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Escola Superior de Tecnologia de Tomar
Miguel ngelo Semedo Folgado
Subestaes de Trao e Postos de Catenria-
Engenharia
Relatrio de Estgio na REFER EPE
Orientado por:
Professor Doutor Mrio Helder Rodrigues Gomes
IPT
Engenheiro Jos Manuel Sargento Campanio
REFER EPE Jri
Presidente Professor Doutor Paulo Manuel Machado Coelho-IPT
Arguente Professor Doutor Carlos Alberto Farinha Ferreira-IPT
Orientador Professor Doutor Mrio Helder Rodrigues Gomes-IPT
Relatrio de Estgio
apresentado ao Instituto Politcnico de Tomar para cumprimento dos requisitos
necessrios obteno do grau de Mestre em Controlo e Electrnica Industrial
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Subestaes de Trao e Postos de Catenria-Engenharia
Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial i
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Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial iii
DEDICATRIA
Aos meus pais, Antnio e Lucilia, aos quais devo a ddiva da
vida, e em grande parte aquilo que hoje sou.
minha esposa Maria Madalena, pelo estmulo manifestado,
nos momentos mais difceis.
minha filha Maria Margarida qual no pude dispensar
toda a ateno, amor e carinho que lhe era merecido.
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Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial v
RESUMO
O presente relatrio faz parte integrante do estgio curricular do Mestrado em Controlo e
Electrnica industrial efetuado na REFER EPE, que teve como objetivo a descrio dos
conhecimentos bsicos de energia de trao, e dos trabalhos realizados dentro do mesmo
tema. Neste documento so abordados diversos temas, como a caraterizao tcnica dos
sistemas de trao, nomeadamente os como sistemas de alimentao de trao eltrica e a
sua explorao, subestaes de tenso alternada e subestaes de tenso contnua e ainda
postos de catenria, bem como a descrio da aparelhagem dos mesmos. Dento do tema de
subestao de corrente alternada so abordadas as protees prprias dos transformadores,
os curto-circuitos entre duas subestaes, e a metodologia de clculo de protees de
distncia No tema das subestaes de corrente-contnua, abordada a metodologia de
clculo de curto-circuitos na catenria (lado DC), e o respetivo estudo do dispositivo de
proteo o detetor de defeito de linha e o teste associado, o ensaio de linha que permite ou
no a reposio de tenso na catenria. Dentro deste trabalho ainda abordado o tema do
circuito de retorno da corrente de trao, terras e protees. Esto ainda descritos dois
acompanhamentos de trabalhos efetuados no terreno, nomeadamente um ensaio de rels de
proteo e religao automtica de disjuntor e uma montagem de uma caixa de comando
eltrico de um seccionador. Por ultimo, neste trabalho apresentado um estudo tcnico-
econmico com vista melhoria da eficincia energtica na iluminao exterior das
subestaes de trao com o objetivo da reduo de consumos explorando uma tecnologia
inovadora pouco divulgada e bastante promissora no mercado da iluminao, o LEP. Este
estgio teve para alm dos objetivos mencionados anteriormente a integrao no mundo do
trabalho.
Palavras-chave: Sistemas eltricos de trao, Subestao de trao, Bifsica,
DDL,CO2,LEP.
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Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial vii
ABSTRACT
This report is a result of the trainee program at REFER EPE as part of the curricula for
Master in Control and Industrial Electronics, and it is aimed at describing traction power
systems, and the activities developed within the same area of expertise. In this report
several aspects are covered, such as the technical characterization of traction systems,
including electric power feeding systems and their operation, AC voltage and DC voltage
substations and sectioning posts, as well as the description of electrical apparatus. For AC
traction substations the issues addressed are: transformer electrical protections, short
circuits between different substations and electrical distance protection methodologies. For
DC traction substations are addressed: overhead contact line short circuit calculation and
protection devices for line fault detection and line test, which will determine whether
catenary can be reenergized after a short circuit. In this report are also addressed the
traction current return system, earthing and bonding. During the trainee program several
field tests and maintenance activities were attended. A detailed description of two types of
activities is included in this report: tests for electrical relay and circuit-breaker automatic
reconnection; installation of a disconnector electric operation mechanism. Finally a
technical and economic study was developed aiming at energy efficiency of outdoor
lighting in traction substations with the objective of reducing electric consumption by
using LEP (Light Emitting Plasma). This technology is innovative and promising in the
lighting market but it is not yet well known. Besides the objectives mentioned earlier, this
trainee program had also as objective the integration into the working environment
Keywords:. Electric traction systems, Traction Substation, Double-phase, DDL, CO2, LEP.
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Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial ix
AGRADECIMENTOS
Dra Rita Valentim do Capital Humano da REFER EPE e ao Engenheiro Srgio Pissarra
dos Santos da Catenria e Energia de Trao, que me deram a oportunidade de realizar este
estgio, que em muito contribuiu para o meu crescimento acadmico e profissional.
Ao meu Orientador Cientfico Professor Doutor Mrio Gomes, do Instituto Politcnico de
Tomar, o meu obrigado pela sua disponibilidade e apoio prestado ao longo deste estgio,
pelas sugestes e indicaes nas tomadas de deciso bem como as correes e o
fornecimento de informao fundamental na elaborao deste relatrio. Acima de tudo,
obrigado por continuar a acompanhar-me nesta jornada tal como na anterior e por
estimular o meu interesse pelo conhecimento pelos sistemas eltricos de potncia.
Quero agradecer de forma muito especial ao meu Orientador da REFER EPE, Engenheiro
Jos Campanio, pelo plano de estgio cujos temas que tanto me interessaram e
entusiasmaram. O seu conhecimento, domnio e competncia nas reas do meu estgio
ajudaram-me imenso. Agradeo, acima de tudo, todo o apoio que me prestou, a sua total
disponibilidade, acolhimento e empenho na orientao do meu estgio, bem como a
bibliografia e os documentos fundamentais que me disponibilizou para a elaborao deste
trabalho.
Ao Engenheiro Marco Santos e ao Engenheiro Filipe Peixinho, pela disponibilidade
sempre demonstrada, pela abertura e troca de ideias e as conversas sobre energia de trao
e pela colaborao e esclarecimento de algumas dvidas em alguns pontos deste relatrio,
nomeadamente em Matlab.
Ao Especialista de Energia de Trao Nelson Sousa e ao Especialista de Energia de Trao
Pedro Almeida, com quem passei algum tempo no acompanhamento de trabalhos em
subestaes e postos de catenria, pelos esclarecimentos dos procedimentos efetuados nos
trabalhos.
Ao Engenheiro Jorge Graa por me ter proporcionado o acompanhamento de trabalhos de
catenria, e algum auxlio em Autocad. Ao Especialista de Catenria Joaquim Pina pela
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x Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial
sua elevada disponibilidade no acompanhamento e esclarecimento nos trabalhos de
catenria que assisti.
A todos os colaboradores da REFER EPE que de alguma forma contriburam para a
realizao, sucesso, e aprendizagem neste estgio.
A todos os docentes do MCEI, em geral, com quem tive o prazer de conviver e trabalhar,
fazendo votos para que os laos de amizade perdurem ao longo do tempo.
No posso deixar tambm de agradecer ao Professor Jos Filipe Correia Fernandes do IPT,
cujos temas abordados na disciplina de mquinas eltricas bastante me ajudaram nas
matrias estudadas neste estgio.
Agradeo aos meus amigos e colegas do IPT, nomeadamente ao Alexandre Pimenta, pela
troca de ideias e Roberta Oliveira pelos momentos de descontrao e boa disposio que
ambos me proporcionaram durante todo o curso e nomeadamente neste estgio.
A minha Famlia, pela inspirao, apoio e motivao, especialmente aos meus pais
Antnio e Lucilia e minha esposa Maria, pela preocupao com o meu trabalho e que de
maneiras diferentes contriburam em tudo para o sucesso deste trabalho.
A Todos um Muito Obrigado!
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NDICE
DEDICATRIA ................................................................................................................... iii
RESUMO .............................................................................................................................. v
ABSTRACT ........................................................................................................................ vii
AGRADECIMENTOS ......................................................................................................... ix
NDICE ................................................................................................................................. xi
Lista de Abreviaturas ........................................................................................................... xv
Glossrio ............................................................................................................................. xvi
NDICE DE FIGURAS ....................................................................................................... xx
NDICE DE TABELAS ................................................................................................... xxiv
1 Introduo....................................................................................................................... 1
1.1 mbito tcnico e objetivos ..................................................................................... 2
1.2 Acompanhamento de trabalhos ............................................................................... 2
1.3 Desenvolvimento de trabalhos ................................................................................ 2
2 Caracterizao Tcnica dos Sistemas de Trao ............................................................ 5
2.1 Sistemas de Alimentao para Trao Eltrica ....................................................... 5
2.1.1 Sistema de alimentao 1500 V DC ................................................................ 6
2.1.2 Sistema de alimentao a 25 kV/50Hz AC .................................................... 9
2.1.3 Sistema com alimentao bifsica ................................................................. 10
2.1.4 Sistema de alimentao trifsica ou em V ................................................. 11
2.1.5 Sistema de alimentao 2 25 kV/50Hz ....................................................... 12
2.1.6 Desfasamentos e diferenas de potencial entre setores de catenria ............. 14
2.1.7 Explorao da rede de trao ......................................................................... 18
2.2 Subestaes de tenso alternada ........................................................................... 20
2.2.1 Esquemas unifilares de subestaes .............................................................. 20
2.2.2 Mdulo GIS ................................................................................................... 25
2.2.3 Protees, aparelhagem de corte e seccionamento e medidas ....................... 26
2.2.3.1 Seccionadores ............................................................................................ 27
2.2.3.2 Disjuntores e interruptores ......................................................................... 28
2.2.3.3 Transformador de corrente ou intensidade ................................................ 29
2.2.3.4 Transformadores de tenso ........................................................................ 33
2.2.3.5 Tipos de protees ..................................................................................... 37
2.2.3.6 Protees prprias dos transformadores .................................................... 45
2.2.4 Encravamentos............................................................................................... 50
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xii Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial
2.2.4.1 Tipos de encravamentos ............................................................................ 51
2.2.4.2 Exemplo de condicionamento de encravamentos ...................................... 54
2.2.5 Modos de explorao de subestaes de tenso alternada ............................ 55
2.2.5.1 Ligao Bifsica ........................................................................................ 55
2.2.5.2 Ligao trifsica em V ........................................................................... 56
2.3 Subestaes de corrente-contnua .......................................................................... 57
2.3.1 Caracterizao ............................................................................................... 57
2.3.2 Esquema unifilar e caracterizao da topologia e funcionamento ................ 61
2.3.3 Protees tipo em Subestaes de Trao DC .............................................. 65
2.3.3.1 Proteo de corrente alternada das Subestaes de Trao DC ................ 66
2.3.3.2 Proteo de corrente contnua das Subestaes de Trao DC ................. 66
2.3.3.3 Clculo de correntes de curto-circuito SST DC ..................................... 72
2.4 Postos de catenria ................................................................................................. 74
2.4.1 Caracterizao ............................................................................................... 74
2.4.2 Tipos de postos de catenria .......................................................................... 75
2.4.3 Aparelhagem dos Postos de Catenria .......................................................... 82
2.4.3.1 Aparelhagem interior ................................................................................. 82
2.4.3.2 Aparelhagem exterior ................................................................................ 84
2.5 Circuito de Retorno da Corrente de Trao, Terras e Protees ........................... 88
2.5.1 Conceo geral .............................................................................................. 88
2.5.2 Ligaes e montagens tipo ............................................................................ 88
2.5.3 Sistemas de retorno existentes na REFER EPE ............................................ 89
2.5.3.1 Sistema Standard ....................................................................................... 89
2.5.3.2 Sistema com condutor de retorno .............................................................. 90
2.5.3.3 Sistema Autotransformador ....................................................................... 91
2.5.4 Ligaes transversais LTI e LEAE ............................................................... 93
3 Acompanhamento de trabalhos ..................................................................................... 96
3.1 Ensaio de rels de proteo e religao automtica de disjuntor .......................... 96
3.1.1 Introduo ...................................................................................................... 96
3.1.2 Descrio e enquadramento do trabalho ....................................................... 96
3.2 Montagem de caixa de comando eltrico de seccionador ................................... 105
3.2.1 Introduo .................................................................................................... 105
3.2.2 Descrio do trabalho .................................................................................. 105
4 Estudo tcnico-econmico da iluminao exterior das subestaes de trao ........... 109
4.1 Introduo ............................................................................................................ 109
4.2 Definies ............................................................................................................ 109
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4.2.1 Luminotecnia ............................................................................................... 109
4.2.2 Fluxo Luminoso ........................................................................................... 110
4.2.3 Intensidade luminosa ................................................................................... 110
4.2.4 Iluminncia .................................................................................................. 112
4.2.5 Luminncia .................................................................................................. 114
4.2.6 Rendimento luminoso de uma fonte de luz ................................................. 115
4.2.7 Temperatura da cor ...................................................................................... 116
4.2.8 Reproduo da cor ....................................................................................... 117
4.2.9 Tempo de vida das lmpadas ....................................................................... 118
4.2.10 Tipos de lmpadas iluminao .................................................................... 119
4.2.10.1 Tecnologia Light Emitting plasma ....................................................... 121
4.2.10.2 Princpio de funcionamento da tecnologia LEP ................................... 121
4.2.10.3 Constituintes do sistema de iluminao LiFi ....................................... 123
4.3 Caso de estudo de substituio de uma soluo HPS existente por tecnologia LEP e luminria eficiente ....................................................................................................... 125
4.3.1 Caratersticas das tecnologias de estudo ...................................................... 125
4.3.2 Cenrios de iluminao em estudo .............................................................. 127
4.3.3 Fundamentos de avaliao econmico-financeira ....................................... 130
4.3.3.1 Valor lquido atual do cash-flow .............................................................. 130
4.3.3.2 Perodo de Recuperao do Investimento ................................................ 132
4.3.4 Avaliao econmico financeira ................................................................. 132
4.3.4.1 Cenrio 1 .................................................................................................. 132
4.3.4.2 Cenrio 2 .................................................................................................. 134
4.3.4.3 Cenrio 3 .................................................................................................. 135
4.3.4.4 Discusso dos cenrios econmicos ........................................................ 136
4.3.4.5 Discusso tcnica luminotcnica ............................................................. 138
4.3.4.6 Reduo das emisses de dixido de carbono ......................................... 142
4.3.5 Concluses gerais sobre o estudo de iluminao da tecnologia LEP .......... 143
5 Concluses ................................................................................................................. 145
Bibliografia ........................................................................................................................ 149
Anexos ............................................................................................................................... 155
Anexo 1-Modelao matemtica da retificao ................................................................ 157
Anexo 2-Clculo de Correntes de Curto Circuito SST-DC ............................................... 159
Anexo 3-Esquemas unifilares de acompanhamento de trabalhos ..................................... 161
Anexo 4-Avaliao tcnico econmica luminotcnica ..................................................... 177
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Lista de Abreviaturas
AC Alternate current (corrente alternada)
AIS Air Insulated Switchgear (subestao com
Isolamento a Ar)
ANSI American National Standards Institute
BT Baixa tenso
CCO Centro de comando operacional
CEI Comisso Eletrotcnica Internacional
CEM Compatibilidade Eletromagntica
CDTA Condutor de Terra Areo
CDTE Condutor de Terra enterrado
DC Direct Current (Corrente contnua)
EN Norma Europeia (European Norm)
f Frequncia [Hz]
GIS Gas Insulated Switchgear (Subestao isolada a gs)
HPS High Pressure Sodium (Lmpadas de vapor de sdio de alta
presso)
IPT Instituto Politcnico de Tomar
LDMOS Laterally-diffused Metal Oxide Silicon
LEAE Ligao transversal entre cabo(s) de terra enterrado(s) (CDTE)
e cabo(s) de terra areos (CDTA) de ambas ou mais vias (quando
existentes)
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LEP Light Emitting Plasma
LiFi Light fidelity
LTI Ligao transversal entre cabo(s) de terra enterrado(s) (CDTE) e
Cabo(s ) de terra areos CDTA e os carris
PCU Protection and control unit (unidade de controlo e proteo)
PRT Posto Regional de Telecomando
REFER EPE Rede Ferroviria Nacional
SICAFE Simulador de cargas ferrovirias
SST Subestao de trao
TI Transformador de intensidade
TSA Transformador dos servios auxiliares
TT Transformador de tenso
URT Unidade remota de telecomando
V Tenso em [V]
Glossrio
Catenria Linha area instalada sobre a via-frrea com o objetivo de
fornecer energia eltrica aos comboios. Geralmente
constituda por um fio de contacto, um cabo suporte,
pndulos e todo um conjunto de estruturas de suporte.
Cash flow um termo que se refere quantidade de dinheiro que
recebido e pago por um negcio durante um determinado
perodo.
Circuito de retorno Caminho de regresso da corrente eltrica subestao.
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Comboios Consumidores mveis de energia eltrica.
Consignao de Instalao Conjunto de operaes que consiste em isolar (por corte ou
seccionamento), bloquear, verificar a ausncia de tenso,
estabelecer ligaes terra, e em curto-circuito proteger
contra peas em tenso adjacentes delimitando um elemento
de rede (ou uma instalao) previamente identificada e
retirada da sua explorao normal. Esta operao destinaa
garantir condies de segurana necessrias realizao de
trabalhos fora de tenso nesse elemento de rede (ou nessa
instalao)
Curto-circuito o aumento sbito da corrente elctrica quando a
impedncia se reduz de forma abrupta devido a um defeito no
circuito.
Feeder Cabo areo de alimentao eltrica que se estende
paralelamente catenria e que se destina a facilitar a
explorao da mesma.
Setor de catenria um troo de catenria compreendida entre uma subestao
e uma zona neutra ou entre uma subestao e o fim de linha
eletrificada.
Sobrecorrente direccional uma sobrecorrente que medida por um rel direccional
(sensvel ao sentido do fluxo de potncia) que compara
ngulo de fase relativo entre duas grandezas eltricas, esta
comparao comumente utilizada para determinar a direo
da corrente em relao a uma tenso, que serve como
referncia.
Subestao de trao Ponto de alimentao e distribuio de energia eltrica
catenria. Transformao do nvel de tenso de forma a poder
ser utilizado pelos comboios.
Tenso de ripple a componente de corrente alternada que se sobrepe ao
valor mdio da tenso de uma fonte de corrente contnua,
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cuja origem da ondulao (ripple) est associado ao uso de
retificadores
Viso escotpica a viso produzida pelo olho em condies de baixa
luminosidade. No olho humano, os cones no funcionam em
condies de baixa luminosidade (noturna), o que determina
que a viso escotpica seja produzida exclusivamente pelos
bastonetes, o que impossibilita a perceo das cores.
Viso fotpica a designao dada sensibilidade do olho em condies de
intensidade luminosa que permitam a distino das cores. Na
generalidade, corresponde viso diurna. No olho humano, a
viso fotpica faz-se principalmente pela ativao dos cones
que se encontram na retina.
Viso mespica a designao dada combinao da viso fotpica e da
viso escotpica, que ocorre em situaes de luminosidade
baixa, mas no to baixa que elimine de todo a componente
fotpica da viso.
Watchdog uma funo que pode ser encontrada na maioria dos
microcontroladores. Sendo constitudo por um oscilador e por
um contador binrio de N bits. Quando o contador alcana o
seu valor mximo, a sada do contador ativada e dado um
sinal de reset ao microcontrolador. No caso de um rel de
proteo o watchdog uma funo que supervisiona as
entradas e as sadas durante um ciclo de scan. No caso do rel
de proteo de uma subestao se falhar a leitura das entradas
e sadas, o mesmo emitir uma ordem de abertura do
disjuntor.
Zona verde Zona ao longo da via onde no necessrio instalar LEAEs
para prevenir a existncia de tenses de passo e de contato
para alm dos limites.
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Zona vermelha Zona ao longo da via onde tm de ser instaladas LTIs e
LEAEs para prevenir a existncia de tenses de passo e de
contato para alm dos limites.
Zona neutra Pequena extenso de catenria no alimentada eletricamente.
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NDICE DE FIGURAS
Figura 2-1 Representao esquemtica do sistema eltrico de alimentao [3] ................... 5 Figura 2-2-Sistemas de alimentao para trao eltrica ferroviria em Portugal, adaptado de [4] ..................................................................................................................................... 6 Figura 2-3- Esquema eltrico de uma SST em corrente-contnua com retificao AC-DC . 7 Figura 2-4 Diagrama vetorial das tenses compostas nos transformadores com ligao Dd0 (a) e Dy11(b) , (c) diagrama das tenses compostas do secundrio aplicadas a cada um dos retificadores- adaptado de [7] ................................................................................................ 8 Figura 2-5 Formas de onda simples no secundrio das ligaes Dd0 e Dy11 e respetivas retificaes a 6 pulsos, e aplicao do paralelo dos 2 grupos (retificao a 12 pulsos) (Anexo 1) ............................................................................................................................... 8 Figura 2-6 Esquema eltrico de princpio de alimentao da rede de trao em DC a partir de duas subestaes em paralelo [4] ..................................................................................... 9 Figura 2-7- Esquema eltrico de princpio de alimentao da rede de trao em AC 125 kV adaptado de [4] .............................................................................................................. 10 Figura 2-8-Esquema eltrico de princpio de uma subestao bifsica 25kV/50 Hz AC, adaptado de [1] .................................................................................................................... 11 Figura 2-9 Esquema eltrico de princpio de uma subestao trifsica .............................. 12 Figura 2-10 Esquema de ligaes do autotransformador [8] .............................................. 13 Figura 2-11 Esquema do sistema de alimentao 225 kV [8] ........................................... 14 Figura 2-12 Esquema de desfasamentos de tenses entre duas SST com zona neutra. ...... 15 Figura 2-13 Desfasamentos de 180 entre duas SST, adaptado de [9] ................................ 16 Figura 2-14 Desfasamento entre SST de Abrantes e SST de Rdo, adaptado de [9] ........ 16 Figura 2-15 Fluxo de Potncia para o caso de defeito na SST Abrantes, adaptado de [9] . 17 Figura 2-16 Defeito observado na SST de Rdo, adaptado de [9] .................................... 18 Figura 2-17 Diagrama de carga da potncia ativa mxima em kW em dias uteis para a SST do Entroncamento, obtido pela central de telecontagem da REFER .................................. 19 Figura 2-18- Deslastre das Cargas SST- Litm, SST V. F. Xira ......................................... 20 Figura 2-19 Circuito unifilar do painel de entrada da linha de alimentao da SST(continua na Figura 2-20) .................................................................................................................... 21 Figura 2-20 Circuito unifilar do painel de entrada da linha de alimentao da SST (continua na Figura 2-21) .................................................................................................... 21 Figura 2-21 Circuito unifilar da SST (continua na Figura 2-22) ......................................... 23 Figura 2-22 Mdulo GIS (continuao do esquema da Figura 2-23) ................................. 24 Figura 2-23-Circuito unifilar SST, referente ao troo final de alimentao das cargas (continuao do esquema da Figura 2-22) .......................................................................... 24 Figura 2-24 Configurao de uma subestao monobloco- subestao de trao (parque 25kV)[7] .............................................................................................................................. 26 Figura 2-25 Vista area da SST da Fatela-Linha da Beira Baixa. ....................................... 26 Figura 2-26 Seccionador bipolar de duas posies ( esquerda), smbolo eltrico (cor azul direita) ................................................................................................................................. 27 Figura 2-27- Disjuntor de alta tenso ( esquerda), direita smbolo eltrico a) disjuntor b) interruptor ............................................................................................................................ 28 Figura 2-28 Funcionamento do disjuntor de acordo com o dispositivo de proteo, disjuntor ligado (esquerda); disjuntor abre aps instruo da proteo (direita) [7] ........ 29
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Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial xxi
Figura 2-29 Tipos de transformadores de corrente [14] ...................................................... 30 Figura 2-30 Diagrama de ligaes de um transformador de tenso indutivo [7] ................ 33 Figura 2-31 Diagrama de um transformador de medida de tenso capacitivo [7] .............. 34 Figura 2-32 Medida eletro-ptica de tenso [14] ................................................................ 35 Figura 2-33 Esquema unifilar de princpio da proteo de distncia .................................. 39 Figura 2-34 Esquema unifilar da rede de trao eltrica de via nica, adaptado de [16] .... 40 Figura 2-35 Diagrama das impedncias vistas pelo rel de distncia da SST de Rdo Rsec e Xsec. ................................................................................................................................... 44 Figura 2-36 Esquema de princpio de funcionamento da proteo de cuba ........................ 46 Figura 2-37 Esquema de proteo Buchholz ....................................................................... 46 Figura 2-38 Princpio de funcionamento do rel Buchholz: A) -Estado de repouso, B)- Passagem de gs pelo rel ou fuga de leo e deslocamento do flutuador b1, disparo de alarme, C)- Ordem de atuao do disjuntor para proteo do transformador ..................... 47 Figura 2-39 Protees prprias do transformador ............................................................... 48 Figura 2-40 Termmetros de temperatura do transformador .............................................. 48 Figura 2-41 Princpio de funcionamento da proteo de imagem trmica. ......................... 50 Figura 2-42 Sintico telecomando com visualizao de encravamentos. ........................... 52 Figura 2-43 Encravamento mecnico Tipo A- Seccionador de terra e de linha ( esquerda), pormenor do encravamento mecnico do seccionador de terra e de linha (direita) ............ 52 Figura 2-44 Encravamento mecnico Tipo B- Aps a abertura do disjuntor (esquerda), libertada a chave SL2 A2, manobrar o seccionador (direita) .............................................. 53 Figura 2-45 Encravamento mecnico Tipo C ...................................................................... 53 Figura 2-46 Caixa de comando com encravamento mecnico Tipo D (esquerda), pormenor do encravamento (direita) .................................................................................................... 54 Figura 2-47 Exemplo de condicionamento do seccionador SEL1 ...................................... 55 Figura 2-48 Subestao trifsica com ligao em V [1] .................................................. 56 Figura 2-49 Configurao da SST de Carcavelos ............................................................... 57 Figura 2-50 Quadro AC-SST de Carcavelos ....................................................................... 58 Figura 2-51 Transformadores da SST de Carcavelos .......................................................... 58 Figura 2-52 Quadro eltrico de mdia tenso e servios auxiliares da SST de Carcavelos 59 Figura 2-53 Quadro de retificadores e distribuio de corrente-contnua da SST de Cascais ............................................................................................................................................. 60 Figura 2-54 Armrio de isolamento da SST de Cascais ...................................................... 60 Figura 2-55 - Circuito unifilar da alimentao, corte geral e medida da SST ..................... 61 Figura 2-56 Circuito unifilar das celas de alta tenso 10 kV AC da SST DC ....................... 62 Figura 2-57 Circuito unifilar dos transformadores de servios auxiliares........................... 63 Figura 2-58 Circuito unifilar do grupo transformador retificador ....................................... 64 Figura 2-59 Circuito unifilar das celas de baixa (1500V DC) e sadas para a catenria ..... 65 Figura 2-60 Principio de proteo di/dt [24] ....................................................................... 67 Figura 2-61 Principio de funcionamento da proteo I [24] ............................................. 68 Figura 2-62 Correntes de arranque de unidades de trao AC e DC e correntes de curto-circuito [27] ......................................................................................................................... 70 Figura 2-63 Diagrama caraterstico da proteo DDL, adaptado de [24] ........................... 71 Figura 2-64 Esquema de teste/ensaio de linha EDL,baseado em [25] ................................ 72 Figura 2-65 Modelo de explorao normal A) de uma circulao entre duas SSTDC B) Curto-Circuito franco Catenria-carril entre duas SSTDC B) .............................................. 73 Figura 2-66 Correntes de curto-circuito em sistema de alimentao DC ............................ 74 Figura 2-67 Posto de de subseccionamento ......................................................................... 75
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xxii Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial
Figura 2-68 Posto de subseccionamento e paralelo ............................................................ 76 Figura 2-69 Posto de seccionamento e paralelo .................................................................. 77 Figura 2-70 Posto de ramal ................................................................................................. 78 Figura 2-71 Posto de barramento ........................................................................................ 78 Figura 2-72 Posto de Barramento de Nine .......................................................................... 79 Figura 2-73 Posto auxiliar ................................................................................................... 79 Figura 2-74 Esquema unifilar de Posto Autotransformador ............................................... 80 Figura 2-75 Posto de Autotransformador de Alcains .......................................................... 81 Figura 2-76 Posto de autotransformador de Alcains (continuao) .................................... 82 Figura 2-77 Quadro de entrada da alimentao eltrica de posto de catenria ................... 83 Figura 2-78 Telefone seletivo de posto de catenria ........................................................... 83 Figura 2-79 Armrio de telecomando ................................................................................. 84 Figura 2-80 Interruptor usado em posto de catenria (esquerda), caixa de comando do interruptor IB1 (direita) ....................................................................................................... 84 Figura 2-81 Seccionador de duas posies (fechado/Aberto) em posio FECHADO ( esquerda) e em posio ABERTO ( direita): (1) contacto do terminal mvel; (2) contacto do terminal fixo[7] ................................................................................................ 85 Figura 2-82 Transformador de corrente .............................................................................. 86 Figura 2-83 Fusvel de Mdia tenso de proteo do transformador .................................. 87 Figura 2-84 Retorno da corrente de trao no sistema standard ......................................... 90 Figura 2-85 Esquema de funcionamento do sistema RT ..................................................... 91 Figura 2-86 Transporte de energia a 50 kV e alimentao da locomotiva de trao a 25 kV ............................................................................................................................................. 92 Figura 2-87 Esquema de funcionamento da distribuio de corrente no sistema autotransformador adaptado de [31] ................................................................................... 92 Figura 2-88 Desenho de LTI para via dupla, princpio do sistema autotransformador ...... 93 Figura 2-89 Desenho de ligao LEAE, via dupla, dois CDTE e sistema autotransformador ............................................................................................................................................. 94 Figura 2-90 Representao esquemtica da infraestrutura catenria .................................. 95 Figura 3-1 Mala de ensaios da REFER ............................................................................... 97 Figura 3-2 Condies do rel de proteo religador (KVTR 102), da SST de Irivo, para existir religao automtica ................................................................................................. 99 Figura 3-3 Caixa de comando do disjuntor (esquerda) da SST de Irivo e representao dos mecanismos de manobra (Direita) ..................................................................................... 100 Figura 3-4 Procedimentos com aparelhagem de medida em testes de protees .............. 103 Figura 3-5 Teste de protees e religao (esquerda), painel de comando e sinalizao da SST de Irivo( direita e em cima) , pormenor do disjuntor D1 e sinalizaes( direita e em baixo) ................................................................................................................................. 104 Figura 3-6 Posto de catenria de Canha ............................................................................ 106 Figura 3-7 Caixa de comando do seccionador telecomandado ......................................... 106 Figura 3-8 Esquema de ligaes da caixa de comando do seccionador ............................ 107 Figura 3-9 Aparelhagem exterior do posto de catenria de canha (esquerda), seccionador ( direita e em cima), caixa de comando montada ( direita e em baixo) ............................. 108 Figura 4-1 ngulo slido .................................................................................................. 111 Figura 4-2 Intensidade luminosa de uma fonte de luz em funo do seu ngulo slido. .. 111 Figura 4-3 Medio da iluminncia atravs de um luxmetro [36] ................................... 112 Figura 4-4 Iluminncia ...................................................................................................... 113 Figura 4-5 Lei do inverso dos quadrados .......................................................................... 114
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Figura 4-6 Luminncia ...................................................................................................... 115 Figura 4-7 Grfico da eficincia energtica de algumas fontes luminosas [38] ................ 116 Figura 4-8 Temperatura da cor [36] .................................................................................. 117 Figura 4-9 Espetro visvel de diversas fontes de luz [39].................................................. 118 Figura 4-10 Solues comercialmente disponveis ........................................................... 119 Figura 4-11 Tecnologia por detrs do LEP [45] ................................................................ 121 Figura 4-12 Constituio de um LEP [47] ........................................................................ 122 Figura 4-13 Funcionamento da tecnologia LEP [46] ........................................................ 123 Figura 4-14 Constituio do sistema LiFi, pormenor do ressonador cermico e o bolbo de quartzo (esquerda), sistema completo (direita) [46]. ......................................................... 124 Figura 4-15 Configurao do sistema LiFi, adaptado [50],[51] ........................................ 124 Figura 4-16 Comparao da eficincia da aplicao: HPS vesus LEP [46] ...................... 126 Figura 4-17 Histograma das horas dirias de iluminao artificial e curva de distribuio normal ................................................................................................................................ 128 Figura 4-18 Distribuio desagregada dos Horrios de Alta tenso em ciclo dirio e ciclo normal ................................................................................................................................ 129 Figura 4-19 Valor atual lquido (anual) entre investir na tecnologia LEP, em detrimento da tecnologia de HPS (cenrio 1). .......................................................................................... 134 Figura 4-20 Valor atual lquido (anual) entre investir na tecnologia LEP, em detrimento da tecnologia de HPS (cenrio 2). .......................................................................................... 135 Figura 4-21 Valor atual lquido (anual) entre investir na tecnologia LEP, em detrimento da tecnologia de HPS (cenrio 3). .......................................................................................... 136 Figura 4-22 Distribuio desagregada dos custos marginais de Alta tenso para o ciclo dirio e ciclo normal .......................................................................................................... 137 Figura 4-23 Luminria Wave GR 400AP da Alphalite [57] ............................................. 139 Figura 4-24 Simulao da iluminncia de um parque de estacionamento de 25x20m [57] ........................................................................................................................................... 140 Figura 4-25 Visualizao da iluminncia e distribuio espectral da lmpada de alto vapor de sdio( em cima), visualizao da iluminncia e distribuio espectral da lmpada LEP (em baixo) [46] .................................................................................................................. 141 Figura 4-26 Repartio por tecnologia comercializada pela EDP Servio Universal [59] 143
Figura A3- 1 Esquema unifilar SST Irivo, Folha A .......................................................... 163 Figura A3- 2 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 1 ........................................................... 164 Figura A3- 3 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 2 ........................................................... 165 Figura A3- 4 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 3 ........................................................... 166 Figura A3- 5 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 10 ......................................................... 167 Figura A3- 6 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 14 ......................................................... 168 Figura A3- 7 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 18 ......................................................... 169 Figura A3- 8 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 29 ......................................................... 170 Figura A3- 9 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 30 ......................................................... 171 Figura A3- 10 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 32 ....................................................... 172 Figura A3- 11 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 48 ....................................................... 173 Figura A3- 12 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 51 ....................................................... 174 Figura A3- 13 Esquema unifilar SST Irivo, Folha 58 ....................................................... 175
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NDICE DE TABELAS
Tabela 2-1 Classes de preciso dos TI [10] ......................................................................... 32 Tabela 2-2 Protees trifsicas das SST DC ....................................................................... 66 Tabela 2-3 Funes de proteo 1500 VDC ......................................................................... 66 Tabela 2-4 Distncias entre ligaes transversais ............................................................... 95 Tabela 4-1 Sinais de controlo do sistema LiFi [51] .......................................................... 125 Tabela 4-2 Caratersticas das tecnologias em estudo ........................................................ 126 Tabela 4-3 Intervalo de 50% do somatrio das horas ....................................................... 129 Tabela 4-4 Dados em avaliao para o cenrio 1 .............................................................. 133
Tabela A4 1 Estatsticas das horas de luz artificial ano 2013 ........................................... 177 Tabela A4 2 Estatsticas das horas observadas nos ciclos semanal normal e dirio ......... 178 Tabela A4 3 Simulao dos Cenrios 1, 2 e 3 ................................................................... 179 Tabela A4 4 Clculo da desagregao tarifria para ciclo semanal de 1 kWh, e custo associado para ms de janeiro de 2013 ............................................................................. 180 Tabela A4 5 Clculo das receitas marginais entre o ciclo semanal normal e ciclo dirio 181 Tabela A4 6 Estatsticas para os ciclos semanal e dirio da receita marginal-(custo de energia) .............................................................................................................................. 182 Tabela A4 7 Especificaes tcnicas da Luminria WAVE- Luminria para reas / estacionamentos ................................................................................................................ 182 Tabela A4 8 Clculo de emisses especficas de dixido de carbono [59],[60] ............... 183
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1 Introduo
A REFER EPE (Rede Ferroviria Nacional) a empresa responsvel, em Portugal, pela
prestao de servio pblico de gesto da infraestrutura integrante da rede ferroviria
nacional, desenvolvendo as suas atividades de acordo com princpios de modernizao e
eficcia, de modo a assegurar o fornecimento contnuo de servio de um modo competitivo
e seguro respeitando o meio ambiente. Atualmente, com acrscimo do trnsito ferrovirio,
necessrio adequar as novas tecnologias e prepar-las para o futuro de novas realidades,
tornando-se necessrio a existncia de novos modos de explorao e manuteno da
infraestrutura ferroviria de modo a que se garanta a comodidade e a continuidade do
servio do material circulante propulsionado atravs da energia eltrica.
Uma rede de trao ferroviria um sistema nico, tanto no ponto de vista do uso como da
configurao dos sistemas eltricos relativos rede de trao.
Os modos de explorao e manuteno de instalaes de subestaes de trao e postos de
catenria so conduzidos para que exista um bom funcionamento, diminuindo as
ocorrncias e aumentando o ciclo de vida de todo o equipamento constituinte deste tipo de
instalaes.
O estgio curricular na Rede Ferroviria Nacional, REFER EPE, efetuado na Direo de
Engenharia da Infraestrutura -Catenria e Energia de Trao, teve como principal objetivo
abordar alguns dos temas inerentes s atividades desenvolvidas por este rgo.
O incio do estgio curricular coincidiu com uma formao de 35 horas de energia de
trao para tcnicos, tendo servido de base para o estgio.
Por motivos de reorganizao da empresa, este estgio curricular teve a sua concluso na
empresa REFER Engineering SA (empresa pertencente ao Grupo REFER), que uma
empresa especializada em consultoria e engenharia dos transportes focada em todos os
segmentos e especialidades do setor ferrovirio ligeiro e pesado.
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1.1 mbito tcnico e objetivos
Com base no enquadramento e motivao apresentados pela Engenharia da Infraestrutura,
definiram-se os objetivos especficos para orientar o desenvolvimento particular deste
estgio, que foram os seguintes:
Sistemas de Alimentao para Trao Eltrica
Subestaes de Tenso Alternada
Subestaes de Tenso Contnua
Postos de catenria
Circuito de Retorno de Corrente de Trao, Terras e Protees
Procedimentos de consignao de linhas de chegada das subestaes
1.2 Acompanhamento de trabalhos
Ao longo do estgio acompanhei a equipa tcnica da REFER em diversos trabalhos,
especialmente nos seguintes:
Ensaios de rels de proteo
Modificao e ensaio de instalaes eltricas
Medio de caractersticas dos leos isolantes dos transformadores de potncia
Trabalhos de Manuteno Preventiva Sistemtica
Consignao de linhas de chegada s subestaes
1.3 Desenvolvimento de trabalhos
Para alm das atividades referidas nos pontos anteriores, foi-me proposto para desenvolver
um estudo tcnico-econmico com vista melhoria da eficincia energtica/racionalizao
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da iluminao das subestaes de trao. Este estudo visa a reduo de consumos e dos
custos associados de energia eltrica nas subestaes de trao.
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2 Caracterizao Tcnica dos Sistemas de Trao
O sistema eltrico (a montante do sistema de trao ferrovirio) composto pelos
subsistemas de produo de energia, transporte e distribuio de energia at subestao
de trao [1]. A subestao de trao deve ser projetada de forma a que esteja
compatibilizada com a rede a montante (rede pblica de transporte ou distribuio) com
vista a fornecer a alimentao eltrica infraestrutura ferroviria, assegurando o
cumprimento dos padres de qualidade de fornecimento de energia (tenso e frequncia),
conforme a norma EN 50163-Railway applications-Supply voltages of traction systems
[2]. O sistema eltrico de trao constitudo pelo sistema de alimentao (subestao de
trao), catenria, sistema de retorno da corrente e o material circulante. A Figura 2-1
ilustra a constituio e interligao entre estes dois sistemas atravs de uma representao
esquemtica.
Figura 2-1 Representao esquemtica do sistema eltrico de alimentao [3]
2.1 Sistemas de Alimentao para Trao Eltrica
Em Portugal os sistemas eltricos de trao so divididos em sistemas de corrente contnua
e de corrente alternada, conforme representado na Figura 2-2.
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Figura 2-2-Sistemas de alimentao para trao eltrica ferroviria em Portugal, adaptado de [4]
A Figura 2-2 ilustra a representao esquemtica dos sistemas eltricos de trao, que
sero alvo de estudos no mbito deste estgio que sero apresentados nas seces 2.1.1 a
2.1.5 deste relatrio.
2.1.1 Sistema de alimentao 1500 V DC
O sistema de alimentao a 1500 V DC, foi o primeiro sistema de alimentao eltrica que
surgiu em Portugal em 15 de Agosto de 1926, implementado na linha de Cascais, com a
extenso de 26 km onde se encontram atualmente em servio 6 subestaes de trao [4] .
Este sistema de alimentao surgiu devido ao facto do controlo dos motores de corrente
contnua ser mais simples, bem como no incio do sculo XX, a eletrnica de potncia ser
ainda rudimentar e de grandes dimenses em termos de peso e volume para tenses
elevadas [4]. As subestaes de corrente contnua so alimentadas a partir da rede pblica,
normalmente em mdia tenso AC. Este tipo de sistema dispe de grupos de transformao
trifsico e retificao para converter a tenso de alimentao AC em DC. A retificao
feita atravs de dodos, por ser a soluo mais econmica. Esta soluo permite apenas o
fluxo de corrente no sentido da carga. A subestao de trao alimentada na sua entrada
por duas linhas trifsicas a 10 kV, sendo as entradas ligadas a um barramento transversal
de mdia tenso [5]. Os dois grupos transformador/retificador convertem e adaptam a
tenso alternada em contnua com um nvel de 1500V DC.
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A retificao feita atravs de um retificador dodecafsico, conseguida atravs do paralelo
de dois grupos transformador/retificador em ponte trifsica. Um dos transformadores tem
um grupo de ligaes tringulo-estrela (Dy11) e outro tringulo-tringulo (Dd0), conforme
a Figura 2-3. Cada transformador aplica ao respetivo retificador um conjunto de tenses
trifsicas compostas de 1250 V.
D1U0
U4
U8
U0
U4
U8
D3 D5
D4 D6 D2
MD1
U0
U4
U8
D3 D5
D4 D6 D2
U0
U4
U8
M
+1500 Vcc
Catenria
Transformador 1Ligao Dd0
Transformador 2Ligao Dy11
-1500 Vcc
Figura 2-3- Esquema eltrico de uma SST em corrente-contnua com retificao AC-DC
A Figura 2-3, mostra os dois grupos transformador/retificador, em que a sequncia de
conduo para cada par de dodos (D1-D2), (D2-D3), (D3-D4), (D4-D5), (D5,D6) e (D6-
D1). O par de dodos que tiver aos seus terminais a maior tenso instantnea, de fase a fase
entrar em modo de conduo [6].
Os dois conjuntos de tenses compostas encontram-se desfasadas entre si de 30 conforme
se representa na Figura 2-4. Como os dois conversores esto colocados em paralelo
possvel ter uma retificao de 12 pulsos, obtendo-se uma retificao mais lisa (menor
ripple)
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U8-U0
U4-U8
U0-U4
U8-U0
U4-U8
U0-U4
U8-U0 U0-U4
U0
U8
U4
Transformador 1
U4-U8
U8-U0
U4-U8
U0-U4
U8-U0
U0-U4
U0-U4
U8-U0U4-U8
U4-U8
Desfasamento - Tenses compostasno secundrio
Transformador 1 e Transformador 2
(a) (b) (c)
Transformador 2
30
Primrio
Secundrio
Primrio
Secundrio
Figura 2-4 Diagrama vetorial das tenses compostas nos transformadores com ligao Dd0 (a) e Dy11(b) , (c) diagrama das tenses compostas do secundrio aplicadas a cada um dos retificadores-
adaptado de [7]
A Figura 2-5 ilustra as formas de onda e a respetiva retificao da tenso para um perodo
de 20ms, para cada grupo transformador/retificador a operar isoladamente (6 pulsos).
Pode-se observar ainda na Figura 2-5 o resultado do paralelo dos dois grupos retificadores
onde se obtm a retificao a 12 pulsos, resultante do desfasamento de 30.
Figura 2-5 Formas de onda simples no secundrio das ligaes Dd0 e Dy11 e respetivas retificaes a 6 pulsos, e aplicao do paralelo dos 2 grupos (retificao a 12 pulsos) (Anexo 1)
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02-2000
-1000
0
1000
2000
Tempo (s)
Am
plitu
de(V
)
Ligao Dd0-Transformador 1
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.020
500
1000
1500
2000
Tempo (s)
Am
plitu
de (
V)
Ligao Dd0-Retificao 6 Pulsos
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02-2000
-1000
0
1000
2000
Tempo (s)
Am
plitu
de (
V)
Ligao Dy11-Transformador 2
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.020
500
1000
1500
2000
Tempo (s)
Am
plitu
de (
V)
Ligao Dy11-Retificao 6 pulsos
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02-2000
-1000
0
1000
2000
Tempo (s)
Am
plitu
de (
V)
Sinais de Dd0 e Dy11 a aplicar aos retificadores
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.020
500
1000
1500
2000
Tempo (s)
Am
plitu
de (
V)
Retificao 12 Pulsos
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Existem seis subestaes de corrente-contnua que esto ligadas eletricamente entre si
atravs da catenria funcionando em paralelo, conforme se pode constatar na Figura 2-6.
Nesta situao no necessrio uma zona neutra, como acontece para os sistemas em
corrente alternada apresentados mais frente. A ligao das subestaes em paralelo
permite alimentar a carga em modo bialimentado, isto , pelas subestaes ligadas rede
de trao.
Figura 2-6 Esquema eltrico de princpio de alimentao da rede de trao em DC a partir de duas subestaes em paralelo [4]
2.1.2 Sistema de alimentao a 25 kV/50Hz AC
O sistema de alimentao a 25 kV monofsico o mais usado nos sistemas eltricos de
trao da Rede Ferroviria Nacional, cuja designao convencional 1 25 kV. Neste
sistema, o primrio do transformador monofsico de potncia ligado a duas fases (tenso
composta) da rede de alimentao, apresentando o secundrio uma tenso simples aos seus
terminais de 25 kV. Um dos terminais secundrio ligado terra e ao sistema de retorno
da corrente de trao (carril), o outro catenria como se mostra na Figura 2-7.
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Energia de TraoEnergia de Trao
Carril + Sistema de Retorno
T1- (Subestaes de Trao AC)
Zona NeutraZN
Fase A
Fase B
Prxima SSTZN
Figura 2-7- Esquema eltrico de princpio de alimentao da rede de trao em AC 125 kV adaptado de [4]
2.1.3 Sistema com alimentao bifsica
Atualmente nos sistemas de alimentao AC, o esquema de montagem que mais se utiliza
o esquema de ligao bifsica, conforme Figura 2-8. Neste tipo de montagem existem
normalmente dois transformadores de potncia alimentados pelas mesmas duas fases,
funcionando um em carga e o outro fica de reserva.
Neste tipo de ligao no necessrio a existncia de uma zona neutra junto SST para a
separao de fases. Poder no entanto existir uma zona neutra para facilitar a explorao da
rede ou permitir a utilizao dos dois transformadores de potncia em simultneo, quando
os encravamentos o permitirem.
Para transformar a corrente eltrica trifsica numa tenso simples de 25 kV, recorre-se
transformao bifsica.
A montagem bifsica a que introduz maiores desequilbrios nas redes de alimentao
trifsicas do distribuidor de energia. No sentido de minimizar esse inconveniente, no
estdio de projeto escolhem-se as fases cujo impacto mnimo na relao do desequilbrio
da rede versus cargas eltricas ferrovirias.
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Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial 11
Este desequilbrio minimizado atravs da alternncia de fases entre subestaes, ou seja
uma subestao A utiliza as fases 0 e 4, a subestao B utiliza as fases 0 e 8, a
subestao C utiliza as fases 4 e 8 e assim sucessivamente. Esta alternncia exige o
estabelecimento de zonas neutras na catenria, entre subestaes, para evitar o curto-
circuito entre fases diferentes. A disposio e as combinaes de seccionamento permitem
minimizar o problema dos desequilbrios das cargas.
Energia de Trao
ZN
ZN
0
8 4
0
4
REN (MAT)EDP (AT)
CATENRIA
CIRCUITO DE RETORNO
T1 T2 (RESERVA)
25 kV
Figura 2-8-Esquema eltrico de princpio de uma subestao bifsica 25kV/50 Hz AC, adaptado de [1]
Em Portugal existem duas excees a este tipo de ligao bifsica: a SST da Amadora
(possui 3 transformadores de potncia), e a SST de Peges (que recebe 3 fases de
alimentao mas s utiliza duas). A terceira fase poder ser utilizada no futuro caso haja
necessidade de um aumento de potncia instalada.
2.1.4 Sistema de alimentao trifsica ou em V
Neste sistema de alimentao as cargas so alimentadas a uma tenso 1 25 kV, embora
nesta tipologia de ligao existam trs transformadores de potncia em que dois funcionam
em ligao V, e o terceiro funciona como reserva que pode substituir qualquer um dos
dois. A Figura 2-9 ilustra a configurao com configurao em V. Nesta configurao a
SST alimentada atravs de linhas de alimentao com 3 fases (linhas trifsicas).
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12 Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial
ZN ZN
Energia de TraoEnergia de Trao
ZN ZN
T1 T3(Reserva) T2
0
4
8
0
8 425 kV/ 50 Hz AC
REN (MAT)EDP (AT)
CATENRIA
CIRCUITODE RETORNO
25 kV
Figura 2-9 Esquema eltrico de princpio de uma subestao trifsica
Nesta tipologia de ligao cada transformador alimenta um setor de catenria e pode
funcionar independentemente do outro estar ou no ao servio. Na ligao em V
obrigatria uma zona neutra entre cada setor. A Figura 2-9 ilustra que o desfasamento entre
tenses secundrias de 60, equivalente a uma diferena de potencial de 25 kV entre elas.
Na Rede Ferroviria Nacional, existem cinco SST com a configurao em V: Travagem,
Salreu, Alfarelos, Entroncamento e Vila Franca de Xira.
2.1.5 Sistema de alimentao 2 25 kV/50Hz
O sistema de alimentao 225 kV, surgiu em Portugal em 1996 na eletrificao da linha
da Beira Alta. Esta soluo inovadora foi encontrada pelos tcnicos de energia de trao
devido escassez de pontos de alimentao. Esta soluo permitiu ainda um maior
espaamento entre subestaes e a reduo das perdas eltricas na rede de trao dado que
a alimentao se efetua a 50 kV [4].
Foram construdas trs subestaes de trao ligadas rede nacional de transporte (RNT)
a 220 kV, para alimentar os 200 km da linha da Beira Alta [8]. Este sistema tem
componentes adicionais em relao ao sistema de alimentao 125 kV. Este sistema pode
ser apresentado como, possuindo nas subestaes de trao, transformadores de potncia
com ponto mdio no enrolamento secundrio, com uma tenso secundria de 50 kV, cujos
terminais so ligados um catenria e outro ao feeder, sendo o ponto mdio do
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enrolamento secundrio do transformador ligado ao carril, de modo a permitir a utilizao
do material motor habitualmente usado ao nvel de tenso dos 25 kV.
Ao longo da linha instalado o condutor denominado por feeder negativo (que apresenta
uma diferena de potencial de -25 kV em relao terra e de 50 kV em relao catenria)
cuja funo se relaciona com a alimentao dos autotransformadores.
Cada autotransformador constitudo por dois enrolamentos com nmero de espiras
idntico. A funo dos autotransformadores distribuir a corrente de trao pela catenria
e feeder de forma a diminuir as quedas de tenso ao longo da linha e permitir a reduo da
corrente de retorno pelo carril.
Os autotransformadores, normalmente instalados a 10 km de distncia entre si, tm como
funo efetuar a ligao eltrica entre a catenria, o feeder negativo e o sistema de
retorno/terra. Na Figura 2-10 apresenta-se um esquema simplificado das ligaes do
autotransformador.
Figura 2-10 Esquema de ligaes do autotransformador [8]
Quando o autotransformador est em vazio as correntes de catenria e de feeder, so muito
pequenas (corrente de magnetizao) e tm sentidos de forma a que os fluxos gerados
pelos dois enrolamentos se somem. Neste caso a corrente que circula entre o ponto mdio
do enrolamento e o carril teoricamente nula.
Quando a carga (comboio absorvendo energia da catenria) se encontra entre dois
autotransformadores, a alimentao feita atravs do troo da catenria a montante e a
jusante devido ao efeito dos autotransformadores. A corrente eltrica de trao que circula
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14 Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial
atravs dos dois autotransformadores retorna subestao atravs do feeder. Assim a
corrente que circula nos carris e no solo mnima como se verifica na Figura 2-11.
-25 kV
25 kV
i
i
i i
i
i Catenria
Carril + Sistema
de Retorno
Subestao de
Traco
Rede de
Alimentao
Feeder
Auto-transformador Auto-transformador
i
Figura 2-11 Esquema do sistema de alimentao 225 kV [8]
Nesta situao de carga provocado um desequilbrio do sistema. A tenso de catenria
junto ao autotransformador tem tendncia a baixar, no entanto o conjunto dos dois
enrolamentos do autotransformador abraam um circuito magntico comum o que faz com
que a corrente se distribua equilibradamente pelo feeder e pela catenria logo que esta
encontra um autotransformador. Como a corrente est distribuda por estes dois
condutores, catenria e feeder, a queda de tenso menos acentuada.
Em concluso, este sistema permite o transporte de maior quantidade de energia com
menores quedas de tenso, o que possibilita uma maior distncia entre subestaes de
trao. O sistema 225 kV apresenta ainda a vantagem de ter uma impedncia equivalente
menor quando comparada com o sistema 125 kV. No entanto tem a desvantagem de ser
um sistema de alimentao mais dispendioso, em mdia, em 25% que o sistema 125 kV.
Este facto deve-se a esta soluo dispor de mais equipamentos, com aparelhos de
corte/seccionamento bipolares, e por isso apresenta tambm custos de manuteno
superiores [8].
2.1.6 Desfasamentos e diferenas de potencial entre setores de catenria
No sistema de alimentao de 25 kV, uma subestao alimenta um conjunto de setores de
catenria. Estes setores esto eletricamente separados dos outros setores alimentados por
outras subestaes para impedir a circulao de correntes paralelas na rede de distribuio
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de alta tenso, sendo esta separao feita pela zona neutra. Em caso de avaria de uma
subestao possvel alimentar a catenria da subestao adjacente atravs de um by-pass
realizado pelo disjuntor longitudinal, localizado no posto de catenria de zona neutra
(Figura 2-12).
Diferena de potencial entre SST1SST2=55kV
SST1 SST2
U0-U4
U4-U0 -(U4-U0)
(U0-U4)-(U4-U0)
U0
U8 U4
U8-U0
U4-U8
U4-U0
U0
U8 U4
U8-U0
U4-U8
U0-U4
Figura 2-12 Esquema de desfasamentos de tenses entre duas SST com zona neutra.
O conhecimento das diferenas de potencial entre duas SST revela-se importante para o
dimensionamento do disjuntor do posto de catenria, bem como todos os isoladores para
garantir a distncia de guarda de ar necessria para que no haja disrupo eltrica entre os
dois setores de catenria. Um dos casos mais desfavorveis quando temos duas SST com
as tenses em oposio de fase, o que origina uma tenso eficaz de 55 kV e de pico at
77,8 kV entre os dois setores de catenria, conforme Figura 2-13. Segundo a norma EN
50163, a tenso mxima admissvel permanente num s setor de 27,5 kV e a tenso no
permanente mxima admissvel de 29 kV.
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16 Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
U0-U4
(U4-U0)
(U0-U4)-(U4-U0)=DDP
38,89 kV
-38,89 kV
DDP=77,8kV
Am
plitu
de d
a T
ens
o (k
V)
Tempo (s)
Figura 2-13 Desfasamentos de 180 entre duas SST, adaptado de [9]
O conhecimento dos desfasamentos e diferenas de potencial tambm se revela importante
na determinao de curto-circuitos entre duas subestaes, para se poder parametrizar as
protees eltricas. Tomemos o caso entre duas subestaes de trao, como mostra na
Figura 2-14.
Energia de Trao
Zona NeutraCATENRIA
CIRCUITO DE RETORNO
TT1 TT2
VDesfasamento
120190V47,63kV
VV
CATENRIA
120
27,5
27,5
30
30U8-U0
U0-U4
SST ABRANTES SST RDO
25000/110 V
Relao de transformaoTT1 e TT2
RT=25000/110 V
110 V27,5 kV27,5 kV27,5 kV27,5 kV110 V27,5 kV27,5 kV27,5 kV27,5 kV
0
8
0
4
47,6
3U8-U0
U0-U4
-(U0-U4)
Figura 2-14 Desfasamento entre SST de Abrantes e SST de Rdo, adaptado de [9]
No caso de existir um curto-circuito entre dois setores a potncia vista do lado da SST de
Abrantes dada pela equao 2-1.
)3070cos( = CCababCC IUP
2-1
Com CCabP Potncia vista do lado de Abrantes;
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abU Tenso da SST de Abrantes, com 60 de desfasamento entre rdab UU ;
rdU (a Tenso da SST de Rdo);
CCI Corrente de curto-circuito, 70 relativos impedncia da catenria;
A impedncia da catenria aproximadamente kmjZ /4.016,0 += , que em
situao de curto-circuito entre duas subestaes (no existe contacto entre a catenria e
carril), o desfasamento introduzido pela catenria ser aproximadamente de 70. Neste caso
0>CCabP , logo a SST de Abrantes fornece energia ativa, pelo que no existe inverso de
potncia ativa na SST de Abrantes, como se representa na Figura 2-15.
30
47,6
3
ZEDP Ztransformador ZCatenria ZEDPZtransformadorZCatenria
Zretorno Zretorno
Uab
Urd
Uab-Urd
Icc
ZN-Zona Neutra
Z-Impedncia
-Urd
ZN Belver
Uab-Urd
Urd=U0-U4
Uab=U8-U0
Icc
Figura 2-15 Fluxo de Potncia para o caso de defeito na SST Abrantes, adaptado de [9]
Da mesma forma, a potncia de curto-circuito vista pelo lado da SST de Rdo dada pela
equao 2-2.
)3070cos( +=CC
IUP rdCCrd 2-2
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Com CCrdP a potncia vista do lado de Rdo;
rdU tenso da SST de Rdo com 60 de desfasamento em relao a abrd UU ;
CCI corrente de curto-circuito como representado na Figura 2-16.
ZEDP Ztransformador ZCatenria ZEDPZtransformadorZCatenria
Zretorno Zretorno
ZN Belver
Urd
Uab
Urd-Uab
30
47,6
3
ZN-Zona Neutra
Z-Impedncia
Icc
Uab=U8-U0
Urd=U0-U4
Urd-Uab
-Uab
Icc
Figura 2-16 Defeito observado na SST de Rdo, adaptado de [9]
Nesta situao 0
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Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial 19
mesma potncia ao distribuidor durante um ano, isto , passar a ser este o valor da
potncia contratada.
No caso da explorao da rede, se existir a necessidade de aes de manuteno, ou
consignao de linhas (numa subestao) existe a necessidade de deslastrar as cargas para
as SST adjacentes. Em caso de avaria da SST poder, no limite, haver a necessidade de
alterar horrios de circulao do material circulante.
Na Figura 2-17 tem-se a informao referente ao diagrama de cargas da SST do
Entroncamento.
Figura 2-17 Diagrama de carga da potncia ativa mxima em kW em dias uteis para a SST do Entroncamento, obtido pela central de telecontagem da REFER
Se for colocada fora de servio esta subestao a alimentao dos setores adjacentes SST
do Entroncamento feita pela SST do Litm e pela SST de Vila Franca de Xira.
Na Figura 2-18 podemos verificar que na SST do Litm no existe qualquer problema com
o deslastre de cargas, ao invs da SST de V. F. de Xira em que existem certos perodos,
entre as 18:00 e as 19:45, por exemplo, que no se deve deslastrar carga devido potncia
tomada ser superior potncia contratada. S em caso de motivos de fora maior, no caso
da indisponibilidade da SST com vista a ser assegurada a continuidade de servio, que se
deve operar neste horrio ou tentar deslocar cargas de prioridade menos importantes para
outros perodos horrios.
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Figura 2-18- Deslastre das Cargas SST- Litm, SST V. F. Xira
2.2 Subestaes de tenso alternada
2.2.1 Esquemas unifilares de subestaes
Uma subestao de trao (SST) pode ser definida como uma instalao eltrica de
alimentao e distribuio de energia eltrica com o objetivo de transformao do nvel de
tenso a ser usado pelos comboios, sendo constituda por equipamentos de proteo,
equipamentos de corte/seccionamento e transformadores de potncia e de medida. As SST
possuem dispositivos de proteo capazes de detetar diferentes tipos de defeitos no sistema
e isolar partes onde ocorrem. Para se poder compreender o princpio de funcionamento de
uma subestao torna-se necessrio conhecer a simbologia e o funcionamento bsico de
todos os equipamentos. O incio do painel de linha da SST, conforme a Figura 2-19,
incorpora um seccionador motorizado, com a possibilidade de ligao terra (no caso de
consignao), esta operao s realizada pelo tcnico da SST com a linha sem tenso. O
transformador de tenso (TT) de linha apresenta trs enrolamentos secundrios, com
classes de preciso diferentes, sendo esta definida pelo erro mximo de tenso (mdulo e
fase) de acordo com o tipo de aparelhos alimentados pelo secundrio [10]. A potncia do
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Subestaes de Trao e Postos de Catenria-Engenharia
Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial 21
TT especificada tendo em conta a potncia absorvida pelos aparelhos de medida e
proteo por ele alimentados.
RE
NS
UB
ES
TA
O
SEL1/StL11250 A
TTL1 (4)220 kV / 100 - 100 V
v3 v3 v3S1: 30VA Cl 0.2S2: 30VA Cl 1
TTL1 (8)220 kV / 100 - 100 V
v3 v3 v3S1: 30VA Cl 0.2S2: 30VA Cl 1
M
CHEGADA RENLINHA 1
Seccionador da Linha 1-Motorizado com tomada de terra-Funo Abertura e fecholongitudinal em vazio (sem corrente)
Transformador de Tenso da Linha 1 220 kV / 100 V- 100 V
v3 v3 v3 (Converte a tenso num valor adequado aos equipamentos de baixa tenso. Contadores, voltmetros e protees)
8 4
Figura 2-19 Circuito unifilar do painel de entrada da linha de alimentao da SST(continua na Figura 2-20)
Ainda no painel de entrada de linha segue-se o transformador de corrente de linha que tal
como o TT, tem a potncia especificada de acordo com a potncia absorvida pelos
aparelhos de medida e de proteo por ele alimentado. Como mostra a Figura 2-20,
seguem-se dois seccionadores, um no barramento principal e outro no barramento
transversal com comando motorizado, que interrompem ou estabelecem a continuidade do
circuito eltrico que, sem poder de corte garantido no podem ser manobrados em carga.
200-400 A / 5-5-5 AS1: 20VA Cl 0.2S2: 30VA Cl 1S3: 30VA Cl 5P20
200-400 A / 5-5-5 AS1: 20VA Cl 0.2S2: 30VA Cl 1S3: 30VA Cl 5P20
SL1-21250 A
M
ST11250 A
M
Transformador de Corrente da Linha 1 -200/5 AConverte a corrente num valor adequado aos equipamentos de baixa tenso.
(Contadores, Amperimetros e protees)
Seccionador Motorizado do Transformador 1 Executa corte longitudinal em vazio
Seccionador MotorizadoInterbarras da Linha 1 com a
Linha2-Realiza corte - AberturaFecho transversal em Vazio
Figura 2-20 Circuito unifilar do painel de entrada da linha de alimentao da SST (continua na Figura 2-21)
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22 Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial
A proteo contra sobreintensidades (sobrecargas e curtos circuitos) e mxima tenso
efetuada pelo disjuntor. A jusante do disjuntor (Figura 2-21) intercalado o descarregador
de sobretenses (ligado em paralelo com o equipamento a proteger), que tem como
finalidade escoar as sobretenses existentes na linha de origem atmosfrica ou originadas
por manobras de equipamentos nas subestaes, limitando o valor mximo da tenso, o
que permite a continuidade de servio sem alteraes. Por razes histricas [9], este
dispositivo tambm conhecido por Para-raios, o que na prtica uma designao
incorreta.
Segue-se o transformador de potncia que tem como objetivo efetuar a converso do nvel
de tenso, neste caso particular 2x25 kV por intermdio de dois enrolamentos secundrios.
Estes dois enrolamentos esto ligados internamente para que, com o ponto central ligado
aos carris, exista uma tenso de +25 kV no fio de contato e de -25 kV no feeder.
O mesmo transformador tem associado um TI de proteo de cuba (para detetar eventuais
contactos entre os enrolamentos e o ncleo ou a cuba), isto , quando h um defeito forma-
se um circuito fechado pela terra que percorre o primrio do TI, que por sua vez alimenta
um rel de corrente que atua um contacto, desligando o disjuntor que alimenta o
transformador.
A jusante do transformador existe um TI toroidal de corrente, instalado no neutro com dois
secundrios (um destinado a medidas e o outro a protees). Na Figura 2-21 est ainda
presente a caixa de tomada de neutro.
O transformador de potncia est equipado com um regulador de tenso em carga,
instalado no enrolamento primrio, para garantir maior estabilidade de tenso na rede
eltrica de trao.
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Mestrado em Controlo e Electrnica Industrial 23
DT12000 A31,5 kA - 3 s.
PR1 (4)1200 A - 2 ms20 kA - 8/20 s
PR1 (8)1200 A - 2 ms20 kA - 8/20 s
T1220 kV / 2x27,5 kV20 MVA (10/10 MVA)Ucc - 7,0 %
Reg. Tomadas Primrio+14/-10 2500 V
Sobrecargas50 % - 30 min100 % - 5 min
TcT150 A / 5 AS1: 5 VA Cl 10P20
TCT1 (N)900 A / 5-5 AS1: 25VA Cl 1S2: 25VA Cl 5P20
4x(1x240)ALUMNIO/LXAV
2x(1x120)ALUMNIO/LXAV
+2
5 kV0
-25
kV
48
Disjuntor do Transformador 1-Realiza o corte longitudinal em carga ou emcurto circuito
Descarregador de sobretenses (Pra-raios) Linha 1 - fase 8 -Serve para escoar a energiaresultande das sobretenses
de origem atmosfricas ou no protegendo os restantes equipamentos
Transformador de Potncia 1- Converte a tenso
para 25 KV
Transformador toroidal da proteco de cuba
do Transformador 1
Caixa de tomada de neutro-
onde realizada a ligao do neutro dostransformadores, terra e circuito de retorno
Transformador toroidal da corrente de neutro do
Transformador 1
Figura 2-21 Circuito unifilar da SST (continua na Figura 2-22)
Neste caso particular, o parque exterior de equipamento de 25 kV foi em parte adaptado
para uma soluo do tipo GIS (Gas Insulated Switchgear) para instalao interior, dado que
esta soluo ocupa menor espao em relao aos AIS (Air Insulated Switchgear). O
equipamento GIS constitudo por funes modulares, como sejam os dispositivos com
funo de corte, medida e proteo, conforme apresentado na Figura 2-22. Est ainda
representado nesta figura o transformador de servios auxiliares que necessrio para a
operao dos equipamentos principais de uma subestao (quer de corrente-contnua quer
de corrente- alternada). Os equipamentos dos servios auxiliares alimentados em corrente-
contnua correspondem a dispositivos de comando dos vrios equipamentos exteriores e
interiores, alimentao da iluminao de emergncia do edifcio, bem como ao conjunto
de baterias.
O equipamento destinado a assegurar os servios auxiliares de corrente-contnua da
subestao, constitudo por um conjunto de carregador-bateria de acumuladores a 110V,
funcionando em tampo, com autonomia de 12 horas.
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M
SST11250 A
TCT1 (F)900 A / 5-5 AS1: 10VA Cl 1S2: 10VA Cl 5P20
TCT1 (C)900 A / 5-5 AS1: 10VA Cl 1S2: 10VA Cl 5P20
PRT1 (C)850 A - 2 ms10 kA - 8/20 s
PRT1 (F)850 A - 2 ms
10 kA - 8/20 s
TTB1 (F)27,5 kV / 100 VS1: 10VA Cl 0.5/3P
TTB1 (C)27,5 kV / 100 VS1: 10VA Cl 0.5/3P
M
SS11250 A
M
STA11250 A
M
DTA11250 A15 kA - 3 s
TCD1 (F)900 A / 5-5 AS1: 10VA Cl 1S2: 10VA Cl 5P20
TCD1 (C)900 A / 5-5 AS1: 10VA Cl 1S2: 10VA Cl 5P20
PRD1 (C)850 A - 2 ms10 kA - 8/20 s
PRD1 (F)850 A - 2 ms
10 kA - 8/20 s
M
SD11250 A
M
D11250 A15 kA - 3s
2x(1x240) 2x(1x240)
1x(1x240)COBRE/36-66kV
TCTA150 A / 5 AS1: 10VA Cl 1
TSA127,5 kV / 231 V50 kVAUcc - 4,0 %
Reg. Tomadas (Vazio) 2 x 2,5 %
ALUMNIO/36-66kVALUMNIO/36-66kV
GIS- Gas insulatedsubstation 8DA12
Transformador Servios Auxiliares 1
Transformador de cuba do Transformadorde Servios Auxiliares 1
Descarregador de sobretenses(Pra-raios) do Disjuntor 1 - Catenria
Figura 2-22 Mdulo GIS (continuao do esquema da Figura 2-23)
Finalmente, obtm-se a alimentao dos setores de catenria existentes para cada um dos
lados da subestao (Castelo Branco e Covilh) a partir do mdulo GIS, passando por um
seccionador longitudinal e outro transversal, que permitem vrias alternativas de
explorao. Existem ainda dois transformadores de tenso de sadas ligados em paralelo
(um com o feeder e outro com a catenria), com funes de recolha de informao de falta
de tenso e informao da tenso para as protees, conforme mostra a Figura 2-23.
EX
TE
RIO
R
PRS1 (C)850 A - 2 ms10 kA - 8/20 s
PRS1 (F)850 A - 2 ms10 kA - 8/20 s
M
SC11250 A
CA
TE
N
RIA
SU
BE
ST
A
O
TTS1 (F)27,5 kV / 100 VS1: 30VA Cl 1
TTS1 (C)27,5 kV / 100 VS1: 30VA Cl 1
CASTELO BRANCO
15,8/150COBRE/NU MULTIFILAR
15,8/150COBRE/NU MULTIFILAR
Descarregador de sobretenses(Pra-raios)Sada 1 - feeder
Transformador de Tenso Sada 1 -
(catenria)
Transformador de Tenso Sada 1 - (feeder)
Seccionador 1-Motorizado Funo Abertura e fecho longitudinal
em vazio (sem corrente)
Seccionador Interbarras Sadas 25kVRealiza corte -Abertura e fecho-transversal
em vazio
Descarregador de sobretenses(Pra-raios)Sada 1 - Catenria
SS1-21250 AM
Figura 2-23-Circuito unifilar SST, referente ao troo final de alimentao das cargas (continuao do esquema da Figura 2-22)
-
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2.2.2 Mdulo GIS
Nas ltimas dcadas foram desenvolvidas solues com recurso ao encapsulamento de
aparelhagem de corte e seccionamento, protees, medidas e respetivos condutores e
barramentos, em compartimentos estanques a ar ou a gs isolante. Estes equipamentos
podem ser agrupados em painis compactos modulares constitudos por dispositivos de
corte, medida e proteo.
A gama de oferta atual permite o desenvolvimento de subestaes com base em
equipamentos compactos encapsulados [7].
Para as solues mais convencionais, os painis modulares so agrupados em monoblocos
que em conjunto satisfazem as necessidades funcionais pretendidas para a instalao. Os
painis dispem de um barramento transversal simples ou duplo onde so ligados os
painis adjacentes.
Os painis tm diversas funes associadas, tais como:
Chegada/Sada de cabos;
Seccionamento de barramentos;
Acoplamento de barramentos.
A estas funes principais de corte podem ser adicionadas outras funcionalidades,
nomeadamente:
Medida de corrente