasso das em-presas no mercado globalizado. “Precisa-mos mudar. Senão, corremos o risco de omercado não nos querer mais. Esse mo-delo que existe hoje, em dez anos não exis-tirá mais”.

Mas, se por um lado, o que as empre-

sas contábeis têm oferecido atende cadavez menos às necessidades de seus clien-tes, por outro, há um mercado novo quese abre. Se exploramos 50% desse mer-cado, é muito”, acredita Eliel. LucianaMourão, sócia-diretora da EMPConsulting, de Brasília, uma das três con-sultoras da equipe que desenvolve o tra-balho na Vector, confirma que a análisede informações contábeis para a tomadade decisões gerenciais, “é um papel mui-to pouco desempenhado pelas empresascontábeis”. “Hoje a gente vende informa-ção”, destacou Eliel, mostrando o novofoco de atuação da Vector Contadores, quepossui uma carteira de 160 clientes, aten-didos por um total de 50 funcionários.

Diagnóstico

Mudar a estrutura de trabalho em umaempresa não é fácil. Mudar o conceito degerenciar então, nem se fala. Exige tem-po e dedicação. Mas os resultados com-pensam. Um trabalho de consultoria é di-vidido em várias fases. O primeiro passoé fazer um diagnóstico da empresa, o queleva em média dois meses. Nessa etapa,o consultor avalia, entre outras coisas, onível de capacitação e motivação dos fun-cionários, o clima organizacional da em-presa, a satisfação dos clientes (que podeser obtido através de pesquisas) e as ade-quações tecnológica e física às deman-das do mercado.

r e p o r t a g e m d e c a p a

Transformando contabilidadeem informação gerencialEmpresas de contabilidade procuram consultorias em busca daexcelência e de um novo modelo gerencial. A ordem é mostrar aomercado que, mais do que fazer balanços e preencher guias, asempresas de contabilidade podem oferecer informações que vãodeterminar o sucesso empresarial de seus clientes

T&D

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 7

O consultor também acompanha as ati-vidades da empresa, dia-a-dia, para conhe-cer todas as etapas do fluxo de trabalho,incluindo tudo o que compõe o processo– quantidade e natureza dos documentosgerados, relatórios produzidos, tempodespendido.

Através de entrevistas com diretores efuncionários, o consultor identifica aindadificuldades de liderança e nos processosdecisórios, responsabilidades, competên-cias, inter-relacionamento, estuda as fun-ções e conhece os erros e acertos na per-cepção de cada funcionário e dos direto-res, e avalia os pontos fortes e fracos daempresa. E não só os fatores internos sãoobservados, mas também como está aempresa no cenário externo, ou seja, emrelação aos concorrentes, fornecedores,governo e clientes. Daí, são mapeadas asoportunidades e ameaças.

Planejamento estratégico

Segundo Pedro Ciro Sampaio – coor-denador da unidade de consultoria daMarpe Consultoria e ServiçosEspecializados S/C Ltda, do Ceará, a par-tir daí, a empresa estará apta a definir suaestratégia de mudanças. “No plano deação, se redefine e repensa o próprio ne-gócio, princípios e valores e se identificaa real identidade”, diz Sampaio.

Nesse segundo passo, o consultor podepropor a reengenharia de processos de tra-balho, ou seja, a reorganização adminis-trativa da empresa. No caso das empresascontábeis, há especificidades. Toda e qual-quer alteração do fluxo de trabalho deve

aliar segurança e agilidade aos aspectostécnico-legais. Tudo o que for definido eaprovado pela diretoria é colocado em ummanual, que irá conter as normas de pro-cedimentos de execução dos trabalhos.

“Se constrói junto com a equipe umnovo fluxograma de trabalho ideal, quepermita aliar qualidade e produtividade -algo que produz o máximo de resultado,num tempo mínimo ideal ou exigido”, ex-plica a consultora Luciana Mourão.Sampaio cita ainda que, nessa etapa, podeser sugerida a redistribuição de competên-cias, limites, definições, co-responsabili-dades, visando agilizar a tomada de deci-sões e a execução dos serviços.

A consultoria de gestão também pode,por exemplo, propor o aumento ou a di-minuição do número de funcionários e oremanejamento, de acordo com o perfil,dificuldades e potencialidades de cada um,treinamentos dos gerentes ou criar um pla-no de gestão de desempenho.

Implantação

O terceiro passo é a implantação. Otempo mínimo para a execução é de 90dias. Mas, segundo Luciana Mourão, oprazo dependerá da resposta da equipe, ouseja, da adaptação, assimilação e da cul-tura organizacional. No caso da Vector, aimplantação, que começa agora em julho,consumirá 16 horas mensais de trabalho eterá a duração de 6 meses. “O principaldo planejamento estratégico é estabelecerprioridades”, destacou Pedro Ciro. Atra-vés da análise de resultados, a consultoriaverifica se as mudanças estão dando re-

sultados, ou seja, se há aumento defaturamento e clientes.

Outros indicadores também são impor-tantes para verificação da eficácia do pro-jeto. Por exemplo, a avaliação da quanti-dade de adoecimentos e afastamentos defuncionários durante determinado perío-do. “São sinais de que alguma coisa nãoestá indo bem”, ressalta Luciana. Alémdisso, se os índices estão altos represen-tam perdas para a empresa. A última fase,que é o acompanhamento, pode levar deseis meses a um ano. Luciana Mourão lem-bra que cada fase pode ser contratada in-dividualmente. Uma empresa pode quererapenas o diagnóstico ou a atuação em umadeterminada área (RH, tecnologia).

Especialistas

O consultor de gestão ouorganizacional pode ser comparado ao clí-nico geral. É ele que vai avaliar todas aspartes do ‘organismo’, suas inter-relações,assim como ajudar a definir a missão, ob-jetivo e valores da empresa. O diagnósti-co pode apontar para a necessidade deconsultorias especializadas, seja em recur-sos humanos, seja em marketing, O&M ouem tecnologia.

Por isso, muitas consultorias trabalhamcom profissionais especializados. O pro-blema pode estar, por exemplo, na parteergonômica. Nesse caso, o especialistapode ser um psicólogo. Aspecto, inclusi-ve, entre os mais determinantes para o su-cesso da empresa, mas ainda pouco ob-servado.

Segundo Luciana Mourão, a ergonomiatem caminhado para aspectos deestratégias cognitivas. Ou seja,cada vez mais, busca a adequa-ção do ambiente – iluminação,temperatura, móveis e equipa-mentos – ao homem e não viceversa. “Se tentarmos fazer o con-trário, teremos a doença e odesaproveitamento do funcioná-rio”, diz Luciana.

O clima organizacional tam-bém é outro aspecto importante.Quando em uma empresa todahora sai alguém por problemasde adaptação, por exemplo, é umsintoma de que algo está errado.Isso gera um clima dequestionamento. O funcionáriose pergunta: “é válido eu inves-

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tir boa parte da minha vida e de meu es-forço para esta empresa? Não estou per-dendo meu tempo?” O resultado de um‘turn over’ alto acaba sendo a perda detempo no treinamento de novos funcioná-rios ou de um gerente que precisa desem-penhar a função do funcionário demitido,ou mesmo queda de desempenho.

Na parte de informática, uma consul-toria especializada pode sugerir uma au-ditoria de sistemas, visando a otimizaçãoda tecnologia, que irá avaliar baixos ní-veis de aproveitamento de aplicativos eequipamentos e apontar a possibilidade deintegração dos sistemas.

Fluxo de trabalho

Um dos principais alvos das consultoriasorganizacionais é o fluxo de trabalho, ouseja, a cadeia produtiva da empresa.

Nesse caso, avaliadas as etapas de pro-dução, são identificados todos os proce-dimentos que podem apresentar algum tipode retrabalho, duplicação de serviços ouações desnecessárias.

“Reorganizamos as tarefas para quesejam mais racionais, diminuindo os er-ros”, destacou a consultora LucianaMourão. “A meta tem que ser erro zero,aliando o componente humano ao métodode trabalho”, completou.

“Temos um trabalho que é perecível alongo prazo. Um erro pode levar 30 anospara me dar um prejuízo. Tenho que ter asegurança do meu serviço”, destaca Eliel,se referindo à necessidade de exatidão dasinformações geradas pelas empresas decontabilidade. “Além disso, um erro é umdesgaste perante o cliente e a necessidadede se refazer a tarefa”.

Esse também foi um dos focos princi-pais do trabalho de consultoria que vemsendo realizado desde o final de 98 na em-presa Eaco Consultoria e Contabilidade,do Paraná, que tem 23 anos, 170 clientese 40 funcionários. O trabalho incluiu anormatização das atividades de cada de-partamento, nos aspectos técnicos,operacionais e legal, que foi agrupada emum fluxograma único.

Segundo o sócio-diretor da empresa, oex-presidente do Sescap/PR, EuclidesLocatelli, a ordenação e a organização dotrabalho possibilitou a utilização e o trâ-mite de menos papel, maior agilidade equalidade dos serviços.

“O fluxo de entrada e saída de docu-

mentos está ordenado e organizado. Ago-ra, temos uma linha de produção. Antes,cada colaborador tinha a sua subjetivida-de e fazia de acordo com o que achavacerto”. O resultado, segundo Locatelli, foia possibilidade de aumentar o número declientes em 20%, mantendo-se o mesmoaquantidade de funcionários.

Redesenhando a empresa

A empresa Rui Cadete Associados Con-sultores e Auditores, de Natal-RN, com 85funcionários e 140 clientes, há quatro me-ses vem desenvolvendo plano de ação, uti-lizando o serviço de consultoria especi-alizada em análise de processos (O&M).A consultoria está fazendo o redesenho dosprocedimentos do departamento de con-tabilidade.

Na empresa - que tem 10 anos de mer-cado, e tem entre seus sócios o presidentedo Sescon/RN, Rui Cadete - foi adotadaa filosofia de administração participativa,na qual decisões são compartilhadas. “Aequipe está mais motivada e comprometi-da, pois passou a ser parte integrante doprocesso. No momento que você faz partedas idéias e ações, elas também passam afazer parte de você. É algo que você aju-dou a construir”.

Em reuniões mensais, prestam-se con-

tas do cronograma assumido. A coordena-ção e execução das ações envolvem quasetodas as equipes. “Para que não se sobre-carregue mais uns do que os outros”, dizCadete. Das reuniões, saíram novos mo-delos de relatórios e propostas para o de-senvolvimento de novos softwares. Tra-balho realizado por uma consultoria deRH, no modelo de administraçãoparticipativa, não há chefes ou subordina-dos. Há boas idéias e pessoas que ora sãocoordenadores, ora são executores.

“Antes era um sonho basicamente meue eu tentava vender para meu cliente, quepassou a ser compartilhado com todos quecompõem a empresa”. Ainda na parte deRH, foram identificadas as necessidadesde cursos e criado um programa de trei-namento. Visando a motivação e maiorprodutividade, criou-se um plano de car-gos e salários e o sistema de remuneraçãovariável, com base em vários indicadores,como os resultados financeiros.

Na área de marketing, idéias criativaspara a divulgação institucional da empre-sa, como, por exemplo, a veiculação emum jornal local de mensagem parabenizan-do os funcionários que haviam se forma-do em contabilidade, com foto e nome. Ametade do curso da faculdade é paga pelaempresa.

Empresa mineira nascevoltada para o futuro

Em Minas Gerais, uma empresa de con-tabilidade já está nascendo com um mo-delo de trabalho dentro dos conceitos mo-dernos de organização - a Mário MateusContabilidade. Com previsão de inaugu-ração em julho, a empresa terá a frente aexperiência de 18 anos de trabalho do di-retor do Sescon/MG, Mário Mateus, emempresa de contabilidade, sete dos quaiscomo gerente. Inicialmente, a MárioMateus Contabilidade terá 15 colaborado-res e uma carteira de 40 clientes.

Mateus pretende aliar contabilidade econsultoria. Ele quer oferecer, através dasinformações contábeis, uma visão finan-ceira e administrativa da empresa-clientevoltada para gestão de negócios. “Rela-

tórios, demonstração de origem e aplica-ção de recursos, fluxo de caixa, índice deliquidez, giro de estoque, custo financei-ro, operacional, administrativo; tenho quemostrar quais os caminhos ele deve per-correr. E a melhor forma de se mostrarisso é a contabilidade, como a ciência queconsegue transformar em números tudo oque acontece dentro de uma empresa”.

O próximo passo é a implantação deum sistema de gestão integrado, para a tro-ca de dados com o cliente, via Internet.“Quero oferecer respostas rápidas”. Sóque essa integração já começa dentro daempresa. “Aqui não haverá chefe e em-pregado. Quero todos integrados em umavisão comum”.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 9Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 9

Os sindicatos da base de representaçãoda Fenacon vêm promovendo ações paraproporcionar melhor qualificação e remu-neração justa ao profissionais do setor deperícia. Em Alagoas, o Sescon pretende cri-ar um cadastro de peritos, já em fase de ela-boração, e está agendando reunião com aAssociação dos Peritos do Estado de Alagoase outros órgãos de classe. A intenção é dis-cutir valores referenciais de honorários paracategorias profissionais como as dos conta-dores, advogados, médicos e engenheiros.

Segundo o presidente do Sescon/Alagoas,Anastácio Costa Mota, em muitos casos, têmocorrido discrepâncias injustificadas entre osvalores arbitrados pelos juizes para categoriasprofissionais diferentes, com desvalorizaçãodo contador perito. No caso dos contadores,segundo Mota, o sindicato utilizará como re-ferência a tabela produzidas pelo Sescap/PR.“Do jeito que está, não pode ficar mais. Mui-tos colegas estão desistindo da atividade’, re-clama Mota. O objetivo, segundo ele, é que atabela possa servir de parâmetro aos juizes. OSescon/AL também pretende realizar, para estesegundo semestre, um curso de reciclagempara os peritos contábeis.

Revisão na tabela do PR

No Paraná, foi produzida há três meses aprimeira Tabela Orientativa de Honoráriospara perícia judicial e extrajudicial (vejapág.10). Ela foi solicitada pelos própriosprofissionais e tem o objetivo de evitar oaviltamento na determinação dos honorári-os. Através de pesquisa na Internet, umacomissão constituída pela Câmara de Perí-cia do Sescap/PR chegou a uma faixa devalores médios para todo o Estado, comparâmetros mínimos e máximos. O resulta-do do trabalho desta comissão foi apreciado

e aprovado em reunião de diretoria do sin-dicato no dia 22 de março.

O presidente do Sescap/PR, ValdirPietrobon, ressalta que a Tabela de Honorá-rios Periciais foi criada para ser utilizadaapenas como referência. Em novembro, seráfeita sua primeira revisão. Segundo orienta-ção do Sescap/PR, o perito contador e o pe-rito contador assistente devem estabelecerpreviamente seus honorários, considerando,no mínimo, os seguintes fatores: relevância,vulto, risco e complexidade dos serviços aexecutar e o número de horas estimadas pararealização de cada fase do trabalho.

Outros pontos a serem observados para aapresentação dos honorários são: a qualifi-cação do pessoal técnico que irá participarda execução dos serviços; o prazo fixado,quando indicado ou escolhido e o prazomédio habitual de liquidação, se nomeadopelo juiz; a forma de reajuste e deparcelamento, se houver; os laudosinterprofissionais e outros inerentes ao tra-balho. No caso do perito contador assisten-te, o resultado que, para o contratante, advirácom o serviço prestado, se houver.

O diretor da Câmara de Perícias doSescap/PR, Wilson Zappa Hoog, lembra quea apresentação de honorários também deveatender ao grau de conhecimento. Profissi-onais com especialização, mestrado ou dou-torado, são mais valorizados. “São aspectosrelevantes para a formulação dos preços.Nesses casos, a faixa de honorários será maisalta, até porque há uma procura maior poresses profissionais”, diz Hoog, citando comoexemplo os contadores que possuem forma-ção em áreas como Direito e Economia.

No site do Sescap há também uma seçãoapenas para perícia, com notícias e artigos.Nela, pode ser encontrada a tabela de hono-

rários e o guia de peritos, um cadastro comprofissionais de diversas áreas, criado no anopassado, para consulta de juizes, advogadose promotores.

Eventos do Sescap

A Câmara de Perícias do Sescap/PR reali-za também eventos para o setor. De 3 a 5 dejulho, aconteceram oito palestras sobre ‘Fun-do de Comércio’, em Cascavel, com a partici-pação de 150 pessoas. No primeiro semestrehouve ainda o curso ‘Perícia na Contabilida-de Social e Ambiental’.Os próximos eventosdo Sescap na área de Perícias serão:. 31 de agosto - ‘Tabela Price’. ‘Apuraçãode haveres – avaliação da empresa emdissolução de sociedades’, em Curitiba.. 12 a 14 de novembro - I SeminárioParanaense de Perícia - Curitiba.. Para 2002 - I Congresso Sul Brasileiro dePerícia, com os principais nomes da áreade perícia no País.

Ações de outros Sescon’s

Outros dois Sescons que já possuem Câ-maras de Perícia são o de Londrina e o doMato Grosso do Sul. Criado no início do ano,o primeiro trabalho da Câmara de Londrinafoi localizar e reunir os peritos da região ecriar tabela referencial local de honorários.O cadastro foi enviado a todas as varas cíveisda Região. No Sescon/MS, a Câmara, re-cém-criada, terá como missão inicial con-gregar os peritos contábeis, avaliar a quali-dade dos serviços prestados e oferecer cur-sos e palestras para reciclagem profissional.

p e r í c i a

Resgate da dignidade atravésde tabelas de honoráriosEntre as várias ações dos Sescon’s para resgatar evalorizar o trabalho de perícia em todo o Brasil está acriação de tabelas de honorários, que pretendem proporaos juízes parâmetros mínimos de cobrança. Paraná saina frente com sua primeira tabela e guia de profissionais

Para Anastácio Costa Mota, do Sescon/Alagoas, têm ocorrido discrepânciasinjustificadas entre os valores arbitrados pelosjuizes para categorias profissionais diferentes

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10 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

Notas explicativas e outros fatoresAs denúncias por aviltamento, por concorrên-

cia desleal ou pelo exercício ilegal da atividadeserão encaminhados para os conselhos regionais,para as medidas legais pertinentes (fiscalização einstauração de processo ético, se for o caso);

Nos valores constantes na tabela de referêncianão estão computados os custos envolvendo via-gens fora da região metropolitana de Curitiba eLitoral. Sendo que, em caso de viagem, tais ônusserão arcados pela empresa, ou pela parte so-licitante dos serviços. Nas despesas de viagensdeverão estar inclusos, passagens aéreas, alimen-tação, estada e locação de veículo para transladolocal;

Contratos de conta corrente, cheque especial,devem envolver uma movimentação, em média,de até 2 anos, quando for pessoa jurídica. Reco-menda-se um acréscimo de 40% sobre a estimati-va de honorários;

Nas ações de dissolução de sociedade parcialou apuração de haveres, para fins de referênciade honorários, considera-se empresas pequenasas que possuem patrimônio líquido ou capital so-cial de até R$ 150.000,00. De R$ 150.001,00 atéR$ 999.999,99 como empresas médias. A partirde R$ 1.000.000,00, como grandes empresas, parafins de referência de honorários. As empresasholding, para fins de estimativa de honorários, sãosempre consideradas como grandes, e a avalia-ção das controladas ou coligadas serão orçadas àparte, segundo o seu porte;

Nas ações de dissolução total de sociedade ouliquidação, os honorários do contador, para opera-cionalização, podem ser orçados à parte, pois nãoestão inclusos na tabela referencial estabelecida;

Para a atividade de assistência técnica, os ho-norários podem ser de até 50% do indicado, maisa complementação de 10% da economia, quandoda sentença em primeira instância;

Perito do juiz, não deve receber honorários nofinal do processo, quando da sentença, exceto najustiça do trabalho ou quando a parte responsávelpelo adiantamento for beneficiada por justiça gra-tuita. Esta orientação é para evitar interpretaçõesadversas como, no caso, quem tem interesse di-reto na causa, o que pode ser considerado comouma evidencia de suspeição/impedimento.

Valores sugeridos para cobrança de honoráriosde perícia judicial ou extrajudicial segundo o Sescap

OPERAÇÃO

Hora técnica operacional ou judicial

Hora técnica estratégica consultas (laudo ou parecer pericial completo)

Operações financeiras simples sem diligência

Operações financeiras - contratos SFH ou Hipotecário

Operações financeiras - contrato de leasing

Operações financeiras complexas: + de 1 contrato

Operações financeiras complexas: renovação/confissão dívidas

Operações financeiras complexas: ACC, vendor, resol. 63

Operações financeiras complexas: desconto de títulos

Operações financeiras complexas - factoring

Operações financeiras simples: C/C - cheque especial

Dissolução de sociedade - Apuração de Haveres/emp.pequena

Dissolução de sociedade - Apuração de Haveres/emp. média

Dissolução de sociedade - Apuração de Haveres/emp.grande

Indenização de lucro cessante

Execuções fiscais - estadual

Execuções fiscais - federal

Falência,concordata ou insolvência (laudo ou parecer)

Perícia Trabalhista Cálculos

Laudos ou pareceres

Hora técnica - atividades operacionais ou judiciais

Hora técnica - atividades estratégicas, consultoria etc

Laudo pericial para: Cisão, fusão, transformação ou incorporação

Hora técnica - atividades operacionais

Hora técnica consultas orientações e planejamentos

Laudo completo

Outras Remunerações ou laudos e pareceres, Crimes contra

a ordem tributária e relações de consumo

Crimes de gestão

Fundo de comércio

Demais procedimentos, quesitos, consultas,etc: hora técnica

Honor.síndico, comissário, liquidante ou interventor (mensal)

MÍNIMO

100,00

300,00

800,00

1.200,00

1.200,00

3.000,00

3.500,00

2.100,00

1.400,00

2.500,00

1.500,00

3.500,00

4.500,00

10.500,00

2.900,00

4.000,00

5.500,00

3.500,00

400,00

1.500,00

100,00

300,00

100,00

300,00

4.800,00

4.500,00

4.500,00

4.100,00

100,00

3.000,00

MÁXIMO

190,00

500,00

1.800,00

2.900,00

2.600,00

9.000,00

12.000,00

9.500,00

5.000,00

5.500,00

3.900,00

5.000,00

12.000,00

50.000,00

9.500,00

14.000,00

40.000,00

30.000,00

1.800,00

3.900,00

190,00

500,00

190,00

500,00

50.000,00

15.000,00

20.000,00

50.000,00

190,00

9.000,00

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 11

t e c n o l o g i a d a i n f o r m a ç ã o

*Nivaldo Cleto é empresário contábil e diretor de Tecnologia da FenaconE-mail: [email protected]

por Nivaldo Cleto*

Indicadores econômicos

A atualização de indicadores econômi-cos com rapidez e precisão nem sempreconstitui-se em tarefa fácil na rotina deuma empresa. Ela é uma ferramenta detrabalho indispensável para os profissio-nais que lidam com atualização monetá-ria de valores, peritos contadores, advo-gados trabalhistas e tributaristas, pesso-as ligadas à administração financeira e,é claro, empresários de contabilidade.

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12 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

e v e n t o s f e n a c o n

Shinyashiki na 9a Conesc/1a Conesa

Convenções bienais daFenacon para empresários dosetor de serviços terãopsiquiatra e best seller deauto-ajuda como destaque daprogramação

O médico psiquiatra e consultor orga-nizacional Roberto Shinyashiki - conside-rado hoje um dos mais bem-sucedidospalestrantes do mundo corporativo brasilei-ro - será um dos destaques da 9a Conesc/1a

Conesa. Shinyashiki aborda principalmentea busca do sucesso e a liderança empresari-al em suas palestras. É professor do MBA(Master in Business Administration) da Fa-culdade de Economia e Administração daUSP (Universidade de São Paulo), mas é co-nhecido sobretudo pelos livros que escreve.São cerca de 2,5 milhões de exemplares ven-didos. Seu primeiro livro, “A Carícia Essen-cial”, por exemplo, lançado em 1985, já ven-deu mais de 1,3 milhão de exemplares. Suasobras mais recentes são “O Sucesso É SerFeliz” e “Os donos do futuro” ambas ocu-pantes de lista dos dez mais vendidos no

País. Com cursos de especialização nos EUAe Japão, Shinyashiki baseia suas teses a res-peito da busca do sucesso e da felicidade nacultura oriental, por meio de conhecimen-tos adquiridos em diversas viagens à Índia eao Nepal. Sua palestra na convenção nacio-nal, ‘Alta performance’, será sobre a rela-ção mente, corpo e espírito para o desen-volvimento pessoal, visando a busca da ex-celência das equipes corporativas e, conse-qüentemente, das empresas.

Outros cinco palestrantes das duas con-venções bienais da Fenacon também já fo-ram definidos: Mário Gurjão, RaimundoMartins, Paulo Veras, Wilson Marques eOtávio de Barros. Segundo a comissãoorganizadora, haverá ainda a confirmaçãode mais um palestrante até o final de julho.A 9a Conesc e 1a Conesa acontecem

concomitantemente de 25 a 27 de novem-bro de 2001, no Centro de Convenções deRecife-PE.

O empreendedor social Mário Gurjão vaifalar sobre o Terceiro Setor. O tema será‘Empreendedores Sociais – profissionais quetrabalham para transformar a realidade so-cial’. Gurjão faz parte da Ashoka Empreen-dedores Sociais, instituição norte-america-na presente em 36 países, que procura iden-tificar e apoiar pessoas que possuam talentopara promover transformações sociais quesirvam de exemplo para o resto do mundo.Desde 98 exerce o cargo de diretor executi-vo da Fundação Brasil Cidadão, que desen-volve atividades ligadas à concepção e ela-boração de projetos sociais, capacitação derecursos nacionais e internacionais e forta-lecimento do terceiro setor no Estado do

26.11.200108h30 às 10h30 A confirmar10h30 às 11hs Intervalo11hs às 12hs Painel sobre o Simples14hs às 16hs . Mário Gurjão -‘Empreendedores Sociais – profissionais

que trabalham para transformar a realidade social’. Paulo Veras – ‘Burocracia e exclusão social x qualidade devida’

16hs às 16h30 Intervalo16h30 às 18h30 . Otávio de Barros – tema a confirmar sobre panorama

econômico nacional e internacional20h30 Jantar de Confraternização

27.11.200108h30 às 10h30 . Raimundo Martins - ‘Percepção e mudança’10h30 às 11hs Intervalo11hs às 12hs Workshop Patrocinadores14hs às 16hs . Wilson Marques – ‘Outsoursing – presente e futuro’16hs às 16h30 Intervalo16h30 às 18h30 . Roberto Shinyashiki - ‘Alta performance’

Eventos com estandes para inscrição e divulgação da 9a Conesc/1a Conesa

. V Seminário Latino de Cultura - V Prolatino – Recife-PE (15 a 17 de Agosto)

. Reunião do Conselho de Representantes - Joinville-SC ( 31/Ago - 01/Set)

. Convenção Nacional dos Economistas - Recife/PE (10 a 14 Setembro)

. IX Seminário de Contabilidade do Ceará – Fortaleza-CE (13 e 14 de Setembro)

. Conv. Contabilistas do Rio Grande do Sul - Gramado - RS (22 e 23 Setembro)

. Convenção dos Contabilistas Est. de São Paulo – S.Paulo-SP (26 a 28 de Setembro)

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Pré-programação25 a 27 de Novembro de 2001Recife-Pernambuco

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 13

Ceará. Gurjão já atuou como consultor deempresas para as áreas de gestão, marketinge tecnologia da informação.

‘Percepção e mudança’ é o tema da pa-lestra do profissional de Marketing,Raimundo Martins. Com atuação em empre-sas de Comunicação e Planejamento Tribu-tário, Martins irá falar sobre a busca do de-sejo. Entre os assuntos abordados, estarão:os princípios básicos do triunfo humano, opoder de acreditar, o processo de aprendi-zagem, mudanças e crescimento.

Paulo Veras, administrador de empresas,ombudsman de empresa de telecomunica-ção, poeta popular e conferencista, será opalestrante do tema: ‘Burocracia e exclusãosocial x qualidade de vida’.

‘Outsourcing – presente e futuro’, sobreterceirização de serviços, será o assunto deWilson Marques, contador, sócio da PriceWaterhouse Coopers do Brasil.

A 9a Conesc/1a Conesa terá ainda a pre-

sença de Otávio de Barros, di-retor da Área de ClientesCorporativos do BancoBilbao Viscaya, que tratará do“Panorama econômico naci-onal e internacional”.

Painel sobre o Simples

A 9a Conesc/1a Conesaterá um painel sobre o ‘Sim-ples’, com a participação deparlamentares federais. Estafoi uma das últimas decisõestomadas pela Comissão Organizadora dasconvenções, que se reuniu recentemente emRecife-PE (foto acima).

Divulgação

A Comissão Organizadora da 9a Conesc/1a Conesa está montando estandes em algunsdos principais eventos do segmento empre-sarial contábil e do setor de serviços, para

divulgação das duasconvenções. Nosestandes, os participan-tes podem fazer inscri-ção, assistir a vídeo so-bre Recife e saber umpouco mais sobre oseventos. O plano de di-vulgação prevê, porexemplo, a participaçãoda Fenacon no V Semi-nário Latino de Cultura- V Prolatino, em agos-to, em Recife, e nasConvenções dos Conta-bilistas do Rio Grande

do Sul, também em agosto, e de São Paulo edo Ceará, que acontecem em setembro.

O primeiro evento a receber o estande daFenacon foi o 5o Encontro Nordestino de Con-tabilidade – 5o Enecon, que aconteceu de 13 a15 de junho, em João Pessoa-PB. No estande(foto abaixo, à esquerda), diversos empresá-rios contábeis e estudantes participantes qui-seram saber do presidente da Fenacon, PedroCoelho Neto, do vice-presidente para a Re-gião Nordeste, Geraldo Queirós, e do diretorSocial e de Eventos, José Rosenvaldo Rios,um pouco mais do trabalho realizado pela fe-deração, além de detalhes sobre a 9a Conesc/1a Conesa. O estande da Fenacon esteve entreos mais visitados do evento em João Pessoa.

Copan

Inscrições e Informações. 9a Convenção Nacional das Empresas deServiços Contábeis - 9a Conesc. 1a Convenção Nacional das Empresas deServiços de Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisa - 1a ConesaDe 25 a 27 de novembro de 2001Centro de Convenções de Recife-PE

Telefone: (81) 3327-6515

Comissão Organizadora em João Pessoa-PB

Estande Fenacon no 5o Enecon

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14 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

RFS - Quantos profissionais da Administraçãoexistem no Brasil?

Andrade - Aproximadamente 200 mil regis-trados nos Conselhos Regionais de Administra-ção. Mas dados da última pesquisa feita pelo CFAindicam a existência de cerca de 700 mil bacha-réis egressos de faculdades de Administração.

RFS - Quais as principais áreas de atuação de umAdministrador?

Andrade - As áreas de atuação do Adminis-trador estão intimamente relacionadas com os re-quisitos de uma boa gestão, que na conjunturaatual se constitui numa exigência da sociedadeglobalizada. De acordo com a Lei nº 4.769, asatividades profissionais de Administrador sãoexercidas, como profissão liberal ou não, medi-ante pesquisas, estudos, análise, interpretação,planejamento, implantação, coordenação e con-trole dos trabalhos nos campos da Administra-ção, como recrutamento e seleção de pessoal,organização e métodos, orçamentos, administra-ção de material, administração financeira, admi-nistração mercadológica, administração de pro-dução, relações industriais e outros campos emque esses se desdobrem ou aos quais sejamconexos.

RFS - Como o senhor avalia o atual nível do ensinoda Administração no Brasil? As escolas estão pre-paradas para oferecer aos futuros Administradoresos instrumentos necessários para atuarem de acor-do com as exigências do mercado?

Andrade - O Sistema de Avaliação promovi-do pelo Ministério da Educação vem provocan-do mudanças consideráveis no ensino de gradu-ação em nosso país. As instituições de ensinosuperior passaram a preocupar-se com a qualifi-cação dos professores, em melhorar a infra-es-trutura física e tecnológica e em reestruturar suasbibliotecas. Os projetos pedagógicos encontram-se mais compatíveis com as exigências do mer-cado de trabalho. Não estamos totalmente satis-feitos com o estágio atual de qualidade dos cur-

sos. A média no Provão dos cursos de Adminis-tração ainda é insuficiente, os indicadores dequalidade ainda estão aquém do esperado. Re-centemente, foi publicado o Decreto nº 3.860, de9 de julho de 2001, que concentra maiores pode-res ao Ministério da Educação, por conseqüên-cia, reduz o poder do Conselho Nacional de Edu-cação nas decisões sobre o fechamento de cur-sos de graduação; algo inédito no Brasil. As ins-tituições de ensino poderão ter seus cursosdesativados quando obtiverem baixo desempe-nho em mais de uma avaliação no Exame Nacio-nal de Cursos e nas demais avaliações realizadaspelo Instituo Nacional de Estudos e Pesquisa Edu-cacionais - INEP. As novas medidas tornam maisrígidas as condições para expansão das universi-dades, centros universitários e faculdades.

O CFA preocupa-se sobremaneira com o tí-mido crescimento da pós-graduação na área dasciências sociais aplicadas, que não acompanha aexpansão do ensino de graduação. A melhoria daqualidade dos cursos de graduação está direta-mente relacionada à qualificação dos docentesresponsáveis pela formação profissional de nos-sos estudantes. De 1998 a 2000 formaram-se ape-nas 1.799 mestres e 206 doutores na área de Ad-ministração. No Brasil, existem aproximadamen-te 300 mil alunos matriculados nos 1.500 cursosministrados por quase 900 Instituições de ensinosuperior. Ressaltamos, dessa forma, a importân-cia dos mestrados profissionais que enfatizamestudos e técnicas diretamente voltadas ao de-sempenho de um alto nível de qualificação pro-fissional e confere idênticos graus e prerrogati-vas do mestrado acadêmico, inclusive para o exer-cício da docência, e, como todo programa de pós-graduação stricto sensu, tem a validade nacionaldo diploma condicionada ao reconhecimento pré-vio do curso pela CAPES.

Não acreditamos que apenas com a adoção demedidas restritivas, o ensino superior será verda-deiramente melhorado. A participação da socie-

dade é fundamental para a evolução do ensinosuperior brasileiro. Entendemos, ainda, que a con-centração de poderes por parte do Ministério daEducação, pode mostrar-se prejudicial ao proces-so de evolução do ensino superior brasileiro, umavez que o Conselho Nacional de Educação é re-presentado pela comunidade acadêmica e pelasociedade como um todo e, indo além, estamosdispostos a lutar para que o Conselho Federal deAdministração faça parte desse processo da ex-pansão dos cursos de Administração com o com-promisso de consolidar a melhoria da qualidadede ensino dos cursos de Administração no Brasil.

RFS - Hoje, os MBAs são importantes diferenciaispara os profissionais no mercado de trabalho. Quebenefícios esses cursos voltados para o geren-ciamento de negócios trouxeram para a área de Ad-ministração? Por que se tornaram tão importantesna formação dos profissionais?

Andrade - A criação e a aquisição do conhe-cimento são fatores centrais para a inserção dosprofissionais no mercado de trabalho. Por con-seguinte, o diploma de graduação não garanteuma carreira de sucesso, pois o profissional devebuscar sempre a constante atualização profissio-nal, atendendo suas necessidades e também daorganização. O grau de exigência está aumen-tando e a pós-graduação passou a ser o diferen-cial. Os MBAs oferecidos no Brasil incluem-sena categoria de curso de pós-graduação (latosensu), possuem natureza e nível equivalentes àespecialização. A importância dos MBAs está naproporção direta das exigências profissionaismodernas das organizações.

RFS - Qual deve ser, na sua opinião, o perfil atualdos Administradores, diante das mudanças impos-tas pela globalização?

Andrade - Em decorrência do desenvolvi-mento tecnológico, da globalização e das novasexigências político-econômicas, o mundo passaa exigir ainda mais do Administrador. Parado-xalmente, no frio ambiente cibernético em que

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Rui Otávio Bernardes de AndradePresidente do Conselho Federal de Administração

O desafio de administrarO presidente do Conselho Federal de Administração, Rui Otávio Bernardes de Andrade, édententor de um currículo que surpreende qualquer colega de profissão: dele constamdesde atividades científicas, docência, autoria de livros importantes na área deadministração, especializações em instituições internacionais, ações junto ao governo nocampo educacional até ação corporativa, representando hoje, além do CFA, o WorldInstitute of Administration, organização que, do mesmo modo, ocupa o cargo de presidente.Ele também é um empresário de serviços, administrando seu próprio negócio no Rio deJaneiro, onde vive e mantém a Andrade Assessoria e Consultoria Ltda. Nesta segundaentrevista da série “Profissões Regulamentadas” desenvolvida pela Revista Fenacon emServiços (a primeira foi com o presidente do Conselho Federal de Contabilidade), Andradefala da profissão, mas sobretudo analisa “empresas”. Segundo ele “a má gestão é a raizde inúmeros males organizacionais”. Andrade também desmitifica: um líder também seforma, não depende necessariamente de habilidades inatas.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 15

O novo administrador

“Paradoxalmente, no frioambiente cibernético em quehoje se administra, cada vezmais se exige do Administradoro velho humanismo. Valoriza-seo compartilhamento deconhecimentos e de metas,o trabalho em equipe, ou seja,a solidariedade, a união”.

hoje se administra, cada vez mais se exige doAdministrador o velho humanismo. Valoriza-seo compartilhamento de conhecimentos e de me-tas, o trabalho em equipe, ou seja, a solidarieda-de, a união. Imprescindível se tornou acriatividade, o engenho de criar, inventar, surpre-ender como só o ser humano pode fazer. A velo-cidade na solução das equações que se apresen-tam cada vez mais complexas requer o cultivo euso da intuição.

RFS - Quantas empresas ligadas ao campo da ad-ministração existem no Brasil?

Andrade - Temos hoje registradas no Siste-ma CFA/CRAs aproximadamente 24 mil empre-sas que, efetivamente, prestam serviços no cam-po da Administração, conforme determina a Leinº 4.769/65. As estatísticas apontam para a exis-tência de cerca de 4,5 milhões de empresas noBrasil. Cada uma delas necessitando de pelomenos um Administrador, estamos diante de umdéficit tremendo. A má gestão é a raiz de inúme-ros males organizacionais.

RFS - Essas empresas atuam principalmente emque áreas?

Andrade - Dentre as registradas nos CRAs,podemos citar, por exemplo, as administradorasde cartões de crédito, de consórcios, de bens emgeral, de condomínios, de imóveis, de comércioexterior, de cooperativas, de factoring, operado-ras de turismo, prestadoras de serviços emconsultoria e assessoria em diversos campos deatuação já anteriormente citados.

RFS - O que é gestão ambiental? Qual a formaçãode um gestor ambiental?

Andrade - O gerenciamento ambiental nãose limita somente à Ciência da Administração Pú-blica ou Privada. Ele reúne questões ligadas àSociologia, Economia, Finanças, Teoria do Es-tado, Teoria das Organizações, Psicologia, Di-reito e Planejamento, etc... podemos dizer queexistem também documentos, a exemplo daAgenda 21, que possuem medidas efetivas no quediz respeito à preservação ambiental. Um gestorambiental deve ter uma formação generalista queincorpore tecnologias de produção inovadoras,regras de decisão estruturadas e demais conheci-mentos sistêmicos exigidos no contexto em quese insere, nas organizações públicas ou privadas.

Todas as pessoas devem se preocupar com apreservação ambiental, não apenas as indústrias.As empresas do ramo industrial são as geradorasde impactos ambientais de extrema relevância,dada sua característica de serem transformadorasde insumos produtivos em bens finais. É a formapela qual ocorre a exploração das fontes de ma-térias-primas que podem provocar os maioresefeitos ambientais e ecológicos. Por isso, há umapreocupação maior nesse ramo, mas as empre-sas do Setor Terciário também devem se preocu-par, apesar dos danos no ambiente serem maismoderados. Existe um mercado em ascensão paraprodutos ecologicamente corretos que não agri-dem ao meio ambiente, pois são biodegradáveis,entre outras coisas; com isso o consumidor bra-

sileiro escolhe os produtos mais ecológicos. Pu-bliquei ano passado um livro intitulado “GestãoAmbiental”, pela editora Makron Books, queaborda profundamente tal assunto.

RFS - Entre os dias 25 e 27 de outubro, em Goiânia,acontece o VII Fórum Internacional de Administra-ção - VII Fia e o VI Congresso Nacional de Adminis-tração - VI Conad. O tema principal do evento será:“Administração no novo milênio”. Que mudançasmais significativas deverão ocorrer a curto prazona área de gestão empresarial?

Andrade - As rápidas mudanças no mundo,principalmente na área da tecnologia da infor-mação, nos mostram um cenário onde a vanta-gem competitiva será o diferencial para o suces-so das organizações. Devemos antever as neces-sidades e desenvolver novas competências. Tra-balhar e aperfeiçoar habilidades que serão im-portantes lá na frente. O Administrador deveráestar preparado para enfrentar as constantes ino-vações tecnológicas e ser um expert em sistemasde informações, tendo em vista o enorme fluxode informações que circulam hoje pelo mundo.E é isso que o VII FIA e o VI CONAD estarãotrazendo aos profissionais e acadêmicos de Ad-ministração. Convidamos a todos que têm inte-resse pela Ciência de Administração para parti-cipar de tão importante evento.

RFS - Um dos painéis do evento será “Responsa-bilidade Fiscal X Responsabilidade Social”. Qualé o pano de fundo dessa discussão?

Andrade - A Responsabilidade Social das em-presas, não entendemos ser filantrópica no senti-do restrito da palavra. O compromisso com ascausas sociais, meio ambiente, geração de em-pregos, ética e cidadania, constitui-se fator pri-mordial de Responsabilidade Social. Entendemosque é papel do Administrador profissional ates-tar esse compromisso. Daí que defendemos a suaassinatura no balanço social das empresas. Quan-to à responsabilidade fiscal, está em vigor a LeiComplementar nº 101/00, a chamada Lei de Res-ponsabilidade Fiscal - LRF, aplicável aos gestorespúblicos de todos os níveis, visando uma melhore mais racional aplicação do dinheiro público.As duas responsabilidades se aliam para, no pai-nel, definirmos para as entidades os parâmetrosde conduta a serem adotados.

RFS - Outro painel do evento será “Reinventando o

governo: como o espírito empreendedor está trans-formando o setor público”. Há algum exemplo noBrasil de administração pública eficiente?

Andrade - O setor público carece da adminis-tração profissional. Recentemente, encaminhamosum projeto sobre a carreira do Administrador Pú-blico ao Governo Federal justamente para profis-sionalizar a gestão pública. Poderiam ser citadosalguns exemplos; no entanto, creio que seria maisimportante ressaltar o surgimento, em algumas ci-dades brasileiras, da figura do city manager, muitocomum nos Estados Unidos, onde o prefeito contacom o apoio profissional na gestão de cidades.

RFS - De que forma a tecnologia vem interferindona administração das empresas?

Andrade - A tecnologia da informação vemprovocando uma reviravolta na gestão das orga-nizações. A facilidade do acesso às informaçõestem tornado acirrada a competição entre as em-presas. Devemos que estar preparados para mu-dar rapidamente; o que pode ser útil hoje, poderánão ser amanhã. O grande trunfo é estar prepara-do para mudar, de forma rápida, flexível e pro-curar antecipar as necessidades das empresas emrelação às novas tecnologias. Os instrumentosdisponíveis para uma boa gestão têm hoje a realinfluência da tecnologia.

RFS - Os modelos de gestão das empresas no Bra-sil estão em consonância com os dos países do cha-mado Primeiro Mundo?

Andrade - É muito complicado fazer essacomparação. A conjuntura dos países do primei-ro mundo é bem diferente da nossa. No entanto,apesar das dificuldades enfrentadas pelo Brasilnos últimos anos, a situação está um pouco me-lhor. Passamos quase 12 anos sem crescimentoeconômico e com a “estabilização” da inflaçãocomeçamos a recuperar esse tempo perdido; masainda há muito trabalho a ser feito e os Adminis-tradores precisam estar permanentemente contri-buindo para essa melhoria.

RFS - O que é ser um líder? Essas característicassão inatas ou é uma qualidade que se aprende naescola?

Andrade - Ser líder importa em educar, co-municar valores, induzir atitudes e orientar açõesa objetivos consensuais. Ser gerente e ser líderenvolve o compromisso com a visão realizadorade futuro, que qualifica a gerência como empre-endedora, capaz de transformar anseios e opor-tunidades em ganhos reais. Inicialmente, a lide-rança foi considerada atributo inato, que não po-deria ser adquirido. As pessoas nasciam líderes.Posteriormente, sob a influência da escolabehaviorista no pensamento psicológico, aceitou-se a idéia de que os traços característicos do líderpoderiam ser adquiridos por intermédio da apren-dizagem e da experiência. Para atingir resulta-dos, o líder não deve se preocupar em seguir esteou aquele estilo, mas em mesclar vários, ser fle-xível, sabendo se adaptar ao momento.

RFS - Como buscar a verdadeira motivação no serhumano?

Andrade - A motivação e o comportamento

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16 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

variam de indivíduo para indivíduo, em conse-qüência das diferenças de suas personalidades. Daía conveniência de levar em conta essa realidade,para que a motivação no trabalho seja fomentadade maneira adequada. O comportamento humanoé motivado não somente por estímulos econômi-cos e salariais, mas também por recompensas so-ciais simbólicas e não materiais. A motivação énecessária para induzir pessoas a darem o máxi-mo de seus esforços para atingir um determinadoobjetivo. Os indivíduos, quando ingressam na or-ganização, trazem atitudes, valores e objetivos pró-prios. O Administrador, tendo em vista os valorese preferências de cada pessoa, tem que motivar ouinduzir esse indivíduo a participar do sistema decomportamento da organização, procurando ob-ter a identificação de cada um com o objetivo dogrupo, por meio de incentivos que atendam à es-cala de preferências e valores individuais. Assim,para motivar um indivíduo deve-se oferecer: umconjunto de oportunidades financeiras, como umsalário fixado de acordo com o mercado competi-tivo, acrescido dos subsídios correspondentes àprodutividade demonstrada; um código de éticade comportamento, para assegurar um tratamentoelevado a todo participante da organização, valo-rizando, quanto possível, o respeito à dignidadeda pessoa humana; benefícios para a família, comocreches no local de trabalho, entre outras coisas.

RFS - Como conciliar os interesses da organizaçãocom as necessidades, potencialidades e limites doscolaboradores?

Andrade - Primeiramente por meio de nego-ciação entre a organização e os colaboradores. Aorganização deverá satisfazer seus colaborado-res, motivando-os. Deverá também saber o que éimportante para o seu funcionário e deixar claroque este faz parte da organização, conciliando osobjetivos desta com os dele.

RFS - Quais os pontos relacionados à ética profis-sional mais debatidos no momento entre a classe?

Andrade - Recentemente, aprovamos altera-ções em nosso Código de Ética no sentido de daruma conotação mais social e menos individua-lista na profissão do Administrador, inclusive como comprometimento do profissional com as ques-tões relacionadas ao meio ambiente. O novo Có-digo visa, além do sucesso do indivíduo, o al-cance do bem comum, mediante o exercício da

profissão, como contribuição para um mundomelhor e mais humano. Outro ponto relacionadoà ética refere-se ao meio empresarial. Negóciossão uma atividade ética. Falar sobre ética é umacoisa. Agir eticamente é outra e eu diria que maisdifícil. Ética nasce do reconhecimento de quenossas ações têm conseqüências e do reconheci-mento de que nossos interesses de longo prazo,às vezes, se constituem em freios para impulsosmomentâneos. Ética é o equivalente de um con-trole interior, ou autodisciplina, que governa aação de alguém. Por isso esse assunto estar emevidência. Será que vemos ações éticas nas em-presas? E no governo? A resposta está nas man-chetes dos principais jornais e revistas do país.

RFS - O que trouxe de benefícios para a gestão dasempresas a certificação ISO? Ela é realmente ga-rantia de qualidade?

Andrade - Atualmente, clientes e consumi-dores finais exigem produtos e serviços comcertificação de qualidade. O propósito da certi-ficação é fornecer garantia aos compradores deprodutos ou serviços de que estes foram produ-zidos a fim de atender suas exigências. Consul-torias especializadas no termo “criam manuais enormas”que visam uma produção com “zero de-feito”. Como benefício, há uma redução de pro-dutos com falhas, o que diminui os custos de pro-dução. Além disso, os consumidores ganham coma certificação, pois recebem produtos com maisqualidade. Outras vantagens podem ser citadas,e são elas: muitas operações são beneficiadas emtermos de redução de erros, de reclamações deconsumidores e pela diminuição dos custos dequalidade; a adoção dos procedimentos podeidentificar a existência de outros procedimentos

Influências da tecnologia

“O grande trunfo é estar preparadopara mudar, de forma rápida,flexível e procurar antecipar asnecessidades das empresas emrelação às novas tecnologias.Os instrumentos disponíveis parauma boa gestão têm hoje a realinfluência da tecnologia”.

desnecessários que podem ser eliminados; a ob-tenção do certificado demonstra aos consumido-res reais ou potenciais que a empresa leva a qua-lidade a sério, conseqüentemente, obtém benefí-cios de marketing.

RFS - Planejamento de marketing é coisa para agrande empresa ou a pequena também dispõe deinstrumentos para divulgação institucional e deseus produtos e serviços?

Andrade - O Marketing é importante paraqualquer tipo de organização - seja ela públicaou privada, grande ou pequena - por ser um ex-celente instrumento de divulgação de seus pro-dutos e/ou serviços junto ao seu público alvo, de-vendo sempre estar em sintonia com o planeja-mento estratégico da empresa. No planejamentode marketing, os gerentes devem tomar decisõessobre mercados-alvos, posicionamento de mer-cado, desenvolvimento de produto, fixação depreço, canais de distribuição, distribuição física,comunicação e promoção. A maneira como sãoabordados esses aspectos é o que muda com re-lação à pequena e à grande empresa. Ciente des-sa importância, o Conselho Federal de Adminis-tração edita e publica trimestralmente, aos seus35 mil leitores, a Revista Brasileira de Adminis-tração (RBA), destinada aos Administradores, es-tudantes de Administração e empresários em ge-ral, além de divulgar na Internet o @dmnet Notí-cias, informativo com as principais decisões pro-feridas pelo Plenário do CFA.

RFS - Quais são os principais pecados das peque-nas e médias empresas em relação à Organizaçãoe Métodos - O&M e Programas de Trabalho?

Andrade - O&M é uma das funções espe-cializadas da Administração e uma das princi-pais responsáveis pela modelagem da empresa.Por meio de uma análise administrativa, algunsindicadores organizacionais são identificados eesses são responsáveis pela modelagem da orga-nização. Alguns exemplos desses indicadores:como são executados os processos decisórios,como é a estrutura organizacional da empresa,etc. Desse modo, pode ser indicado o melhor mé-todo ou a melhor estrutura para a empresa, bus-cando a eficiência e a eficácia em todas as opera-ções desta. O problema das pequenas e médiasempresas é que estas geralmente não estabele-cem nenhum indicador organizacional, por issonão maximizam suas atividades.

Demarcas

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18 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

g p s e l e t r ô n i c a

A pedido do presidente da Fenacon, PedroCoelho Neto, em reunião da diretoria da Con-federação Nacional do Comércio - CNC, foielaborado parecer, pela Divisão Jurídica doórgão, sobre da portaria n.º 375, de 24 de ja-neiro de 2001, do MPAS, que determinou opagamento da GPS exclusivamente atravésde meios eletrônicos. A conclusão foi a deque a portaria é ilegal. Houve abuso de poder(artigo 5°, inciso XXXIV, da CF) por partedo governo, por desvio de finalidade, basea-do no princípio da legalidade, segundo o qualninguém será obrigado a fazer ou deixar defazer alguma coisa, senão em virtude de lei(artigo 5, inciso XIX, da CF).

A portaria estabelece que o recolhimentoda GPS passe a ser feito, a partir de julho,apenas através de débito automático em con-ta corrente, home banking, terminais de auto-atendimento (caixa-rápido) ou Internet, eimpede a possibilidade do pagamento nosguichês das agências bancárias. Obriga, por-tanto, os contribuintes a disporem detecnologia e conta em banco para cumprir aobrigação. A novidade provocou imensa ma-nifestação de empresários contábeis contra aexclusão da opção de recolhimento pela úni-ca forma acessível (e, muitas vezes, possí-vel) a todos os contribuintes, sem distinçãode tamanho, infra-estrutura ou localização.

O autor do parecer, o advogado da CNC,Orlando Spinetti, defendeu que, por estar le-gitimada apenas em portaria ministerial, aobrigatoriedade de se ter conta corrente ban-cária para pagamento via Internet, não tem,portanto, força de lei, mas se limita tão so-mente à administração pública. No parecer,o advogado orienta que, contra a portaria,

cabe a impetração de mandado de segurançacoletivo, por parte dos sindicatos, “legítimosrepresentantes das empresas na base”.

No parecer, Spinetti argumenta: “em quepesem as vantagens ressaltadas pelos repre-sentantes do governo, não se pode olvidar queo Brasil é um País de grandes contrastes, en-tre os quais, a grande diferença de estruturafísico-administrativa entre os grandes e pe-quenos empresários. Nesse sentido, é a preo-cupação do presidente da Fenacon ao defen-der os interesses dos seus representados, nogrande interior do país, que não têm sequercontas corrente e, muito menos, acesso aInternet”.

Manifestos

O presidente da CNC, Antonio OliveiraSantos, enviou ofício ao ministro da Previdên-cia, Roberto Brant, para que a portaria n.° 375/2001 fosse alterada, permitindo que micros epequenos empresários continuassem pagandoas contribuições na forma tradicional. “Os pro-cedimentos exigidos pela portaria ministerialdevem ser meramente autorizativos e não obri-gatórios, pois a obrigatoriedade viola o clássi-co princípio da legalidade, expressamente pre-visto em nossa Constitui-ção Federal, segundo oqual ninguém pode sercompelido a fazer ou dei-xar de fazer algo senão emvirtude de lei”, ressaltouSantos, no ofício.

A partir da crítica e dopedido de inúmeros asso-ciados e filiados, o presi-dente da Fenacon, PedroCoelho Neto enviou ofí-cio ao presidente doINSS, Francisco Fernan-

do Fontana, solicitando a prorrogação da o-brigatoriedade. O prazo proposto seria de,pelo menos, 90 dias para as empresas comGPS’s superiores a R$ 1.000. Pediu ainda quefosse permitido o pagamento da GPS em pa-pel, diretamente nos caixas dos bancos e emcasas lotéricas, em valor de até R$ 1.000.

Entre as justificativas, o fato de que a gran-de maioria das micro e pequenas empresasainda não dispõe de acesso à Internet oumicrocomputador. “A modernidade não seatinge por decreto, e sim com investimentos,educação e mudança de cultura, observada arealidade socio-econômica do cidadão brasi-leiro”, destacou o presidente da Fenacon.Pedro lembrou também que inexiste obriga-ção Constitucional de que as empresas de-vam manter conta corrente bancária, cuja ma-nutenção representa custos que pesariam ain-da mais sobre as obrigações dasmicroempresas.

Orientações impróprias

O presidente da Fenacon observou aindaque os bancos conveniados demoraram adisponibilizar aplicativos e, principalmente,orientações de natureza prática aos seus

correntistas. A sugestão do pró-prio INSS, de que fossem utili-zadas contas de terceiros, tam-bém foi motivo de crítica. Se-gundo Pedro Coelho, em razãodesta orientação, funcionáriosdas agencias bancárias e até ser-

Bafafá tecnológicoPrevidência tumultua recolhimento de contribuição ao imporpagamento eletrônico da GPS. Fenacon e CNC se manifestam emostram a aberração jurídica e social provocada pela portariado Ministério que obriga a todos os contribuintes a ter internete manter conta corrente em banco

Oliveira da CNC, em ofício aoministro da Previdência: “Osprocedimentos exigidos pelaportaria ministerial devem sermeramente autorizativos e nãoobrigatórios, pois a obrigatoriedadeviola o clássico princípio dalegalidade”.

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O ministro da Previdência, RobertoBrant e a guia eletrônica: modernidadeimposta por decreto

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 19

vidores do INSS têm instruído às empresasde serviços contábeis a arrecadarem os valo-res relativos às GPS’s de seus clientes utili-zando a sua conta corrente para quitá-las.

“A adoção dessa prática – recolher recur-sos de clientes, além de não ser recomendá-vel sob qualquer aspecto, transfere às empre-sas custos que o próprio INSS busca elimi-nar com a implantação da GPS Eletrônica”,afirmou se referindo ao pagamento de umnovo imposto: a CPMF decorrente da movi-mentação extraordinária, o que poderá vir aser objeto de questionamento por parte da Re-ceita Federal. “A realidade brasileira não serestringe às necessidades operacionais e fi-nanceiras do INSS e aos interesses de redu-ção de custos do sistema financeiro nacio-nal”, concluiu.

Tudo pela redução de custos

Para o secretário executivo do Ministérioda Previdência, José Cechin, o objetivo damudança é modernizar cada vez mais a rela-ção entre o contribuinte, o banco e a Previdên-cia. Com a eliminação do preenchimento ma-nual da GPS e do pagamento no caixa, preten-de-se, entre outras coisas, dar rapidez ao aten-dimento e diminuir a possibilidade de erros.

Mas existe outra justificativa bastante for-te para a implementação da GPS eletrônica.Segundo reportagem na Folha On-line,“mais do que facilitar a vida das 2,2 milhõesde empresas que recolhem mensalmentecontribuição ao INSS, a Previdência querreduzir o custo com pagamento de tarifasde serviços bancários. A Previdência temuma dívida de cerca de R$ 1 bilhão com osbancos referente ao pagamento das tarifas

A mais recente novidade é o CNPJ pela Internet. Desde de 2 de julho, os pedidosde inscrição de matriz ou de filial, alteração de dados cadastrais, inclusão ou exclu-são do Simples e solicitação de segunda via do Cartão CNPJ passaram a ser atendi-dos pela Receita Federal exclusivamente por meio da Internet (Receitanet).

“O objetivo da Receita é fazer todo o seu contingente de clientes optar peloatendimento on-line, inibindo ao máximo o atendimento presencialmente”, disseAlexandre Guilherme Guimarães de Andrade, coodenador nacional de atendimentoao Contribuinte, em palestra no Sescon-SP, no dia 26 de junho, para uma platéiacomposta por mais de 300 empresários da contabilidade.

Segundo Alexandre, por enquanto, somente o cancelamento (baixa) das inscri-ções de empresas, está sendo feito pelos meios convencionais, mas muito em breve,espera-se que esta operação também possa ser feita pela Internet. Neste caso, assolicitações deverão ser apresentadas pelo contribuinte diretamente na unidadecadastradora de jurisdição do estabelecimento a que se referir o pedido.

de arrecadação de con-tribuição e pagamentode aposentadorias, quedeixaram de ser pagasno período de setem-bro de 1999 até de-zembro de 2000”.

“No caso da tarifade recolhimento dacontribuição das em-presas, ela deve cairde R$ 1,39 para R$0,60 com o pagamen-to eletrônico da GPS. Isso significa umaeconomia mensal de R$ 2,2 milhões, já queo custo cai de R$ 3,520 milhões para R$1,320 milhões. No ano, a economia é deR$ 26,4 milhões em tarifas bancárias para

os cofres da Previdência”,diz a reportagem.

A Proposta da Previdênciaé, até o final do ano, ter todosos serviços sendo realizadoseletronicamente. Já estão dis-poníveis na Internet: emissãode GPS para pagamento dedébitos em dívida ativa, re-clamatória trabalhista, emis-são e consulta à CND eletrô-nica, cálculo de contribuiçõesprevidenciárias e de restitui-

ção de contribuição, regularização de obras,consulta a recursos e salário maternidade, con-sulta ao PREVCidadão (Cadastro Nacional deInformações Sociais) e o agendamento da GPSde contribuinte individual.

B&S Equipamentos

CNPJ, agora, via internet

Folh

a Im

agem

Cechin e a principal meta daPrevidência com a GPS: reduzirgastos com tarifas bancárias

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20 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

g o a r o u n d

por Haroldo Santos Filho

Haroldo Santos Filho é diretor de Relações Institucionais da [email protected]

Política“É muito justo que, depois de uma campa-nha eleitoral tão árdua, os candidatos elei-tos queiram passar quatro anos descansan-do”. Quem disse isto foi o humorista MaxNunes. Não é que para alguns políticos eleaté que tem razão!

Mea culpaQuando você vai a um restaurante e o gar-çom chega a reconhecer que o prato “podedemorar um pouquinho”, pode esperar quevai demorar é muito.

Assim fez o nosso “domador de leão” Eve-rardo Maciel, Secretário da Receita Fede-ral. Reconheceu que, de fato, a carga tribu-tária brasileira ultrapassou o teto da capa-cidade contributiva da economia e da socie-dade. Para ele chegar a reconhecer isso éporque a coisa está realmente muito fora doslimites.

Analisando friamente o comentário do Se-cretário, me pareceu muito mais uma confis-são de culpa do que, propriamente, um reco-nhecimento.

Fiscais de plantãoSegundo o Sindicato Nacional dos AuditoresFiscais da Receita Federal (Unafisco Fiscal)a arrecadação do Imposto de Renda das Pes-soas Físicas apresentou um crescimento de68%, em termos absolutos, entre 1996 e2000.

Isso, graças a não correção da tabela pro-gressiva do Imposto de Renda. Para o Go-verno a manutenção da tabela congelada,quando tudo a sua volta é atualizado mone-tariamente, é inofensiva. Para mim, é crimecontra o contribuinte. É por isso que algunschegam a dizer que as pessoas não sonegam.As pessoas simplesmente se vingam.

Toda vez que tenho de falar sobreoportunidades de negócios, me vem àcabeça a história daqueles dois ven-dedores que são levados a uma cida-de do interior com a tarefa de venderpares de botas.

Chegando lá, descobrem que um doshábitos daquela gente era andar des-calço para onde quer que fosse. Sa-bendo disso, um dos vendedores de-siste imediatamente da empreitada,alegando que não havia mercado parao seu produto. O outro liga para a fá-brica e pede que sejam enviadas maisbotas, pois o mercado era excelente,uma vez que lá todos eram compradores em potencial de seu produto.

Ao voltar de uma palestra que ministrei na cidade de Macapá, capital doEstado do Amapá, terra de gente simpática e hospitaleira, fiquei simples-mente admirado com as potencialidades do Norte de nosso País que, pareceaté, ficam escondidas das demais regiões do Brasil.

Fui convidado a falar sobre “empreendedorismo” e posso afirmar que aescolha do tema não poderia ter sido mais adequada àquela região amazôni-ca. Lá, embora de desenvolvimento já avançado, ainda há muito o que fazerem todas as áreas. Desde profissionais liberais até comércio específico, res-taurantes, empreendimentos culturais e muito mais.

Assim como Macapá, existem inúmeras cidades na região Norte que sãoverdadeiros celeiros de oportunidades de negócios, além de serem regiõesriquíssimas em recursos naturais. Não é de graça que a cada dia várias Or-ganizações Não-Governamentais (ONGs) internacionais “invadem” aqueleBrasil sob a alegação de proteção ao meio ambiente. Para alguns, não pas-sam de entidades interessadas em obstaculizar, de forma estratégica, os es-forços de desenvolvimento sócio-econômico do Brasil, além de sorrateira-mente levarem nossas flora, fauna e riquezas minerais. Uma verdadeira“Máfia Verde”, a serviço de um governo mundial.

O Brasil da crise energética, da péssima distribuição de renda, das desi-gualdades sociais e da falta de emprego tem um caminho certo para o seudesenvolvimento: a Região Norte.

Enquanto os talentos empreendedores estiverem querendo disputar a tapaum lugar num mercado de trabalho ou consumidor numa grande cidade ou acem metros da praia, não se resolverá este desequilíbrio geográfico de ofertade oportunidades que existe em nosso país.

É imperioso ocuparmos e desenvolvermos este imenso Brasil de oportunidadescom brasileiros. Que não seja por ambição pessoal, mas que seja por patriotismo.

Brasil das oportunidades

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 21

q u a l i d a d e

Qualidade para todosSescons de Santa Catarina, Blumenau e GrandeFlorianópolis se unem para implantar programa que dáacesso a qualquer empresa filiada a um projeto dequalidade. Programa culmina com a conquista do SeloCatarinense da Qualidade

No início do ano passado, um grupo deempresários de Itajaí se reuniu com o obje-tivo de criar um projeto conjunto de quali-dade. A idéia, do presidente da Fecontesc,Salésio Rocha Machado, era que com o de-senvolvimento de um programa de qualida-de para um grupo de empresas, os custos setornassem mais acessíveis. No final do anopassado, com o aval dos Sescons de SantaCatarina, Blumenau e Grande Florianópolise o apoio do CRC/SC, o programa foi am-pliado para todo o estado. Nascia o ‘ProjetoQualidade Necessária – programa CTC(Comprometimento Total com o Cliente).

O PQN-CTC está hoje sendo desenvol-vido nas cidades de Itajaí, Rio do Sul, Join-ville, Florianópolis, Blumenau e BalneárioCamboriú, envolvendo em torno de mil pes-soas. Inclui seminários mensais de sensi-bilização e treinamento, um para os sócios-diretores, gerentes e supervisores - os mul-tiplicadores; outro, incluindo toda a equipede colaboradores.

A execução do projeto fica a cargo daDiretiva Consultoria, de Itajaí, que aplica,desenvolve, orienta e supervisiona os cur-sos e programas. A duração varia de seis aoito meses.

Em Itajaí, a turma-piloto está na fase fi-nal. Nas outras cidades, os seminários co-meçaram em junho. Conforme as turmasforem terminando, outras se iniciarão. Cadaturma pode receber 15 empresas. A meta ini-cial é formar 10 turmas até novembro, abran-gendo cidades em todas as regiões do Esta-do.

O PQN-CTC se divide em duas etapas:1a - curso: consultor contábil financeiro (pré-requisito), com duração de 8 horas. A 2a -diagnóstico, sensibilização (motivação) etrês módulos do Programa CTC, para serem

implementados num período apro-ximado de seis meses, incluindoconsultoria de acompanhamento,com duração de 70 horas.

Entre os pontos a serem apli-cados pela equipe de consultores,instrutores e técnicos da Diretivaestão: limpeza, organização,‘manualização’ de procedimentose processos de trabalho, liderançae motivação. Com isso, pretende-se que, ao final do programa, asempresas atinjam, entre outrascoisas, maior agilidade nos pro-cessos (tarefas), minimização dodesperdício e do retrabalho, e umambiente mais agradável e segu-ro, com maior produtividade emenor custo.

Troca de experiência

Mais do que treinamento, os encontrostambém servem para troca de informaçõese experiências. O processo desenvolvido si-multaneamente em várias empresas cria ain-da maior motivação entre os participantes,segundo o diretor Administrativo daFenacon, Roberto Wuthstrack, cuja empre-sa, a Condor-r Assessoria Contábil e Em-presarial, é uma das integrantes do grupo deJoinville.

O projeto prevê ainda auditorias internas,feitas a partir de orientação dos instrutores.“O objetivo é que as empresas saibam se jáestão aptas para solicitar a auditoria exter-na”, disse o presidente do Sescon/SantaCatarina, Vilson Wegener.

Auditorias

A auditoria externa é realizada pela pró-pria Diretiva Consultoria e supervisiona-

da pelo grupo de gestão de cada cidade,formado por representantes dos Sescons,Sindiconts locais e de mais três empresá-rios integrantes.

O grupo de gestão também tem outrasfunções como, por exemplo, supervisio-nar o cronograma do projeto. Atendidostodos os requisitos, a empresa recebe oSelo Catarinense de Qualidade. O selo terávalidade de três anos, com auditorias demanutenção semestrais.

O programa tem enfoque nos doze cri-térios ISO. Mais do que buscar uma refe-rência, o selo é uma espécie de preparató-rio para a certificação. Meio caminho an-dado. Além disso, poderá ser utilizadocomo ferramenta de marketing, um dife-rencial do mercado. “Se a empresa quiserpartir para a certificação ISO, todos osconceitos já estarão incutidos nos direto-res e colaboradores”, confirmou o diretorAdministrativo da Fenacon, RobertoWuthstrack.

Lançamento do Projeto Qualidade Necessáriapara as empresas de serviços contábeis,ocorrido em junho, em Blumenau-SC

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22 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

PROCESSOS TOTALMENTE INFORMATIZADOSSolicite maiores informações; teremos muito prazer ematendê-lo

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ABERTURA E ACOMPANHAMENTO DE FILIAIS ESCRITURAÇÃO FISCAL CONTABILIDADE RECURSOS HUMANOS ASSESSORIA FISCAL E CONTÁBIL

r e g i o n a i s

No dia 6 de junho aconteceu a assembléiade constituição do Sescap/Amapá, na sede doCRC/AP. A solenidade de fundação do sindi-cato, com a posse formal da diretoria, foi nodia 29 de junho, em Macapá, e contou com apresença do vice-presidente para a RegiãoCentro-Oeste/Norte da Fenacon, AntonioGutenberg Moraes de Anchieta, e do diretorde Relações Institucionais da entidade,Haroldo Santos Filho. Neste dia, tambémaconteceu III Encontro de Contabilistas doEstado do Amapá - III Enconap.

Santos foi um dos palestrantes. Ele falousobre ‘Empreendedorismo na Contabilidade’.Na palestra, o diretor destacou que, no Brasil,o conceito ainda é novo, ao contrário de paí-ses da Europa e Estados Unidos. A filosofiade empreendedorismo, segundo Santos, é o dautilização do poder criativo para a busca denovos caminhos. No caso da contabilidade, onovo, na verdade, seria a volta às origens daatividade. “A nossa vocação é oferecer sub-sídios ao cliente para a tomada de decisõesgerenciais”, ressaltou. O III Enconap con-

Novos sindicatos na Fenacon tou ainda com a palestra do presidente doCRC/ES, Waldir Massucati, que falou so-bre ‘Balanço Social’. Após do seminário,houve jantar de confraternização, com a pre-sença de 85 empresários contábeis.

Amazonas

A solenidade de constituição do Sescon/Amazonas aconteceu no dia 13 de junho, noauditório do CRC/AM. A assembléia quevotou e aprovou a criação, o estatuto e a pri-meira diretoria do sindicato foi presididapelo vice-presidente para a Região Centro-Oeste/Norte da Fenacon, Antonio GutenbergAnchieta. Segundo o presidente do sindica-

to, Wilson Américo da Silva, uma dasprimeiras ações da diretoria serácontatar os empresários do segmentocontábil do estado para mostrar as pro-postas do Sescon/AM, que incluem,entre as prioridades, a instalação dasede, a criação de uma biblioteca e a

realização de uma grade de cursos para osegundo semestre. “O acesso à informaçãoé uma das principais dificuldades do seg-mento no estado”, destacou.

Wilson Américo ressalta que o sindicatoirá buscar parcerias com empresas detecnologia (software e hardware) e de infor-mações fiscais e tributárias, para oferecer ser-viços a menor custo aos associados, e quepretende criar um jornal, inicialmente trimes-tral, a partir de setembro. Outros convêniosque o Sescon irá propor serão com a ReceitaFederal e a Secretaria de Fazenda, visandoagilizar e simplificar a rotina do empresáriodo segmento. “Falta agora só o Acre para quetodos os estados do Brasil tenham suas re-presentações”, destacou Anchieta.

Dois novos sindicatos da base de representação daFenacon, recém-criados, filiaram-se à federação.São o Sescap Amapá e o Sescon Amazonas.

Manaus

Macapá

Sescon AMAZONASRua 10 de Julho, 651-A, Centro69010-060 - Manaus/AMTel. (92) 633-4951Pres.Wilson Américo da Silva

Sescap AMAPÁRua Hamilton Silva n° 2023, Sala B68906-440 - Macapá/APTel. (96) 222-5372Pres. Aluisio Pires de Oliveira

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 23

MasterMaq

Encontro RegionalO Sescon/ Londrina promoveu, de 20 a 22

de junho, em parceira como CRC/PR e o Sin-dicato dos Contabilistas de Londrina, o IIIEncontro dos Profissionais de Contabilidadedo Norte do Paraná. Com o tema principal‘Mais do que profissão , segurança’, no even-to foram abordados os seguintes assuntos: ‘To-que de despertar’, sobre motivação, ‘A contro-ladoria na ótica do contador’, Previdência So-cial em evidência I’,”Relacionamentointerpessoal’, e ‘Atuação da Receita Federalda região de Londrina-PR’. Participaram 180pessoas. O encontro teve o apoio da Fenacon.

Cursos ocorridos em junho

Um total de 1.500 pessoas assistiu aos cur-sos promovidos pelo Sescon/Londrina no mêsde junho, com destaque para ‘GPS eletrôni-ca’, ‘Conectividade Social’, ‘ICMS – Lei 102– mudança de crédito no ativo permanente’, e“CAT – Acidente de Trabalho e DoençaOcupacional”. Os cursos foram realizados em6 cidades pólo da área de representação do sin-

dicato, que abrange 58 municípios. Apenas emLondrina, cada curso reuniu em torno de 180pessoas.

Capital de giro

O Sescon/Londrina firmou convênio com aCEF para disponibilizar financiamentos a jurosmais baixos para os associados. O crédito totalde R$ 3 milhões é voltado para a aquisição deequipamentos e capital de giro. Os associadosinteressados podem enviar os documentos ao sin-dicato que os encaminhará ao banco para a apro-vação.

SRF: atendimento via maloteHá ainda convênio em fase de negociação com

a Receita Federal. O objetivo é que o atendimen-to aos associados do sindicato seja feito via ma-lote. O sindicato ficaria responsável pela triageme conferência dos documentos e encaminhamen-to ao órgão. A idéia é que a parceira seja, inicial-mente, voltada apenas para a CNPJ. O Sescon/Londrina já possui, há dois anos, convênio como INSS com sistemática semelhante.

Trabalhadores temporários

Outra novidade é a criação da Câmara deServiços Temporários do Sescon/Londrina.Segundo o presidente, Paulo Bento, o objeti-vo é atender e aproximar o sindicato do seg-mento de empresas de serviços de mão-de-obra terceirizada. Além disso, o trabalho dedivulgação e inscrição para a 9a Conesc/1a

Conesa segue a todo do vapor. A diretoria doSescon/Londrina vem trabalhando para levaro maior número possível de empresários aosdois eventos. Até agora, a comitiva de Lon-drina e região já conta com 29 pessoas confir-madas entre participantes e acompanhantes.

Múltiplas atividades em Londrina

Empresário Paulo Bento, presidentedo Sescon/Londrina, Paraná

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24 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

Alterdata

O município de Barreiras ganhou, em 13de julho, o primeiro escritório regional doSescon/BA. Segundo o presidente do sindi-cato, Fernando Lopo, o município possui omaior número de associados do Sescon fora

de Salvador. “Resolvemos premiar as empresas locais com um atendimen-to mais próximo. No município, 90% das empresas do segmento contábilsão associadas ao sindicato. Queremos que outros municípios sigam o exem-plo de Barreiras”, disse Lopo.

A idéia é que todos os municípios que possuam aproximadamente 50%das empresas contábeis associadas ganhem uma representação do Sindica-to. Para isso, Lopo tem levado os benefícios da associação às reuniões comas entidades contábeis, que acontece todos os meses, em Salvador, paratroca de experiências e fortalecimento do segmento. O próximo a receber oescritório regional do Sescon/BA será Itabuna, o que poderá acontecer ain-da este ano.

À frente do escritório de Barreiras está o diretor suplente do Sescon/BA,João Delsuc. Barreiras fica na Região Oeste do Sertão Baiano, a 700 Km de

Salvador. A cidade se des-taca pela pecuária e o coo-perativismo, registrando-seum início de crescimentodo setor industrial.

Minas Gerais recebe, no dia 24 de agosto, o semi-nário regional ‘A empresa de serviços e o Simples’,promovido pelo Sescon/MG e Fenacon. O evento acon-tece no plenário da Assembléia Legislativa de MinasGerais. A realização do seminário foi definida em reu-nião, no dia 27 de junho, entre o presidente da Casa,deputado Antônio Julio, o deputado Eduardo Brandão,presidente da Comissão de Fiscalização Tributária, odiretor de Relações do Trabalho e Assuntos Legis-lativos da Fenacon, Sauro Henrique de Almeida, dopresidente do Sescon/MG, João Batista de Almeida, edo vice-presidente do sindicato, Luciano Junqueira.

Na reunião, o deputado Antônio Julio ofereceu auxí-lio logístico e de divulgação do evento e disse apoiar acausa da ampliação do Simples para as empresas de ser-viços. Segundo Sauro de Almeida, serão convidados parao seminário, o ministro da Previdência,Roberto Brant, odeputado constituinte José Maria Eymael, todos os par-lamentares da bancada mineira do Congresso Nacional,incluindo o presidente da Casa, Aécio Neves, e entidadesrepresentativas do setor de serviços do Estado.

Escritório regionalem Barreiras-BA

Seminário regionalsobre o Simples em BHEvento será dia 24 de agosto, naAssembléia Legislativa de Minas Gerais

BarreirasFeira deSantana

SalvadorBom Jesusda Lapa

Vitória daConquista

Itabuna

Jequié

BAHIA

Sescon/BA - Escritório Regional de BarreirasAvenida Ahylon Macedo, 1601, Barreirinhas47806-180 – Barreiras-BATel. (77) 611-5698

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 66 - 25

r á p i d a s

Auditoria de fraudes

No dia 28 de agosto, em São Paulo, aconte-cerá o seminário ‘Auditoria de fraudes: busca,apreensão e análise de informações em meioseletrônicos’. Entre os temas que serão aborda-dos estão “O auditor e a informática forense”,“Aspectos legais”, “A eficácia probatória dodocumento eletrônico” e “Ferramentas para aapreensão e análise de dados”.

O evento é uma realização da Audibra e temainda o apoio da Fenacon, Sescon/SP, Gazeta Mer-cantil, Fecap/Ceap, CRC-SP, Fecontesp, Aescon/SP, Sindicont-SP, e Ibracon-5ª Região/SP.

Informações: (11) 5523-1919

XXII Convenção dos Contabilistasdo Estado de Santa Catarina

A cidade de Blu-menau recebe, entreos dias 16 e 18 deagosto, a XXII Con-tesc - Convençãodos Contabilistas doEstado de SantaCatarina, evento doSindicont/Blume-nau, com promoçãoda Fecontesc, CRC/SC, Sindicont´s eSescons de SC,Blumenau e Grande

Florianópolis. As novidades ficam por conta dapalestra do cineasta Arnaldo Jabor, comentaris-ta político da TV Globo e das palestras reserva-das também para acompanhantes.

Além da 22a edição da Contesc, a cidade deBlumenau estará recebendo dirigentes de enti-dades brasileiras ligadas a contabilidade. É o29o Encontro Nacional das Entidades Repre-sentativas da Contabilidade – 29o Enercon. Areunião está programada para o dia 16 de agos-to. Mais de 100 dirigentes e líderes contábeisestão sendo aguardados para o encontro.

Programação técnica. Uma Visão Social - (Felix C. Teiss –

professor). A Empresa Inteligente’ - (José A. de

Morais). O Líder do Futuro - (Alfredo Rocha). Novas Perspectivas da Profissão Contábil -

(Luiz Carlos Vaini). O Contabilista em Face da Lei de

Responsabilidade Fiscal - (Sérgio A.Machado)

. O Brasil no Novo Milênio” (Arnaldo Jabor)

. Contabilizando Resultados Especiais’(Carlos Eduardo Hilsdorf)

- O Brasil que Queremos no Século XXI’(Anita Pires)

- Acendendo as Próprias Luzes” (ClariceLeal)

Informações (47) 322-5900

www.bsfeventos.com.br

Seminário Interamericano deContabilidade

“A Contabilidadeface a Nova OrdemMundial”. Esse seráo enfoque do Semi-nário Interamericanode Contabil idadeque este ano aconte-ce no Brasil. O even-to será de 3 a 5 deoutubro, em Salva-dor – BA. A realiza-ção é do CFC, CRC/BA, com o apoio da AIC - Associação Intera-mericana de Contabilidade; FBC-FundaçãoBrasileira de Contabilidade e Ibracon - Insti-tuto Brasileiro de Contadores.

Entre os temas a serem apresentados estão:‘Gestão de capital intelectual’, ‘A Contabili-dade e o Marketing Pessoal’, ‘Empresários dofuturo’, e ‘Aplicação dos conceitos de contro-le de qualidade dos serviços profissionais’. Asolenidade de abertura terá a presença do go-vernador da Bahia, César Borges. Também estáprevista a participação do ministro da Econo-mia da Argentina, Domingo Cavallo, comopalestrante. Participação e tema ainda depen-dem de conformação.

Programação técnica. O Papel dos Organismos da Profissão

Contábil na Nova Ordem Mundial -Antonio Carlos Nasi - pres. AIC. Gestão de Capital Intelectual - Jaime A.Hernández - 1º Vice-Presidente da AIC -Colômbia

. O Mercado de Trabalho em NívelGlobalizado - Enrique Zamorano – ex-presidente da AIC - México.

. Aplicação dos conceitos de controle dequalidade dos serviços profissionais -Irineu de Mula e Ivan Sotomayor(Promocion Institucional de la AIC -EUA)

. A Contabilidade Face a Nova OrdemMundial - Luis Nelson de Carvalho - USP

. A Contabilidade e o Marketing Pessoal -Marcus MayerEmpresários do futuro - Antoninho MarmoTrevisan

. Implicações da Reforma Tributária na

economia nacional - Benito Gama. Conjuntura Político-Econômica Brasileira -

Ciro Ferreira Gomes – UFC

Informações: http://www.crcba.org.br

Marketing em Serviços

O presidente do Sescon/Blumenau, CarlosRoberto Victorino, foi um dos palestrantes doXVII Encontro Nacional dos Sindicatos Patro-nais do Comércio de Bens e Serviços. O temafoi ‘Marketing em Serviços’. Victorino apre-sentou uma visão dos conceitos e aplicativosdo marketing e como desenvolvê-los para ven-der, convencer e apresentar os serviços. Oevento, que aconteceu na cidade de Blumenau-SC, entre os dias 13 a 16 de junho, tambémteve a presença do diretor Administrativo daFenacon, Roberto Wuthstrack, e do presidentedo Sescon/RJ, José Augusto de Carvalho.

VI Encontro Estadual dosSindicatos de Contabilidade doEstado de MS

‘Certificação ISO 9002 para as Empresasde Serviços Contábeis’ é o tema da palestra pro-ferida pelo vice-presidente da Fenacon para aRegião Sul, Mário Elmir Berti, durante o VIEsinco – Encontro Estadual dos Sindicatos deContabilidade do Estado de MS, que acontecena cidade de Três Lagoas – MS, nos dias 20 e21 de julho.

O evento ainda contará com a palestrado dosenador Ramez Tebet, que falará sobre ‘Pro-gramas de Incentivos para o estado de MS’.Entre os temas, serão abordados ainda: ‘Exce-lência no Atendimento ao Cliente’, ‘Prazo paraguarda e manutenção de livros e documentos’,‘Reunião Eficaz – como produzi-la’ e ‘Coope-rativa de Crédito dos Contabilistas’. A expec-tativa é que participem do evento mais de 200profissionais contábeis.

Programação técnica. Reunião Eficaz – como produzi-la’

(Contabilista e Advogado Dilson FrançaLange)

. Certificação ISO 9002 para Empresas deServiços Contábeis’ (Contador Mário ElmirBerti)

. Programas de Incentivos para o Estado deMS’ (Senador Ramez Tebet)

. Cooperativa de Crédito dos Contabilistas’(Contador Solindo Medeiros e Silva)

. Excelência no Atendimento ao Cliente’(Maria de Lourdes Ortiz - Sebrae/MS)

. Prazo para guarda e manutenção de livrose documentos’ (Contabilista Francisco

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26 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 66

Eduardo Custódio - Sind. dos Contabilistasde Dourados).

Informações:

Sescon/MS: 67 787-6094 e 67 787-5489.

5o Encontro Nordestino deContabilidade

O presidente da Fenacon, Pedro Coelho Neto,foi um dos palestrantes do 5o Encontro Nordesti-no de Contabilidade – 5o Enecon, que aconteceude 13 a 15 de junho, em João Pessoa - PB. Eleparticipou do painel ‘Formação, execução e usodos serviços contábeis’, no qual foi discutido,entre outros pontos, como as universidades vêmrespondendo às exigências do mercado na for-mação de profissionais da contabilidadeproativos, ou seja, que atendam as necessidadesdas empresas, através da contabilidade gerencial.

“Na execução atual sente-se que os profissio-nais ainda não estão atendendo ao que o merca-do está exigindo. Os profissionais ocupam quaseque a totalidade do seu tempo em atender as inú-meras exigências do fisco e a interpretar as mu-danças constantes. Enquanto não acontecer umaReforma Tributária que simplifique a burocra-cia, dificilmente as empresas terão o que preci-sam”, avaliou Pedro Coelho, durante sua exposi-ção sobre a execução dos serviços.

Exactus

Também estiveram presentes ao 5o Enecon,que teve como tema central: ‘Contabilidade: re-flexo social e político’, o vice-presidente daFenacon para a Região Nordeste, José GeraldoLins de Queirós, que fez parte da mesa de aber-tura do evento, representando a entidade, e o di-retor Social e de Eventos, José RosenvaldoEvangelista Rios. Pedro Coelho, Queirós e Riosainda mantiveram, durante o evento, contatoscom os presidentes do Sescons do Rio Grandedo Norte, Rui Cadete, e da Paraíba, AderaldoGonçalves do Nascimento Júnior, e diretores dosdois sindicatos, quando discutiram planos deações em prol do segmento empresarial contábilnos dois estados.

Eleições CNC

O presidente daFenacon, Pedro CoelhoNeto, e o vice-presidentepara a Região Centro-Oes-te/Norte da entidade, Anto-nio Gutenberg Moraes deAnchieta, integram chapa

concorrente às eleições para membros efetivos esuplentes da diretoria e do Conselho de Repre-sentantes da CNC. As eleições serão no dia 20de setembro, na sede da confederação, emBrasília. O mandato é de 2001 a 2004. Pedro Co-elho concorre a suplência da diretoria, e

Gutenberg, a um dos três cargos para o conselhofiscal. Antônio Oliveira Santos tenta a reconduçãoao cargo de presidente da CNC.

Ações filantrópicas

A Fenacon adotou uma criança do Centro So-cial Nossa Senhora da Pe-nha – Cenha, entidade filan-trópica de São Paulo-SP. Afederação irá arcar com asdespesas mensais referentesa meio período escolar eduas terapias semanais novalor total de R$ 350, 00 porum período de seis meses.

A possibilidade de auxílio à Cenha foi levada àFenacon pelo presidente do Sescon/SP, Carlos Joséde Lima Castro. A diretoria do sindicato paulistatambém fez a adoção de uma criança da entidade.

Outra doação mensal de igual valor e períodofoi aprovada pela diretoria da Fenacon , em bene-fício do Grupo de Ajuda à Criança Carente comCâncer - GAC, de Recife-PE. A solicitação foifeita por intermédio do presidente do Sescon/PE,Geraldo de Paula Batista Filho. O GAC é umainstituição filantrópica, sem fins lucrativos, quepresta assistência ao Centro de OncologiaPediátrico do Hospital Universitário OswaldoCruz, que atende diariamente 50 pacientes noambulatório e 23 em enfermaria.