Sumário Gir Leiteiro 2015

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Documentos 177 Editores técnicos: João Cláudio do Carmo Panetto Rui da Silva Verneque Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto Frank Ângelo Tomita Bruneli Marco Antonio Machado Marta Fonseca Martins Marcos Vinícius G. Barbosa da Silva Wagner Antonio Arbex Daniele Ribeiro de Lima Reis Cátia Cilene Geraldo Carlos Henrique Cavallari Machado Mariana Alencar Pereira Bruna Hortolani Anibal Eugênio Vercesi Filho Ranielly da Silva Maciel André Rabelo Fernandes Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumário Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Progênie 6 a Prova de Pré-Seleção de Touros Maio 2015 Embrapa Gado de Leite Juiz de Fora, MG 2015 ISSN 1516-7453 Maio, 2015 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Gado de Leite Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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  • Documentos 177

    Editores tcnicos:Joo Cludio do Carmo Panetto

    Rui da Silva Verneque

    Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto

    Frank ngelo Tomita Bruneli

    Marco Antonio Machado

    Marta Fonseca Martins

    Marcos Vincius G. Barbosa da Silva

    Wagner Antonio Arbex

    Daniele Ribeiro de Lima Reis

    Ctia Cilene Geraldo

    Carlos Henrique Cavallari Machado

    Mariana Alencar Pereira

    Bruna Hortolani

    Anibal Eugnio Vercesi Filho

    Ranielly da Silva Maciel

    Andr Rabelo Fernandes

    Programa Nacional de Melhoramento do Gir LeiteiroSumrio Brasileiro de TourosResultado do Teste de Prognie6a Prova de Pr-Seleo de TourosMaio 2015

    Embrapa Gado de LeiteJuiz de Fora, MG2015

    ISSN 1516-7453Maio, 2015

    Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaEmbrapa Gado de LeiteMinistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

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    Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora MGFone: (32) 3311-7405Fax: (32) 3311-7424Home page: http://www.embrapa.br/gado-de-leite

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    Superviso editorial, editorao eletrnica e tratamento das ilustraes: Adriana Barros GuimaresCapa: Carlos Lopes

    ABCGIL: Antnio Luiz de Andrade Filho Tcnico de Campo [email protected] Carlos Matheus Arantes Pereira - Tcnico de Campo [email protected] Fausto Cerqueira Gomes - Tcnico de Campo [email protected] Gisele Oliveira Roza Administrativo [email protected] Gustavo Rodrigues Andrade e Oliveira Tcnico de Campo [email protected] Irades Aparecida de Souza Administrativo [email protected] Jos Geraldo Oliveira dos Santos Tcnico de Campo [email protected] Juliana Duarte de Oliveira Administrativo [email protected]

    1a edio1a impresso (2015): 5.000 exemplares

    Embrapa 2015

    Associao Brasileira dos Criadores de Gir LeiteiroPraa Vicentino Rodrigues da Cunha, 110Parque de Exposies Fernando Costa38022-330 Uberaba/MGFone/Fax: (34) 3331-8400Home Page: http//www.girleiteiro.org.brE-mail: [email protected]

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    (Lei no 9.610).

    CIP-Brasil. Catalogao-na-publicao.Embrapa Gado de Leite

    Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie 6a Prova de Pr-Seleo de Touros Maio 2015 / Joo Cludio do Carmo Panetto ... [et al.]. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2015.

    82 p. (Embrapa Gado de Leite. Documentos, 177).

    ISSN 1516-7453

    1. Bovinos de leite. 2. Raa Gir melhoramento teste de prognie. I. Joo Cludio do Carmo Panetto. II. Rui da Silva Verneque. III. Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto. IV. Frank ngelo Tomita Bruneli. V. Marco Antonio Machado. VI. Marta Fonseca Martins. VII. Marcos Vincius G. Barbosa da Silva. VIII. Wagner Antonio Arbex. IX. Daniele Ribeiro de Lima Reis. X. Ctia Cilene Geraldo. XI. Carlos Henrique Cavallari Machado. XII. Mariana Alencar Pereira. XIII. Bruna Hortolani. XIV. Anibal Eugnio Vercesi Filho. XV. Ranielly da Silva Maciel. XVI. Andr Rabelo Fernandes. XVII. Srie.

    CDD 636.2082

  • Joo Cludio do Carmo PanettoZootecnista, D.Sc. Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]

    Rui da Silva VernequeZootecnista, D.Sc. Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]

    Maria Gabriela Campolina Diniz PeixotoMdica-veterinria, D.Sc. Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]

    Frank ngelo Tomita BruneliMdico Veterinrio, D.Sc. Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]

    Marco Antonio MachadoEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]

    Marta Fonseca MartinsBiloga, D.Sc. Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]

    Marcos Vincius G. Barbosa da SilvaZootecnista, D.Sc. Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]

    Wagner Antonio ArbexMatemtico, D.Sc. Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]

    Autores

  • Daniele Ribeiro de Lima ReisFarmacutica e Bioqumica Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]

    Ctia Cilene GeraldoAdministradora e Biloga Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]

    Carlos Henrique Cavallari MachadoZootecnista Superintendente de Melhoramento Gentico da ABCZPraa Vicentino R. da Cunha, 110 Parque Fernando Costa38022-330 Uberaba, [email protected]

    Mariana Alencar PereiraMdica Veterinria, B.Sc. Gerente do Programa de Melhoramento Gentico da ABCZPraa Vicentino R. da Cunha, 110 Parque Fernando Costa38022-330 Uberaba, [email protected]

    Bruna HortolaniMdica Veterinria, B.Sc. Gerente do Programa de Melhoramento Gentico da ABCZPraa Vicentino R. da Cunha, 110 Parque Fernando Costa38022-330 Uberaba, [email protected]

    Anibal Eugnio Vercesi FilhoMdico-veterinrio, D.Sc. Pesquisador do IZ, Diretor Tcnico da ABCGILPraa Vicentino R. da Cunha, 110 Parque Fernando Costa38022-330 Uberaba, [email protected]

    Ranielly da Silva MacielMdica Veterinria, B.Sc., Supervisora da base de dados do PNMGL ABCGILPraa Vicentino R. da Cunha, 110 Parque Fernando Costa38022-330 Uberaba, [email protected]

    Andr Rabelo FernandesZootecnista, M.Sc. Coordenador Operacional do PNMGL ABCGILPraa Vicentino R. da Cunha, 110 Parque Fernando Costa38022-330 Uberaba, [email protected]

  • Palavra do Presidente da ABCGIL

    Entregamos novamente aos usurios de gentica de Gir Leiteiro o Sumrio Brasileiro de Touros, onde so divulgados os resultados do 23 grupo do Teste de Prognie, a principal prova zootcnica do Programa Nacio-nal de Melhoramento do Gir Leiteiro PNMGL.

    Completando este ano 30 anos de implantao, o Teste de Prognie foi criado com o objetivo de promover o melhoramento gentico do Gir Leiteiro. Neste perodo j foram avaliados 316 touros para produo de leite e seus constituintes, bem como caractersticas de conformao, manejo, moleculares e de parentesco. uma marca importante, principalmente por tratar-se de projeto de melhoramento gentico, basicamente custeado pelos criadores-associados da ABCGIL, mas que conta com a participao efetiva de inmeros colaboradores e parceiros.

    O PNMGL fruto da parceria slida entre ABCGIL e Embrapa Gado de Leite que ao longo desses anos tem fornecido, de forma consecutiva e ininterrupta, o mais completo conjunto de informaes tcnicas das raas zebunas de aptido leiteira, com o objetivo de instrumentalizar os criadores e usurios da gentica Gir leiteiro para que conduzam, da melhor maneira, seus trabalhos de criao e seleo.

    A cada ano, o teste de prognie tem agregado novos indicadores e dados, como o coeficiente de parentesco mdio dos touros, marcadores moleculares, etc., de forma a trazer os avanos metodolgicos e cientficos disponveis na rea de melhoramento gentico para os nossos criadores. A preocupao com a atualizao tecnolgica permanente no PNMGL.

    Estamos tambm divulgando os resultados da 6 prova de pr-seleo dos touros que iro compor o 30 grupo de animais do teste de prognie deste ano. Foi incorporado nas avaliaes desta bateria o gentipo para a Casena A2. Esta caracterstica ir proporcionar uma melhor utilizao dos touros nos acasalamentos que visam a produo de leite com valor agregado.

    Portanto, associados e demais criadores, utilizem bem esta ferramenta que a ABCGIL e a Embrapa esto colocando disposio de vocs, neste incansvel trabalho de construo de uma gentica genuinamente brasileira.

    Jos Afonso Bicalho

  • Palavra do Chefe-geral daEmbrapa Gado de Leite

    O ano de 2015 especial para a agropecuria brasileira porque o Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro (PNMGL) faz 30 anos. O trabalho tem sido pautado pelas mos da cincia, que orienta as aes nas fa-zendas onde as filhas dos touros so avaliadas: o teste de prognie. Os resultados do Programa foram possveis somente porque houve forte interao entre instituies e pessoas que enxergam, acreditam e colocam suas energias nessa ao em parceria: ABCGIL, ABCZ, Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, Embra-pa, Epamig, Emepa, Emparn, EBDA, APTA, produtores e Universidades.

    Ao longo desses 30 anos o programa avaliou caractersticas associadas facilidade de ordenha, temperamento, produo de leite e seus componentes (gordura, protena e slidos) e ainda conformao corporal das vacas associadas produo, sanidade e longevidade, segundo parmetros tcnicos modernos. As caractersticas genticas do Gir Leiteiro tm sido muito teis pecuria nacional porque, alm da boa produtividade, oferecem maior tolerncia ao calor, a doenas e parasitas tropicais.

    Recentemente foi noticiada na mdia nacional a concluso do sequenciamento do genoma do Gir Leiteiro, que ocorreu no incio de 2015. Esse trabalho contou com o financiamento da Fapemig, CNPq e Embrapa e envolvi-mento da Secretaria do Estado de Cincia Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sectes/MG), Polo de Gentica, Polo de Excelncia do Leite, Embrapa, Epamig, Centro Brasileiro de Melhoramento do Guzer (CBMG) e as associaes de Criadores ABCZ e ABCGIL. Esse feito est permitindo o desenvolvimento de ferramentas que podero ser aplicadas no melhoramento gentico para reduzir o tempo necessrio seleo de vacas, de touros e reduzir custos do Programa. A genmica poder ser utilizada, por exemplo, na pr-seleo de touros para entrar nos programas de melhoramento, eliminando os animais com baixo potencial gentico. Essas novas ferramentas e protocolos de seleo gentica animal vm em boa hora para fortalecer no apenas a raa Gir Leiteiro, mas tambm seus mestios e outras raas leiteiras nacionais.

    O presente sumrio apresenta o resultado da prova do 23 Grupo de Touros Gir, um trabalho de referncia inter-nacional em termos de melhoramento gentico bovino e que est disposio do produtor de leite. O Programa atual contempla 316 touros testados, tendo um grupo com 20 touros a mais que o sumrio de 2014. Em fun-o dos resultados obtidos e das novidades da cincia, as perspectivas do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro so muito animadoras e apontam para o fortalecimento da raa, cujo sucesso superou as frontei-ras do Brasil e hoje alcana e alicera a produo de leite de vrios pases de clima tropical.

    Paulo Martins

  • Sumrio

    Introduo11

    Informaes moleculares11

    Aspectos das avaliaes genticas para produo, conformao e manejo12

    Avaliao das caractersticas de conformao e manejo 13

    Dados e metodologia de anlise 15

    Sistema linear de avaliao 17

    Como interpretar os resultados 21PTA 21Confiabilidade 21STA 21Anlise de DNA para os genes da kappa-casena e da beta lacto-globulina 22Coeficiente de parentesco mdio 22

    PTAs para produes de leite, gordura, protena e slidos totais, e para percentuais de gordura, protena e slidos totais22

    Resultados para o grupo de touros sumarizados pela primeira vez ...23Resultados para os diversos grupos de touros .. 24

    STAs para conformao e manejo36

    Anexo 1 Pr-seleo de touros para o teste de prognie Resultado da 6a Prova 71

  • Programa Nacional de Melhoramento do Gir LeiteiroSumrio Brasileiro de TourosResultado do Teste de Prognie Maio 2015Joo Cludio do Carmo Panetto, Rui da Silva Verneque, Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto, Frank ngelo Tomita Bruneli, Marco Antonio Machado, Marta Fonseca Martins, Marcos Vincius G. Barbosa da Silva, Wagner Antonio Arbex, Daniele Ribeiro de Lima Reis, Ctia Cilene Geraldo, Carlos Henrique Cavallari Machado, Mariana Alencar Pereira, Bruna Hortolani, Anibal Eugnio Vercesi Filho, Ranielly da Silva Maciel e Andr Rabelo Fernandes

    Introduo

    O Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro (PNMGL) um projeto executado pela Embrapa Gado de Leite em parceria com a ABCGIL e ABCZ. Ele envolve a participao de diversos rgos pblicos e pri-vados, tais como as centrais de processamento de smen, CNPq, Fapemig, MCT, empresas estaduais de pesquisa (Epamig, Emparn, Emepa, APTA), Secretaria de Agricultura do Acre, criadores de gado Gir puro e fazendas colaboradoras. Iniciado em 1985, o PNMGL contou tambm na fase de sua implantao com a im-portante participao da Fundao Laura de Andrade. At 2006 o PNMGL foi coordenado tecnicamente pelo Dr. Mrio Luiz Martinez, pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

    O objetivo do programa promover o melhoramento gentico da raa Gir por meio da identificao e seleo de touros geneticamente superiores para as caractersticas de produo (leite, gordura, protena e slidos totais), de conformao e de manejo.

    Informaes moleculares

    Os avanos na rea de gentica molecular possibilitam novas abordagens para o melhoramento animal, permi-tindo acelerar o ganho gentico. Utilizando genotipagem baseada em DNA, novas variantes genticas para as protenas do leite foram identificadas e os mecanismos de regulao da expresso dos genes das lacto-prote-nas foram descobertos. As principais protenas do leite so as casenas, albuminas e globulinas. As casenas so as protenas que por ao do coalho, ou dos cidos, produzem uma massa coagulada que, depois de prensada, salgada e amadurecida, transformada em queijo.

    As protenas mais diretamente envolvidas na formao do queijo so as casenas e globulinas. Existem quatro formas de casenas (alfa S1, alfa S2, beta e kappa). Estudos moleculares identificaram seis alelos para a kappa-casena (A, B, C, E, F e G), sendo que vrios trabalhos na literatura reportam que o alelo B est asso-ciado a uma maior capacidade de coagulao do leite, resultando num aumento do rendimento na produo de queijo. A beta-lactoglobulina uma protena encontrada no soro do leite que tambm est envolvida no processo de coagulao do leite. Os alelos mais frequentemente encontrados em rebanhos leiteiros so o A e o B, sendo que este ltimo est associado com maiores teores de casenas no leite e, portanto, maior produ-o de queijo.

    Dessa forma, animais que possuam em sua constituio gentica os alelos B para kappa-casena e lacto-glo-bulina iro produzir um leite com maior capacidade de coagulao e teor de casenas. Os efeitos destes genes so aditivos. Consequentemente, animais que possuam o alelo B para ambos os genes produziro um leite com maior rendimento na produo de queijo.

    O Complexo de M Formao Vertebral (CVM), a Deficincia Leucocitria Bovina (BLAD) e a Deficincia de Uridina Monofosfato Sintetase (DUMPS) so doenas genticas, presentes em populaes bovinas de origem

  • 12 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    europeia, que so caracterizadas como autossmicas recessivas, ou seja, so letais quando o alelo contendo a mutao est presente em homozigose. Conhecendo a base molecular dessas doenas, possvel iden-tificar seus portadores por meio de exames de DNA. Com essa informao se pode evitar a disseminao desses genes indesejveis na populao e as consequentes perdas na produtividade dos rebanhos. Sabendo que os rebanhos zebunos atuais podem possuir alelos remanescentes de gado europeu, resultantes de cruza-mentos absorventes que tenham acontecido na poca de sua introduo no Brasil, a Embrapa decidiu avaliar o DNA de todos os touros participantes do teste de prognie do Gir Leiteiro, em teste ou provados. Felizmen-te, nenhum touro foi diagnosticado ser portador dos alelos que indicam a presena destas doenas, ou seja, a indicao que a populao esteja livre desses alelos. De qualquer forma, com o objetivo de monitoramento da populao e para evitar qualquer possibilidade de introduo desses genes indesejveis na populao ze-buna brasileira, os exames para essas doenas passaro a ser feitos rotineiramente nos touros candidatos ao programa de teste de prognie do Gir Leiteiro.

    Neste documento, so apresentados os gentipos dos animais para os alelos do gene da kappa-casena e beta lacto-globulina. Esto sendo divulgadas as genotipagens dos touros ainda em teste de prognie at o 29o grupo.

    Aspectos das avaliaes genticas para produo, conformao e manejo

    As avaliaes genticas para as caractersticas de produo (leite, gordura, protena e slidos totais), con-formao (altura da garupa, permetro torcico, comprimento corporal, comprimento da garupa, largura entre squios e entre lios, ngulo da garupa, ngulo dos cascos, posio das pernas vista lateralmente, posio das pernas vista por trs, ligamento de bere anterior, largura de bere posterior, profundidade do bere, comprimento e dimetro de tetas) e manejo (facilidade de ordenha e temperamento) so realizadas usando-se os procedimentos do modelo animal. O modelo animal, aliado uma adequada metodologia de estimao e de predio, representa o que h de mais moderno para se calcular as capacidades previstas de transmisso (PTAs). As avaliaes pelo modelo animal so baseadas nas mensuraes do prprio animal (neste caso, a vaca) e nas mensuraes de parentes que esto sendo avaliados (Tabela 1). As informaes do animal pro-priamente dito, e a de seus ancestrais e suas prognies so includas por meio da matriz de parentesco entre os animais avaliados. As informaes das famlias das vacas so utilizadas com a incluso dos registros de produo de todas as fmeas ancestrais e descendentes. Na avaliao pelo modelo animal, todos os paren-tes identificados de um animal afetam a sua prpria avaliao. Da mesma forma, cada indivduo influencia as avaliaes de seus parentes. O nvel de influncia depende do grau de parentesco entre os indivduos. Filhas, filhos e pais tm um efeito maior sobre a avaliao do indivduo do que os avs, primos, tios e outros paren-tes mais afastados.

    Muitos so os fatores que afetam as caractersticas de produo e conformao. Influncias do meio ambien-te, tais como manejo e alimentao, e genticas, afetam o desempenho do animal. Assim, para se estimar o mrito gentico de um animal, estes fatores devem ser levados em considerao. Os fatores mais importan-tes a serem considerados quando predizemos o mrito gentico de um animal so: 1) efeito do rebanho, 2) mrito gentico dos acasalamentos, 3) mrito gentico das companheiras de rebanho, 4) correlao de meio ambiente entre as filhas de um touro em um mesmo rebanho e 5) informaes de pedigree.

    Para se estimar a capacidade gentica de um indivduo, o meio ambiente no qual a vaca produziu deve ser considerado, como, por exemplo, ano e estao de pario. Alm disso, a sua produo deve ser ajustada para o efeito da idade ao parto. O ajuste para os fatores ou efeitos no-genticos permitir que se obtenham estimativas mais precisas do mrito gentico do animal. Para isso, as produes so padronizadas para duas ordenhas e limitadas em at 305 dias de lactao. Produes de lactaes em andamento e com mais de 150 dias so projetadas para 289 dias (mdia da raa), considerando-se a poca do parto e a mdia de pro-duo do rebanho. Apenas as vacas de primeiro parto so consideradas para a avaliao do mrito gentico das caractersticas produtivas.

  • 13Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    Avaliao das caractersticas de conformao e manejo

    Informaes sobre as caractersticas de conformao e manejo podem ajudar o criador a conseguir um reba-nho mais eficiente, produtiva e economicamente pela seleo dos melhores reprodutores. Entender o que a capacidade prevista padronizada das caractersticas de conformao (STA) importante para:

    identificar as caractersticas mais importantes; estabelecer uma meta gentica realstica para cada uma das caractersticas; selecionar um melhor grupo de touros para os acasalamentos; planejar o acasalamento corretivo ou complementar para cada vaca; acumular ganho gentico por meio das geraes.

    Na Tabela 2 so apresentadas as mdias da raa Gir para as diversas caractersticas medidas.

    As PTAs para diferentes caractersticas (tais como produo de leite e gordura), expressas na mesma unidade (kg), podem ser difceis de serem apresentadas em um mesmo grfico porque os valores para as caracte-rsticas so muito diferentes (+ 300 kg vs +10 kg). Tentar incluir no mesmo grfico outras caractersticas (PTAs para conformao), expressas em unidades diferentes (cm ou escores) praticamente impossvel. Assim, a soluo lgica para apresentar vrias caractersticas em um mesmo grfico padronizar cada uma delas. Dessa forma todas as caractersticas podem ser apresentadas em um mesmo grfico. A capacidade prevista padronizada (STA) permite portanto que se comparem as diferentes caractersticas de um mesmo touro e que se conheam os seus valores mais extremos. A padronizao obtida dividindo-se a PTA do tou-ro pelo desvio-padro da PTA da caracterstica obtida para todos os touros avaliados.

    As avaliaes genticas para caractersticas de conformao so calculadas como capacidades previstas de transmisso (PTAs), semelhantemente s obtidas para as caractersticas de produo.

  • 14 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    As STAs das caractersticas de conformao e de manejo so mais fceis de se comparar do que as PTAs. A variao no valor da PTA muito maior para as caratersticas de maior herdabilidade.

    Na Tabela 3 so apresentadas as estimativas de herdabilidades para as caractersticas de conformao e manejo. Espera-se maior progresso gentico por unidade de tempo para as caractersticas de maior herda-bilidade. muito difcil de se obter progresso gentico pela seleo e planejamento de acasalamentos para caractersticas com herdabilidade menor do que 0,10. Na Tabela 3 pode-se observar que as caractersticas de conformao diferem substancialmente nos valores das herdabilidades. Por exemplo, a altura da garupa (h2 = 0,53) tem uma herdabilidade muito maior do que a do ngulo dos cascos (h2 = 0,07). Consequente-mente, para uma mesma intensidade de seleo, espera-se um progresso gentico muito maior em acasala-mentos envolvendo a caracterstica altura da garupa do que ngulo dos cascos. No apenas a herdabilidade da caracterstica, mas tambm sua importncia econmica em relao ao desempenho econmico geral, devem ser levadas em considerao ao escolher as caractersticas a serem includas em um programa de seleo.

    Quando utilizamos as STAs, verificamos que a variao a mesma para todas as caractersticas, enquanto o mesmo no ocorre com a variao das PTAs. Assim, cerca de 68% dos valores das STAs esto entre 1,0 e +1,0 para qualquer caracterstica. Aproximadamente noventa e cinco por cento possuem valores entre 2,0 e +2,0 e

  • 15Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    99% das STAs esto entre 3,0 e +3,0. A Fig. 1, denominada de Distribuio das STAs, tambm conhecida como Distribuio Normal Padronizada ou curva em forma de sino.

    Muitas caractersticas, inclusive as de produo, podem ser representadas dessa forma. Nessa curva, no ponto mdio (STA=0), encontram-se as informaes da grande maioria dos touros. medida que o valor da STA se afasta da mdia (seja para a direita ou esquerda), encontra-se progressivamente me-nos touros. Nos extremos (3,0 e +3,0) encontram-se apenas cerca de 1% dos touros. No ponto zero, a STA representa a mdia da raa para aquela caracterstica. As mdias da raa Gir para estas caractersticas encontram-se nas Tabelas 2 e 4. O conhecimento da STA de um touro permite prever o quo afastada da mdia dever estar a sua prognie. Todavia, para se responder a uma pergunta, como por exemplo: Quo maior em altura a filha mdia de um touro de +2,0 STA em relao filha mdia de um touro de 2,0 STA?, necessrio que se tenham outras informaes.

    Esta pergunta pode ser respondida com a ajuda das informaes da Tabela 4, que contm as mdias das ca-ractersticas de conformao e manejo das prognies, e as correspondentes STAs dos touros. Assim, a altura mdia das filhas de um touro de 2,0 STA ser de 126,9 cm enquanto a mdia das filhas de um touro de +2,0 STA ser de 146,1 cm. A diferena esperada entre elas ser de 19,2 cm.

    Dados e metodologia de anlise

    At o presente momento foram includos no teste 531 touros, distribudos em 29 grupos anuais, representando diversas linhagens genticas existentes no Brasil. A partir das informaes das prognies e de suas companhei-ras de rebanho, foram realizadas as avaliaes genticas, considerando-se tambm as informaes de pedigree. Foram controladas as produes de 12.819 prognies, de 358 destes touros, distribudos em diversos grupos e de 20.660 companheiras de rebanho, acumulando-se um total de 32.849 lactaes. As prognies dos touros esto distribudas principalmente na Regio Sudeste e as demais, nas Regies Nordeste, Centro-Oeste e Sul.

  • 16 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    As informaes referentes s filhas dos 316 touros avaliados encontram-se na Tabela 5, onde so apresenta-dos dados relativos distribuio do smen e os anos de nascimento das prognies dos touros. Informaes de produo de filhas de touros fora do perodo estabelecido foram desconsideradas de suas avaliaes.

    Foram utilizadas apenas as lactaes das filhas cujo ano do nascimento ocorreu dentro de um perodo pre-determinado, correspondente ao grupo em que seus pais participaram do teste. Assim, os touros do Grupo 23 foram avaliados baseando-se nas produes das filhas nascidas exclusivamente entre os anos de 2008 a 2011. Critrio similar foi utilizado para todos os demais grupos. Os perodos de nascimento nos quais as filhas dos touros foram consideradas encontram-se na Tabela 5. Todas as filhas de touros Gir, puras ou mes-tias, foram utilizadas na avaliao, desde que atendessem aos critrios anteriormente mencionados.

    O modelo estatstico usado na avaliao gentica dos animais incluiu os efeitos fixos de grupo de con-temporneas ao parto, poca de parto, composio gentica da filha do touro e a idade da vaca ao parto. Como fatores aleatrios foram considerados, alm do erro, o efeito de animal (vaca, pai e me). Para ava-liao gentica das caractersticas de conformao e manejo, o efeito da composio gentica foi excludo do modelo, porque foram medidas apenas filhas Gir puras. Foram includos, adicionalmente, o efeito fixo de avaliador e o efeito aleatrio de meio permanente, por haver medidas repetidas de um mesmo animal. Acrescentou-se uma matriz de parentesco completa para previso da capacidade de transmisso (PTA) de cada animal.

    As herdabilidades da produo de leite e da produo e percentual de gordura, de protena e de slidos totais no leite e suas correlaes genticas com a produo de leite esto apresentadas na Tabela 6. Para as carac-tersticas de conformao e manejo foram consideradas aquelas apresentadas na Tabela 3. A mdia da produ-o de leite em 305 dias de lactao na base de dados considerada foi de 3.042,34 1.641 kg, da produo de gordura 124 69 kg, da produo de protena 104 57 kg e dos slidos totais 384 209 kg. A dura-o mdia da lactao foi de 280 85 dias. A mdia do teor de gordura foi de 4,09 0,85%, do teor de protena 3,18 0,38% e do teor de slidos totais foi de 12,09 1,59%.

  • 17Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    A base gentica da produo de leite, considerada para esta avaliao, foi a mdia do valor gentico das filhas dos touros nascidas no ano de 2005, cujo valor foi de 358 kg. Assim, do valor gentico de cada animal avaliado foram deduzidos 358 kg, de forma que a mdia do valor gentico da produo de leite, dos animais nascidos em 2005, foi movida para 0 (zero). Para as produes de gordura, protena e slidos totais do leite as bases genticas foram de 2,53; 1,60 e 5,89 kg, respectivamente.

    Sistema linear de avaliao

    Neste documento so apresentadas as figuras que representam as posies ou pontos onde as medidas linea-res so tomadas, com as respectivas descries para cada caso. A incluso desse detalhamento visa auxiliar no entendimento do sistema de avaliao linear no Gir leiteiro.

    Corporais

  • 18 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    Pernas/Ps

    lios

    Escores prximos a quatro ou cinco indicam

  • 19Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    Sistema Mamrio

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  • 21Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    Como interpretar os resultados

    Para um melhor entendimento dos resultados das avaliaes publicados neste sumrio, apresentamos um exemplo com as devidas interpretaes. Na Tabela 7 encontram-se os resultados de um determinado touro. Logo aps o seu nmero de registro XXXX, a sua classificao geral pela PTAL (XX entre parnteses) e o seu nome, so apresentados os nmeros de registro e os nomes de seu pai e de sua me e as PTAs para produo de leite (PTAL), de gordura (PTAG), de protena (PTAP) e de slidos totais (PTAST) seguidas das respectivas confiabilidades (CONF). Podem ser visualizados os extremos biolgicos de cada uma das caracte-rsticas de conformao e de manejo.

    Tabela 7. Exemplo para interpretao dos resultados.

    PTA a capacidade prevista de transmisso, sendo uma medida do desempenho esperado das filhas do touro em relao mdia gentica dos rebanhos. Assim, por exemplo, uma PTA de 500 kg para produo de leite sig-nifica que, se o touro for usado numa populao com nvel gentico igual base gentica de sua avaliao, cada filha produzir em mdia 500 kg por lactao a mais do que a mdia do rebanho. Considerando-se dois touros, um com PTA = 500 kg e outro com PTA = 100 kg, espera-se que, em acasalamentos ao acaso, as filhas do primeiro touro produzam em mdia 600 kg a mais do que as filhas do segundo touro.

    Confiabilidade uma medida de associao entre o valor gentico previsto de um animal e seu valor gentico real. Quanto maior for a confiabilidade, maior a segurana que se tem no valor gentico previsto do animal. O valor da confiabilidade depende da quantidade de informao usada para avaliar o animal, incluindo dados do prprio indivduo, de suas filhas e de outros parentes, e da distribuio dessas informaes em diversos ambientes ou rebanhos. Alm disso, o valor da herdabilidade da caracterstica contribui para o aumento da confiabilidade.

    STA a PTA padronizada das caractersticas de conformao e manejo. A STA permite que as caractersticas sejam comparadas, mesmo que tenham sido medidas em unidades diferentes, conforme j explicado. Dessa forma o criador pode avaliar em conjunto o que o touro pode melhorar, se acasalado com vacas mdias de seu rebanho.

  • 22 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    No quadro direita dos resultados para as caractersticas produtivas, encontram-se as avaliaes genticas, PTAs padronizadas (STAs) para cada uma das caractersticas de conformao e manejo avaliadas. Na pri-meira coluna, sob o nome Caracterstica, encontram-se os nomes das caractersticas e sob o nome STA, as suas respectivas capacidades previstas de transmisso padronizadas. A linha em frente a cada uma das caractersticas indica o seu intervalo de confiana, medida que est relacionada mdia e confiabilidade da estimativa da STA. O ponto observado sobre a linha corresponde estimativa da STA e o tamanho da linha ao intervalo de confiana. Isto significa que quanto menor o tamanho da linha, maior a confiabilidade do valor da STA, e vice-versa. Significa tambm o grau com que se espera, em 95% dos casos, que as mdias estimadas das STAs em futuros acasalamentos estejam dentro daqueles limites.

    importante salientar que essas informaes devem ser utilizadas objetivando a complementaridade nos aca-salamentos. Os desvios das caractersticas de conformao e manejo direita ou esquerda significam que haver progresso gentico na direo escolhida. Por exemplo, se uma vaca tem tetas muito grandes (acima da mdia), o desejvel acasal-la com um touro que tenha STA negativa para comprimento de tetas, buscando corrigir este defeito na gerao futura. Se todavia a vaca tem tetas muito pequenas, o desejvel ser o acasala-mento com um touro que tenha STA positiva. A mesma lgica deve ser aplicada para as demais caractersticas.

    Anlise de DNA para os genes da kappa-casena e da beta lacto-globulina

    O DNA da maioria dos touros participantes do teste de prognie foi genotipado visando determinar os alelos para os genes da kappa-casena e da beta lacto-globulina. Os resultados das anlises dos touros provados esto disponveis nas Tabelas 8 e 9. Na Tabela 10 so apresentados os gentipos de touros em teste de pro-gnie. As seguintes denominaes foram utilizadas:

    AA = ausncia do alelo B; AB = presena de uma cpia do alelo B; BB = presena de duas cpias do alelo B; e NG = touro no-genotipado.

    Se o touro possuir uma cpia do alelo B (gentipo AB), significa que ele poder transmitir este alelo, em m-dia, para 50% de suas prognies. Se o touro possuir duas cpias do alelo B (gentipo BB), significa que ele ir transmitir este alelo para 100% de suas prognies.

    Coeficiente de parentesco mdio

    O coeficiente de parentesco mdio, ou simplesmente parentesco mdio, como indicado para cada touro nas Tabelas 8 e 9 desse documento, representa a probabilidade de que um alelo escolhido aleatoriamente na populao pertena a esse indivduo. Os valores aqui indicados tentam representar o parentesco mdio de cada touro dentro da populao atual de animais puros da raa Gir. Os clculos foram realizados usando-se a genealogia de todos os touros do teste de prognie e de todos os animais nascidos a partir do ano de 2006. Somente esto publicados os coeficientes dos animais que tinham em sua genealogia informao acima do equivalente a trs geraes completas.

    A utilidade dessa informao est na correta identificao de quais seriam os animais que podem ser conside-rados como linhagens alternativas para a raa, que seriam aqueles com menores coeficientes de parentesco. Deve-se estimular o uso de touros com bom potencial gentico para melhoramento das caractersticas de in-teresse, e que, ao mesmo tempo, tenham menor parentesco mdio na populao, pois esses animais podem contribuir para a preservao da diversidade gentica na raa, evitando futuras dificuldades para se prevenir aumentos da endogamia na populao.

    PTAs para produes de leite, gordura, protena e slidos totais, e para percentuais de gordura, protena e slidos totais

    As classificaes dos 20 touros sumarizados pela primeira vez e dos 316 touros avaliados, segundo a sua PTA para leite, encontram-se nas Tabelas 8 e 9, respectivamente.

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  • 24 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    Tab

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    9. Res

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  • 36 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015STAs para conformao e manejo

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  • 62 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    Tabela 10. Touros em teste com resultados a serem liberados nos prximos anos.

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    Tabela 11. Fazendas colaboradoras do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro.

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  • A N E X O 1

    AutoresAndr Rabelo Fernandes Zootecnista, M.Sc. ABCGIL

    Carlos Matheus Arantes Pereira Tcnico Agrcola ABCGIL

    Gustavo Rodrigues Andrade e Oliveira Tcnico Agrcola ABCGIL

    Fausto Cerqueira Gomes Zootecnista, B.Sc. ABCGIL

    Antnio Luiz de Andrade Filho Zootecnista, B.Sc. ABCGIL

    Ranielly da Silva Maciel Mdica Veterinria, B.Sc. ABCGIL

    Anbal Eugnio Vercesi Filho Mdico Veterinrio, D.Sc. APTA/ABCGIL

    Alexandre Lcio Bizinoto Zootecnista, M.Sc. FAZU

    Carlos Henrique Cavallari Machado - Zootecnista, B.Sc. FAZU

    Joo Cludio do Carmo Panetto Zootecnista, D.Sc. Embrapa Gado de Leite

    Rui da Silva Verneque Zootecnista, D.Sc. Embrapa Gado de Leite

    Rossana Vilela Rezende Franco Mdica Veterinria, M.Sc. Bio Vitro

    Rodrigo Novaes Vilela Mdico Veterinrio, B.Sc. Bio Vitro

    EstagiriosCaio Humberto Caiado

    Caio Pistori Tavares

    Rodrigo Suhadolnik Silveira

    Victor Hugo Caiado de Oliveira

    Murilo Bruno Ruggiero Filho

    Savio Caldeira Bahia Lima

    Manoel Generoso dos Santos Neto

    Nayara Gabrielly Vieira

    Thiago Dayrell de Siqueira

    Colaborador FAZUPedro dos Reis de Freitas

    Pr-seleo de touros para o teste de prognieResultado da 6a Prova

  • 72 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    Introduo

    O Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro PNMGL, uma parceria entre a Associao Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro ABCGIL e Embrapa Gado de Leite, teve o incio de seus trabalhos em 1985 com o objetivo de promover o melhoramento gentico da raa para produo de leite. Alm da avaliao gentica para volume de leite, o Programa disponibiliza informaes para caractersticas de composio do leite, conformao e manejo, alm da genotipagem dos touros para os alelos da kapa-casena e beta-lactoglobulina, fornecendo as-sim, ferramentas importantes para os usurios dessa gentica, tanto na raa pura quanto em cruzamentos com outras raas leiteiras. Desde seu princpio, o PNMGL vem passando por constante aprimoramento, incorporando sempre novas provas e aumentando o nmero de caractersticas avaliadas nas matrizes e reprodutores.

    Em 2009, critrios tcnicos mais rgidos foram incorporados para a entrada de jovens reprodutores no Teste de Prognie. Tambm foram disponibilizadas vagas para touros com pedigree mais aberto visando o controle da endogamia na populao pura.

    Visando a melhoria dos reprodutores que entram em prova, a partir de 2009, a ABCGIL em parceria com a Embrapa e a FAZU, iniciaram uma nova etapa na evoluo tcnica do PNMGL: a prova de pr-seleo de touros para o teste de prognie. Nesta prova, so avaliadas caractersticas reprodutivas (congelabilidade, motilidade, defeitos maiores e menores, dentre outros) ligadas produo comercial de smen nos tourinhos candidatos ao teste de prognie. Atualmente, alm destas caractersticas seminais, esto sendo estudadas caractersticas funcionais como temperamento, libido e de conformao. Com isso, pretende-se formar um banco de dados consistente na parte reprodutiva de machos, o que possibilitar posteriores estudos de associao gentica com caractersticas produtivas e reprodutivas nas fmeas, visando o aumento da acurcia e funcionalidade na seleo do Gir Leiteiro.

    Com o intuito de sempre evoluir na pr-seleo de touros, a partir da 2 prova foram incorporadas avaliaes fenotpicas que dizem respeito a caractersticas funcionais. Portanto, para entrar em teste de prognie, o touro alm de ser classificado pelas avaliaes de fertilidade, temperamento e libido, dever tambm ser aprovado para funcionalidade. Para isso, foi criado o ndice de Classificao de Touros ICT, o qual pontua os touros em uma escala de 1 a 100 pontos, tendo cada caracterstica um peso especfico dentro deste ndice. Com o ICT, o teste de prognie passou a contar com touros mais frteis, equilibrados e longevos, o que dever refletir em melhores resultados na vida produtiva das matrizes Gir Leiteiro ou mestias. Vale ressaltar que os ponderadores do ndice so empricos, ou seja, foram determinados baseados na opinio de um grupo de tcnicos e pesqui-sadores ligados prova.

    Os touros aprovados nas cinco edies da prova tiveram bons resultados nas centrais de coleta e processamen-to de smen, coletando rapidamente as 500 doses do teste de prognie e retornando posteriormente para seus rebanhos de origem. O bom desempenho destes touros nas centrais confirmou a importncia da prova de pr--seleo, validando todo o processo de coleta de dados reprodutivos aos quais os touros foram submetidos.

    Desde o 28 grupo de touros, em 2013, a ABCGIL e Embrapa disponibilizam, j na pr seleo, o ndice de parentesco mdio de cada touro. Essa informao serve para identificar reprodutores que representam linhagens alternativas na populao.

    Nessa edio, os touros da pr-seleo foram genotipados para identificao de seus alelos (A1 ou A2) para a beta-casena, e esses resultados esto aqui apresentados. Sabe-se que as casenas respondem por 80% das protenas do leite bovino. Entre as 4 variantes existentes, a beta-casena tm sido muito estudada por ter um alelo (A1) associado a doenas em humanos. O aparecimento das doenas (principalmente cardiovasculares e diabetes tipo 1) est associado digesto da beta-casena A1 no trato gastrintestinal humano, que tem como um de seus produtos finais, um peptdeo bioativo BCM-7. Este alelo (A1) uma mutao do alelo A2. Essa in-formao servir para aqueles criadores que tiverem interesse em selecionar linhagens que produzam leite A2.

  • 73Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    Objetivo

    Identificar jovens reprodutores Gir Leiteiro para ingressarem no teste de prognie ABCGIL/Embrapa, por meio de avaliao para as caractersticas funcionais e de fertilidade.

    Objetivos Especficos Determinar as idades puberdade e maturidade sexual de machos da raa Gir Leiteiro, sob condies de manejo nutricional adequado a pasto, por meio de marcadores seminais; Classificar e selecionar touros mais frteis por meio do exame androlgico e da CAP (Classificao Androl-gica por Pontos); Determinar o ndice de congelabilidade do smen de touros jovens Gir Leiteiro ao atingirem a maturidade sexual; Abrir espao para a realizao de projetos de graduao e ps-graduao, de mbito nacional e internacional; Criar possibilidade de desenvolvimento de parcerias entre instituies de ensino e pesquisa, empresas do mercado de biotecnologias e a ABCGIL; Classificar os touros Gir Leiteiro atravs de um ndice de Classificao de Touros ICT;

    Metodologia

    Do local, perodo das avaliaes e alimentao dos animaisA prova classificatria foi conduzida na fazenda-escola das Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU), no municpio de Uberaba-MG. As normais climatolgicas histricas obtidas na Estao Experimental Getulio Var-gas indicam precipitao total anual mdia de 1.445,4 mm e temperatura mdia anual de 21,9 C (INEMET--EPAMIG, 2008).

    O solo da rea foi mantido com mdia de 80% de saturao por bases, recebendo adubaes para alojar 7 UA/ha na primavera-vero e 2 UA/ha no outono-inverno (AGUIAR et al., 2005).

    A rea foi formada com o capim Pannicum sp. e manejada em sistema intensivo de pastejo rotacionado. Na rea de lazer encontravam-se bebedouro, cocho coberto para suplementao mineral, cocho para suplementa-o com concentrados e rea de sombreamento artificial (3m2/cabea).

    Todos os animais receberam o mesmo manejo alimentar, com oferta de 4% MS (matria seca)/100kg PV (peso vivo) durante o perodo experimental. A oferta de suplemento mineral foi vontade no cocho saleiro, enquanto a suplementao concentrada teve um consumo controlado para garantir o escore corporal adequa-do prova.

    Dos animais e perodo de avaliao Participaram da prova 70 jovens touros Gir Leiteiro oriundos de rebanhos dos associados da ABCGIL, candi-datos ao teste de prognie da ABCGIL/Embrapa, com idade mdia ao final da prova de 29 meses e 15 dias e peso mdio de 464 kg. Somente touros que atenderam a todos os pr-requisitos do regulamento para inclu-so de touros no Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro PNMGL puderam ser inscritos.

    As avaliaes ocorreram no perodo de novembro de 2014 a abril de 2015, aps 15 dias de adaptao dos animais ao novo ambiente e lote.

    Do preparo dos animaisTodos os touros receberam antiparasitrios ao iniciar o perodo de adaptao e receberam combate a ectopa-rasitas quando a infestao foi considerada limitante aos bovinos, conforme recomendao descrita na bula dos produtos e do mdico veterinrio do Hospital Veterinrio de Uberaba - HVU.

  • 74 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015

    O calendrio profiltico foi seguido conforme normas vigentes para a regio de Uberaba, estabelecido pelo IMA Instituto Mineiro Agropecuria. Eventuais aes sanitrias preventivas foram realizadas.

    Das avaliaesPara as avaliaes, os bovinos foram levados aos currais de manejo da fazenda-escola, onde receberam o manejo de baixo estresse (manejo racional) durante as avaliaes zootcnicas e para a conduo das avalia-es vinculadas coleta de smen.

    DesempenhoA cada 28 dias os touros foram pesados, permitindo a determinao do ganho de peso mdio dirio (GMD) individual e a avaliao de possveis interaes com outras caractersticas avaliadas.

    TemperamentoDurante as pesagens os animais foram submetidos aos testes de Reatividade: Freqncia respiratria dentro do tronco de conteno individual; Velocidade de sada do tronco de conteno individual; Distncia de fuga.

    Foram avaliadas provveis interaes desta caracterstica com desempenho e fertilidade. O Temperamento dos touros foi classificado por pontos, variando em uma escala de 1 a 6, onde o extremamente bravio rece-beu pontuao 1 e o extremamente manso pontuao 6.

    DesenvolvimentoForam realizadas avaliaes do escore corporal dos touros no incio e final da prova, a fim de avaliar o desen-volvimento corpreo e possveis interaes com outras caractersticas avaliadas.

    Exames androlgicosOs procedimentos de exames androlgicos permitiram a avaliao dos aspectos clnicos e androlgicos a fresco, bem como a mensurao do permetro escrotal.

    As coletas de smen foram realizadas em trs momentos durante o perodo experimental, com testes de con-gelabilidade e qualidade espermtica, exames estes realizados pela equipe da Biovitro. Os touros reprovados tiveram uma quarta oportunidade para congelamento. Os ejaculados de todos os touros foram coletados na mesma poca para se padronizar possveis efeitos de interferncias do clima na qualidade do smen.

    Classificao dos touros quanto aptido reprodutiva baseada no CAPPara classificar os touros quanto ao seu potencial reprodutivo foi utilizada a classificao androlgica por pontos CAP (Vale Filho, 1988). Os animais foram ranqueados em notas que variaram de dezesseis a cem pontos. S foram considerados aptos animais com CAP>70 pontos.

    Congelamento e descongelamento do smen Aps a avaliao da amostra de smen, o mesmo foi envasado em palhetas de 0,5 ml, utilizando a concen-trao de 25 x 106 espermatozides/palheta.

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    Para o resfriamento e congelamento do smen foi utilizado um sistema programvel de criopreservao do smen porttil (Tetakon, TK 3000) equipado com uma unidade geradora, na qual esto acoplados um porta--palhetas de ao-inox e uma caixa trmica plstica.

    Foi realizado o descongelamento em banho-maria a 38C por 30 segundos. Aps o descongelamento foram avaliados visualmente os parmetros de motilidade, concentrao e morfologia espermtica. Estas avaliaes foram feitas segundo os procedimentos do Manual para Exame Androlgico e Avaliao de Smen Animal do Colgio Brasileiro de Reproduo Animal (1998).

    Teste de libidoTodos os touros foram apresentados individualmente s fmeas com cio induzido, permitindo um primeiro contato aos inexperientes. A organizao dos currais permitiu a observao antecipada do comportamento sexual dos touros em servio, pr-estimulando os prximos segundo a ordem de entrada.

    Aps 30 dias, realizou-se o teste de libido, o qual consistiu em avaliar o comportamento sexual (Tabela 1), durante 20 minutos em um curral de 400 m2 com dez fmeas, estando pelo menos quatro fmeas em estro (cio) induzido, em diferentes estgios. O desempenho sexual dos touros, que varia desde o total desinteresse pela fmea, at a realizao de pelo menos uma monta com servio dentro do referido perodo, foi classifica-do por pontos, desde o questionvel (0 - 1) ao excelente (5 - 6).

    Caractersticas funcionais como Tipo Funcional, Estrutura, Aprumos, Conjunto Umbigo Bainha Prepcio, e Pigmentao.A classificao de cada uma das caractersticas funcionais foi realizada atravs de avaliao visual dentro de uma escala de pontuao de 1 a 6, onde 1 sendo o ponto inferior (pior nota) e 6 o ponto superior (melhor nota). Esta classificao foi realizada por 3 (trs) avaliadores integrantes do colgio de jurados das raas Zebunas: Andr Rabelo Fernandes, Carlos Henrique Cavallari Machado e Glayk Humberto Vilela Barbosa. Foi considerada a mdia dos trs avaliadores.

    Cronograma de execuo da 6 Prova de Pr-Seleo de Touros para o Teste de Prognie ABCGIL/Embrapa:

    Inscrio dos touros: De 01 a 31/10/2014 Entrada dos animais: De 17 a 19/11/2014 (das 8:00 s 18:00hs) Trmino da prova: 01/05/2015 Divulgao dos resultados: 04/05/2015 (Durante a Expozebu 2015) Sada dos Animais: 11 a 13/05/2015 (das 8:00 s 18:00hs) Durao da Prova: 15 dias de adaptao mais 150 dias de avaliaes.

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    Classificao final atravs do ndice de Classificao de Touros ICTO ndice de Classificao de Touros ICT foi desenvolvido para classificar os touros participantes da prova de pr-seleo de touros para o teste de prognie ABCGIL/Embrapa dentro de uma escala de 0 a 100 pontos. Os touros que receberam classificao igual ou superior a 60 pontos foram considerados aptos a participarem do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro PNMGL, sendo selecionados os 40 mais bem classi-ficados para integrar o 30 Grupo.

    Este ndice comeou a ser utilizado em 2011 durante a 2 prova de pr-seleo e atualmente funciona como agente classificatrio para todos os touros participantes do Teste de Prognie ABCGIL/Embrapa, conforme deliberao da comisso tcnica do PNMGL.

    Existe uma crescente demanda de touros pleiteando vagas no teste de prognie, porm o nmero de vagas no cresceu na mesma proporo, devido a outros fatores como a necessidade de novos rebanhos colabora-dores e aumento do quantitativo de filhas por touro em teste, sendo o segundo aspecto decisivo para aumen-to da acurcia das avaliaes.

    Para podermos escolher quais touros entraro em teste de prognie e ao mesmo tempo aumentar a presso de seleo dos jovens reprodutores, utiliza-se a metodologia de um ndice de Classificao de Touros - ICT, em que so atribudos pesos especficos para cada caracterstica avaliada, culminando em um resultado final que permite a classificao destes animais. A caracterstica fertilidade do touro fator limitante para o ICT, sendo classificados somente touros que alcanaram CAP superior a 70 pontos e smen aprovado para congelabilidade.

    Iro compor este ndice as seguintes caractersticas com os seus respectivos pesos (em escala de 0 a 100%):

    Fertilidade do touroO touro tem maior impacto na eficincia reprodutiva de um rebanho, seja em monta natural ou inseminao artificial, pois deve atender um maior nmero de fmeas, transmitindo sua prognie parte da sua herana gentica. Neste sentido, torna-se imprescindvel eliminar riscos de subfertlidade ou infertilidade junto aos touros melhoradores, evidenciando-se a importncia dos exames androlgicos e demais testes aplicados avaliao da fertilidade, com destaque para o teste de congelabilidade e a avaliao da libido. Peso da Caracterstica: 20%

    LibidoDefinido como espontaneidade ou avidez do macho em montar e efetuar a cpula, habilidade que se desen-volve da puberdade at a maturidade sexual e a capacidade de servio, que o nmero de montas (servios completos) realizadas pelo touro em determinado tempo. Peso da Caracterstica: 7%

    TemperamentoDefinido como a forma com que o animal reage determinada situao, seja ela de estresse ou no, que ir interfe-rir dentro de um determinado sistema de produo de forma positiva ou negativa. Peso da Caracterstica: 10%

    Tipo FuncionalDefinido como aparncia geral do touro relacionada com a funo produtiva e reprodutiva. Para cada tipo funcional esto relacionadas uma grande quantidade de caractersticas de conformao, sendo elas: Mascu-linidade, Pescoo, Cupim, Regio Dorso-Lombar, Largura e inclinao da Garupa, osso sacro e harmonia do conjunto como um todo, sempre no que interferir na funcionalidade do touro. A definio Tipo Funcional ideal deve se aproximar da conformao desejada para os fins produtivos, visando produo de leite das futuras filhas do touro. Peso da Caracterstica: 15%

    EstruturaDefinido como estrutura corporal como todo, levando em considerao a estrutura ssea, comprimento corporal e tamanho proporcional idade, abertura de peito, arqueamento, espaamento e comprimento das costelas e musculatura compatvel com a aptido leiteira. Peso da Caracterstica: 15%

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    AprumosDefinido como o conjunto de membros anteriores e membros posteriores, sendo preconizado o equilbrio, integridade e sanidade do sistema locomotor do animal.

    Os membros anteriores devem ser de tamanho mdio com ossatura forte, espduas compridas e oblquas, inserindo harmoniosamente ao trax, o brao e antebrao com musculatura pouco evidente, com joelhos e mos bem posicionados. O ngulo dos ps deve ser de aproximadamente 45o.

    As pernas devem ser limpas, mas com boa cobertura muscular, no devendo apresentar culote pronunciado, com tendes e ligamentos evidentes. Vistos por trs, os membros posteriores devem ser bem afastados um do outro para dar lugar a um bere volumoso. Deve possuir aprumos ntegros, com articulaes fortes, angula-o correta e jarretes bem posicionados. O ngulo das quartelas nos cascos deve ser de aproximadamente 45o. Peso da Caracterstica: 15%

    Conjunto Umbigo Bainha PrepcioDefinido como regio anatmica onde se encontram o Umbigo, a Bainha e o Prepcio. Procuram-se correes quanto ao tamanho e direcionamento, pois Umbigos e Bainhas pendulosos, mal direcionados e com pro-lpso de prepcio prejudicam a funcionalidade dos machos, especialmente para monta a campo. Peso da Caracterstica: 10%

    PigmentaoDefinido como a quantidade de melanina presente na pele dos animais. A pele deve ser negra ou escura, o que lhe proporciona tolerncia a incidncia solar. permissvel a presena de pontos de dispigmentao em regies sobreadas do corpo, como barbela, regio inferior do costado e regio inguinal. Peso da Caracterstica: 8%

    Uma vez feita todas as avaliaes para Fertilidade (F), Libido (L), Temperamento (T) e Caractersticas Fun-cionais - Tipo Funcional (TF), Estrutura (E), Aprumos (A), Conjunto Umbigo - Bainha - Prepcio (U) - sero aplicados os pontos de cada caracterstica dentro do ICT com os seus respectivos pesos especficos, confor-me frmula abaixo:

    Resultados

    Os resultados da 6 Prova de Pr-Seleo de touros para o teste de prognie ABCGIL/Embrapa se encontram na tabela 2. Somente foram divulgados os touros aptos ao teste de prognie, os quais obtiveram ICT superior a 60 pontos.

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