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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 04
CAPÍTULO 1
Educação Colaborativa .................................................................................... 06
CAPÍTULO 2
Como a Educação Colaborativa contribui como essência fundamental do
aprendizado? ................................................................................................... 11
CAPÍTULO 3
A interatividade constante, proporciona o desenvolvimento interpessoal ....... 18
CAPÌTULO 3.1
As novas tecnologias contribuem na Educação Colaborativa. Um processo
social envolvendo a comunicação e o aprendizado ........................................25
CONCLUSÃO ................................................................................................. 28
ANEXOS .......................................................................................................... 30
2
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 04
CAPÍTULO 1
Educação Colaborativa .................................................................................... 06
CAPÍTULO 2
Como a Educação Colaborativa contribui como essência fundamental do
aprendizado? ................................................................................................... 11
CAPÍTULO 3
A interatividade constante, proporciona o desenvolvimento interpessoal ....... 18
CAPÌTULO 3.1
As novas tecnologias contribuem na Educação Colaborativa. Um processo
social envolvendo a comunicação e o aprendizado ........................................25
CONCLUSÃO .................................................................................................. 28
ANEXOS .......................................................................................................... 30
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 36
3
RESUMO
Este trabalho objetivou conscientizar sobre a importância da aprendizagem, da
educação colaborativa um processo social, em que se desenvolve através da
comunicação, do conhecimento, confronto com reações e experiências
vivenciadas no dia a dia no ensino superior e no sentido de educar, refletir e
aprender com o outro.
Analisando e conhecendo novas maneiras da Educação Colaborativa no
Ensino Superior, buscando novas idéias para desenvolver um trabalho que
identificasse aos educadores a função e a importância da realização da
educação transformadora, através da troca de experiências com o outro,
desenvolvendo e criando novas maneiras de se aprender em grupo, em todos
os espaços e os tempos das instituições onde se formam e trabalham os
profissionais da educação.
A essência desse trabalho é o ensino-aprendizagem e que o desenvolvimento
em grupo determina uma realidade cultural e histórico-social, despertando
transformações nas relações humanas de olho a olho, sorriso a sorriso,
percepções a percepções. Desenvolvendo a criatividade natural levando o
outro a compartilhar saberes, dúvidas e soluções.
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INTRODUÇÃO
“Os que tentam mudar, esbarram em obstáculos de todo
o tipo” (*)
(*) Oposição de alguns colegas, de certos diretores,
pais...
Cuidado, Escola! p.27
Durante alguns anos fiquei observando a educação, o aprendizado
nas Universidades, e em um contexto geral, como ensinar e aprender em grupo
contribui com a essência fundamental do aprendizado. Cada vez mais a
necessidade de uma reforma de pensamento, portanto de uma reforma de
ensino, uma Educação Transformadora, de conhecimento, do saber, na qual
torna-se interação criativa, inovadora, diferenciada da Educação Tradicional,
além de proporcionar à Universidade um lugar prazeroso de ir, estar e voltar.
A missão de ensinar, com a Educação Colaborativa é transmitir não
o mero saber, mas uma cultura que permita compreender nossa condição e
nos ajude a viver e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto
e livre.
Vivenciando vários momentos e etapas durante anos, percebe-se
ainda que os alunos não expressam suas idéias, críticas, reflexões, na qual o
professor é aquele que “dita” as regras. Não só nas Universidades, mas em
ambientes profissionais diferentes, nos quais não se constroem pensamentos,
críticas e não formam o cidadão para nossa sociedade.
Percebe-se a necessidade da interação, de troca de experiências,
de colaboração entre o corpo administrativo das instituições de nível superior,
para formar e construir alunos com a realidade em que se insere, com
espontaneidade, criatividade, criando momentos de motivação e
transformação, buscando um aprendizado de qualidade, excelência e
dinamismo. Buscando na docência a teoria, o conteúdo, possível com a
interação do conhecido e do desconhecido, tornando a aprendizagem teórica e
prática.
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Conscientizar de forma harmônica a importância da aprendizagem,
da Educação Colaborativa, um processo social, em que se desenvolve através
da comunicação, do conhecimento, confronto com as reações e respostas dos
outros. O quanto essa interação com o outro e um grupo alcançará novas
transformações no aprimoramento em diferentes situações.
A interatividade constante proporciona o desenvolvimento
interpessoal, habilidades sociais, diferenças individuais, aprender a respeitar os
outros. Além de proporcionar autonomia, direcionamento, diálogo, no confronto
de idéias e no feedback colaborativo.
Só há educação verdadeira quando o universo e o mundo se
respeitam e compreendem o próximo por mais diversos que sejam.
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CAPÍTULO 1
EDUCAÇÃO COLABORATIVA
Às vezes ficamos enlouquecidos porque esquecemos
que somos diferentes. Porque o amor não é uma
competição para que cada um supere a força do outro,
mas uma cooperação que necessita dessas diferenças.
(BACH, RICHARD – Mensagens para Sempre, p.40,
2009)
A Educação Colaborativa revela a necessidade da forma de
aprender coletivamente, o conhecimento se constrói mais e melhor com a troca
de experiências e vivências de cada pessoa.
Seria aprendermos o que temos de mais urgente, difícil e,
ao mesmo tempo, tão próximo e distante. Aprendermos
sobre nós mesmos. É mais fácil viajarmos para Marte,
construirmos os maiores prédios e escalarmos as
maiores montanhas do que trilharmos o caminho dessa
viagem solitária. Caminho árduo, mas que deve ser
trilhado, se quisermos nos compreender – entrar em
contato conosco – e, assim enxergar o outro ser.
(FREITAS, NILSON GUEDES de – Pedagogia do Amor, p.23,
2009)
A Educação Colaborativa estimula o aprendizado, o aluno constrói
suas idéias, pensamentos, desenvolve a parte social do saber, entender e o
relacionamento com o “outro”.
Além disso, parece existir uma crença generalizada entre
professores, estudantes e investigadores, de que o trabalho colaborativo é um
aspecto essencial dos processos da aquisição do conhecimento e que o
diálogo e a interação são fundamentais para a aprendizagem. Esta crença
funda-se, certamente, na concepção atual dominante relativamente à
aprendizagem, onde duas correntes teóricas, as perspectivas da raiz
7 construtivista que se inspira em Jean Piaget (1896-1980), Brunner, entre outros
autores e o lado interpessoal e sociocultural inspirados no trabalho de Lev
Vygotsky (1896-1934). E o educador brasileiro Paulo Freire (1921-1997), na
qual obteve reconhecimento internacional por um método centrado na
necessidade de consciência social e na importância do “outro”.
Existem estudos que demonstram que as estratégias colaborativas
de aprendizagem aumentam o envolvimento dos estudantes nas Universidades
ou cursos e um maior desempenho, e que os métodos colaborativos são mais
eficientes do que os métodos tradicionais.
O conhecimento é constituído de consensos que por sua vez
resultam de discussões coletivas.
O aprendizado se dá quando compartilhamos
experiências, e isso só é possível num ambiente
democrático, onde não haja barreiras no intercâmbio de
pensamento.
(DEWEY, JOHN – 2009)
É grande o desafio para o professor, aluno e Universidade
proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação em vez
de lidar com os alunos de forma isolada.
Na Educação Colaborativa a busca é constante na qual os alunos,
professores, se comunicam e trocam idéias, sentimentos e experiências sobre
situações práticas do dia-a-dia e suas vivências sociais e culturais, onde existe
uma parte para educar e ser educado.
O objetivo dessa colaboração é ensinar o aluno a viver o mundo e
no mundo. É uma constante reconstrução de experiências, de forma a dar cada
vez mais sentido às novas gerações a responder, aprender os desafios da
sociedade.
É incentivar, motivar o desejo do desenvolvimento contínuo,
interação criativa, diferenciada da Educação Tradicional, é um aprendizado
para transformar, refletir, construir e resultar em novos conhecimentos. A idéia
8 é fazer com que o aluno raciocine, elabore os próprios conceitos, para depois
confrontar com o conhecimento sistematizado, na qual possua os
conhecimentos para agir diante uma situação e que tenha chance de testar
suas idéias. A reflexão e ação devem estar juntas, são partes indivisíveis. A
interação e vivência do outro, faz com que o homem tenha capacidade de
transformar e modificar o seu meio.
O professor que desperta entusiasmo em seus alunos
consegue algo que nenhuma soma de métodos
sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter.
(DEWEY, JOHN – Nova Escola, p.63)
A meta da vida não é a perfeição, mas o terno processo
de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento.
(DEWEY, JOHN – Nova Escola, p.64, 2009)
Cada vez mais a mobilização da sala de aula necessita
corresponder às mudanças socioculturais, para que se torne realidade
cotidiana e seus conteúdos, sem associação com o mundo real e a vivência de
cada um. No entanto, vale lembrar que o aluno não é apenas um intelecto e a
sala de aula não é apenas a área física na qual se dá o conhecimento, mas é o
lugar das mais diferenciadas interações. É nesta etapa que acontece uma
gama de ações intencionais interdependentes, na qual ocorre a relação
psicosocial de professores e de alunos, além da construção organizada dos
saberes.
Hoje, é urgente um novo modo de pensar a educação e o
conhecimento, lembrando que cabe a ‘escola’ estruturar o
patrimônio cultural para seus alunos bem como ampliar
sua visão de mundo à medida que exerce sua função
educativa e social de lidar com os conceitos e com a
cultura.
(JOÃO CARLOS MARTINS & LUCILLA da SILVEIRA
LEITE PIMENTEL – O Fazer Pedagógico, p.24)
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O espaço chamado sala de aula na Universidade, tem a qualidade
das aulas sobre tudo, inovadores, interessantes para aprender, além disso, a
aula é muito mais que somente um espaço geográfico de encontro, mas é um
local de convivência, de troca de idéias, conhecimento e vivência com a vida e
a realidade, compartilhando confrontos, reflexões diante de movimentos
dinâmicos no desafio de aprender, educar e ensinar.
Quando em sala de aula, o papel do professor é fazer uma
intervenção, não apenas “dar aulas” sobre um determinado tema. Intervenção é
levantar hipóteses, rever conceitos, desconstruir determinadas crenças sobre o
aprender e o ensinar, e, assim, permitir a construção de um espaço de diálogo,
idéias e experiências, além de propor uma metodologia onde o refletir e o
pensar não sejam tarefas sem prazer, sem alegria.
Momentos vivenciados estruturam um processo de desenvolvimento
de ações individuais e em grupo, onde o crescimento é vivenciado nas
resoluções e na apresentação de tarefas realizadas em grupo. A idéia é
sempre fazer da aprendizagem um significado que envolva ação, comunicação
e desenvolvimento em grupo.
Compreender o mundo implica nessas ações para desenvolver
estruturas mentais que garantam ao aluno a possibilidade de pensar por si. Por
isso é preciso estimulá-lo a construir suas idéias e conceitos com o diálogo
com o outro.
O olhar do educador para o aluno é deixá-lo capturar pelo fascínio
de ser descoberto e merecedor de atenção. Se aprender com olhar, com a
comunicação, a aprendizagem colaborativa é assim, aprendemos a olhar e a
questionar sobre si mesmo como pessoa e como educador, para termos
conhecimentos de posturas e valores. Aceitar o outro como ele se revela a
nossos olhos, tal como é, trazendo consigo sua realidade pessoal, com suas
dificuldades, seus fracassos e suas marcas, mas também com seus desejos,
seus sonhos, suas expectativas.
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A construção e reconstrução, para Vygostsk, tudo que está no
sujeito existe antes no social e quando é aprendido e modificado pelo sujeito e
devolvido para a sociedade, vai aprendendo e se modificando.
As possibilidades que o ambiente proporciona ao individuo são
fundamentais para que se torne capaz.
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CAPÍTULO 2
COMO A EDUCAÇÃO COLABORATIVA CONTRIBUI
COMO ESSÊNCIA FUNDAMENTAL DO APRENDIZADO?
Verdade que por trás do trabalho de cada professor, em qualquer
sala de aula do mundo, estão séculos de reflexões de como educar, como o
aprendizado se torna fundamental e essencial para a formação do ser humano
como cidadão e conviver socialmente, culturalmente e com o outro.
Mesmo sem conhecer a obra de Aristóteles (384 – 322 a.C.), Jean-
Jacques Rousseau (1712 – 1778) ou Emile Dukhein (1858 – 1917) a
Universidade, a escola trabalham sob a influência desses pensadores na forma
como suas idéias foram incorporadas à prática pedagógica, à organização do
sistema escolar, ao contrário dos livros didáticos e do currículo docente.
Sem existir as escolas, as Universidades, a educação já era um
assunto de pensadores, como o grego Sócrates (469 – 399 a.C.), Platão (427 –
347 a.C.), defendeu o estudo das coisas reais como um meio de adquirir
sabedoria e virtude.
Vários fatos históricos aconteceram para se chegar a um grande
método tradicional no qual o educador alemão Johann Friedrich Herbart (1776
– 1841), com sua didática baseada na direção do professor e na disciplina
interna do aluno.
Mas, a Escola Nova deu impulso ao desenvolvimento das práticas
didáticopedagógicas ativas, e surgiram várias correntes educativas como o
movimento escolavista, John Dewey (1859 – 1952), que pregou a democracia e
vários outros com métodos pedagógicos e idéias diferentes para que o
aprendizado se transformasse em princípios e valores.
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Surgiram no século 20 descobertas que marcaram o
desenvolvimento do aluno, do professor como educador, o Construtivismo com
obra do biólogo suíço Jean Piaget (1896 – 1980), suas descobertas sobre o
desenvolvimento cognitivo das crianças e adolescentes marcaram a pedagogia
neste século mais do que qualquer outro pensador. Entre outros seguidores,
Lev-Yygotsky (1896 – 1934), Paulo Freire (1921 – 1997), desenvolveram
métodos pedagógicos, sociais e culturais, do aprendizado com o outro, em
grupo e colaborativo, tornando a Educação motivadora, crítica, criativa e
transformadora.
Por esse conjunto de idéias, a Educação Colaborativa contribui com
a essência fundamental do aprendizado, porque são formas transformadoras,
capazes de “trazer” para sala de aula com prazer e sabedoria o que o aluno
tem consigo, antes de conhecer o saber e aprender o desconhecido e
conseguir construir de forma harmoniosa como aprender em grupo e colaborar
com o outro é extremamente importante.
Precisamos ser mais mediadores do que informadores,
transformando nossas atitudes, mudar é preciso, saber ouvir, compreender, faz
parte de Educar, Aprender e Transformar.
De acordo com a Constituição Federal da Educação:
Art. 205 – “A educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
(LEI 8.147/90) – CONSTITUIÇÃO FEDERAL p.103
Art. 206 – O ensino será ministrado com base no
seguinte princípio:
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar
o pensamento, a arte e o saber.
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Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar
o pensamento parece irônico esta constituição, em
que até hoje, ainda existem Universidades em que o
direito do aluno é chegar, sair e não se observa a
interação do professor-aluno, aluno-professor na
qual o ensino Tradicional continua evidente idéia de
pensamento. Aonde vimos alunos universitários
participarem de grupos, colaborar com outros e
ensinar sua própria comunidade? Sociedade
egoísta!
“... Assim, não é por outro motivo que a “escola”, a cada
dia que passa, especialmente para novas gerações,
demonstra que perdeu seu endereço na história em
relação à educação e o sentido disto nos projetos de vida
dos alunos”
(NILSON GUEDES DE FREITAS – Pedagogia do Amor
p.29, 2009)
Um educador aberto oferece oportunidades para si mesmo, e
equipe, proporciona crescimento e faz com que o aluno organize, pense;
envolve seus alunos na aprendizagem e em seu trabalho, participa da
administração da escola utilizando as novas tecnologias.
Não é à toa que Phillipe Perrenoud (Dez Novas Competências para
ensinar, p.143, 2000) nos adverte que uma das competências que se tem
exigido do educador de hoje é a de “enfrentar os deveres e os dilemas éticos
da profissão”, acentuando a dimensão educativa da tarefa de um
adulto/educador. Ele também considera fundamental uma autoavaliação
contínua, no sentido de analisar a relação pedagógica, a autoridade e a
comunicação em aula. Com isto, poderá ocorrer a criação de vínculos criativos
significativos com os alunos, à medida que se propõe um pensar com rigor e
criativo às articulações e os intercâmbios que promove entre o conhecimento, o
contexto sociocultural e as interações com o outro, ou seja, o ser humano.
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Portanto, a necessidade de entender que a aula é também um
espaço de atitudes e valores para o desenvolvimento da consciência crítica,
com contribuição da cultura, da criatividade, diferenças individuais e a
formação da cidadania, é um constante aprendizado e troca de conhecimentos
independente de onde acontece a educação infantil, fundamental, médio ou
universitário.
Quando imaginamos uma sala de aula em um processo
interativo, estamos acreditando que todos terão
possibilidade de falar, levantar suas hipóteses, nas
negociações, chegar a conclusões que ajudarão o aluno
a se perceber parte de um processo dinâmico de
construção.
(JOÃO CARLOS MARTINS E LUCILLA DA SILVEIRA
PIMENTEL – O Fazer Pedagógico, p.59, 2009).
No aprendizado coletivo, há um interesse dos alunos, porque podem
participar, expor suas idéias, conclusões, eles constroem o próprio
pensamento, com curiosidade e sem a separação tradicional das disciplinas.
Hoje se fala em interdisciplinaridade e projetos didáticos, para tornar
a sala de aula num grande centro de estudo, interesse, gerando curiosidade de
aprendizado, descobertas, não só aprender por aprender, a verdade é que
precisamos ensinar, aprender e aprender. Sabemos da necessidade de comer,
podemos fazer um estudo dos alimentos, dos mecanismos econômicos da
agricultura e do comércio. É preciso que os alunos se interessem pelo assunto,
fazendo atividades manuais, oficinas, jogos didáticos, dinâmicas em grupo.
Todas essas atividades são motivadoras e criativas, e sempre com objetivo de
aprendizado e conhecimento. (Anexo 1)
A escola (tradicional) engorda fisicamente e entorpece
mentalmente.
(OVIDE DECROLY – Revista Nova Escola, p.70, 2009).
O aprendizado de ser prazeroso, contínuo, o professor tem que ser
motivado e fazer com que seus alunos aprendam rindo, brincando, tendo
15 prazer de estar em sala de aula, é um grande desafio desenvolver estratégias,
criar, intensificar e diversificar o desejo de aprender.
Philippe Perrenoud (Dez Novas Maneiras de Ensinar, p. 71, 2009),
na qual descreve: “Ensinar é, reforçar a decisão de aprender, sem agir como se
ela estivesse tomada de uma vez por todas. É não encerrar o aluno em uma
concepção de ser sensato e responsável, que não convém nem mesmo à
maior parte dos alunos.”
“Ensinar é também estimular o desejo de saber. Só se pode desejar
saber ler, calcular de cabeça, falar alemão ou compreender o ciclo da água,
quando se concebem esses conhecimentos e seus usos.”
Aprender e ensinar são uma tarefa difícil, principalmente quando
estamos falando do ensino Superior, para desempenhar um papel mediador
em relação ao saber, o professor precisa ter vontade e capacidade de escutar
os alunos, de ajudar a formar seus pensamentos e de ouvir suas declarações e
conclusões. É preciso integrar os alunos com o saber, o querer saber e
aprender a compartilhar com outros suas experiências e conhecimentos.
A Educação independente de ser colaborativa ou não, envolve
afetividade, emoções e o envolvimento do eu e do outro, são elementos
básicos em que uma pessoa precisa para sua própria formação.
As emoções têm um papel fundamental no desenvolvimento de uma
pessoa, seja aluno ou não, através delas o aluno exterioriza seus desejos e
suas vontades. Em que muitas vezes, são manifestações que expressam um
universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelas escolas
tradicionais.
A afetividade tem uma importância de caráter e personalidade, na
qual ajuda o ser humano a se conhecer, juntos as emoções, a afetividade, o
medo, a alegria, a raiva, são relações que ganham função relevante entre o eu
e o outro.
O realismo de Henry Wallon (1879 – 1962) em que ele faz uma
verdadeira revolução no ensino, sua teoria pedagógica: “... o desenvolvimento
16 intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro.” (Revista Nova
Escola, p.74, 2009).
É preciso adaptar a sala de aula e o ensino Superior em
movimentos, ou seja, não deixar que os alunos fiquem imóveis na cadeira,
expor e aprender seus próprios pensamentos, desenvolvendo sua inteligência
e habilidades, para que possa conhecer o mundo e a sociedade em que está
inserido, aprendendo a refletir sobre os dois mundos, o interior povoado de
sonhos e fantasias, e o real cheio de símbolos, códigos e valores sociais e
culturais. (Anexo 2)
O professor que pensa certo deixa transparecer aos
educandos que uma das bonitezas da maneira de estar
no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a
capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo.
(PAULO FREIRE – Pedagogia da Autonomia, p.28 –
2008).
A Educação Colaborativa tem sua característica, de saber ouvir, cuja
ação reflexiva é escutar, ambos são inseridos fundamentos básicos dessa
educação, ou da educação, educar colaborativamente é inserir o aluno em
contexto sócio-histórico e cultural e torná-lo junto à comunidade em que vive.
É importante reconhecer que o aluno do Ensino Superior, traz
consigo características de sua cultura, vivência com a família, e é preciso
compreender que quando se pretende educar, ensinar e aprender necessita de
essência, diálogo, aproximação, conquista e entrega às interações sociais que
visam formar diversas condições para uma comunicação consigo mesmo, com
os outros e com o mundo.
A necessidade de analisar o aluno como ser humano, é também
carente de olhares e escutas, visto que nos tempos atuais quantas pessoas se
voltam para si mesmas cegas e surdas em relação aos pedidos, às
informações do outro, na qual se percebe que olhares e escutas ficam cada
vez mais distantes de admirar e compartilhar com o outro.
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A educação é mais do que transferências de conteúdos, necessita
de relacionamento, respeito, diálogo entre professor e aluno, um respeito de
crescimento e troca, para possibilitar o aprendizado contínuo, compartilhado e
possa ocorrer a compreensão do outro.
A relação entre professor e aluno – em especial a relação
que visa emancipar o homem – tornar-se preponderante
para o futuro da sociedade, pois poderá, com a releitura
do passado, contextualizar o presente, apresentar no
presente opções, outras do que a realidade atual e
potencializar um futuro diferente do fatalista, ou seja, o de
libertá-lo.
(NILSON GUEDES de FREITAS – Pedagogia do amor,
p.32, 2009)
18
CAPÍTULO 3
A INTERATIVIDADE CONSTANTE PROPORCIONA O
DESENVOLVIMENTO INTERPESSOAL
O respeito mútuo, um respeito sem fingimentos e sem
rotinas, um respeito bem intencionado, que todos os dias
se ilumina com argumentos novos e todos os dias se
sente pequeno diante da sua aspiração, poderá servir de
base dentro da obra educacional a um movimento de
resultados eficientes no problema urgentíssimo da
salvação do mundo pela garantia unânime da paz.
(SHEILA CARVALHO – Dinâmica de Grupos: Mob –
metodologia de oficinas, João Beauclair, p.31, 2009).
A interatividade constante proporciona o desenvolvimento
interpessoal, devido ao surgimento de novas demandas no mundo da interação
e do trabalho cotidiano nas áreas do conhecimento humano, que surgem à
medida que nos são colocados novos dilemas e desafios nas nossas próprias
práticas.
Como a vida em grupo e as relações entre os humanos deram
origem a nossa civilização e a história evolutiva. Com força, energia, ação, o
trabalho de grupo e a educação colaborativa, são utilizados o uso lúdico, jogos,
músicas e brincadeiras, nas quais promove espaços de construção de
movimentos mentais, permitindo um espaço para reflexões, ampliando forças,
desenvolvendo o aprendizado, a tolerar as diferenças, aprender a respeitar o
outro em situações cotidianas vivenciadas, em nossas Universidades, no
trabalho e em diferentes ambientes, onde existem pessoas, seres humanos.
O realismo de Paulo Freire (1921 – 1997), que defendia como
objetivo da “escola” ensinar o aluno a “ler o mundo para poder transformá-lo”
(Revista Nova Escola, p.110, 2009) fez com que o desenvolvimento e o
19 objetivo maior da educação sejam de conscientizar o aluno, na prática em sala
de aula, na qual ocorra a criatividade e o desenvolvimento interpessoal.
Valorização da cultura do aluno, as relações afetivas e democráticas
possibilitam a forma de expressar suas idéias, o aluno não é um simples
espectador, ele pode e deve saber desenvolver seus próprios conceitos, com
sua realidade de “ler o mundo”, desenvolver críticas e reflexões, a
aprendizagem não pode nascer senão de uma construção.
A construção de uma educação para autonomia atualmente precisa
muito mais do que didática e domínio do conhecimento. É preciso uma relação
de qualidade entre o professor e os alunos. Sem considerar a importância do
mercado de trabalho na vida social, educar para autonomia, como dizia Paulo
Freire significa ensinar a pensar. Nesta perspectiva, não basta buscar a mera
inserção do indivíduo no mercado, mas antes se trata de saber como fazer com
que os alunos operem os conteúdos de forma própria, de maneira consciente e
criativa (Nelson Manuel da Silva Ferreira – Comunicandico, p.02, ano 12 – nº 1
– 11 a 17 de Janeiro de 2010).
As instituições do ensino Superior têm realizado sua administração
educacional, pouco criativa, em um contexto “egoísta” sem espaço,
subjetividade, crítica e reflexão. Ainda existem aulas em formato tradicional,
quadros negros e as salas lotadas.
A autonomia não se faz com massificação, parece que os alunos
são “bonecos” e são tratados como se não tivessem capacidade de raciocínio e
desenvolvimento próprio e ainda com muitas dificuldades de compartilhar o
conhecimento em grupo e se colocar e entender as dificuldades dos outros.
O homem vê-se forçosamente fragmentado em sua
essência gerando conflitos de todos os tipos, pois só lhe
é permitido “viver” e expressar-se em partes, em
conformidade com o preestabelecido como padrão.
(NILSON GUEDES de FREITAS – Pedagogia do Amor,
p.133, 2006).
20
A interatividade com o outro e a educação já existem em um
processo pleno do psicólogo Lev Vygostsky (1896 – 1934), em que revela a
relação do homem e o ambiente sobre o processo da aprendizagem que
decorrem da compreensão do homem com um ser, interagindo com a
sociedade.
É verdade quando Lev Vygostsky escreveu: “Na ausência do outro,
o homem não se constrói homem.” (Revista Nova Escola, p.92, 2009). Juntos
Piaget e Vygostsky não formularam uma teoria pedagógica, mas, deram ênfase
no aprendizado, a importância das instituições, independente de ser ensino
infantil, fundamental ou superior, na formação do conhecimento, do estímulo,
compreensão e de habilidades. O aprendizado amplia o universo mental do
aluno.
A necessidade do professor mediador, ativo e determinado para uma
mudança na educação, novas atividades, informações com a finalidade de
refletir sobre a importância das trocas entre o processo ensino-aprendizagem.
O contexto em que vivemos e na realidade manifesta em
nosso país, criar condições para os alunos se tornarem
cidadãos que pensem e atuem por si mesmos. Acima de
tudo, espera-se que eles sejam pessoas livres de
manipulações e conduções externas e que consigam ter
a capacidade de pensar e examinar criticamente as
idéias que lhes são apresentadas e a realidade social que
partilham.
(JOÃO CARLOS MARTINS E LUCILLA DA SILVEIRA
PIMENTEL – O Fazer Pedagógico, p.48, 2009).
O desenvolvimento e a formação permanente dos professores, o
fundamental é a reflexão crítica sobre a prática, a relação com o outro,
pensando criticamente na prática de hoje ou de ontem que se consegue
melhorar a próxima prática, em sala de aula.
O diálogo, a dinâmica, o confronto de idéias, segundo Lawrence
Stenhouse (1926 – 1982), o defensor da pesquisa no dia a dia, para ele é
21 impossível falar em educação, professor pesquisador, existe a necessidade de
investigar, pesquisar a didática, mas essa eficácia de teorias que ele propôs só
pode ser comprovada enquanto estudava no final dos anos 60. Algo
fundamental nas relações escolares era: “Os estudantes rendem mais quando
são recebidos e acolhidos com consideração.” (Revista Nova Escola, p.120,
2009).
O aprender com prazer de aprender não é difícil para o professor
que sabe, basta estar aberto e ouvir a turma. Quando o professor assume o
papel de aprendiz, modifica toda a estrutura educacional, proporcionando
reflexão, conhecimento entre professor e aluno que está disposto a aprender e
compartilhar suas experiências.
Não é a toa que Lawrence Stenhouse (Revista Nova Escola, p.120,
2009), nos fala: “Sem medo de aprender.” Muitos dos atuais programas e
materiais de educação continuada partem exatamente dessa premissa: quem
mais precisa aprender é aquele que ensina. Quando o professor está aberto
para aprender continuamente, deixa de se comportar como o dono do saber.
“Creio que a maior parte do ensino que se oferece nas escolas e nas
Universidades estimula esse erro.” É por isso que muitas pessoas que
passaram pela escola têm com o saber uma relação de pouca autonomia,
entendendo-o como reafirmação da certeza autorizada. A elas foi negado o
prazer de viver a aventura do conhecimento investigativo.” (Anexo 3)
“O pesquisador da educação e o docente devem
compartilhar a mesma linguagem.”
(LAWRENCE STENHOUSE – Revista Nova Escola,
p.120, 2009).
Como este trabalho, revela a necessidade da forma de aprender
coletivamente, e que o conhecimento se constrói mais e melhor com a troca de
experiências, não poderia deixar de citar o cientista norte-americano Howard
Gardner, psicólogo e formado no campo da neurologia, causou grande impacto
22 na área educacional com a sua teoria de inteligências múltiplas na qual foi
divulgada no início da década de 80. (Anexo 4)
“A educação justificar-se realçando o entendimento
humano.”
(HOWARD GARDNER – Revista Nova Escola, p.129,
2009).
As oportunidades em que se levam as pessoas a desenvolver
capacidades inatas são a educação que recebem oportunidades que
encontram em sala de aula, com o professor incentivando cada habilidade e
talento, que mesmo ainda moldado pela cultura, na qual só começa a se
desenvolver por volta dos 5 anos.
Por isso, a Educação Colaborativa se constrói com a experiência
adquirida e vivenciada com o outro, e a dinâmica de grupo passa a ser a
interação entre os sujeitos, a partir do momento que comunicar e trocar
informações, estão em movimento ensinando e aprendendo, e nesta interação,
existe uma dinâmica. Em um grupo de professores e alunos, o objetivo maior
deve ser de aprender e ensinar, e construir e refletir. (Anexo 5)
Aprender coletivamente é uma tentativa de compreender, de modo
mais profundo, algo novo ou algo que já se possui alguma informação.
A experiência de aprendizagem dos adultos inicia-se exatamente
com a palavra “EXPERIÊNCIA”, ou seja, é a partir das experiências já
vivenciadas que os adultos podem fazer uma interpretação da nova
experiência, e assim proceder, fazer uma reflexão sobre este movimento
interpessoal e processual.
A troca de experiências é para integrar, sintetizar e elaborar o
aprendido que se faz o novo saber: a nova habilidade, o novo conhecimento
passa a fazer parte do repertório de experiências e aprendizado.
Na dinâmica de grupo, utilizada no ensino superior, na qual o papel
do facilitador (o professor) é de mediar, facilitar e proporcionar ambientação,
23 proporcionando uma continuidade de tarefas e momentos onde o “foco” não
ganhe a dimensão do estar em sala de aula apenas por compromisso ou
obrigação, porém, ao contrário, é determinar de forma positiva as maneiras de
agir diante dos futuros desafios da formação continuada. (Anexo 6)
A meu ver, não é possível que todos se sintam bem com
essa metodologia, pois o ato de aprender, além de ser
um processo e movimento contínuo, também é individual,
a aprendizagem participativa ainda esta apenas em seu
começo: muito temos de trilhar para ampliar nossos
próprios horizontes, pois o grau de compreensão desta
metodologia perpassa pela própria trajetória de
aprendizagem de cada sujeito que, por ser diferente,
percebe-a de modo também distinto, também
diferenciado!
(JOÃO BEAUCLAIR, p.109, 2009).
O caminho sei que é constituído de muitos “pensares”, mas o maior
e mais bonito deles é o estar contribuindo, mesmo que seja ao meu modo de
querer mudar a maneira de se educar e fazer uma sala de aula um prazer
contínuo de conhecimento, de experiências, de práticas de olhar o mundo,
estar no mundo da educação. Contribuindo para que o ensino superior mude
sua estrutura de como formar cidadãos para a sociedade e tratar os alunos
investindo na capacidade de criação, estimulando de forma criativa, e
inovadora o conceito ensinar, educar e aprender, de maneira que estarão com
comprometidos com o conhecimento, melhorando, assim, a qualidade e o
relacionamento aluno-professor e professor-aluno, constituindo um sentido
novo para a prática do ensino superior, buscando e criando perspectivas
pedagógicas inovadoras. (Anexos 7 e 8)
A motivação, a interatividade torna-se cada vez mais essencial ao
ensino superior, pois na reconfiguração paragmática de nosso tempo, a
contribuição da Educação Colaborativa e a dinâmica de grupo, têm sido de
grande relevância, apontando para os tempos e possibilidades de leitura da
24 realidade de um modo mais aberto, significativo, constituindo um caminhar para
novas competências e habilidades.
Neste trabalho é fundamental pensar como nossas ações podem
colaborar, com novas idéias, vinculadas a aprendizagem, ensino e educação.
Além disso, a interação contribui em nossas ações, atitudes e condutas.
O modo como cada um de nós lida com contextos concretos
específicos do nosso agir/fazer cotidiano, influencia nossas ações, atitudes e
interações com os outros e com o mundo. Quando participamos de um grupo
onde de algum modo ocorre esclarecimento, comunicação, aprendizado e
resolvemos tarefas.
Reorganizar, transformar métodos novos, diferentes no ensino, na
aprendizagem, não é uma coisa fácil, a transformação ocorre de acordo com os
novos objetivos, necessidades, como sabiamente Paulo Freire diz:
A ação de transformar, reorganizar a sociedade velha,
transformá-la para criar a nova sociedade não é tão fácil
assim. Por isso não se cria a sociedade nova da noite
para o dia, nem a sociedade nova aparece por acaso.
A nova sociedade vai surgindo com as transformações
profundas que a velha sociedade vai sofrendo.
(PAULO FREIRE – A importância do ato de ler, p.74,
2008)
Uma das qualidades mais importantes do homem é a certeza que
não pode parar de caminhar, ensinar, educar e que a certeza de que cedo o
novo fica velho e que se não se renovar, não transformar. A educação das
crianças, dos jovens e dos adultos tem também que ser nova, nova de ações,
motivações, práticas de acordo com as possibilidades.
Uma educação pelo trabalho que estimule a colaboração
e não a competição. Uma educação que dê valor a ajuda
mutua e não ao individualismo, que desenvolva o espírito
crítico e a criatividade e não a passividade. Uma
25
educação que se fundamente na unidade entre a prática
e a teoria, entre o trabalho manual e o trabalho intelectual
e que por isso, incentive os educandos a pensar certo.
(PAULO FREIRE – A importância do ato de ler, p.86,
2008)
Interagir com o outro, encontrar a idéia de que tudo está em
permanente transformação e interação, isso implica do ser humano histórico e
inacabado e consequentemente sempre pronto a aprender. Em particular isso
reflete a necessidade de formação rigorosa e permanente de professores.
3.1 – As novas tecnologias contribuem na Educação
Colaborativa. Um processo social envolvendo a comunicação e
o aprendizado.
Não havia professores.
Todo adulto ensinava.
Aprendia-se através da própria experiência e da
experiência dos outros.
Aprendia-se fazendo, o que tornava inseparáveis o saber,
a vida e o trabalho.
(PAULO FREIRE – Cuidado, escola, p.25, 2006.)
Tecnologia avançada, culturas diferentes, e o dever do educador é
inserir-se no universo de seus alunos, para um desenvolvimento social e
cultural, onde as novas tecnologias da informação e da comunicação
transformam espetacularmente não só nossas maneiras de comunicar, mas
também de trabalhar, de decidir, de pensar.
As novas tecnologias são um referencial de formação continua, na
qual a interação desse novo meio de comunicação seria bastante prática,
quando utilizado em editores de texto, explorar as potencialidades didáticas
dos programas em relação aos objetivos do ensino, a comunicação à distância,
na qual a reunião de um grupo de pessoas, diferentes, mas a cooperação, a
26 dinâmica insere de forma completa e satisfatória, utilizando as ferramentas
multimídia no ensino fundamental, médio ou superior.
Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso
crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, a observação, a pesquisa, a
imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura, a análise de
textos e de imagens, viabilizar a apresentação de rede e as estratégias de
comunicação, e sem dúvida, essas novas tecnologias não chegam a todos,
existindo a desigualdade social, da informação e do mundo, é uma proporção
crescente de alunos, em atingir mais plenamente os ambiciosos objetivos dos
meios de comunicação e a interação com o outro.
Para Perrenoud (Dez novas competências para ensinar, p.128-129,
2000), por que se precisa primeiro aprender pelos livros, e após, dominar o
escrito específico da comunicação informática? Torna possível um ir e vir
constante entre a estrutura de um texto e seu conteúdo com redação em
andamento e adere, pois com realismo a realidade da produção textual, que às
vezes surge de um plano, às vezes faz emergir do próprio texto.
Essa evolução é positiva, no sentido de que torna tais instrumentos
acessíveis a todos os alunos. Torna a aprendizagem mais criativa, diferente
dos métodos tradicionais. A interação com a informática colabora para a
formação de competências essenciais para a construção da criatividade,
organização, o importante é que se tenham softwares educativos, com
exercícios, conteúdos personalizados, para que o professor não seja um
programador, mas que dependa do seu trabalho e desenvolvimento.
As novidades tecnológicas possuem seus perigos e limites, podem
decidir com conhecimento um espaço amplo em sala de aula, os professores,
os alunos, os pais, o corpo administrativo da instituição deveram incluir essa
nova tecnologia como vigília cultural sociologia, pedagógica e didática para
compreenderem do que será feita a escola, a universidade de amanhã, seu
público e seus programas.
27
Uma cultura tecnológica de base também é necessária para pensar
nas relações entre a evolução, as competências intelectuais e a relação com o
sabe que uma universidade pretende formar. As novas tecnologias não podem
ser indiferentes a nenhum professor que formará cidadãos por modificarem as
maneiras de informar, trabalhar e pensar.
Não se poderia pensar hoje numa pedagogia e numa didática sem
estar consciente das transformações que a informática submete as práticas de
leitura e escrita. Em que o professor tem um papel além de ensinar, é fazer
aprender.
Assim, essas novas tecnologias, podem reforçar e contribuir para os
trabalhos pedagógicos e didáticos contemporâneos, permitindo que sejam
criadas situações de aprendizagem complexas, diversificadas, por meio de
uma visão de trabalho junto com o aluno-professor, instituição, e o próprio mei
que está inserido.
28
CONCLUSÃO
A capacidade de amar do ser humano nos habilita para o mundo dos
possíveis.
A organização e o desafio de desenvolver este trabalho criaram
dentro de mim uma expectativa diferente, a partir do momento em que estamos
abertos para construir relações válidas e importantes em sala de aula e fora
dela, no nosso dia a dia como educador, proporcionando conhecimento
estimulando, constituindo e formando cidadãos com autonomia de olhar o
mundo e estar dentro dele, possibilitando conhecimento real, abrindo um
campo interativo entre o aluno, o professor e todo o grupo que o rodeia.
Com tantos desafios e dificuldades nas universidades, no ensino de
uma maneira geral, não fizeram com que desistisse de continuar tentando fazer
diferente, mesmo em um mundo marcado por incertezas e mudanças
constantes, o comprometimento, cada vez mais, com a formação do ser
humano, não só em termos de aquisição do conhecimento, mas com o
significado e as representações que elaboramos e das situações com as quais
nos relacionamos.
Avaliar foi fundamental, rever o que foi significativo, experiências
vivenciadas, os diálogos desenvolvidos durante o desenvolvimento durante
este trabalho facilitou os repletos pensamentos diferentes de perceber, receber
e compartilhar o feedback colaborativo. “Todo conhecimento é conhecimento
do outro.” (A Coragem de Mudar em Educação, p.19, 2000).
Neste sentido, se todo “conhecimento é do outro” como citado
acima, fez com que chegasse a diversas maneiras diferentes, de que válido é o
conhecimento e o aprendizado do outro a partir dos meus básicos
conhecimentos, na qual ampliou minhas perspectivas e o meu olhar a partir
daquilo que faço e já existe em mim, e o que surge a partir do novo.
As experiências que o grupo possui e os recursos que nele estão,
proporcionou estratégias motivacionais indispensáveis ao processo diferencial
no que se trata de educação colaborativa, valores, cultura e pessoa.
29
Assim, o ciclo de aprendizagem reflete colaboração, interatividade
constante, generalização e aplicação de “fenômenos” integrantes das
experiências vivenciadas com pessoas de diversas culturas, de conhecimentos
diversos alcançando novas transformações no sentido de educar.
30
ANEXOS
• Anexo 1
31
• Anexo 2
• Anexo 3
32
• Anexo 4
• Anexo 5
33
• Anexo 6
34
• Anexo 7
35
• Anexo 8
36
Bibliografia
LOROSA, M.A. e Ayres F.A. Como Produzir uma Monografia Passo a
Passo. Rio de Janeiro. 2008.
FREITAS, Nilson Guedes de. Pedagogia do Amor: Caminho da Libertação
na Relação Professor- Aluno, RJ: Editora Wak, 2006.
HARPER, B. e CECCON C. e Oliveira M.D. de e Oliveira, R.D. de e Freire,
Paulo. Cuidado Escola! Desigualdade, Domesticação e algumas Saídas,
SP: Editora Brasiliense, 2007.
Martins, J.C.e PIMENTER, L. da S.l. O Fazer Pedagógico (RE) Significado
Olhar do Educador, RJ: Editora Wak, 2009.
PERRENOUD, Fhilippe. Dez Novas Competências Para Ensinar, Porto
Alegre: Editora Artes Médicas Sul, 2000.
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em Três Artigos que se
Completam, SP: Editora Cortez, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários A Prática
Educativa, SP: Editora Paz e Terra, 2008.
MORIN, Edigar. A Cabeça Bem- Feita: Repensar a Reforma, Reformar o
Pensamento, RJ: Editora Bertrand Brasil ltda. 2008.
BEAUCLAIR, João. Dinâmica de Grupo. MOP-Metodologia de Oficinas
Psicossocioeducativas, RJ: Editora Wak, 2009.
LOPES, Maurício Antônio Ribeiro. Constituição Federal, SP: Editora Revista
dos Tribunais, 1997.
Revista de Quem Educa Nova Escola, Grandes Pensadores, Edição
Especial Impressa na Divisão Gráfica da Editora Abril S/A, Julho, 2009.
MILITÃO, A. e MILITÃO, R.. S.O.S. Dinâmica de Gupo, RJ: Editora
Qualitymark, 1999.
37
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
EDUCAÇÃO COLABORATIVA: INTERATIVIDADE
CONSTANTE DO APRENDIZADO NO ENSINO
SUPERIOR
CLÁUDIA C. NÓVOA DA SILVA
38
ORIENTADORA
Mª. DINA LÚCIA CHAVES ROCHA
Rio de Janeiro
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
EDUCAÇÃO COLABORATIVA: INTERATIVIDADE
CONSTANTE DO APRENDIZADO NO ENSINO
SUPERIOR
39
Rio de Janeiro
2010
AGRADECIMENTOS
A todos os professores do curso de Docência do Ensino Superior do
Instituto “A Vez do Mestre”, à professora Dina Lúcia pela sua dedicação e
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do Ensino Superior. Por: Cláudia C. Nóvoa da Silva
40 auxilio nos momentos de dificuldades, à amiga Renata Carvalho Moreira, que
acompanhou todas as dificuldades, nervosismo, mas com sabedoria me
proporcionou segurança para finalizar este trabalho. Aos colegas e amigos, que
direta e indiretamente contribuíram para a confecção deste trabalho.
41
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu pai George, que tanto colaborou com
palavras sábias para continuar e não desistir dos meus objetivos. Também a
minha mãe Edna, meus irmãos Márcia e Marcos e ao meu sobrinho Marlon que
colaborou na minha dificuldade em informática.
Cláudia Nóvoa
42