Sua Horta Caseira

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1 http://www.fazfacil.com.br/jardim/ horta_fruto_quiabo.html http://www.fazfacil.com.br/jardim/ fruta_pomar_caseiro.html # http://www.cantoverde.org/horta3.htm http://www.criareplantar.com.br/horticultura/ ahorticultura/ahorticultura.php? tipoConteudo=texto&idConteudo=1575 1. Sua horta caseira 1.1 - Uma horta orgânica em sua casa Nossas avós costumavam ter no quintal uma pequena horta de temperos e algumas hortaliças. Alimentos frescos para a mesa da família, produzidos em casa. Quando criança acompanhava minha mãe ao mercado e havia uma banca que vendia mudinhas diversas, das hortaliças às plantas para colocar no pomar e jardim. Com o tempo caiu em desuso e com a facilidade de compra em supermercados e feiras livres espalhadas pela cidade, aliadas ao grande aglomerado de edifícios, cultivar em casa não se usava mais. Agora, voltando às origens, as pessoas descobrem novamente o prazer deste hobby.

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http://www.fazfacil.com.br/jardim/horta_fruto_quiabo.html

http://www.fazfacil.com.br/jardim/fruta_pomar_caseiro.html #

http://www.cantoverde.org/horta3.htm

http://www.criareplantar.com.br/horticultura/ahorticultura/ahorticultura.php?tipoConteudo=texto&idConteudo=1575

1. Sua horta caseira

1.1 - Uma horta orgânica em sua casa

Nossas avós costumavam ter no quintal uma pequena horta de temperos e algumas hortaliças.

Alimentos frescos para a mesa da família, produzidos em casa.

Quando criança acompanhava minha mãe ao mercado e havia uma banca que vendia mudinhas diversas, das hortaliças às plantas para colocar no pomar e jardim.

Com o tempo caiu em desuso e com a facilidade de compra em supermercados e feiras livres espalhadas pela cidade, aliadas ao grande aglomerado de edifícios, cultivar em casa não se usava mais.

Agora, voltando às origens, as pessoas descobrem novamente o prazer deste hobby.

Para ajudá-las, elaboramos uma série de artigos, tais como o preparo do solo do canteiro, substrato para jardineiras, adubação e tratamentos contra pragas ecologicamente corretos. Para fazer e manter uma horta orgânica.

Em qualquer que seja seu espaço.

1.2 - Horta orgânica - O que é Orgânico?

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O que é orgânico?

Esta palavra está acompanhando muitos rótulos de alimentos e por vezes nos perguntamos se será moda ou propaganda para vender. Podem até ver que os produtos assim rotulados são mais caros, refletindo um gosto mais apurado do consumidor, que deverá arcar com este ônus.

Na agricultura orgânica, a observação da natureza e as pesquisas formaram conceitos e indicações de procedimentos, procurando reproduzir o que acontece naturalmente na natureza quando não há intervenção de humanos.

Nos campos não há uma espécie somente e a diversidade encontrada é o que tenta-se reproduzir, evitando a monocultura.

Também não se cultiva a mesma planta sempre no mesmo lugar.

É recomendado trocar a produção de folhosas por tubérculos ou por leguminosas.

Por exemplo: onde você produziu alfaces, poderá na cultura seguinte escolher cenouras ou então ervilhas e feijão-vagem.

As leguminosas têm capacidade de ajudar na fixação do nitrogênio no solo, beneficiando as outras culturas seguintes.

Produzir alimentos de forma orgânica significa não usar defensivos agrícolas contra moléstias e pragas de lavoura.

1.3 - Um sistema de horta em equilíbrio

Um sistema em equilíbrio não é muito afetado quando acontece uma incidência de insetos ou doenças, pois oferece maior resistência.

Para pragas e doenças usaremos os chamados remédios verdes, que são sucos e chás feitos de plantas para combaterem doenças e insetos.

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Também poderemos usar junto da horta plantas repelentes para somente afugentá-los.

Sempre lembrar que praga é apenas quando o volume de insetos nas plantas foge ao nosso controle de catação e eliminação por produtos caseiros.

Também na natureza existe um sistema de equilíbrio, feito pelos predadores.

Os insetos que comem nossas plantas são presas de outros insetos e também de pássaros que deles se alimentam, formando parte da cadeia alimentar da vida selvagem.

Quanto menos interferirmos nestes elos menor será o desequilíbrio do meio ambiente.

Também significa produzir hortaliças sem aditivos químicos e por aí passa o adubo granulado.

Usa-se composto feito de materiais descartados de cozinha e horta, produzindo o chamado adubo verde.

Leia o texto Composto orgânico para relembrar como se faz.

A adubação com composto orgânico aumenta a fertilidade do solo e sua capacidade de fornecer nutrientes para as plantas, além de propiciar mais resistência delas às doenças.

2 - Preparo da horta

2.1 - Sementeiras:

2.2 - Ferramentas básicas para horta no jardim:

Se você tem em casa, ótimo, senão as ferramentas que irá precisar para implantar e manter uma horta são: enxada grande e pequena, ancinho, pá larga para transportar substrato, pazinha de plantio, regador com jato fino, mangueira também com aspersor fino, balde.

Carrinho de jardinagem fundo, onde também poderá também fazer a mistura de adubos e areia.

E, claro, um cesto de colher, para que possa com todo o conforto e charme, por que não, fazer a colheita dos produtos que semeou e cuidou e levar para sua casa.

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2.3 - Como fazer uma peneira para a sementeira

Será interessante confeccionar uma peneira para as sementeiras. Veja o desenho :

Quatro pedaços de sarrafos presos formando um retângulo (ou quadrado, se preferir).

Nele prende-se com grampos de tapeçaria ou pregos pequenos uma tela de textura média, que se adquire em fabricas de telas, loja de materiais de construção ou agropecuárias.

Faça com cuidado dobrando a borda da tela de encontro ao sarrafo senão poderá machucar-se nas pontas.

Pronto, terá assim uma tela para peneirar terra para eliminar inços e pequenos torrões.

2.4 - Organizando a sementeira para a horta

Você pode ter um espaço, mesmo pequeno, onde fará a semeadura das hortaliças. Algumas serão semeadas diretamente no canteiro, claro, mas aquelas que precisam de repicagem, como os tomateiros, necessitam ser previamente semeadas e ter cuidados especiais.

Poderá ser a céu aberto em um canto reservado para isto.

Pode usar vários métodos, dos quais sugerimos a seguir alguns:

Caixotes de madeira :

Destes usados para comercializar frutas nos mercados.

Faça o fechamento das aberturas entre as táboas com restos de madeira ou saco plástico de embalagens, não esquecendo neste último caso de furar o saco para que a água de rega se escoe.

Coloque nele o substrato para semeadura e regue antes de colocar a semente.

Vasos, baldes e bacias:

Recipientes velhos de plástico que iria jogar no lixo. Fure o fundo com um prego quente para sair a água de rega, coloque um punhado de areia e por cima o substrato.

Regue com jato fino do regador antes de semear.

Garrafas PET:

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Para plantas do tipo aromáticas, salsas, cebolas, cebolinhas, poderá usar garrafas de água ou refrigerante e mesmo bombonas de água.

Retire a parte superior até onde começar a ficar sem inclinação. Uma tesoura comum é suficiente. Não se esquecer de furar no fundo para a drenagem.

Para moranguinhos, poderá usar uma garrafa de 2 ou 3 litros, fazer furos grandes intercalando ao redor, colocar um substrato bem leve e plantar morangueiros, oréganos ou manjerona.

Amarre bem firme um arame e suspenda num ramo forte de uma árvore.

Não esquecer de regar quando fizer a ronda de molhar o jardim.

Garrafas Pet podem ser usadas como recipientes de plantio. Porém se deixadas ao sol irão esquentar muito, acabando por danificar a planta, literalmente “cozinhando” as raízes.

Embalagens de isopor:

Quando adquirimos eletrodomésticos, muitas vezes a embalagem é maior que o objeto comprado. O destino deste material é o lixo. E o isopor não degrada, poluindo o meio ambiente e aumentando os lixões.

Caso esta embalagem tenha cavidade de no mínimo 5 cm de profundidade, poderemos usá-la como recipiente para semeadura.

Com uma agulha de tricô, furar o fundo, colocar areia e por cima o substrato.

3. Sementeira coberta

3.1 - Sementeira coberta e bandejas para semear:

3.2 - Caixa artesanal com tampa para semear

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A semeadura é feita num tipo de cultivo protegido, uma mini- estufa como a do desenho.

Esta câmara servirá para fazer as semeaduras, mas também para alguns trabalhos de jardinagem, como estaquia de ramos e folhas de ornamentais.

Trata-se de uma caixa, sem fundo, com laterais cobertas por plástico transparente ou vidro e colocada no chão.

Para fechar esta caixa, fazer uma janela com vidro ou plástico transparente. Veja o modelo.

O tamanho será de sua escolha, não faça grande demais, mínimo será de 1,0 x 1,40m x 0,40m.

Colocada no chão, dentro poderá encher até uma altura de 15 cm com o substrato para a sementeira e semear.

Se você reparou que a caixa está aberta no modelo, é porque após a semeadura você deverá todos os dias abrir um pouco, para que o ar circule, renovando o oxigênio e arejando toda a área interna.

Não e nada sofisticado, você pode fazer com madeira descartada de demolição, pedaços de sarrafo de madeireiras que são vendidos barato, pois não estão no padrão.

Para deixar a janela aberta, prender um pequeno sarrafo ou bambu ou, como no modelo, colocar um ou dois pedaços de tijolos para manter semi-aberta apenas. Deixar algumas horas assim pela manhã e depois fechar novamente.

3.3 - As bandejas para a semeadura

Poderá optar por bandejas plásticas semelhante a uma bandeja para ovos, onde poderá fazer a semeadura.

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São adquiridas em agropecuárias e poderá utilizar muitas vezes.

Não adquira as que são feitas de isopor, não são biodegradáveis.

Você perguntará: poderia usar a embalagem de ovos de papelão?

Até pode, mas o problema é que o material decompõe-se rapidamente e talvez se desmanche antes de poder transportar os torrões das mudinhas para o canteiro.

Serve apenas para a fase inicial, quando poderá repicar esta muda para bandejas ou caixotes maiores, o que duplica o trabalho.

Feita a sementeira, colocar dentro dela um substrato bem peneirado.

Poderá ser composto orgânico ou húmus de minhoca misturados em partes iguais com areia ou casca de arroz carbonizada.

Não se coloca adubo animal ou químico na sementeira.

Regue com jato fino para umedecer o substrato.

Se optar por bandejas de semeaduras, elas já vêm com alvéolos, para colocar o substrato e semear.

A vantagem é que o torrão fica assim pronto, facilitando a retirada para o canteiro.

Elas são reaproveitáveis então se vai fazer do seu hobby alguma coisa permanente, de repente valerá a pena este investimento. Se não pode usar qualquer dos recipientes que sugerimos antes.

3.4 - Plantando as sementes

Peneire a terra ou substrato escolhido, coloque na bandeja ou caixote e alise bem.

Regue com jato bem fino.

Nesta etapa não há necessidade de usar adubos.

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Para proceder ao plantio, coloque a semente em pequenas covas, abertas com o dedo ou o cabo de um instrumento de jardinagem.

A profundidade de plantio desta semente deverá obedecer às recomendações que vêm nas embalagens que adquiriu ou nas nossas recomendações.

4 - Solo

4 .1 - Preparo do solo dos canteiros

4.2 - Delineando o espaço da horta

Delinear os canteiros segundo a informação de luminosidade do espaço, para terrenos planos qualquer forma é adequada.

Em terrenos com inclinação, procurar fazer o canteiro transversal ao declive.

Fazer também uma borda mais alta para evitar que águas de enxurrada destrua o trabalho.

A borda do canteiro poderá ser feita com tijolos, pedras, garrafas PET (corte o fundo e o gargalo do mesmo tamanho e semi-enterre).

É ecologicamente correto.

Se usar garrafas de água pequenas é só cortar ao meio.

Se não quiser este material, poderá utilizar tijolos, telhas, pedras e até táboas velhas, presas a sarrafos.

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4.3 - Preparo do solo

O solo dos canteiros deve ser revolvido até 30 cm de profundidade, retirando inços, pedras e raízes.

Adicionar adubo animal de curral bem curtido, cerca de 2 kg/m² de solo.

Se colocar adubo de aves, também chamada de cama de galinheiro, poderá colocar somente a metade.

Adicionar também 50 gramas de cal apagada/ m².

A cal apagada, também chamada cal hidratada (CaOH) é fonte de cálcio para as hortaliças.

Se o solo original do seu canteiro for muito argiloso, coloque também um balde de areia para cada 2,0 m².

Misturar tudo muito bem, puxar a terra com a enxada para fazer um camalhão de 15 a 20 cm de altura, nivelar o topo do canteiro, regar e deixar assentar por alguns dias antes de plantar.

Sementes de inços brotarão e você poderá retirar antes de plantar as hortaliças.

Pode, no entanto, já deixar a borda do canteiro pronta, evitando que desabe com as chuvas.

Para começar a plantar suas hortaliças aguarde de 8 a 10 dias após a colocação destes materiais recomendados no canteiro.

Na véspera do dia de plantar, regue bem o espaço ou então aguarde por uma chuva antes.

4.4 - Canteiros: medidas ideais

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A largura do canteiro deve ser de no máximo 1,0 metros para facilitar o acesso ao meio para tirar inços ou colher.

O comprimento terá o que desejar, porém canteiros muito longos cansam o jardineiro, que precisa dar a volta quando está trabalhando.

O ideal é fazer com 3 a 4,0 metros, deixando uma passagem.

Os caminhos ao redor dos canteiros poderão ter cobertura com lajes, pisos, maravalhas ou cavacos, sendo desaconselhado o uso de britas, porque se enterram no solo e se quiser modificar o tamanho ou a posição do canteiro terá de peneirar tudo para se livrar delas.

A maravalha é produto de textura grosseira descartada pelas serrarias.

Já as aparas são pequenos cavacos que estão sendo comercializados para cobertura vegetal inerte em paisagismo em substituição à casca de pinus.

Com o intemperismo acabarão virando substrato.

5 - Horta em vasos ou jardineira

5.1 - Preparo do solo nos vasos

5.2 - Preparo do solo para jardineiras e vasos

Adquira jardineiras de cimento, cerâmica ou de plástico.

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As de cimento e cerâmica necessitam ser impermeabilizadas com piche, sendo este encontrado em diversas marcas nas ferragens e casas de materiais de construção.

Passe com pincel velho, pois terá de descartá-lo depois. Deixe secar vários dias.

No fundo terá de colocar material que possa facilitar a drenagem de chuvas e regas.

Poderá ser brita, cacos de tijolos ou vasos quebrados.

Se a jardineira for de cimento, isto aumentará seu peso.

Poderá optar pela colocação de manta não-tecido, destas de filtro de coifas de fogão.

Adquire-se nas mesmas lojas de materiais de construção.

Em cima da brita ou da manta, uma porção de areia que cubra todo o fundo da jardineira.

É para facilitar a drenagem.

Em cima, coloque o substrato já preparado.

5.3 - Substrato para horta em jardineiras

Misture 5 partes de composto orgânico de folhas ou húmus de minhoca com 1 parte de adubo animal curtido, 1 parte de areia e 1 parte de cascas de pínus.

As cascas de pínus deverão ser do tamanho pequeno.

Deixar de molho em água por no mínimo 1 semana, trocando a água todos os dias.

Os compostos fenólicos contidos na resina do pinus são tóxicos para as raízes, mas a água os dissolve.

Estas cascas servirão, assim como a areia, para tornar o substrato mais leve e poroso, garantindo a drenagem das águas.

Se não tiver interesse em fazer horta orgânica na sua forma mais radical, poderá ainda acrescentar adubo granulado NPK formulação 10-10-10, cerca de 100 gramas por jardineira de 1,0 m de comprimento.

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Adquira este adubo com a adição de cálcio na formulação, o que dispensará a adição de cal apagada.

Mas uma atenção você deverá ter: não use este granulado com cal em suas plantas ornamentais, dos gêneros azaléias, buganvileas e gardênias, que são plantas que requerem substrato ácido.

6 - Plantio das sementes

6.1 - Sementes - Estaqueamento – Luminosidade

6.2 - Sementes: plantio direto e mudas que pedem tranplante

As sementes adquiridas vêm num saquinho com proteção metálica, corte a ponta e vá deixando cair em sulcos previamente feitos.

A profundidade de plantio tem a regra geral de ser 1,5 vezes o diâmetro da semente.

As embalagens de sementes vêm com data de validade, procure não adquirir sementes já próximas desta data, pois a taxa de germinação cai muito e corre o risco de não haver emergência suficiente.

Sementes grandes podem ser semeadas em linhas, calque com o dedo no substrato e coloque a semente.

A cobertura é feita com terra peneirada seca.

Para sementes muito pequenas use um truque: misture-as com pó de café seco.

Ao peneirar sobre o substrato verá por onde passou evitando acumular sementes.

Peneire terra seca bem fina sobre tudo. Cubra a sementeira com plástico e deixe longe do sol.

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Diariamente faça uma rega com jato fino para não desalojar as sementes.

Quando notar que estão começando a germinar, por volta de 5 a 7 dias, retire o plástico durante o dia, cobrindo quando chover e à noite.

O transplante para outros recipientes poderá ser feito quando planta tiver 6 folhinhas.

As mudinhas devem ser retiradas com cuidado, poderá usar uma faquinha velha ou uma colher, evitando danificar as pequenas raízes.

Para levar para o canteiro deverá ter pelo menos 10 cm de altura. Mas isto varia conforme o tipo de planta.

Estas informações estão nas fichas de hortaliças que acompanham os textos.

Algumas plantas devem ser semeadas diretamente nos canteiros, tais como cenouras, rabanetes, feijão-vagem, ervilhas e favas.

Você encontrará o modo de preparar o canteiro nos textos correspondentes.

Com o canteiro pronto, abrir com o cabo da pazinha ou um pedacinho de ramo seco uma pequena cova, na profundidade recomendada na embalagem do fabricante.

Deposite a semente e chegue a própria terra do canteiro à semente, cobrindo-a.

Quando tiver semeado tudo, regue com jato fino do regador ou mangueira, procurando não desplantar a semente.

Será conveniente colocar a embalagem espetada num bambu no local, pois a memória pode falhar e você não ter idéia mais do que e onde semeou.

Se houver na semana da semeadura algum temporal forte com chuva pesada, procure cobrir o canteiro com tecidos velhos, evitará desastres maiores com suas plantinhas.

6.3 - Estaqueamento

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Algumas plantas, como as do pimentão, pimenta, necessitam de tutores para que se mantenham eretas.

Bambus são ótimos para isto, duráveis e fáceis de achar.

Amarre com cordão de algodão, fazendo um oito para evitar estrangular o talo.

Plantas como as do tomate, ervilhas, feijão-vagem, necessitam de treliças para se enredar, o que também pode ser feito com bambu ou sarrafos velhos.

Se fizer o canteiro deles junto a uma cerca, poderá usar a tela como suporte.

Veja os exemplos da figura 1.

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A figura 2 é um exemplo do que poderá fazer se o cultivo do tomateiro for em vaso, possibilitando você a cultivá-lo na sacada ou terraço de seu apartamento.

6.4 - Local e Luminosidade

Quem possui um espaço no terreno de sua propriedade e deseja ali construir uma horta, deve observar a incidência do sol na área e as sombras de outras plantas e edifícios. Observar de manhã e à tarde.

Raios fortes do sol tornam as alfaces, rúculas e radites com folhas mais duras e, no caso destas duas últimas, com sabor amargo mais acentuado.

A orientação para leste é o melhor para hortaliças de folhas.

No entanto, as com frutos, como tomate, pimentão e morangueiros, apreciam mais sol, então organize seus canteiros com orientação norte ou oeste.

Se o terreno é pequeno, coloque os canteiros de plantas mais altas mais para oeste, assim as plantas mais altas, como os pimentões farão sombra para as mais sensíveis.

7 - Plantio das mudas

7.1 - Dia de plantar e tarefas a seguir

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7.2 - Dia de plantar a horta

Os canteiros estão prontos e a ansiedade em iniciar logo começa a se fazer sentir.

Não pode esperar para que as mudinhas cresçam ou não tem tempo de cuidar desta parte?

No comércio do ramo, floriculturas e agropecuárias, com certeza encontrará bandejas ou caixas contendo mudinhas já no ponto de transplantar para o canteiro, propiciando a você, uma economia de tempo e espaço.

A melhor hora de plantar é de tarde, quando o sol já não está forte.

7.3 - Definindo o local das mudas no canteiro

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Se o canteiro é de alfaces, por exemplo, estique um cordão entre dois bambus para fazer uma linha reta.

Dê o espaçamento usual para a cultura (veja as fichas de hortaliças ) e vá plantando.

Na fila seguinte, troque o cordão de lugar, mas intercale, assim caberá mais plantas por metro quadrado.

Na borda do canteiro plante cebolinha, cebola, alho.

7.4 - Plantas que repelem pragas e insetos - um controle ecológico

Se quiser colorido, plante Tajetes (Tajetes sp.), ajuda a controlar os nematóides do solo e afugenta formigas e outros insetos daninhos.

E o canteiro fica bonito, claro.

Outra planta que é repelente de insetos é a hortelã (Mentha).

Como é invasora e espalha-se pelo canteiro abafando as outras plantas, nossa sugestão é que plante um ou dois tipos de hortelã num balde velho (de plástico ou metal) ou num vaso alto.

Coloque no meio do canteiro, entre suas hortaliças.

Ficará mais alta, não se espalhará no solo e agirá como guardiã de suas hortaliças.

Não se esquecer de regar o recipiente, no entanto.

Para canteiros de tomates ou pimentões coloque as plantas no meio, deixando as bordas para outras plantas mais baixas, como as citadas anteriormente, ou então rúculas e radites, que formam touceiras.

Tomates necessitam de tutores em forma de treliça ou tripés, veja os desenhos na página sobre plantio das sementes.

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As pragas que costumam aparecer são iguais para as duas.

Recomendamos, então, não plantá-las no mesmo canteiro e intercalar a cultura com canteiro de melissa e hortelã ou manjericão, que são plantas repelentes de insetos, assim como o Tajetes .

Após o plantio, regue o solo (não as plantas) com jato fino.

Repita a rega todos os dias em que não chover, assim garante água para a planta se aclimatar.

Depois de uma semana torne as regas regulares, todas as manhãs e nunca com o sol forte.

7.5 - Tarefas para cuidar da horta

O plantio foi feito, as mudas estão se desenvolvendo.

Observe se há falhas no canteiro e preencha com novas plantas para não deixar o espaço inativo.

Retire os inços assim que surgirem, eles são muito competentes em extrair nutrientes do solo e competem com as hortaliças.

Se o seu cultivo for horta orgânica, passada uma semana você poderá colocar esterco de gado dentro de um balde com água, revolver bem a mistura, coar com a peneira de jardim e aplicar este caldo ao redor das mudas de hortaliças, cuidando para não tocar nas folhas nem no colo das plantas.

Se não quer ser tão radical, poderá fazer a segunda alternativa, dissolver uma colher de sopa para cada litro de água de adubo granulado tipo NPK formulação 10-10-10 e aplicar.

Para hortas de tamanho doméstico poderá usar uma garrafa PET de 3 litros.

Sacuda bem para dissolver e coloque no solo ao redor da planta.

Antes desta operação, regue o canteiro.

Um bulbo úmido irá formar-se ao redor das raízes e quando você colocar a água com o adubo dissolvido, ele irá direto para as raízes.

8 – Cuidando da horta após o plantio

8.1 - Horta: cuidados e regas

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8.2 - Tarefas para cuidar da horta

O plantio foi feito, as mudas estão se desenvolvendo.

Observe se há falhas no canteiro e preencha com novas plantas para não deixar o espaço inativo.

Retire os inços assim que surgirem, eles são muito competentes em extrair nutrientes do solo e competem com as hortaliças.

Se o seu cultivo for horta orgânica, passada uma semana você poderá colocar esterco de gado dentro de um balde com água, revolver bem a mistura, coar com a peneira de jardim e aplicar este caldo ao redor das mudas de hortaliças, cuidando para não tocar nas folhas nem no colo das plantas.

Se não quer ser tão radical, poderá fazer a segunda alternativa, dissolver uma colher de sopa para cada litro de água de adubo granulado tipo NPK formulação 10-10-10 e aplicar.

Para hortas de tamanho doméstico poderá usar uma garrafa PET de 3 litros.

Sacuda bem para dissolver e coloque no solo ao redor da planta.

Antes desta operação, regue o canteiro.

Um bulbo úmido irá formar-se ao redor das raízes e quando você colocar a água com o adubo dissolvido, ele irá direto para as raízes.

8.3 - Regas

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Para crescer e produzir folhas e frutos as plantas necessitam de água.

Não esquecer de regar o solo das hortaliças é fundamental.

Depois que chover, abrir um pouco a terra do canteiro para verificar se a água atingiu profundidade suficiente para molhar a terra ao redor das raízes, se notar que está seco, regue.

As regas pela manhã são melhores, mas se esqueceu, regue no fim da tarde, no verão ou em locais de clima quente.

9 - Colheita na Horta

9.1 - Colhendo o que plantou

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9.2 - Colhendo no tempo certo e do jeito certo

Cada hortaliça tem seu tempo certo para colher.

Hortaliças de Folhas :

Algumas plantas de folhas, como alfaces, rúculas e radite podem fornecer várias colheitas, se você colher somente as folhas externas.

Quando adquirimos alfaces, elas vem inteiras, mas em cultivo caseiro não há necessidade de cortar toda a cabeça.

Retirando as folhas externas, terá saladas por mais longo período.

Hortaliças de Folhas mais amargas:

Rúculas, assim como radites quando crescem demasiado tendem a ficar amargas.

Se você não é fã deste sabor tão acentuado, deve começar a colher antes que fiquem demasiado grandes.

Tomates e Pimentões:

Tomates produzem flores e frutos por longo tempo continuamente, então a colheita deve começar pelos frutos mais maduros.

Os tomates-cereja têm grande produção e outras variedades também.

Uma dica é ter sempre algumas mudas crescendo, outras iniciando a produção e outras já em fase final de produção.

Assim não faltará na sua mesa.

Cebolinha, folhas de cebola e alho:

As cebolinhas e folhas de cebola e alho você deve fazer a colheita com tesoura, deixando uns 3 cm para rebrote.

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Cortar todos de uma vez.

Após a higienização, deixar escorrer a água, cortar com tesoura de cozinha ou picar fino.

Armazenar em recipientes fechados (embalagens de sorvete são excelentes) e estocar no freezer.

Você não perde a produção, terá por longo tempo e não precisará sair de casa na chuva para colher o tempero para aquele molho especial.

9.3 - Alimentos frescos à mesa e economia

Quando se produz hortaliças em casa poderemos colher todos os dias, evitando estocá-las na geladeira.

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Faz parte da satisfação do jardineiro trazer para a cozinha a produção que teve todo o trabalho de fazer.

O gosto das saladas, molhos e temperos têm sabor e aroma diferente.

E nem estamos falando em economia, somente sentindo a alegria do trabalho bem feito e do sucesso que coroou seus esforços.

Mas falando em economia, ao iniciar sua horta, faça anotações de tudo que comprou.

Ferramentas são bens duráveis, seu valor será compensado com o tempo.

Anote sementes, mudas, substratos, adubo.

Calcule seu tempo dispendido nas tarefas como se fosse contratar um jardineiro por dia para cuidar de tudo.

Comece a anotar toda a produção e compare a qualidade e quantidade do produto.

Veja os valores que estaria pagando no mercado. Faça seus cálculos.

Será surpreendente o que descobrirá.

10 - Calendário da horta

10.1 - Calendário de semeadura e cultivo de hortaliças

10.2 - Saiba a melhor época para plantar sua horta.

Em ordem alfabética da letra A à letra F.

As hortaliças destacadas em verde contém um link com ficha detalhada de seu cultivo.

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Observação:

* Espaçamento entre plantas/fila

10.2 - Calendário de semeadura e cultivo de hortaliças 2

Em ordem alfabética da letra J à letra T.

As hortaliças destacadas em verde contém um link com ficha detalhada de seu cultivo.

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Observação:

* Espaçamento entre plantas/fila

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11 – Hortaliças de folhas:

11.1 - Como plantar Alface

Ficha Técnica da Lactuca Sativa

11.2 - O pé de alface

Nome Técnico:

Lactuca sativa

Nomes Populares :

Alface

Família:

Angiospermae – Família Asteraceae.,

Origem:

Nativa da Ásia, cultivada desde a Antiguidade

11.3 Descrição:

É uma planta anual, de ciclo curto, com caule curto, sumarento que atinge até 0,25 m de altura.

As folhas são dispostas imbricadas ao redor deste caule, formando uma roseta.

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As folhas são verdes, inteiras, podendo, conforme a variedade apresentar-se lisas, crespas, recortadas.

Inclusive coloridas, verde-arroxeadas.

As suas flores são pequenas margaridas amarelas, reunidas em inflorescência do tipo panícula e que surgem ao final de um ciclo.

11.4 - Modo de Cultivo conforme as diferentes variedades:

As variedades de alfaces produzidas no país são agrupadas pelo seu tipo e conhecidas pelos nomes de romana, cabeça lisa, cabeça crespa, de folha e de haste.

O modo de cultivo é o mesmo, porém as diferenças de climas produzem tipos comerciais diferentes.

As mais cultivadas são as de cabeça lisa e crespa.

Alface de cabeça lisa:

A alface de cabeça lisa tem folhas macias e é uma das mais apreciadas.

As variedades deste tipo são conhecidas como Repolhuda francesa, Gigante e Sem rival, sendo que a alface romana é a mais indicada para produção em pequenas hortas caseiras.

Existem muitas outras variedades, mas apresentaremos duas em detalhes para que possa cultivar na sua horta.

Alface romana branca:

Alface romana branca de Paris - tem a cabeça repolhuda ereta com 20 a 30 cm de altura e 20 a 30 cm de diâmetro e folhas compridas, ovaladas, lisas, consistentes e de cor verde-clara.

Seu plantio vai de fevereiro a agosto para a Região Sul, de abril a julho demais Regiões.

A temperatura melhor para seu cultivo é a de 24 ºC, mas tolera mínimas de 2 ºC e máximas de 29 ºC.

Seu ciclo é de 65 dias no verão e até 85 dias nos meses frios.

Deve ser plantada com espaçamento de 30 x 30 cm nos canteiros para desenvolver uma boa formação.

As sementeiras deverão ser preparadas com terra peneirada ou casca de arroz carbonizada, nivelar e regar com jato fino.

Colocar 2 a 3 sementes por célula, se usar sementeira do tipo comercial.

A germinação ocorre em torno de 4 a 7 dias e somente deverá ser transplantada para canteiro quando atingir de 5 a 6 cm.

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A colheita da cabeça inteira ocorre em torno de 65 dias após, no verão e 85 dias nos meses frios.

Alface americana:

Alface americana – conhecida pela sua cabeça mais dura, de folhas crocantes verde-claro, saborosas e suculentas.

Seu ciclo é de 70 dias no verão e de 90 dias no inverno.

O tamanho desta planta oscila entre 20 a 30 cm de diâmetro.

É resistente ao calor e ao patógeno Rhizoctonia solani.

Deverá ser semeada em sementeira de alvéolos do tipo comercial ou em caixotes.

O substrato da sementeira poderá ser feito com terra comum de canteiro ou casca de arroz carbonizada.

Nivele e umedeça antes de semear.

Nos alvéolos e nas covas colocar entre 2 a 3 sementes.

Regar todos os dias de manhã ou então à tardinha.

A germinação ocorre entre 4 a 7 dias e transplanta-se as mudinhas quando tiverem 5 a 6 cm de altura para canteiro preparado com adubo animal curtido, cerca de 150 g/m².

Se seu cultivo não for orgânico, acrescente 30 g/m² de adubo granulado tipo NPK formulação 10-10-10.

O espaçamento da cultura é de 30 cm entre linhas e 30 cm entre plantas.

A colheita da cabeça poderá ser feita com 70 dias no verão e 90 dias no inverno.

É uma planta de simples cultivo e pode ser semeada em qualquer época do ano e cultivada em todo o país.

11.5 - Receita natural para combater insetos :

Insetos sempre aparecem para comer o que estamos cultivando.

Poderemos fazer um suco de plantas para afugentá-los.

A receita é simples, mas dá certo: fazer um suco com um punhado de folhas de tomateiro, 2 dentes de alho descascados e 2 pimentas dedo-de-moça vermelhas.

Bater no liquidificador, coar e por no aspersor, borrifando todas as plantas atacadas por insetos mastigadores.

O suco não mata o inseto, mas ele será afugentado.

Uma horta caseira deve ser ecologicamente correta.

11.6 - Como plantar Couve

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Ficha Técnica da Brassica oleracea

11.7 - O pé de couve

Nome Técnico:

Brassica oleracea

Nomes Populares:

Couve

Família:

Angiospermae – Família Brassicaceae

Origem:

Originário da Europa

11.8 - Descrição:

Planta herbácea com tempo indefinido de produção, considerada muitas vezes bianual em cultivos comerciais.

Caule ereto, por vezes longo com folhas grandes, coriáceas, coloração verde-claro a escuro conforme a variedade pode atingir cerca de 60 a 1,0 metro de altura.

Podem ser onduladas e denteadas na borda, podendo formar cabeças na parte superior quando se prepara para florir.

Suas flores são brancas ou amareladas, pequenas seguidas de fruto do tipo síliqua.

As folhas têm sabor pungente, sendo consumidas cozidas em diversos tipos de receitas.

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11.9 - Modo de Cultivo conforme as diferentes variedades:

Dentre as inúmeras variedades encontradas no comércio, escolhemos duas para detalhar: a couve-manteira e a couve-tronchuda.

11.10 - Couve-manteiga

As folhas são lisas, cor verde-acinzentada a escura.

Suas sementes podem produzir um broto comestível de sabor muito bom.

O ciclo desta planta em produção é de 100 dias para o verão aumentando alguns dias a mais em épocas frias.

Pode ser cultivada em todo o país, não havendo data especial de plantio.

É uma planta tolerante a fatores climáticos, produzindo em regiões quentes e frias.

Cultivo:

Pode ser semeada em caixotes com terra peneirada ou casca de arroz carbonizada, nivelada e úmida.

Colocar 2 a 3 sementes por célula se usar bandeja de semeadura ou cova se usar caixote.

A profundidade de plantio é de 0,5 cm. Cobrir a semente com terra seca peneirada e regar.

Repetir a rega todos os dias até que esteja com 10 cm de altura, quando então poderá proceder ao transplante.

A germinação ocorre em torno de 5 a 10 dias e deverá esperar até que cresça uns 8 cm de altura para levar ao canteiro.

Preparar o solo do canteiro revolvendo bem a terra e adicionando de 2 a 5 kg/ m² de adubo animal bem curtido.

Caso sua horta não seja completamente orgânica poderá acrescentar adubo granulado NPK formulação 10-10-10, cerca de 30 g/m².

Nivelar e fazer linhas de plantio, com espaçamento de 100 x 50 cm.

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A colheita, quando em produção comercial pode ser feita com 100 dias, mas para cultivo em horta doméstica bem antes disto você já poderá começar a retirar as folhas maiores para suas receitas.

11.11 - Couve-tronchuda

As folhas são verde-escuras com nervuras sallientes, tenras e macias.

A planta atinge altura até uns 90 cm, menor que a couve-manteiga.

É tolerante a fatores climáticos diversos e pode ser cultivada em todo o país.

A época de plantio é de fevereiro a novembro para a Região Sul e Sudeste e de março a maio para as restantes regiões do país.

Cultivo:

Deve ser plantada primeiro em sementeira de bandeja ou caixote, com terra peneirada ou casca de arroz carbonizada, nivelada e umedecida. As sementes são pequenas, cerca de 1 grama pode conter 275 unidades, segundo um distribuidor.

Colocar 2 a 3 sementes por cova ou por célula, numa profundidade de 0,5 cm.

Cobrir com terra seca peneirada e regar.

Regar todos os dias.

A germinação ocorre de 5 a 10 dias após a semeadura e deverá esperar crescer até que tenha 8 cm para transplantar para canteiro.

Preparar o canteiro, destorroando, adubando com adubo animal de curral bem curtido, cerca de 2 kg/m² e misturando bem.

Nivelar e alisar a terra do canteiro e regar.

Aguardar pelo menos alguns dias antes de plantar.

Utilizar um cordão e dois pedaços de sarrafo ou bambu, para dar alinhamento de plantio.

O espaçamento da cultura é de 1,0 metro entre linhas e 0,50 m entre plantas.

No início parece muito, mas as plantas crescem e então se desenvolverão melhor se não estiverem apertadas no canteiro.

Cultivo Misto:

Caso seu cultivo seja um conjunto de plantas, colocar as couves no meio do canteiro, plantando outras hortaliças mais baixas, tipo alface, rúcula, radite na frente e alguns temperos de bordadura, como por exemplo cebolinha e alho.

Repelindo insetos:

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Uma boa dica é plantar plantas repelentes de insetos, como o tajetes (Tajetes sp.) em bordadura ou em vasos altos, espalhando entre as plantas do canteiro.

Se apreciar o aroma, a arruda (Ruta graviolens), uma aromática, também pode servir.

Insetos do tipo besourinho das couves e gafanhotos serão afastados por elas.

Também é possível fazer sucos de plantas da horta mesmo, para afugentar insetos.

A receita é simples: fazer uma suco com um punhado de folhas de tomateiro, 2 pimentas dedo-de-moça vermelhas e 2 dentes de alho.

Bater no liquidificador, coar e por no aspersor, borrifando todas as plantas atacadas por insetos mastigadores.

O suco não mata o inseto, mas ele será afugentado.

Na horta caseira evitamos venenos, é mais saudável para a saúde.

12 – Hortaliças de frutos:

12.1.1 - Como plantar o chuchu

Cultivo do Sechium edule

12.1. 2 - O pé de chuchu

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Nome Botanico:

Sechium edule (Jacq.) Swartz

Nomes Populares:

Chuchu

Família:

Angiospermae – Família Cucurbitaceae

Origem:

América Centra

12.1. 3 - Descrição:

O chuchu é um fruto, a planta se chama chuchuzeiro ou simplesmente pé-de-chuchu.

É uma herbácea trepadeira, com caules flexíveis e grossos, folhas grandes cordadas e os ramos têm a presença de gavinhas que se prendem a tudo e apoiam a planta.

Seu tamanho é difícil de precisar, pois se ramifica muito e forma grandes latadas, mas deve ficar em torno de 6,0 metros de ramo principal.

Tem uma duração de produção de 3 anos, mas em cultivo caseiro poderá durar muito mais.

As flores são brancas e pequenas, seguidas de frutos ovais grandes de forma característica, na cor creme, verde-clara ou verde escuro, ambos com polpa dura com mucilagem.

Alguns podem ter uma espécie de espinho.

12.1. 4 - Modo de Cultivo :

Local ensolarado, clima ameno e solo rico em matéria orgânica e bem drenado.

A planta é sensível às geadas, então seu cultivo é mais adequado às regiões de invernos mais amenos.

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Semeadura direta em canteiro e solo:

O chuchuzeiro é cultivado a partir do plantio de um fruto maduro, quando a ponta mais larga começa a se abrir, por vezes até já brotando o primeiro ramo.

Preparar a cova de plantio com adubo animal de curral bem curtido, cerca de 1 kg por muda, adicionando 100 gramas de adubo NPK formulação 4-14-8 e composto orgânico, misturando e regando.

Colocar o fruto e completar com o composto orgânico.

Plantar junto a tutor, espaldeira ou cerca, pois tende a crescer muito.

Para produção usar o espaçamento de 5,0 x 5,0 metros.

A cada mês repor os nutrientes com o mesmo tipo de mistura recomendada para plantio.

A melhor época para iniciar um cultivo fica no verão para a região Sul e Sudeste e para a estação das chuvas nas demais regiões.

Dicas e cuidados no cultivo do chuchu:

Os tratos culturais para o chuchuzeiro são simples, conduzir a planta na latada ou espaldeira.

Esta pode ser feita com moirões enterrados e fios de arame esticados e bem amarrados, com orientação para o Norte, assim haverá maior luminosidade para a planta.

O controle de inços também é necessário para evitar a competição.

Para quem irá cultivar na horta caseira, plantar o chuchu num caramanchão, a planta após fechar o espaço dá uma boa sombra, podendo ser a estrutura usada para colocar mesas e cadeiras para um lazer familiar.

São poucos os insetos que surgem para atacar a planta, mas nematóides, ácaros e lesmas podem causar problemas.

O plantio de plantas repelentes, como o tajetes (Tajete patula), a arruda (Ruta graveolens) podem contornar o problema.

Para lesmas usar cinzas da lareira ou do fogão (não pode ser de churrasqueira que contém sal) espalhadas pelos canteiros.

Também iscas atrativas podem ser usadas.

Colheita:

A colheita pode ser feita ao longo do ano, conforme a região.

Os frutos recém formados são comercializados para a confecção de picles e os maiores são colhidos já formados.

Não esperar para que amadureçam muito, pois ficam duros e sem gosto.

12.1.5 - Propriedades do chuchu

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O chuchu é de fácil digestão, devendo ser consumido cozido, em forma de salada, ensopados ou em sopas.

É rico em potássio, vitaminas A e C.

Uma dica: cozinhar o chuchu no vapor, descascado e cortado em fatias de 5 mm.

Quando estiver cozido mas ainda crocante, passar na água gelada para parar o cozimento.

Escorrer e temperar com azeite de oliva com ervas ou simplesmente com azeite de oliva, jogando salsinha e cebolinha com folhinhas secas de tomilho.

12.2 - Como plantar ervilha

Cultivo do Pisum sativum

12.2.1 - O pé de ervilha

Nome Técnico:

Pisum sativum

Nomes Populares :

Ervilha

Família:

Angiospermae – Família Fabaceae

12.2.2 - Descrição:

Planta herbácea anual tipo trepadeira ou prostrada, caule flexível, folhas simples e flores características das leguminosas.

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O fruto é um legume, também chamada de vagem, com sementes globosas, verdes, saborosas.

Tem ciclo de 70 dias na média e pode ser cultivada em quase todo o país.

12.2.3 - Modo de Cultivo:

A ervilha é cultivada em lavouras, mas nada impede que você tenha este legume na sua horta.

Irá precisar de um espaço razoável para que sua produção não seja muito pequena.

Recomendamos que use uma cerca ou faça uma espaldeira de bambus, ao longo de muros ensolarados na sua horta.

Pode ser cultivada em todo o país, mas será mais produtiva em locais de clima ameno a mais frio e de menor umidade ambiente.

Tem bom desenvolvimento com temperaturas a partir de 12º C, mas acima de 30º C poderá ser prejudicada, bem como com a incidência de geada durante sua fase de floração.

O local deve ser ensolarado e o solo fértil e rico em matéria orgânica, além de permeável e solto.

A acidez é importante para a cultura, o pH ideal de cultivo fica em torno de 5,5 e 6,8.

Fazer análise de solos e realizar a necessária a correção recomendada, utilizando de preferência calcáreo dolomítico, bem moído.

Semeadura direta em canteiro e solo:

Preparar o canteiro, revolvendo a terra e retirando inços, pedras e restos de outras culturas.

Para a horta caseira recomendamos que seja feito um buraco de 20 x 20 cm, onde será colocado adubo animal de curral bem curtido, cerca de 200 gramas, além de adubo granulado tipo NPK com formulação 4-30-16, misturando com a terra do canteiro.

Deixar 5 cm de profundidade, colocar de 5 a 8 sementes e fechar com terra.

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Usar espaçamento de 30 x 80 cm, colocando bambus para tutorar a muda.

Após o término do plantio, regar bem e nos próximos dias regar todos os dias se não houver chuvas.

Depois de 5 a 8 dias, ocorrerá a emergência das mudas.

Quando as plantinhas estiverem com 15 cm proceder ao raleio, retirando as plantas mais débeis, deixando cerca de 5 plantas por espaço.

A época de cultivo para a Região Sul e Sudeste de março a setembro, para a Região Leste de abril a agosto e para as demais regiões de maio a julho.

Dicas e cuidados no cultivo da ervilha:

Os tratos culturais para a ervilha são de controle de inços e de ataque por insetos.

As regas deverão ser regulares, principalmente da emergência até o início do cultivo, depois espaçar as regas, pois a ervilha não suporta solos encharcados.

Os insetos que mais atacam a cultura são os percevejos verdes, as lagartas e o tripes, que na horta caseira combateremos com nossos chás ecológicos de plantas repelentes.

Um vaso de hortelã colocado no meio do canteiro ajuda a afastar os insetos.

Também podemos colocar as ervilhas junto com pepinos, milho, rabanetes e cenouras, que são plantas companheiras desta cultura.

A colheita da ervilha é feita quando os grãos estiverem desenvolvidos, antes de secar a vagem.

12.2.4 – Curiosidades

Os maiores produtores mundiais de ervilhas são os Estados Unidos, a Índia e a China. O Brasil, o Peru e o Chile também são produtores.

Nosso país importa grande parte desta leguminosa, fator este que mostra a evidência da grande potencialidade deste grão para produção

12.3 - Como plantar vagem.

Ficha Técnica do Faseolus vulgaris

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12.3.1 - O pé de feijão vagem

Nome Técnico:

Phaseolus vulgaris

Nomes Populares:

Feijão-vagem, vagem

Família:

Angiospermae – Família Fabaceae

Origem:

Originário da América Central.

12.3.2 - Descrição:

Planta herbácea de caule flexível com folhas compostas verdes e flores branco-avioletadas, seguidas de frutos do tipo vagem.

Podemos encontrar as plantas anãs e as trepadeiras, esta podendo atingir até 3,0m de comprimento.

Os frutos podem ser tipo macarrão, de vagens cilíndricas e as de vagem achatadas.

Pelo país todo encontramos diferentes variedades, adaptadas às regiões.

Dentre elas citamos as variedades Brasília, Andra e Argus como a do tipo de vagem cilíndrica e Mimoso, Chata e Maravilha como as de vagem achatada.

12.3.3 - Modo de Cultivo:

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Nas regiões mais quentes do país, o plantio fica nos meses de abril a junho, nas regiões frias de agosto a março.

Nas regiões de clima ameno podem cultivar o ano todo.

A temperatura ideal para a vagem é de 27 ºC , com 16 ºC para a mínima e de 35 ºC para a máxima.

A planta não tolera geadas nem ventos frios. O vento forte prejudica a polinização e pode ocasionar a queda das flores por falta de água.

Semeadura direta em canteiro e solo:

O ciclo da cultura é em geral de 60 dias no verão e a semeadura é direta em canteiros preparados, com semeadura manual.

Nas lavouras comerciais ela é feita por máquinas.

Para a horta caseira, deveremos preparar o canteiro, limpando os inços, destorroando e adubando com adubo animal cerca de 3 litros/ m² e composto orgânico, misturando bem e regando.

O composto orgânico poderá ser adquirido ou aquele que se faz em casa, veja o artigo de compostagem sobre o assunto.

O solo melhor para esta cultura é o argilo-arenoso, com bom teor de matéria orgânica.

Após a preparação do canteiro a semeadura é feita em covas, com profundidade de 2,5 cm, colocar 2 a 3 sementes por cova em espaçamento de 0,80 m entre linhas e 0,30 m entre plantas.

Cobrir com terra peneirada e regar.

Regar todos os dias.

Após a emergência e quando as plantas tiverem 15 cm, colocar tutores de bambu ou sarrafos, conduzindo a muda à medida que cresce.

As variedades trepadeiras necessitarão de uma treliça de bambu, madeira ou tela esticada.

Uma boa dica é plantar o feijão na cerca da horta.

Dicas e cuidados no cultivo orgânico da vagem:

Adubações posteriores poderão ser feitas com a aplicação de estrume líquido, que se faz colocando adubo animal em imersão de água, coando numa peneira de jardim e colocando ao redor das mudas.

Para hortas não orgânicas, poderá ser feita a aplicação de NPK formulação 10-10-10 no período de crescimento da planta.

Para as plantas trepadeiras é necessário colocar terra junto à muda, evitando o aparecimento das raízes.

Poderá colocar junto folhas secas para diminuir a evaporação da água das regas ou chuvas.

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O feijão aceita cultivo companheiro: faça ao redor do canteiro plantio de rabanete, nabo ou cenoura.

A colheita das variedades rasteiras costuma acontecer após 50 dias depois do plantio e para as do tipo trepador, por volta dos 70 dias.

Vages cilíndricas estão ótimas para consumo quando atingem 15 cm e para as do tipo chato quando tem 23 cm.

A prova é colher uma vagem e quebrar na mão, se estão tenras estão no ponto.

Se esperar muito os grãos se desenvolverão e a parede da vagem ficará dura e seca.

12.3.4 - Doenças do feijão-vagem - tratamento ecológico

As doenças que aparecem na cultura são oídio, mancha de fusarium e ferrugens entre outras e os insetos que aparecem para comer as folhas são ácaros, tripes, pulgões, lesmas e lagartas.

Para evitar este pessoal todo, a nível de horta caseira e ecológica, não usaremos venenos, mas uma dica boa é usar um suco feito de folhas de tomateiro com dois dentes de alho, duas pimentas dedo-de-moça e um maço de hortelã.

Bater no liquidificador, coar, por no aspersor e aplicar.

Insetos mastigadores irão para longe e fungos oportunistas serão combatidas pelo alho.

As lesmas poderemos manter afastadas da cultura espalhando cinzas de fogão ou lareira no canteiro.

E não vamos esquecer daquela plantinha mágica chamada Tajete (Tajetes) que deverá ser plantada ao redor de todo o canteiro.

Defende dos nematóides e repele muitos insetos.

12.4 - Como plantar pepino

Cultivo do Cucumis sativus

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12.4.1 - O pé de pepino

Nome Botanico:

Cucumis sativus L.

Nomes Populares :

Pepino

Família:

Angiospermae – Família Cucurbitaceae

Origem:

Índia

12.4.2 - Descrição:

Planta herbácea de ciclo curto, monóica, de característica rasteira e de tamanho indefinido.

O caule é anguloso e as folhas são recortadas e ásperas.

As flores apresentam-se masculinas ou femininas na mesma planta e a polinização é feita por abelhas, principalmente.

A flor feminina tem pétalas amareladas, tem cerca de 2 a 3 cm de diâmetro e são solitárias.

As flores masculinas são em maior número, apresentam-se em grupo e tem pedúnculo bem curto.

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12.4.3 - Modo de Cultivo:

Cultiva-se o pepino em locais ensolarados, de clima ameno a quente, pois a planta não tolera geada nem temperaturas menores do que 15 ºC.

Na horta caseira escolher um local junto a cercas em canteiros unitários, pois a planta invade os espaços e sufoca as vizinhas.

É preferível o seu cultivo em estacas ou cercas, o fruto fica limpo e perfeito, melhor que a produção no chão.

O solo de cultivo ideal é o areno-argiloso, fértil, rico em matéria orgânica e sem acidez acentuada.

Para plantio comerciais deverá ser feita a necessária análise de solos para correção do pH para 5,8 ou 6,8.

Semeadura direta em canteiro e solo:

O cultivo é a partir de sementes, adquirindo-se em agropecuárias ou supermercados.

Olhar o prazo de validade das sementes, não adquirindo aquelas que têm um prazo já vencendo, com baixo poder germinativo.

Fazer a cova de plantio adicionando adubo animal de curral bem curtido, 100 gramas de adubo NPK 4-14-8, húmus de minhoca e 1 colher de cal hidratada, misturando tudo para incorporar bem.

Usar o espaçamento de 1,0 m x 0,50 m entre as covas. Colocar de 3 a 4 sementes/cova.

Após a emergência, fazer o raleio, retirando as mudas mais débeis e deixando apenas 2 a 3 plantas/cova.

Dicas e cuidados no cultivo do pepino:

Os cuidados com a planta são controle de inços, adubações de cobertura e condução das mudas.

Os inços são controlados pela capina, cuidando para não danificar o caule da planta cultivada.

Para uma produção a recomendação é a adubação de cobertura feita com sulfato de amônio em 3 aplicações com intervalo de 1 mês.

A condução é feita controlando seu crescimento e fazendo a desponta do broto apical da haste principal.

Isto propicia ramificações laterais com maior quantidade de flores.

Também é importante o controle de pragas, para o pepino são algumas doenças, como míldio, antracnose, mancha angular e outras, que deverão ser controladas segundo recomendações de técnicos.

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A irrigação é importante para esta cultura.

A primeira fase é a mais crítica, quando a planta está em crescimento, necessitando de maior quantidade de água.

Quando o fruto está se formando poderá ser reduzida, pois o enraizamento definitivo já ocorreu, possibilitando maior captação da umidade e nutrientes.

Colheita:

Após 50 ou 60 dias estamos prontos para começar a colher os frutos, quando o pepino atinge o tamanho de 20 cm e com a cor da casca verde-clara.

Isto irá variar conforme a variedade utilizada.

O usado para picles é colhido bem pequeno, para melhor aparência.

Na embalagem de sementes estará especificado que tipo de pepino irá cultivar.

12.4.4 - Uso alimentar e cosmético do pepino

O pepino é um fruto de baixa caloria, contém vitamina C, potássio e vitamina A, que está contida na casca.

Podem ser consumido em saladas, sopas frias e picles.

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Sua polpa macerada pode ser usada em aplicação de máscara facial para peles avermelhadas pelo sol.

O pepino é muito usado em cosmética para a confecção de cremes, loções, hidratantes e xampus.

12.5 - Cultivo do Pimentão

Ficha Técnica do Capsicuum anuum

12.5.1 - O pimentão

Nome Técnico:

Capsicuum anuum

Nomes Populares:

Pimentão

Família:

Angiospermae – Solanaceae

Origem:

Nativo da América Latina

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12.5.2 - Descrição:

Planta herbácea de caule também herbáceo, folhas ovais acuminadas de cor verde-escura.

Flores brancas seguidas de frutos carnosos e ocos com muitas sementes.

O nome é o mesmo das pimentas, mas o pimentão não é ardido como aquelas.

Tem alto valor nutritivo em vitaminas A e C, além de cálcio, fósforo e ferro.

Inúmeras variedades existem para cultivo no mercado, citamos dentre eles Magda, Avelar e Yoko Wonder.

12.5.3 - Modo de Cultivo

Pode ser cultivado de agosto a janeiro nas regiões Sul e Sudeste, e de março a outubro nas demais Regiões do país.

É uma planta pouco tolerante ao frio e a temperatura ideal de cultivo fica em torno dos 18 até 25 ºC.

O ciclo fica em torno de 100 dias, conforme a variedade.

Semeadura:

Preparar a sementeira comercial ou caixote com terra bem peneirada e úmedecer antes de semear.

Colocar 2 a 3 sementes por alvéolo ou cova, na profundidade de 1 cm e cobrir com terra peneirada.

Regar todos os dias.

Quando as plantas tiverem 15 cm de altura, levar para plantio em canteiro preparado.

Solo e transplante em canteiro definitivo:

O canteiro definitivo deverá ser bem trabalhado.

O solo melhor para cultivar pimentões é o areno-argiloso com acidez média e bem drenado.

Revolver até 25 cm de profundidade e acrescentar Adubo animal de curral bem decomposto, cerca de 1 a 2 kg/m², misturando bem com a terra do canteiro.

Nivelar e regar, aguardando alguns dias até as plantas atingirem o tamanho adequado para transplante.

Plantar com espaçamento de 0,80 m entre linhas e 0,40 m entre plantas.

Colocar um tutor de bambu e amarrar a planta para evitar que tombe.

Regar a cada dois dias quando não houver chuvas.

12.5.4 - Cuidados de manutenção e Pragas

Uma prática de cuidados com as plantas: é necessário retirar os brotos das primeiras hastes para incentivar as demais gemas.

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Os inços oferecem grande competitividade para o pimentão, então manter o canteiro livre de ervas daninhas.

Os insetos que aparecem para comer a planta são pulgões, ácaros, besouros, lagarta-rosca, entre outros.

Para tratamento caseiro utilizar um suco feito com 2 dentes de alho, 2 pimentas dedo-de-moça e folhas de tomateiro e hortelã.

Bater no liquidificador, coar, colocar no aspersor e pulverizar.

Este suco liquida com os pulgões e os insetos mastigadores costumam ser afugentados pelo produto.

Um produto comercial mais inócuo e ecologicamente correto é o óleo de neem, que poderá ser aplicado.

Aguardar pelo menos 10 dias depois da aplicação para colher os frutos para consumo.

Colheita :

A colheita poderá ser feita após 100 dias depois da semeadura, dados estes que poderão ser diferentes em dias conforme a variedade.

12.6 - Um pé de quiabo

Ficha Técnica do Abelmoschus esculentus

12.6.1 - o pé de quiabo – quiabeiro

Nome Técnico:

Abelmoschus esculentus (L.)Moench

Nomes Populares :

Quiabo

Família :

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Angiospermae – Família Malvaceae

Origem:

Originário da África, acredita-se que introduzido no Brasil na época dos escravos.

12.6.2 - Descrição:

O quiabeiro é um arbusto de até 3,0 m de altura, conforme a variedade, de folhas grandes, lobadas e pilosas com até 30 cm de comprimento e flores branco-amareladas com centro escuro, semelhantes a um hibisco simples, pois são da mesma família.

Os frutos são alongados e estreitos, fibrosos e com sementes claras e redondas.

Pode se apresentar na cor verde, avioletado e vermelho.

É rico em vitamina A, C e B1.

12.6.3 - Modo de Cultivo :

É uma planta que somente pode ser cultivada em regiões quentes, a temperatura mínima de cultivo é de 15 ºC.

O florescimento e frutificação ocorre ao longo do ciclo da planta.

Semeadura:

Para proceder à semeadura, utilizar saquinhos ou copinhos de jornal com substrato feito de casca de arroz carbonizada, húmus de minhoca e casca de pínus tamanho pequeno, colocando 1 semente por copo.

Para semear deixar as sementes de molho em água por pelo menos 24 horas.

O quiabeiro tem sementes com cascas muito duras com uma camada impermeável que dificulta a penetração da água para iniciar o processo de germinação.

É mais interessante realizar a semeadura em local protegido para levar a campo quando atingirem o tamanho adequado

Solo e transplante em canteiro definitivo :

A preparação do canteiro deve ser feita como igual para outras culturas.

Será necessário para cultivo comercial a análise de solos para verificação da acidez e fertilidade.

Para cultivo em horta caseira delinear os canteiros, colocar adubo animal curtido, cerca de 2 kg/m², acrescentando adubo granulado NPK formulação 20-10-20 mais micronutrientes, cuidando par aadquirir aquele que inclui cálcio.

Colocar cerca de 100 gramas por cova, misturando bem a terra.

Colocar a muda, apertar para fixar no solo, regando a seguir. Quando as plantas atingirem 15 cm poderá levar a canteiro.

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O espaçamento no canteiro pode ser de 0,50 m entre plantas e de 0,60 até 1,40m entre linhas, sendo que o espaçamento maior pode beneficiar a melhor formação da muda e, portanto, mais frutos.

Para plantio caseiro, colocar o quiabeiro no meio do canteiro ou se este for junto a muros, mais para o fundo, desde que receba a luz direta do sol.

Fazer consorciação com tajetes(Tajetes sp.), que ajuda a combater os nematóides do solo, pois o quiabeiro é muito sensível a esta praga.

Plantar as mudas de tajetes na borda do canteiro e até ao redor do quiabeiro, mantendo uns 30 cm de distância da muda.

12.6.4 - Florescimento e Colheita

O florescimento se inicia em torno de 2 até 4 meses após o plantio.

Para guardar as sementes para novo plantio deverá colocar em recipientes fechados e na geladeira, pois as sementes são oleaginosas e rançam facilmente. Sementes podem ser estocadas até 5 anos sem perder o poder germinativo.

A colheita deve ser feita quando os frutos atingem em torno de 6 a 8 cm de comprimento, antes que as sementes amadureçam, quando então a polpa torna-se ruim para consumo, muito fibrosas e secas.

12.7 - Cultivo orgânico do tomate

Ficha Técnica do Lycopersicum suculentum

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12.7.1 - O pé de tomate

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Nome Técnico:

Lycopersicum sculentum

Nomes Populares:

Tomateiro, tomate

Família

Angiospermae – Família Solanaceae

Origem:

Originário da América do Sul.

12.7.2 – Descrição:

Planta herbácea de caule flexível de crescimento indeterminado, folhas compostas, pilosas, cor verde-clara perfumadas.

Flores brancas seguidas de frutos globosos, variando a forma para redondos e cilíndricos e também o tamanho conforme a variedade.

Algumas das cultivadas no país são Santa Cruz, Caqui, Agela, Cereja, Italiano, Salada, entre tantas.

Os tomateiros, em geral, apreciam climas mais quentes, com temperaturas anuais em torno de 15 a 30 ºC.

A melhor temperatura de cultivo para este tomateiro é de 29ºC, mas tolera mínimas de 10ºC até máximas de 35 ºC.

Calor e umidade são prejudiciais à cultura, que pode desenvolver doenças.

Dentre as inúmeras variedades, citamos o tomate-cereja, de frutos bem pequenos, até 3 a 4 cm de diâmetro, globosos, de polpa fina e aquosa com muitas sementes pequenas, sabor bem ácido a doce.

É usado como salada e para enfeite de receitas.

Sua época de produção comercial é de agosto a fevereiro na Região sul e sudeste e de maio a ooutubro nas demais regiões do país.

Seu ciclo é de 90 dias no verão.

Já o tomate rasteiro Rio Grande - também conhecido como Salada, tem fruto de forma globosa e achatado, cor vermelha quando maduro.

Muito cultivado para uso industrial, é resistente a algumas doenças que acometem a cultura.

12.7.3 - Modo de Cultivo :

Seu cultivo é de agosto a dezembro na Região Sul e Sudeste e de março a outubro nas demais.

Semeadura:

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12.7.4 - Semear em sementeira apropriada ou em caixotes, com terra compostada.

Pode também ser semeado em copos plásticos, furados no fundo.

Este composto pode ser adquirido no comércio ou feito em casa, com restos vegetais oriundos da cozinha, aparas de grama e adubo animal.

Veja como preparar seu composto em casa em todos os detalhes.

Peneirar para afinar os grânulos da terra e colocar no caixote ou sementeira.

Umedecer com água numa rega com jato bem fino.

Semear, colocando em cada alvéolo (ou cova) 2 a 3 sementes. Cobrir com terra peneirada e regar.

Regar todos os dias com jato fino.

Cobrir com plástico para evitar perda da umidade.

A emergência pode variar segundo a temperatura, mas fica em torno de 15 a 25 dias.

12.7.5 - Transplante no canteiro definitivo e cuidados com o solo:

Quando inicar seu crescimento, poderá fazer o desbaste deixando as mudas mais fortes, cortando com tesoura rente à terra.

Levar para canteiros com terra preparada, o que se dará por volta de 30 dias após a semeadura.

O espaçamento para o tomate cereja é de 1,0 m entre linhas e 0,50 m entre plantas.

Preparar o solo do canteiro, destorroando e aplicando adubo animal de gado cerca de 3litros/ m², acrescentando o composto orgânico já descrito, misturando bem e nivelando.

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Isto deverá ser feito uma semana antes do plantio.

Se sua horta caseira for orgânica, não poderá acrescentar adubo granulado.

Do contrário, na preparação deste canteiro acrescentará ainda cerca de 200 gramas de adubo superfosfato simples.

Tomates apreciam solos com pH em torno de 6 até 7, então se o solo de seu terreno for ácido, deverá antes fazer a correção, segundo análise de solos feita em laboratório com a aplicação de calcáreo.

Antes de plantar, esticar um cordão preso nas pontas em um bambu, para colocar todos em linha.

Os espaçamentos são num geral de 1,0 m entre linhas, variando de 0,25 a 0,50 m entre plantas.

Abrir a cova e colocar a muda com torrão, arrumando a terra ao redor.

Regar a seguir, com jato fino cuidando para não desplantar as mudas.

12.7.6 - Cuidados posteriores, adubação orgânica e não orgânica e colheita:

Realizar estaqueamento quando as plantas atingirem 35 cm.

Usar estacas de bambu ou sarrafos, colocando-os em X.

Nas duas pontas do canteiro será conveniente colocação de moirões, com arames estaqueados entre eles.

Prender arames nas estacas de bambu dos tomateiros, formando assim um cordão por onde a planta irá apoiar-se ao crescer.

Amarrar de leve a planta ao arame, usando cordão de algodão. Veja uma ilustração na página Plantio das Sementes.

Após o plantio poderá ser feita quatro adubações de cobertura.

Utilizar adubo animal de curral bem curtido e deixar de molho na água por algumas horas.

Coar e despejar este líquido ao redor do pé do tomateiro.

Caso sua horta não seja do tipo orgânica, poderá fazer ainda um reforço com adubo NPK formulação 4-14-8, cerca de 20 a 30 gramas de adubo granulado por muda, misturando com a terra do canteiro e regando as seguir.

Com cerca de cem dias, os frutos formados já estarão amadurecendo.

Colher antes que fiquem muito maduros, pois o processo de amadurecimento continua mesmo dentro da geladeira.

12.7.7 - Doenças e pragas no tomateiro - tratamento ecológico

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O tomateiro costuma ser atacado por insetos do tipo besouros fede-fede, ácaros, pulgões, mosca branca e suas doenças mais comuns são requeima, pinta-preta, mancha fusariana, entre outras.

O uso de venenos é vetado na produção orgânica.

O uso de sucos de plantas tóxicas, como os de folhas de alamanda e óleo de neem, costuma resolver.

Deve-se ter o cuidado de deixar pelo menos 15 dias antes de colher após a aplicação do produto.

12.7.8 - Plantas que combinam com o pé de tomate:

O tomateiro aprecia companhia e pode ser consorciado com plantas aromáticas, como sálvia(Salvia officinale), hortelã(Mentha) e outras.

Não deve ser cultivado, no entanto, em canteiro onde houve cultivo anterior de pimentão e berinjela, que são da mesma família e têm em comum as pragas e doenças.

13 - Hortaliças de Raízes e Tubérculos:

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13.2 - Como plantar batata doce

Cultivo do Ipomoea batatas

13.2.1 - A batata-doce

Nome Botânico:

Ipomoea batatas (L.) Lam.

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Nomes Populares :

Batata-doce

Família:

Angiospermae – Família Convolvulaceae

Origem:

América tropical

13.2.2 – Descrição:

Planta herbácea de ciclo perene, com característica rasteira e sem tamanho definido devido à enorme ramificação.

As folhas são grandes, aproximadamente 15 x 17 cm.

As flores são campanuladas e brancas seguidas de pequenos frutinhos sem uso.

12.2.3 - Modo de Cultivo:

Local ensolarado e com boa disponibilidade de água.

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É uma herbácea simples de cuidar na horta caseira.

A própria batata-doce costuma brotar quando se coloca em recipiente com água. Quando as ramas atingirem cerca de 0,80 a 1,20 metros de comprimento, cortar a rama deixando 4 a 6 folhas na matriz.

Cortar a haste deixando 1 gema e 1 pedaço do ramo.

Estas estacas colocar em vasinhos com composto orgânico.

Quando começarem a se desenvolver levar para o canteiro preparado.

12.2.4 - Adubação e Transplante:

A aplicação de fertilizantes deve ser mínima, a batata-doce produz grande massa foliar e poucas raízes com adubação nitrogenada, que estão presentes no adubo animal curtido e nos adubos NPK.

Para quem plantar grandes espaços será conveniente fazer uma análise de solos e fazer a correção de acidez se o solo for muito ácido.

A batata-doce necessita de pH entre 5,6 e 6,5.

O espaçamento das mudas é de 0,80 e 1,0 metros entre filas e 0,25 até 0,50 entre plantas.

Aguardar para plantar em dias sombrios, pois o sol costuma desidratar as mudas ocasionando o fenecimento.

Após o plantio regar bem as mudas.

A adubação de cobertura é feita com adubo granulado NPK de formulação 4-14-8, mas caso o canteiro já tenha recebido adubação para cultura anterior não haverá necessidade.

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12.2.5 - Manutenção :

Os tratamentos culturais são a retirada das plantas invasoras que competem por luz, água e nutrientes.

Após 2 meses as mudas de batata-doce já desenvolveram vegetação suficiente para cobrir o solo.

Caso as chuvas sejam irregulares será necessário irrigar a cultura no início de seu desenvolvimento.

12.2.6 - Colheita da batata-doce

A colheita da batata-doce ocorre quando suas raízes estão desenvolvidas.

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Como é de ciclo perene será necessária a inspeção das ramas para verificar o ponto.

Para ter uma base de cálculo da época de colheita, a partir da colocação em canteiro contar 5 meses para começar a retirar do solo.

14 - Sementes:

14.1 - Cultivo do girassol

Produção a partir da semente de girassol

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14.2 - Usos das sementes de girassol

A cultura é produzida em diversos países, principalmente para extração de óleo, utilizado na alimentação humana e também para produção de biodiesel.

Os maiores produtores são Rússia, Argentina, Ucrânia, China e Romênia.

No Brasil os Estados produtores são Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A Lei Federal nº11.097 de 13.01.2005 estabelece que será obrigatório a adição de biodiesel ao óleo diesel em todo o território nacional.

Até 2013 a adição será de 5% no óleo diesel.

As fontes renováveis provenientes da produção de plantas do tipo babaçu, canola, girassol, dendê entre outros, servirão para aumentar a produção de combustível nacional.

O girassol como matéria prima oleaginosa tem um teor de óleo de 35 a 45 %.

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Além deste tipo de uso, o óleo de girassol também pode ser usado como medicinal e cosmético, na fabricação de fitoterápicos.

Os índios americanos já o usavam para tratamento de doenças dos rins, reumatismos e problemas respiratórios e recentemente seu uso para combater o colesterol também o indica para uso na culinária.

14.3 - Modo de Cultivo:

Solo :

Para cultivar o girassol a nível de produção comercial, será necessária uma prévia análise de solos para detectar a sua fertilidade e acidez e com as devidas recomendações de adubação e correção do solo.

Solos férteis, profundos e com pouca declividade, clima ameno e com chuvas regulares são os ideais para a cultura.

O terreno deverá ser preparado com passagem de disco e gradeação, adicionando adubo animal curtido e fertilizante granulados em nível adequado, conforme a análise de solos efetuada.

Época de Plantio e Semeadura :

A época de plantio para a cultura é de setembro até outubro, quando já não há mais perigo de frios e geadas.

Para regiões mais quentes o plantio em outros meses é possível, mas será preciso haver umidade no solo, proveniente de chuvas da estação ou de irrigação artificial.

A semeadura é direta em sulcos, com espaçamento entre linhas de 1,00 a 1,30 m e entre plantas de 30 a 40 cm, colocando-se 3 até 5 sementes/cova, podendo ser feito manualmente ou com o uso de máquinas.

Cada grama contém aproximadamente 30 sementes.

Conveniente plantar antes de chuvas ou então irrigar a área depois se não houver umidade suficiente no solo.

Muitos produtores usam o desbaste das plantas deixando apenas uma por cova, o que irá depender também da fertilidade do solo em questão.

Manejo da cultura, pragas e doenças do cultivo do girassol:

O manejo da cultura é muito simples.

A competição dos inços é o fator mais limitante e deve ser controlada com capinas, chegando terra ao colo da planta, evitando assim que se descubram as raízes o que fragiliza sua sustentação, podendo ocorrer acamamento com ventos fortes.

São poucas as pragas que atacam o girassol, como os nematóides do solo, a lagarta que ataca as folhas e besouros que vêm atrás das sementes.

As moléstias conhecidas do girassol também são poucas, como a mancha foliar, podridão do colo e a ferrugem, esta sim, perigosa para a produção.

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O uso de rotação de culturas com outras plantas de ciclo maior não suscetiveis à doença é uma prática eficaz no combate ao fungo.

14.4 - Colheita do girassol

As inflorescências costumam atrair muitos pássaros que se alimentam das sementes e são grandes competidores e podem trazer grande prejuízo no rendimento da safra.

Colher no ponto certo também é difícil.

As inflorescências podem ser colhidas cerca de 4 a 5 meses após a semeadura e a observação do fruto é necessária.

Estes não podem estar ainda leitosos, mas também não podem estar secos, quando pode ocorrer a debulha natural.

A colheita mecanizada é uma prática possível desde que o terreno seja pouco ondulado, senão ela deverá ser manual, exigindo mais mão-de-obra.

Uma das coisas interessantes nesta cultura é que as inflorescências são aproveitadas para a retirada dos frutos, as sementes são retiradas para a produção de óleo, as cascas e capítulo secos poderão servir para combustível de caldeiras e a planta poderá ser cortada e incorporada ao solo para servir de adubo verde.