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FERNANDO PESSOA SUB Hamburg A/478610 POESIA 1918-1930 edição MANUELA PARREIRA DA SILVA ANA MARIA FREITAS MADALENA DINE ASSÍRIO & ALVIM

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FERNANDO PESSOA

SUB Hamburg

A/478610

POESIA1918-1930

edição

MANUELA PARREIRA DA SILVA

ANA MARIA FREITAS

MADALENA D I N E

ASSÍRIO & ALVIM

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ÍNDICE

Nota Prévia

I9l8

[Ao seu tear de sonho e vida,] 13[Alastor, 'spírito da solidão,] 13[Grinaldas murchas das que foram noivas] 14[Suavemente embala.] 14[Um princípio leve de primavera fria,] 16[Ama, canta-me. Eu nada quero] 16[Eu sou o disfarçado, a máscara insuspeita.] 17[Na tarde vaga e vasta,] 18L1NCONNUE 19[Só tu és paz, ó mundo cheio] 19BUDDHA 20[Em não sei que país ou que viagem] 20JULIANO EM ANTIOQUIA 22[Por cima das revoltas, das cobiças,] 22[O sol às casas, como a montes,] 23[No ouro sem fim da tarde morta,] 24BACCHICA MEDIEVAL 25SOROR MARIANA 25[A noite desce tranquila,] 26[Cada vez que me julgo] 26[Assim confuso no teu ser-não-ser,] 26

1919

[Este vem trôpego e cego] 31[Nos altos montes dorme a paz.] 45[O rio, sem que eu queira, continua.] 46

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[Ah, viver em cenário e ficção!] 46[Do abismo onde o Passado dorme e 'spera] 47[Na estalagem a meio-caminho] 47[Um, dois, três...] 48[Há num lugar qualquer da Holanda] 48[Inútil desassossego] 49[O que de mim aparece] 49ATHENA 51JULIANO EM ANTIOQUIA 51JULIANO EM ANTIOQUIA 52JULIANO EM ANTIOQUIA 55

II 57[Mas quem era a rainha Berengária?] 57[Sei que desprezarias, não somente] 58[Todo o passado me parece incrível.] 62[Longe da turba e das espadas] 63[Tu, vento do sul, ou vento do norte, ou vento] 63A NOITE 64[No alto da tua sombra, a prumo sobre] 64[É um palco, e um palco de sonho,] 65INSCRIÇÕES 67

1 672 673 674 67[5.] 68[6.] 68[7.] 68

[A criança que mora à beira do cais] 68SONITUS DESILIENTES AQUAE 69[Figuras de D e fraque,] 71[No jardim suburbano da minha infância afastada] 71[Mãe, quero ir ao passado, onde estive buscar] 72[Qualquer caminho leva a toda a parte.] 73[Sobrinhos de Caim ou Abel] 74[E surjo, distante e a sós,] 75[Fria é a vida] 75VENDAVAL 76[A noite é escura, e a cidade alheia] 77[Cai do firmamento] 78

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[Não tenho sentido,] 79INÊS 79[O antigo sono, o quente sono humano,] 82[Onde é que a maldade mora?] 84[No meu pensamento] 84[Pela tarde que cessa, volúvel e antiga,] 85[Pousa um momento,] 85[Meu ser vive na Noite e no Desejo,] 861920 86[Clarim! Os mortos!] 87[A DECADÊNCIA] 89[Quando cheguei a Belinho] 90

I92O

[A antiga canção,] 97[Longe de mim em mim existo] 98[Pudesse eu como o luar] 98[Outros terão] 98MADRUGADAS 99

1 99II 100III 100

CANÇÃO 101[Ah, a angústia, a raiva vil, o desespero] 101POEMA INCOMPLETO 102[O triunfo, nos fortes, da ambição] 102LUAR 103

[I.] 103II 104III 104IV 105V 106

I. [Não creio ainda no que sinto —] 106II. [Tudo o que sinto se concentra] 107[O amor que eu tenho não me deixa estar] 107[Dói-me a alma como um dedo. Nem] 108[Porque o olhar de quem não merece] 108[Onde pus a esperança, as rosas] 109

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[No limiar que não é meu] 110[Os deuses dão a quem sofre] 111[Redemoinho, redemoinho] 112[Sou o pintor-nado que nasceu cego,] 112[Noite, ouvir-te o silêncio é ver o mar.] 113[Meu amor já me não quer,] 113[Meu coração caiu no chão.] 113[Um frio de dor] 114[Mataram à machadada] 114[Revive ainda um momento] 115[Não tornarei a ver as rosas] 115À MEMÓRIA DO PRESIDENTE-REI SIDÓNIO PAIS 116[Nas cidades incertas] 124[Meu coração, feito palhaço,] 125[A clara noite de verão] 125[No ar calmo, aluarado e vão] 126DESPEDIDA 126[Cansado até dos deuses que não são...] 127EPIGRAMA 128TECA 129[Agua corrente,] 129[Se o teu castelo chega até ao céu,] 130[A tua carne calma] 131[Na aldeia ao pé do mar, quem sou?] 131[Ah, a antiga canção,] 131HORÁRIO 132[Eu no tempo não choro que me leve] 133[Geração vil, intermitência] 134ROMANTISMO 135[Quem rouba a minha bolsa, rouba lixo.] 139[Tudo quanto sonhei tenho perdido] 140[Fiquei doido, fiquei tonto...] 140[Os meus pombinhos voaram.] 141[O meu amor é pequeno,] 141[Quando passo o dia inteiro] 142[Eu tenho um Bebé] 142[Bombom é um doce] 142[Os lírios do país do sonho] 143À LA M\NIÈRE DE ANTÓNIO BOTTO 143[Oscila a lâmpada vazia] 144

4 8 0

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1921

[Ah, sempre no curso leve do tempo pesado] 147[Cansa ser, sentir dói, pensar destrui.] 148[Não sei que dor quebranta] 148

À LA MANIÈRE DE A. CAEIRO 149[Que é feito do luar de outrora] 149[Nunca mais tornarei onde estou e desamo] 150[Com a brisa da tarde] 150[Como por uma peneira] 150[Ó curva do horizonte, quem te passa] 151[Névoa que pairas sobre os arvoredos] 151[Rasga, uma a uma, as cartas. As que foram] 151[Às vezes quando a vida como tarda] 152[Sobre este plinto gravo o inútil verso] 153[Um calor morto e mole move] 153[O ouro do fim da tarde paira] 154[Antes que a hora fane] 155[Aquela tristeza antiga] 155[É um palco, e um palco de sonho,] 156NON NECESSE EST 157[No fundo do pensamento] 157[A noite é calma, o ar é grave,] 158[Música suave,] 159[Já que o tempo não pode permitir] 159[Não mais no fundo morto da hora,] 160[Cresce a planta, floresce.] 160[Ah, quanta vez, na hora suave] 160[Feliz dia para quem é] 161ORFEU 162INSÓNIA 164[Guia-me a só Razão.] 165TRANSEUNTE 166[Vento que passas] 166[Flor só de uma cor, amor,] 167[A onda torce na areia —] 167[Nos meus desejos existe] 168[Não é o lago o que no lago é belo;] 169[A parte do indolente é a abstracta vida.] 170[Qualquer caminho leva a toda a parte.] 170

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[Quando era jovem, eu a mim dizia:] 171[Sepulto vive quem é a outrem dado.] 172AO INFANTE 172

1922

IRONIA 175[Ó curva do horizonte, quem te passa,] 175CANÇÃO DE OUTONO 175[Só duas coisas vale a pena ter —] 176[O louco sente-se imperador ou deus] 177[Adeus, Maria! Todos nós,] 177[Adeus, Maria! Há um só momento] 177[Não, quem me diz que morro inteiramente,] 179[É uma brisa leve] 180[Não tragas flores, que eu sofro...] 180[Depressa os mortos esquecem,] 181[Os deuses, não os reis, são os tiranos.] 181ANTEROS 182[Lá fora a vida estua e tem dinheiro.] 182[Ah, já 'stá tudo lido,] 182NADA 183NATAL 184

1923

COMEÇA HOJE O ANO 187ANO NOVO 187[Sonho. Não sei quem sou neste momento.] 188[Nada sou, nada posso, nada sigo.] 188[Hoje, neste ócio incerto] 189[Depois de me ver ao espelho,] 189[Aqui, neste sossego e apartamento,] 190[Ah, como o sono é a verdade, e a única] 190[Sem dor que seja dolorosa, ou medo] 191[Não são os reis e os povos rebelados] 192[Sim, se deus fora um, e fora justo] 192[Mãe dolorosa, os deuses que vos são?] 192

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[Vários são, vários agem, vários querem] 193[Puseste a crença num Deus justo e bom.] 193[Chorais em vão, no aspérrimo desterro] 193POEMAS DOS DOIS EXÍLIOS 194

[1.] 194[2.] 195[3.] 195[4.] 196

[Zumbe a abelha, mundana semelhança] 196[Sou o mendigo que não pede.] 196[Oiço passar o vento na noite.] 197[O meu vizinho serralheiro] 197[Quais milagres de Lourdes, meu amigo!] 198[É noite e os pensamentos que eu não quero] 198[«Divide e reina»: a antiga monarquia] 199

I924

GOMES LEAL 203ENIGMA 203[Lua do desconhecimento,] 204HORAE SUBCESSIVAE 205[Dorme, sonhando! 'Sparsa luz te alumbre,] 206[Como alguém que conserva na memória] 206[Eu olho com saudade esse futuro] 208[Dormir! Não ter desejos nem speranças] 209O ANDAIME 210[Trémula chama,] 211[Súbita ária leve] 212[Ah quanta melancolia!] 212AUDITA CAECANT 213[Maravilhosa paz] 214[Sim, poderia ser...] 214[Pia, pia, pia] 214CANÇÕES DA CRIANÇA ADULTA 215

[I.] 215[II.] 215[III.] 216[IV] 216

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[Converso às vezes comigo] 216[Com que encherei o vácuo de meus dias] 217[Marinheiro-monge] 217[No extremo céu azul verde] 219[Aquele breve sorriso] 219[A terra, que a noite fecha,] 220[Inúteis correm os meus dias lentos.] 221[Sonhos, sistemas, mitos, ideais...] 221[Como a folha em móveis águas,] 222SACADURA CABRAL 222[O ALDEÃO] / [Ó sino da minha aldeia,] 223CANÇÃO 224CANÇÃO 224[REALEJO] / [Pobre velha música!] 225[LÀ-BAS] / [Dorme enquanto eu velo...] 225[CANÇÃO] / [Treme em luz a água.] 226[Dorme sobre o meu seio,] 226[Ao longe, ao luar,] 227[CANÇÃO] / [Trila na noite uma flauta. É de algum] 227[A CEIFEIRA] / [Ela canta, pobre ceifeira,] 228[Mendigo do que não conhece,] 229[Meus dias passam, minha fé também.] 229[Flor que não dura] 229[Aqui neste profundo apartamento] 230[Nas entressombras de arvoredo] 230

1925

[E o rei disse, «Memora estes dois lemas:] 233[A luz do sol afaga o imenso dia.] 233[Sinto-me forte contra a vida inteira] 234I. [Ao pé de mim òs mortos esquecidos] 234II. [Quantos nos deram seu fiel amor] 235III. [Murmura voz das árvores mexidas] 236[IV]. [Emerjo, vago, dum dormir profundo] 236[Ouço dizer a verdade] 237CANÇÃO DA PARTIDA 237[Mas eu, que em toda a parte] 238[Amor da pátria — amor místico e santo] 239

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[Estio. Uma brisa ardida] 240[O dia longo tem fim] 240[Como a névoa que o realço] 240I. [Que triste, à noite, no passar do vento,] 241II. ['Stou só. A atra distância, que infinita] 242III. [Evoco em vão lembranças comovidas —] 242GLOSA(S) 243

[I] 243[II] 243[III] 243

AMIEL 244[Abro o baú antigo, e à minha vista] 245[Como às vezes num dia calmo e manso] 245

1926

O CONTRA-SÍMBOLO 249O CARRO DE PAU 250[Saudade eterna, que pouco duras!] 250[Em torno a mim, em maré cheia,] 251[Não é ainda a noite] 251O MENINO DA SUA MÃE 252[Não há verdade inteiramente falsa] 253[Um desgosto profundo] 254[Universal lamento] 254[Pouco importa de onde a brisa] 255[Esta espécie de loucura] 255O CATAVENTO 256ANTI-GAZETILHA 257O AVÔ E O NETO 257

1927

[Sou como uma criança nada] 261[Tudo dorme. Pela erva] 262[Sei que nunca terei o que procuro,] 262[Clareira] 262PRESSÁGIO 264

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[Já não vivi em vão] 265[Pelo plaino sem caminho] 265HORAS 265[Já me não lembra o sonho que não tive...] 266[Quem com meu nome é obsceno nas paredes?] 266[Levámos o dia em conversa.] 267MARINHA 267[Não venhas sentar-te à minha frente, nem a meu lado;] 268[A levíssima brisa] 269[Mexe a cortina com o vento.] 270[Correm-me menos tristonhos] 270[Morreu. Coitado ou coitada!] 270QUALQUER MÚSICA 271POST-SCRIPTUM 272[No fim do outono que finda,] 273[Durmo. Regresso ou espero?] 273[E um rio entre arvoredo] 273[É um rio sob arvoredos] 274SONUS DESILIENTES ACQUAE 274[Boca bonita, quantos] 275[Ah, nunca, por meu bem ou por meu mal,] 276[Não: não pedi amor nem amizade] 277[Ó curva do horizonte, quem te passa] 278[À beira do precipício] 278[Música, sim, popular...] 279XADREZ 279[No lar que nunca terei] 280[Sopra lá fora o vento] 281[Há luz no tojo e no brejo] 281[Não tenho razão] 282[É um canto amargo e moço...] 282[Pesa-me hoje a discordância] 283[Brincava a criança] 283[Não vivo em vão] 285[Nem sequer era bizantina] 285[Cai verde o ocaso. A noite é ausente.] 286[A vida é um bairro tristonho.] 287[Velo, na noite em mim,] 287

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1928

[Quando, cheio do próprio dó,] 291ESTRADA DE DAMASCO 292[O que eu fui o que é?] 292[Era um morto encontrado na rua.] 293[Já sonho] 294[E triste a noite, é triste o luar, e a gente] 295[Nas ruas por onde vão] 295[Há quanto tempo eu não passava aqui] 296[Paira à tona de água] 296[A água da chuva desce a ladeira.] 297[Queria dizer a alguém] 297[Há música. Tenho sono.] 298[Hoje 'stou triste, 'stou triste.] 299[Passava eu na estrada pensando impreciso,] 299[O sonho que se opôs a que eu vivesse] 300[A rabanada de vento] 300[Meu coração 'steve sempre] 301[Da noite extensa onde não vemos] 301[É inda quente o fim do dia...] 301[Mexe em árvores o vento,] 302[Em torno ao candeeiro desolado] 302[O meu coração quebrou-se] 303[No fim da chuva e do vento] 303CEMITÉRIO 303O LOUCO 304[Caminho a teu lado mudo.] 305AGUARELA 305[Há uma música do povo,] 306[A 'sperança, como um fósforo inda aceso,] 307[Na rua do Volta-Atrás] 308DEPOIS DA FEIRA 308[Tenho dó das estrelas,] 309[A pálida luz da manhã de inverno,] 310NATAL [Natal. Na província neva.] 310[O amor, quando se revela,] 311[E, ó vento vago] 312[E a extensa e vária natureza é triste] 312

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1929

[Sim, tudo é certo, logo que o não seja.] 315[Sim, tudo é certo, logo que o não seja.] 315[A tua voz fala de amor...] 316[Qual é a tarde por achar] 316[Aquela graça incomparável] 317[Vou com um passo como de ir parar] 318ABAT-JOUR 318[Há como um círculo de névoa] 319[Parece que 'stou sossegando] 320[Silêncio. Deixa-me pensar.] 320[Aqui está-se sossegado,] 321GLOSA 322[Mas o hóspede inconvidado] " 323[Um muro de nuvens densas] 323[Na água a água forma bolhas,] 324[Sim, sim, eu conheci-o.] 324[Disseram todos que eras feia.] 326[A razão desta tristeza] 327[Teu seio é nulo, porque não existes,] 327[Pela rua já serena] 328ASSOUPISSEMENT 328[O som do relógio] 329EPITÁFIO DESCONHECIDO 330TOMÁMOS A VILA DEPOIS DE UM INTENSO

BOMBARDEAMENTO 330[Aqui na orla da praia, mudo e contente do mar,] 331[Nem de estes bosques saberei dizer] 332[Como entre os bosques marginais, secretos] 332[Nas grandes horas em que a insónia avulta] 333[Tudo quanto sonhei, ou quis, amando,] 333[Como um cansaço ao fim do vento] 334[Na noite triste e sem querer] 335GLOSA 335[Tem um olhar direito e doce,] 336[Mas eu, alheio sempre, sempre entrando] 336[Tenho pena até... nem sei...] 336MONUMENTO A ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA 337ODIOSAMENTE 337

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1930

FÉRIAS DE SETEMBRO 341I. [O grande espectro, que faz sombra e medo,] 342II. [Na pior consequência de pensar] 343III. [Então, porque pensar conduz ao ermo,] 344[Relógio, morre -] 344[Vieram com o ruído e com a espada] 345[Quando Cristo, Rei da Lei,] 345AMUN-RA 346ORAÇÃO A AMUN-RA 347

II 348[Quem vende a verdade, e a que esquina?] 349[Na noite que me desconhece] 350[Deixei cair o livro onde não li] 351[Em tempos quis o mundo inteiro.] 351[Mais triste do que o que acontece] 352[Ó ervas frescas que cobris] 352[Há quando tempo não canto] 353[Quiséssemo-nos na hora vã] 354[Ó sorte de olhar mesquinho] 354[Na imensa solidão] 354[Dormi. Sonhei. No informe labirinto] 355[Dormi. Sonhei. No informe labirinto] 355[Brisa sem ser da aurora,] 356[Dói-me quem sou. E em meio da emoção] 357[Depois que todos foram] 358[Ter saudades é viver.] 358[Vai leve a sombra] 359[Vai leve a sombra] 359[Árvore verde,] 360[Eu tive um sonho] 361[Vou em mim como entre bosques] 361[Meus versos são meu sonho dado] 362[Bóiam leves, desatentos,] 363[O harmónio enha, moribundo e raso,] 363[Contemplo o lago mudo] 364[Ronda o vento, ronda o vento,] 365[Deixa-me ouvir o que não ouço...] 365[Fito-me frente a frente.] 366

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[Que coisa é que na tarde] 366[Sei bem que não consigo] 367[Se eu pudesse não ter o ser que tenho] 367[Não quero mais que um som de água] 368[Como inútil taça cheia] 369[Deve chamar-se tristeza] 369[Quem me roubou quem nunca fui e a vida?] 370[Inconsciência da infância! Ah, mas com quanta] 370[Deveras, Maria?] 371[Se sou alegre ou sou triste?...] 371[Tirem-me a coleira de prata] 372[Que grande dose de seria!] 372[Um, dois, três...] 373[O grande sol na eira] 373[Grande sol a entreter] 374[Maravilha-te, memória!] 374[Não sei quantas almas tenho.] 375[Meu navio sem viagem,] 376[Ter outro corpo outro ser!] 376[Entre a noite que cessa] 377[No vale umbroso, como] 377[Dói-me o nevoeiro, dói-me o céu] 378[O sol queima o que toca.] 378[Vem do fundo do campo, da hora,] 379[Deus não tem unidade,] 380[Entre o luar e o arvoredo,] 380[Deixo ao cego e ao surdo] 380[Quero ser livre insincero] 382[O rio que passa dura] 383[Meu ruído de alma cala.] 384[Gnomos do luar que faz selvas] 384[Ah sentir tudo de todos os feitios!] 385[Tenho pena e não respondo.] 385[Passam na rua os cortejos] 386[As vezes entre a tormenta,] 387[Puseram-no contra a parede] 387[Bem sei. Estou triste, sou calvo,] 388[A nossa magna língua portuguesa] 388[Passei a minha legenda] 389[Desdobrei o meu estandarte] 389

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[As formigas do ardor] 389[Não tenho 'sp'rança nem fé.] 390[Minha mulher, a solidão,] 391[Na margem verde da estrada] 391[A estrada, como uma senhora,] 392[Tão vago é o vento que parece] 393[De aqui a pouco acaba o dia.] 393[É boa! Se fossem malmequeres!] 394[Enfia a agulha,] 395[Parece estar calor, mas nasce] 395[Gradual, desde que o calor] 396[Ó Maria dos Prazeres,] 396[A tarde vulgar e cheia] 397[Ao pé dos salgueirais da margem,] 397[O papel que me escreveste] 398[Se penso bem, creio haver] 398[Entre o arvoredo, entre o arvoredo] 399[Dá a surpresa de ser.] 399[E toda a noite a chuva veio] 400[Hoje estou triste, estou triste,] 401[Não sei que mágoa me dói...] 401[Como um vento na floresta,] 402[Neste dia de tristeza] 402NÉSCIO QUID MEDITANS 403[Quanto fui peregrino] 403[Teias de horror na falsa aragem] 404[Do meio da rua] 405[Seja o que for que aconteça] 406[Leve no cimo das ervas] 406[Por quem foi que me trocaram] 407[Se tudo o que há é mentira] 408[Cai chuva do céu cinzento] 408[Perdi completamente uma ilusão.] 409[Passa entre as sombras do arvoredo] 409[Há um grande som no arvoredo.] 410[Há um grande som no arvoredo.] 411ELIAS ARTISTA 411[Dá-me as mãos por brincadeira] 412[Há um grande vento entre os montes,] 413[Tenho dito tantas vezes] ' 414

ÍNDICE 491

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[Há certa gente que amamos] 415[Lenta e quieta a sombra vasta] 415INFÂNCIA 416[Paira nos bosques nocturnos] 417[Aqui onde um sol brando] 418[Antes que o sono afunde] 420[Na praia baixa a onda morre] 421[Vendi o meu realejo,] 421[Por trás daquela janela] 422[Chove. É dia de Natal.] 423[Maria, (tu és Maria?)] 423[Aquela loura a olhar a rir] 424[Não tenho ninguém que me ame.] 425[O sino da igreja velha] 426[Nas altas árvores começa] 427O ÚLTIMO SORTILÉGIO 427[A tua carne calma] 429[Teu corpo real que dorme] 430[Ah, esta alma que não arde] 430[Olha-me rindo uma criança] 430

Notas 433índice de primeiros versos 467

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