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nº 1548 – 04 abr. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Olerícolas Frutícolas Outras Culturas Criações Preços Semanais Notas Agrícolas Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2019. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3. Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. CDU 63(816.5) © 2019 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

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nº 1548 – 04 abr. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.

Sumário

Palavra da Casa

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Olerícolas

Frutícolas

Outras Culturas

Criações

Preços Semanais

Notas Agrícolas

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar

I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2019. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.

Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

CDU 63(816.5)

© 2019 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a

fonte.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 2, 04 abr. 2019

Palavra da Casa

Emater/RS-Ascar amplia atuação com novo escritório metropolitano

Estamos às vésperas de completar 64 anos de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e

Social (Aters) no Rio Grande do Sul. Isso porque no dia 2 de junho comemoramos mais um aniversário da

Ascar, a segunda instituição oficial de Aters criada no Brasil em 1955, logo após a Emater de Minas Gerais,

fundada em 6 de dezembro de 1948, Dia Nacional da Extensão Rural.

Nesse período, conquistamos muitos avanços, que desde então se refletem na melhoria das

condições de vida das famílias que vivem no meio rural.

Através de parcerias e de inúmeras políticas públicas que foram executadas pela nossa Instituição

ao longo desses anos, estamos hoje em 99,39% dos municípios gaúchos, ou seja, dos 497, a Emater/RS-

Ascar atua em 494, sendo o município de Esteio nossa mais recente conquista.

Inaugurada na manhã desta quinta-feira (04/04), a nova unidade da nossa Instituição se destina a

prestar atendimento nas áreas de agricultura urbana e educação ambiental. Com esse novo escritório,

ampliamos nossa atuação junto ao público urbano, ocupando, durante todo o ano, o espaço da

Emater/RS-Ascar junto ao Parque de Exposições Assis Brasil, e aproveitando a estrutura, hoje

permanente, que utilizamos no período de Expointer.

Nesse sentido, esse novo espaço se destina a ser um verdadeiro laboratório para o

desenvolvimento de hortas urbanas, chás medicinais e plantas bioativas, atendendo a outras demandas

dos municípios metropolitanos. Com o Escritório em Esteio vamos estabelecer uma proximidade ainda

maior com as escolas, fazendo ao longo do ano o mesmo trabalho de conscientização e sensibilização com

as crianças que fazemos em todo o Estado e durante a Expointer, divulgando e demonstrando técnicas

eficientes e novas tecnologias, perfeitamente aplicáveis a nossa diversidade agrícola e cultural.

É importante ressaltar que os serviços de Aters são fundamentais ao desenvolvimento do RS, e

refletem no fortalecimento de todos os setores da sociedade gaúcha, seja no meio rural ou urbano.

Para se ter uma ideia do que representa esses quase 64 anos de Extensão Rural e Social no RS,

destacamos que em 2018 atendemos a 230 mil famílias gaúchas, público formado por agricultores e

pecuaristas familiares, indígenas, quilombolas e pescadores profissionais artesanais. Além disto,

desenvolvemos ações com agricultores urbanos, apenados e Pessoas com Deficiência (PCDs).

Na região de atuação do Escritório Regional de Porto Alegre, também em 2018, foram atendidas

mais de 20 mil famílias, em 69 dos 72 municípios que compõem os Coredes Litoral, Metropolitano,

Centro-Sul, Paranhana e Sinos.

Instalado no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio, ao lado do Pavilhão da

Agricultura Familiar, o mais novo Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar representa a celebração de

mais uma oportunidade para a população gaúcha ter acesso a serviços de Assistência Técnica e Extensão

Rural e Social de qualidade.

Parabéns, Esteio! Parabéns, população gaúcha!

A Emater/RS-Ascar se fortalece e garante mais saúde na mesa de todos!

Iberê de Mesquita Orsi

Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

DESTAQUES

Passa da metade das lavouras de grãos de verão colhidas.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 3, 04 abr. 2019

Condições Meteorológicas

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA

DE 28/03/2019 A 04/04/2019

A última semana permaneceu praticamente sem chuva na maior parte do RS. Na

quinta (28) e sexta-feira (29) o tempo continuou seco, com grande variação de nuvens e

registro de chuvas fracas e isoladas nas faixas Leste e Norte. Entre o sábado (30/03) e a

quarta-feira (03/04), a presença de ar quente e úmido manteve temperaturas elevadas e

grande variação de nuvens, com ocorrência de pancadas isoladas de chuva devido ao calor.

Novamente os valores de chuva foram inferiores a 5 mm na maioria dos municípios,

com registro entre 10 e 20 mm em áreas isoladas do Estado. Somente no Litoral Norte os

volumes se aproximaram de 30 mm. Os volumes mais expressivos observados na rede de

estações INMET/SEAPI ocorreram em Santana do Livramento (18 mm), Lagoa Vermelha (23

mm), Torres (29 mm) e Tramandaí (34 mm).

A temperatura mínima ocorreu em 28/03 em Hulha Negra (6,9°C), e a máxima do

período foi registrada em Taquari (34,3°C) em 02/04.

Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 03/04/2019.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 4, 04 abr. 2019

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 04 A 10/04/2019

O período de 4 a 10 de abril poderá apresentar volumes expressivos de chuva em

algumas regiões do Estado. Entre a quinta-feira (04) e o sábado (06), o deslocamento de uma

frente fria deverá provocar chuva em todo RS, com possibilidade de chuva forte e temporais

isolados, especialmente na Metade Norte. No domingo (07) e na segunda-feira (08), a

presença de uma nova massa de ar seco afastará a nebulosidade e provocará um ligeiro

declínio da temperatura, sobretudo durante a noite e madrugada. A partir da terça-feira

(09/04), o ingresso de uma massa de ar quente e úmido favorecerá o aumento da

nebulosidade e temperatura, com valores próximos de 30°C em diversas localidades.

Os totais previstos oscilarão entre 25 e 45 mm na maioria dos municípios do Estado,

com valores inferiores a 20 mm na Fronteira Oeste. No Alto Vale do Uruguai, Planalto e na

Serra do Nordeste os totais oscilarão entre 60 e 80 mm, e poderão alcançar 100 mm em

localidades dos Campos de Cima da Serra e Litoral Norte.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 5, 04 abr. 2019

Grãos

CULTURAS DE VERÃO

Milho

O clima seco, com muito sol e baixa umidade relativa do ar, favoreceu o avanço da

maturação e da colheita das lavouras. A colheita de milho atingiu 70% da área, com 19%

maduro e 10% em enchimento de grãos.

Fases da cultura do milho no Rio Grande do Sul

Milho 2019

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 04/04 Em 29/03 Em 04/04 Em 04/04 Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 0% 0% 1% 1%

Floração 1% 2% 3% 4%

Enchimento de grãos 10% 12% 15% 15%

Maduro e por colher 19% 21% 21% 18%

Colhido 70% 65% 60% 62%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, as lavouras maduras que

ainda estão para ser colhidas não apresentam perdas de qualidade até o momento; colheitas

interrompidas para recebimento da soja.

No Alto da Serra do Botucaraí, mais da metade da área cultivada com a cultura foi

colhida; as produtividades das lavouras estão acima da média prevista para a região, e é

ótima a qualidade do grão colhido. Lavouras com semeadura tardia seguem em

desenvolvimento considerado normal, apesar do período de duas semanas sem chuvas. Em

pontos isolados – com solo raso e compactados, a cultura começa a manifestar sintomas de

déficit hídrico.

Nas regiões Fronteira Noroeste e Missões, foi colhido o maior percentual de área do

Estado, atingindo 80%. As lavouras em formação de espiga e maturação apresentam bom

aspecto, devido às condições climáticas do período, com temperaturas amenas à noite e boa

irradiação durante o dia. A falta de umidade decorrente da ausência de chuvas nestes

últimos dias tem sido amenizada pela condição de orvalhos consistentes e uma

evapotranspiração menor no período.

Nas regiões acima, as lavouras da safrinha têm apresentado bom desenvolvimento

das plantas, a maioria entrando em floração e formação das espigas. Entretanto, já

necessitam de chuva para evitar problemas de formação de espiga e de grãos.

Na região Central, 43% da área foi colhida, com média de produtividade de 90 sacas

por hectare. Em específico, no município de Tupanciretã, onde a maior parte da lavoura é

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 6, 04 abr. 2019

irrigada com pivô central, a área está 95% colhida, com produtividade de 210 sacas por

hectare.

Na região da Produção, a colheita avançou para 75% da área; na região Sul, em 22%

da área. Na região da Serra e Campos de Cima da Serra, a colheita do milho segue em ritmo

lento.

Mercado (saca de 60 quilos)

O preço médio do milho no Estado foi cotado a R$ 31,80/sc., com leve queda de -

0,16%, segundo levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar (Cotações

Agropecuárias nº 2069).

Soja

No Estado, avançou muito a atividade de colheita da soja, passando da metade das

lavouras implantadas. Outras 33% estão maduras, e em 15% delas a fase é de enchimento

de grãos. Isso se reflete pelo tempo seco e ensolarado da semana. A produtividade em geral

é boa e dentro da expectativa.

Fases da cultura da soja no Rio Grande do Sul

Soja 2019 Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 04/04 Em 29/03 Em 04/04 Em 04/04 Plantio 100% 100% 100% 100% Germinação/Des. vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 2% 0% 0%

Enchimento de grãos 15% 26% 14% 16%

Maduro e por colher 33% 40% 37% 33%

Colhido 52% 32% 49% 51%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

Na semana, o clima seco e as temperaturas elevadas durante o dia foram propícios

para a colheita, com a umidade do solo ideal para esta operação. Nas regiões do Alto Jacuí,

Celeiro e Noroeste Colonial, a maturação das lavouras foi mais acelerada em função do

29,00

30,00

31,00

32,00

33,00

34,00

35,00

36,00

37,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Ano anterior Média geral Média abril

31,80 31,85

32,35

36,64

35,24

36,08

R$

Milho - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

-0,16

-1,70

-13,21

-9,76

-11,86

-14

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Milho (R$ 31,80/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 7, 04 abr. 2019

clima; as plantas apresentam vagens secas nas extremidades e ainda não completamente

maduras na sua base. Há aumento da debulha das vagens superiores na plataforma de corte,

devido a impacto com as partes metálicas da plataforma. O produto final apresenta elevada

quantidade de grãos quebrados e trincados e em final de maturação (verdolengos). A

tecnologia de trilha e separação das colheitadeiras está sendo fundamental para a produção

de sementes.

Nos Altos da Serra do Botucaraí, estima-se que 35% da área esteja colhida e, apesar

das doenças de solo terem diminuído o stand de plantas, a produtividade média da cultura

poderá ser superior à média prevista, devido às condições climáticas favoráveis e ao bom

manejo da adubação.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, já foi realizada colheita em 56% da

área, com perspectiva de avançar ainda mais a área colhida se o tempo permanecer seco

com sol. Nas lavouras em enchimento de grãos, os produtores ainda estão atentos às pragas

e doenças de final de ciclo; além disso, muitos realizam dessecação para forçar a maturação

das áreas de replantio e uniformizar as áreas visando antecipar a colheita.

Nas regiões acima, em relação às lavouras de soja safrinha, é esperado o retorno das

chuvas de forma consistente para a retomada do desenvolvimento, crescimento e boa

floração, pois esses dez dias sem chuvas já podem reduzir o potencial produtivo dessas

lavouras.

Na região da Produção houve aumento de produtividade informada, chegando à

média de 3.800 quilos por hectare. Nas regiões do Médio Alto Uruguai e do Rio da Várzea, a

colheita evoluiu bastante, chegando a 80% das lavouras colhidas, e na região Norte alcançou

75% da área. Se o tempo favorecer, a atividade da colheita finaliza até meados de abril.

Na região Central do Estado, a colheita ainda não avançou tanto, com apenas 18%

colhido. Nas lavouras plantadas no tarde e de ciclo mais longo, há forte pressão de ferrugem

asiática. Em Tupanciretã, mesmo com as aplicações dentro do período e intervalo

recomendados, algumas lavouras apresentam alta infestação da doença.

Na região Sul do Estado, os produtores estão otimistas; a safra vem acontecendo

dentro da normalidade, com expectativa de ótimos rendimentos nas áreas de coxilha. Já nos

municípios de fronteira, as produtividades serão menores em razão da menor quantidade de

chuvas ocorridas nas últimas semanas, que afetou o enchimento dos grãos. Nas áreas planas

e em rotação com arroz irrigado, também houve perdas localizadas em áreas com problemas

de drenagem, devendo ocorrer diminuição da produtividade. A colheita está se

intensificando na região, totalizando 22% da área colhida. A produtividade das lavouras é

distinta: nas coxilhas, tem sido de 75 sacas por hectare; na fronteira, a produtividade não

deve ultrapassar 40 sacas por hectare; e na região da Encosta da Serra do Sudeste, a

expectativa é de produtividade acima de 60 sacas por hectare.

Mercado (saca de 60 quilos)

Houve redução no preço da soja disponível em Cruz Alta, cotado a R$ 72,50/sc. Nas

Missões, a denominada soja livre – isto é, estocada pelos produtores nos seus silos e

armazéns, está sendo paga na faixa de R$ 76,00/sc.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 8, 04 abr. 2019

O preço médio estadual da soja na semana ficou cotado a R$ 71,33/sc., com leve

queda em relação à semana anterior, conforme levantamento semanal de preços da

Emater/RS-Ascar (Cotações Agropecuárias nº 2069).

Arroz

A safra de arroz teve sua colheita acelerada na última semana, atingindo 60% da

área. As lavouras da Campanha e Fronteira Oeste, regiões de grande importância da cultura

no Estado, estão com bom ritmo de colheita, avançando em todos os municípios: Itacurubi,

com 90% colhido; Caçapava, com 80%; Barra do Quaraí e Maçambará, com 75%; Itaqui, 74%;

Rosário do Sul 70%; Aceguá e Alegrete, com 50% das áreas colhidas; Dom Pedrito e São

Borja, 60%; Hulha Negra, 40%; Quaraí, 56%; São Gabriel, com 35% e Uruguaiana com 53%

das áreas colhidas.

Fases da cultura do arroz no Rio Grande do Sul

Arroz 2019 Fases

Safra atual Safra anterior Média* Em 04/04 Em 29/03 Em 04/04 Em 04/04

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 1% 0% 0%

Enchimento de grãos 10% 16% 15% 11%

Maduro e por colher 30% 44% 45% 37%

Colhido 60% 39% 40% 52%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

Em Uruguaiana, a média vem sendo de nove toneladas por hectare, superior à

produtividade prevista no início do plantio.

Na Zona Sul, outra região de grande expressão da cultura no RS, também prossegue

a colheita, intensificando-se em todos os municípios. Estão colhidos aproximadamente 51%

da área. Até o momento, a produtividade de referência é de 8,2 toneladas por hectare.

Na região Central do Estado, outra importante área de produção de arroz, a colheita

chega próximo aos 30%. Já nas regiões do Litoral Norte, Centro-Sul e áreas lagunares, a

colheita atinge 80% das lavouras, sendo as mais adiantadas do Estado.

64,00

66,00

68,00

70,00

72,00

74,00

76,00

78,00

80,00

82,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média abril

71,33 71,5270,55

78,18

81,3780,32

R$

Soja - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

-0,27

1,11

-8,76

-12,34

-11,19

-14

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril

Comparativo percentual do preço médio semanal da Soja (R$ 71,33/saca de 60 kg)

%

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Mercado (saca de 50 quilos)

Nessa semana, segundo levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar

(Cotações Agropecuárias nº 2069), o valor médio estadual da saca do arroz em casca ficou

em R$ 39,18, com pequeno aumento de 0,75% sobre a semana anterior.

Feijão 1ª e 2ª safras

A colheita do feijão primeira safra do Estado avança rapidamente para finalização,

restando apenas 5% das lavouras a serem colhidas, todas nos Campos de Cima da Serra. As

condições de clima seco no período permitiram esse avanço e também a manutenção da

excelente qualidade dos grãos da leguminosa, com rendimentos próximos do esperado

inicialmente, 2,5 toneladas por hectare.

Fases da cultura do feijão 1ª safra no Rio Grande do Sul

Feijão 1ª safra 2019

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 04/04 Em 29/03 Em 04/04 Em 04/04

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de grãos 0% 2% 1% 2%

Maduro e por colher 5% 8% 16% 13%

Colhido 95% 90% 83% 85%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

A safrinha gaúcha está praticamente toda implantada, restando nessa semana

apenas pequenas áreas a serem semeadas. Como a segunda safra é basicamente cultivada

pela agricultura familiar e para autoconsumo ou reserva de sementes, ela se estende por um

período maior, pois enquanto algumas áreas ainda estão sendo semeadas, boa parte das

lavouras já foi colhida.

0,75

-1,63

5,66

-19,68

-15,96

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Arroz (R$ 39,18/saca de 50 kg)

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média abril

39,18 38,89 39,8337,08

48,78 46,62

R$

Arroz - preço médio pago ao produtor - R$/saca 50 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 10, 04 abr. 2019

Fases da cultura do feijão 2ª safra no Rio Grande do Sul

Feijão 2ª safra 2019

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 04/04 Em 29/03 Em 04/04 Em 04/04 Plantio 99% 96% 100% 98%

Germinação/Des. vegetativo 15% 30% 15% 15%

Floração 30% 33% 34% 29%

Enchimento de grãos 35% 23% 27% 35%

Maduro e por colher 11% 7% 10% 10%

Colhido 9% 7% 14% 11%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.

Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a redução das precipitações

vem comprometendo o desenvolvimento final da cultura. A cultura apresenta sintomas de

déficit hídrico nos horários mais quentes do dia. As primeiras lavouras colhidas nessas

regiões foram as cultivadas para subsistência, com menor tecnologia, que apresentaram

produtividade menor, abaixo de 20 sacas por hectare.

No Alto da Serra do Botucaraí e no Vale do Rio Pardo, a elevação da temperatura na

semana favoreceu a cultura que se encontrava em desenvolvimento vegetativo e floração.

Porém, a ausência de chuva nos últimos 15 dias reduziu a umidade do solo; assim, lavouras

em florescimento poderão ter queda de flores, afetando o potencial produtivo. O aspecto

geral da cultura até o momento ainda é de normalidade.

Segue o monitoramento de doenças e pragas, principalmente ácaros, praga comum

em lavouras de feijão safrinha.

Na região Sul, a semeadura do feijão de segunda safra está finalizada. Cultura

predominantemente nos estágios de crescimento vegetativo e em florescimento, com bom

desenvolvimento em razão das chuvas frequentes.

Também nas regiões do Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea encontra-se finalizado o

plantio da cultura do feijão segunda safra. As primeiras lavouras plantadas já estão na fase

reprodutiva; uma menor parte delas, em fase vegetativa, as quais vêm recebendo

tratamentos fitossanitários para manter a sanidade das plantas. O clima se mostra favorável,

e o desenvolvimento inicial é satisfatório, vislumbrando-se boas produtividades. Além disso,

há boa perspectiva de preços para esta cultura.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, as primeiras a iniciarem a colheita da

safrinha, a semana foi de tempo seco. Isso facilitou a maturação das lavouras em fase final

de formação do grão, com as primeiras lavouras em colheita, embora boa parte delas ainda

esteja em final de floração e formação de vagem. A safrinha vem apresentando boas

perspectivas. As lavouras colhidas estão com melhores produtividades, se comparadas com

a safra anterior. Segundo os produtores, o preço do feijão está muito bom, em torno de R$

5,00/kg.

Mercado (saca de 60 quilos)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 11, 04 abr. 2019

Mesmo que a procura nacional pelo feijão mantenha aquecidos os negócios, o valor

médio da saca do feijão preto aqui no RS manteve-se estável na semana, ficando em R$

175,00/sc. (Cotações Agropecuárias nº 2069).

CULTURAS DE INVERNO

Trigo

Para a cultura do trigo – safra 2019, os agricultores procuram crédito a fim de

financiamento de custeio das lavouras na parte Norte do Estado. Também está sendo

realizado encaminhamento de amostras de solo para análise a fim de correção de

nutrientes. Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, já foram liberados os primeiros

recursos de custeio de insumos para lavouras de trigo.

Em função do acordo firmado entre EUA e Brasil para importação de trigo daquele

país, sem tarifas, muitos produtores manifestaram preocupação com a comercialização

desta safra, podendo diminuir a área plantada. No geral, não há expectativa de muita

alteração de área a ser implantada nesta safra de trigo, podendo ser próxima à do ano

passado.

Nas regiões Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, os altos custos dos insumos

também estão interferindo na tomada de decisão para definição da área a ser cultivada.

O preço para o produto com pH 78 é de R$ 41,53/sc. de 60 quilos, em média. Produto

disponível em Cruz Alta a R$ 48,00/sc.

Cevada

No Norte, há expectativa de aumento de área a ser implantada com a cultura, em

função de especulações de bons preços pagos pela AMBEV.

30,00

50,00

70,00

90,00

110,00

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

230,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril

175,00 175,00 177,38

140,90

203,69214,94

R$

Feijão - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

0,00

-1,34

24,20

-14,09

-18,58-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

25

30

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Feijão (R$ 175,00/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 12, 04 abr. 2019

Canola

Para implantação de lavouras da cultura, os produtores de canola do Estado estão

buscando crédito para custeio junto aos agentes financeiros.

Há perspectiva de diminuição da área na região do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste

Colonial. O preço praticado é de R$ 65,50/sc. de 60 quilos.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, há expectativa de aumento

significativo da área a ser implantada com a cultura em relação ao ano anterior, devido ao

fomento de empresas agrícolas que estão fazendo pré-contratos de compra com

fornecimento de insumos. Outro fator motivador para ampliação da área de canola é que

essa cultura vem sendo incentivada como alternativa ao cultivo do trigo.

Foi realizada uma reunião técnica em 28 de março, em Giruá, visando o fomento

deste cultivo como boa alternativa de inverno para a região; preço de R$ 70,66/sc.

Aveia branca

Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a tendência para a safra 2019

é de que produtores com tradição no cultivo diminuam a área; no entanto, produtores sem

tradição de cultivo pretendem migrar a produção do trigo para aveia branca.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, os produtores também buscam crédito

para custeio da aveia branca, que deverá ocupar algumas áreas de produtores que não

conseguem financiar trigo, devido à solicitação sequencial de seguro/Proagro.

Hortigranjeiros

SITUAÇÕES REGIONAIS

Nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, a mandioca e a batata ainda estão em

colheita. O mesmo ocorre com o morango, cujo manejo inclui poda para manter a produção

por maior tempo. Os cultivos hidropônicos e semi-hidropônicos, em ambientes protegidos,

têm mantido a oferta de produtos, porém em volumes menores e com preços mais

elevados. As oliveiras estão em fase de colheita e vêm apresentando boa produção. Em

Candiota alguns pequenos produtores entregam a produção para a indústria, que está

pagando R$ 3,00/kg.

Nas regiões do Noroeste Colonial, Celeiro e Alto Jacuí, na semana ocorreram alta

insolação e temperaturas ideais para o desenvolvimento das culturas, embora tenham

exigido grande aporte de irrigação. Com essa condição climática, as folhosas apresentaram

excelente desenvolvimento e diminuição dos sintomas de doenças. As plantas

apresentaram-se com folhas bem desenvolvidas e coloração verde intenso. Na cultura da

alface, houve aumento da incidência de pulgões. Ocorreu redução na oferta de brássicas em

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 13, 04 abr. 2019

virtude do período de troca de cultivares de verão para as adaptadas ao inverno. As culturas

de batata-doce e mandioca apresentam-se com boa produção e sanidade, tanto da parte

aérea quanto nas raízes. A mandioca está com bom cozimento. Com o solo mais seco, os

produtores têm encontrado dificuldade na colheita destas culturas. Os produtores seguem

com o preparo de canteiros para a implantação das cultivares de estação fria. A cultura do

tomate em cultivo protegido está com diminuição de produção devido à menor área

cultivada neste período. As compras institucionais vêm impulsionando o aumento da área

cultivada com hortaliças. O período de clima quente e seco vem estimulando o

florescimento de rosáceas. Percebe-se aumento da incidência de ácaro da falsa ferrugem em

bergamotas. A produção de figo apresenta-se baixa e vem sofrendo ataques de pássaros nos

frutos. Na cultura da laranja, os produtores vêm monitorando o ataque de percevejos.

Nas regiões dos vales do Taquari e Caí, o tempo se manteve estável nas últimas

semanas, com boa insolação e diminuição das temperaturas extremamente altas, que

vinham baixando a qualidade e a produtividade das culturas. As precipitações foram baixas

(18,4 mm no período, com chuva em cinco dos últimos 21 dias). Nas três semanas

anteriores, período de desenvolvimento vegetativo da maioria das culturas, em geral os

olericultores fizeram o uso intenso da irrigação para o bom desenvolvimento dos cultivos,

gerando maior custo de produção. À exceção do preço do tomate, o dos demais produtos

declinou no período; destaque para o chuchu, com forte baixa.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, o tempo seco e ensolarado dos

últimos dias possibilitou os trabalhos nas hortas que vêm sendo realizados com boa

intensidade e qualidade. Os agricultores estão plantando as variedades de outono-inverno,

períodos propícios para a produção, devido à condição climática. Principalmente tomate,

feijão-vagem, abóbora, pimentão, alface, cultivados apenas na primavera-verão, apresentam

bom desenvolvimento, com boa produção.

OLERÍCOLAS

Cebola

Tem início a semeadura das variedades superprecoces produzidas na região Serra.

Na segunda quinzena de maio, os cebolicultores fazem a semeadura das tardias, que

representam 90% da área de 1.500 hectares, com destaque para a Crioula. Dois fatores

antagônicos estão em destaque para a decisão da área a ser cultivada: positivamente, a

precificação que vem sendo obtida no mercado, muito em função da reduzida oferta. São

negativas as elevadas perdas da produção a campo, causadas pelo temporal de final de

outubro passado; também em decorrência do temporal, há consideráveis descartes da

cebola armazenada em função de podridões decorrentes das lesões sofridas antes da

colheita. O preço médio na propriedade para bulbo Classe 1 toaletado, classificado e

embalado é de R$ 2,00/kg.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 14, 04 abr. 2019

Tomate Cereja

O cultivo do produto, realizado praticamente durante todo o ano nas regiões dos

vales do Caí e Taquari, se encontra no início de um novo ciclo de produção. O clima dos

últimos dias foi favorável à cultura, exigindo o fechamento das estufas durante a noite devido

à queda na temperatura; mas, até o momento, a condição sanitária da maioria das áreas é

satisfatória. Produtores que estão colhendo comercializam o produto a valores de R$ 6,00 a

R$ 7,00/kg.

Pepino

Nas regiões dos vales do Caí e Taquari, a produção de pepino salada e conserva foi

considerada boa, mesmo com a temperatura elevada em março. Muitos produtores estão

contentes com a melhora do preço na última quinzena. Em algumas propriedades, ocorreu a

queima das folhas pela ocorrência de temperaturas mais baixas à noite, exigindo-se mudança

de manejo com o fechamento das cortinas laterais no período da tardinha para noite. Não

foram registrados significativos problemas fitossanitários no período, destacando-se a

presença da mosca-branca, sob relativo controle nas propriedades visitadas. A procura pelo

produto foi baixa, mas está em recuperação. O pepino conserva está sendo entregue com

valores de R$ 2,00 a R$ 2,50/kg na propriedade. A produção do pepino salada também vem

se recuperando após as perdas consideráveis ocorridas em fevereiro. A queda na oferta de

produtos no mercado não culminou no aumento de preços.

O pepino Japonês tem sido comercializado a R$ 50,00/cx. de 20 quilos. Apesar de ter

crescido o consumo dessa variedade de pepino, ainda é bem menos comercializada que o

pepino salada convencional. Devido aos altos preços do pepino Japonês, há um movimento

crescente de olericultores que estão substituindo o plantio do pepino salada pelo Japonês.

Contudo, como o mercado olerícola responde forte e rapidamente às oscilações entre oferta

e demanda, a partir do momento que o mercado estiver sobrecarregado de pepino Japonês,

o preço tende a cair.

Brássicas

Em Linha Nova, há relatos de que as perdas por excesso de calor, ocorridas no forte

do verão, causaram retração no plantio por parte dos produtores que não tinham irrigação.

Esse fato se reflete agora com a redução de oferta, principalmente de couve-flor e brócolis.

A couve-flor, com preços em pequena elevação, tem sido comercializada a R$ 25,00/dz. no

município e a R$ 36,00 na Ceasa. O brócolis, na mesma situação, é comercializado a R$

35,00/dz. na Ceasa, com produtos oriundos do município e de parcerias, principalmente de

São Francisco do Sul. O repolho, com preços em pequena baixa, tem sido comercializado a

R$ 2,50/unid. no comércio local e entre R$ 3,50 e R$ 4,00 na Ceasa. O repolho roxo é

comercializado por R$ 40,00/dz.

Chuchu

Nas regiões dos vales do Caí e Taquari, apesar de passar por oscilações nas cotações,

no final do período o preço do chuchu caiu em virtude de um novo período de colheita típico

desta época, aquecendo a oferta do produto. A cultura encontra-se na fase de

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 15, 04 abr. 2019

desenvolvimento da frutificação e início de colheita, com os produtores realizando as

manutenções necessárias nas áreas, mesclando atividades como condução da planta e ao

mesmo tempo ações de manutenção da lavoura como um todo. Nas últimas semanas, os

preços se situaram entre R$ 1,20 e R$ 1,30/kg.

Batata-doce

O clima dos últimos dias foi favorável para colheita nas regiões dos vales do Caí e

Taquari. O preço médio do produto é de R$ 1,50/kg, o que equivale a R$ 30,00/cx. de 20

quilos.

Rúcula

No município de Feliz, onde a cultura é produzida o ano inteiro, a safra encontra-se

em plena fase de produção em diversas propriedades. O diferencial é que produtores estão

cultivando também em substrato (tanto em sacola quanto em caixas de isopor). O clima dos

últimos dias foi favorável para a cultura, com temperatura mais amena, e o único relato de

praga e doença até o momento é o aparecimento de pythium em cultivo em hidroponia. Os

produtores estão comercializando o produto por valores em torno de R$ 1,25/molho.

Alface

Nas regiões dos vales do Caí e Taquari, a produção de alface vem se recuperando

após a perda observada em fevereiro. O grande volume do produto no mercado se reflete

na redução do preço, que está em aproximadamente R$ 8,00/dz. A qualidade da alface

começou a melhorar nas últimas semanas, quando a temperatura ficou mais amena e as

noites mais frias. Na Ceasa o preço da alface cultivada em ambiente protegido varia entre R$

10,00 e R$ 13,00/dz.

Abobrinha

As áreas cultivadas nas regiões dos vales do Caí e Taquari apresentam bom

desenvolvimento e sanidade, não havendo relatos de ocorrência de pragas ou doenças. Em

geral os produtores realizam tratamentos preventivos. O preço médio da abobrinha se

manteve estável, na faixa de R$ 20,00/cx.

Aipim

Na região do Vale do Caí, observou-se a queda do preço do aipim em virtude da

elevada oferta de produto. O preço médio na propriedade é de R$ 12,00/kg; na Ceasa, de R$

18,00/kg.

Na região do Vale do Taquari, a cultura está com bom desenvolvimento em geral. Há

algumas lavouras com manchas, tomadas pela bacteriose. A colheita está em andamento, e

o produto apresenta bom rendimento, sendo comercializado com valores entre R$ 12,00 e

R$ 15,00/cx.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 16, 04 abr. 2019

Beterraba

Período de colheita nas regiões dos vales do Caí e Taquari; em geral a cultura está

com produção de qualidade e há poucos relatos de ocorrência de pragas ou doenças. Os

preços estão estáveis. O produtor recebe entre R$ 20,00 e R$ 22,00/dz. no comércio local, e

R$ 30,00/dz. na Ceasa.

Pimentão

Beneficiada pelo clima, observa-se que vem melhorando a qualidade do produto nas

regiões dos vales do Caí e Taquari. O pimentão verde está sendo comercializado entre R$

30,00 e R$ 35,00/cx. de 20 quilos.

Vagem

No município de Feliz, a cultura é produzida o ano inteiro. Em plena fase de produção

em diversas propriedades, a vagem foi favorecida pelo clima dos últimos dias. Embora a

ferrugem seja citada como problema recorrente nessa cultura, não houve relatos de doença.

O produto colhido, de boa qualidade, está sendo comercializado com valores entre R$

4,00/kg e R$ 5,50/kg.

Moranga Cabotiá

Na região do Vale do Taquari, no cultivo da safrinha, o produto está com bom

desenvolvimento vegetativo, iniciando o período reprodutivo. Os produtores realizam a

polinização hormonal. Alguns ceaseiros estocaram o fruto da safra nos galpões, para garantir

a comercialização por mais alguns dias. O produto é comercializado a R$ 18,00/sc. de 20

quilos.

FRUTÍCOLAS

Citros

Na região do Vale do Caí, maior região produtora de citros do Rio Grande do Sul, a

colheita foi iniciada com a da bergamota Satsuma, fruta cítrica sem semente e com baixa

acidez, características que permitem ser colhida com a casca ainda verde. Para esta fruta, os

citricultores estão recebendo em média R$ 25,00/cx. de 25 quilos. Também está em colheita

a lima ácida Tahiti, o conhecido limão de caipirinha, para o qual o citricultor está recebendo

em média R$ 28,00/cx. de 25 quilos.

Na região predomina o cultivo de bergamoteiras, cujas frutas estão em processo de

crescimento. Nesta fase, a boa umidade do solo é crucial para o crescimento das

bergamotas, e as chuvas têm sido suficientes para seu bom desenvolvimento. Nesta época, a

principal atividade dos citricultores é o raleio das frutas, que consiste na retirada de parte

das frutas ainda pequenas, para favorecer o crescimento das frutas que ficam nas plantas.

Pela competição por nutrientes, o excesso de frutas reduz o calibre das mesmas,

depreciando-as no comércio. O raleio está na fase final, restando ralear 25% das frutas da

cultivar Montenegrina. O raleio das cultivares Caí e Pareci já foi encerrado.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 17, 04 abr. 2019

Morango

Nos municípios de Feliz e Bom Princípio, que anualmente cultivam cerca de 70

hectares de morango, observa-se a redução da produção, como esperado para essa época

do ano. No entanto, ainda há produtores comercializando o produto. Nas propriedades

visitadas, os agricultores já realizaram a limpeza das mudas das estufas e, em alguns casos,

recém-fizeram o plantio em solo ou em ambiente protegido, com mudas importadas da

Espanha. Outros esperam a chegada de mudas importadas do Chile ou da Argentina, prevista

entre abril e junho. O mercado vem mostrando uma relativa alta no preço. Morangos com

bom padrão estão sendo comercializados entre R$ 12,00 e R$ 15,00/kg. Contudo, a maior

parte dos morangos produzidos tem sido comercializada por preços que vão de R$ 10,00 a

R$ 12,00/kg, pois apresentam tamanho ainda abaixo do considerado ideal pelo mercado.

Na região do Vale do Taquari, já foi realizado o plantio de mudas importadas da

Espanha; as outras que virão da Patagônia, de Farroupilha e Bom Princípio deverão chegar

entre abril e maio. Verificou-se um pequeno aumento do número de produtores no cultivo

da fruta.

Quivi

O produto está em plena colheita das variedades glabras (peladas) e de polpa

amarela – espécie Actinidia chinensis, com frutos de bom calibre e altos teores de açúcar.

Em breve, terá início a colheita das variedades mais expressivamente cultivadas na Serra

gaúcha. Essas são mais tardias, com película recoberta de pelos e com polpa verde, sendo da

espécie Actinidia deliciosa. De maneira geral, as plantas apresentam bom vigor e sanidade;

no entanto, a cultura passa por um período delicado de manutenção da área cultivada, em

função de uma fitopatia altamente destrutiva e de difícil controle. Além disso, nessa safra,

considerável parte da área foi afetada pelo temporal de final de outubro passado. Ambos os

fatores convergem para um volume a ser ofertado abaixo do esperado, refletindo-se num

mercado aquecido, comprador e com cotações remuneradoras. O preço médio na

propriedade é de R$ 2,75/kg.

COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

Ceasa/RS, tivemos 23 produtos estáveis em preços, cinco em alta e sete em baixa. São

analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação

de 25% para cima ou para baixo. Não ocorreram destaques em alta ou em baixa.

Nesta primeira semana do mês de abril, com movimentos comerciais mornos, a

oferta relativa à maior parte dos hortigranjeiros está normal para o período. O universo

varejista, por sua vez, evidenciou moderação nas aquisições, encontrando praticamente

todos os produtos procurados, mantendo assim estabilizadas as cotações da maior parte dos

produtos ofertados.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 18, 04 abr. 2019

Apenas um produto enfatizou-se com queda nas cotações, o chuchu, embora não

tenha alcançado o percentual histórico de 25% em variação. Desde o início deste ano, esta

olerícola encontrava-se com as cotações elevadas devido ao clima extremamente quente

nos principais estados produtores, como São Paulo, Paraná e Espírito Santo. Além disto,

lembramos que a produção gaúcha é bastante desorganizada, com poucas lavouras que

usam boa tecnologia, o que não contribui com uma oferta mais regular no período em que o

clima permite a produção no RS. Há também o problema da interrupção quase total da

produção devido aos meses frios, o que não estimula os produtores. Tal comportamento da

produção do chuchu no RS não influencia no incremento da oferta implicada na queda nos

preços.

Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 26/03/2019

(R$) 02/04/2019

(R$) Aumento

(%)

Beterraba kg 2,25 2,50 +11,11

Brócolis und. 2,92 3,33 +14,04

Moranga Cabotiá kg 1,25 1,35 +8,00

Pepino salada kg 2,22 2,50 +12,61 Vagem kg 6,00 6,50 +8,33

Produtos em baixa 26/03/2019

(R$/kg) 02/04/2019

(R$/kg) Redução

(%)

Caqui Fuyu 2,75 2,50 -9,09

Cebola nacional 2,50 2,25 -10,00

Chuchu 2,22 1,67 -24,77

Maçã Fuji 3,89 3,33 -14,40

Mandioca 1,39 1,22 -12,23

Melão espanhol 3,31 3,08 -6,95 Tomate Caqui longa vida 4,50 4,00 -11,11

Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.

Outras Culturas

Tabaco

Na zona Sul, a colheita e as atividades de secagem encaminham-se para o final,

alcançando 99,8% do total já colhido. As produtividades de referência estão entre dois mil e

2.500 quilos por hectare. Os preços médios de comercialização variam de R$ 9,00 a R$

9,50/kg.

Com a colheita concluída nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, são

realizadas a classificação e a comercialização do produto. Sobre as áreas colhidas, foram

implantados milho ou soja. Em fase final de comercialização, o preço do produto é de

aproximadamente R$ 8,50/kg; no entanto, a maior parte dos produtores já efetuou a venda.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 19, 04 abr. 2019

No município de Novo Machado, o preço recebido está entre R$ 4,50 e R$ 9,00/kg,

dependendo da empresa que adquire o produto.

Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, a colheita foi

encerrada. Os produtores fazem a classificação do produto nos galpões e a comercialização.

Na região do Vale do Rio Pardo, os fumicultores mostram-se satisfeitos com os preços

recebidos e com o fluxo de comercialização do produto.

Criações

PASTAGENS

Na pecuária de corte, o campo nativo, as espécies de pastagens perenes de verão

(tíftons, panicuns e braquiárias) e as gramíneas anuais de verão (sorgo forrageiro, capim

sudão e milheto) em geral apresentam-se fibrosas, com menor taxa de crescimento, e com

baixa qualidade, devido aos baixos índices de umidade no solo. A exceção é a região de

Bagé; choveu no final da semana em quase toda a região, com temperaturas e radiação solar

adequadas, continuando assim a favorecer tanto as espécies do campo nativo como as

pastagens cultivadas, proporcionando aos rebanhos boa oferta de forrageira.

Uma opção importante neste período são as restevas de arroz recém-colhidas, que

proporcionam uma oferta forrageira de bom volume e regular qualidade, para o pastoreio

do gado de corte.

Os pecuaristas dos Campos de Cima da Serra iniciaram a implantação das pastagens

cultivadas de inverno, procurando antecipar o pastoreio e evitar que o gado reduza em

demasia a condição corporal, redução que ocorre quando os animais são mantidos em

pastagens naturais durante o inverno.

Em propriedades com integração lavoura-pecuária após a realização da colheita de

soja e arroz, são implantadas as pastagens de inverno (aveia e azevém); é necessária chuva

nos próximos dias, para não prejudicar a germinação. Alguns produtores estão acessando

crédito de custeio para implantação de pastagens de inverno.

Na pecuária de leite, as pastagens anuais de verão começam a ficar mais fibrosas,

diminuindo assim a qualidade da forragem e o potencial produtivo, caracterizando o início

do vazio forrageiro de outono. Para implantação das pastagens de inverno, são

recomendados especialmente centeio, trigo forrageiro, aveia melhorada e azevém

tetraploide. Na região de Caxias do Sul, alguns produtores fizeram a semeadura de milheto

em fevereiro, para enfrentar o vazio forrageiro outonal.

Na região Sul, o preço do azevém certificado varia de R$ 3,60 a R$ 3,80/kg e o da

aveia em torno de R$ 1,50/kg; na região de Caxias do Sul, a semente de aveia custa R$

2,00/kg e a de azevém, R$ 4,00/kg.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 20, 04 abr. 2019

BOVINOCULTURA DE CORTE

O rebanho bovino de uma maneira geral encontra-se em bom estado nutricional e

sanitário.

Foi concluído o período de entoure (cuidados com o manejo do rebanho), com

expectativas de bons índices de prenhez. Produtores que não fazem diagnóstico de gestação

mantêm os touros nos rebanhos, para repasse das vacas falhadas. Os que realizam

diagnósticos de gestação das matrizes inseminadas ou entouradas apartam os animais

falhados para engorde e descarte, dando maior atenção às prenhas e com cria ao pé.

Alguns produtores já iniciaram o desmame dos terneiros, mas muitos só fazem isso

em final de abril, quando levam os terneiros e terneiras para as feiras oficiais.

Continuam os trabalhos de monitoramento e controle dos ectoparasitas, mosca-do-

chifre e verminoses. Em alguns casos, está havendo uma atenção maior por parte dos

pecuaristas, em função da alta população de carrapatos, chamados de terceira geração, em

decorrência da elevada altura dos pastos e das altas temperaturas, entre outros fatores.

Continuam outras práticas de manejo cotidiano nas propriedades, tais como

mineralização dos rebanhos, revisão de cercas, tratamento de bicheiras.

Os produtores de Caçapava do Sul continuam a vacina contra raiva, para controlar o

ataque de morcegos hematófagos na região.

É obrigatória a vacinação semestral contra a brucelose das fêmeas de três a oito

meses, com vacina B19, fazendo marcação das fêmeas vacinadas, com ferro candente ou

nitrogênio líquido, no lado esquerdo da cara com o algarismo final do ano. O produtor deve

fazer no mínimo uma vez por semestre a comprovação da vacina das bezerras em serviço.

Comercialização

Na região de Erechim, um bom número de criadores prepara os animais melhorados

geneticamente – com a introdução das raças Angus, Hereford, Braford e Canchim, através de

confinamento entre 60 e 100 dias e suplementação com rações no cocho. Há uma

expectativa de bons lucros, devido à boa aquisição de novilhos e à reação do preço do boi.

Na região de Passo Fundo, com o avanço da colheita da soja e com a liberação das

áreas para implantação de pastagens anuais de inverno, aumenta a demanda por novilhos

para engorda, repercutindo na elevação do preço dessa categoria animal. Os preços

praticados na semana foram de R$ 6,00/kg vivo para o novilho para engorda e de R$ 4,00 a

R$ 4,30/kg vivo para a vaca descarte.

Na região de Pelotas, a produção de terneiros da safra anterior está sendo preparada

para o período de remates tradicionais. Muitos produtores não castram seus terneiros, visto

o comércio de exportação na região, que prefere os terneiros inteiros.

Na região Centro-Sul, observam-se aumento da engorda de fêmeas e deslocamento

de uma porcentagem da área pecuária para a agricultura, principalmente soja, devido a sua

maior rentabilidade.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 21, 04 abr. 2019

Na região de Santa Rosa, em muitas propriedades leiteiras está ocorrendo o

cruzamento com raças europeias de corte, especialmente Angus, para obter terneiros com

maior rendimento de carcaça. Há grande oferta de descarte de animais das raças leiteiras.

Preços pagos aos pecuaristas na região de Caxias do Sul Produto R$/kg vivo

Boi gordo 5,40

Vaca gorda 4,40

Terneiro 6,00

Novilho sobreano 5,20

Novilho 2 anos 5,00

Novilho 3 anos 5,00

Vaca descarte 3,90

Novilha 2 anos 4,70

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Caxias do Sul.

Conforme levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, no Estado o boi foi

comercializado em média a R$ 5,17/kg vivo e vaca para abate a R$ 4,48/kg vivo.

BOVINOCULTURA DE LEITE

As condições nutricionais e o estado sanitário dos rebanhos estão satisfatórios. Em

alguns locais a produção de leite continua caindo, devido ao quadro de pouca chuva que se

estende desde a segunda quinzena de fevereiro, configurando um período já típico de vazio

forrageiro de outono, descrito no tópico das pastagens. Por outro lado, as temperaturas

mais baixas amenizam o estresse calórico, melhorando o bem-estar dos animais. Desta

forma é fundamental atentar-se para uma nova formulação de dieta nutricional para os

animais, com o uso de silagem de pasto, azevém e trevos, aumentando a suplementação

proteica no concentrado, sob pena de diminuição da produtividade. As consequências desta

mudança no manejo alimentar são o aumento dos custos de produção e de mão de obra.

Em andamento a fase final da colheita de milho e sorgo para silagem, apresentando

boas condições de produção. Porém, a falta de umidade do solo afetou negativamente as

lavouras de milho plantadas mais tardiamente, destinadas à silagem. O tempo seco da

0,00

-0,39 -0,58

-13,26 -13,40

-16,00

-14,00

-12,00

-10,00

-8,00

-6,00

-4,00

-2,00

0,00

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril

Comparativo percentual do preço médio semanal do Boi (R$ 5,17/kg vivo)

%

4,60

4,80

5,00

5,20

5,40

5,60

5,80

6,00

Semana atual Semanaanterior

Semana atual Ano anterior Média geral Média abril

5,17 5,17 5,195,20

5,97 5,96

Boi - preço médio pago ao produtor - R$/kg vivo

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

R$

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 22, 04 abr. 2019

última semana também favoreceu o corte de grama perene para reservação de alimento em

forma de feno ou pré-secado. Produtores relatam boa regularidade no manejo reprodutivo

com adequado índice de prenhez e cio das matrizes.

Nas regiões de Erechim e Passo Fundo, a umidade do solo está boa, favorecendo o

crescimento vegetativo das forrageiras anuais e perenes de verão. Por sua vez, as

temperaturas amenas estão afetando negativamente a taxa de crescimento das pastagens.

Evento

Em Rio Grande, de 5 a 7 de abril ocorre a edição anual da Mostra da Terneira Jersey e

Holandesa. Esse ano 14 produtores/expositores irão apresentar seus animais, frutos de uma

seleção genética longeva e de muita qualidade, totalizando 40 fêmeas entre três e 24 meses.

Comercialização

Preços recebidos pelos produtores de leite Município Preços (R$/L)

Aceguá 1,20

Alegrete 1,15

Antônio Prado 1,28

Bagé 1,12

Canguçu 1,14

Carlos Barbosa 1,20

Chapada 1,35

Dr. Maurício Cardoso 1,25

Encruzilhada do Sul 1,05

Erechim 1,38

Frederico Westphalen 1,12

Ibiraiaras 1,37

Lagoa Vermelha 1,20

Passo Fundo 1,00

Pelotas 1,02

Rio Grande 1,13

Santa Maria 1,20

Santo Augusto 1,28

São Lourenço do Sul 1,10

Teutônia 1,14

Tupanciretã 1,15

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2069 (04 abr. 2019).

0,853,51

14,56

0,85

-3,28

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Leite (R$ 1,18/litro)

0,90

0,95

1,00

1,05

1,10

1,15

1,20

1,25

Semanaatual

Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril

1,18 1,171,14

1,03

1,22

1,17

Leite-preço médio pago ao produtor-R$/litro

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 23, 04 abr. 2019

OVINOCULTURA

Os ovinos encontram-se em boas condições nutricionais por conta da boa

disponibilidade de volumoso. Porém aguarda-se chuva para normalizar a umidade do solo e

manter o crescimento das pastagens.

No rebanho ovino está ocorrendo o encarneiramento outonal, estação de monta. O

período para encarneiramento deve ser de no máximo 60 dias para concentrar lotes

uniformes. Nas propriedades que encarneiram no cedo (janeiro e fevereiro), já está

encerrado. Segue trabalho nas que encarneiram no tarde (março e abril).

Comercialização

Na região de Bagé, lãs médias e grossas estão quase sem mercado. Uma cooperativa

de lã de São Gabriel está com dificuldade de passar o produto para indústria. O preço do

cordeiro, capão e ovelha para abate está estabilizado.

Preços dos produtos da ovinocultura na região de Bagé Produto Unidade Preços

Lã Merina kg 27,00

Lã Ideal kg 21,00 - 23,00

Lã Corriedale kg 8,00 - 9,50

Lã Romney Marchi kg 6,00

Lã Raças de carne kg 4,00

Capão kg/vivo 5,00

Ovelha de cria cab. 200,00

Ovelha consumo cab. 200,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Bagé.

Na região de Pelotas, quanto ao mercado da carne, a demanda segue firme por

animais para abate. Em Canguçu, ocorre articulação com atores locais para comercialização

da carne ovina com cortes diferenciados no município. Além disso, também tem havido

articulação com produtores de ovinos para participação na 32ª Fenovinos, a ser realizada de

15 a 18 de maio próximo. O mercado de lã continua aquecido.

Preços dos produtos da ovinocultura na região de Pelotas Produto/espécie Mínimo (R$/kg) Máximo (R$/kg)

Ovelha 5,00 6,00

Cordeiro 6,00 7,00

Capão 5,00 6,00

Lã Merina 23,00 28,00

Lã Ideal (Prima A) 18,00 22,00

Lã Corriedale (Cruza um) 7,50 9,00

Lã Corriedale (Cruza dois) 4,00 7,50

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Pelotas.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 24, 04 abr. 2019

Na região de Santa Maria, o preço médio do cordeiro ficou em R$ 6,23/kg vivo

recuperando quatro centavos nesta semana; na anterior a queda foi de 15 centavos. No

geral segue escassa a oferta.

Preços praticados na região de Santa Rosa Produto Unidade Valor

Capão kg/vivo 5,00 - 5,80

Ovelha kg/vivo 4,50

Borrego kg/vivo 5,80 - 6,50

Cordeiro mamão kg/vivo 7,00

Lã Merina kg 32,00

Lã Amerinada kg 30,00

Lã Prima kg 23,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Santa Rosa.

Nota: os preços da lã são do município de Bossoroca.

SUINOCULTURA

Produtores estão otimistas em relação à atividade para 2019. Continua a

concentração da atividade em poucos produtores. O preço do milho e do farelo de soja

recuou nas últimas semanas. O sistema de parceria é, hoje, a forma de criação na grande

maioria das granjas de suínos. Os leitões para terminação estão cotados a R$ 3,20/kg vivo.

Comercialização

A cada semana, os preços pagos ao produtor vêm apresentando pequena

recuperação, comparativamente à semana anterior. Na região de Erechim, os preços

praticados foram de R$ 4,00/kg vivo para o produtor independente e de R$ 3,30/kg vivo

para o produtor integrado. Na região de Santa Rosa, o preço reagiu e é de R$ 3,25/kg vivo.

Atualmente é necessário no mínimo dois lotes por ano para pagar os investimentos,

enquanto que no passado, apenas um lote por ano era suficiente.

APICULTURA

Os enxames, de um modo geral, apresentam boas condições sanitárias e nutricionais.

Durante a semana, a atividade nas colmeias foi boa na maior parte dos dias. Encontra-se em

andamento a safra de outono.

Comercialização

O mel vendido pelos apicultores diretamente ao público apresenta grande diferença

de preços, dependendo da região do Estado e do município. Nesse tipo de comercialização,

durante a semana, o preço para embalagens de um quilo ficou entre R$ 14,00 e R$ 25,00.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 25, 04 abr. 2019

PISCICULTURA

Os piscicultores incrementam preparativos e manejo dos açudes para as feiras que

ocorrerão na Semana Santa.

Comercialização

Os preços dos peixes criados em cativeiro continuaram estáveis, nas diversas regiões

durante a semana.

Na região de Santa Rosa, está em funcionamento um abatedouro de tilápias com

capacidade para três mil quilos por dia. Estão sendo organizadas feiras em diversos

municípios. Alguns produtores estão comercializando peixes com preços que variam de R$

6,00 a R$ 10,00/kg.

Na região de Erechim, o preço do quilo vivo da Carpa está entre R$ 6,00 e R$ 10,00, e

o filé de Tilápia é comercializado a R$ 25,00/kg.

Na região de Porto Alegre, o preço médio do quilo vivo do peixe vendido na

propriedade fica entre R$ 5,00 e R$ 6,00, para a Tilápia, e de R$ 5,50 a R$ 7,00, para a Carpa.

Nas feiras, o preço do quilo vivo da Carpa está entre R$ 13,00 e R$ 14,00 e o filé de Tilápia

entre R$ 27,00 e R$ 32,00.

PESCA ARTESANAL

Na região de Porto Alegre, os pescadores artesanais de diferentes modalidades estão

em atividade, mas a produção é baixa.

Na região de Santa Rosa, o nível elevado do rio Uruguai está dificultando a captura.

Pescadores estão em expectativa de que o nível baixe, favorecendo a produção para a

Semana Santa.

Na região de Pelotas, na Costa Doce, a pesca de todas as espécies apresenta baixa

produção. Haverá feira do peixe em todos os bairros de Pelotas no período entre 15 e 18 de

abril.

Comercialização

Preços e produção do pescado em Torres Espécie R$/kg Produção

Tainha 12,00 média

Anchova 13,50 boa

Abrótea (filé) 8,00 baixa

Peixe-anjo (filé) 19,50 média

Pampo 6,00 boa

Papa-terra 8,50 boa

Pescada (filé) 12,00 média

Corvina 6,00 baixa

Linguado (filé) 22,00 média

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 26, 04 abr. 2019

Preços Semanais

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

(Cotações Agropecuárias nº 2069, 04 abr. 2019)

Produtos Unidade

Semana

Atual

Semana

Anterior

Mês

Anterior

Ano

Anterior

Médias dos Valores da

Série Histórica –

2014/2018

04/04/2019 28/03/2019 07/03/2019 05/04/2018 GERAL ABRIL

Arroz 50 kg 39,18 38,89 38,83 37,08 48,78 46,62

Boi kg vivo 5,17 5,17 5,19 5,20 5,97 5,96

Cordeiro kg vivo 6,33 6,29 6,32 6,41 6,44 6,17

Feijão 60 kg 175,00 175,00 177,38 140,00 203,69 214,94

Leite litro 1,18 1,17 1,14 1,03 1,22 1,17

Milho 60 kg 31,80 31,85 32,25 36,64 35,24 36,08

Soja 60 kg 71,33 71,52 70,55 78,18 81,37 80,32

Sorgo 60 kg 24,70 24,90 24,90 23,44 29,79 28,02

Suíno kg vivo 3,27 3,24 3,13 3,43 4,29 4,25

Trigo 60 kg 41,53 41,56 41,30 37,00 39,87 39,80

Vaca kg vivo 4,48 4,48 4,48 4,50 5,28 5,27

01-05/04 25-29/03 04-08/03 02-06/04

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2069 (04 abr. 2019).

Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano

Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do

quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da

série histórica 2014-2018.

Notas Agrícolas

BOLETIM CLIMÁTICO – ABRIL-MAIO-JUNHO (2019)

OUTONO COM PRECIPITAÇÃO ENTRE NORMAL E POUCO ACIMA

Introdução (análise do mês de fevereiro/2019)

No mês de fevereiro, as precipitações no Rio Grande do Sul (Figura 1) ficaram acima

do padrão climatológico no norte, noroeste e extremo do nordeste, nas demais regiões

ficaram abaixo do padrão. As temperaturas mínimas ficaram abaixo do padrão climatológico

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 27, 04 abr. 2019

em todo o Estado. As temperaturas máximas ficaram pouco abaixo do padrão climatológico

em praticamente todo o Estado, exceto no extremo sul onde ficaram pouco acima (Figura 2).

Figura 1. Precipitação acumulada e percentual relativo ao padrão climatológico (fevereiro/2019).

Figura 2. Temperatura Mínima, Temperatura Máxima e anomalias (fevereiro/2019).

Condições Climáticas Globais de TSM

A anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Pacífico Equatorial (Figura

3) permanece positiva, mas com enfraquecimento e tendência de permanecer situação de El

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 28, 04 abr. 2019

Nino fraco durante o outono. As anomalias positivas no oceano Atlântico Subtropical,

especialmente ao longo da costa do Uruguai, Sul e Sudeste do Brasil apresentaram expansão

da área.

Figura 3. Anomalia Mensal de TSM calculada para fevereiro/2019 (UFPel-CPPMet).

Fonte dos dados: NOAA-CDC.

PROGNÓSTICO PARA O RIO GRANDE DO SUL (Abr/Mai/Jun – 2019)

A situação atual da TSM do Pacifico Equatorial ainda caracteriza a presença de um El

Niño fraco, apesar de um enfraquecimento para os próximos meses. No Atlântico

Subtropical, a intensificação da anomalia positiva ao longo da costa do Uruguai, Sul e

Sudeste do Brasil também favorece o aumento na concentração de umidade, especialmente

na parte leste e norte do Estado. O enfraquecimento gradativo do El Nino associado à

intensificação da anomalia no Atlântico, poderá causar variação espacial da precipitação no

RS, algumas regiões com chuva entre normal e pouco acima e outras entre normal e pouco

abaixo ao longo deste trimestre. Nesta estação a tendência é ocorrer grandes variações

diárias nas temperaturas.

A análise detalhada do modelo estatístico (CPPMet/UFPel) mostra para o mês de

abril (Figura 4) precipitações pouco acima do padrão na parte norte-nordeste e

predominando dentro do padrão climatológico nas demais regiões do Estado. Para maio

(Figura 5) a tendência é ocorrer precipitações pouco acima especialmente no nordeste e

dentro do padrão nas demais regiões do Estado. Durante o mês de junho (Figura 6)

esperam-se precipitações pouco acima no norte e dentro do padrão climatológico nas

demais regiões.

O prognóstico para as temperaturas mínimas indica para o mês de mês de abril

(Figura 7), valores pouco acima do padrão no oeste e dentro nas demais regiões do Estado.

Em maio (Figura 8) o modelo aponta para temperaturas mínimas um pouco acima na parte

leste e dentro do padrão climatológico nas demais regiões do Estado. Durante junho (Figura

9) a tendência é predominar temperaturas dentro do padrão na maior parte do Estado.

Para as temperaturas máximas, o modelo prevê para os meses de abril e maio

(Figuras 10 e 11) temperaturas pouco abaixo do padrão no nordeste e norte, predominando

dentro do padrão nas demais áreas do Estado. Em junho (figura 12) são esperadas

temperaturas médias pouco acima no sul e dentro do padrão climatológico nas demais

regiões.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 29, 04 abr. 2019

A previsão contida nesse boletim é baseada no comportamento climático observado

nos últimos meses, em Modelos Estatísticos de Previsão Climática desenvolvidos para o Rio

Grande do Sul e dados obtidos junto ao INMET e NOAA. O uso das informações contidas

nesse boletim é de completa responsabilidade do usuário.

Obs.: As escalas de cores nas figuras (4 a 12) representam as normais climatológicas

(esquerda) e as classes de anomalias previstas (direita).

Participantes: Julio Marques – CPPMET/UFPEL; Gilberto Diniz – CPPMET/UFPEL;

Solismar Damé Prestes - 8º DISME/INMET; Flávio Varone – SEAPDR; e Custódio Simonetti -

8º DISME/INMET.

Figura 4. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista abril/2019

Figura 5. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista maio/2019

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 30, 04 abr. 2019

Figura 6. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista junho/2019

Figura 7. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista abril/2019

Figura 8. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista maio/2019

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 31, 04 abr. 2019

Figura 9. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista junho/2019

Figura 10. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista abril/2019

Figura 11. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista maio/2019

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 32, 04 abr. 2019

Figura 12. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista junho/2019

Fonte: 8º DISME/INMET e CPPMet/UFPEL (publicado em março 2019)

Há 29 anos, nesta mesma data, o Informativo Conjuntural comentava os efeitos da

implementação do plano Collor no setor primário. Esse é o tema da seção Panorama Geral

da edição de 04 de abril de 1990, uma das 46 edições daquele ano, em acervo.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 33, 04 abr. 2019

Software usa aprendizado artificial para medir raízes

"Um dos pontos fortes do MyRoot é que, além de ser muito preciso,

é muito útil para o usuário final"

Uma equipe interdisciplinar do Centro de Investigação em Agricultura Genomics

(CRAG) e La Salle Universidade Ramon Llull, ambos da espanha, desenvolveu um software

em que o uso de processamento de imagem e aprendizagem de máquina, permite que os

pesquisadores semi-automatizem a análise de comprimento da raiz de pequenas plantas de

Arabidopsis thaliana. Chamado MyRoot, ele foi disponibilizado para a comunidade de

pesquisa para que possa ser usado gratuitamente.

A raiz é um órgão essencial para o desenvolvimento da planta e seu crescimento,

além de ancorar a planta no solo, a raiz absorve água e nutrientes. Portanto, ser capaz de

analisá-lo é fundamental tanto na pesquisa acadêmica quanto na aplicada à agricultura.

Isabel Betegón-Putze passou três anos fazendo sua tese de doutorado no CRAG, e nesse

período ela passou muitas horas medindo as raízes da Arabidopsis em fotos. "Eu havia

experimentado softwares de análise semiautomáticos, mas nem todos eram precisos ou

eram muito difíceis de usar", explica Betegón-Putze.

"Um dos pontos fortes do MyRoot é que, além de ser muito preciso, é muito útil para

o usuário final. Para isso, tem sido fundamental incluir biólogos vegetais como Isabel no

processo de desenvolvimento, levando em consideração suas opiniões e necessidades ",

explica Alejandro González, outro pesquisador responsável.

Para isso, foi demonstrado que usando o MyRoot os mesmos resultados são obtidos

com a análise manual, mas investindo metade do tempo. A comparação do MyRoot com

outros softwares disponíveis sugere que, devido à facilidade de uso, precisão e tempo gasto

em medições, o MyRoot pode se tornar uma ferramenta amplamente utilizada por

pesquisadores acadêmicos.

Fonte: Agrolink (publicado em 03/04/2019)

Fim de convênio do ICMS será ruim para o agronegócio, diz Abracal

A prorrogação beneficiaria não somente o calcário agrícola,

que ajuda na produtividade, mas fornecedores de sementes e defensivos.

Nesta segunda-feira (01.04) a Associação Brasileira dos Produtores de Calcário

(ABRACAL) divulgou nota oficial em que informa aos governadores e parlamentares os

benefícios que a prorrogação do Convênio 100 trará ao agronegócio e aos consumidores. Em

vigor desde 1997, o convênio isenta de ICMS os insumos agropecuários nas transações

dentro do Estado de origem e reduz a base de cálculo nas transações interestaduais.

A ação da entidade envolve o contato com lideranças do segmento e autoridades.

Integrantes do Congresso Nacional também estão sendo contatados, apontando os riscos

para o agronegócio do fim da prorrogação. Os sindicatos estaduais ligados à Abracal também

realizam contatos em favor do ICMS menor.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 34, 04 abr. 2019

O convênio vence em 30 de abril próximo. A última prorrogação, em 2017, já foi

cercada de polêmica, notadamente por parte dos estados em que o agronegócio apresenta

menor peso na arrecadação de impostos. A decisão passa pelo Conselho Nacional de Política

Fazendária (Confaz), sendo necessária a unanimidade de votos dos integrantes - geralmente,

secretários estaduais da Fazenda.

Uma eventual revogação ampliaria os custos do agronegócio brasileiro, devendo

também pressionar a inflação – já que a alta tributária seria repassada aos preços dos

produtos agrícolas.

A prorrogação beneficiaria não somente o calcário agrícola, que ajuda na

produtividade, mas fornecedores de sementes e defensivos. A ação informativa incluiu os

sindicatos produtores de calcário nos estados.

Veja a seguir a íntegra do ofício, assinado pelo presidente da ABRACAL, Oscar Alberto Raabe:

OFÍCIO ABRACAL

A ABRACAL – Associação Brasileira dos Produtores de Calcário, vem pela presente

pleitear vosso apoio e empenho, no sentido da manutenção dos benefícios do Convênio

CONFAZ 100/97, que isenta de ICMS os insumos agropecuários nas transações dentro do

Estado de origem e reduz a base de cálculo nas transações interestaduais.

Os solos brasileiros são ácidos por natureza e pelo seu uso. Em solos ácidos os

fertilizantes sofrem retrogradação, deixando de serem solúveis e, consequentemente, não

são absorvidos pela planta. Assim, a correção desta acidez é essencial e primordial para uma

agricultura minimamente produtiva. O calcário agrícola, insumo abundante no nosso País, é

um corretivo de acidez por excelência, com custo relativo baixo, aplicado em média a cada

cinco anos. O retorno do capital investido comprovadamente é de três vezes este capital.

Nosso País vem atravessando uma crise de grande envergadura e a agropecuária,

indiscutivelmente, vem dando significativa sustentação à nossa economia.

Dentro do exposto, é evidente que, especialmente no atual momento de crise, um

insumo tão importante e fundamental para a produção agrícola não pode ser onerado com

qualquer tributo.

Desde 1997, por convênios do CONFAZ, os insumos agropecuários são beneficiados

com isenção do ICMS nas transações estaduais e com redução da base de cálculo nas

transações interestaduais.

Nos próximos dias ocorrerá uma nova reunião do CONFAZ para deliberar sobre uma

prorrogação, para a qual pedimos o apoio e empenho de V. Excia., no sentido da

manutenção do benefício, em vigência até 30/04/2019.

Fonte: Agrolink (publicado em 01/04/2019)