Suicídio na adolescência

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I.E.E. VISCONDE DE CAIRU Seminário Integrado Nome: Maria Eduarda Grabin Série: 1ºME NOTURNO Santa Rosa, Rio Grande do Sul

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I.E.E. VISCONDE DE CAIRU

Seminário Integrado

Nome: Maria Eduarda Grabin

Série: 1ºME NOTURNO

Santa Rosa, Rio Grande do Sul

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Trabalho de conclusão do 1º ano do ensino médio.

Suicídio na adolescência

Acredito que pesquisar sobre o suicídio na adolescência, seria muito

interessante e trairia muitas curiosidades, pois está ocorrendo de um

modo elevado nos dias de hoje, além de ser muito importante.

O tema de formação social do individuo, trouxe curiosidade para saber

realmente as causas e os motivos.

Queria compreender o verdadeiro motivo que leva os jovens a suicidar-se.

Causando por isso dor, sofrimento e abatimento em todos os que amam.

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Objetivos

Mostrar o que leva um jovem a suicidar-se;

Observar o sofrimento dos familiares de um jovem que suicidar-se,

para assim termos mais consciência dos nossos atos;

Conhecer mais sobre o suicídio na adolescência, para aprofundar

nosso conhecimento e enriquecer nossa aprendizagem.

Apresentar causas, os comportamentos e as devidas situações que

levam ah um número tão grande de jovens a tirarem suas vidas,

também para as pessoas conhecerem um pouco mais e ficar

sabendo melhor sobre o devido assunto.

Metodologia

Pesquisa realizada em sites.

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O que é o suicídio na adolescência e por que ocorre¿

O jovem que comete um suicídio, acreditava que não existiam soluções

para os seus problemas, e muitas vezes dão sinais de um desequilíbrio

emocional, mas que passam despercebidos por familiares e amigos.

Prevenção do Suicídio na adolescência

Vários suicídios podem ser evitados, quando avisos simples enviados por adolescentes são observados, como mudanças repentinas de humor, agressividade, depressão e mensagens estranhas publicadas em veículos de comunicação.

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Comportamentos que levam o suicídio

Nos últimos 10 anos, têm aumentado as taxas de tentativa de suicídio e suicídio consumado em jovens.

98% das pessoas que cometem suicídio apresentam algum trasntorno mental à época do Suicídio (Flesmann, 2002), especialmente transtorno do humor (depressão, bipolar, etc).

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Ranking mundial de suicídio por pais e pelo Brasil

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Faixa Etária de suicidio na adolescencia

Dados do Mapa da Violência, do Ministério da Saúde, revelam que ele existe e está crescendo. De 2002 a 2012 houve um crescimento de 40% da taxa de suicídio entre crianças e pré-adolescentes com idade entre 10 e 14 anos. Na faixa etária de 15 a 19 anos, o aumento foi de 33,5%.

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Suicídios causados pelas redes sociais

Duas garotas, de 18 e 14 anos, foram achadas mortas em setembro. Polícia diz ter encontrado provas de que pacto foi firmado na internet.

Este caso aconteceu em gramado na serra gaucha, uma das jovens, que

tinha 18 anos, foi encontrada morta no dia 23 de setembro. A segunda, de 14

anos, foi achada sem vida na sexta-feira dia 24 de setembro. Outras três

adolescentes também fizeram cortes nos braços, segundo a polícia.

Responsável pelo caso, postagens em um grupo secreto de uma rede social

comprovaram a existência de um pacto de morte.

Agentes da Delegacia Regional de Gramado ainda identificaram um jovem do sexo masculino, que era amigo de parte das garotas e, segundo testemunhas, teve recentemente um surto psicótico.

Até agora, apenas três meninas que participavam do grupo foram identificadas. Durante os depoimentos delas, a polícia constatou que todas

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apresentavam cortes nos pulsos e no pescoço. Para a polícia, os ferimentos

ocorreram por automutilação, um indício de que o trio também tentou cometer suicídio. Duas delas estão hospitalizadas em Canela e Gramado.

Este foi um caso muito interessante que aconteceu no nosso estado ( RS ),

um de milhares que acontecem ah todo minuto no nosso mundo inteiro.

Garota Trans deixa mensagem suicida em

blog e logo depois se mata

Dia 28 de dezembro de 2014, a adolescente Leelah Alcorn morreu atropelada por um

caminhão na cidade de Union Township, em Ohio, EUA. Leelah era uma garota

transexual, lutando para conseguir iniciar sua transição para o sexo com que se

identificava. Ela caminhou aproximadamente 5 km da casa onde morava com seus

pais até a estrada, onde se jogou na frente do veículo e morreu.

Pouco tempo depois de sua morte, uma carta de suicídio foi publicada

automaticamente em seu blog. Nela, Leelah culpa diretamente seus pais por sua

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morte. Consciente desde os 14 anos de que era uma garota trans, Leelah teve seus

pedidos para que sua transição tivesse início antes da puberdade negada pelos pais.

Pior ainda, foi forçada por eles a frequentar terapeutas cristãos que só faziam

aumentar sua sensação de inadequação, tentando convencê-la a aceitar seu sexo de

nascimento.

Texto Suicida

Se você está lendo isso, quer dizer que eu cometi suicídio e obviamente não consegui apagar esse post da minha fila de publicação. Por favor não fique triste, é para o bem. A vida que eu teria vivido não valia a pena ser vivida… porque eu sou transgênero. Eu poderia entrar nos detalhes para explicar por que eu sinto isso, mas essa mensagem provavelmente já vai ser bem comprida sem isso. Para dizer de forma simples, eu sinto que sou uma garota aprisionada no corpo de um garoto, e eu sinto isso desde que tinha 4 anos. Eu nunca soube que havia um nome para essa sensação, nem que era possível para um garoto se tornar uma garota,

então nunca contei isso para ninguém e continuei a simplesmente fazer coisas tradicionalmente “de moleque” para tentar me encaixar. Quando eu tinha 14 anos, eu aprendi o que queria dizer transgênero e chorei de alegria. Depois de 10 anos de confusão, eu finalmente compreendi quem eu era. Eu imediatamente contei par aminha mãe, e ela reagiu de forma extremamente negativa, me dizendo que isso era uma fase, que eu nunca seria realmente uma garota, que Deus não comete erros, que eu estava errada. Se vocês estiverem lendo isso, pais,por favor não digam isso para seus filhos. Mesmo se você for cristão ou contra pessoas transgênero não diga isso jamais para alguém, especialmente seu filho. Isso não vai realizar nada além de fazê-lo odiar a si mesmo. Foi exatamente isso que aconteceu comigo. Minha mãe começou a me levar para um terapeuta, mas só me levava para terapeutas cristãos (todos eles muito preconceituosos), então eu nunca tive a terapia que eu realmente precisava para me curar de minha depressão. Eu só tive mais

cristãos me dizendo que eu era egoísta e estava enganada e deveria buscar ajuda em Deus. Quando eu fiz 16 anos eu percebi que meus pais nunca mudariam de ideia, e que eu teria que esperar até fazer 18 anos para começar qualquer tipo de tratamento de transição, o que partiu completamente meu coração. Quanto mais você espera, mais difícil é

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fazer a transição. Eu me sentia sem esperança, sentia que eu ia passar o

resto da vida parecendo ser um homem fantasiado de mulher. No meu aniversário de 16 anos, quando eu não recebi a permissão de meus pais para começar a fazer transição, eu chorei até dormir. Eu passei a ter uma atitude de “foda-se” com relação aos meus pais e me declarei gay na escola, achando que talvez se eu fizesse uma passagem gradual até me declarar trans o choque seria menor. Apesar da reação dos meus aigos ter sido positiva, meus pais ficaram putos. Eles resolveram que eu estava atacando sua imagem, e que eu era um constrangimento para eles. Eles queriam que eu fosse seu garotinho cristão perfeito, e obviamente isso não era o que eu queria. Então eles me tiraram da escola pública, esconderam meu laptop e meu celular, e me proibiram de entrar em qualquer tipo de mídia social, me isolando completamente dos meus amigos. Provavelmente essa foi a fase da minha vida em que eu fiquei mais deprimida, e estou surpresa que eu não me matei. Eu fiquei completamente sozinha por 5 meses. Nada de amigos, nada de apoio,

nada de amor. Apenas a frustração dos meus pais e a cruedade da solidão. No final do ano escolar, meus pais finalmente mudaram de ideia e devolveram meu celular e permitiram que eu retornasse às mídias sociais. Eu fiquei feliz, finalmente eu tinha meus amigos de volta. Eles ficaram extremamente felizes de me ver e conversar comigo, mas só no começo. Depois de um tempo eles perceberam que estavam cagando e andando para mim, e eu me senti ainda mais sozinha que antes. Os únicos amigos que eu pensava que tinha só gostavam de mim porque me encontravam cinco vezes por semana.

Depois de um verão quase sem amigos além do peso de ter que pensar sobre a faculdade, economizar dinheiro para sair de casa, manter minhas notas altas, ir para a igreja toda semana e me sentir uma merda porque todos lá são contra tudo pelo que eu vivo, eu decidi que já deu. Eu nunca vou conseguir fazer uma transição bem-sucedida, mesmo quando eu sair da casa dos meus pais. Eu nunca serei feliz com a minha aparência ou a

maneira como eu vou soar. Eu nunca vou ter amigos o suficiente para ficar satisfeita. Eu nunca vou ter amor o suficiente para ficar satisfeita. Eu nunca vou encontrar um homem que me ame. Eu nunca vou ser feliz. Ou eu vivo o resto da minha vida como um homem solitário que gostaria de ser uma mulher, ou eu vivo minha vida como uma mulher ainda mais solitária que odeia a si mesma. Não há como ganhar. Não há saída. Eu já estou triste o bastante, eu não preciso que minha vida fique ainda pior.

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As pessoas dizem que “a vida melhora” mas isso não é verdade no meu

caso. A vida piora. A cada dia ela piora.

Essencialmente, é isso, essa é a razão porque eu quero me matar. Desculpe se essa não for uma razão boa o suficiente para você, é boa o suficiente para mim. Quanto ao meu testamento, eu quero que 100% das coisas que eu possuo legalmente sejam vendidas e que o dinheiro (mais o dinheiro que eu tenho no banco) seja doado para movimentos e grupos de apoio aos direitos civis trans, caguei para qual. A única maneira de eu descansar em paz é se um dia pessoas transgênero não forem tratadas como eu fui, sejam tratadas como humanos, com sentimentos válidos e direitos humanos. Gênero precisa ser ensinado nas escolas, quanto mais cedo, melhor. Minha morte precisa ter algum significado. Minha morte precisa ser contabilizada nas estatísticas de pessoas transgênero que cometem suicídio nesse ano. Eu quero que alguém veja essa estatística e pense “isso é uma merda” e dê um jeito nisso. Dê um jeito na sociedade. Por favor.

Adeus

(Leelah) Alcorn

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Número gratuito para facilitar acesso á prevenção. Uma dificuldade adicional para a prevenção do suicídio entre crianças e

adolescentes é o fato de esse público ser menos afeito a buscar ajuda por meio de uma ligação telefônica, afirma o médico Vitor Stumpf, do

Centro de Valorização da Vida (CVV).

É no teclado e na internet que as novas gerações sentem-se mais à vontade. Esse é um motivo, explica ele, para o CVV ter passado a oferecer atendimento por chat ou chamadas de voz online.Desde

setembro, em uma parceria com o Ministério da Saúde, o CVV do Rio Grande do Sul passou a ser o primeiro do país a oferecer ligações

totalmente gratuitas. Por causa do projeto, que será estendido a todo o

país em caso de êxito, o tradicional número do CVV foi abandonado no Estado. Agora, a organização atende pelo 188. A mudança torna mais

ágil o atendimento: o sistema do CVV conta com um roteador que consegue direcionar os telefonemas para unidades de atendimentos

que estejam ociosas em outras cidades.

“A gratuidade é muito importante. Acredito que fomos escolhidos para começar esse projeto porque somos o Estado com mais notificação de

suicídios” – observa Stumpf.

Como contatar

Por telefone: 188 (as ligações são gratuitas, inclusive por celular)

Por chat ou chamada de voz online: acesse cvv.org.br

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Conclusão

Este trabalho foi para mim muito importante, não só como mais um item

de avaliação, mas porque me permitiu aprender, e também a

oportunidade de compreender melhor este tema. Com efeito, na minha

opinião, já que apenas traduz algo a que todos estamos condenados

desde o nascimento, que é a morte, o suicídio isolado ou assistido acaba

por não ser mais do que um direito dos indivíduos. O direito de dispor do

corpo e da própria vida. Coisa que a sociedade não compreende e não se

esforça minimamente por entender.