Sulfitação

4

Click here to load reader

Transcript of Sulfitação

Page 1: Sulfitação

ENGENHO NOVO TECNOLOGIA TecEN COMERCIAL

SULFITAÇÃO DE CALDO DE CANA POR EJETOR DE MISTURA LÍQUIDO-GÁS

Como fator de diferenciação frente à crescente concorrência no mercado açucareiro mundial, torna-se imperativo as usinas produzirem com maior eficiência um açúcar com qualidade melhor e mais uniforme. Para a garantia de produção de um açúcar branco de boa qualidade, com baixa coloração, características uniformes e constantes, além de baixo teor de sulfito e outros materiais estranhos, é necessário contar-se com sistemas de tratamento eficientes e confiáveis. Atenta a essas questões, a ENGENHO NOVO/ TECEN desenvolveu uma nova versão do seu já consagrado sistema AIR-JET de contato gás-líquido para a sulfitação do caldo de cana em usinas de açúcar. O processo é realizado através de ejetores de mistura líquido-gás, que proporcionam a sucção do ar necessário para a queima total do enxofre, além de garantir uma mistura perfeita e controlada entre o gás sulfuroso (SO2), o caldo, e as suas impurezas. A Sulfitação do Caldo No processo de produção de açúcar de maior qualidade, a etapa de sulfitação do caldo torna-se indispensável. Nesta etapa, gás sulfuroso (SO2) é misturado ao caldo e reage quimicamente com as principais substâncias orgânicas que dão cor ao açúcar, além de transformar os compostos férricos coloridos, resultantes do contato com as moendas, gamelões e tubulações, em compostos ferrosos incolores. O gás sulfuroso auxilia ainda na etapa de tratamento do caldo, e atua como agente anti-séptico para microorganismos presentes no caldo que consomem açúcar e geram substâncias indesejáveis. Na grande maioria das usinas, o gás sulfuroso é gerado através da combustão do enxofre em fornos de queima. Quando esta queima não é conduzida de maneira correta e apropriada, pode causar problemas de natureza ambiental, além de problemas de processo e de manutenção, originados pela queima deficiente do enxofre, tais como: . Emanação de gases tóxicos para a atmosfera, chuva ácida, etc.; . Produção de gás sulfúrico e posteriormente ácido sulfúrico, responsável por severa corrosão

em equipamentos e tubulação; e . Queima incompleta e/ou deficiente do enxofre, com a deposição do material não queimado

nas tubulações e equipamentos, causando entupimentos. Por outro lado, a dispersão ineficiente do gás no caldo pode originar outros problemas, como por exemplo: . Inversão da sacarose, devido a existência de zonas com pH muito baixo onde o gás não foi

misturado ao caldo de maneira eficiente; . Risco de adição excessiva de sulfito ou super-sulfitação, visando compensar as deficiências

de processo e obtenção do mesmo efeito descolorante, favorecendo assim a inversão e o aumento do teor de cinzas e sulfitos no açúcar, além do aumento de depósitos em aquecedores, evaporadores e vácuos.

Page 2: Sulfitação

ENGENHO NOVO TECNOLOGIA TecEN COMERCIAL

Os benefícios e possíveis problemas de um processo de sulfitação dependem da eficiência de geração do SO2 e da mistura deste gás com o caldo de cana. Uma maior redução da cor está intimamente ligada à mistura rápida, completa e uniforme do gás no caldo. Quando em excesso ou mal homogeneizado, o gás sulfuroso tende a ser perdido para a atmosfera, causando problemas ambientais e consumo desnecessário de enxofre, além de originar zonas com baixo pH no caldo que favorecem a inversão da sacarose e a corrosão localizada em linhas e equipamentos. Sistemas de Sulfitação Existentes A maioria dos sistemas de sulfitação existentes utiliza equipamentos do tipo coluna de contato ou do tipo multi-jatos para dispersar o SO2 no caldo de cana. Colunas de Sulfitação: Nas colunas de sulfitação, o caldo de cana é alimentado pela parte superior do equipamento, fluindo em contra-corrente com o gás sulfuroso que é alimentado pela parte inferior do vaso. No interior da coluna, existem vários pratos perfurados, através dos quais o gás é borbulhado no caldo, fluindo de prato em prato. Apesar de serem os equipamentos de sulfitação mais tradicionalmente utilizados em usinas, as colunas apresentam uma série de inconveniências. Nelas, o gás sulfuroso é borbulhado no caldo na forma de bolhas muito grandes e em um meio pouco agitado, tornando o processo de transferência de massa entre o gás e o líquido pouco eficiente. Com isso, para que se consiga transferir a quantidade de SO2 necessária ao caldo e para que não ocorram perdas de SO2 para a atmosfera, é necessária a utilização de uma coluna com um número grande pratos, o que se traduz em equipamentos grandes, com alto tempo de retenção e, conseqüentemente, elevado custo de instalação e manutenção. No fundo das colunas o gás é admitido e o caldo sulfitado é retirado. Dessa forma, nessa região o gás se encontra mais concentrado e mais ativo enquanto o pH do caldo também é mais ácido. Com isso, formam-se zonas com pH muito baixo na parte inferior da coluna, que favorecem a inversão da sacarose, além de corrosão localizada. Outro inconveniente das colunas deve-se à sua pouca flexibilidade operacional no que se refere a variações de vazão, uma vez que estas só operam bem em condições próximas à sua vazão de projeto. Finalmente, as colunas de sulfitação ainda exigem uma infraestrutura complementar externa para promover a sucção do ar para o interior dos fornos de queima de enxofre assim como para promover a exaustão dos gases em excesso que saem pelo topo do equipamento. Multi-Jatos: Os multi-jatos, por sua vez, são equipamentos de vácuo baseados no princípio de venturi. Utilizam o próprio caldo de cana para gerar vácuo e succionar o gás sulfuroso que se mistura ao meio e, conseqüentemente, o ar necessário à queima do enxofre no forno. Os multi-jatos são equipamentos bem mais compactos que as colunas de sulfitação, e dispensam os sistemas acessórios de alimentação de gases. Contudo, os multi-jatos usualmente utilizados foram concebidos originalmente apenas para a geração de vácuo e não garantem uma mistura eficiente entre o gás e o caldo de cana. No interior da coluna do multi-jato, o caldo escoa paralelamente ao gás sulfuroso, constituindo um fluxo bifásico onde as duas fases (gás e caldo) praticamente não interagem entre si. Dessa forma, a mistura entre o gás e o caldo ocorre efetivamente apenas no tanque que recebe o caldo sulfitado, onde as perdas de SO2 para a atmosfera são consideráveis e a ocorrência de super-sulfitação em algumas zonas do caldo já se fizeram sentir. Ao longo da coluna de saída do multi-jato e também no próprio tanque que recebe o caldo sulfitado, se formam zonas de baixo pH, de forma ainda mais severa do que no caso das colunas de sulfitação, resultando em uma maior inversão da sacarose além de problemas de corrosão em equipamentos.

Page 3: Sulfitação

ENGENHO NOVO TECNOLOGIA TecEN COMERCIAL

Sistema de Sulfitação ENGENHO NOVO O processo de sulfitação ENGENHO NOVO é feito através de ejetores de mistura líquido-gás (sistemas AIR-JET), que proporcionam a sucção do ar necessário para a queima total do enxofre nos fornos, além de garantir uma mistura perfeita e controlada do gás sulfuroso (SO2) com o caldo e as suas impurezas, dispensando sistemas acessórios para insuflação de ar e exaustão de gases. No interior do sistema AIR-JET, o caldo passa em alta velocidade através de bicos ejetores, gerando o vácuo que succiona o gás sulfuroso. Em seguida o caldo bombeado e o gás aspirado passam por uma zona de mistura, onde existem turbulência e cisalhamento ideais para que todo o gás se disperse muito rapidamente e de maneira homogênea no caldo. Dessa forma ocorre uma sulfitação completa e, praticamente, instantânea, onde não existem condições para formação de gradientes de pH (isto é, não existem variações de pH entre as diferentes regiões no caldo), eliminando assim os riscos de inversão da sacarose e de corrosão em equipamentos. Com isso, as perdas de SO2 para a atmosfera são virtualmente eliminadas. Em termos gerais, o Sistema de Sulfitação ENGENHO NOVO apresenta as seguintes características principais: . Altíssima eficiência de mistura SO2 / caldo de cana; . Sulfitação praticamente instantânea; . Máxima redução de cor no açúcar; . Sucção do ar em quantidade ideal para a perfeita queima do enxofre; . Não apresenta perdas de SO2 para a atmosfera; . Não apresenta riscos de inversão da sacarose; . Sistema compacto e modular, adaptável para qualquer vazão de caldo; . Grande flexibilidade operacional para diferentes vazões de caldo; . Dispensa a utilização de equipamentos auxiliares para sucção do ar e exaustão dos gases; . Baixíssimo custo de manutenção; e . Reduzido investimento para instalação.

Page 4: Sulfitação

ENGENHO NOVO TECNOLOGIA TecEN COMERCIAL

Sistema de sulfitação para o tratamento de 1.200 m3/h de caldo de cana.

Vista geral dos sistemas de ejetores montados em paralelo. Vista em detalhe da Câmara de Vácuo: . Entradas de gás nas laterais. . Entrada de caldo no topo.