STAKEHOLDERS - Luis Henrique Ferreira Pinto (Julho/Agosto - 2014)

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Luis Henrique Ferreira Pinto Diretor-presidente da CPFL Paulista e da CPFL Piratininga STAKEHOLDERS Fornecer energia elétrica para aproximadamente 5,5 milhões de consumidores em mais de 260 municípios paulistas. Esse é um pequeno resumo do enorme desafio que juntas a CPFL Paulista e a CPFL Piratininga enfrentam. Em conversa com a equipe da TSX News, o diretor-presidente Luis Henrique Ferreira Pinto fala um pouco sobre a atuação das duas maiores distribuidoras da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Energia). Publicação TRANSAEX | Venda Proibida Distribuição Dirigida Divulgação TSX NEWS

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Luis Henrique Ferreira Pinto - Diretor-presidente da CPFL Paulista e da CPFL Piratininga

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Luis Henrique Ferreira Pinto

Diretor-presidente da CPFL Paulista e da

CPFL Piratininga

STAKEHOLDERSFornecer energia elétrica para aproximadamente 5,5 milhões de consumidores em mais de 260 municípios paulistas. Esse é um pequeno resumo do enorme desafio que juntas a CPFL Paulista e a CPFL Piratininga enfrentam. Em conversa com a equipe da TSX News, o diretor-presidente Luis Henrique Ferreira Pinto fala um pouco sobre a atuação das duas maiores distribuidoras da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Energia).

Publicação TRANSAEX | Venda ProibidaD i s t r i b u i ç ã o D i r i g i d a

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Atenciosamente,Paulo Eduardo Pinto

DIRETOR CORPORATIVO

A CPFL Paulista e a CPFL Piratininga – as duas maiores distribui-doras do grupo CPFL Energia – venceram em julho o Prêmio Abradee na categoria gestão operacional. Pouco antes, a própria CPFL Paulista já havia sido eleita melhor empresa brasileira do setor de energia elétri-ca pela revista Exame. No bate-papo a seguir, o diretor-presidente Luis Henrique Ferreira Pinto fala sobre os pilares de gestão que levaram as duas companhias a essas conquistas, além de apresentar os desa�os do setor brasileiro de energia elétrica. Tenha uma ótima leitura!

DEPOIMENTOS

“É natural que a agricultura ocupe um lugar muito grande na exportação e no PIB. O Brasil é líder na produção mundial

de alimentos, é um grande exportador, é muito competitivo.”

Ivan Ramalho – Ex-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior (Abece) - STAKEHOLDERS - Setembro 2011

“Qualquer artista para ser universal precisa ter o pé em um chão, e o meu chão é Minas. Se você for analisar Picasso, a vida dele é em torno da Espanha.

O mesmo vale para a relação de Chagall com a Rússia e a ligação de Matisse com a França. Todo mundo que tem a pretensão de ter

uma linguagem mais autêntica precisa partir da sua terra.”

Yara Tupynambá – Artista plástica - STAKEHOLDERS – Junho 2014

MATRIZ: Rua Alagoas , 1000 - Conj 1001 Funcionários - Belo Horizonte / MG - 30130-160Tel: (31) 3232.4252 - www.transaex.com.br

PUBLICAÇÃO TRANSAEX • TSX NEWSAGOSTO/2014| Venda Proibida

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• Conte-nos um pouco dessa histó-ria centenária da CPFL.

A CPFL iniciou sua trajetória como uma empresa de capital privado e já na-quela ocasião, no começo do século passado, era tida como uma com-panhia inovadora. Posteriormente, passamos por um período como es-tatal e, no momento da privatização, a empresa estava mais preparada, com um alicerce muito forte para ter a dinâmica e a inovação necessárias para a mudança. A CPFL sempre teve um corpo técnico muito bom, uma visão muito voltada para o resultado, além da velocidade e da flexibilidade que o capital privado exige. Por isso, sempre fomos uma empresa de van-guarda no setor elétrico, com bons indicadores de desempenho e quali-dade e bons resultados.

• Falando especificamente da CPFL Paulista, a empresa foi eleita em 2013 a melhor companhia de energia pela revista Exame. A que se deve e qual o

significado dessa conquista?

Para nós, essa conquista representa muito, porque coroa o trabalho em um ano difícil para o segmento elétri-co, dadas as questões meteorológicas (estiagem) e também a essa questão da compra e venda de energia, que afetou todo o setor. Nós fizemos um tra-balho muito intenso e planejado para que tivéssemos uma boa gestão de custos que compensasse as adversi-dades da compra de energia, man-tendo a performance da operação da empresa. Ou seja, mantivemos um pa-tamar de excelência operacional ao mesmo tempo em que demos vida a uma boa gestão de custos. Além des-se prêmio da Exame, a CPFL Paulista foi reconhecida, na maior premiação do setor elétrico, pela Associação Brasilei-ra de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), como a melhor empresa em gestão financeira e ganhou tam-bém como a melhor empresa em gestão operacional. Tudo isso reforça o trabalho realizado.

• A CPFL lida com algo essencial para a vida de milhões de pesso-as: a energia elétrica. Numa era em que os consumidores possuem diversos meios – como as redes so-ciais e os sites de reclamação – para expressarem sua insatisfação, como manter a satisfação dos clientes em um bom nível?

A primeira coisa é um bom atendi-mento, acho que isso conta muito no relacionamento com os nossos clien-tes. A CPFL se preocupou com isso e segmentou o atendimento. É muito im-portante você criar o canal adequado para cada tipo de cliente. Nós temos, por exemplo, um canal específico para o poder público, para achar solu-ções diferenciadas para as prefeituras,

Luis Henrique Ferreira Pinto

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“Vivemos em um país continental que, apesar de todos os problemas, tem uma margem interligada de transmissão que poucos países do exterior têm

(...) Nós temos essa vantagem, transmitimos energia para grandes distâncias, conseguimos operar um sistema totalmente interligado com várias usinas com uma

competitividade muito boa, e isso é mérito da infraestrutura brasileira.”

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ser parceira no desenvolvimento dos municípios. E claro, temos um atendi-mento especial para o grande público, com vários canais que buscam facilitar o contato. Nós também temos uma logística operacional muito forte. Esse é um trabalho contínuo. Com essa ge-ração das redes sociais, seguimos nos adaptando ao novo cenário, moderni-zando a forma de comunicação e os nossos canais.

• Como o senhor avalia a situação do setor de energia elétrica brasileiro na comparação com outros centros, como a Europa?

Se for olhar só a infraestrutura, as pes-soas acabam caindo na armadilha de que a Europa é melhor do que o Bra-sil. Mas se a gente olhar o dinamismo de crescimento, perceberemos uma vantagem que eles não têm, que é a capacidade de reação e adaptação. O que eu quero dizer é que se você for hoje em determinada rua na Europa e voltar daqui a dez anos pouca coisa terá mudado, diferentemente do Bra-sil, que passa por uma mudança subs-tancial nas cidades. E isso exige da infraestrutura elétrica um esforço muito grande, porque você tem de redimen-sionar, expandir e modificar a rede. Nosso segmento vem crescendo de forma muito organizada, dos setores regulados no Brasil a agência mais ca-pacitada e atuante é do setor elétrico (Aneel). Vivemos em um país continen-tal que, apesar de todos os problemas, tem uma malha de transmissão inter-ligada que poucos países do mundo têm, muito know how no controle e na operação deste complexo sistema. Esse know how do Brasil muitas vezes é pouco difundido, pois transmitimos energia para grandes distâncias, con-seguimos operar um sistema totalmen-te interligado com várias usinas, e isso é mérito da infraestrutura brasileira.

• E o que pode ser aperfeiçoado?

Nós precisamos de mais investimen-tos, é lógico. Precisamos de um bom planejamento, não só na infraestrutu-ra do país – rodovias, ferrovias, portos, aeroportos – como também no setor elétrico. Apesar de muito bom, o nosso segmento precisa crescer e acho que o Governo já está preocupado com isso. É preciso interligar melhor as regi-ões para que possamos aproveitar as bacias hidrológicas mais favoráveis, ter o transporte de energia de uma região para outra, o que otimiza a questão energética. Precisamos investir também em opções renováveis, como usinas eólica, solar, hidrelétrica e térmica.

• O senhor acredita em “apagão” ou racionamento de energia elétrica?

Existe um certo exagero na maioria das vezes em que se fala em “apagão”. Nós já tivemos outros períodos de es-tiagem que o país suportou e adminis-trou com interligações, sem o menor problema. A última situação realmente adversa que o país viveu foi em 2001. Por mais que estejamos vivendo um período atípico por conta das condi-ções climáticas, a situação pode muito bem ser administrada. Hoje nós temos mais recursos. Deixamos, por exemplo, térmicas ligadas, o que encarece um pouco a energia, é verdade, mas evita o racionamento. Também temos um intercâmbio maior do que o que tínha-mos em 2001, fazendo transferência entre regiões. E se o período úmido que se aproxima for muito favorável, isso irá melhorar as condições; se não aconte-cer, ainda assim o Governo irá adminis-trar bem a situação. Nós da CPFL esta-mos muito atentos a isso.

• O senhor atua na CPFL há quase 30 anos. Quais foram os motivos que o levaram a construir uma carreira tão longa na mesma empresa?

Se eu pudesse resumir em apenas uma palavra ela seria “desafios”. Eu entrei na empresa por meio de concurso público, desenvolvendo na época um trabalho pela CPFL junto à Eletrobrás, planejando a operação do sistema in-terligado do Sul e Sudeste do país. Foi um trabalho que me motivou e me en-sinou bastante, além de ter me possibi-litado entender o setor elétrico brasileiro como um todo. Depois passei pelos de-safios de participar da privatização da empresa, da abertura de capital e da fusão e reestruturação de outras com-panhias. Agora, à frente da Paulista e da Piratininga, eu vivo mais um grande desafio, em um período que tem exigi-do muito dos profissionais do nosso seg-mento. Então, em suma, eu gosto da CPFL e do setor elétrico e esse trabalho me motiva bastante.

• A propósito, muito se fala que os jovens não têm mais tanto apego às empresas em que trabalham. O que, em sua opinião, pode ser feito para reter esses talentos por mais tempo?

Mais do que administrar essa ansiedade dos jovens para subir na carreira, é preci-so reconhecer o trabalho feito por eles, e as empresas, muitas vezes, não fazem isso com muita habilidade. Os jovens não querem só o cargo. Existe a alternativa de dar o devido reconhecimento, a va-lorização e os desafios. A forma de reten-ção não pode ser só do modo clássico, de cargos e salários, mas sim buscando desafiar esses jovens, dar oportunidades de crescimento horizontal, reconhecer o trabalho. As empresas que conseguem isso acabam retendo os melhores talen-tos e transformam o clima de trabalho, deixando aquele ambiente tipicamente mecânico das indústrias para dar lugar a um local que incentiva a liberdade, a iniciativa e a inovação. Em um ambiente assim, o profissional normalmente per-manece, independentemente do cargo que ocupa e do salário que tem.

Stakeholders

DIbIAR Luis Henrique Ferreira Pinto