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1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................. 04 CAPÍTULO 1 Educação Colaborativa .................................................................................... 06 CAPÍTULO 2 Como a Educação Colaborativa contribui como essência fundamental do aprendizado? ................................................................................................... 11 CAPÍTULO 3 A interatividade constante, proporciona o desenvolvimento interpessoal ....... 18 CAPÌTULO 3.1 As novas tecnologias contribuem na Educação Colaborativa. Um processo social envolvendo a comunicação e o aprendizado ........................................25 CONCLUSÃO ................................................................................................. 28 ANEXOS .......................................................................................................... 30

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 04

CAPÍTULO 1

Educação Colaborativa .................................................................................... 06

CAPÍTULO 2

Como a Educação Colaborativa contribui como essência fundamental do

aprendizado? ................................................................................................... 11

CAPÍTULO 3

A interatividade constante, proporciona o desenvolvimento interpessoal ....... 18

CAPÌTULO 3.1

As novas tecnologias contribuem na Educação Colaborativa. Um processo

social envolvendo a comunicação e o aprendizado ........................................25

CONCLUSÃO ................................................................................................. 28

ANEXOS .......................................................................................................... 30

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 04

CAPÍTULO 1

Educação Colaborativa .................................................................................... 06

CAPÍTULO 2

Como a Educação Colaborativa contribui como essência fundamental do

aprendizado? ................................................................................................... 11

CAPÍTULO 3

A interatividade constante, proporciona o desenvolvimento interpessoal ....... 18

CAPÌTULO 3.1

As novas tecnologias contribuem na Educação Colaborativa. Um processo

social envolvendo a comunicação e o aprendizado ........................................25

CONCLUSÃO .................................................................................................. 28

ANEXOS .......................................................................................................... 30

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 36

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RESUMO

Este trabalho objetivou conscientizar sobre a importância da aprendizagem, da

educação colaborativa um processo social, em que se desenvolve através da

comunicação, do conhecimento, confronto com reações e experiências

vivenciadas no dia a dia no ensino superior e no sentido de educar, refletir e

aprender com o outro.

Analisando e conhecendo novas maneiras da Educação Colaborativa no

Ensino Superior, buscando novas idéias para desenvolver um trabalho que

identificasse aos educadores a função e a importância da realização da

educação transformadora, através da troca de experiências com o outro,

desenvolvendo e criando novas maneiras de se aprender em grupo, em todos

os espaços e os tempos das instituições onde se formam e trabalham os

profissionais da educação.

A essência desse trabalho é o ensino-aprendizagem e que o desenvolvimento

em grupo determina uma realidade cultural e histórico-social, despertando

transformações nas relações humanas de olho a olho, sorriso a sorriso,

percepções a percepções. Desenvolvendo a criatividade natural levando o

outro a compartilhar saberes, dúvidas e soluções.

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INTRODUÇÃO

“Os que tentam mudar, esbarram em obstáculos de todo

o tipo” (*)

(*) Oposição de alguns colegas, de certos diretores,

pais...

Cuidado, Escola! p.27

Durante alguns anos fiquei observando a educação, o aprendizado

nas Universidades, e em um contexto geral, como ensinar e aprender em grupo

contribui com a essência fundamental do aprendizado. Cada vez mais a

necessidade de uma reforma de pensamento, portanto de uma reforma de

ensino, uma Educação Transformadora, de conhecimento, do saber, na qual

torna-se interação criativa, inovadora, diferenciada da Educação Tradicional,

além de proporcionar à Universidade um lugar prazeroso de ir, estar e voltar.

A missão de ensinar, com a Educação Colaborativa é transmitir não

o mero saber, mas uma cultura que permita compreender nossa condição e

nos ajude a viver e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto

e livre.

Vivenciando vários momentos e etapas durante anos, percebe-se

ainda que os alunos não expressam suas idéias, críticas, reflexões, na qual o

professor é aquele que “dita” as regras. Não só nas Universidades, mas em

ambientes profissionais diferentes, nos quais não se constroem pensamentos,

críticas e não formam o cidadão para nossa sociedade.

Percebe-se a necessidade da interação, de troca de experiências,

de colaboração entre o corpo administrativo das instituições de nível superior,

para formar e construir alunos com a realidade em que se insere, com

espontaneidade, criatividade, criando momentos de motivação e

transformação, buscando um aprendizado de qualidade, excelência e

dinamismo. Buscando na docência a teoria, o conteúdo, possível com a

interação do conhecido e do desconhecido, tornando a aprendizagem teórica e

prática.

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Conscientizar de forma harmônica a importância da aprendizagem,

da Educação Colaborativa, um processo social, em que se desenvolve através

da comunicação, do conhecimento, confronto com as reações e respostas dos

outros. O quanto essa interação com o outro e um grupo alcançará novas

transformações no aprimoramento em diferentes situações.

A interatividade constante proporciona o desenvolvimento

interpessoal, habilidades sociais, diferenças individuais, aprender a respeitar os

outros. Além de proporcionar autonomia, direcionamento, diálogo, no confronto

de idéias e no feedback colaborativo.

Só há educação verdadeira quando o universo e o mundo se

respeitam e compreendem o próximo por mais diversos que sejam.

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CAPÍTULO 1

EDUCAÇÃO COLABORATIVA

Às vezes ficamos enlouquecidos porque esquecemos

que somos diferentes. Porque o amor não é uma

competição para que cada um supere a força do outro,

mas uma cooperação que necessita dessas diferenças.

(BACH, RICHARD – Mensagens para Sempre, p.40,

2009)

A Educação Colaborativa revela a necessidade da forma de

aprender coletivamente, o conhecimento se constrói mais e melhor com a troca

de experiências e vivências de cada pessoa.

Seria aprendermos o que temos de mais urgente, difícil e,

ao mesmo tempo, tão próximo e distante. Aprendermos

sobre nós mesmos. É mais fácil viajarmos para Marte,

construirmos os maiores prédios e escalarmos as

maiores montanhas do que trilharmos o caminho dessa

viagem solitária. Caminho árduo, mas que deve ser

trilhado, se quisermos nos compreender – entrar em

contato conosco – e, assim enxergar o outro ser.

(FREITAS, NILSON GUEDES de – Pedagogia do Amor, p.23,

2009)

A Educação Colaborativa estimula o aprendizado, o aluno constrói

suas idéias, pensamentos, desenvolve a parte social do saber, entender e o

relacionamento com o “outro”.

Além disso, parece existir uma crença generalizada entre

professores, estudantes e investigadores, de que o trabalho colaborativo é um

aspecto essencial dos processos da aquisição do conhecimento e que o

diálogo e a interação são fundamentais para a aprendizagem. Esta crença

funda-se, certamente, na concepção atual dominante relativamente à

aprendizagem, onde duas correntes teóricas, as perspectivas da raiz

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7 construtivista que se inspira em Jean Piaget (1896-1980), Brunner, entre outros

autores e o lado interpessoal e sociocultural inspirados no trabalho de Lev

Vygotsky (1896-1934). E o educador brasileiro Paulo Freire (1921-1997), na

qual obteve reconhecimento internacional por um método centrado na

necessidade de consciência social e na importância do “outro”.

Existem estudos que demonstram que as estratégias colaborativas

de aprendizagem aumentam o envolvimento dos estudantes nas Universidades

ou cursos e um maior desempenho, e que os métodos colaborativos são mais

eficientes do que os métodos tradicionais.

O conhecimento é constituído de consensos que por sua vez

resultam de discussões coletivas.

O aprendizado se dá quando compartilhamos

experiências, e isso só é possível num ambiente

democrático, onde não haja barreiras no intercâmbio de

pensamento.

(DEWEY, JOHN – 2009)

É grande o desafio para o professor, aluno e Universidade

proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação em vez

de lidar com os alunos de forma isolada.

Na Educação Colaborativa a busca é constante na qual os alunos,

professores, se comunicam e trocam idéias, sentimentos e experiências sobre

situações práticas do dia-a-dia e suas vivências sociais e culturais, onde existe

uma parte para educar e ser educado.

O objetivo dessa colaboração é ensinar o aluno a viver o mundo e

no mundo. É uma constante reconstrução de experiências, de forma a dar cada

vez mais sentido às novas gerações a responder, aprender os desafios da

sociedade.

É incentivar, motivar o desejo do desenvolvimento contínuo,

interação criativa, diferenciada da Educação Tradicional, é um aprendizado

para transformar, refletir, construir e resultar em novos conhecimentos. A idéia

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8 é fazer com que o aluno raciocine, elabore os próprios conceitos, para depois

confrontar com o conhecimento sistematizado, na qual possua os

conhecimentos para agir diante uma situação e que tenha chance de testar

suas idéias. A reflexão e ação devem estar juntas, são partes indivisíveis. A

interação e vivência do outro, faz com que o homem tenha capacidade de

transformar e modificar o seu meio.

O professor que desperta entusiasmo em seus alunos

consegue algo que nenhuma soma de métodos

sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter.

(DEWEY, JOHN – Nova Escola, p.63)

A meta da vida não é a perfeição, mas o terno processo

de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento.

(DEWEY, JOHN – Nova Escola, p.64, 2009)

Cada vez mais a mobilização da sala de aula necessita

corresponder às mudanças socioculturais, para que se torne realidade

cotidiana e seus conteúdos, sem associação com o mundo real e a vivência de

cada um. No entanto, vale lembrar que o aluno não é apenas um intelecto e a

sala de aula não é apenas a área física na qual se dá o conhecimento, mas é o

lugar das mais diferenciadas interações. É nesta etapa que acontece uma

gama de ações intencionais interdependentes, na qual ocorre a relação

psicosocial de professores e de alunos, além da construção organizada dos

saberes.

Hoje, é urgente um novo modo de pensar a educação e o

conhecimento, lembrando que cabe a ‘escola’ estruturar o

patrimônio cultural para seus alunos bem como ampliar

sua visão de mundo à medida que exerce sua função

educativa e social de lidar com os conceitos e com a

cultura.

(JOÃO CARLOS MARTINS & LUCILLA da SILVEIRA

LEITE PIMENTEL – O Fazer Pedagógico, p.24)

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O espaço chamado sala de aula na Universidade, tem a qualidade

das aulas sobre tudo, inovadores, interessantes para aprender, além disso, a

aula é muito mais que somente um espaço geográfico de encontro, mas é um

local de convivência, de troca de idéias, conhecimento e vivência com a vida e

a realidade, compartilhando confrontos, reflexões diante de movimentos

dinâmicos no desafio de aprender, educar e ensinar.

Quando em sala de aula, o papel do professor é fazer uma

intervenção, não apenas “dar aulas” sobre um determinado tema. Intervenção é

levantar hipóteses, rever conceitos, desconstruir determinadas crenças sobre o

aprender e o ensinar, e, assim, permitir a construção de um espaço de diálogo,

idéias e experiências, além de propor uma metodologia onde o refletir e o

pensar não sejam tarefas sem prazer, sem alegria.

Momentos vivenciados estruturam um processo de desenvolvimento

de ações individuais e em grupo, onde o crescimento é vivenciado nas

resoluções e na apresentação de tarefas realizadas em grupo. A idéia é

sempre fazer da aprendizagem um significado que envolva ação, comunicação

e desenvolvimento em grupo.

Compreender o mundo implica nessas ações para desenvolver

estruturas mentais que garantam ao aluno a possibilidade de pensar por si. Por

isso é preciso estimulá-lo a construir suas idéias e conceitos com o diálogo

com o outro.

O olhar do educador para o aluno é deixá-lo capturar pelo fascínio

de ser descoberto e merecedor de atenção. Se aprender com olhar, com a

comunicação, a aprendizagem colaborativa é assim, aprendemos a olhar e a

questionar sobre si mesmo como pessoa e como educador, para termos

conhecimentos de posturas e valores. Aceitar o outro como ele se revela a

nossos olhos, tal como é, trazendo consigo sua realidade pessoal, com suas

dificuldades, seus fracassos e suas marcas, mas também com seus desejos,

seus sonhos, suas expectativas.

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A construção e reconstrução, para Vygostsk, tudo que está no

sujeito existe antes no social e quando é aprendido e modificado pelo sujeito e

devolvido para a sociedade, vai aprendendo e se modificando.

As possibilidades que o ambiente proporciona ao individuo são

fundamentais para que se torne capaz.

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CAPÍTULO 2

COMO A EDUCAÇÃO COLABORATIVA CONTRIBUI

COMO ESSÊNCIA FUNDAMENTAL DO APRENDIZADO?

Verdade que por trás do trabalho de cada professor, em qualquer

sala de aula do mundo, estão séculos de reflexões de como educar, como o

aprendizado se torna fundamental e essencial para a formação do ser humano

como cidadão e conviver socialmente, culturalmente e com o outro.

Mesmo sem conhecer a obra de Aristóteles (384 – 322 a.C.), Jean-

Jacques Rousseau (1712 – 1778) ou Emile Dukhein (1858 – 1917) a

Universidade, a escola trabalham sob a influência desses pensadores na forma

como suas idéias foram incorporadas à prática pedagógica, à organização do

sistema escolar, ao contrário dos livros didáticos e do currículo docente.

Sem existir as escolas, as Universidades, a educação já era um

assunto de pensadores, como o grego Sócrates (469 – 399 a.C.), Platão (427 –

347 a.C.), defendeu o estudo das coisas reais como um meio de adquirir

sabedoria e virtude.

Vários fatos históricos aconteceram para se chegar a um grande

método tradicional no qual o educador alemão Johann Friedrich Herbart (1776

– 1841), com sua didática baseada na direção do professor e na disciplina

interna do aluno.

Mas, a Escola Nova deu impulso ao desenvolvimento das práticas

didáticopedagógicas ativas, e surgiram várias correntes educativas como o

movimento escolavista, John Dewey (1859 – 1952), que pregou a democracia e

vários outros com métodos pedagógicos e idéias diferentes para que o

aprendizado se transformasse em princípios e valores.

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Surgiram no século 20 descobertas que marcaram o

desenvolvimento do aluno, do professor como educador, o Construtivismo com

obra do biólogo suíço Jean Piaget (1896 – 1980), suas descobertas sobre o

desenvolvimento cognitivo das crianças e adolescentes marcaram a pedagogia

neste século mais do que qualquer outro pensador. Entre outros seguidores,

Lev-Yygotsky (1896 – 1934), Paulo Freire (1921 – 1997), desenvolveram

métodos pedagógicos, sociais e culturais, do aprendizado com o outro, em

grupo e colaborativo, tornando a Educação motivadora, crítica, criativa e

transformadora.

Por esse conjunto de idéias, a Educação Colaborativa contribui com

a essência fundamental do aprendizado, porque são formas transformadoras,

capazes de “trazer” para sala de aula com prazer e sabedoria o que o aluno

tem consigo, antes de conhecer o saber e aprender o desconhecido e

conseguir construir de forma harmoniosa como aprender em grupo e colaborar

com o outro é extremamente importante.

Precisamos ser mais mediadores do que informadores,

transformando nossas atitudes, mudar é preciso, saber ouvir, compreender, faz

parte de Educar, Aprender e Transformar.

De acordo com a Constituição Federal da Educação:

Art. 205 – “A educação, direito de todos e dever do

Estado e da família, será promovida e incentivada com a

colaboração da sociedade, visando ao pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício

da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

(LEI 8.147/90) – CONSTITUIÇÃO FEDERAL p.103

Art. 206 – O ensino será ministrado com base no

seguinte princípio:

II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar

o pensamento, a arte e o saber.

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Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar

o pensamento parece irônico esta constituição, em

que até hoje, ainda existem Universidades em que o

direito do aluno é chegar, sair e não se observa a

interação do professor-aluno, aluno-professor na

qual o ensino Tradicional continua evidente idéia de

pensamento. Aonde vimos alunos universitários

participarem de grupos, colaborar com outros e

ensinar sua própria comunidade? Sociedade

egoísta!

“... Assim, não é por outro motivo que a “escola”, a cada

dia que passa, especialmente para novas gerações,

demonstra que perdeu seu endereço na história em

relação à educação e o sentido disto nos projetos de vida

dos alunos”

(NILSON GUEDES DE FREITAS – Pedagogia do Amor

p.29, 2009)

Um educador aberto oferece oportunidades para si mesmo, e

equipe, proporciona crescimento e faz com que o aluno organize, pense;

envolve seus alunos na aprendizagem e em seu trabalho, participa da

administração da escola utilizando as novas tecnologias.

Não é à toa que Phillipe Perrenoud (Dez Novas Competências para

ensinar, p.143, 2000) nos adverte que uma das competências que se tem

exigido do educador de hoje é a de “enfrentar os deveres e os dilemas éticos

da profissão”, acentuando a dimensão educativa da tarefa de um

adulto/educador. Ele também considera fundamental uma autoavaliação

contínua, no sentido de analisar a relação pedagógica, a autoridade e a

comunicação em aula. Com isto, poderá ocorrer a criação de vínculos criativos

significativos com os alunos, à medida que se propõe um pensar com rigor e

criativo às articulações e os intercâmbios que promove entre o conhecimento, o

contexto sociocultural e as interações com o outro, ou seja, o ser humano.

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Portanto, a necessidade de entender que a aula é também um

espaço de atitudes e valores para o desenvolvimento da consciência crítica,

com contribuição da cultura, da criatividade, diferenças individuais e a

formação da cidadania, é um constante aprendizado e troca de conhecimentos

independente de onde acontece a educação infantil, fundamental, médio ou

universitário.

Quando imaginamos uma sala de aula em um processo

interativo, estamos acreditando que todos terão

possibilidade de falar, levantar suas hipóteses, nas

negociações, chegar a conclusões que ajudarão o aluno

a se perceber parte de um processo dinâmico de

construção.

(JOÃO CARLOS MARTINS E LUCILLA DA SILVEIRA

PIMENTEL – O Fazer Pedagógico, p.59, 2009).

No aprendizado coletivo, há um interesse dos alunos, porque podem

participar, expor suas idéias, conclusões, eles constroem o próprio

pensamento, com curiosidade e sem a separação tradicional das disciplinas.

Hoje se fala em interdisciplinaridade e projetos didáticos, para tornar

a sala de aula num grande centro de estudo, interesse, gerando curiosidade de

aprendizado, descobertas, não só aprender por aprender, a verdade é que

precisamos ensinar, aprender e aprender. Sabemos da necessidade de comer,

podemos fazer um estudo dos alimentos, dos mecanismos econômicos da

agricultura e do comércio. É preciso que os alunos se interessem pelo assunto,

fazendo atividades manuais, oficinas, jogos didáticos, dinâmicas em grupo.

Todas essas atividades são motivadoras e criativas, e sempre com objetivo de

aprendizado e conhecimento. (Anexo 1)

A escola (tradicional) engorda fisicamente e entorpece

mentalmente.

(OVIDE DECROLY – Revista Nova Escola, p.70, 2009).

O aprendizado de ser prazeroso, contínuo, o professor tem que ser

motivado e fazer com que seus alunos aprendam rindo, brincando, tendo

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15 prazer de estar em sala de aula, é um grande desafio desenvolver estratégias,

criar, intensificar e diversificar o desejo de aprender.

Philippe Perrenoud (Dez Novas Maneiras de Ensinar, p. 71, 2009),

na qual descreve: “Ensinar é, reforçar a decisão de aprender, sem agir como se

ela estivesse tomada de uma vez por todas. É não encerrar o aluno em uma

concepção de ser sensato e responsável, que não convém nem mesmo à

maior parte dos alunos.”

“Ensinar é também estimular o desejo de saber. Só se pode desejar

saber ler, calcular de cabeça, falar alemão ou compreender o ciclo da água,

quando se concebem esses conhecimentos e seus usos.”

Aprender e ensinar são uma tarefa difícil, principalmente quando

estamos falando do ensino Superior, para desempenhar um papel mediador

em relação ao saber, o professor precisa ter vontade e capacidade de escutar

os alunos, de ajudar a formar seus pensamentos e de ouvir suas declarações e

conclusões. É preciso integrar os alunos com o saber, o querer saber e

aprender a compartilhar com outros suas experiências e conhecimentos.

A Educação independente de ser colaborativa ou não, envolve

afetividade, emoções e o envolvimento do eu e do outro, são elementos

básicos em que uma pessoa precisa para sua própria formação.

As emoções têm um papel fundamental no desenvolvimento de uma

pessoa, seja aluno ou não, através delas o aluno exterioriza seus desejos e

suas vontades. Em que muitas vezes, são manifestações que expressam um

universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelas escolas

tradicionais.

A afetividade tem uma importância de caráter e personalidade, na

qual ajuda o ser humano a se conhecer, juntos as emoções, a afetividade, o

medo, a alegria, a raiva, são relações que ganham função relevante entre o eu

e o outro.

O realismo de Henry Wallon (1879 – 1962) em que ele faz uma

verdadeira revolução no ensino, sua teoria pedagógica: “... o desenvolvimento

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16 intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro.” (Revista Nova

Escola, p.74, 2009).

É preciso adaptar a sala de aula e o ensino Superior em

movimentos, ou seja, não deixar que os alunos fiquem imóveis na cadeira,

expor e aprender seus próprios pensamentos, desenvolvendo sua inteligência

e habilidades, para que possa conhecer o mundo e a sociedade em que está

inserido, aprendendo a refletir sobre os dois mundos, o interior povoado de

sonhos e fantasias, e o real cheio de símbolos, códigos e valores sociais e

culturais. (Anexo 2)

O professor que pensa certo deixa transparecer aos

educandos que uma das bonitezas da maneira de estar

no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a

capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo.

(PAULO FREIRE – Pedagogia da Autonomia, p.28 –

2008).

A Educação Colaborativa tem sua característica, de saber ouvir, cuja

ação reflexiva é escutar, ambos são inseridos fundamentos básicos dessa

educação, ou da educação, educar colaborativamente é inserir o aluno em

contexto sócio-histórico e cultural e torná-lo junto à comunidade em que vive.

É importante reconhecer que o aluno do Ensino Superior, traz

consigo características de sua cultura, vivência com a família, e é preciso

compreender que quando se pretende educar, ensinar e aprender necessita de

essência, diálogo, aproximação, conquista e entrega às interações sociais que

visam formar diversas condições para uma comunicação consigo mesmo, com

os outros e com o mundo.

A necessidade de analisar o aluno como ser humano, é também

carente de olhares e escutas, visto que nos tempos atuais quantas pessoas se

voltam para si mesmas cegas e surdas em relação aos pedidos, às

informações do outro, na qual se percebe que olhares e escutas ficam cada

vez mais distantes de admirar e compartilhar com o outro.

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A educação é mais do que transferências de conteúdos, necessita

de relacionamento, respeito, diálogo entre professor e aluno, um respeito de

crescimento e troca, para possibilitar o aprendizado contínuo, compartilhado e

possa ocorrer a compreensão do outro.

A relação entre professor e aluno – em especial a relação

que visa emancipar o homem – tornar-se preponderante

para o futuro da sociedade, pois poderá, com a releitura

do passado, contextualizar o presente, apresentar no

presente opções, outras do que a realidade atual e

potencializar um futuro diferente do fatalista, ou seja, o de

libertá-lo.

(NILSON GUEDES de FREITAS – Pedagogia do amor,

p.32, 2009)

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CAPÍTULO 3

A INTERATIVIDADE CONSTANTE PROPORCIONA O

DESENVOLVIMENTO INTERPESSOAL

O respeito mútuo, um respeito sem fingimentos e sem

rotinas, um respeito bem intencionado, que todos os dias

se ilumina com argumentos novos e todos os dias se

sente pequeno diante da sua aspiração, poderá servir de

base dentro da obra educacional a um movimento de

resultados eficientes no problema urgentíssimo da

salvação do mundo pela garantia unânime da paz.

(SHEILA CARVALHO – Dinâmica de Grupos: Mob –

metodologia de oficinas, João Beauclair, p.31, 2009).

A interatividade constante proporciona o desenvolvimento

interpessoal, devido ao surgimento de novas demandas no mundo da interação

e do trabalho cotidiano nas áreas do conhecimento humano, que surgem à

medida que nos são colocados novos dilemas e desafios nas nossas próprias

práticas.

Como a vida em grupo e as relações entre os humanos deram

origem a nossa civilização e a história evolutiva. Com força, energia, ação, o

trabalho de grupo e a educação colaborativa, são utilizados o uso lúdico, jogos,

músicas e brincadeiras, nas quais promove espaços de construção de

movimentos mentais, permitindo um espaço para reflexões, ampliando forças,

desenvolvendo o aprendizado, a tolerar as diferenças, aprender a respeitar o

outro em situações cotidianas vivenciadas, em nossas Universidades, no

trabalho e em diferentes ambientes, onde existem pessoas, seres humanos.

O realismo de Paulo Freire (1921 – 1997), que defendia como

objetivo da “escola” ensinar o aluno a “ler o mundo para poder transformá-lo”

(Revista Nova Escola, p.110, 2009) fez com que o desenvolvimento e o

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19 objetivo maior da educação sejam de conscientizar o aluno, na prática em sala

de aula, na qual ocorra a criatividade e o desenvolvimento interpessoal.

Valorização da cultura do aluno, as relações afetivas e democráticas

possibilitam a forma de expressar suas idéias, o aluno não é um simples

espectador, ele pode e deve saber desenvolver seus próprios conceitos, com

sua realidade de “ler o mundo”, desenvolver críticas e reflexões, a

aprendizagem não pode nascer senão de uma construção.

A construção de uma educação para autonomia atualmente precisa

muito mais do que didática e domínio do conhecimento. É preciso uma relação

de qualidade entre o professor e os alunos. Sem considerar a importância do

mercado de trabalho na vida social, educar para autonomia, como dizia Paulo

Freire significa ensinar a pensar. Nesta perspectiva, não basta buscar a mera

inserção do indivíduo no mercado, mas antes se trata de saber como fazer com

que os alunos operem os conteúdos de forma própria, de maneira consciente e

criativa (Nelson Manuel da Silva Ferreira – Comunicandico, p.02, ano 12 – nº 1

– 11 a 17 de Janeiro de 2010).

As instituições do ensino Superior têm realizado sua administração

educacional, pouco criativa, em um contexto “egoísta” sem espaço,

subjetividade, crítica e reflexão. Ainda existem aulas em formato tradicional,

quadros negros e as salas lotadas.

A autonomia não se faz com massificação, parece que os alunos

são “bonecos” e são tratados como se não tivessem capacidade de raciocínio e

desenvolvimento próprio e ainda com muitas dificuldades de compartilhar o

conhecimento em grupo e se colocar e entender as dificuldades dos outros.

O homem vê-se forçosamente fragmentado em sua

essência gerando conflitos de todos os tipos, pois só lhe

é permitido “viver” e expressar-se em partes, em

conformidade com o preestabelecido como padrão.

(NILSON GUEDES de FREITAS – Pedagogia do Amor,

p.133, 2006).

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A interatividade com o outro e a educação já existem em um

processo pleno do psicólogo Lev Vygostsky (1896 – 1934), em que revela a

relação do homem e o ambiente sobre o processo da aprendizagem que

decorrem da compreensão do homem com um ser, interagindo com a

sociedade.

É verdade quando Lev Vygostsky escreveu: “Na ausência do outro,

o homem não se constrói homem.” (Revista Nova Escola, p.92, 2009). Juntos

Piaget e Vygostsky não formularam uma teoria pedagógica, mas, deram ênfase

no aprendizado, a importância das instituições, independente de ser ensino

infantil, fundamental ou superior, na formação do conhecimento, do estímulo,

compreensão e de habilidades. O aprendizado amplia o universo mental do

aluno.

A necessidade do professor mediador, ativo e determinado para uma

mudança na educação, novas atividades, informações com a finalidade de

refletir sobre a importância das trocas entre o processo ensino-aprendizagem.

O contexto em que vivemos e na realidade manifesta em

nosso país, criar condições para os alunos se tornarem

cidadãos que pensem e atuem por si mesmos. Acima de

tudo, espera-se que eles sejam pessoas livres de

manipulações e conduções externas e que consigam ter

a capacidade de pensar e examinar criticamente as

idéias que lhes são apresentadas e a realidade social que

partilham.

(JOÃO CARLOS MARTINS E LUCILLA DA SILVEIRA

PIMENTEL – O Fazer Pedagógico, p.48, 2009).

O desenvolvimento e a formação permanente dos professores, o

fundamental é a reflexão crítica sobre a prática, a relação com o outro,

pensando criticamente na prática de hoje ou de ontem que se consegue

melhorar a próxima prática, em sala de aula.

O diálogo, a dinâmica, o confronto de idéias, segundo Lawrence

Stenhouse (1926 – 1982), o defensor da pesquisa no dia a dia, para ele é

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21 impossível falar em educação, professor pesquisador, existe a necessidade de

investigar, pesquisar a didática, mas essa eficácia de teorias que ele propôs só

pode ser comprovada enquanto estudava no final dos anos 60. Algo

fundamental nas relações escolares era: “Os estudantes rendem mais quando

são recebidos e acolhidos com consideração.” (Revista Nova Escola, p.120,

2009).

O aprender com prazer de aprender não é difícil para o professor

que sabe, basta estar aberto e ouvir a turma. Quando o professor assume o

papel de aprendiz, modifica toda a estrutura educacional, proporcionando

reflexão, conhecimento entre professor e aluno que está disposto a aprender e

compartilhar suas experiências.

Não é a toa que Lawrence Stenhouse (Revista Nova Escola, p.120,

2009), nos fala: “Sem medo de aprender.” Muitos dos atuais programas e

materiais de educação continuada partem exatamente dessa premissa: quem

mais precisa aprender é aquele que ensina. Quando o professor está aberto

para aprender continuamente, deixa de se comportar como o dono do saber.

“Creio que a maior parte do ensino que se oferece nas escolas e nas

Universidades estimula esse erro.” É por isso que muitas pessoas que

passaram pela escola têm com o saber uma relação de pouca autonomia,

entendendo-o como reafirmação da certeza autorizada. A elas foi negado o

prazer de viver a aventura do conhecimento investigativo.” (Anexo 3)

“O pesquisador da educação e o docente devem

compartilhar a mesma linguagem.”

(LAWRENCE STENHOUSE – Revista Nova Escola,

p.120, 2009).

Como este trabalho, revela a necessidade da forma de aprender

coletivamente, e que o conhecimento se constrói mais e melhor com a troca de

experiências, não poderia deixar de citar o cientista norte-americano Howard

Gardner, psicólogo e formado no campo da neurologia, causou grande impacto

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22 na área educacional com a sua teoria de inteligências múltiplas na qual foi

divulgada no início da década de 80. (Anexo 4)

“A educação justificar-se realçando o entendimento

humano.”

(HOWARD GARDNER – Revista Nova Escola, p.129,

2009).

As oportunidades em que se levam as pessoas a desenvolver

capacidades inatas são a educação que recebem oportunidades que

encontram em sala de aula, com o professor incentivando cada habilidade e

talento, que mesmo ainda moldado pela cultura, na qual só começa a se

desenvolver por volta dos 5 anos.

Por isso, a Educação Colaborativa se constrói com a experiência

adquirida e vivenciada com o outro, e a dinâmica de grupo passa a ser a

interação entre os sujeitos, a partir do momento que comunicar e trocar

informações, estão em movimento ensinando e aprendendo, e nesta interação,

existe uma dinâmica. Em um grupo de professores e alunos, o objetivo maior

deve ser de aprender e ensinar, e construir e refletir. (Anexo 5)

Aprender coletivamente é uma tentativa de compreender, de modo

mais profundo, algo novo ou algo que já se possui alguma informação.

A experiência de aprendizagem dos adultos inicia-se exatamente

com a palavra “EXPERIÊNCIA”, ou seja, é a partir das experiências já

vivenciadas que os adultos podem fazer uma interpretação da nova

experiência, e assim proceder, fazer uma reflexão sobre este movimento

interpessoal e processual.

A troca de experiências é para integrar, sintetizar e elaborar o

aprendido que se faz o novo saber: a nova habilidade, o novo conhecimento

passa a fazer parte do repertório de experiências e aprendizado.

Na dinâmica de grupo, utilizada no ensino superior, na qual o papel

do facilitador (o professor) é de mediar, facilitar e proporcionar ambientação,

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23 proporcionando uma continuidade de tarefas e momentos onde o “foco” não

ganhe a dimensão do estar em sala de aula apenas por compromisso ou

obrigação, porém, ao contrário, é determinar de forma positiva as maneiras de

agir diante dos futuros desafios da formação continuada. (Anexo 6)

A meu ver, não é possível que todos se sintam bem com

essa metodologia, pois o ato de aprender, além de ser

um processo e movimento contínuo, também é individual,

a aprendizagem participativa ainda esta apenas em seu

começo: muito temos de trilhar para ampliar nossos

próprios horizontes, pois o grau de compreensão desta

metodologia perpassa pela própria trajetória de

aprendizagem de cada sujeito que, por ser diferente,

percebe-a de modo também distinto, também

diferenciado!

(JOÃO BEAUCLAIR, p.109, 2009).

O caminho sei que é constituído de muitos “pensares”, mas o maior

e mais bonito deles é o estar contribuindo, mesmo que seja ao meu modo de

querer mudar a maneira de se educar e fazer uma sala de aula um prazer

contínuo de conhecimento, de experiências, de práticas de olhar o mundo,

estar no mundo da educação. Contribuindo para que o ensino superior mude

sua estrutura de como formar cidadãos para a sociedade e tratar os alunos

investindo na capacidade de criação, estimulando de forma criativa, e

inovadora o conceito ensinar, educar e aprender, de maneira que estarão com

comprometidos com o conhecimento, melhorando, assim, a qualidade e o

relacionamento aluno-professor e professor-aluno, constituindo um sentido

novo para a prática do ensino superior, buscando e criando perspectivas

pedagógicas inovadoras. (Anexos 7 e 8)

A motivação, a interatividade torna-se cada vez mais essencial ao

ensino superior, pois na reconfiguração paragmática de nosso tempo, a

contribuição da Educação Colaborativa e a dinâmica de grupo, têm sido de

grande relevância, apontando para os tempos e possibilidades de leitura da

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24 realidade de um modo mais aberto, significativo, constituindo um caminhar para

novas competências e habilidades.

Neste trabalho é fundamental pensar como nossas ações podem

colaborar, com novas idéias, vinculadas a aprendizagem, ensino e educação.

Além disso, a interação contribui em nossas ações, atitudes e condutas.

O modo como cada um de nós lida com contextos concretos

específicos do nosso agir/fazer cotidiano, influencia nossas ações, atitudes e

interações com os outros e com o mundo. Quando participamos de um grupo

onde de algum modo ocorre esclarecimento, comunicação, aprendizado e

resolvemos tarefas.

Reorganizar, transformar métodos novos, diferentes no ensino, na

aprendizagem, não é uma coisa fácil, a transformação ocorre de acordo com os

novos objetivos, necessidades, como sabiamente Paulo Freire diz:

A ação de transformar, reorganizar a sociedade velha,

transformá-la para criar a nova sociedade não é tão fácil

assim. Por isso não se cria a sociedade nova da noite

para o dia, nem a sociedade nova aparece por acaso.

A nova sociedade vai surgindo com as transformações

profundas que a velha sociedade vai sofrendo.

(PAULO FREIRE – A importância do ato de ler, p.74,

2008)

Uma das qualidades mais importantes do homem é a certeza que

não pode parar de caminhar, ensinar, educar e que a certeza de que cedo o

novo fica velho e que se não se renovar, não transformar. A educação das

crianças, dos jovens e dos adultos tem também que ser nova, nova de ações,

motivações, práticas de acordo com as possibilidades.

Uma educação pelo trabalho que estimule a colaboração

e não a competição. Uma educação que dê valor a ajuda

mutua e não ao individualismo, que desenvolva o espírito

crítico e a criatividade e não a passividade. Uma

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educação que se fundamente na unidade entre a prática

e a teoria, entre o trabalho manual e o trabalho intelectual

e que por isso, incentive os educandos a pensar certo.

(PAULO FREIRE – A importância do ato de ler, p.86,

2008)

Interagir com o outro, encontrar a idéia de que tudo está em

permanente transformação e interação, isso implica do ser humano histórico e

inacabado e consequentemente sempre pronto a aprender. Em particular isso

reflete a necessidade de formação rigorosa e permanente de professores.

3.1 – As novas tecnologias contribuem na Educação

Colaborativa. Um processo social envolvendo a comunicação e

o aprendizado.

Não havia professores.

Todo adulto ensinava.

Aprendia-se através da própria experiência e da

experiência dos outros.

Aprendia-se fazendo, o que tornava inseparáveis o saber,

a vida e o trabalho.

(PAULO FREIRE – Cuidado, escola, p.25, 2006.)

Tecnologia avançada, culturas diferentes, e o dever do educador é

inserir-se no universo de seus alunos, para um desenvolvimento social e

cultural, onde as novas tecnologias da informação e da comunicação

transformam espetacularmente não só nossas maneiras de comunicar, mas

também de trabalhar, de decidir, de pensar.

As novas tecnologias são um referencial de formação continua, na

qual a interação desse novo meio de comunicação seria bastante prática,

quando utilizado em editores de texto, explorar as potencialidades didáticas

dos programas em relação aos objetivos do ensino, a comunicação à distância,

na qual a reunião de um grupo de pessoas, diferentes, mas a cooperação, a

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26 dinâmica insere de forma completa e satisfatória, utilizando as ferramentas

multimídia no ensino fundamental, médio ou superior.

Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso

crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, a observação, a pesquisa, a

imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura, a análise de

textos e de imagens, viabilizar a apresentação de rede e as estratégias de

comunicação, e sem dúvida, essas novas tecnologias não chegam a todos,

existindo a desigualdade social, da informação e do mundo, é uma proporção

crescente de alunos, em atingir mais plenamente os ambiciosos objetivos dos

meios de comunicação e a interação com o outro.

Para Perrenoud (Dez novas competências para ensinar, p.128-129,

2000), por que se precisa primeiro aprender pelos livros, e após, dominar o

escrito específico da comunicação informática? Torna possível um ir e vir

constante entre a estrutura de um texto e seu conteúdo com redação em

andamento e adere, pois com realismo a realidade da produção textual, que às

vezes surge de um plano, às vezes faz emergir do próprio texto.

Essa evolução é positiva, no sentido de que torna tais instrumentos

acessíveis a todos os alunos. Torna a aprendizagem mais criativa, diferente

dos métodos tradicionais. A interação com a informática colabora para a

formação de competências essenciais para a construção da criatividade,

organização, o importante é que se tenham softwares educativos, com

exercícios, conteúdos personalizados, para que o professor não seja um

programador, mas que dependa do seu trabalho e desenvolvimento.

As novidades tecnológicas possuem seus perigos e limites, podem

decidir com conhecimento um espaço amplo em sala de aula, os professores,

os alunos, os pais, o corpo administrativo da instituição deveram incluir essa

nova tecnologia como vigília cultural sociologia, pedagógica e didática para

compreenderem do que será feita a escola, a universidade de amanhã, seu

público e seus programas.

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27

Uma cultura tecnológica de base também é necessária para pensar

nas relações entre a evolução, as competências intelectuais e a relação com o

sabe que uma universidade pretende formar. As novas tecnologias não podem

ser indiferentes a nenhum professor que formará cidadãos por modificarem as

maneiras de informar, trabalhar e pensar.

Não se poderia pensar hoje numa pedagogia e numa didática sem

estar consciente das transformações que a informática submete as práticas de

leitura e escrita. Em que o professor tem um papel além de ensinar, é fazer

aprender.

Assim, essas novas tecnologias, podem reforçar e contribuir para os

trabalhos pedagógicos e didáticos contemporâneos, permitindo que sejam

criadas situações de aprendizagem complexas, diversificadas, por meio de

uma visão de trabalho junto com o aluno-professor, instituição, e o próprio mei

que está inserido.

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28

CONCLUSÃO

A capacidade de amar do ser humano nos habilita para o mundo dos

possíveis.

A organização e o desafio de desenvolver este trabalho criaram

dentro de mim uma expectativa diferente, a partir do momento em que estamos

abertos para construir relações válidas e importantes em sala de aula e fora

dela, no nosso dia a dia como educador, proporcionando conhecimento

estimulando, constituindo e formando cidadãos com autonomia de olhar o

mundo e estar dentro dele, possibilitando conhecimento real, abrindo um

campo interativo entre o aluno, o professor e todo o grupo que o rodeia.

Com tantos desafios e dificuldades nas universidades, no ensino de

uma maneira geral, não fizeram com que desistisse de continuar tentando fazer

diferente, mesmo em um mundo marcado por incertezas e mudanças

constantes, o comprometimento, cada vez mais, com a formação do ser

humano, não só em termos de aquisição do conhecimento, mas com o

significado e as representações que elaboramos e das situações com as quais

nos relacionamos.

Avaliar foi fundamental, rever o que foi significativo, experiências

vivenciadas, os diálogos desenvolvidos durante o desenvolvimento durante

este trabalho facilitou os repletos pensamentos diferentes de perceber, receber

e compartilhar o feedback colaborativo. “Todo conhecimento é conhecimento

do outro.” (A Coragem de Mudar em Educação, p.19, 2000).

Neste sentido, se todo “conhecimento é do outro” como citado

acima, fez com que chegasse a diversas maneiras diferentes, de que válido é o

conhecimento e o aprendizado do outro a partir dos meus básicos

conhecimentos, na qual ampliou minhas perspectivas e o meu olhar a partir

daquilo que faço e já existe em mim, e o que surge a partir do novo.

As experiências que o grupo possui e os recursos que nele estão,

proporcionou estratégias motivacionais indispensáveis ao processo diferencial

no que se trata de educação colaborativa, valores, cultura e pessoa.

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Assim, o ciclo de aprendizagem reflete colaboração, interatividade

constante, generalização e aplicação de “fenômenos” integrantes das

experiências vivenciadas com pessoas de diversas culturas, de conhecimentos

diversos alcançando novas transformações no sentido de educar.

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ANEXOS

• Anexo 1

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• Anexo 2

• Anexo 3

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• Anexo 4

• Anexo 5

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• Anexo 6

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• Anexo 7

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• Anexo 8

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36

Bibliografia

LOROSA, M.A. e Ayres F.A. Como Produzir uma Monografia Passo a

Passo. Rio de Janeiro. 2008.

FREITAS, Nilson Guedes de. Pedagogia do Amor: Caminho da Libertação

na Relação Professor- Aluno, RJ: Editora Wak, 2006.

HARPER, B. e CECCON C. e Oliveira M.D. de e Oliveira, R.D. de e Freire,

Paulo. Cuidado Escola! Desigualdade, Domesticação e algumas Saídas,

SP: Editora Brasiliense, 2007.

Martins, J.C.e PIMENTER, L. da S.l. O Fazer Pedagógico (RE) Significado

Olhar do Educador, RJ: Editora Wak, 2009.

PERRENOUD, Fhilippe. Dez Novas Competências Para Ensinar, Porto

Alegre: Editora Artes Médicas Sul, 2000.

FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em Três Artigos que se

Completam, SP: Editora Cortez, 2008.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários A Prática

Educativa, SP: Editora Paz e Terra, 2008.

MORIN, Edigar. A Cabeça Bem- Feita: Repensar a Reforma, Reformar o

Pensamento, RJ: Editora Bertrand Brasil ltda. 2008.

BEAUCLAIR, João. Dinâmica de Grupo. MOP-Metodologia de Oficinas

Psicossocioeducativas, RJ: Editora Wak, 2009.

LOPES, Maurício Antônio Ribeiro. Constituição Federal, SP: Editora Revista

dos Tribunais, 1997.

Revista de Quem Educa Nova Escola, Grandes Pensadores, Edição

Especial Impressa na Divisão Gráfica da Editora Abril S/A, Julho, 2009.

MILITÃO, A. e MILITÃO, R.. S.O.S. Dinâmica de Gupo, RJ: Editora

Qualitymark, 1999.

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37

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

EDUCAÇÃO COLABORATIVA: INTERATIVIDADE

CONSTANTE DO APRENDIZADO NO ENSINO

SUPERIOR

CLÁUDIA C. NÓVOA DA SILVA

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ORIENTADORA

Mª. DINA LÚCIA CHAVES ROCHA

Rio de Janeiro

2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

EDUCAÇÃO COLABORATIVA: INTERATIVIDADE

CONSTANTE DO APRENDIZADO NO ENSINO

SUPERIOR

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Rio de Janeiro

2010

AGRADECIMENTOS

A todos os professores do curso de Docência do Ensino Superior do

Instituto “A Vez do Mestre”, à professora Dina Lúcia pela sua dedicação e

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do Ensino Superior. Por: Cláudia C. Nóvoa da Silva

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40 auxilio nos momentos de dificuldades, à amiga Renata Carvalho Moreira, que

acompanhou todas as dificuldades, nervosismo, mas com sabedoria me

proporcionou segurança para finalizar este trabalho. Aos colegas e amigos, que

direta e indiretamente contribuíram para a confecção deste trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu pai George, que tanto colaborou com

palavras sábias para continuar e não desistir dos meus objetivos. Também a

minha mãe Edna, meus irmãos Márcia e Marcos e ao meu sobrinho Marlon que

colaborou na minha dificuldade em informática.

Cláudia Nóvoa

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