Sumário...6 E os pesquisadores descobriram ainda que mais da metade dos pacien-tes possuíam...

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Sumário

Sobre o autor ............................................................................................. 3

Introdução ............................................................................................. 4

Suplementos do coração: Ômega 3 …………………………………….………………………..….... 8

Suplementos do coração: Magnésio ………………………………………………………….....…… 12

Suplementos do coração: Acetil-L-Carnitina ..........…..………………………………………......…….….... 15

Suplementos do coração: Coenzima Q10 ........….….........………………...…………………………….. 18

Suplementos do coração: Vitamina B9 ...….....….…..……………………………………………….... 21

Referências Bibliográficas …………………………………………………………………. 24

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Introdução

Olá, amigo leitor e amiga leitora!

Como estão as coisas por aí?

Por aqui, confesso, a minha motivação vem de alguém muito especial.

Meu primeiro filho ainda não completou um ano e é a “gasolina” da minha vida.

Fico sempre muito emocionado quando consigo reunir todos os Sorrentinos em volta de uma mesa, em um almoço de domingo.

Digo isso porque há alguns anos, esse sonho de ver toda a família reuni-da, pronta para o que der e vier, sequer passava pela minha cabeça.

Eu não podia imaginar que meu avô estaria aqui para vivenciar e apro-veitar o bisnetinho.

No quinto e último infarto do homem que me criou, nossa família se preparou para o pior.

Eu só pensava em como gostaria que meu avô vivesse BEM o suficien-te para conhecer a criança que hoje carrega o seu nome e sobrenome: Miguel Sorrentino.

Mas aquele último infarto nos surpreendeu... e quase tirou nossa esperança.

Para salvar a vida do meu avô, precisamos mudar um pouco a rota.

Meu avô achava que estava tudo bem com ele e que ele estava fazendo tudo certo.

Ele tomava remédio para o colesterol e tinha índices “dentro do normal”.

Seguia a recomendação fiel de cortar da dieta alimentos “gordurosos”, que supostamente estariam associados ao aumento do risco de infarto.

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Não fazia exercícios físicos porque já tinha certa idade e é melhor não abusar.

Ovo e carne eram quase palavrões...

Mas nada disso serviu para evitar a “quinta pane cardíaca” do Sr. Miguel.

Os estudos têm provado que realmente meu avô estava seguindo a trilha errada.

Em 2012, uma revisão denominada Rethinking dietary cholesterol, pu-blicada no Current Opinion in Clinical Nutrition and Metabolic Care, concluiu que o colesterol não aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

No mesmo ensaio, mais uma vez foi alertado que dieta gordurosa não é gatilho de infarto.

“A recomendação de ingerir menos de 300 mg/dia de colesterol por meio da alimentação acaba restringindo o ovo, que além de ser uma excelente fonte de proteína, conta com substâncias coadjuvantes, como os carote-noides, que têm um papel importante na prevenção da oxidação do coles-terol-LDL”, escreveu a professora Maria L. Fernandez, da Universidade de Connecticut, a autora da revisão.

Ou seja: sem ovo e sem gor-dura, você não está a salvo

de um ataque do coração.

Meu avô estava no caminho da desinformação. E você, também está?

Cada vez mais o colesterol tem deixado de ser o principal indicador de doenças cardiovasculares.

E não sou eu quem está dizendo isso não.

Aqui vai mais um dado: um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, revelou que 75% dos pacientes hospitalizados após um infarto tinham níveis de colesterol considerados normais.

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E os pesquisadores descobriram ainda que mais da metade dos pacien-tes possuíam níveis baixíssimos de HDL (lipoproteína de alta densidade).

Abacate, salmão, azeite, ovos, oleaginosas são fontes de HDL…

Então, tudo o que, em tese, meu avô estava proibido de comer na verdade são protetores do coração.

Foi aí que comecei a ligar os pontos: sem as gorduras, meu avô aumen-tava o consumo de carboidratos refinados.

E seguia infartando. Por quê?

Um risco maior estava à espreita: com essa alimentação rica em açúcar, aumentavam também os níveis de triglicérides no sangue do meu avô.

E como apontou um estudo publicado no American Journal of Cardiology, em 2002, os triglicérides são um importante fator de risco para doenças coronárias, como o infarto.

E não as tão injustiçadas gorduras.

Com esse panorama em mente, entendi que meu avô precisava de outra orientação.

Eu sabia que ele não poderia interromper a medicação. Para quem já infartou, aliás, eu jamais recomendaria isso.

Mas o remédio não pode e nem deve ser a única saída.

Era mandatório investir nos nutrientes certos.

Foi isso que fizemos. E foi isso que salvou o patriarca dos Sorrentinos.

Começamos uma estratégia com suplementos que eu sabia que não estavam presentes na alimentação dele.

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Preparei um combo com Ômega 3, testosterona, magnésio, coenzima Q10 e diversos outros nutrientes, pensados individualmente, para a sua melhora metabólica como um todo.

Cada um deles ajudou o meu avô a voltar a ser aquele homem forte, independente e ativo dos anos passados.

O ômega 3 modulou a inflamação generalizada, agindo como um pre-cursor de agentes anti-inflamatórios.

O magnésio foi fundamental na troca de minerais que modulam e regu-lam a pressão arterial. controlou a pressão arterial e ajudou na prevenção de novos infartos.

A coenzima Q10 participou do processo de produção de energia pelas mitocôndrias cardíacas, fazendo com que seu coração não pulasse uma só batida.

E a testosterona, além de auxiliar na prevenção do risco de doenças cardíacas como um todo, devolveu a função cognitiva e a potência sexual do meu avô. A mulher dele até se impressionou (rs)…

Em paralelo, ele começou a se exercitar.

Meu avô sobreviveu, graças a essa mudança de rota.

E segue vivendo da melhor forma possível.

Hoje em dia, quando ele vai lá em casa, aos fins de semana, eu vejo o brilho em seus olhos de estar com o bisnetinho.

Realizei o meu sonho.

E quero te ajudar a realizar o seu.

Ainda que eu precise te pegar pela mão e te guiar por uma nova rota.

Por isso, acompanhe, nas próximas páginas, quais nutrientes são es-senciais para a saúde de um coração forte e saudável. Você também pode escapar das estatísticas.

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5 suplementos do coração

Nosso corpo é uma máquina de última geração. Ele tem todos os recur-sos para fabricar aquilo de que precisa, da obtenção de energia à conver-são de nutrientes elementares.

Mas nem tudo é perfeito. O que nos falta são os ácidos graxos essen-ciais, como o ômega 3, que o nosso corpo não é capaz de produzir por conta própria.

Mas nem por isso você deve dispensá-lo. A saída é buscar o ômega em fontes externas, por meio da alimentação ou de uma suplementação personalizada de acordo com as suas necessidades.

Principalmente se, no momento, seu foco é preservar a força e as bati-das do seu coração.

Vamos lá: quando pensamos em doenças cardiovasculares, o que vem à mente?

Hipertensão, infarto, derrame… Até aí, tudo bem. O problema é que, para boa parte das pessoas, a culpa de todos esses problemas está no colesterol alto ou nas gorduras.

Como se o próprio ômega 3 não fosse uma gordura. Curioso, não?

É preciso ir além e revelar um inimigo oculto do coração, mas nem por isso menos importante: a inflamação.

Da mesma forma que é importante acompanhar a pressão, é preciso estar de olho nos marcadores inflamatórios para prevenir um infarto ou um derrame, por exemplo.

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Em momentos pontuais, a inflamação é importante. Ela é como uma sirene que avisa o cérebro e o sistema imunológico sobre a necessidade de combater um agente agressor, como vírus ou bactérias.

Se a sirene só fosse ativada nesses casos, tudo bem. É um alarme es-sencial e inteligente do nosso corpo, desenvolvido para nos proteger.

O problema é que qualquer agente –– interno ou externo –– pode acabar desencadeando a inflamação.

A formação de placas de gordura no sangue, por exemplo, pode ativar agentes pró-inflamatórios. E o que esses agentes vão fazer?

Construir novas placas de gordura, movimentá-las pelas artérias e esti-mular o surgimento de coágulos sanguíneos, os principais responsáveis por bloquear o fluxo sanguíneo de uma artéria e desembocar no infarto ou derrame.

Uma prova científica do que estou te explicando é o ensaio CANTOS, publicado no Frontiers in Cardiovascular Medicine, que analisou os efeitos do uso de drogas anti-inflamatórias em pacientes que já haviam sofrido um infarto.

Essas pessoas, apesar de fazerem tratamento com estatinas, ainda apre-sentavam altos níveis de marcadores inflamatórios na corrente sanguínea.

Os pacientes que fizeram uso de anti-inflamatórios apresentaram uma redução no risco de novos ataques cardíacos em 15%.

Além disso, a necessidade de intervenções cirúrgicas, como angioplas-tia e implante de marca-passo, caiu em 30%.

O estudo concluiu, portanto, que combater a inflamação, sem mexer nos níveis de colesterol, tem um impacto significativo no tratamento e na pre-venção de doenças cardiovasculares.

Por isso, eu reforço: é urgente combater a inflamação crônica que nos acomete, muito mais do que apenas se preocupar com o colesterol.

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E é agora que o ômega 3 entra no jogo: você sabia que ele é um dos mais inteligentes anti-inflamatórios existentes na natureza?

E definitivamente MUITO mais seguro do que as drogas sintéticas.

As propriedades terapêuticas desse ácido graxo são conseguidas graças a dois componentes existentes nessa gordura, de nomes bem complicados.

Falo do ácido alfa-linolênico ácido eicosapentaenoico (EPA) e do ácido docosahexaenoico (DHA).

No organismo, eles são convertidos em três moduladores do sistema imune, chamados Resolvina, Protectina e Maresina.

O que eles fazem de mais impressionante é “desligar” a sirene da infla-mação, interrompendo a formação de novas placas de gordura e a calcifi-cação dos vasos sanguíneos.

Uma meta-análise publicada na revista científica Current Atherosclerosis Reports associou a ingestão de 566 mg de ômega 3 (considerando EPA e DHA) ao dia a um risco 37% menor de morte por doença coronariana.

A suplementação é indicada para todos mas, principalmente, para pes-soas que já sofreram infarto ou outras doenças do sistema cardiovascular.

Como suplementação, você pode ingerir em média 1g por dia de cápsulas gelatinosas de óleo de Krill junto às principais refeições.

Se optar por aumentar os níveis de ômega 3 por meio da alimenta-ção, lembre-se de consumir, pelo menos duas vezes por semana, postas de peixes gordos e selva-gens, como atum e sardinha.

Salmão, eu não recomendo. A versão popular no Brasil é criada em ca-tiveiro e, apesar do preço, não oferece os nutrientes e a qualidade ideal para a proteção cardiovascular.

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O magnésio vem sendo estudado por especialistas em cardiologia há muitos anos.

Isso porque a sua deficiência está associada a diferentes condições que afetam o coração, como pressão alta, colesterol, espasmos das artérias coronárias, entre outras.

Qual seria, então, o mecanismo de ação do magnésio em nosso orga-nismo e de que forma ele pode beneficiar a saúde cardiovascular? É sobre isso que vamos falar agora.

Em primeiro lugar, é importante esclarecer que o magnésio é funda-mental para uma série de funções fisiológicas, inclusive as contrações musculares.

E é aí que tudo começa: o coração, antes de tudo, é um músculo, certo?

Por isso, juntamente ao cálcio, o magnésio atua na mecânica de contra-ção-relaxamento do coração, fazendo com que as batidas permaneçam no compasso adequado, nem rápidas nem lentas demais.

Isso é possível porque o nutriente é fundamental para o funcionamento das chamadas “bombas de sódio e potássio”, presentes nas membranas do coração, e que fornecem energia e impulsos elétricos para a mecânica cardíaca.

Quando esse nutriente está em falta, o cálcio pode “superestimular” as células do músculo cardíaco, o que pode não só levar a problemas de funcionamento do órgão, mas também ser fatal.

Outro bom exemplo dos benefícios do magnésio surgem quando fala-mos em hipertensão, doença cardiovascular que é um gatilho importante para o infarto.

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Um estudo elaborado pelo Hyogo College of Medicine, no Japão, inves-tigou um grupo com 380 estudantes japoneses do ensino médio.

Eles descobriram que aqueles que apresentavam a pressão sistólica mais alta tinham, paralelamente, níveis mais baixos de magnésio sérico no sangue, além de histórico familiar para a doença.

Uma revisão publicada no periódico Nutrients, elaborada por pesquisa-dores da Rovira i Virgili University, Institute of Health Carlos III e da Harvard T. H. Chan School of Public Health, confirmou que a proteção cardiovascu-lar é diretamente proporcional à ingestão de magnésio, por meio da dieta ou suplementação.

Isso quer dizer que, quanto mais magnésio você ingere, menores são os riscos de doenças cardiovasculares –– hipertensão, arritmia, insuficiência cardíaca, ataque cardíaco, aterosclerose e outras.

É por esses motivos que eu recomendo o magnésio para quem deseja um supercoração à prova de doenças e limitações.

Vale lembrar que esse é um nutriente amplamente encontrado na na-tureza. Para obtê-lo por meio da alimentação, eu recomendaria estes alimentos:

• Sementes de abóbora;• Vegetais verde-escuros

(brócolis, couve e espinafre);• Feijão preto e grão-de-bico;• Oleaginosas (castanha-do-

pará, amêndoas, nozes e castanha de caju); e

• Atum e salmão.

Outra alternativa é a suplementação, que deve ser realizada junto ao seu médico de confiança.

Para a proteção cardiovascular, o melhor é o magnésio glicina, que é melhor absorvido e assimilado pelas células cardíacas.

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A Acetil-L-Carnitina, ou L-Carnitina, é uma molécula que, por essência, já existe em nosso organismo.

Seu desenvolvimento começa nos rins e no fígado; a partir daí, a L-Carnitina participará no processo de transporte dos ácidos graxos para dentro das mitocôndrias.

Em outras palavras, funciona da mesma forma que a gasolina para o motor dos carros, ou seja, fornecendo energia para todo o organismo.

Esse papel de transporte de gordura para dentro das mitocôndrias é fundamental para garantir batimentos cardíacos saudáveis e equilibrados.

Isso porque a fabriqueta de energia a que chamamos de mitocôndria prefere gordura a carboidrato como fonte energética.

Ou seja: com a ajuda desse nutriente, as mitocôndrias trabalham a todo vapor, e seu coração bate melhor e com mais força.

Mas é claro que os benefícios não se resumem apenas à produção de energia.

A L-Carnitina, em paralelo, também libera substâncias antioxidantes e que têm efeito cardioprotetor.

Em resumo, ela reduz o estresse oxidativo, a inflamação e também a necrose das fibras cardíacas, que compõem o músculo do coração, pre-servando o órgão.

Uma revisão sistemática conduzida pela Mayo Clinic confirmou os be-nefícios dessa molécula para a prevenção de doenças cardiovasculares diversas.

Os pesquisadores analisaram 13 estudos clínicos que compararam a

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ação da L-Carnitina com placebo nos pacientes entre maio e agosto de 2012.

Em relação ao placebo, a L-Carnitina foi associada a uma redução de 27% na mortalidade geral por doenças cardiovasculares.

No caso de episódios de taquicardia, a molécula foi respon-sável por uma impressionante redução nos riscos beirando

os 65%.

Já uma meta-análise publicada no periódico científico BioMed Research International apontou para um outro possível potencial da L-Carnitina. Segundo os pesquisadores, é importante lembrar que o coração é mais do que apenas uma batida: é um órgão que precisa de energia por parte do metabolismo.

Eles ainda descobriram que a molécula atenua sintomas associados à síndrome metabólica, como hipertensão e resistência insulínica.

Se apenas o consumo desse alimento não suprir as suas carências, converse com o seu médico para averiguar a melhor suplementação para o seu caso.

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Encontrada em quase todas as células do nosso corpo, a Coenzima Q10, ou apenas CoQ10, é uma substância lipossolúvel que, basicamente, transforma os alimentos que ingerimos em energia –– de forma semelhan-te à carnitina.

A CoQ10 merece destaque por ser um poderoso antioxidante, ou seja, é capaz de frear os danos dos radicais livres em células e órgãos diversos, sendo um elemento potencialmente benéfico para o coração.

Além de ser produzida pelo nosso organismo, ela também pode ser en-contrada em altos níveis em determinados tipos de carnes, como fígado bovino, frango e sardinhas. Já nos vegetais, a substância pode ser encon-trada na couve-flor, no brócolis e nos aspargos.

Mas o que é que torna a CoQ10 uma grande aliada da saúde cardiovascular?

Cientistas descobriram que, além de neutralizar os radicais livres, a subs-tância melhora o metabolismo mitocondrial, melhorando o fornecimento de energia para os órgãos, incluindo o coração.

Isso melhora, indubitavelmente, a frequência de batimentos cardíacos, afastando o risco de insuficiência.

Mas não é só isso: a CoQ10, ou ubiquinona, foi responsável pela redução de biomarcadores inflamatórios que estão associados ao desenvolvimen-to de doenças cardiovasculares, como é o caso da Proteína C-Reativa de alta sensibilidade.

A coenzima, portanto, seria a “chave” que desliga o mecanismo de infla-mação, digamos assim.

No caso de quem já teve um infarto e precisa tomar as famosas estati-nas de qualquer jeito, a CoQ10 também pode trazer alguns efeitos com-plementares que merecem atenção.

Embora a terapia com estatina possa reduzir o risco de ataque cardíaco e derrame em pacientes cardíacos, até 25% deles deixam o tratamento dentro de seis meses devido a efeitos colate-rais, como dores musculares e fraque-za, segundo o Cleveland HeartLab.

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Isso porque as estatinas reduzem os níveis de CoQ10 no organismo e têm, como efeito adverso, problemas relacionados à transferência de energia para os músculos, levando à miopatia.

E você lembra que o coração é um músculo, certo? Sem energia, ele não consegue bater apropriadamente.

Em um estudo clínico randomizado de 2014, publicado no Medical Science Monitor, 75% dos usuários de estatinas com sintomas muscula-res relataram uma redução significativa da dor e da fraqueza após tomar CoQ10 duas vezes ao dia por 30 dias, contra uma melhora zero no grupo placebo.

Os pesquisadores concluíram, portanto, que a combinação de terapia com estatina e com suplementos de CoQ10 poderia levar a uma maior adesão ao tratamento, principalmente no caso daquelas pessoas que re-almente não podem ficar sem o medicamento.

Um outro trabalho, dessa vez coordenado pela Universidade de Copenhague, na Dinamarca, estudou 420 pacientes com insuficiência cardíaca. A análise foi feita em nove países diferentes.

Metade desses indivíduos acrescentou cápsulas de CoQ10 na rotina sem abrir mão do tratamento convencional. A outra metade ingeriu apenas placebo (junto com as medicações tradicionais).

Ao longo de dois anos, o grupo que suplementou Coenzima Q10 reduziu pela metade as complicações e até o risco de morte.

Por isso, eu recomendo essa substância como terapia complementar ou até mesmo utilizada isoladamente.

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Para entender a importância da vitamina B9, ou metilfolato, gostaria de começar esse tópico falando sobre um elemento muito importante: a homocisteína.

Esse aminoácido é resultado da quebra de proteínas presentes espe-cialmente na carne vermelha, e é um bom indicador de que as coisas não vão tão bem assim.

Em níveis baixos, a homocisteína não representa nenhum risco. Porém, quando os indicadores disparam, esse aminoácido pode comprometer uma parte do corpo que é muito importante para o funcionamento adequa-do do sistema cardíaco: as artérias.

A homocisteína vai lesionando as paredes arteriais, podendo estimular a produção de coágulos sanguíneos e a formação de placas de gorduras.

O resultado? Acidente vascular cerebral, infarto, aterosclerose e até mesmo Alzheimer.

Por isso, é bom ficar de olho nos seus níveis de homocisteína. Quando ela sobe, nem sempre apresenta sintomas, ou seja, você só vai descobrir um quadro sério quando ele estiver avançado.

Mas por que eu falei dela para introduzir a importância da vitamina B9?

Vamos lá: essa vitamina é como uma espécie de “tijolinho” das células vermelhas, sendo muito importante para a formação e crescimento delas.

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Por isso, é um nutriente essencial durante a gestação, já que a falta dele pode ocasionar defeitos no cérebro e na medula espinal.

Só que não para por aí.

A vitamina B9 também é importante para metabolizar a homocisteína, transformando-a em cistationina e, depois, em cisteína, esta última impor-tante para a formação da glutationa, um poderoso antioxidante, e novas proteínas. O resto é excretado pela urina.

O que a B9 faz, junto a outras vitaminas do complexo B, portanto, é quebrar a toxicidade da homocisteína e transformá-la em algo que de fato será proveitoso para o nosso organismo, em vez de apenas prejudicar a saúde cardiovascular.

Em alguns casos, porém, pode ser necessário começar uma suple-mentação, principalmente para quem tem o risco de desenvolver alguma doença cardiovascular. Nesses casos, recomendo a suplementação de L-metilfolato, que é a forma MAIS ativa da B9.

Uma meta-análise publicada no Journal of the American Heart Association, em 2016, comprovou os benefícios da suplementação de vitamina B9 para a prevenção de doenças cardiovasculares.

Os pesquisadores, de diferentes departamentos da Harvard T.H. Chan School of Public Health, analisaram cerca de 30 estudos controlados, com mais de 82 mil participantes.

A conclusão foi a de que a suplementação de vitamina B9 levou a uma redução de 10% no risco de derrame e de 4% de eventos cardíacos no geral.

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Por isso, não espere os sintomas baterem à porta para procurar ajuda. Para saber se está tudo bem com os níveis de homocisteína no sangue e se a suplementação é necessária para proteger seu coração, faça regular-mente um check-up completo junto ao seu médico.

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