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Sumário

INTRODUÇÃOSe você veio, é porque está pronta

CAPÍTULO 1Apaixone-se por si mesma

CAPÍTULO 2Aprenda a controlar a sua ansiedade

CAPÍTULO 3Faça a sua escolha!

CAPÍTULO 4Seja quem você é

CAPÍTULO 5Pratique a empatia

CAPÍTULO 6Reconheça o espaço do “um”, do “outro” e do “nós”

CAPÍTULO 7Mostre o que sente do jeito que sente

CAPÍTULO 8Tenham metas, planos e sonhos juntos

CAPÍTULO 9Transforme as crises em oportunidades

CAPÍTULO 10Não parem de transar!

Se você veio, é porque está prontaINTRODUÇÃO

Se você abriu este e-book, é porque está interessada no assunto. Então, minha sugestão é para que você vá além. Abra o e-book, mas, principalmente, abra a si mesmo. Abra a mente, o corpo e, principalmente, o coração. Agora saiba que, embora abrir o coração seja o mais importante, abrir a mente pode ser o mais desafiador.

Em geral, estamos tão atolados por crenças e ideias sobre o que é diferente que temos medo de tentar algo inédito e dar mais errado do que já tem dado. Ou de parar de dar mais ou menos certo, como tem sido.

Bobagem! Compreendo o medo e a resistência, mas não vale a pena ler um livro sem se abrir. Sem se comprometer a, pelo menos, refletir sobre o que foi lido. Você não precisa acreditar em tudo o que escrevi. Nem concordar comigo de cabo a rabo. Somos pessoas singulares e talvez nem todas as minhas sugestões estejam em sintonia com o que você está buscando.

No entanto, estou certa de que você quer viver o maior e melhor amor que merece e sei que poderá tirar muitas coisas boas daqui. Também estou certa de que você quer ser feliz e parar de sofrer pelo que não vale a pena. Então, vá em frente! Estamos juntas nesta jornada. Passo a passo...

Beijo carinhoso,

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Apaixone-se por si mesmaCAPÍTULO 1

Sim, eu sei, esse papo já está batido. Todo mundo sabe que para ser capaz de amar alguém de forma saudável é preciso, antes, aprender a amar a si mesmo. Mas por que será que, para tantas e tantas pessoas, saber disso não é suficiente? Por que será que ter isso em mente não tem feito a dinâmica funcionar?

Talvez a questão seja anterior à ordem de se amar. Talvez a grande dúvida seja: como? Amar o quê em mim mesmo? Como posso gostar de mim se tantas vezes me sinto insegura, com tantos medos e como se não fosse tão boa quanto algumas outras pessoas? Há ainda quem se perguntaria: como amar a si antes de amar o outro, se já ama o outro perdidamente e é capaz de fazer qualquer coisa para ficar com ele?

“Ame-se desde agora por estar disposta a se olhare a trazer à tona o melhor que existe em você.”

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Sim, eu sei, esse papo já está batido. Todo mundo sabe que para ser capaz de amar alguém de forma saudável é preciso, antes, aprender a amar a si mesmo. Mas por que será que, para tantas e tantas pessoas, saber disso não é suficiente? Por que será que ter isso em mente não tem feito a dinâmica funcionar?

Talvez a questão seja anterior à ordem de se amar. Talvez a grande dúvida seja: como? Amar o quê em mim mesmo? Como posso gostar de mim se tantas vezes me sinto insegura, com tantos medos e como se não fosse tão boa quanto algumas outras pessoas?

Penso que o problema é que muitos de nós usamos dois pesos e duas medidas. Veja, é quase matemático. Se você ama o outro, e se esse outro tem qualidades encantadoras, mas também defeitos que são, algumas vezes, até bem irritantes, por que resiste ao amor próprio justificando-se por não gostar de algumas características suas?

Há ainda quem se perguntaria: como amar a si antes de amar o outro, se já ama o outro perdidamente e é capaz de fazer qualquer

coisa para ficar com ele?

Além disso, é bastante provável que, por não existir um manual de “Como viver de modo perfeito e fazer tudo dar certo em sua vida”, você se pegue, em muitas e muitas situações, amargando uma dúvida terrível sobre estar ou não pensando de modo correto, sentindo o que deveria sentir e fazendo o que é melhor para você ou não.

Transformar sua arte, redesenhar-se como quer ser. E esta é a pergunta principal: você já é exatamente quem deseja ser? Em geral, somos e não somos. Explico: a maioria de nós, por mais que se sinta insegura e com a autoestima abalada vez ou outra, consegue enxergar características em si mesmo de que gosta bastante. E neste sentido, somos quem queremos ser.

O ideal é que a insatisfação seja saudável. Seja aquele desejo de de acordar de manhã e realizar, viver, fazer acontecer. E é neste ritmo que gostaríamos de propor a sua jornada nesta conquista de si mesmo. Está pronta? Quer chegar mais perto de quem você deseja ser? Quer enxergar em si motivos para se apaixonar perdidamente? Então, mãos à obra!

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Pegue uma folha de papel e divida em algumas colunas. O número de colunas vai depender do número de áreas que você deseja mudar ou melhorar. Muita atenção aqui! É importante que você saiba por que quer mudar.

A ideia é que você perceba que está se sentindo inseguro ou tímido ou com medo de se relacionar por conta dessas determinadas características. E saiba que, ao longo do processo de conquista de si mesmo, talvez você descubra que estava enganada. Talvez perceba que as mudanças não alteraram seu nível de insegurança e que “o buraco é mais embaixo”.

Posso dar alguns exemplos de áreas, algumas mais superficiais e fáceis de serem mudadas. Outras mais profundas e que requerem um trabalho mais elaborado e, em geral mais demorado também. Vamos chamar esse processo de PROGRAMA APAIXONE-SE POR SI MESMO. Então, seja detalhista.

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Quanto mais específico você for naquilo que deseja ser, mais fácil será atingir seus objetivos. Veja o exemplo:

• Cabelo – conseguir determinado corte e comprimento • Pele do rosto – fazer limpeza de pele ou tratamento com dermatologista• Sobrancelhas – conseguir um novo formato• Dentes – ir ao dentista, retirar manchas, usar aparelho• Peso desejado - 65 kg• Bumbum - aumentar e endurecer• Músculos - fazer academia para definir• Pernas - aumentar a musculatura• Pés e mãos - cuidar semanalmente

• Exercícios - yoga, alongamento, dança, caminhada, andar de bike• Exames de rotina - cuidar do colesterol, fazer check-up, resolver alguma doença• Alimentação - rever alimentação diária, escolher novo cardápio, comer uma fruta por dia.

• Ler livros que ensinem sobre relacionamentos, • Fazer terapia• Fazer algum tratamento para diminuir a ansiedade• Meditar

FÍSICA

SAÚDE

EMOCIONAL

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• Investir em cursos de desenvolvimento pessoal e profissional• Tornar-se extraordinário para conquistar o cargo desejado• Mudar de emprego• Abrir um negócio próprio

• Poupar ou investir determinada quantia por mês• Pagar dívidas• Organizar as contas para não gastar mais do que pode• Economizar para comprar um carro• Economizar para comprar uma casa• Determinar meta de vender determinada quantia por mês

Alcançar o que você deseja é resultado de pequenas ações, mas diárias, consistentes. Trata-se de um passo a passo. Um dia de cada vez. Não caia na armadilha de achar que só porque você escreveu o que deseja mudar, as mudanças começarão a acontecer, como se fossem milagres. Não vão! Você vai precisar agir e se lembrar de que o processo acontece pouco a pouco. Por fim, não espere até se tornar exatamente quem você sonha ser. Mas ame-se desde agora por estar disposta a se olhar e a trazer à tona o melhor que existe em você. Saiba que tomar uma decisão como essa e fazer por onde torná-la real é uma das maiores razões para você se dar conta de que já se ama muito.

PROFISSIONAL

FINANCEIRO

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Aprenda a controlar a sua ansiedadeCAPÍTULO 2

A ansiedade é um desejo de acelerar a vida e os acontecimentos. É querer que tudo aconteça no momento em que desejamos e do modo como desejamos. É um medo absurdo de que as coisas não saiam como o esperado. Por isso, gera uma pressão insana de fazer acontecer. É não saber esperar.

Parece óbvio que, então, para resolver o problema da ansiedade, a “receita” seria desacelerar e aprender a esperar, certo? Mais ou menos. Claro que essas seriam decisões inteligentes e eficientes, porém, a maioria dos que sofrem terrivelmente com o excesso de ansiedade já sabe disso. E, mesmo assim, continua se sentindo excessivamente ansioso.

“Quanto menos ansiosa você se sentir, mais espontaneidade haverá em seus encontros, mais o seu encantamento se

expandirá e mais fluidamente acontecerá o amor.”

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Sendo assim, a pergunta é: por quê? Porque saber não é suficiente. Porque não nos comportamos como nos comportamos a partir do que sabemos, a partir do que pensamos. Mas, a partir do que elaboramos enquanto sentimentos, emoções e percepções. É a sensação que temos de cada conhecimento que vai nos impulsionar ao modo como reagimos às situações. Por isso, ser excessivamente ansioso tem a ver com o modo como lidamos com as situações e não exatamente com o que sabemos.

É um jeito de funcionar. Uma crença de que é assim que sabemos fazer e, em última instância, a crença de que é assim que dá certo. Afinal, a sensação que uma pessoa ansiosa tem é de que, se abandonar esse seu desejo de tentar controlar as circunstâncias, tudo vai desandar e aí sim, ela não vai conseguir o que quer.

Como se a vida e as pessoas funcionassem a partir do que ela faz… ou deixa de fazer. Isso é uma ilusão. Uma baita de uma ilusão. E o pior: que faz muito mal a quem acredita nela!

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Respirar, para a grande maioria das pessoas, é um ato automático, inconsciente. Somente os que já atingiram um nível altíssimo de consciência é que conseguem se manter boa parte do tempo atentos ao seu movimento de inspirar e expirar.

Sabe por quê? Porque este ato - respirar conscientemente – é um dos maiores indicadores de sua presença. Quando você está consciente do movimento de encher seus pulmões de ar, sentindo seu abdome e seus pulmões se expandindo da energia vital e, em seguida, consciente do movimento de esvaziar pulmões e abdome, até senti-lo contrair-se, você está conectado com o fluxo do Universo. Você está atento ao que está, de fato, acontecendo em sua vida.

Se nossa vida fosse um automóvel, certamente seríamos o motorista. Ou, pelo menos, deveríamos ser. Claro, somente tendo sob controle a direção, a velocidade e a possibilidade de frear é que podemos trilhar o caminho que desejamos e até fazer algum retorno, se errarmos a direção. Porém, nenhum de nós conhece toda a estrada. O que vem pela frente é, muitas vezes (e para todos), imponderável, imprevisível. Isto é, está fora do nosso controle, de nossa percepção.

Por isso, nesses momentos, teremos de usar a humildade. É hora de pular para o banco de trás. De ser passageiro. De deixar a vida nos conduzir e confiar que há um propósito para o momento de “não saber o que fazer”.

Podemos trocar a palavra “vida” por “Deus” ou “Universo”. Trata-se de uma força superior, uma sabedoria que nos escapa. Trata-se de apostar que há uma instância trabalhando para que chegue o momento de retomar a direção.

INSPIRE E EXPIRE A ENERGIA VITAL!

PULE PARA O BANCO DE TRÁS!

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Poderia sugerir que você medite. Mas muitas pessoas ainda acreditam que meditar se trata de uma técnica muito sofisticada, difícil, que exige muito conhecimento e treino. Não é bem assim! Claro que existem mestres e pessoas que meditam com muito conhecimento e a qualidade desta meditação é bastante grande.

Porém, qualquer ação sua que seja consciente, focada, onde você coloca toda a sua atenção e intenção, é uma espécie de meditação. E é bem possível. Basta querer e treinar. Faça isso enquanto toma banho. Sinta a água cair sobre seu corpo, tocar sua pele. Preste atenção à temperatura da água, aos aromas do banho, aos sons e às cores. Esteja inteiramente presente neste banho, neste momento. Quanto menos ansiosa você se sentir, mais espontaneidade haverá em seus encontros, mais o seu encantamento se expandirá e mais fluidamente acontecerá o amor.

DIMINUA O FLUXO DE PENSAMENTOS!

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Faça uma escolha!CAPÍTULO 3

Este capítulo foi criado, sobretudo, para lembrar você de que amar é uma decisão, é uma escolha. Não se trata de mágica ou de um acaso. Claro que a sensação diante uma história de amor pode ser a de que o início se deu com boa dose de magia e pode até parecer um maravilhoso acaso. Certamente há alguma verdade nisso! Mas o fato é que para que um encontro seja mantido e sobreviva às diversas fases pelas quais certamente vai passar, será necessária uma série de ações conscientes e consistentes.

Gosto de pensar em alguns fatos curiosos acerca de um encontro de amor. Considerando que duas pessoas que nunca se viram, que cresceram em casas diferentes, tiveram famílias e histórias diferentes, em algum ponto da vida se encontram e desejam ardentemente ficarem juntas, só pode mesmo ter algo de magia aí. O que as sustenta neste desejo? O que as une? O que provoca em uma e em outra algo tão especial e diferente do que elas sentem por todas as outras pessoas que fazem parte da vida delas?

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É mais ou menos assim: você se apaixona por fulano ou sicrano por causa de sua simpatia, de sua honestidade, de sua beleza, de sua determinação, de seu olhar, de seu sorriso... e por aí vai. Em geral, a gente se identifica com quem está apaixonada. Mais do que isso, muitos se misturam e se perdem com quem estão apaixonados.

Com os anos e a convivência, se essa relação for saudável e estiver em processo de amadurecimento, você vai aprender a amar fulano ou sicrano apesar de ser bagunceiro, de ser dorminhoco, de ser medroso, de ser sincero, de ser tímido, de ser caseiro ou baladeiro... Em geral, a gente se diferencia de quem a gente ama e compreende que somos dois que decidiram compartilhar seus caminhos e ficarem juntos.

Sentimentos como ciúme, medo, insegurança, intolerância, mau humor, egoísmo, indisponibilidade e imaturidade vêm à tona quando temos de ceder, conversar, falar do que a gente pensa e quer e quando a gente

descobre que o outro não tem o poder de adivinhar o que é certo para nós e fazer exatamente o que esperávamos que ele fizesse.

Quando a gente decide estar com alguém, e renova essa escolha de tempos em tempos, sem acreditar – ingenuamente – que o jogo está ganho, a disponibilidade passa a ser outra. Quando a gente se dá conta de que amor não é algo pronto e sim em constante construção, considerando ainda que há terremotos e acidentes, a gente descobre que é preciso, muitas vezes, recomeçar. E recomeçar dá trabalho. Muitas vezes, cansa. Dá vontade de desistir. Os pensamentos insistem em nos atormentar e tentar nos convencer de que o melhor é ir embora, trocar de par, mudar de história. Em alguns casos, pode até ser. Mas em muitos, na maioria, é possível apostar mais uma vez.

Então, o quanto antes, faça a sua escolha. Decida-se! E lembre-se de que quanto mais vezes você refizer essa escolha e, de novo, decidir estar com essa pessoa de verdade, mais entrega haverá, mais amor renovado e cheio de energia brotará e mais dias estarão acrescentando ao tempo que há para se viver esse amor!

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Seja quem você é!CAPÍTULO 4

Imagino que, para alguns, esse falatório sobre ser quem se é pode até parecer maluquice. Podem pensar “claro que eu sou eu”. De certa forma, sim, você é quem você é. Simples assim, porque é assim que tem sido desde sempre e, de algum jeito, isso funciona. Porém, a questão é: por que tantas vezes parece tão difícil, tão complicado, tão pesado levar essa vida adiante? Por que as relações, quanto mais íntimas e profundas, mais confusas e paradoxais se mostram? Você já deve ter se feito algumas dessas perguntas. Já deve ter se questionado sobre por que desejamos tanto encontrar alguém e ser feliz, e amar, e partilhar, e construir e... muitas vezes tudo o que conseguimos é dor, brigas, mentiras e destruição. Penso que tem muito a ver com isso: não saber sobre si.

“Quanto mais nos descobrimos, mais portas surgem, mais janelas se abrem e mais compreendemos que entre nossa ousadia e nossas defesas, construímos um mundo repleto de encantos e emoções.”

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Quanto mais nos descobrimos, mais portas surgem, mais janelas se abrem e mais compreendemos que entre nossa ousadia e nossas defesas, construímos um mundo repleto de encantos e emoções. Algumas não tão boas de se lembrar, mas que igualmente contribuíram para que conseguíssemos dar conta de tudo o que aconteceu, acontece e irá acontecer. Quando venho aqui propor que você, no exercício do amor, seja quem você é, estou sugerindo que você se busque, que esteja disposto a se conhecer. E que, acima de tudo, aprenda que tem esse direito, que tem esse lugar garantido. Você não veio aqui sem pedir. Essa história de dizer aos nossos pais que não pedimos para nascer é uma grande falta de noção da grande conexão. Pedimos, sim! E pedimos para vir exatamente para onde estamos, nesta família, com esse pai e com essa mãe.

E agora, resta-nos compreender qual é o nosso papel neste contexto e quanto conseguimos ser, a cada situação, autênticos e íntegros.

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Coloque-se no lugar da pessoa amadaCAPÍTULO 5

Você já deve ter ouvido, lido ou até estudado sobre empatia. Uma palavra refinada para dizer exatamente isso: colocar-se no lugar do outro! Muitas vezes, num relacionamento, o maior problema é a comunicação. Um fala e o outro não escuta. Se escuta, escuta como quer, o quanto quer. E os casais não fazem isso por mal.

Trata-se do desgaste que a convivência pode causar quando os dois não permanecem atentos e cuidadores da relação. E a vontade de resolver os desafios do dia a dia é substituída por uma sensação de intolerância, de que não adianta falar, pois nada muda.

“Amar e ser amada é um exercício diárioe que pede comprometimento.”

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Não deixe esse veneno contaminar seu relacionamento. Se for preciso, faça isso literalmente: coloque-se no lugar de quem você ama. Troque de lugar com ela. A posição geográfica, muitas vezes, nos faz ter novas percepções!

Sendo assim, quando uma diferença estiver atravancando a harmonia entre vocês, pare um instante, respire fundo e tome a decisão de tentar compreender exatamente o que essa pessoa, bem diante de você, está querendo dizer de verdade. O que ela está sentindo? O que está pensando? O que a faz sentir e pensar desta maneira? Tente assimilar a história dela. Tente ser, por breves instantes, quem ela é. Somente assim você poderá chegar perto do que ela sente, do que ela pensa, do que ela acredita. Para isso, faça perguntas e ouça, com o coração aberto, todas as respostas.

A ideia aqui não é que você perca sua identidade ou seja alguém que você não é. Pelo contrário, o objetivo é que você se conheça tão bem que, por respeito ao outro, disponha-se a estar onde o ser que ama está. Dale Carnegie, autor de um dos livros mais vendidos de toda a história “Como fazer amigos e influenciar pessoas” atenta exatamente para este ponto:

cuidar do óbvio, do que é dito e como é dito na convivência diária.

Pode apostar: quando você fala com o intuito de resolver e crescer, termina descobrindo que palavras são apenas palavras, muitas vezes traiçoeiras ou limitadas, mas que as entrelinhas estão sempre carregadas de desejos, sentimentos, intenções e verdades que só podem ser ouvidos com o coração. Esta é a ideia: uma troca íntima entre dois corações. Amar e ser amada é um exercício diário e que pede comprometimento. Mas não precisa tanta seriedade. Amor combina mais com leveza, flexibilidade e diversão. Tudo isso sem perder a noção de que o outro é sagrado, tanto quanto você!

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Reconheça o espaço de “um”,do “outro” e “nós”

CAPÍTULO 6

Um relacionamento ocupa espaço, literalmente. Não é o seu espaço. Não é o espaço da pessoa amada. É o espaço do “nós”. Isto é, um lugar onde as decisões são tomadas em par. Os dois opinam. Os dois se colocam e chegam a um consenso. Às vezes, você cede. Às vezes, o outro cede. Mas alguém tem de ceder e o ideal é que cedam alternadamente, com certo equilíbrio, para que a relação não fique pesada, tensa e desgastante.

“Quanto mais nos descobrimos, mais portas surgem, mais janelas se abrem e mais compreendemos que entre nossa ousadia e nossas defesas, construímos um mundo repleto de encantos e emoções.”

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O grande problema de muitos casais é quando um, outro ou os dois não reconhecem esse espaço. E se não reconhecem, além de não ocupá-lo, não o respeitam. Nem o enxergam, obviamente. Note que não ocupar esse espaço significa continuar agindo como se fosse sozinho, solteiro. Não entrar no espaço do “nós” é acreditar que um relacionamento é algo a parte de si. Que não precisa ser incorporado nos hábitos e nas escolhas.

No entanto, há muitos casais que se misturam sem consciência, deixando que o espaço do “nós” transborde e inunde todos os cantos de suas individualidades e terminam se perdendo de si mesmos. É bastante comum acontecer isso no início do relacionamento, quando estão apaixonados e o desejo de estarem próximos é tão grande que a vontade é essa mesmo: a de se fundirem um no outro. Mas, com o tempo, é saudável que se retomem, que recuperem suas singularidades, que tanto contribuem para enriquecer a convivência e o próprio amor.

Claro que não há nada de errado em tratar bem as pessoas, mas quando isso foge de sua essência, de quem você é, do que você acredita, passa a ser manipulação, mesmo com as melhores das intenções.

Note que algumas pessoas têm dificuldade de ocupar o seu próprio espaço desde sempre. E a situação só piora quando iniciam um

relacionamento. São pessoas, em geral inconscientemente, que fazem de tudo para agradar as pessoas acreditando que isso é o que vai

garantir serem aceitas e amadas. Desconectadas de si mesmas, não se dão conta de que estão sendo “boazinhas demais” porque querem

atenção, querem ser queridas. Não se questionam sobre o que querem, o que gostam e o que pensam. Apenas dizem “sim” ao outro na

esperança de que isso lhes garanta um lugar especial.

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Ao contrário, também quem ocupa demais o lugar do “eu” e negligencia o lugar do “outro” e do “nós”, tende a perder a noção de seu espaço real e a entender que o mundo todo é seu. Que pode fazer o que quiser, como quiser, na hora em que quiser, sem ter de considerar quem está ao seu lado. Sem ter de respeitar diferenças.

Veja que o espaço do “nós” termina sendo uma consequência do equilíbrio encontrado entre todos os espaços. Uma pessoa que preserva o seu espaço e respeita o espaço do outro, muito provavelmente não terá problemas em ocupar o espaço do “nós”. Claro que, diante da imperfeição de todos nós, muito provavelmente haverá momentos em que será preciso rever esses espaços, delimitá-los novamente, conversar sobre eventuais mudanças. Enfim, estamos falando de um encontro entre duas pessoas que estão em constante transformação.

Sendo assim, é natural que os mapas de cada um mudem, ganhem novos contornos e divisões. E isso pode ser ótimo à medida que acrescenta novidades ao “nós” e permite que a relação se renove, amadureça, ganhe em profundidade e trocas.

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Mostre o que sente do jeito que senteCAPÍTULO 7

Existem milhares de formas de mostrar amor. Algumas mais eficientes. Outras completamente desastrosas. Mas, ainda assim, enquanto uma pessoa não para e olha para o seu jeito de mostrar amor, para o seu jeito de entender amor e para o seu jeito de gostar, de se sentir amada, muitos enganos podem ser cometidos.

Por exemplo, tem muita gente que mostra amor como se estivesse jogando. Certa vez, falando sobre essa mania que algumas pessoas têm de fazer joguinho no amor com uma mulher que eu havia acabado de conhecer, ri muito quando ela disse: “ai, é mesmo, detesto gente fazida!”.

“A medida certa é sempre a medida da sua verdade.”

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Eu achei estranho e repeti, só pra confirmar se era isso mesmo que ela queria dizer: “gente fazida?”. “É, esse tipo de gente que fica perguntando ‘ai, será que ligo?, será que aceito o convite para sair?’.” Penso da seguinte forma: se quer, vai lá e liga, vai lá e diz que sim, que quer sair, e pronto. Direto e simples como tem de ser!. Adorei a postura dela. Também concordo plenamente que “gente fazida” é muito cansativa!

O problema é que o mundo dos relacionamentos parece, para algumas pessoas, um verdadeiro cassino. Cheio de técnicas, estratégias e trapaças.

E o pior é que o maior prejudicado é justamente quem faz isso, porque está perdendo a chance de saber o que aconteceria se jogasse limpo, se fosse ele mesmo, se lidasse com a situação a partir do que está sentindo

de verdade.

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Eu sei, eu sei que quem faz isso, em geral, faz porque morre de medo de sofrer. Tudo bem, até entendo que dá medo de correr esse risco. Mas não sejamos inocentes. Sofrer é um risco que se corre mostrando ou não mostrando o que a gente sente.

Respeito ao outro é mostrar na medida certa. E a medida certa é sempre a medida da sua verdade. Não a que se quer. Não a que se acredita que merece. Não a que gostaria que fosse. A que é! E tem mais: se você não sabe qual é a sua medida ainda, se está confuso, tudo bem também. Desde que assuma isso. Não precisa saber já, agora. Aliás, nem precisa saber. E se o outro perguntar, diga que não sabe, que está confuso, mas que quer continuar mesmo assim, até saber. E que isso seja verdade, e não só um jeito de se defender dos próprios sentimentos.

Para saber se é verdade ou defesa, voltamos ao autoconhecimento. Ao olhar para si e decidir viver de propósito.

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Tenham metas, planos e sonhos juntosCAPÍTULO 8

A maioria de nós, se encontrasse o Gênio da lâmpada, teria alguns pedidos a fazer. Viagens, carro, promoção no emprego, mais harmonia em casa, mais tempo, uma casa, um projeto realizado, mais saúde e qualidade de vida. Talvez um amor de verdade. Não sei quais são seus sonhos e planos, mas sei que você tem alguns. Faz bem pra alma. Motiva. Dá mais vontade de acordar todas as manhãs. Dá sentido pra vida, mesmo quando tudo parece que vai desmoronar. E, sobretudo, dá força e fé para enfrentar as adversidades. Sonhar faz muito bem, inclusive para o amor.

“...só o fato de você e a pessoa que você ama se juntarem para falar de sonhos, planejar metas, revelar desejos e

vontades, já é uma ocasião mágica…”

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Você sabe fazer o quadro da visão? Colocamos neste quadro as fotos dos lugares que queremos conhecer e as imagens que ilustrem sonhos e metas. E cada vez que alcançamos uma meta ou realizamos um sonho, fazemos uma marcação especial. A sensação é muito boa! E a união que gera no casal é impressionante, pois se sente que está junto numa mesma missão. É importante não endurecer ou ser pessimista no momento de sonhar ou desejar.

Infelizmente, alguns casais, depois de certo tempo de relacionamento e do acúmulo de responsabilidades, abrem mão do prazer sem se darem conta. Dia após dia, vão reservando espaço somente para a parte mais

burocrática da vida. Como se realmente não houvesse tempo para lazer, alegria, carinho e felicidade. Veja: a vida é feita de escolhas.

Note que só o fato de você e a pessoa que você ama se juntarem para falar de sonhos, planejar metas, revelar desejos e vontades, já é uma ocasião mágica, incrível para se conhecerem ainda mais, para saber um do outro e talvez descobrir detalhes desta pessoa que você nem imaginava até então.

Dificilmente as pessoas se dão esta chance, de falarem sobre questões tão sensíveis e profundas como seus sonhos. Muitas, inclusive, nem se dão ouvidos. Consideram seus sonhos impossíveis de serem realizados e preferem esquecê-los, deixando-os num lugar de fantasias, num lugar de utopias. Não caia nessa armadilha!

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Transforme as crises em oportunidadesCAPÍTULO 9

Não seja inocente. Não caia na ilusão de que é possível viver um relacionamento sem nunca perder o fogo da paixão. Se isso acontecer, certamente tem algo maquiado nesta história. Alguém não está se colocando. Claro! Estamos falando de duas pessoas diferentes compartilhando opiniões, decisões, ritmos, humores e tudo o que faz parte da vida. Alguns dias serão cheios de sol, mas em outros, haverá nuvens, chuva, frio. Não é à toa que, em alguns rituais de casamento, os casais são lembrados de que a decisão de ficarem juntos inclui alegria e tristeza, saúde e doença, riqueza e pobreza, entre outras situações boas e não tão boas assim. Isto é, as crises são praticamente inevitáveis.

“É no exercício de falar que podemos perceber não só o outro, mas muitas vezes a nós mesmos.”

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Há quem aposte que não há crescimento sem crise. Particularmente, acredito também no crescimento que acontece na alegria, nas melhores fases de nossas vidas. Mas certamente somos exigidos a ir além e a descobrir novas formas de agir quando nos sentimos insatisfeitos com o que está acontecendo. Somos impulsionados a sair do cômodo lugar conhecido até desbravar um lugar onde doa menos e onde possamos recomeçar.

E se não for possível, no momento, conversar um com o outro, talvez possam esperar um pouco. E se essa espera se tornar angústia em vez de alívio, talvez seja hora de pedir ajuda. Terapia individual ou de casal pode ser um espaço fundamental para que um e outro se olhem, para que consigam se entender. Quando um casal entra em crise, o dito popular “será que estou falando grego?” é bem comum de acontecer. Um fala e o outro parece realmente não conseguir entender. As interpretações ficam distorcidas. E, neste momento, um profissional pode servir como um tradutor, um intérprete dos diálogos, das ideias e dos sentimentos.

Já deve ter acontecido com você de ter chegado num ponto tão crítico da relação que você já nem sabe mais o que está sentindo pelo outro. O que era amor evidente parece te se tornado raiva, irritação, impaciência, decepção, frustração e medo. Sim, medo de não conseguir resgatar o que havia de bom neste encontro, nesta promessa de felicidade. E, assim, deflagrado o estrago, fica a dúvida: será que eu ainda quero? Será que ainda vale a pena? Será que eu realmente gosto desta pessoa o quanto imaginei que gostava?

Em geral, a resposta é sim. Você ainda quer. Ainda vale a pena. Você realmente gosta desta pessoa não só o quanto imaginou, mas provavelmente bem mais. A questão é que está tudo obscurecido dentro de você pelo que não foi esclarecido, pelo que não foi conversado e negociado. Crises são ocasiões perfeitas para aprendermos a negociar. Se compararmos o amor a um ser vivo, uma crise poderia ser, na mesma medida, comparada a uma gripe, uma alergia ou uma infecção ou algo mais grave. Tudo vai depender do que a deflagrou e do modo como é tratada.

Quando a crise é no relacionamento, especialmente, aposto alto no diálogo. Conversar sobre o que está acontecendo, expor sentimentos,

pensamentos, são decisões que ajudam muito. É no exercício de falar que podemos perceber não só o outro, mas muitas vezes a nós mesmos.

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Não parem de transarCAPÍTULO 10

Ok, somos humanos e não máquinas. E sexo, na maioria das vezes, é consequência e não objetivo. Deixe-me explicar: um casal que não alimenta situações de carinho, aproximação física, intimidade e confiança durante o dia, pode ter dificuldade para iniciar uma relação sexual realmente prazerosa quando vai para a cama. Já ao contrário, quando um casal se fala durante o dia sobre diversos assuntos, sem que foque apenas nos problemas e nas reclamações, brinca um com o outro, elogia e ressalta qualidades mútuas, terá muito mais fluidez e facilidade de se olhar nos olhos, se tocar e namorar. É porque sexo bom tem de incluir namoro, beijo na boca, carícias e troca de prazeres.

“Sexo é como uma dança. Ir e vir. Dar e receber. Ser dois e ser um. Agradar o outro e cuidar de seu próprio prazer.”

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Claro que é verdade também que sexo é algo, sobretudo, individual. Sim, porque o prazer, no final das contas, é sempre individual. O outro termina sendo um instrumento, um meio de se chegar a um fim. E não há nada de errado nisso, desde que ambos estejam conscientes de que estão se “usando” com amor.

Muitas pessoas não se conhecem sexualmente, porque não se permitem. Porque se deixaram tolher pela família, pela religião ou pela sociedade sem nunca se darem a chance de em geral, também não se sentem à vontade ou nem saberiam como se dispor a conhecer seu par.

Não perguntam. Não tocam no assunto. Apenas vão transando. Como se tudo se ajustasse magicamente. Como se não fosse preciso conhecer o caminho do prazer do outro ou o seu. Outras, ainda, sabem de si, têm fantasias, vontades e desejos, mas não se permitem demonstrar. Têm medo de serem mal interpretadas. Sentem vergonha de falar sobre o assunto, seja por razões pessoais, seja porque o parceiro não dá espaço, não quer falar sobre sexo. Assim, permanecem embotadas, entregues parcialmente, sem serem elas mesmas. Nestas ocasiões, nem sempre uma boa conversa resolve. Talvez, seja até melhor não falar, caso não se saiba exatamente o que está acontecendo. Mas existe algo que, em geral, é realmente eficiente: a prática. Se você estiver vivendo uma fase de baixa excitação, perceba-se. Observe quais tem sido seus pensamentos. Apenas observe-se. Não se julgue. Não se cobre. Apenas se observe.

Sexo é como uma dança. Ir e vir. Dar e receber. Ser dois e ser um. Agradar o outro e cuidar de seu próprio prazer. E, para isso, é preciso

espaço. Para falar, para se colocar, para contar ao outro do que se gosta, como gosta, quanto gosta. Sem esse espaço, fica um silêncio gigantesco, onde cabem interpretações erradas, conclusões parciais ou totalmente

distorcidas sobre quem o outro é, sexualmente falando.

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Nos próximos dez dias, comprometam-se a transar. Não pense! Não dê justificativas. Não tente desistir. Apenas namorem. Transem como for. Sem julgar. Sem dar nota. Apenas comprometam-se em praticar. Porque isso nada mais é do que a prática do amor entre um casal, em sua forma mais humana possível. E é exatamente essa prática que diferencia essa relação de qualquer outra que você tenha.

Depois, se quiser me contar o resultado, fique à vontade,e comenta lá na minha página do Facebook.Será uma boa maneira de partilhar as consequênciasde simplesmente querer, ir lá e fazer!

Um lindo amor de verdade pra vocês! Contato com a autora: [email protected]